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7/28/2019 Apresentacao Funcao Apoio
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Funo Apoio
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O que APOIO?
Dicionrio Houaiss (2007): o termo apoio tem sua origem a partir do
termo italiano appoggio (1321), que faz referncia sustentculo;base, suporte; apoio, amparo.
1. o que serve para amparar, firmar, segurar, sustentar
(algum ou algo); sustentculo,2. auxlio (que se presta a), amparo, ajuda.
3. assentimento em relao a (algum ou algo), em
funo de julgamento favorvel; aprovao, aplauso, e
por fim,
4. argumento, prova com que se ratifica alguma
coisa.
O ncleo semntico deixa claro a ideia de suporte, de amparo.
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Na metodologia Paidia(CAMPOS, 2003, 2005)
Paidia: formao integral do Ser humano.
Crtica racionalidade gerencial hegemnica,propondo uma concepo ampliada de gesto:
Articulao dos aspectos polticos, pedaggicos e
subjetivos que fazem parte da constituio dos
processos de trabalho, objetivando a produo de bensou servios, mas tambm a produo de sujeitos e
coletivos.
O Apoio caracteriza-se como o referencial pedaggico
para a formao em sade.
O que APOIO?
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Na metodologia Paidia(CAMPOS, 2003, 2005)
O Apoio uma postura que busca reformular ostradicionais mecanismos de gesto;
Parte do pressuposto de que as funes de gesto seexercem entre sujeitos, ainda que com distintos graus desaber e de poder;
O Apoio Paidia reconhece que a gesto produz efeitossobre os modos de ser e de proceder detrabalhadores e usurios das organizaes. (Aocontrrio da gesto tradicional, que lida comtrabalhadores e usurios como objetos).
O que APOIO?
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Neste sentido, o Apoio Paidia renerecursos metodolgicos voltados para lidarcom estas relaes entre sujeitos de um
outro modo. Um modo interativo, um modoque reconhece a diferena de papis, depoder e de conhecimento, mas que procuraestabelecer relaes construtivas entre
distintos atores sociais. (CAMPOS, 2003, p.86)
O Apoio Paidia pressupe alguma formade co-gesto.
O que APOIO?
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Alguns Recursos para Operar a
Funo Apoio
Contribuir ativamente para a criao deespaos coletivos que propiciem a interaointersujeitos, que possibilitem a anlise de
situaes e a tomada de decises conjuntas.
Incluir as relaes de poder, de afetos e a
circulao de conhecimentos em anlise. Oapoiador no algum neutro e deve incluir-seneste processo, colocando em anlise asrelaes de poder, conhecimento e afetos
envolvidas.
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Alguns Recursos para Operar a
Funo Apoio
Analisar os processos de trabalho segundo algica da trplice finalidade das organizaes,que objetiva:
O trabalho para produzir valor de uso paraterceiros;
O trabalho para o sujeito, assegurando a prpriaexistncia social e construindo significados paraa vida;
O trabalho para reproduo das condies detrabalho e das prprias organizaes.
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Alguns Recursos para Operar a
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Trabalhar com uma metodologia dialtica, que tragaofertas externas e que ao mesmo tempo valorize asdemandas do grupo. (1 oferta: oferecer-se comoApoiador!)
Apoiar o grupo tanto para construir Objetos deinvestimento, quanto para compor compromissos econtratos com outros.
Objetos de investimento: capacidade de depositar afetospositivos em objetos fora de si mesmo (gostar do que faz,apostar em projetos, desfrutar o prazer de saber).
Formao de compromisso e contrato: Agir em funo deoutros e do contexto, porm sem renunciar absolutamente
ao desejo e interesse particular.
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Alguns Recursos para Operar a
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Pensar e fazer junto com as pessoas e no emlugar delas.
Ampliar os espaos coletivos, estimulandoespaos de reflexes.
Autorizar os grupos a exercer crticas e a desejar
mudanas: as instituies controlam pessoas,desautorizando-as a tomar iniciativas noprevistas nos regulamentos. A oferta de temasbusca ampliar a capacidade dos grupos lidaremcom temas sagrados, no-ditos, relaes veladas.
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Alguns Recursos para Operar a
Funo Apoio
Todo apoiador minimamente sbio
descobre que somente se consegue apoiarquando nos autorizamos a ser apoiados
pelo grupo a quem pretendemos ajudar. Um
bom dirigente dirige e dirigido, comanda e
comandado por aqueles com quemtrabalha.(CAMPOS, 2003, p.102)
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As Diferentes Modalidades de Apoio
Apoio Institucional
produo de anlise e transformao dosprocessos de trabalho e dos modos de
relao entre sujeitos em uma organizao.(OLIVEIRA, 2011, p.46)
Apoio Gesto
direcionado aos processos e modelos degesto das organizaes, levando em contaque o apoio tem uma dimenso clnica,sempre presente nesse processo.
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As Diferentes Modalidades de Apoio
Apoio Matricial
[...] construo de momentos relacionais em que
acontece a troca de saberes/afetos entre osprofissionais de diferentes reas ou setores, com
o objetivo de aumentar a chance de as equipes
estabelecerem relaes de cooperao e
responsabilizarem-se pelas aesdesencadeadas, num processo de produo da
integralidade da ateno em todo o sistema de
sade(BERTUSSI, 2010, p.128).
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As Diferentes Modalidades de Apoio
Apoio Matricial
Alm de oferecer retaguarda assistencialespecializada, oferece tambm suporte tcnico-pedaggico para equipes e profissionaisencarregados da ateno aos problemas desade. Com a atividade do Apoio Matricial possvel ampliar possibilidades de realizao da
clnica ampliada e potencializar a integraodialgica e horizontal entre distintasespecialidades e profisses (Campos, 1999,Campos e Domitti, 2007).
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As diferentes modalidades de Apoio
Apoio Integrado
[...] a estratgia busca privilegiar a funo formativapara estabelecer relaes construtivas entre as trsesferas de governo, funcionando como um dispositivo
de apoio gesto e fortalecimento da capacidade degoverno sobre o sistema de sade nos mbitosestadual e municipal. O propsito o de intermediare promover a cooperao tcnica aos sistemasestaduais de sade, a partir do envolvimento
participativo e integrado de todas as reasministeriais, atuando assim como indutor de umreordenamento e qualificao na gesto do prprioMinistrio da Sade, pela necessidade de seestabelecer fluxos transversais de demandas erespostas integradas (BRASIL, 2012).
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A Funo Apoio na PNH e PEH
De acordo com o documento base da PNH, o ApoioInstitucional uma diretriz e um dispositivo paraampliar a capacidade de reflexo, de entendimento, ede anlise de coletivos, a fim de produzir mais emelhor sade;
Princpio: Indissociabilidade entre gesto e ateno,entre clnica e poltica;
Estmulo ao protagonismo do sujeito;
Formao-interveno: os processos de formao daPNH visam sempre interferir na realidade promovendomudanas nos servios de sade e nos prpriossujeitos que dele participam.
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O Termo Apoio indica uma presso de
fora, implica trazer algo externo ao grupo
que opera os processos de trabalho ou
que recebem bens ou servios. Quem
apoia sustenta e empurra ao outro.Sendo, em decorrncia, tambm
sustentado e empurrado pela equipe
objeto da interveno. Tudo misturado eao mesmo tempo. (Campos, 2003, p.87)
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Referncias Bibliogrficas
BERTUSSI, Dbora Cristina. O Apoio Matricial Rizomtico e a Produo de Coletivos na Gesto
Municipal em Sade. Rio de Janeiro, 2010. Tese (Doutorado em Clnica Mdica)- Faculdade de
Medicina, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2010.
Brasil. Ministrio da Sade. Cadernos HumanizaSUS: Formao e interveno. Braslia: Ministrio da
Sade, v.1, 2010. 244p.
Brasil. Ministrio da Sade. Diretrizes para o Apoio Integrado, de 17 de Outubro de 2011, 14p.
Brasil. Ministrio da Sade. Portal da Sade. Apoio Integrado Gesto Descentralizada do SUS.
Ministrio da Sade, 2012. Disponvel em:
. Acesso em 23
nov. 2011.
Brasil. Ministrio da Sade. Secretaria de Ateno Sade. Departamento de Ateno Bsica.
Diretrizes do NASF: Ncleo de Apoio a Sade da Famlia. Braslia : Ministrio daSade, 2010.
Campos GWS, Domitti AC. Apoio matricial e equipe de referncia: uma metodologia para gesto do
trabalho interdisciplinar em sade. Cad. Sade pblica, Rio de Janeiro. 2007 fev; 23(2): 99-407.
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Referncias bibliogrficas
Campos GWS. Equipes de referncia e apoio especializado matricial: um ensaio sobre a
reorganizao do trabalho em sade. Cincia & Sade Coletiva. 1999, 4(2):393-403.
Campos, GWS. Sade Paidia. So Paulo: Ed Hucitec; 2003. 185p.
Campos, GWS. Um mtodo para anlise e co-gesto de coletivos. 2ed. SP: Hucitec, 2005.
236p.
Fernandes, Fernanda Dau. (In)ventando Multiplicidades: A Funo Apoio enquanto Dispositivo
de Produo de Sade no SUS. So Paulo, 2012. Monografia (Programa de
Aprimoramento Multiprofissional e Especializao em Sade Coletiva). Faculdade de
Medicina, Universidade de So Paulo, So Paulo, 2012.
Figueiredo MD, Onocko Campos R. Sade mental na ateno bsica sade de Campinas,
SP: uma rede ou um emaranhado? Cincia & Sade Coletiva. 2009 14(1): 129-138.
Figueiredo MD. A construo de prticas ampliadas e compartilhadas em sade: Apoio Paidia
e formao [Tese de doutorado]. Campinas (SP): Universidade Estadual de Campinas;
2012.
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Referncias bibliogrficas
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2011. Tese (Doutorado) - Faculdade de Cincias Mdicas, Universidade Estadual de Campinas,
Campinas, 2011.
Onocko Campos, R. O planejamento no labirinto: uma viagem hermenutica. So Paulo: Hucitec,
2003.
Santos Filho SB, Barros MEB, Gomes RS. The National Humanization Policy as a policy produced
within the healthcare labor process. Interface - Comunic., Saude, Educ., v.13, supl.1, p.603-13,
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So Paulo. Governo do Estado. Secretaria de Estado da Sade. Ncleo tcnico de Humanizao.
Poltica Estadual de Humanizao. Sumrio Executivo. Fev. 2012.