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Apresentação A presente entrevista foi realizada no Mosteiro de São Bento, Salvador, com Carlos de Castro, o qual possui como nome religioso Carlos Bom Romeu de Castro. No mosteiro, mais especificamente, o local da entrevista foi uma sala, aparentemente destinada à visitas, com uma grande janela com vista para o jardim do mosteiro e para as “celas” que são os quartos separados de cada monge. A entrevista ocorreu de forma muito tranqüila e fluídica, o que provavelmente deve ter contribuído para que o seu conteúdo represente algo mais próximo possível da vida vivida pelo depoente. O que constituiu um dos aspectos mais interessantes para as autoras no ato da entrevista, foi o fato de o depoente superar completamente as expectativas, no sentido de não se enquadrar aos estereótipos sociais esperados, ou seja, devido a informação prévia de se tratar de um monge, esperava-se alguém meio introspectivo, melancólico, enfim, que representasse toda a ideia de clausura que a sociedade remete aos enclausurados. E o que se viu foi algo completamente diferente: um sujeito ativo e altamente alegre e bem humorado, que hoje aos seus oitenta e sete anos, relata uma vida que embora quase em sua totalidade tenha sido destina a vida religiosa, não foi carente de grandes emoções e fatos inusitados. Assim, desde o início, aos treze anos entra no Colégio Salesiano, tornando-se padre posteriormente e vivendo inteiramente para a igreja, de onde se afasta por motivos os

Apresentação Psicologia Social

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Apresentação Psicologia Social

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Page 1: Apresentação Psicologia Social

Apresentação

A presente entrevista foi realizada no Mosteiro de São Bento, Salvador, com Carlos de Castro,

o qual possui como nome religioso Carlos Bom Romeu de Castro. No mosteiro, mais

especificamente, o local da entrevista foi uma sala, aparentemente destinada à visitas, com

uma grande janela com vista para o jardim do mosteiro e para as “celas” que são os quartos

separados de cada monge. A entrevista ocorreu de forma muito tranqüila e fluídica, o que

provavelmente deve ter contribuído para que o seu conteúdo represente algo mais próximo

possível da vida vivida pelo depoente.

O que constituiu um dos aspectos mais interessantes para as autoras no ato da entrevista, foi o

fato de o depoente superar completamente as expectativas, no sentido de não se enquadrar aos

estereótipos sociais esperados, ou seja, devido a informação prévia de se tratar de um monge,

esperava-se alguém meio introspectivo, melancólico, enfim, que representasse toda a ideia de

clausura que a sociedade remete aos enclausurados. E o que se viu foi algo completamente

diferente: um sujeito ativo e altamente alegre e bem humorado, que hoje aos seus oitenta e

sete anos, relata uma vida que embora quase em sua totalidade tenha sido destina a vida

religiosa, não foi carente de grandes emoções e fatos inusitados.

Assim, desde o início, aos treze anos entra no Colégio Salesiano, tornando-se padre

posteriormente e vivendo inteiramente para a igreja, de onde se afasta por motivos os quais

não poderão ser expostos aqui, e depois de um tempo, dessa vez como monge, volta para a

vida religiosa. E nesta, encontra uma forma de dar sentido à sua existência, levando um

cotidiano medido pelo tempo, onde todas as tarefas, por mais simples que pareçam tem os eu

momento exato de ser executada. Essa é a vida de Dom Carlos, a qual pretende-se apresentar

de forma breve neste trabalho através da entrevista, aliado a associação feita com o conteúdo

de Psicologia Social.