137
POLÍCIA MILITAR DO PIAUÍ DEIP CENTRO DE FORMAÇÃO E APERFEIÇOAMENTO DE PRAÇAS SISTEMA DE SEGURANÇA PÚBLICA NO BRASIL TERESINA-PI OUTUBRO/2013 Instrutor Conteudista: Cap PM Canuto Instrutor Formador: Maj PM Paz Instrutor Formador: Maj PM Teixeira Instrutor Formador: Maj PM Marcos Vinícius Instrutor Formador: Cap PM Cláudio Pessoa Instrutor Formador: Cap PM Airton Instrutor Formador: Cap PM Gesiel Instrutor Formador: Cap PM Leucijane Instrutor Formador: Cap PM Antonia Maria Instrutor Formador: Ten PM Aleluia

Apresentação SISTEMA DE SEGURANÇA PÚBLICA CFC 2013 Instrutor Formador

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: Apresentação SISTEMA DE SEGURANÇA PÚBLICA CFC 2013 Instrutor Formador

POLÍCIA MILITAR DO PIAUÍ

DEIP

CENTRO DE FORMAÇÃO E APERFEIÇOAMENTO DE PRAÇAS

SISTEMA DE SEGURANÇA PÚBLICA NO BRASIL

TERESINA-PI

OUTUBRO/2013

Instrutor Conteudista: Cap PM Canuto

Instrutor Formador: Maj PM Paz

Instrutor Formador: Maj PM Teixeira

Instrutor Formador: Maj PM Marcos Vinícius

Instrutor Formador: Cap PM Cláudio Pessoa

Instrutor Formador: Cap PM Airton

Instrutor Formador: Cap PM Gesiel

Instrutor Formador: Cap PM Leucijane

Instrutor Formador: Cap PM Antonia Maria

Instrutor Formador: Ten PM Aleluia

Page 2: Apresentação SISTEMA DE SEGURANÇA PÚBLICA CFC 2013 Instrutor Formador

PLANO DE CURSO

Como estratégia de ensino-aprendizagem e

objetivando uma melhor aproximação do objeto de

estudo será utilizado como recurso metodológico a

análise das categorias:

POLÍCIA, SOCIEDADE, COMUNIDADE, SEGURANÇA

PÚBLICA, ORDEM PÚBLICA, VIOLÊNCIA,

CRIMINALIDADE, CONTROLE SOCIAL, PODER DE

POLÍCIA, PODER DA POLÍCIA, EFICIÊNCIA, EFICÁCIA,

EFETIVIDADE E CIDADANIA.

Page 3: Apresentação SISTEMA DE SEGURANÇA PÚBLICA CFC 2013 Instrutor Formador

3

EMENTA: Polícia: origens e papéis. A polícia

no Brasil, suas especificidades e

semelhanças. A relação entre Estado, Polícia e

Sociedade. O modelo da polícia

contemporânea. A política de Segurança

Pública no Brasil. Análise do Plano Nacional

de Segurança Pública. O Sistema de

Segurança Pública do Piauí. Questões

contemporâneas da Segurança Pública.

CFC/PMPI/2013

Page 4: Apresentação SISTEMA DE SEGURANÇA PÚBLICA CFC 2013 Instrutor Formador

4

OBJETIVOS:

Criar condições para que o aluno possa ampliar seus

conhecimentos para:

Compreender a visão sistêmica da Segurança Pública

brasileira, as instituições, os profissionais, as políticas e as

ações voltadas para a sociedade e o cidadão, mediante o

estudo dos seus antecedentes históricos e da análise de

cenários e perspectivas.

Analisar as políticas públicas e planejamento na área de

Segurança Pública;

Reconhecer a importância de formulação de políticas

públicas e da elaboração de planejamento na área de

Segurança Pública.

CFC/PMPI/2013

Page 5: Apresentação SISTEMA DE SEGURANÇA PÚBLICA CFC 2013 Instrutor Formador

5

Avaliação do Processo Ensino – Aprendizagem

A avaliação será dividida em

duas etapas: um trabalho

escrito (17/10/2013), com

valor de 04 pontos e uma

verificação final com

questões objetivas

(29/10/2013), 06 pontos. Em

ambas avaliações será

utilizado o livro adotado na

disciplina.

CFC/PMPI/2013

Page 6: Apresentação SISTEMA DE SEGURANÇA PÚBLICA CFC 2013 Instrutor Formador

“A mente que se abre a uma nova ideia, jamais

voltará ao seu tamanho original”

Albert Einstein.

A perspectiva norteadora desta disciplina tem

como base a Ciência e sua aplicabilidade na

Segurança Pública.

O viés abordado trabalha na construção de

caminhos, perspectivas, e não soluções prontas e

acabadas. O Conhecimento é tomado como

mecanismo de consolidação do Estado Democrática

de Direito e acesso à Cidadania plena.

Page 7: Apresentação SISTEMA DE SEGURANÇA PÚBLICA CFC 2013 Instrutor Formador

7

BIBLIOGRAFIA DA

DISCIPLINA

O livro “Introdução à

Segurança Pública” será

utilizado diretamente no

decorrer das aulas, na

realização do trabalho e na

avaliação final. Pois a

disciplina foi construída com

base no livro.

CFC/PMPI/2013

Page 8: Apresentação SISTEMA DE SEGURANÇA PÚBLICA CFC 2013 Instrutor Formador

ORIGEM DO ESTADO E A GÊNESE DA POLÍCIA

A origem do Estado se confunde com a

gênese da Polícia, portanto o tema Estado está

intimamente ligado a Polícia, o qual será abordado à

luz da literatura existente nas searas da ciência

sociais, sobre a origem e finalidade do Estado e sua

relação na imposição/limitação da liberdade, onde

aparece diretamente o papel da Polícia como

instituição de controle social.

Pensar o Estado pressupõe analisar sua evolução,

entender seus diversos contextos histórico, civilizacional

e societal.

Page 9: Apresentação SISTEMA DE SEGURANÇA PÚBLICA CFC 2013 Instrutor Formador

Instituições de

controle Social

Formais

Polícia

MP

Judiciário

Sistema Prisional

Conselhos Gestores

Informais

Família

Igreja

Escola

ONGs

Mídia

Page 10: Apresentação SISTEMA DE SEGURANÇA PÚBLICA CFC 2013 Instrutor Formador

O Estado e o monopólio da violência

Teoria Geral do Estado

Contrato Social (Rosseau)/ Pacto Social

A Segurança como direito social (art. 6º

CF) Art. 6º São direitos sociais a educação, a

saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia,

o lazer, a segurança, a previdência social, a

proteção à maternidade e à infância, a

assistência aos desamparados, na forma

desta Constituição. (BRASIL, 2010)

10

CFC/PMPI/2013

Page 11: Apresentação SISTEMA DE SEGURANÇA PÚBLICA CFC 2013 Instrutor Formador

11

O Estado é normativo à medida que impõe e

constrange os indivíduos a seguirem determinadas

normas que não seguiriam a partir de seu exclusivo

interesse pessoal. Outrossim, se o Estado fosse

apenas uma instância de constrangimento dos

indivíduos, que não veriam nele nenhuma utilidade

para seus interesses (quer sejam egoisticamente

orientados, quer sejam eles altruístas), ele não teria

como existir. É necessário que o Estado, além de

normativo, conte com alguma legitimidade e,

portanto, mecanismos de cooptação que façam com

que essa normatização seja acatada em alguma

medida. Sem isso, o Estado não tem como sustentar

sua existência (GIDDENS, 1994).

CFC/PMPI/2013

Page 12: Apresentação SISTEMA DE SEGURANÇA PÚBLICA CFC 2013 Instrutor Formador

12

SEGURANÇA X LIBERDADE

O Estado tem como principal função garantir a

segurança para manutenção da ordem, porém tal missão

inevitavelmente limita a liberdade, nesse contexto Bauman

(2003) faz uma importante reflexão:

CFC/PMPI/2013

Page 13: Apresentação SISTEMA DE SEGURANÇA PÚBLICA CFC 2013 Instrutor Formador

13

A promoção da segurança sempre requer o

sacrifício da liberdade, enquanto esta só pode

ser ampliada à custa da segurança. Mas

segurança sem liberdade equivale a escravidão

(e, além disso, sem uma injeção de liberdade,

acaba por ser afinal um tipo muito inseguro de

segurança); e a liberdade sem segurança

equivale a estar perdido e abandonado (e, no

limite, sem uma injeção de segurança, acaba por

ser uma liberdade muito pouco livre). [...] pois a

segurança sacrificada em nome da liberdade

tende a ser a segurança dos outros; e a

liberdade sacrificada em nome da segurança

tende a ser a liberdade dos outros (BAUMAN,

2003, p.24) (destaque nosso).

CFC/PMPI/2013

Page 14: Apresentação SISTEMA DE SEGURANÇA PÚBLICA CFC 2013 Instrutor Formador

14

O pensamento político-jurídico moderno vai se

caracterizar por uma priorização da ordem em detrimento da

liberdade. Daí porque Thomas Hobbes (1588-1679) afirmou:

“a liberdade dos súditos está apenas naquelas coisas que, ao

regular suas ações, o soberano permitiu” (1997, p.173).

Novamente esse fenômeno vai acontecer na

contemporaneidade, em momentos de crise, como após o

ataca das torres gêmeas do World Trade Center nos Estados

Unidos da América.

CFC/PMPI/2013

Page 15: Apresentação SISTEMA DE SEGURANÇA PÚBLICA CFC 2013 Instrutor Formador

15

CFC/PMPI/2013

Page 16: Apresentação SISTEMA DE SEGURANÇA PÚBLICA CFC 2013 Instrutor Formador

16

As expectativas de segurança não são somente

diversas, mas freqüentemente conflitantes; a intervenção

voltada a satisfazer a necessidade de segurança de um

grupo pode ser fator de insegurança para outro, por

exemplo, a ação policial desenvolvida pela Secretaria de

Segurança Pública do Piauí denominada de “Boa Noite

Teresina”, que limita o horário de funcionamento de bares,

restaurantes e traileres, para alguns pais de adolescentes é

uma medida sensata, já para os comerciantes do ramo

noturno é uma medida injusta.

CFC/PMPI/2013

Page 17: Apresentação SISTEMA DE SEGURANÇA PÚBLICA CFC 2013 Instrutor Formador

Ordem ou Segurança Pública; o conjunto de leis e

disposições que lhe servem de garantia; a parte da

Força Pública ou Corporação incumbida de manter

essas leis e disposições de boa ordem; civilização;

cultura social; cortesia; nome comum a diversos

departamentos especializados na defesa do regime

político do Estado (polícia política, polícia militar), na

fiscalização, inspeção ou profilaxia de certas doenças

(polícia sanitária), etc.; s.m. indivíduo pertencente à

corporação policial (FERREIRA, 2003, p.468).

Os conceitos encontrados em dicionário refletem

também o senso comum do imaginário coletivo em relação a

Polícia, conforme adiante se vê:

CONCEITO DE POLÍCIA

17

CFC/PMPI/2013

Page 18: Apresentação SISTEMA DE SEGURANÇA PÚBLICA CFC 2013 Instrutor Formador

18

O QUE É POLÍCIA?

Alguma vez na vida você já questionou a real função da Polícia?

A violência e a criminalidade no mundo remetem à reflexão

sobre a importância e a eficácia policial.

É necessário definir polícia a partir do que ela pode vir a ser

e não de acordo com seu papel tradicional na sociedade.

Dizem que ela existe pra ajudar

Dizem que ela existe pra proteger

Eu sei que ela pode te parar

Eu sei que ela pode te prender

Polícia para quem precisa

Polícia para quem precisa de polícia

Polícia para quem precisa

Polícia para quem precisa de polícia

(Titãs)

CFC/PMPI/2013

Page 19: Apresentação SISTEMA DE SEGURANÇA PÚBLICA CFC 2013 Instrutor Formador

19

A definição de Polícia muitas vezes é associada as

suas ações, ao fazer o policiamento. Policiar ou vigiar em

conformidade às leis é um ato inerente às organizações

policiais e relaciona-se diretamente com as funções de

controle da ordem e proteção das pessoas e da propriedade.

No entanto, as organizações policiais exercem

inúmeras atividades diferentes de policiamento, desde

controlar o trânsito e emitir documentos até a

repressão e controle de manifestações públicas e

serviço de inteligência.

É difícil caracterizar a polícia, já que a noção de

policiamento se desdobra numa pluralidade de

atividades que dificulta a formulação de uma unidade

conceitual.

CFC/PMPI/2013

Page 20: Apresentação SISTEMA DE SEGURANÇA PÚBLICA CFC 2013 Instrutor Formador

20

O MARTELO E SEU MESTRE

O papel da polícia é tratar de todos os tipos de

problemas humanas quando sua solução necessite ou

possa necessitar do emprego da força – e na medida

em que isso ocorra -, no lugar e o no momento em que

tais problemas surgem. (MONJARDET, O QUE FAZ A

POLÍCIA, 2002, p. 21)

Comumente se admite que um martelo serve

principalmente para bater pregos, mas sabe-se que,

abrigado numa caixinha vermelha fixada na parede de

um vagão ou de um ônibus, ele serve para “quebrar o

vidro” e libertar-se, em caso de acidente que torne as

portas inacessíveis. Como picareta, ele ajuda a escalar

as montanhas. Sabe-se também que pode permitir

rachar uma cabeça. (MONJARDET, 2002)

CFC/PMPI/2013

Page 21: Apresentação SISTEMA DE SEGURANÇA PÚBLICA CFC 2013 Instrutor Formador

21

Seguramente, não é a soma infinita das possíveis

utilidades do martelo que pode defini-lo, mas a dimensão

comum a todos os seus usos, que é aplicar uma força sobre

um objeto. Enquanto instrumento, o martelo não tem

finalidades próprias, ele serve (mais ou menos eficazmente,

segundo suas características técnicas) às finalidades

daquele que o maneja. (MONJARDET, 2002)

Acontece exatamente o mesmo em relação à polícia:

instrumento da aplicação de uma força (força física em

primeira análise) sobre o objeto que lhe é designado por

quem a comanda. (MONJARDET, 2002)

CFC/PMPI/2013

Page 22: Apresentação SISTEMA DE SEGURANÇA PÚBLICA CFC 2013 Instrutor Formador

22

Por este motivo, a polícia não poderia ter

finalidade própria, não há transcendência da coerção

física (mesmo para o sádico, ela é apenas um meio). A

polícia é totalmente para servir (ancillaire), e recebe sua

definição – no sentido de seu papel nas relações sócias

– daquele que a instrumentaliza.

Por isso, pode servir a objetivos os mais diversos, à

opressão num regime totalitário ou ditatorial, à proteção

das liberdades num regime democrático. Pode acontecer

que a mesma polícia (os mesmos homens, a mesma

organização) sirva sucessivamente a finalidades opostas

CFC/PMPI/2013

Page 23: Apresentação SISTEMA DE SEGURANÇA PÚBLICA CFC 2013 Instrutor Formador

23

Com isso ele introduz ideias de necessidade, e/ou

de legitimidade, que nada têm a ver com o instrumento,

mas são matéria de julgamento em relação ao uso social

feito desse instrumento.

CFC/PMPI/2013

Page 24: Apresentação SISTEMA DE SEGURANÇA PÚBLICA CFC 2013 Instrutor Formador

24

O CONCEITO MODERNO DE POLÍCIA COMPREENDE

TRÊS DIMENSÕES:

1. Caráter público:

A organização policial é uma agência pública, formada, paga e

controlada pelo governo.

2. Especialização:

O policiamento é direcionado, principalmente, à aplicação da força

física.

3. Profissionalização:

Preparação explícita para a realização de funções exclusivas da

atividade policial. A profissionalização envolve recrutamento por

mérito, treinamento formal, evolução na carreira estruturada,

disciplina sistemática e trabalho em tempo integral.

CFC/PMPI/2013

Page 25: Apresentação SISTEMA DE SEGURANÇA PÚBLICA CFC 2013 Instrutor Formador

25

A partir dessas três dimensões, é possível definir

Polícia como uma instituição especializada e

profissional, autorizada pelo Estado para manutenção da

ordem pública através da aplicação da força física, cujo

monopólio pertence ao Estado.

A Polícia também é definida a partir do critério

das funções que exerce. Na constituição do Brasil de

1988, a polícia é definida por suas funções de

manutenção da ordem e da proteção das pessoas e dos

bens contra atos ilegais.

CFC/PMPI/2013

Page 26: Apresentação SISTEMA DE SEGURANÇA PÚBLICA CFC 2013 Instrutor Formador

26

EFICIÊNCIA, EFICÁCIA E EFETIVIDADE

A distinção entre as elencadas categorias não é muito fácil

nem unânime.

Ubirajara Costódio Filho salienta que a eficiência

está ligada à correta e adequada utilização dos recursos

disponíveis, enquanto a eficácia se refere à efetiva

consecução dos resultados desejados. Eficiência seria os

meios; eficácia, os fins. (SANTIN, 2004, p. 142)

Caravantes e Bjur distinguem os conceitos de

eficiência, eficácia e efetividade. Eficiência refere-se ao

cumprimento de normas e à redução de custos; eficácia, ao

alcance de resultados e à qualidade dos produtos e

serviços; efetividade, ao impacto da decisão política.

(SANTIN, 2004, p. 144)

CFC/PMPI/2013

Page 27: Apresentação SISTEMA DE SEGURANÇA PÚBLICA CFC 2013 Instrutor Formador

27

A eficiência verifica se um programa público foi

executado de maneira mais competente e segundo a

melhor relação custo/resultado; a eficácia, se os

resultados em termos de quantidade e qualidade; a

efetividade, se o programa responde adequadamente às

demandas, aos apoios e às necessidade da comunidade.

(SANTIN, 2004, p. 144)

As presentes categorias são importantes

para analisar o desempenho policial, e

consequentemente da Segurança Pública.

CFC/PMPI/2013

Page 28: Apresentação SISTEMA DE SEGURANÇA PÚBLICA CFC 2013 Instrutor Formador

28

A única maneira de melhorar o serviço

policial de maneira a torná-lo ao mesmo

tempo justo e imparcial na realização do

policiamento e sensível aos valores da

comunidade na manutenção da ordem é

concentrar-se nas pessoas que devem

realizar o trabalho. Isso leva ao

“profissionalismo”, [...]. (AHERN apud

GREENE, 2002)

CFC/PMPI/2013

Page 29: Apresentação SISTEMA DE SEGURANÇA PÚBLICA CFC 2013 Instrutor Formador

29

RUPTURA DE PARADIGMA

Na vida, às vezes, é preciso abandonar

velhos costumes, para construir novos hábitos

e se adaptar as mudanças, pois elas sempre

ocorreram.

Ver o vídeo: QUEM MEXEU NO MEU QUEIXOU

CFC/PMPI/2013

Page 30: Apresentação SISTEMA DE SEGURANÇA PÚBLICA CFC 2013 Instrutor Formador

30

A cultura policial se marca, finalmente, por um

conservadorismo intelectual que, sob a capa do

pragmatismo, privilegia o olhar rasteiro, a tomada em

consideração apenas dos elementos concretos e o

antiinteletualismo. Tudo o que se apresenta sob forma

de inovação, de experimentação ou de pesquisa suscita

reação de rejeição imediata. Pelo fato de ser redutora

de incerteza, a reprodução do “eterno passado” congela

o universo policial em práticas rotineiras e bloqueia sua

capacidade de se adaptar à mudança social. (JEAN-

CLAUDE MONET, POLÍCIAS E SOCIEDADES NA

EUROPA, 2001, p. 155)

A CULTURA POLICIAL E O ANACRONISMO CFC/PMPI/2013

Page 31: Apresentação SISTEMA DE SEGURANÇA PÚBLICA CFC 2013 Instrutor Formador

31

A SÍDROME DA RAINHA VERMELHA

A passagem de “Alice no País das Maravilhas”

poderia descrever perfeitamente a situação produzida pelo

modelo reativo de policiamento. Os esforços policiais,

mesmo quando desenvolvidos em sua intensidade máxima,

costumam redundar em “lugar nenhum”.

CFC/PMPI/2013

Page 32: Apresentação SISTEMA DE SEGURANÇA PÚBLICA CFC 2013 Instrutor Formador

32

Vamos, Alice, corra, corra mais. Exausta com o

esforço, ela se frustra quando percebe que não

saiu do lugar. No mundo da Rainha Vermelha é

assim mesmo. Corre-se mais e mais, para não sair

do lugar. Alias, é preciso correr muito para ficar no

mesmo lugar. O paradoxo serve de metáfora para

pensarmos o drama da segurança publica

brasileira: quanto menos funcionam as práticas e

os métodos adotados, mais são privilegiados

pelos investimentos públicos e mais são aplicados

pelas autoridades da área, que os repetem

acriticamente. (ROLIM, 2006, p 75)

CFC/PMPI/2013

Page 33: Apresentação SISTEMA DE SEGURANÇA PÚBLICA CFC 2013 Instrutor Formador

33

CFC/PMPI/2013

Page 34: Apresentação SISTEMA DE SEGURANÇA PÚBLICA CFC 2013 Instrutor Formador

34

CONHECIMENTO – TEORIA – EDUCAÇÃO – TREINAMENTO

Para se alcançar um status profissional, é

necessário haver um conjunto subjacente de

conhecimentos teórico e técnico. (GREENE, 2002, p. 87)

No desempenho das tarefas de uma ocupação, os

que a praticam devem se basear em conhecimentos e

técnicas adquiridos por meio de pesquisa,

experimentação e investigação acadêmica.

Esse conhecimento exclusivo e especializado dá o

fundamentos e as justificativas para a existência da

ocupação e para sua reivindicação de especialidade

singular. (GREENE, 2002, p. 87)

CFC/PMPI/2013

Page 35: Apresentação SISTEMA DE SEGURANÇA PÚBLICA CFC 2013 Instrutor Formador

A IMPORTÂNCIA DA POLÍCIA

Segundo Honoré de Balzac: “Os governos passam, as

sociedade morrem, a polícia é eterna”. Na verdade, não há

sociedade nem Estado dissociados de Polícia.

A Polícia é a manifestação mais perfeita do poder

público inerente ao Estado, cujo fim é assegurar a própria

estabilidade e proteger a ordem social, segundo PAULA

(1992).

Ex:O Estado do Vaticano

O Estado do Iraque após a invasão Americana

Page 36: Apresentação SISTEMA DE SEGURANÇA PÚBLICA CFC 2013 Instrutor Formador

36

CFC/PMPI/2013

Page 37: Apresentação SISTEMA DE SEGURANÇA PÚBLICA CFC 2013 Instrutor Formador

37

O estudo da Segurança Pública e, conseqüentemente, da Polícia

exige conhecimentos básicos de alguns termos como: Poder de Polícia,

necessário para melhor compreensão da relação que se estabelece entre a

Polícia e a Sociedade. A definição institucional de Poder de Polícia é

estabelecida pelo Código Tributário Nacional – CTN, em seu Art. 78,

quando diz:

Considera-se poder de polícia atividade da administração

pública que, limitando ou disciplinando direito, interesse ou

liberdade, regula a prática de ato ou abstenção de fato, em

razão de interesse público concernente à segurança, à

higiene, à ordem, aos costumes, à disciplina da produção

e do mercado, ao exercício de atividades econômicas

dependentes de concessão ou autorização do Poder

Público, à tranqüilidade pública ou ao respeito à

propriedade e aos direitos individuais ou coletivos.

(BRASIL, CTN)

PODER DE POLÍCIA X PODER DA POLÍCIA CFC/PMPI/2013

Page 38: Apresentação SISTEMA DE SEGURANÇA PÚBLICA CFC 2013 Instrutor Formador

38

PODER DA POLÍCIA CFC/PMPI/2013

Page 39: Apresentação SISTEMA DE SEGURANÇA PÚBLICA CFC 2013 Instrutor Formador

A CRISE DO PARADIGMA POLICIAL

Em diversas regiões do mundo a função da Polícia

foi questionada pela sociedade, principalmente pela não

contenção dos altos índices de violência e criminalidade

nos grandes centros populacionais.

A sociedade começou a questionar a manutenção

da Ordem estabelecida pelas forças policiais. Qual era

ordem a ser reproduzida? Apenas a repressão social

seria a função da Polícia?

A Segurança Pública e consequentemente a

Polícia passaram a fazer parte da ordem do dia.

Page 40: Apresentação SISTEMA DE SEGURANÇA PÚBLICA CFC 2013 Instrutor Formador

FORMAÇÃO E IDENTIDADE DO BRASIL

Page 41: Apresentação SISTEMA DE SEGURANÇA PÚBLICA CFC 2013 Instrutor Formador

O ACHAMENTO DO BRASIL EM 1500

ABORDAGEM SÓCIO-HISTÓRICA DA SEGURANÇA

PÚBLICA BRASILEIRA

COLONIZAÇÃO DE EXPLORAÇÃO

Page 42: Apresentação SISTEMA DE SEGURANÇA PÚBLICA CFC 2013 Instrutor Formador

A origem da instituição policial brasileira,

conforme documentação existente no Museu

Nacional do Rio de Janeiro, data de 1530, quando

da chegada de Martim Afonso de Souza enviado

ao Brasil, que fundou a Vila de São Vicente (1532).

Porém, quanto à data precisa de início da

atividade policial brasileira, há uma discussão

teórica sobre seu marco regulatório, uma corrente

de pesquisadores do tema acredita que a polícia

brasileira nasceu com a primeira Guarda Militar em

solo brasileiro, a qual acompanhava o 1°

Governador da Colônia – Martim Afonso de Sousa

– início do século XVI (FAORO, 1997).

Page 43: Apresentação SISTEMA DE SEGURANÇA PÚBLICA CFC 2013 Instrutor Formador

43

Outros estudiosos entendem que aquele

corpo militar não poderia se caracterizar como

Polícia por não atender aos princípios básicos

inerentes à atividade policial, ou seja, policiar, gerar

segurança a coletividade: estes pesquisadores,

como Holloway (1997), atribui o marco inicial da

atividade policial à vinda da família real (1808), que

possibilitou a reprodução das instituições

burocráticas portuguesas em solo brasileiro, mesmo

com toda subserviência da Polícia brasileira aos

interesses das elites portuguesa e brasileira, há

características de atividade policial.

CFC/PMPI/2013

Page 45: Apresentação SISTEMA DE SEGURANÇA PÚBLICA CFC 2013 Instrutor Formador

45

Esta é a história de uma das instituições

fundamentais do mundo moderno, através da qual o poder

do Estado invadiu o espaço público para controlar e dirigir

o comportamento das pessoas. (HOLLOWAY, 1997, p. 19)

A evolução histórica da polícia do Rio de Janeiro,

através de uma dialética de repressão e resistência, insere-

se no quadro de uma transição mais geral do controle

exercido tradicionalmente através das hierarquias privadas

para o exercício moderno do poder através das instituições

públicas. (HOLLOWAY, 1997, p. 19)

CFC/PMPI/2013

Page 46: Apresentação SISTEMA DE SEGURANÇA PÚBLICA CFC 2013 Instrutor Formador

Chegada da Família Real Portuguesa ao Brasil em 22/01/1808.

Em 10/05/1808, foi criada a Intendência Geral de

Polícia, que era responsável pelas obras públicas e por

garantir o abastecimento da cidade, além da segurança

pessoal e coletiva, o que incluía a ordem pública, a

vigilância da população, a investigação dos crimes e a

captura dos criminosos (HOLLOWAY, 1997).

Page 47: Apresentação SISTEMA DE SEGURANÇA PÚBLICA CFC 2013 Instrutor Formador

Em maio de 1809, é criada A Guarda Real de

Polícia, força policial de tempo integral,

organizada militarmente e com ampla autoridade

para manter a ordem e perseguir criminosos

(HOLLOWAY, 1997).

Page 48: Apresentação SISTEMA DE SEGURANÇA PÚBLICA CFC 2013 Instrutor Formador

A Instituições estatais assumiram a autoridade que

antes era exercida principalmente pelas hierarquias

personalistas. (HOLLOWAY, 1997)

Michel Foucault, em importante ensaio

interpretativo desse processo, vê como resultado

uma sociedade “carcerária” ou disciplinada, em que

a prisão moderna se torna a metáfora da condição

da humanidade moderna. (HOLLOWAY, 1997, p.21)

Page 49: Apresentação SISTEMA DE SEGURANÇA PÚBLICA CFC 2013 Instrutor Formador

49

É importante registrar que toda essa

evolução da Polícia brasileira repercute na atual

configuração da Segurança Pública, ou seja, uma

herança da coroa portuguesa (SOUSA, 2013).

Muitos habitus policiais foram adquiridos na

fase imperial brasileira e persistem até hoje, como

a interferência política, o mandonismo, o

clientelismo e a corrupção.

CFC/PMPI/2013

Page 50: Apresentação SISTEMA DE SEGURANÇA PÚBLICA CFC 2013 Instrutor Formador

50

HISTÓRIA DA POLÍCIA DO BRASIL

Intendência Geral da Polícia (1808)

Guarda Real de Polícia (1809)

Corpo Militar de Polícia da Corte (1866-1920)

Polícia Militar (a partir de 1920)

Guarda Nacional (08/1831-1922)

Guarda Civil (1912-1966)

Guarda Municipal (06/06/1831-1858)

CFC/PMPI/2013

Page 51: Apresentação SISTEMA DE SEGURANÇA PÚBLICA CFC 2013 Instrutor Formador

51

PERÍODOS DA HISTÓRIA DO BRASIL

BRASIL COLÔNIA (1500-1808)

BRASIL IMPÉRIO (1822-1889)

BRASIL REPÚBLICA (1889-1930)

ERA VARGAS (1930-1945)

DITADURA MILITAR (1964-1985)

REDEMOCRATIZAÇÃO (1985- ATUAL)

CFC/PMPI/2013

Page 52: Apresentação SISTEMA DE SEGURANÇA PÚBLICA CFC 2013 Instrutor Formador

Inicia-se o estudo sobre a Segurança Pública

no Brasil a partir das Instituições Policiais, nas

primeiras fases do Brasil, para depois adentrar em

uma discussão mais ampliada sobre Gestão da

Segurança Pública (SOUSA, 2013).

A história da Polícia brasileira é marcada por

uma herança escravocrata, clientelista e

autoritária, o que se pode observar por uma

simples operação policial, nos tratamentos

diferenciados de acordo com o estrato social ao qual

pertence o “cidadão”, conforme verificou os estudos

de Holloway (1997).

Page 53: Apresentação SISTEMA DE SEGURANÇA PÚBLICA CFC 2013 Instrutor Formador

53

As primeiras policiais foram criadas antes mesmo

da independência do Brasil. Foi nesse período que

surgiram as duas principais instituições policiais que se

conhecem hoje no Estado: a Polícia Civil e a Polícia

Militar.

Esse processo de criação das forças policiais foi

condicionado pelas disputas políticas entre o poder

central e as lideranças locais, bem como pela realidade

social e econômica da época marcada por uma

sociedade conservadora de base escravista

(HOLLOWAY, 1997).

PERÍODO IMPERIAL (1822-89)

ESTUDO DA POLÍCIA A PARTIR DA HISTÓRIA DO

BRASIL

CFC/PMPI/2013

Page 54: Apresentação SISTEMA DE SEGURANÇA PÚBLICA CFC 2013 Instrutor Formador

54

Em 1808 foi criada a Intendência-Geral de Polícia

da Corte, com as tarefas de zelar pelo abastecimento da

Capital (Rio de Janeiro) e de manutenção da ordem. Entre

suas atribuições incluíam-se a investigação dos crimes e a

captura dos criminosos, principalmente escravos fujões.

A Intendência-Geral de Polícia da Corte foi a

instituição que deu origem as Polícias Civis ou

Polícia Judiciária hoje existente no Brasil, com

previsão constitucional (art. 144, § 4°).

INTENDÊNCIA-GERAL DE POLÍCIA

CFC/PMPI/2013

Page 55: Apresentação SISTEMA DE SEGURANÇA PÚBLICA CFC 2013 Instrutor Formador

55

A Guarda Real de Polícia, que posteriormente deu

origem às Polícias Militares do Brasil. Criada em 1809 e

organizada militarmente, possuía amplos poderes para

manter a ordem. Era subordinada ao Intendente-geral de

Polícia e não possuía orçamento próprio. Seus recursos

financeiros vinham de taxas públicas, empréstimos

privados e subvenções de comerciantes locais. Seus

métodos espelhavam a violência e a brutalidade da vida

nas ruas e da sociedade em geral, segundo Holloway

(1997).

GUARDA REAL DE POLÍCIA

CFC/PMPI/2013

Page 56: Apresentação SISTEMA DE SEGURANÇA PÚBLICA CFC 2013 Instrutor Formador

RELATOS DA PRÁTICA POLICIAL DA GUARDA REAL DE

POLÍCIA DO RJ, NO PERÍODO IMPERIAL

“E seus métodos espalhavam a violência e brutalidade da

vida nas ruas e da sociedade escravocrata em geral”

(HOLLOWAY, 1997, p.50)

A justificativa fundamental das organizações militares é

concentrar, regular e dirigir forças contra o inimigo. O

inimigo da polícia do Rio de Janeiro era a própria

sociedade (HOLLOWAY, 1997, p.50)

A meta era reprimir e subjugar, manter um nível aceitável

de ordem e tranqüilidade que possibilitasse o

funcionamento da cidade no interesse da classe que

elaborou as regras e criou a polícia para fazê-las cumprir.

(HOLLOWAY, 1997, p.50)

Page 57: Apresentação SISTEMA DE SEGURANÇA PÚBLICA CFC 2013 Instrutor Formador

57

A PRÁTICA DA CAPOEIRA E O CRIME

Durante o Brasil Colônia e Império a prática da

Capoeira pelos negros foi considerada pela Lei e pela

Polícia crime grave contra os costumes, sendo severamente

reprimida. (HOLLOWAY, 1997)

CFC/PMPI/2013

Page 58: Apresentação SISTEMA DE SEGURANÇA PÚBLICA CFC 2013 Instrutor Formador

Num breve olhar sobre a história do país, é difícil

discernir o que é parte de uma política deliberada de

segurança ou o que é decorrência de práticas sociais e

institucionais tradicionais, como o “mando” e o

autoritarismo.

A gênese da sociedade brasileira é marcada pela

desigualdade social, preconceito racial, corrupção e

clientelismo político. Observa-se também que algumas

práticas tendem a se repetir na história.

Page 59: Apresentação SISTEMA DE SEGURANÇA PÚBLICA CFC 2013 Instrutor Formador

59

LEI ÁUREA, 13 DE MAIO DE 1888 CFC/PMPI/2013

Page 60: Apresentação SISTEMA DE SEGURANÇA PÚBLICA CFC 2013 Instrutor Formador

60

A Proclamação da República, em 1889, inaugurou

uma nova ordem política e houve a reorganização do

aparato repressivo estatal. Embora o advento da República

não tenha significado uma alteração fundamental na

composição da classe dominante, a nova ordem política

modificou consideravelmente as relações entre as

diferentes elites políticas, e também alterou as relações

entre as classes dominantes e subalternas.

BRASIL REPÚBLICA (1889-1930)

CFC/PMPI/2013

Page 61: Apresentação SISTEMA DE SEGURANÇA PÚBLICA CFC 2013 Instrutor Formador

61

O papel das polícias no controle social

concentrava-se na vigilância das classes urbanas

perigosas e, com o fim da escravidão, as polícias

reinterpretaram sua função na estrutura de controle

social. Uma das primeiras tarefas impostas ao aparelho

policial foi o controle da população rural que migrou em

massa para os principais centros urbanos.

Novos instrumentos e mecanismos de controle

social precisaram ser desenvolvidos. Sob forte

influência do direito positivo, o Código Penal foi

reformado em 1890. Uma vez que a ênfase deveria

recair sobre o criminoso e não sobre o ato criminal, o

novo código passou a dar maior importância às

práticas comuns das ditas classes perigosas como

vadiagem, prostituição, embriaguez e capoeira.

CFC/PMPI/2013

Page 62: Apresentação SISTEMA DE SEGURANÇA PÚBLICA CFC 2013 Instrutor Formador

62

ERA VARGAS (1930-1945)

Governo Provisório (1930-1934)

Governo Constitucionalista (1934-1937)

Estado Novo (1937-1945)

CFC/PMPI/2013

Page 63: Apresentação SISTEMA DE SEGURANÇA PÚBLICA CFC 2013 Instrutor Formador

63

O golpe de 1930 pôs fim

ao arranjo político da Primeira

República, já corroído pelo

clientelismo e pelo localismo.

A polícia iria assumir papel

fundamental na construção e

manutenção desse regime

autoritário. Suas tarefas foram

ampliadas, sendo de sua

competência o controle dos

grupos políticos dissidentes.

CFC/PMPI/2013

Page 64: Apresentação SISTEMA DE SEGURANÇA PÚBLICA CFC 2013 Instrutor Formador

64

Aqueles vistos como inimigos do Estado

(comunistas, judeus, dissidentes políticos, entre outros)

deveriam ser vigiados e controlados, juntamente com as

classes pobres perigosas (CARVALHO, 2007).

Em 1934, foi implementada uma ampla reforma

na estrutura da Polícia – Decreto n° 24.531, de 2 de

junho de 1934. Além de redefinir funções e

responsabilidades dos quadros, ampliou-se o poder do

Chefe de Polícia e se expandiu a estrutura policial.

Em 1933, Vargas decretou que a Polícia do Distrito

Federal passaria a estar sob autoridade suprema do

Presidente da República e sob a superintendência do

Ministro da Justiça e Negócios Interiores.

CFC/PMPI/2013

Page 65: Apresentação SISTEMA DE SEGURANÇA PÚBLICA CFC 2013 Instrutor Formador

65

DITADURA MILITAR (1964-1985)

Em 1964, o golpe militar que pôs fim à

“experiência democrática” dos anos 1950 estabeleceu

um regime “burocrático-autoritário”, conduzido por

militares e civis, que iria se estender até 1985.

O regime militar restringiu a participação política

e ampliou o poder das Forças Armadas. Essa nova

ordem política era justificada a partir da noção de

inimigo interno inscrita na “doutrina de segurança

nacional” (CARVALHO, 2007), (COSTA, 2004) e

(SOARES, 2000).

CFC/PMPI/2013

Page 66: Apresentação SISTEMA DE SEGURANÇA PÚBLICA CFC 2013 Instrutor Formador

66

A exemplo da era Vargas, o aparato policial foi

utilizado para conter a oposição política. Para tal, usou

e abusou da repressão, da tortura e das prisões. A

violência policial foi o instrumento utilizado contra a

dissidência política.

CFC/PMPI/2013

Page 67: Apresentação SISTEMA DE SEGURANÇA PÚBLICA CFC 2013 Instrutor Formador

A recente história do Brasil foi marcada por

períodos de Ditaduras e autoritarismos, como o Golpe

Militar apoiado pelas elites políticas e econômicas civis

(1964-1985).

Page 68: Apresentação SISTEMA DE SEGURANÇA PÚBLICA CFC 2013 Instrutor Formador

Em 1970 foram criados os Centros de

Operações de Defesa Interna (CODIS), para atuar

sob jurisdição militar e posteriormente os

Destacamentos de Operações de Informação

(DOIs), formando DOI-CODIS, responsáveis pela

repressão política (COSTA, 2004).

Page 69: Apresentação SISTEMA DE SEGURANÇA PÚBLICA CFC 2013 Instrutor Formador

69

A IGPM foi criada pelo Decreto-Lei nº 317, de 13

março de 1967, subordinada ao Departamento Geral de

Pessoal (DGP), em nível de Diretoria, quando foi criado

o cargo de Inspetor- Geral das Polícias Militares, a ser

exercido por um General de Brigada.

INSPETORIA GERAL DAS POLÍCIAS MILITARES (IGPM)

A IGPM destina-se a supervisionar e controlar as

Polícias Militares estaduais. Cabia à IGPM estabelecer

normas reguladoras da organização policial, controlar

os currículos das academias de Polícia Militar, dispor

sobre os programas de treinamento, armamentos,

manuais, e regulamentos utilizados pelas polícias, esse

controle irá influenciar profundamente o perfil das

polícias brasileiras. (CARVALHO, 2007).

CFC/PMPI/2013

Page 70: Apresentação SISTEMA DE SEGURANÇA PÚBLICA CFC 2013 Instrutor Formador

70

As principais instituições de controle e

manutenção da ordem estavam sob tutela do Exército,

esse foi um grave erro para formação dos policiais

brasileiros, haja vista empregar um modelo de

formação para guerra em vez de prepará-los para o

convívio com o cidadão.

CFC/PMPI/2013

Page 71: Apresentação SISTEMA DE SEGURANÇA PÚBLICA CFC 2013 Instrutor Formador

71

A ESCOLA SUPERIOR DE GUERRA E A DOUTRINA DE

SEGURANÇA NACIONAL

O grupo militar que assumiu o poder em 1964

era marcado por fortes vínculos entre oficiais

brasileiros e norte-americanos, consequência de uma

geração influenciada pela concepção de DEFESA

NACIONAL, presente nos cursos realizados nos EUA e

que deu origem a ESG (nos moldes da National War

College) vinculada ao EMFA. (COSTA, 2004).

CFC/PMPI/2013

Page 72: Apresentação SISTEMA DE SEGURANÇA PÚBLICA CFC 2013 Instrutor Formador

72

CFC/PMPI/2013

Page 73: Apresentação SISTEMA DE SEGURANÇA PÚBLICA CFC 2013 Instrutor Formador

Com o fim do regime militar e a transição

política, grande parte desse aparato repressivo foi

desmontado, mas muitas “cicatrizes” ficaram

latentes no sistema policial (RANÇO).

Page 74: Apresentação SISTEMA DE SEGURANÇA PÚBLICA CFC 2013 Instrutor Formador

74

CFC/PMPI/2013

Page 75: Apresentação SISTEMA DE SEGURANÇA PÚBLICA CFC 2013 Instrutor Formador

75

CFC/PMPI/2013

Page 76: Apresentação SISTEMA DE SEGURANÇA PÚBLICA CFC 2013 Instrutor Formador

76

ADESTRAMENTO MILITAR VOLTADO PARA COMBATER

O INIMIGO

CFC/PMPI/2013

Page 77: Apresentação SISTEMA DE SEGURANÇA PÚBLICA CFC 2013 Instrutor Formador

77

Art. 142. As Forças Armadas, constituídas pela

Marinha, pelo Exército e pela Aeronáutica, são

instituições nacionais permanentes e

regulares, organizadas com base na

hierarquia e na disciplina, sob a autoridade

suprema do Presidente da República, e

destinam-se à defesa da Pátria, à garantia dos

poderes constitucionais e, por iniciativa de

qualquer destes, da lei e da ordem.

(CONSTITUIÇÃO FEDERAL DO BRASIL)

MISSÃO DO EXÉRCITO BRASILEIRO

CFC/PMPI/2013

Page 78: Apresentação SISTEMA DE SEGURANÇA PÚBLICA CFC 2013 Instrutor Formador

O PARADGMA POLICIAL DO MODELO PROFISSIONAL

O pesquisador americano Orlando Winfield Wilson

(1900-1972) exerceu grande influência no mundo ocidental

quando publicou o livro “Organização da Polícia e

Administração da Polícia”.

Page 79: Apresentação SISTEMA DE SEGURANÇA PÚBLICA CFC 2013 Instrutor Formador

79

O W. Wilson formou-se em Criminologia e Artes,

também foi Superintendente de Polícia da Chicago e da

Califórnia (EUA).

O. W. Wilson

revolucionou o policiamento

mundial ao introduzir a

viatura, como elemento

essencial, e a utilização do

rádio como meio de

comunicação.

CFC/PMPI/2013

Page 80: Apresentação SISTEMA DE SEGURANÇA PÚBLICA CFC 2013 Instrutor Formador

80

CFC/PMPI/2013

Page 81: Apresentação SISTEMA DE SEGURANÇA PÚBLICA CFC 2013 Instrutor Formador

81

A Política de Segurança Pública de aquisição de

automóveis, transformando o CARRO como elemento

essencial do policiamento ostensivo, atendeu também ao

crescimento da industria automobilística Americana.

Para reflexão! CFC/PMPI/2013

Page 82: Apresentação SISTEMA DE SEGURANÇA PÚBLICA CFC 2013 Instrutor Formador

Para Wilson, fazer segurança é identificar

pessoas e locais de risco. Ser profissional, então,

é saber identificar as pessoas de risco e aplicar

as técnicas especificadas para reprimir eventuais

ações dessas pessoas de risco.

Tal ideologia exerce até hoje no imaginário

coletivo policial grande influência, no pensar e

agir da segurança pública. Tendo como premissa

que o profissionalismo policial implica em atuar

exclusivamente nos locais de prática de crime e

violência para reprimir o criminoso.

Page 83: Apresentação SISTEMA DE SEGURANÇA PÚBLICA CFC 2013 Instrutor Formador

83

REDEMOCRATIZAÇÃO (1985- ATUAL)

Em 1985 chega ao fim a ditadura militar, passando-se

a respirar uma expectativa de dias melhores. É formada a

Assembléia Nacional Constituinte, que culminou com a

Constituição Federal do Brasil de 1988, a qual trouxe

inovações importantes na seara da Segurança Pública se

comparada ao padrão tradicional.

CFC/PMPI/2013

Page 84: Apresentação SISTEMA DE SEGURANÇA PÚBLICA CFC 2013 Instrutor Formador

84

Art. 144. A segurança pública dever do Estado, direito

e responsabilidade de todos, é exercida para

preservação da ordem pública e da incolumidade das

pessoas e do patrimônio, através dos seguintes órgãos:

I – polícia federal;

II – polícia rodoviária federal;

III – polícia ferroviária federal;

IV – polícias civis;

V – polícias militares e corpos de bombeiros militares. [...]

[...]

§ 5º. Às polícias militares cabem a polícia ostensiva e a

preservação da ordem pública; [...] (BRASIL, 2013)

(negrito nosso)

SEGURANÇA PÚBLICA NA CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988 CFC/PMPI/2013

Page 85: Apresentação SISTEMA DE SEGURANÇA PÚBLICA CFC 2013 Instrutor Formador

No que diz respeito às polícias, boa parte da

estrutura existente foi mantida. A Constituição de 1988

manteve os vínculos formais entre Polícia e Exército, ao

reafirmar que as Polícias Militares são forças auxiliares do

Exército. (COSTA, 2004).

A POLÍCIA PÓS-CONSTITUIÇÃO DE 1988

Page 86: Apresentação SISTEMA DE SEGURANÇA PÚBLICA CFC 2013 Instrutor Formador

SISTEMA DE SEGURANÇA PÚBLICA

E

S

T

A

D

O

U

N

I

Ã

O

M

U

N

I

C

I

P

I

O

PF PRF

PC PM

GM

PFF

CBM

Page 87: Apresentação SISTEMA DE SEGURANÇA PÚBLICA CFC 2013 Instrutor Formador

CONCEITOS DE SEGURANÇA PÚBLICA NA NOVA ORDEM

CONSTITUCIONAL

A Segurança Pública é uma atividade pertinente

aos órgãos estatais e à comunidade como um todo,

realizada com o fito de proteger a cidadania, prevenindo e

controlando manifestações da criminalidade e da

violência, efetivas ou potenciais, garantindo o

exercício pleno da cidadania nos limites da lei (SITE DA

SENASP, 2008).

A Segurança Pública é um processo sistêmico e

otimizado que envolve um conjunto de ações públicas e

comunitárias, visando assegurar a proteção do indivíduo

e da coletividade e a aplicação da justiça na punição,

recuperação e tratamento dos que violam a lei, garantindo

direitos e cidadania a todos (BENGOCHEA, 2004, p.120).

Page 88: Apresentação SISTEMA DE SEGURANÇA PÚBLICA CFC 2013 Instrutor Formador

88

Segurança Pública é uma política pública,

consubstanciada pela ação estatal e

comunitária, em parceria, que objetiva

prevenir e enfrentar a violência criminal, nas

suas diversas manifestações e dimensões,

principalmente garantindo o acesso à

cidadania plena, no âmbito de suas

competências, através das instituições

policiais e a comunidade como um todo,

pois é elemento essencial para manutenção

da Ordem Pública. (SOUSA, Reginaldo

Canuto de. Introdução à Segurança

Pública: reflexões sobre Polícia, Sociedade

e Cidadania. Teresina: Edição do Autor,

2013, p. 52).

CFC/PMPI/2013

Page 89: Apresentação SISTEMA DE SEGURANÇA PÚBLICA CFC 2013 Instrutor Formador

89

CFC/PMPI/2013

Page 90: Apresentação SISTEMA DE SEGURANÇA PÚBLICA CFC 2013 Instrutor Formador

Segundo o mestre Álvaro Lazzarini (1999, p.21), Ordem

Pública é gênero, cuja as espécies são:

Ordem Pública

Segurança Pública

Tranquilidade Pública

Salubridade Pública

Cidadania (SOUSA, 2013)

Page 91: Apresentação SISTEMA DE SEGURANÇA PÚBLICA CFC 2013 Instrutor Formador

91

CIDADANIA E SUAS DIMENSÕES

Direitos Civis (sec. XVIII)

Direitos Políticos (sec. XIX)

Direitos Sociais (sec. XX)

T. H. Marshall

CFC/PMPI/2013

Page 92: Apresentação SISTEMA DE SEGURANÇA PÚBLICA CFC 2013 Instrutor Formador

A VIOLÊNCIA E A CRIMINALIDADE NO BRASIL

Antes de iniciar a reflexão sobre violência, cabe

ressaltar a diferença entre as categorias: VIOLÊNCIA e

CRIME.

Crime é a conduta tipificada no código Penal

Violência é uso intencional da força

física ou do poder, real ou potencial,

contra si próprio, contra outras pessoas

ou contra um grupo ou uma

comunidade, que resulte ou tenha

grande possibilidade de resultar em

lesão, morte, dano psicológico,

deficiência de desenvolvimento ou

privação (OMS, 2002).

Page 93: Apresentação SISTEMA DE SEGURANÇA PÚBLICA CFC 2013 Instrutor Formador

Segundo Luiz Eduardo Soares (2006), as explicações

para a violência e o crime não são fáceis. Sobretudo, é

necessário evitar a armadilha da generalização. Não existe o

crime, no singular. Há uma diversidade imensa de práticas

criminosas, associadas a dinâmicas sociais muito diferentes.

Por isso, não faz sentido imaginar que seria possível

identificar apenas uma causa para o universo heterogêneo da

violência.

Para Alba Zaluar (2008), a dificuldade

na definição do que é violência e de que

violência se fala é o termo ser polifônico

desde a sua própria etimologia. Violência

vem do latim violentia, remete a vis (força,

vigor, emprego de força física ou os

recursos do corpo em exercer a sua força

vital). Esta força torna-se violência quando

ultrapassa um limite ou perturba acordos

tácitos e regras que ordenam relações,

adquirindo carga negativa ou maléfica.

Page 94: Apresentação SISTEMA DE SEGURANÇA PÚBLICA CFC 2013 Instrutor Formador

CAUSAS DA VIOLÊNCIA/CRIMINALIDADE NO BRASIL

Desigualdade Social/Concentração de Renda

Page 95: Apresentação SISTEMA DE SEGURANÇA PÚBLICA CFC 2013 Instrutor Formador

Escassez ou ausência de Políticas Públicas

(Saúde, Educação, Emprego, Moradia, Segurança,

Saneamento Básico, Lazer, Esporte, etc.)

Cultura da Corrupção, nos vários níveis de poder

do Estado e da Sociedade.

IMPUNIDADE

Page 96: Apresentação SISTEMA DE SEGURANÇA PÚBLICA CFC 2013 Instrutor Formador

96

IMPUNIDADE CFC/PMPI/2013

Page 97: Apresentação SISTEMA DE SEGURANÇA PÚBLICA CFC 2013 Instrutor Formador

TRÁFICO DE DROGAS E DE ARMAS

O tráfico de drogas é alimentado pelo mercado

que lhe é cativo e está envolvido com a dinâmica dos

homicídios dolosos e de alguns outros delitos, como

roubos, furtos, sequestros e latrocínios

Page 98: Apresentação SISTEMA DE SEGURANÇA PÚBLICA CFC 2013 Instrutor Formador

98

POLÍTICAS PÚBLICAS

O conceito de Políticas Públicas é bastante

abrangente, qualquer tentativa reducionista está fadada

ao insucesso, tendo em vista as várias correntes

doutrinárias que discorrem sobre a matéria. Mas, foram

relacionados à frente alguns conceitos que nortearam o

debate proposto.

O estudo do tema das Políticas Públicas no

Brasil requer uma discussão sobre a herança das

configurações do Estado brasileiro e suas

repercussões nas Políticas Públicas nacionais. A

evolução das Políticas Públicas coincide com a própria

evolução social e política do Brasil

CFC/PMPI/2013

Page 99: Apresentação SISTEMA DE SEGURANÇA PÚBLICA CFC 2013 Instrutor Formador

99

O Estado brasileiro é, tradicionalmente,

centralizador. A pouca ênfase no bem-estar, ou

seja, a tradição de assumir muito mais o

objetivo do crescimento econômico e muito

menos o objetivo de proteção social ao

conjunto da sociedade, fez com que o Estado

adquirisse uma postura de fazedor e não de

regulador. Isso ocorreu no período da longa

ditadura no período Vargas (1937-1945) e,

depois, na longa ditadura nos governos

militares (1964-1985). Assim, o formato

autoritário é uma marca das Políticas Públicas

brasileira (SAPORI 2007).

CFC/PMPI/2013

Page 100: Apresentação SISTEMA DE SEGURANÇA PÚBLICA CFC 2013 Instrutor Formador

100

Toda Política Pública é uma forma de regulação

ou intervenção na sociedade. Articula

diferentes sujeitos, que apresentam interesses

e expectativas diversas. Constitui um conjunto

de ações ou omissões do Estado decorrente

de decisões e não decisões, constituída por

jogos de interesses, tendo como limites e

condicionamentos os processos econômicos,

políticos e sociais. Isso significa que uma

Política Pública se estrutura, se organiza e se

concretiza a partir de interesses sociais

organizados em torno de recursos que também

são produzidos socialmente. (SILVA, 2001. p.37,

negrito nosso).

CFC/PMPI/2013

Page 101: Apresentação SISTEMA DE SEGURANÇA PÚBLICA CFC 2013 Instrutor Formador

101

[...] toda Política Pública é um mecanismo de

mudança social, orientada para promover o bem-

estar de segmentos sociais, principalmente os

mais destituídos, devendo ser um mecanismo de

distribuição de renda e de eqüidade social. Vista

como mecanismo que contém contradições, contrapõe-

se à percepção da Política Pública como mero recurso

de legitimação política ou de uma intervenção estatal

subordinada tão somente à lógica da acumulação

capitalista (SILVA, 2001. p.37-38, negrito nosso).

CFC/PMPI/2013

Page 102: Apresentação SISTEMA DE SEGURANÇA PÚBLICA CFC 2013 Instrutor Formador

102

Segundo Sapori (2008) a noção de políticas

públicas deve englobar não apenas os processos

decisórios e consequentes cursos de ação, como

também a ausência de decisões e, portanto, de

intervenções governamentais. É desse ponto de

vista que podemos identificar uma trajetória da

política de segurança pública em nossa história

recente.

CFC/PMPI/2013

Page 103: Apresentação SISTEMA DE SEGURANÇA PÚBLICA CFC 2013 Instrutor Formador

103

Esta investigação científica desenvolve a tese de

que a Segurança Pública deva ser entendida como

Política Pública. Portanto, a sociedade deve ser

partícipe em todas as fases do citado processo,

conforme Santos (2004), Sapori (2006), Sento-Sé (2005)

e Soares (2006).

As Políticas Públicas ainda hoje não são

acessíveis a toda a população, negando, assim, o

exercício pleno da cidadania, Carvalho (2003).

A presença cada vez mais ativa da sociedade

civil nas questões de interesse geral torna inevitável a

abertura do debate sobre a Segurança Pública como

condição para democratização desse espaço público.

CFC/PMPI/2013

Page 104: Apresentação SISTEMA DE SEGURANÇA PÚBLICA CFC 2013 Instrutor Formador

104

POLÍTICAS DE SEGURANÇA PÚBLICA

E

POLÍTICAS PÚBLICAS DE SEGURANÇA

Políticas de Segurança Pública é expressão referente

às atividades tipicamente policiais, é a atuação policial

strictu sensu. Políticas Públicas de Segurança é

expressão que engloba as diversas ações,

governamentais e não governamentais, que sofrem

impacto ou causam impacto no problema da

criminalidade e da violência (OLIVEIRA, 2002, p ?).

CFC/PMPI/2013

Page 105: Apresentação SISTEMA DE SEGURANÇA PÚBLICA CFC 2013 Instrutor Formador

105

SECRETARIA NACIONAL DE SEGURANÇA PÚBLICA

SENASP

A Secretaria Nacional de Segurança Pública –

SENASP, criada pelo Decreto nº 2.315, de 4 de

setembro de 1997, foi decorrente de transformação da

antiga Secretaria de Planejamento de Ações Nacionais

de Segurança Pública – SEPLANSEG.

CFC/PMPI/2013

Page 106: Apresentação SISTEMA DE SEGURANÇA PÚBLICA CFC 2013 Instrutor Formador

106

A SEPLANSEG foi criada no Governo Fernando

Henrique Cardoso através da MP 813, de 1º de janeiro de

1995 - mais tarde Lei nº 9.649, de 27 de maio de 1998.

Art. 16. À Secretaria Nacional de Segurança Pública

compete assessorar o Ministro de Estado da Justiça

na definição e implementação da política nacional de

segurança pública, e, em todo o território nacional,

acompanhar as atividades dos órgãos responsáveis

pela segurança pública, por meio das seguintes

ações:

ATRIBUIÇÃO LEGAL

Decreto nº 2.315, de 4 de setembro de 1997

CFC/PMPI/2013

Page 107: Apresentação SISTEMA DE SEGURANÇA PÚBLICA CFC 2013 Instrutor Formador

107

I - apoiar a modernização do aparelho policial do País;

II - ampliar o sistema nacional de informações de

justiça e segurança pública (INFOSEG);

III - efetivar o intercâmbio de experiências técnicas e

operacionais entre os serviços policiais federais e

estaduais;

IV - implementar o registro do identidade civil;

V - estimular a capacitação dos profissionais da área

de segurança pública;

VI - gerir os fundos federais dos órgãos a ela

subordinados;

VII - incentivar a atuação dos conselhos regionais de

segurança pública;

VIII - realizar estudos e pesquisas e consolidar

estatísticas nacionais de:

a) crimes; b) trânsito; c) entorpecentes.

CFC/PMPI/2013

Page 108: Apresentação SISTEMA DE SEGURANÇA PÚBLICA CFC 2013 Instrutor Formador

A modernização e expansão da Rede de Integração Nacional de

Informação de Segurança Pública, Justiça, e Fiscalização (INFOSEG);

O aprimoramento da formação profissional de policiais através da

criação da Rede Nacional de Especialização em Segurança Pública

(RENAESP);

O financiamento direto de viaturas, armamentos, coletes balísticos,

munições, computadores, etc.;

O apoio às Guardas Municipais mediante a elaboração e difusão da

Matriz Curricular;

O FNSP também contemplou, através de financiamento, programas

sociais de prevenção à violência e à criminalidade; e,

O FNSP fomentou novas perspectivas à Segurança Pública, ao

instituir concursos nacionais de projetos que visem a garantia da

ordem pública e incolumidade das pessoas.

PROPOSTAS E AVANÇOS DA SECRETARIA NACIONAL

DE SEGURANÇA PÚBLICA:

108

CFC/PMPI/2013

Page 109: Apresentação SISTEMA DE SEGURANÇA PÚBLICA CFC 2013 Instrutor Formador

O primeiro Plano Nacional de Segurança Pública foi

formulado em 2001, já no final do segundo governo de

Fernando Henrique Cardoso, logo após a comoção do caso

do ônibus 174, no Rio de Janeiro, e teve como principal

inovação a criação do Fundo Nacional de Segurança Pública.

Em 2002, por sua vez, o candidato Lula apresentou

um documento mais elaborado e consistente, com objetivos

mais claros que o plano anterior (2001), denominado

“Projeto de Segurança Pública para o Brasil”, elaborado pelo

Instituto Cidadania, o qual tem norteado suas ações desde

então e servido de suporte para os Estados que ainda não

têm seu próprio plano de Segurança Pública, como o Piauí.

1º PLANO NACIONAL DE SEGURANÇA PÚBLICA

109

CFC/PMPI/2013

Page 110: Apresentação SISTEMA DE SEGURANÇA PÚBLICA CFC 2013 Instrutor Formador

110

CFC/PMPI/2013

Page 111: Apresentação SISTEMA DE SEGURANÇA PÚBLICA CFC 2013 Instrutor Formador

111

2º PLANO NACIONAL DE SEGURANÇA PÚBLICA

O Plano Nacional de Segurança Pública (BRASIL,

2002) do governo Lula apresenta uma seqüência para

planejamento e desenvolvimento da Segurança Pública

em nível nacional e regional, pelas etapas propostas o

Plano se configura como uma Política Pública, conforme

se verifica adiante:

CFC/PMPI/2013

Page 112: Apresentação SISTEMA DE SEGURANÇA PÚBLICA CFC 2013 Instrutor Formador

112

Prof. Dr. Luis Eduardo Soares CEL PMSP JOSÉ VICENTE

CFC/PMPI/2013

Page 113: Apresentação SISTEMA DE SEGURANÇA PÚBLICA CFC 2013 Instrutor Formador

113

O objetivo do presente documento é submeter à

apreciação da sociedade um projeto de segurança pública

cuja meta é a redução daquelas modalidades da violência

que se manifestam sob a forma da criminalidade. (BRASIL,

PNSP, 2002, p. 4)

Daí a conclusão: ou haverá segurança para

todos, ou ninguém estará seguro, no Brasil. Segurança

é um bem por excelência democrático, legitimamente

desejado por todos os setores sociais, que constitui direito

fundamental da cidadania, obrigação constitucional do

Estado e responsabilidade de cada um de nós. (BRASIL,

PNSP, 2002, p. 5)

“A banalização da violência é o preâmbulo da barbárie.”

CFC/PMPI/2013

Page 114: Apresentação SISTEMA DE SEGURANÇA PÚBLICA CFC 2013 Instrutor Formador

114

Para que um programa se realize, é necessário que o

processo transite entre os seguintes estágios: o

diagnóstico das dinâmicas criminais e dos fatores de

risco (seja de vitimização, seja de atração para o crime),

local e geral, sensível às variações ditadas pelas

circunstâncias e as conjunturas; a elaboração de um

plano de ação, capaz de formular uma agenda,

identificar prioridades e recursos, e estipular metas; sua

implementação (que importa em tarefas de

coordenação e de garantia de cumprimento de metas e

cronogramas); sua avaliação (não só dos resultados,

também do processo), seguida do monitoramento, que

significa a correção de rumo ditada pela constatação dos

erros. É conveniente implantar projetos piloto e

observá-los, criticamente, como experimentos-

demonstração (BRASIL, 2002, p. 13).

CFC/PMPI/2013

Page 115: Apresentação SISTEMA DE SEGURANÇA PÚBLICA CFC 2013 Instrutor Formador

115

O Plano Nacional de Segurança Pública busca fortalecer

a Segurança Pública como Política Pública ao indicar as

diretrizes a serem adotadas pelos Estados:

modernização tecnológica (sobretudo equipamentos

de segurança, produção, organização e transmissão de

dados); modernização gerencial (tentativa de

modernizar os métodos arcaicos e irracionais das

policias de gerir, introduzir a cultura do planejamento, da

avaliação e do monitoramento corretivo institucional);

modernização institucional (adequação ao novo

modelo ético-disciplinar, qualquer esforço será em vão

se os ditames constitucionais não forem respeitados);

moralização (sem a transformação profunda das

polícias, sem rigoroso filtro ético-disciplinar, qualquer

esforço será comprometido, pois policiais corruptos

sabotam o projeto citado) a participação comunitária (a sociedade deve participar em todas as fases de uma

verdadeira Política de Segurança Pública, na perspectiva

de uma Política Pública) (BRASIL, 2002, p.14).

CFC/PMPI/2013

Page 116: Apresentação SISTEMA DE SEGURANÇA PÚBLICA CFC 2013 Instrutor Formador

116

SISTEMA ÚNICO DE SEGURANÇA PÚBLICA (SUSP)

O Sistema Único de Segurança Pública tem como objetivo orientar a

aplicação dos recursos disponibilizados aos Estados, através do Fundo

Nacional de Segurança Pública, e fiscalizar se realmente os projetos

aprovados pelo SUSP melhoram a vida do cidadão. Esses objetivos

constituem os principais pontos do SUSP.

Pautada no Programa de Segurança Pública para o Brasil, a

SENASP estipulou que a implantação do SUSP seria

realizada pela dedicação às ações convergentes em sete

eixos estratégicos: gestão do conhecimento; reorganização

institucional; formação e valorização profissional;

prevenção; estruturação da perícia; controle externo e

participação social; e programas de redução da violência.

(BRASIL, 2007, p.13).

CFC/PMPI/2013

Page 117: Apresentação SISTEMA DE SEGURANÇA PÚBLICA CFC 2013 Instrutor Formador

117

Desenvolvido pelo Ministério da Justiça, o

Programa Nacional de Segurança Pública com

Cidadania (Pronasci) marca uma iniciativa inédita

no enfrentamento à criminalidade no país. O

projeto articula políticas de segurança com ações

sociais; prioriza a prevenção e busca atingir as

causas que levam à violência, sem abrir mão das

estratégias de ordenamento social e segurança

pública.

CFC/PMPI/2013

Page 118: Apresentação SISTEMA DE SEGURANÇA PÚBLICA CFC 2013 Instrutor Formador

POLÍTICAS PÚBLICAS EM AÇÃO NO MORRO: UPPs

118

CFC/PMPI/2013

Page 119: Apresentação SISTEMA DE SEGURANÇA PÚBLICA CFC 2013 Instrutor Formador

119

QUESTÃO PARA REFLEXÃO

Por que até hoje não há um plano

estadual de Segurança Pública para o Piauí?

CFC/PMPI/2013

Page 120: Apresentação SISTEMA DE SEGURANÇA PÚBLICA CFC 2013 Instrutor Formador

120

Política do Encarceramento

MODELOS REATIVOS DE SEGURANÇA PÚBLICA

JULITA LEMGRUBER

CFC/PMPI/2013

Page 121: Apresentação SISTEMA DE SEGURANÇA PÚBLICA CFC 2013 Instrutor Formador

121

POLÍTICA DE GERENCIAMENTO DE CRISE

Crise/Violência = Aumento da PENA+ Sistema Prisional Inoperante CAOS

A ausência de uma racionalidade gerencial

mais sistemática nesse âmbito das políticas

públicas é fator determinante da ineficiência da

atuação governamental e, consequentemente,

potencializa o fenômeno da violência e da

criminalidade.

PENA DE MORTE PRISÃO PERPÉTUA

REDUÇÃO DA MAIORIDADE PENAL

CFC/PMPI/2013

Page 122: Apresentação SISTEMA DE SEGURANÇA PÚBLICA CFC 2013 Instrutor Formador

122

POLÍTICA DO REMÉDIO CONTÍNUO

Mais sempre do mesmo remédio

O uso contínuo de estratégias policiais que

comprovadamente são ineficazes na prevenção e

enfrentamento da Violência e da Criminalidade, e que são

determinadas sem a anuência social.

CFC/PMPI/2013

Page 123: Apresentação SISTEMA DE SEGURANÇA PÚBLICA CFC 2013 Instrutor Formador

GUARDIÃ DA SOCIEDADE PIAUIENSEGUARDIÃ DA SOCIEDADE PIAUIENSE

AQUISIÇÃO DE VIATURAS

Recursos Materiais

Page 124: Apresentação SISTEMA DE SEGURANÇA PÚBLICA CFC 2013 Instrutor Formador

POLÍTICA DE SEGURANÇA

PÚBLICA BASEADA NA

AQUISIÇÃO DE ARMAMENTO,

VIATURA E AUMENTO DE

EFETIVO.

Page 125: Apresentação SISTEMA DE SEGURANÇA PÚBLICA CFC 2013 Instrutor Formador

125

OS MODELOS PRO-ATIVOS DE SEGURANÇA PÚBLICA

Segurança Pública baseada na Gestão Compartilhada

CFC/PMPI/2013

Page 126: Apresentação SISTEMA DE SEGURANÇA PÚBLICA CFC 2013 Instrutor Formador

GESTÃO COMPARTILHADA DA SEGURANÇA PÚBLICA

A Constituição Federal do Brasil, no Art. 144,

estabelece que a segurança pública é dever do estado,

direito e responsabilidade de todos, o que nos leva a

inferir que além dos policiais, cabe a qualquer cidadão

uma parcela de responsabilidade pela segurança.

O cidadão na medida de sua capacidade,

competência, e da natureza de seu trabalho, bem como,

em função das solicitações da própria comunidade,

deve colaborar, no que puder, na segurança e no bem

estar coletivo.

Page 127: Apresentação SISTEMA DE SEGURANÇA PÚBLICA CFC 2013 Instrutor Formador

127

CONSELHO COMUNITÁRIO DE SEGURANÇA PÚBLICA

CONSEG

Por que os CONSEGs não

se multiplicam? E não

tem maior efetividade

junto a Segurança

Pública?

CFC/PMPI/2013

Page 128: Apresentação SISTEMA DE SEGURANÇA PÚBLICA CFC 2013 Instrutor Formador

128

GABINETE DE GESTÃO INTEGRADA (GGI)

DECRETO Nº 11.843, DE 10 DE AGOSTO DE 2005

Art.1º - Fica instituído o Gabinete de Gestão

Integrada do Estado Do Piauí – (GGI- PI), no

âmbito da Secretaria da Segurança Pública,

com a com a finalidade de coordenar o

Sistema Único de Segurança Pública

Estadual, tendo como membros efetivos os

representantes legais dos seguintes Órgãos e

Entidades:

CFC/PMPI/2013

Page 129: Apresentação SISTEMA DE SEGURANÇA PÚBLICA CFC 2013 Instrutor Formador

129

I - Secretaria da Segurança Pública – Coordenação;

II - Polícia Civil do Estado do Piauí;

III - Polícia Militar do Estado do Piauí;

IV - Corpo de Bombeiros Militares do Estado do Piauí;

V - Secretaria da Justiça e dos Direitos Humanos;

VI - Defensoria Pública do Estado do Piauí;

VII - Superintendência Regional da Polícia Federal no

Piauí;

VIII - Superintendência Regional da Polícia Rodoviária

Federal no Piauí;

IX - Forças Armadas;

X – Tribunal de Justiça do Piauí;

XI – Procuradoria Geral de Justiça;

XII - Secretaria Nacional da Segurança Pública –

SENASP – Mediador.

CFC/PMPI/2013

Page 130: Apresentação SISTEMA DE SEGURANÇA PÚBLICA CFC 2013 Instrutor Formador

130

Parágrafo único – Poderão participar do Gabinete,

como membros convidados, quando a situação

assim recomendar, a critério dos integrantes do

GGI-PI e mediante convite do Coordenador:

I - Ordem dos Advogados do Brasil – Secção Piauí;

II - Representações de Associações Comunitárias;

III - Representações Religiosas;

IV – Titulares de Poderes, órgãos públicos e

entidades privadas.

CFC/PMPI/2013

Page 131: Apresentação SISTEMA DE SEGURANÇA PÚBLICA CFC 2013 Instrutor Formador

131

Art. 2º - Ao Gabinete de Gestão Integrada do Estado de

Piauí compete:

I - articular de forma que se torne mais ágil e eficaz a

comunicação entre os órgãos de justiça criminal;

II - contribuir para a integração e harmonização dos

órgãos do Sistema de Justiça Criminal e da Segurança

Pública na execução de diagnóstico, planejamento,

implementação, execução e monitoração de políticas de

segurança pública, através de diretrizes específicas;

III - estabelecer políticas estratégicas de segurança

pública, integradas e articuladas entre todos os órgãos

componentes, visando a cooperação mútua para a

prevenção e repressão eficaz ao crime em todo o território

estadual, com a participação ativa da sociedade; [...]

CFC/PMPI/2013

Page 132: Apresentação SISTEMA DE SEGURANÇA PÚBLICA CFC 2013 Instrutor Formador

132

Art. 3º - As decisões do Gabinete de Gestão Integrada do

Estado do Piauí - GGI-PI, que é um órgão de caráter

deliberativo e executivo, serão produzidas de forma

consensual.

Por que o GGI não é implementado no Piauí ?

PARA REFLEXÃO!

CFC/PMPI/2013

Page 133: Apresentação SISTEMA DE SEGURANÇA PÚBLICA CFC 2013 Instrutor Formador

OS DESAFIOS

DA GESTÃO EM

SEGURANÇA PÚBLICA

Trabalhar em rede, em um ambiente de

cooperação

Flexibilizar a gestão com responsabilização por

resultados

Gestão da transversalidade, o

desafio da coordenação

Incorporar as tecnologias da

informação

Participação do cidadão

Consolidar um ambiente

empreendedor

CONCLUSÃO

133

CFC/PMPI/2013

Page 134: Apresentação SISTEMA DE SEGURANÇA PÚBLICA CFC 2013 Instrutor Formador

134

CFC/PMPI/2013

Page 135: Apresentação SISTEMA DE SEGURANÇA PÚBLICA CFC 2013 Instrutor Formador

SITES DE SEGURANÇA PÚBLICA

Centro de Estudos de Segurança e Cidadania (CESeC)

(Universidade Candido Mendes) http://www.ucamcesec.com.br/

Núcleo de Estudos da Cidadania, Conflito e Violência Urbana

(NECVU) – UFRJ http://www.necvu.ifcs.ufrj.br/

Núcleo de Pesquisa das Violências (NUPEVI) - UERJ -

Universidade Estadual do Rio de Janeiro e UFMG -

Universidade Federal de Minas Gerais

http://www.ims.uerj.br/nupevi/

Fórum Brasileiro de Segurança Pública

http://www2.forumseguranca.org.br/

Page 136: Apresentação SISTEMA DE SEGURANÇA PÚBLICA CFC 2013 Instrutor Formador

136

CRISP - Centro de Estudos de Criminalidade e

Segurança Pública – UFMG http://www.crisp.ufmg.br/

Domínio Público – Biblioteca digital

http://www.dominiopublico.gov.br/

Núcleo de Estudos sobre Violência (NEV) – Universidade

de São Paulo http://www.nevusp.org/portugues/

Núcleo de Estudos sobre Violência e Segurança (NEVIS) –

UNB http://vsites.unb.br/ceam/webceam/nucleos/nevis.htm

Conferência Nacional de Segurança Pública

http://www.conseg.gov.br/

CFC/PMPI/2013

Page 137: Apresentação SISTEMA DE SEGURANÇA PÚBLICA CFC 2013 Instrutor Formador

137

MUITO OBRIGADO !!!

A mudança da atual

conjuntura na Segurança

Pública brasileira depende da

ação estatal, bem como da

participação de cada cidadão.

Somente com a união de

esforços poderá ser superado

o CAOS.

CFC/PMPI/2013