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Construindo pontes... fundamentos para a preparação de aulas de PLE Profa. Michele Abreu Vivas [email protected]

Apresentação metodologia de ensino de ple

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Construindo pontes... fundamentos para a preparação

de aulas de PLE

Profa. Michele Abreu Vivas

[email protected]

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Revendo conceitos sobre o planejamento de aulas...

• Aula não é palestra;

• Aula não é um evento independente e seu conteúdo abrange partes

variáveis de um tema (curso);

• É preciso haver organização quanto ao conteúdo da aula;

• O professor deve ter domínio do conteúdo da aula;

• Deve-se escolher as técnicas de ensino apropriadas para

determinada aula;

• Depreender diferenças semânticas entre os termos: MÉTODO,

ENFOQUE, MANUAIS DIDÁTICOS;

• Deve-se conhecer o ambiente de uma aula;

• O tempo é o limite inexorável de qualquer aula;

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Reflexões teóricas(Sánchez, 2000: pp.09-29)

• A prática profissional ficará diminuída se não estiver bem assentada em um sólido marco teórico;

• A teoria carecerá de utilidade se não tem nenhuma finalidade que possa redundar no melhoramento dos seres a que serve;

• Mais que oposição entre teoria e prática deveria acontecer uma COMPLEMENTARIEDADE entre ambas;

• A reflexão sobre o ensino de línguas deve ser continua e não se encerra em “saberes” linguísticos e/ou metodológicos, mas a “saberes” totalmente alheios ao espaço da sala de aula;

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• Os alunos constituem o sujeito e o objeto mais importante da docência. Esta não pode dissociar-se da APRENDIZAGEM;

• O tema da aprendizagem de línguas tem padecido de uma excessiva SIMPLIFICAÇÃO. Essa se dá no fato do estabelecimento de uma relação de “quase” total dependência entre linguística ou gramática e aprendizagem / ensino de línguas;

• A formação de professores de línguas costuma ser deficitária, por isso, muitos desses limitarem sua prática ao ensino puramente gramatical;

• Há uma crença compartilhada por muitos professores na qual existe (ou deverá existir...) uma maneira FÁCIL, RÁPIDA e EFICAZ de se ensinar e aprender uma língua;

• O professor de línguas NÃO É um Linguísta.

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Algumas reflexões:FREIRE, Paulo (1996)

• P.14 – “É nesse sentido que reinsisto em que FORMAR é muito mais do que puramente TREINAR o educando no desempenho de destrezas...”;

• P.23 – “(...) embora diferentes entre si, quem FORMA se FORMA e RE-FORMA ao formar e quem é formado forma-se e forma ao ser formado. É neste sentido que ensinar não é transferir conhecimentos, conteúdos nem FORMAR é a ação pela qual um sujeito criador dá forma, estilo ou alma a um corpo indeciso e acomodado. Não há docência sem discência, as duas se explicam e seus sujeitos apesar das diferenças que os conotam, não se reduzem à condição de objeto, um do outro. Quem ensina aprende ao ensinar e quem aprende ensina ao aprender. (...) Ensinar inexiste sem aprender e vice-versa...”.

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Para FREIRE, Paulo (1996) ensinar exige...

1. Pesquisa;

2. Respeito aos saberes dos educandos;

3. Criticidade, Curiosidade, Comprometimento & Criatividade;

4. Estética & Ética;

5. Reconhecimento da diversidade de identidades culturais;

6. Bom senso;

7. Reflexão crítica sobre sua prática;

8. Consciência do inacabamento;

9. Disponibilidade para o diálogo.

Enfim... “...ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua própria produção ou a sua

construção...” (p.47)

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O Professor deve ser um mediador do ato de aprender...

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DICAS PARA UMA AULA MELHOR:

1. Incite, não informe;

2. Conheça o ambiente;

3. No final das contas (e no começo também);

4. Simplifique;

5. Ponha emoção.

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Elementos que compõem uma aula

• Uma aula consiste de 05 componentes básicos:

1. Público alvo;

2. Conteúdo;

3. Método / Técnicas;

4. Ambiente / Espaço;

5. Tempo.

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Método X Metodologia

• MÉTODO – o conjunto de experiências criadas para e com os alunos dentro da sala de aula e nas suas extensões, visando desenvolver uma competência linguístico-comunicativa na língua-alvo;

• METODOLOGIA – o conjunto de práticas de ensinar línguas fundamentadas em alguma abordagem prevalente.

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Plano de aula

• O plano de aula – instrumento no qual o professor aborda de forma detalhada as atividades e/ou relações que pretende executar dentro da sala de aula;

• A elaboração de um plano de aula não o isenta de preparar as aulas a serem ministradas, pelo contrário, ele deve sempre preparar uma boa aula, apresentando um esquema e uma seqüência lógica dos temas trabalhados;

• Um plano de aula tem como principal objetivo fazer a distribuição do conteúdo programático que será trabalhado durante o ano, o semestre, o trimestre, etc. e nele ainda deverá constar o número de aula e o tempo necessário para cada assunto abordado;

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O Professor e o planejamento de aulas

• O professor deve saber ao máximo o conteúdo a ser explorado na aula. Para isso, é necessário estudar os tópicos a serem tratados em aula;

• Uma aula precisa ser pensada e preparada pelo professor. Não adianta utilizar-se da improvisação, por mais que o seu talento e comunicação sejam bons.

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Algumas considerações sobre o ensino de PLE para Hispano-falantes

• Há um apagamento da categoria “iniciante” para o aprendiz HF;

• Ambas línguas têm um tronco comum: o Latim;

• Possuem uma história evolutiva paralela;

• Ulsh (1971) – apud Almeida Filho (1995) – estabelece que mais de 85% do

vocabulário português tem cognatos em espanhol;

• Morfossintaticamente também serão expressivas as semelhanças

existentes entre ambas línguas. As semelhanças notar-se-ão, sobretudo, na

linguagem formal escrita;

• Para HF não é necessário um controle tão rígido das estruturas e do

vocabulário;

• Espanhol X Português – semelhanças que conlevam a problemas

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• A língua materna tem um papel ativo no processo de aquisição de uma

segunda língua;

• A proximidade tipológica entre as línguas – português e espanhol – é um

fator positivo no processo de aprendizagem;

• Ainda que essa proximidade seja um fator positivo, também é uma fonte

considerável de interferências negativas que devem ser superadas

através da tomada de consciência sobre as diferenças entre a língua

meta (português) e a língua materna (espanhol);

• Isso exigirá que o professor elabore propostas didáticas que ajudem a

seus alunos a superarem seus erros;

• Os níveis morfossintáticos , lexicais , ortográficos e fonético-

fonológicos devem estar presentes em todas as aulas e não serem

contemplados a parte. Em toda aula é positivo trabalhar todos os níveis

gramaticais juntos. Eles formam as peças de uma engrenagem muito

importante – a língua-alvo (português). Essas não funcionam

isoladamente...

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Referências bibliográficasALMEIDA FILHO, José Carlos Paes. (org). Português para Estrangeiros: Interface com o

Espanhol. Campinas: Pontes,1995: 13-21.

ALONSO, Encina. ¿Cómo ser profesor/a y querer seguir siéndolo?. 1ªed., 4ªreimp., Madri: Edelsa, 1999.

BRONCKART, Jean-Paul. Atividade de linguagem, textos e discursos – Por um interacionismo sócio-discursivo. São Paulo: EDUC, 1999.

FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia. Saberes necessários à prática educativa. 31ª ed., São Paulo: Paz e Terra, 2005.

GANDIN, Danilo. Planejamento como prática educativa. 3ª, ed., São Paulo: Loyola, 1986.

LIBÂNEO, José Carlos. Didática. São Paulo: Cortez, 1994.

RENANDYA, Willy A. ; RICHARDS, J. C. (orgs.). Série Portfólio SBS – Reflexões sobre o ensino de idiomas. São Paulo: SBS, s.d.., Volumes 01 ao 07.

SÁNCHEZ, Aquilino. Los métodos en la enseñanza de idiomas. 2ª ed., Madri: SGEL, 2000.

SANTA-CECÍLIA, Álvaro García. Cómo se diseña un curso de lengua extranjera. Madri: Arco Libros, 2000.

SKLIAR, Carlos. Pedagogia (improvável) da diferença. E se o outro não estivesse aí? (Trad. Giane Lessa). Rio de Janeiro: DP&A, 2003.