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0 História da Psicologi a Sínteses dos Capítulos 1 a 5 (Vários autores: trabalho de grupo)

APRESENTAÇÃO TRAB GRUPO HIST PSIC

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História da Psicologia

Sínteses dos Capítulos 1 a 5

(Vários autores: trabalho de grupo)

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HISTÓRIA DA PSICOLOGIA

Síntese cap.1 História da Psicologia ModernaA psicologia é conhecida como uma das disciplinas académicas mais antigas mas também como sendo umas das mais modernas. É pelo séc. V a.C. que surge o estudo sobre o comportamento humano através dos filósofos (Aristóteles e Platão), que se

interessam em resolver problemas de interesse psicológico, como a aprendizagem, pensamento, comportamento entre outros.Ate finais do séc. XIX eram os filósofos que estudavam a natureza humana através de investigação e generalização, por via das próprias experiencias. Sendo os filósofos a darem o maior contributo para a evolução da psicologia moderna, apesar de estes não se poderem considerar psicólogos. Os fisiologistas também contribuíram para o surgimento da psicologia

moderna através do estudo dos mecanismos físicos que estavam por detrás dos mentais. A fusão destas duas ciências (filosofia e fisiologia) nasce a psicologia moderna.A psicologia como qualquer outra ciência, para se entender a sua história e evolução tem que se ter em atenção aos factores contextuais, porque para além das influências internas a psicologia também esta sujeita a forças externas, tais como os factores sociais, económicos, políticos, assim como as ideias predominantes da ciência e da cultura da época (Zeitgeist).Os Estados Unidos no séc. XX teve mudanças muito drásticas, a nível da psicologia, visto que o país oferecia um cenário económico favorável e dessa forma apostando no desenvolvimento da psicologia, esse factor faz com que abram imensos laboratórios o que se reflectia na precisão de mais psicólogos para trabalhar, abrindo portas para o desenvolvimento e investigação. Outro factor contextual foi a entrada de imigração que se fazia sentir no país, que faz com que os psicólogos possam colocar em prática todo o conhecimento adquirido alargando-se na aplicação da psicologia nas questões do ensino e da aprendizagem.As guerras contribuíram também para estrutura da psicologia moderna, levando psicólogos americanos no aceleramento da psicologia aplicada onde intervinham na área de selecção do pessoal, testes psicológicos e psicologia aplicada à engenharia.Com a vinda da 2ª guerra mundial alterou a constituição do destino da psicologia europeia, principalmente na Alemanha (aparecimento da psicologia experimental) e na Áustria (o berço da psicanálise), onde pesquisadores e teóricos fugiram da ameaça nazista na década de 1930 o que faz a transferência da psicologia da Europa para os estados unidos. Com a fuga para os estados unidos por causa da guerra as ideias de alguns teóricos como é o caso de Sigmund Freud já após testemunhos da 1ªguerra

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mundial, mencionou que um dos principais motivos das várias personalidades, é a agressão sendo um reflexo da guerra. Não foram só os factores contextuais da guerra nem da economia que influenciaram a psicologia, a discriminação e o preconceito também teve bastante impacto. As mulheres durante épocas foram bastante discriminadas na sociedade, elas mesmo que capacitadas para ocupar cargos de elevado estatuto, eram colocadas de parte. As que conseguiam algum reconhecimento, só o podiam demonstrar em faculdades para mulheres ganhando um salário inferior e sem poder obter qualquer tipo de nomeação, e mesmo assim dentro destas instituições eram discriminadas, alegando que as mulheres

casadas não podiam exercer a sua função por incompatibilidade da função. Temos como exemplo a senhora Eleanor Gibson que foi excluída da universidade de Yale e assim de tirar a sua pós-graduação depois de vários reconhecimentos na área da aprendizagem e do desenvolvimento perceptual. Depois de várias lutas as primeiras mulheres puderam fazer as suas pós-graduações, doutoramentos e assim se sentirem motivadas para progredir nas suas carreiras, chegando mesmo a pertencerem à associação de psicologia. Numa evolução crescente as mulheres conseguiram o seu lugar na psicologia. Não era só perante as mulheres que existia

discriminação, os de etnia diferente não tinham direito ao progresso na carreira como era o caso do povo judeu. E os que conseguiam ter algum progresso não podiam exercer actividade na via do ensino, tendo como alternativa o trabalho nos hospitais para tratar de doentes mentais. Alguns dos judeus optaram e outros foram obrigados a mudar de nome, se queriam ter sucesso nas suas carreiras, como foi o caso de Isadore Krechevsky, que passou a ser David Krech, depois de sofrer varias humilhações, porque só assim conseguiu ver a sua carreira a evoluir na psicologia social.Outro grupo étnico que enfrentou bastante descriminação foi os afro-americanos, onde sentiram bastante dificuldade no acesso a faculdade devido a não existir instituições de pós-graduação para esta etnia, visto que os negros numa faculdade de brancos eram excluídos de forma muito radical e repelidos dos restantes alunos.Mesmo que conseguissem acabar uma pós-graduação era-lhes dado um cargo inferior a qualquer outro, mesmo que tivessem acabado com a maior distinção. Muitos destes grupos étnicos nunca eram reconhecidos publicamente, pelo trabalho realizado.

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David Hothersall

Foi na Grécia e na Roma Antiga que os grandes pensadores começaram por desenvolver duas grandes áreas de investigação, a filosofia e a ciência natural, que tiveram grande influência no desenvolvimento da psicologia. Dado que a psicologia surgiu destas duas áreas.Os primeiros relatos psicológicos começaram por ser feitos sobre os sonhos, que eram prescritos em tábuas de argila, que por sua vez não eram de fácil leitura mas muitos resistentes.Mas as maiores descobertas viriam de médicos e filósofos, provenientes do Egipto, da Grécia e da Roma, que através de

avanços matemáticos e filosóficos desenvolvidos anteriormente, puderam desenvolver mais o funcionamento da mente, das sensações e da percepção, assim como a memória e os efeitos de aprendizagem.Também com os avanços realizados na medicina, foi-se acreditando que os comportamentos psicológicos, teriam origens biológicas.Nos séculos a.C. quem dominava a medicina na Grécia eram os sacerdotes. Eram famosos porque diziam que eles curam várias doenças, como a infertilidade, a cegueira, a surdez e também muitas das paralisias.Os seus tratamentos consistiam no isolamento do paciente, submetiam-no a vários rituais, contavam-lhes histórias passadas verídicas e somente utilizavam as drogas para a dor e o sangramento, fazendo-os assim acreditar que a cura iria surgir.Nesta altura surgiu um médico grego, Alcmaeon, disposto a ir contra as inferências dos sacerdotes e a procurar respostas mais objectivas e racionais. Começou por dissecar corpos humanos e a estudar as suas principais estruturas, como o esqueleto, os músculos e o cérebro.Acreditava que o facto de estar doente ou estar bem de saúde dependia dos equilíbrios ou desequilíbrios do corpo.Surgiu logo de seguida um seu sucessor, Hipócrates.Hipócrates dizia que todas as doenças provinham de causas naturais, logo teriam de receber um tratamento através de métodos naturais.Como seu antecessor, Alcmaeon, ele acreditava que tinha que existir um equilíbrio natural do corpo, e que por isso não tinha que intervir.Sempre que recebia um doente, a única coisa que receitava era repouso, descanso, muito exercício e uma boa dieta, e deixava que o corpo volta-se ao seu estado de equilíbrio natural.Ele chegou a conclusão que o lado direito do cérebro controla o lado esquerdo do corpo e vice-versa, depois de ter observado que danos frequentes num dos lados da cabeça, paralisa o lado oposto.

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Estudou várias outras doenças, como a histeria que erroneamente a dirigiu somente as mulheres, como sendo uma doença que se devia a instabilidade do útero.Hipócrates também desenvolveu teorias, como a do humor. Eles diziam que o humor se devia a quatro elementos fundamentais, a bílis negra e amarela, o sangue e a fleuma. Qualquer desequilíbrio num destes elementos provocaria uma doença ou mesmo alterações de personalidade. Durante muito tempo esta teoria foi levada em conta no tratamento e diagnostico de muitas doenças.Mas o seu maior interesse centrou-se na descoberta das causas da grande doença da epilepsia.Ele queria desmistificar a ideia de que a epilepsia ocorria por uma intervenção divina, que eram os deuses que provocavam a doença, assim como a sua cura. Hipócrates queria quebrar esse mito e provando que esta doença seria causada por descontroles cerebrais e que só fazendo exames ao cérebro conseguiriam revelar a sua origem e cura-la através de procedimentos naturais.Outra das teorias criadas por Hipócrates foi a teoria da sede. Que consistia em provar que sensações originavam a sede, por exemplo, quando inspiramos engolimos ar, esse ar seca as membranas da boca e da garganta, que originam sensações que nos interpretamos como estar com sede e portanto bebemos. Esta teoria mais tarde foi reformulada por um fisiologista francês.Hipócrates “pai da medicina” assim como considerado um antigo “pai da psicologia”, foi uma figura mítica, visto como autoridade, no que toca a medicina, devido aos seus contributos quanto as teorias, ainda hoje consideradas correctas, quanto ao comportamento, a personalidade e a motivação.Mas quem manteve viva a obra de Hipócrates, foi um médico grego, chamado Galeno, que também ele contribuiu para a evolução da psicologia. Através de suas observações, experiencias e do conhecimento adquirido tanto dos seus antecessores como das suas próprias experiencias. Galeno formado em medicina e anatomia, formou um conjunto de ideias a respeito da fisiologia.Galeno era contra o materialismo e contra as crenças que advinham dele, de que tudo acontecia por mero acaso e então decidiu provar o contrário através dos seus estudos de anatomia.Ele acreditava que todas as partes do corpo não existiam por acaso, mas que tinham alguma finalidade. ele deus o exemplo das mãos ,se tivéssemos só uma mão ,não conseguíamos realizar muitas das tarefas que realizamos com as duas. Mas também ele acreditava que toda a criação tinha um processo divino, espiritual. Dizia Galeno que o funcionamento do coração ocorria da libertação de uma substancia espiritual no sangue, reconhecendo-o como sendo uma bomba. Também ele desenvolveu um método que, reconhecia e curava doenças da alma, que surgiam através das paixões, da raiva, do medo, da tristeza e que se curava através do auto reconhecimento destas sensações por parte do paciente.

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Foi através de Galeno que a teoria da medicina e das ciências antigas ficaram conhecidas.Para os gregos as matemáticas começaram a ser úteis. Uma das grandes contribuições foi as teorias matemáticas.Para os gregos, as teorias matemáticas desenvolvidas pelos egípcios, não só serviam para descrever medidas, mas também ajudavam a prever acontecimentos futuros.

Por exemplo Tales previu um eclipse solar, que causou medo na população mas também proporcionou o seu reconhecimento popular.Um dos alunos de Tales foi Pitágoras, que desenvolveu uma correlação matemática entre o mundo físico e a experiencia psicológica da harmonia, através de uma experiencia com cordas de uma harpa, concluindo que, a divisão igual das cordas produz mais notas harmoniosas do que se forem divididas com comprimentos diferentes, ou seja, concluiu que todas as

coisas têm sempre princípios matemáticos.As teorias de Pitágoras influenciaram a psicologia, quando se tentava definir como ciência, e também a filosofia ocidental.Entre o século VII e V a.C. os gregos pesquisaram na área da cosmologia. Área essa que dizia que o universo era constituído por unidades básicas do mundo material. Foi a partir dessas unidades que Demócrito, grande filósofo nesta época, desenvolveu o atomismo, em que dizia que estas unidades, os átomos, eram base de toda a matéria. Ele comparou os arranjos atómicos a constituição da mente humana, dizendo que as nossas experienciam, vivencias, eram organizadas na mente como se fossem arranjos atómicos. Mas essas teorias eram muito diferentes das outras já existentes sobre a mente, como a de Descartes, que separava o corpo da mente.Demócrito acreditava que todos os objectos externos emitiam feixes de átomos que entravam na mente e produziam a percepção desses objectos. E só depois das neurociências descobrirem o funcionamento do cérebro e do sistema nervoso é que esta perspectiva foi abandonada.A medida que as coisas evoluíam, a relação mente/matéria começou a suscitar alguma curiosidade nos gregos, começando por questionar a relação destes com os sentidos.Zenão realizou experiências, como por exemplo uma corrida imaginária para provar a inadaptação dos sentidos. Ele contraria as teorias do atomismo e do materialismo, que dizem que o pensamento humano e a alma são definidos através do mundo físico, e assim abre caminhos para o mundo das filosofias.Os três maiores filósofos que contribuíram para a origem, natureza e limites do conhecimento humano foram Sócrates e os seus discípulos Platão e Aristóteles. Também eles investigaram os processos e procedimentos da aprendizagem, da memória e da consciência.Sócrates como grande observador que era, saiu em busca do conhecimento, fazendo perguntas e analisando as respostas, quanto as suas falhas. Duvidava daquilo que era lógicos ainda em busca do racionalismo. Sócrates queria a verdade das coisas que estava

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escondida na mente e não aquela em as pessoas acreditavam. Ele dizia que para se aprender tem que ser apontadas as falhas. Um dos seus seguidores, Antifon, utilizando os processos de Sócrates, fazia perguntas as pessoas e obtinha respostas, mas fazia tantas perguntas sobre as respostas dadas, que desacreditava as pessoas que diziam que sabiam tudo, ou seja, as pessoas duvidavam daquilo que elas próprias diziam que

sabiam.Um dos discípulos de Sócrates foi Platão. Seu objectivo era também a busca da verdade, da realidade das coisas. Também ele acreditava que o adquirir conhecimento advinha da interpretação das sensações, quando expostos ao um mundo externo, e não das primeiras impressões provocadas directamente. Ele diferenciava as sensações provocadas pelos sentidos e as provocadas pelo pensamento racional, chamando estas

últimas de “Formas”. As provocadas pelos sentidos seriam incertas, nunca temos a certeza delas, e as outras não, são reais e permanecem.Para Platão só havia uma maneira de provar a exactidão do nosso conhecimento, através do raciocínio dedutivo e da mensuração, procurando descreve-los através dos princípios matemáticos, que iriam mostrar que todas as pessoas eram diferentes umas das outras, e dos processos geométricos, em que as capacidades, habilidades, talentos, iriam ser medidos geometricamente e por fim ser classificados. Por exemplo, todas as pessoas que tinham um maior nível de coragem, de beleza, talento, deveriam ser preservadas através da hereditariedade e através da reprodução controlada. Ele acreditava que eram os Deuses que ditavam as diferenças, entre os mais e os menos dotados, que escolhiam os que deveram ser quem, mas que também estas capacidades se encontravam em diferentes partes do corpo, que cada característica se desenvolvia numa parte diferente do corpo humano. Dai atribuírem naquela altura as pessoas tarefas com base nas suas maiores capacidades.E por último temos um outro discípulo de Sócrates e aluno de Platão, Aristóteles. Foi o primeiro filósofo a atribuir à dedução um processo de indução através da observação. Aristóteles conseguiu chegar a dedução lógica da matemática, de definições claras. Mas também não pôs de parte a observação directa das coisas. Foi através da observação e da abordagem indutiva que Aristóteles se debruçou nas suas experiencias, que também o levaram a tirar falsas conclusões. E então através dos processos cognitivos Aristóteles desenvolveu os princípios da memoria humana que resultam de três processos associativos, os objectos, os acontecimentos e as pessoas, que só fazem sentido e se puderam associar, se ocorrerem juntas no espaço e no tempo, através dos princípios de similaridade, contraste e contiguidade.Estas associações eram melhor assimiladas se uma experiencia se repetisse com muita frequência, apesar de umas serem mais fáceis de lembrar do que outras, dizia Aristóteles.São estas experiencias, que segundo Aristóteles, vão preenchendo a nossa mente. Nascemos com a nossa mente vazia, chamando-lhe ele de “tábua rasa”, e a medida que vamos tendo experiencias e adquirindo conhecimento vamos preenchendo a mente.

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Também ele desenvolveu uma outra teoria, a teoria das causas. Que foi dividida em varias outras, causa material, causa formal, causa eficiente e causa final. As causas tinham como objectivo chegar a um propósito.Aristóteles encarava a vida como sendo a construção de uma escada, que ia aumentando de grau e se ordenava do menos complexo para o mais complexo.Uma das suas outras teorias, errada, era afirmar que o coração era mais importante que a cabeça, e que este era o locus da mente, e isto devido as influencias egípcias. Outra das suas teorias erróneas, que originou os métodos indutivos, foi em experiencias com animais, descrever a locomoção como comportamento parental e sexual, com base no número de pernas e a presença do sangue. Foi através destes métodos que Aristóteles apresentou suas teorias do estudo da mente e do comportamento animal. Tais teorias teriam beneficiado na obtenção de críticas racionais.Depois de Aristóteles surgiram várias escolas filosóficas, que tinham como principal objectivo obter diferentes respostas, obtidas anteriormente.Numa dessas escolas (Epicurista) surgiram dois filósofos (Epicuro e Lucrécio) que afirmavam que o conhecimento tinha origem nas sensações que estavam na memória. Outra das escolas que surgiu (Estóica, de Zenão e Seneca) acreditava no princípio racional, ou seja, tínhamos que controlar as emoções e tentar sempre obter a razão.Depois de vistas as perspectivas e influencias dos antigos, chegamos a conclusão que com o passar dos tempos se foram desenvolvendo novas teorias, e o aperfeiçoamento de outras, que ainda são usadas nos dias de hoje, pelos nossos investigadores.

Síntese cap.2 História da Psicologia Moderna

A ligação do desenvolvimento do mecanicismo e a psicologia. No séc. XVII, o aparecimento do relógio teve bastante impacto no pensamento humano levando os cientistas e os filósofos a compararem-no como um modelo para o universo físico. Devido a inovação dessa tecnologia começaram a concluir que os seres humanos eram relativamente parecidos com máquinas. Considerando assim que os homens eram uma maquina criada pelas mãos de deus, mas de uma forma mais sofisticada e perfeita. Com os avanços que a tecnologia fazia, levou a criação de robôs, o fascínio era tal que criavam robôs semelhantes a imagem do ser humano, daí se concluía que os relógios e os robôs abriram o caminho para a noção de que o funcionamento e o comportamento humano obedeciam às leis mecânicas e os métodos experimentais e quantitativos, eram

eficazes na descoberta dos segredos do universo físico que seriam igualmente aplicáveis ao estudo da natureza humana. No séc. XVII ao XIX o homem era comparado as maquinas onde predominava a visão científica e a vida era regida pelas leis da mecânica, este mecanicismo aplicava-se também ao

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funcionamento mental humano dando como produto final uma máquina supostamente capaz de pensar. Nos anos de (1791/1871) teve o aparecimento da máquina calculadora e o seu criador foi Charles Babbage que se dedicou a esta descoberta, visto que os robôs imitavam actos físicos humanos a calculadora de Babbage simulava as acções mentais. Representando assim um grande marco na tentativa de simular o pensamento humano para fabricar um mecanismo que demonstrasse uma inteligência “artificial”. Depois de dez anos Babbage abandonou o trabalho da máquina da diferença e dedicou-se a um novo projecto sendo este mais inovador a qual deu o nome de máquina “analítica” sendo esta comparada a um “computador digital para fins gerais”. As descobertas de Babbage contribuíram imenso para a invenção do computador da actualidade.O séc. XVII sem margem de dúvida foi um século de grande evolução na diversidade da ciência, porque ate então os filósofos buscavam as respostas no passado, nos trabalhos dos pensadores da antiguidade e na bíblia, sendo regidos por forças de investigação daquela época que era a doutrina imposta pela igreja e a autoridade. Com a evolução da ciência no séc. XVII o conhecimento extraído do passado tornava-se suspeito, devido às descobertas e percepções científicas que reflectiam a mudança na natureza da investigação científica.René Descartes deu um grande contributo para a história da psicologia moderna. Descarte dedicou grande parte do seu tempo ao estudo da relação entre a mente e o corpo. Alegando assim que a mente e o corpo eram compostos de diferentes essências. Embora distintos, são capazes de interagir dentro do organismo humano. A mente é capaz de exercer influencia sobre o corpo assim como o corpo pode influenciar a mente. Levando assim a outra teoria onde diz que os movimentos corporais muitas vezes ocorrem sem intenção consciente do indivíduo. Assim Descartes afirmava que a mente é produtora de dois tipos de ideias sendo elas inatas e derivadas. As ideias inatas surgem da mente ou da consciência independentemente das experiências sensoriais ou dos estímulos externos e as ideias derivadas são produzidas pela aplicação directa de um estímulo externo. As teorias de René Descartes teve bastante influência na psicologia moderna, foi através dele que foi possível compreender a ideia do mecanicismo aplicada ao corpo humano. Em meados do séc. XIX foi o fim da psicologia pré-cientifica mas também o inicio de um novo pensamento filosófico iniciado por Auguste Comte, o positivismo. Comte, através da sua visão positivista limitou-se a trabalhar em factos concretos, objectivamente observáveis e comprovados por métodos científicos, caso contrário eram rejeitados.Ele acreditava que as ciências físicas já não dependiam do que não era observável, nem da religião, para explicar factos naturais, assim como as ciências sociais que deveriam olhar para o que realmente era observável directamente.Apesar de nunca ter tido uma formação académica, Comte conseguiu influenciar

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o pensamento europeu, e dar o seu contributo à psicologia, apesar das dificuldades e dos obstáculos, ou seja, o seu positivismo foi aceite.O positivismo era sustentado por outras ideias, como o materialismo, que dizia ser possível entender a consciência humana por meio da física e da química. Os materialistas estudavam a mente, as estruturas anatómicas e fisiológicas do cérebro através de propriedades da física.Outra das ideias defendidas por filósofos na altura, era o empirismo, que era definido por querer descobrir como o conhecimento era adquirido pela mente. Os empiristas acreditavam que esse conhecimento iria surgir e acumular-se na mente através de experiencias sensoriais.Entre muitos existem seis empiristas que devemos salientar, devido a sua contribuição, John Locke, George Berkeley, David Hume, David Hartley, James Mill e John Stuart Mill.

John Locke decidiu pesquisar sobre como a mente adquiria o conhecimento, através de funções cognitivas. Ele, assim como Aristóteles antigamente, acreditava que, a mente quando nascíamos estava vazia e a medida que íamos tendo experiencias ela ia-se preenchendo. Também ele, indo contra as ideias de Decartes, explicou que a possível existência de ideias inatas tinha a ver com os processos de aprendizagem. Para Locke havia dois tipos de experiencias, a sensação e a reflexão. A experiencia por sensação tem a ver com a exposição directa aos objectos e com as impressões que nos causam num primeiro impacto, que são transmitidas a mente e as sensações, e que depois de reflectirmos sobre elas formamos uma ideia sobre esse objecto. Essa reflexão tem uma função

cognitiva e mental que depende da experiencia sensorial e é baseada nas impressões percebidas pelos sentidos. Sem sensações não existem reflexões nem formulação de ideias.Essas ideias, Locke dividia-as em dois grupos, ideias simples que surgiam da reflexão e da sensação, não podendo ser divididas, nem analisadas, em ideias mais simples, e as ideias complexas, que resultam da associação de ideias simples, e estas sim, podem ser reduzidas, divididas e analisadas em ideias mais simples. Esta associação de ideias é o que actualmente chamamos de aprendizagem.Locke comparou o funcionamento da mente ao do mundo do universo, em que se podiam formar ideias mais básicas, mais simples em ideias mais complexas e vice-versa,

ou seja, podiam ser associadas e combinadas umas com as outras. A este processo deu-se o nome de teoria da associação.Outra das propostas de Locke foi classificar as ideias simples com qualidades primárias e secundárias. As primarias são as que existem no próprio objecto e as secundarias são as existem,

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não no próprio objecto, mas na sua percepção individual, ou seja são subjectivas por parte do individuo.Esta distinção entre uma e outra foi esclarecida por um outro filósofo, George Berkeley concordava com Locke no sentido de que o conhecimento advinha de experiencias e da percepção do indivíduo, mas discordava na distinção das suas qualidades, dizendo que só uma existia, a secundaria. A esta teoria de que o conhecimento era uma função mental, que dependia da experiencia e da percepção, veio-se a chamar de mentalismo. Para ele a única realidade que vemos é a da percepção, daquilo que sentimos e percebemos de um objecto, o que não reflecte no exterior.Para Berkeley os objectos existiam não só quando nós os percebíamos, até porque nós nunca conhecíamos verdadeiramente um objecto. Independentemente de nós os percebemos eles existiam e então Berkeley tinha de arranjar uma maneira, uma teoria para o conseguir provar, e conseguiu-a, através de Deus, dizendo que mesmo que não estivesse ninguém a ver o objecto, estava sempre Deus.Para entender melhor a realidade Berkeley formou uma teoria, a teoria das associações. Consistia em, a partir das ideias simples captadas pelos sentidos, que seriam os elementos mentais, fazer uma associação entre elas e formar ideias complexas.Também usou esta teoria, de associação de ideias, para explicar a percepção de profundidade, dizendo que as experiencias sensoriais combinadas com as sensações musculares produziam a percepção de profundidade, ou seja, era uma associação de ideias que se tinha de aprender.Berkeley também tentava explicar os processos cognitivos através destas associações,

levando estas teorias para a filosofia empirista.Já David Hume concordava com Berkeley no que diz respeito a que os objectos só existiam para os indivíduos por meio das suas percepções, mas discordava no resto. Também ele partilhava das ideias de Locke quando ele dizia que as ideias podiam ser simples e complexas.Para Hume a mente tinha dois conteúdos, as impressões, que seriam as sensações e percepções, e as ideias, que são as experiencias vividas sem o estímulo de um objecto. Estes conteúdos podem ser simples ou complexos. Os simples são como as impressões simples, já as complexas dependem das associações e combinações diferentes que podemos fazer e formar padrões distintos.Também Hume formulou duas leis de associações, a lei da semelhança e a lei da contiguidade (no espaço e no tempo),

que quanto mais próximas ocorrerem as experiencias, no espaço e no tempo, mais rápido é o poder de associação. Para David Hartley o mais importante no processo de associação é a contiguidade, que foi usado por ele para explicar a memorização, o raciocínio, a emoção e as acções voluntarias e involuntárias.Segundo Hartley a repetição das sensações, das ideias facilitava o processo de associação, assim como o facto de ocorrerem juntas. Ele via o mundo mental com base no mundo mecanicista, ou seja, tentou explicar os processos psicológicos e fisiológicos através dos processos mecânicos.

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HISTÓRIA DA PSICOLOGIA

Hartley dizia que os nervos, sendo estruturas sólidas, emitiam vibrações para todo o corpo, e essas vibrações originavam outras menores e estes faziam a duplicação psicologicamente das ideias, sendo estas vibrações características do mundo da física.Foi através do mecanicismo que James Mill quis demonstrar que a mente era nada mais nada menos que uma máquina, trabalhando e funcionando da mesma forma e dependente de forças externas e internas. Para ele a mente era accionada por estímulos externos e reage aos mesmos automaticamente. Ele propôs estudar mente dividindo-a em componentes básicos, para se poder ver como é composta. Também ele dizia que a mente constituída somente por ideias e sensações, em que as sensações eram o primeiro componente para adquirir conhecimento e que dai se formavam as ideias complexas através de associações, quando expostas repetidamente ao mesmo objecto. Ou seja, para James Mill as ideias são reproduzidas mecanicamente formando ideias mais complexas por associação, pela soma dos elementos mentais.James Mill começou por pôr as suas teorias em prática através do próprio filho, John

Stuart Mill, decidindo e escolhendo como iria preencher a sua mente. Desde muito pequeno que John Mill foi sujeito, pelo pai, que lhe fazia muitas perguntas, sobre os mais variados temas, como a politica, história, matemática, etc. só descansava quando obtinha a resposta certa. Isto durante vários anos consecutivos, até que John Mill ficou com uma depressão profunda, o que depois levou algum tempo a recuperar a sua auto-estima.John Mill discordando das teorias mecanicistas do pai em relação à mente, acreditava que a mente tinha um papel activo na associação de ideias. Dizendo que a cada nova associação de ideias, seriam adquiridas novas qualidades distintas, que anteriormente eram desconhecidas, chamando-lhe assim de síntese criativa.

Também ele influenciado pela química na altura, levou-o a rever as suas ideias que tinha sobre a física e a mecânica, chegando a conclusão que a associação de ideias simples levava ao aparecimento de novas características.Mill contribuiu para o desenvolvimento da psicologia, lançando um possível estudo científico sobre a mente. Ele também recomendou o estudo dos factores que influenciavam a personalidade, chamando-lhe de etologia.O empirismo embora utiliza-se alguns métodos comuns ao atomismo, ao mecanicismo e positivismo fez com que afasta-se os filósofos das primeiras abordagens de conhecimento.O empirismo tinha como principais objectivos descobrir o papel principal das sensações, analisar as experiências com base nos elementos, fazer a síntese dos elementos em experiencias mentais complexas dependendo da associação e focar os processos conscientes.O empirismo na nova psicologia científica era notório, fazendo com que forma-se uma nova ciência que se dedicava ao estudo da natureza humana.O próximo passo era passar a teoria para a realidade e com a realização de experiencias, completar a nova ciência, que era a psicologia.

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HISTÓRIA DA PSICOLOGIA

Síntese cap.3 História da Psicologia ModernaQualquer trabalho ou estudo que tenha um observador humano, ele comporta erros devido às diferenças individuais e factores pessoais. Depois desta experiência a comunidade científica focaliza o seu papel no observador humano e na natureza da observação para entender os resultados das suas experiências e as conclusões que tiravam. Os cientistas passaram a investigar os processos psicológicos da sensação e da percepção, estudando os órgãos dos sentidos e os mecanismos fisiológicos, mediante os quais recebemos informação acerca do mundo.Assim, que os primeiros fisiologistas começaram a estudar a sensação, a psicologia estava a um passo do seu surgimento.

A pesquisa fisiológica, estimulou a nova psicologia. A fisiologia tornou-se uma disciplina de orientação experimental, na década 1830 sob a influência do fisiologista alemão Muller, este, defendeu a aplicação do método experimental á fisiologia, era professor de anatomia e fisiologista na universidade de Berlim, sendo um cientista fenomenalmente produtivo, publicava um artigo académico a cada sete semanas, ritmo que manteve durante trinta oito anos. O manual de fisiologia humana, foi das mais influentes. Muller, foi importante para a fisiologia e para a psicologia devido á sua teoria das energias especificas dos nervos. As suas descobertas de áreas especializadas do cérebro, mais tarde amplamente usados pela psicologia fisiológica.

Pioneiro na investigação do comportamento reflexo foi Marshall Hall, médico Escocês, observou que animais decapitados continuavam a se movimentar por algum tempo quando submetidos ao estimulo. Concluiu, que vários níveis de comportamento dependem de partes distintas do cérebro e do sistema nervoso. O movimento voluntário depende do cérebro, o movimento reflexo da medula espinhal, o movimento involuntário do estímulo directo da musculatura e o movimento respiratório da medula.Pierre Flourens, professor de história natural em França, destruía sistematicamente várias partes do cérebro e da medula espinhal e observou as consequências, concluindo que o cérebro controla os processos mentais superiores, partes do mesencefalo controlam os reflexos visuais e auditivos, o cerebelo controla a coordenação e o bulbo raquidiano controla as batidas do coração, a respiração e outras funções vitais. Hall e Floreus, estes pesquisadores introduziram o método de extirpação, técnica para determinar a função de uma dada parte do cérebro, removendo-a ou destruindo-a observando as modificações resultantes no comportamento animal.Na metade do séc.XIX, houve a introdução de duas abordagens experimentais no estudo do cérebro. O método clínico e o uso de estímulos eléctricos.

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HISTÓRIA DA PSICOLOGIA

O clínico, foi desenvolvido em 1861 por Paul Broca, cirurgião de um hospício perto de Paris, ele fez autópsia de um homem que durante muitos anos fora incapaz de falar inteligivelmente, o exame revelou uma lesão na terceira convolução frontal do córtex cerebral, Broca chamou-lhe a essa secção do cérebro como centro da fala, mais tarde designada como área de Broca.O método clínico, útil suplemento da extirpação, visto ser difícil conseguir sujeitos humanos que aceitem a extirpação de partes do cérebro. A extirpação póstuma, oferece a oportunidade de examinar a área danificada do cérebro, área que se supõe ser responsável por uma condição comportamental existente antes da morte do paciente.

O uso dos estímulos eléctricos para estudar o cérebro, foi introduzido por Gustav Fritsch e Eduard Hitzig, consiste explorar o córtex cerebral com correntes eléctricas fracas. Os dois pesquisadores descobriram que a estimulação de certas áreas corticais produzia respostas motoras. Com o desenvolvimento de equipamentos electrónico mais sofisticados e precisos, tornou-se na técnica mais produtiva no estudo de funções cerebrais.Foram quatro os jovens Alemães responsáveis pelo método experimental ao objecto de estudo da psicologia, estes, conheciam a fisiologia e estavam a par dos impressionantes desenvolvimentos da fisiologia e da ciência.A época favoreceu a Alemanha como lugar de origem da nova psicologia. A história intelectual alemã preparava o caminho para uma ciência psicológica experimental, a fisiologia experimental era reconhecida num grau ainda não alcançado na França e Inglaterra. O chamado temperamento alemão ajustava-se bem á descrição e classificação cuidadosas e minuciosas, necessárias ao trabalho em biologia, zoologia e fisiologia, dando ênfase na colecta consciente e detalhada de factos observáveis, adoptando uma abordagem classificatória ou indutiva. Como acreditavam nesses métodos, acolheram a biologia na sua família de ciências, ao contrário da França e Inglaterra que muito lentamente foram aceitando. Na Alemanha a ciência incluía varias áreas como, fonética, historia, arqueologia, estética, os franceses e os ingleses eram cépticos quanto á aplicação da ciência em algo tão complexo como a mente humana, com os alemães isso não acontecia, sem restrições dos preconceitos, usando o instrumental da ciência para examinar as facetas da vida mental. A Alemanha também oferecia maiores oportunidades de aprendizagem das novas técnicas científicas. Influencia do factor económico vigente assim como tinha um grande numero de universidades, onde os docentes eram muito bem pagos e tinham os mais avançados equipamentos científicos de laboratório. Em contraste, a Inglaterra tinha na época duas universidades e nenhuma delas encorajava ou apoiava a pesquisa científica. A psicologia experimental só seria ensinada vinte anos mais tarde. A única maneira de praticar ciência na Inglaterra era ser cavalheiro-cientista, como Darwin ou Galton, situação semelhante na França e nos estados unidos. Logo havia mais oportunidades de pesquisa científica na Alemanha do que em qualquer outro lugar, era possível viver como cientista na Alemanha e não nos outros países. No inicio do séc. XIX, uma onda de reformas educacionais na Alemanha proporcionou aos professores e alunos uma

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liberdade académica, estendendo as novas ciências como a psicologia. Como resultado de tudo isto foi os grandes avanços em todas as ciências, incluindo a nova psicologia.

Helmholz, nasce na Alemanha, de inicio foi educado em casa devido a sua saúde delicada, aos 17 anos ingressou num instituto médico onde não se pagava anuidades a quem se dispusesse ser cirurgião do exército, depois da graduação, serviu durante 7 anos, prosseguindo os estudos de matemática e física, publicando vários artigos, apresentando a tese sobre a lei da conservação da energia. Pesquisador no campo da física e da fisiologia, foi dos maiores cientistas do séc. XIX, as suas contribuições científicas e o seu trabalho ao lado de Fechner e Wuntd foi decisivo para a fundação da nova psicologia. Nos 30 anos seguintes, exerceu funções académicas, no decurso do seu trabalho sobre a óptica fisiológica, inventou o oftalmoscópio, aparelho para examinar a retina do olho, publicou o manual de óptica fisiológica que foi tão influente e duradoura que 60 anos mais tarde foi traduzido para inglês.Os problemas da psicologia sensorial tiveram interesse para a psicologia, as pesquisas sobre a velocidade do impulso nervoso, sobre a visão e a audição. Sobre a velocidade do impulso ele registou o intervalo entre a estimulação do nervo próximo ao músculo e a resposta deste último, faz o mesmo para a estimulação mais afastada do músculo, as medidas deram o tempo de 27cm/seg., contrariando os pensamentos anteriores, Helmholtz, provou que a velocidade de condução não era instantânea, sugeriu que o pensamento e o movimento se seguem um ao outro com um intervalo. Sobre a visão, investigou os músculos oculares externos e o mecanismo mediante o qual os músculos oculares internos fazem acomodação do cristalino, não menos importante foi sobre a audição, a percepção de tons combinados e individuais.

Ernst Weber, alemão, leccionou anatomia e fisiologia, o seu interesse de pesquisa foi a fisiologia dos órgãos sensoriais. O seu trabalho, consistiu principalmente nas sensações cutâneas e musculares aplicando os métodos experimentais da fisiologia a problemas de natureza psicológica. As principais contribuições á psicologia, foi o seu trabalho sobre o limiar de dois pontos de discrição da pele e a diferença apenas perceptível detectada pelos músculos. Seus estudos sobre o tacto marcaram uma mudança fundamental do objecto estudo. Os vínculos com a fisiologia ficaram enfraquecidos, uniu a psicologia as ciências naturais e ajudou abrir caminho para o uso da pesquisa experimental no estudo da mente.

Quando os dois pontos estão próximos um do outro, a experiencia relata uma só sensação de toque, com o aumento da distância entre as duas fontes de estímulo, eles mostram-se incertos, sobre se sentem uma ou duas sensações de estímulo. Se a distância for aumentada ainda mais, entre os dois pontos de estímulo, os sujeitos relatam dois estímulos. Este procedimento demonstra o limiar de dois pontos, no qual os dois pontos de estimulação podem ser distinguidos como tais. No qual um efeito psicológico começa a ser produzido.

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A segunda grande contribuição de Weber foi a 1ª lei quantitativa da psicologia, a diferença apenas perceptível. Pedia aos sujeitos que levantassem dois pesos, um peso padrão e um peso de comparação e relatassem se um pesava mais que o outro. Pequenas diferenças entre os pesos resultavam em julgamento de identidade, grandes diferenças em julgamento de disparidade. A sua pesquisa revelou um modo de investigar o relacionamento entre o corpo e mente, entre o estímulo e a sensação.

Gustav Fechner, foi um pensador de interesses intelectuais, fisiologista físico, psicofísico, esteticista experimental e filósofo. A obra de psicologia foi a que lhe conferiu maior fama. O seu lado humanístico revelou sinais de rebelião contra o materialismo. Escreveu ensaios satíricos com o pseudónimo de Dr. Miss. Ao fim de muitos anos, caiu numa depressão que durou vários anos, tendo dificuldade em dormir, não conseguia digerir alimentos e muito sensível a luz. A doença de Fechner, pode ter tido natureza neurótica, hipótese sustentada pela maneira estranha como depois conseguiu a cura. A sua recuperação começou quando uma amiga sonhou que fizera para ele um prato condimentado á base de presunto cru, com molho de vinho do Reno e sumo de limão. A sua melhoria

durou pouco e cerca de 6 meses piorou, temendo pela sua própria sanidade. Obrigou-se a manter ocupado com tarefas mecânicas e rotineiras, como forma de terapia ocupacional, limitava-se a actividades que não forçassem a mente e os olhos. Um dia teve um sonho com o número 77 e convenceu-se que estaria curado em 77 dias, sentiu-se tão bem que a sua depressão se transformou em euforia. Não voltou a ter depressão até á morte.A 22 Outubro de 1850, uma data importante na história da psicologia. Fechner, compreendeu que a lei que governa o vínculo entre a mente e o corpo poderia ser encontrada num relacionamento quantitativo entre uma sensação mental e um estímulo material. Os efeitos das intensidades do estímulo não são absolutas e sim relativos á quantidade de sensação que já existe. Esta revelação demonstrou que a quantidade de sensação (qualidade mental) depende da quantidade de estímulo (qualidade física ou material), é possível relacionar quantitativamente os estímulos mentais e material. Fechner, cruzou a barreira entre mente e corpo ao vincula-los entre si empiricamente, propôs ainda duas maneiras de medir sensações, 1ª se um estimulo está presente ou ausente (sentido ou não) e 2 ª intensidade do estimulo a partir do qual o sujeito relata a primeira sensação. Este é o limiar absoluto da sensibilidade. Propôs também o limiar diferencial da sensibilidade, sendo a menor quantidade de mudança de um estímulo que produz uma mudança de sensação.O resultado da descoberta de Fechner, mais tarde veio a chamar-se psicofísica ( é o relacionamento entre os mundos mental e material). N o curso das suas pesquisas, com as suas experiencias sobre o levantamento pesos, o brilho visual e distancias tácteis e visuais, desenvolveu um e sistematizou dois dos três métodos fundamentais da psicologia, usados ainda hoje, o método do erro médio, método dos estímulos constantes e método dos limites. Na época, a afirmação de Fechner, acerca do relacionamento quantitativo entre a intensidade do estimulo e a sensação foi considerada comparável á descoberta por Galileu( das leis da alavanca e da queda dos

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corpos). Devido á pesquisa psicofísica de Fechner, Wundt concebeu o plano da sua psicologia experimental.Os métodos da ciência, estavam a ser usados para investigar fenómenos puramente mentais, as técnicas desenvolvidas, os aparelhos inventados e os livros publicados, resultaram no despertar de um amplo interesse. O empirismo britânico e o espírito positivista da época encorajaram a convergência dessas duas linhas de pensamento. Faltava alguém que unisse e funda-se a nova ciência, esse toque final foi dado pelo Wundt. Este é o fundador da psicologia como disciplina académica formal e como primeiro psicólogo, dando inicio á psicologia experimental como ciência. Investigando áreas como a sensação, percepção, atenção, sentimento, reacção e a associação. Apesar de Fechner ter tido grande influência na psicologia, foi Wundt que a fundou, de referir que esta ciência emergiu de uma longa linha de esforços.

Síntese cap.4 e 5 História da Psicologia ModernaComo podemos verificar nas sínteses anteriores a Historia da Psicologia não só se baseia nos contributos dos eventos históricos que defendidos pelos seus protagonistas de forma personalizada ou sistematizada se contextualizaram no padrão de vivencias das épocas em que se desenvolveram as suas vidas. Iniciava-se assim uma nova era intelectual baseada no pensamento mecanicista, que se fazia antever o começo da compreensão de que a natureza e as pessoas funcionavam à semelhança da máquina, utilizando para isto a metáfora do relógio. Esta ideologia concentrava-se na teoria de que movimento leva a outro, e de que tudo que ocorre produz o seu efeito é assim utilizada para explicar o funcionamento de um relógio, bem como o funcionamento do tempo, das questões naturais e do comportamento do ser humano. Nomeadamente Zeitgeist terá sido o grande responsável pelo espírito mecanicista que implementou no

terreno, duzentos anos depois, em 1879 Wundt dá início à ciência psicológica. Filho de pastores luteranos e Alemães, aprendiz na área de humanidade ao encargo de um padre com quem residiu na sua juventude. Em 1845, com treze anos de idade muda-se para a casa de uma tia em Heidelberg para frequentar um ginásio. Inicia o curso de medicina na Universidade de Tübingen, tendo o seu tio como professor de anatomia e fisiologia. No final do 1 ano mudou-se para a Universidade de Heidelberg onde termina o curso de medicina e

começa uma brilhante carreira. Dez anos mais tarde ele finalmente consegue uma habilitação para a prática médica. Mas depois de um curto período como assistente clínico num hospital municipal, começa a ter dúvidas quanto a sua capacidade para a vida de médico; e inicia um novo percurso académico. Já em 1857 é promovido a docente (Privatdozent) e começa o seu primeiro curso de fisiologia experimental.É no final do século XIX e baseados na sua teoria positivista, os fisiologistas procuravam ancorar os seus conhecimentos no estudo do corpo humano juntamente com a anatomia. Daí a relevante contribuição da fisiologia à Psicologia que ainda muito havia a

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explorar quanto às funções cerebrais e sua relação com os fenómenos psíquicos como emoção, pensamento, alem das psicopatologias.A Alemanha revela-se o berço da Psicologia científica. Porém, a Psicologia nasce tendo como base as suas ideias principais em busca de uma associação dos fenómenos físicos e fisiológicos com as manifestações psicológicas, na procura do entendimento da relação mundo material versus mundo mental. A Idade moderna é conhecida em história como um período específico de transição por excelência. Defendida está que a Psicologia Moderna (como referencia estabelecida pelos historiadores franceses, que terá ocorrido em 1453 aquando a tomada de Constantinopla pelos turcos e o término com a Revolução Francesa em 1789), o inicio da psicologia como ciência no final do século XIX. Wundt é considerado o pai da Psicologia, por ser o fundador desta como disciplina académica formal, tendo sido a primeira pessoa na história a ser designada de psicólogo. Wundt fundou o primeiro laboratório, editou a primeira revista e deu início a Psicologia experimental como ciência.Apesar do livro “Elementos de Psicofísica” de Fechner ter sido publicado em 1860, a data histórica do nascimento da nova ciência foi a fundação do Laboratório de Psicologia, de Wundt Experimental na Universidade Leipzig na Alemanha em 1875. É creditado a Wundt a fundação da nova ciência por ter sido ele a formular a concepção unificada da Psicologia, bem como a sua contribuição para sua divulgação e expansão. Em 1873 ele escreve “Princípios de Psicologia Fisiológica” com intuito de delimitar a nova ciência.Apesar de alguns livros de história da Psicologia identificarem que a Psicologia nascida nos Estados Unidos denominada Estruturalismo seja a cópia fiel das ideias de Wundt isto não é totalmente verdade. O Estruturalismo foi liderado por Titchener, que foi aluno de Wundt e é a primeira escola de pensamento norte-americana inspirada nas ideias wundtianas.

Contudo dados históricos mostram que Titchener ao traduzir alguns dos pressupostos de seu mestre alemão os tenha modificado para adequar ao que ele mesmo defendia. Uma das diferenças dizia respeito a crença de que para estudar os fenómenos psicológicos os mesmos deveriam ser decompostos em elementos fundamentais e o estudo destes elementos (ou partes) é que forneceria a compreensão dos fenómenos psíquico. Wundt acreditava que os elementos deveriam ser

estudados em relação a partir da activa participação da mente na organização destes elementos.

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A Psicologia de Wundt foi inaugurada insurgindo-se com elementos principais o estudo da consciência por meio do método introspectivo. O termo Psicologia fisiológica

utilizado em vários de seus textos significava Psicologia experimental pois o criador da Psicologia tinha como prerrogativa que todas as descobertas da nova ciência fossem baseadas no método científico experimental. A introspecção consistia no exame do próprio estado mental ou percepção interior. Para conhecer como a consciência funcionava a pessoa era treinada a relatar sua percepção sobre as coisas ou objectos que lhe eram apresentadas (estímulos) de forma objectiva sem

impressões tais como julgamentos de valor ou sensações agradáveis ou desagradáveis. Por exemplo uma luz é projectada no olho da pessoa e a mesma descreve objectivamente sua percepção sobre esta luz. Alem disto instrumentos eram utilizados para medir o tempo de reacção, a forma da reacção e um observador anotava tudo que o sujeito relatava sobre a percepção e sua observação sobre toda a experiência. O pai da Psicologia dizia que os elementos devem ser identificados, mas o mais importante é como estes elementos se compõem na experiência perceptiva, a junção dos elementos de forma criativa (síntese criativa) foi denominada de percepção ou seja, a organização dos vários elementos em um todo compreensível por parte do sujeito.Wundt estudou desta maneira fenómenos psíquicos cria leis gerais que explicam os fenómenos da actividade consciente. Como exemplo Wundt estudou a reacção pessoal aos estímulos de um metrónomo aparelho este que produz cliques audíveis em intervalos regulares. Ele identificou que ao final de vários cliques a experiência se tornava mais agradável, que havia uma certa tensão inicial ao se esperar o clique seguinte e um alivio quando o mesmo ocorria, alem disto, quando a velocidade dos cliques aumentava uma certa excitação e ao diminuir um sentimento mais calmo. Chegou a conclusão de que os sentimentos têm três dimensões prazer-desprazer, tensão-relaxamento e excitação-depressão.

De modo geral as ideias de Wundt eram delimitar o campo de estudo da nova ciência e estabelecer a forma de investigação. Para ele a Psicologia deveria se preocupar as seguintes tarefas, a análise dos processos conscientes até chegar nos seus elementos básicos, a exploração de como esses elementos são sintetizados e organizados, a determinar as leis de conexão que governam a sua orientação

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Com o tempo aqueles que foram a Alemanha estudar com Wundt criaram suas divergências teórico-metodológicas com o mestre e instituíram em alguns casos inovadoras correntes de pensamento, que em alguns casos influenciaram a criação posterior de uma escola ou sistema em Psicologia.Ebbinghaus (1850-1909) procurou estudar o fenómeno da memória e aprendizagem contrariando a ideia de Wundt de que os processos mentais superiores como a memória, o pensamento e aprendizagem não poderiam ser objecto de estudo da Psicologia por não serem apreendidos pelo método introspectivo. George Elias Müller (1850- 1934) continuou as experiências de Ebbinghaus sobre memória e aprendizagem e Franz Brentano (1838-1917) estabeleceu a ideia de que se deveria estudar o acto perceptivo e não a percepção, a Psicologia do Acto como ficou conhecida instaurou que o método de investigação da Psicologia deveria ser a experiência por meio da observação rejeitando a introspecção criando assim uma tendência na nova ciência de investigações empíricas.Carl Stumpf 1848-1936) foi o precursor das ideias da fenomenologia que refere-se ao estudo da experiência não distorcida, tal como ela ocorre. Ele discordava de Wundt ao decompor a experiência em elementos analisáveis e propunha o estudo da experiência como um todo e não de forma artificial e abstracta. Edmund Husserl, aluno de Stumpf propõe mais tarde a corrente filosófica fenomenologia que foi precursora da escola da Psicologia da Gestalt. Oswald Kulpe (1862-1975) defende uma modificação no método introspectivo pedindo ao sujeito para descrever após a experiência vivida como esta tinha sido. Todavia a forma como era retratada a retrospectiva não agradava a Wundt pois achava que a tal experiência deveria ser estudada como ocorria e não a memória da experiência. Kulpe também descobriu nos seus estudos que as percepções ou o conteúdo da experiência as vezes era descrito por elementos não conscientes, ou seja, havia um aspecto não sensorial na consciência, o que influenciaria posteriormente as ideias sobre o inconsciente (estudadas por Sigmund Freud).

O Estruturalismo Edward Bradford Titchener(1867-1927), foi um psicólogo estruturalista britânico. Nasceu em Chischester, em Inglaterra, de uma família tradicional e de poucos recursos, mas graças à sua capacidade intelectual obtém bolsas de estudos para entrar na Oxford University onde estuda filosofia e os clássicos, além de trabalhar como assistente de pesquisa em fisiologia. Estudou em Leipzig, Alemanha com o seu mestre Wundt. Voltou para o Reino Unido e tentou divulgar a nova psicologia, mas esta não foi aceita pelos demais filósofos da época, razão pelo qual segue aos Estados Unidos onde alunos de todo o país vinham ouvir e estudar sua nova psicologia, contudo, os dois sistemas são diferentes e o rótulo de estruturalismo só pode ser aplicado à concepção de Titchener. Assim, o estruturalismo

foi estabelecido por Titchener como a primeira escola de pensamento no campo da Psicologia, com influencia do associacionista britânico James Mill, defende os Átomos da

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mente, deste modo se debruça ao estudo dos elementos estruturais da experiencia consciente pela análise dos processos mentais elementares. Apesar de se dizer fiel às

ideias do seu mestre, com semelhanças no seu estilo autocrático, de professor alemão de Wundt, trazia consigo uma postura formal sem deixar de ser cordial, proíbe a presença feminina nas suas tertúlias, porém favorável à sua integração académica. Todavia, Titchener terá sido quem concedeu mais de um terço dos 56 doutorados terão sido mulheres. Assumidamente Experimentalistas, a Psicologia de Titchener era bem mais objectiva e prática do que a de Wundt, ao dar relevo às partes, defende assim os três estados elementares da consciência definindo-as de sensações, imagens e os estados afectivos: as sensações que ocorrem nos sons, nas

visões, cheiros, e experiências enfatizadas por objectos físicos do ambiente. As imagens são ideias que estão no processo e reflectem as experiências não concretamente presentes no momento. Nos estados afectivos, manifestam-se em experiências como o amor, o ódio e a tristeza. Estes elementos podiam ser categorizados pelos seus atributos tais como qualidade, intensidade, duração e nitidez.Durante anos o estruturalismo preconizou o uso da introspecção de forma retrospectiva como Kulpe a usava, bem como a operação de compreensão dos estados psíquicos por meio de seus elementos. No entanto o movimento ou escola estruturalista foi diminuindo o número de adeptos, influenciada pela crítica, ao seu método e aos resultados obtidos, pela ausência da aplicabilidade prática e a impossibilidade de replicabilidade do método de introspecção. Criticas essas que acusavam a introspecção como um método inútil, superficial, assim como a falta de compreensão do todo, pelo que o próprio Titchener se sujeita a encarar nas limitações da escola que havia iniciado, já no final da sua vida. O estruturalismo negava também qualquer forma de aplicação da psicologia como o trabalho com enfermos ou mesmo o estudo da mente de forma individualizada, para os estruturalistas interessava uma psicologia da mente

generalizada sem preocupações utilitárias ou pragmáticas.Contudo importa referir que as contribuições do estruturalismo dizem respeito ao facto de que grande parte do trabalho introspectivo, como o relato por parte do sujeito de seus estados mentais, constituir-se-iam na base daquilo que consequentemente terá surtido efeito como os testes de inteligência e o trabalho clínico que ainda hoje se pratica.

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