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UNIVERSIDADE PAULISTA INSTITUTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS E COMUNICAÇÃO – ICSC CURSO DE ADMINISTRAÇÃO APS - ATIVIDADES PRÁTICAS SUPERVISIONADAS SÃO PAULO - SP 2011

APS - ATIVIDADES PRÁTICAS SUPERVISIONADAS€¦ · Rodrigues, e ao Responsável Técnico, Maurício Baptiston Nunes, que, com muita boa vontade, concedeu-nos a entrevista que resultou

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UNIVERSIDADE PAULISTA

INSTITUTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS E COMUNICAÇÃO – ICSC

CURSO DE ADMINISTRAÇÃO

APS - ATIVIDADES PRÁTICAS SUPERVISIONADAS

SÃO PAULO - SP

2011

CARLOS CESAR QUIRINO SANTOS R.A: A6063A-8

ELDIVAN GOMES DA ROCHA R.A: A41844-0

GABRIELA PRATES RODRIGUES R.A: A478DE-6

MARINALVA GOMES ROCHA R.A: A6109G-8

VICTOR AUGUSTO DO NASCIMENTO R.A: A6807D-7

A ORGANIZAÇÃO COMO FUNÇÃO ADMINISTRATIVA:

um estudo sobre a estrutura organizacional e o processo de

decisão em uma microempresa visando a sugestões de melhoria

Atividades Práticas Supervisionadas –trabalho apresentado como exigência para a avaliação do segundo bimestre, em disciplinas do 3o/2o semestres, do curso de Administração da Universidade Paulista, sob orientação dos professores do semestre

SÃO PAULO - SP

2011

Autorizamos a reprodução e divulgação total ou parcial deste trabalho, por qualquer meio convencional ou eletrônico, para fins de estudo e pesquisa, desde que citada afonte.

Catalogação da Publicação

Serviço de Documentação

Universidade Paulista – Campus Marquês

Santos, Carlos Cesar Quirino; Rocha, Eldivan Gomes da; Rodrigues, Gabriela Prates; Rocha, Marinalva Gomes; Nascimento, Victor Augusto do.

A organização como função administrativa: um estudo sobre a estrutura organizacional e o processo de decisão em uma microempresa visando a sugestões de melhoria. Estudo de caso: AWR Express / Carlos Cesar Quirino Santos. Eldivan Gomes da Rocha. Gabriela Prates Rodrigues. Marinalva Gomes Rocha. Victor Augusto do Nascimento, São Paulo – SP, 2011.

64f. Bibliografia: 1f.

Orientadora: Elizete Fagundes Montalvão.PIPA III (Graduação) – Universidade Paulista – Campus

Marquês.

1. Organização. 2. Processos. 3. Melhoria. I. Santos, Carlos Cesar Quirino; Rocha, Eldivan Gomes da; Rodrigues, Gabriela Prates; Rocha, Marinalva Gomes; Nascimento, Victor Augusto do (Elizete Fagundes Montalvão). II. Universidade Paulista – Campus Marquês.

Nomes: Santos, Carlos Cesar Quirino; Rocha, Eldivan Gomes da; Rodrigues, Gabriela Prates; Rocha, Marinalva Gomes; Nascimento, Victor Augusto do.

Título: A Organização como Função Administrativa: um estudo sobre a estrutura organizacional e o processo de decisão em uma microempresa visando a sugestões de melhoria.

Estudo de caso: AWR Express Transportes Ltda.-EPP

Atividades Práticas Supervisionadas –trabalho apresentado como exigência para a avaliação do segundo bimestre, em disciplinas do 3o/2o semestres, do curso de Administração da Universidade Paulista, sob orientação dos professores do semestre.

Aprovado em: ____/____/______

Banca Examinadora:

Examinador(a) 1

Examinador(a) 2

Examinador(a) 3

AGRADECIMENTOS

Agradecemos aos professores Léo Eduardo Pastori Noronha e Luiz Fernando

Cardozo Martins, pelas orientações e pela expertise ao transmitir de maneira

objetiva seus conhecimentos nas disciplinas de Processos Decisórios e Estruturas

Organizacionais, que foram imprescindíveis na condução e conclusão deste

trabalho.

A coordenadora do Curso de Administração/COMEX do Campus Marquês,

professora Sandra Castilho, por seu apoio.

Somos especialmente gratos ao sócio-diretor da AWR Express, Alex

Rodrigues, e ao Responsável Técnico, Maurício Baptiston Nunes, que, com muita

boa vontade, concedeu-nos a entrevista que resultou neste trabalho, possibilitando

livre acesso às informações e por colocarem-se à nossa disposição no que mais

fosse necessário.

Agradecemos também ao estímulo intelectual de amigos e colegas que muito

têm contribuído nesta caminhada rumo a excelência.

Àquele que sustenta todo o Universo com as Suas santas mãos e do Qual flui

força, vida e sabedoria em abundância.

“O ambiente externo, incluindo a competição global, é a fonte das principais ameaças com que se defrontam as organizações atuais. O ambiente muitas vezes impõe restrições importantes sobre as decisões que os gerentes tomam para a organização.”

Richard L. Daft

Santos, Carlos Cesar Quirino; Rocha, Eldivan Gomes da; Rodrigues, Gabriela Prates; Rocha, Marinalva Gomes; Nascimento, Victor Augusto do. ATIVIDADES PRÁTICAS SUPERVISIONADAS. AWR Express Transportes Ltda.-EPP. A Organização como Função Administrativa: um estudo sobre a estrutura organizacional e o processo de decisão em uma microempresa visando a sugestões de melhoria. São Paulo, 2011: Universidade Paulista. Instituto de Ciências Sociais e Comunicação – ICSC. Curso de Administração.

RESUMO

A ORGANIZAÇÃO COMO FUNÇÃO ADMINISTRATIVA:

um estudo sobre a estrutura organizacional e o processo de

decisão em uma microempresa visando a sugestões de melhoria

O presente estudo é resultado do acompanhamento das atividades da

empresa AWR Express desde o primeiro semestre de 2010. Ocasião na qual

entrevistamos seus principais diretores sobre o tema "Liderança e Clientes" - com o

objetivo de conhecer os processos administrativos e de gestão ali em uso. No último

semestre daquele ano, voltamos a entrevistá-los sobre os sistemas de informação e

gestão.

Desta vez, o objetivo de nossa pesquisa e entrevista foi analisar a estrutura

organizacional e os processos decisórios na AWR e, a partir das informações

obtidas, apresentar-lhes sugestões de melhoria.

Dá prosseguimento ao estudo da AWR Express, permitiu-nos um melhor

embasamento para o desenvolvimento deste trabalho e uma melhor compreensão

das dinâmicas do setor em questão - serviços de entrega rápida.

Palavras-chave: Organização, Processos, Melhoria.

Santos, Carlos Cesar Quirino; Rocha, Eldivan Gomes da; Rodrigues, Gabriela Prates; Rocha, Marinalva Gomes; Nascimento, Victor Augusto do. ATIVIDADES PRÁTICAS SUPERVISIONADAS. AWR Express Transportes Ltda.-EPP. A Organização como Função Administrativa: um estudo sobre a estrutura organizacional e o processo de decisão em uma microempresa visando a sugestões de melhoria. São Paulo, 2011: Universidade Paulista. Instituto de Ciências Sociais e Comunicação – ICSC. Curso de Administração.

ABSTRACT

THE ORGANIZATION AS ADMINISTRATIVE FUNCTION:

a study about the organisational structure and the process of

decision in a microcompany aiming at the improvement

suggestions

The study follows the operation of AWR Express from the first half of 2010. At

that time we interviewed the directors of the company to gain their views on the

management processes then in use. At the end of 2010 we interviewed the same

directors, asking about the information and management systems employed by the

company.

In these third interviews, the intention was to conduct an analysis of the

organisational structure of the company, as well as it its decision-making processes.

The aim of the study is to present to the company's shareholders some suggestions

as to how the organisation structure and decision-making processes can be

improved.

This study has been a valuable tool in gaining a more complete understanding

of the dynamics of the sector involved.

Key-words: Organisation, decision-making processes, improvement.

Santos, Carlos Cesar Quirino; Rocha, Eldivan Gomes da; Rodrigues, Gabriela Prates; Rocha, Marinalva Gomes; Nascimento, Victor Augusto do. ATIVIDADES PRÁTICAS SUPERVISIONADAS. AWR Express Transportes Ltda.-EPP. A Organização como Função Administrativa: um estudo sobre a estrutura organizacional e o processo de decisão em uma microempresa visando a sugestões de melhoria. São Paulo, 2011: Universidade Paulista. Instituto de Ciências Sociais e Comunicação – ICSC. Curso de Administração.

RESUMO

LA ORGANIZACIÓN COMO FUNCIÓN ADMINISTRATIVA:

un estudio acerca de la estructura organizacional y el proceso de la

decisión en un micro compañía teniendo como objetivo las

sugerencias de la mejora

Lo presente estudio resultó del acompañamiento de las actividades de la

compañía AWR Express desde el primer semestre de 2010. Ocasión en la cual

entrevistamos sus directores principales acerca del asunto “Dirección y Clientes” -

con el objetivo de conocer los desarrollos administrativos y de gestión allí en uso. En

el semestre pasado de ese año, volvemos a entrevistalos acerca de los sistemas de

información y gestión.

Ahora, el objetivo de nuestra investigación y entrevista fue analizar la

estructura organizacional y los procesos de decisiónes en AWR y, con las

informaciónes obtenidas, presentarles sugerencias de mejora.

Da continuidad a lo estudio de AWR Express, permitió un mejor

embasamiento y fundamentación en lo desarrollo diste y una mejor comprensión de

las dinámicas del sector en cuestión.

Palabras-llaves: Organización, Procesos, Mejora.

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 – Exemplo de sistema. .....................................................................................23

Figura 2 – As diferenças entre a organização linear e a organização funcional. ............29

LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1 – Organograma da AWR Express. ..................................................................33

Gráfico 2 – Organização centralizada versus descentralizada. ......................................34

LISTA DE QUADROS

Quadro 1 - As descrições e objetivos das 8 etapas do MASP. .......................................40

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ABRAM Associação Brasileira de Motociclistas

ABRAMET Associação Brasileira de Medicina do Tráfego

AD Servidor Active Directory

CEO Chief Executive Officer

CET Companhia de Engenharia de Tráfego

CIO Chief Information Officer

CONDUMOTO Cadastro de Condutor

CONTRAN Conselho Nacional de Trânsito

DETRAN-SP Departamento Estadual de Trânsito de São Paulo

FENAMOTO Federação dos Mototaxistas e Motofretistas do Brasil

ID Identificação

NTU Associação Nacional de Transportes Urbanos

OS Ordem de Serviço

PCMSO Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional

PPRA Programa de Prevenção de Riscos Ambientais

SCOR Suplay Chain Operations Reference (modelo de referência das operações na cadeia de suprimentos)

SEBRAE Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas

SETCESP Sindicato das Empresas de Transportes de Carga de São Paulo e Região

SINDIMOTO Sindicato dos Trabalhadores Motociclistas Empregados no Transporte de Pequenas Cargas e Volumes Mediante a Utilização de Motocicletas e Motonetas da Cidade de São Paulo

SMT Secretaria Municipal de Transportes

TI Tecnologia da Informação

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO .................................................................................................................... 13

1 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA (REFERENTE AO TEMA E AO(S) ASPECTO(S) OU

DESAFIO(S) QUE SERÁ(ÃO) ANALISADO(S) E PARA O(S) QUAL(IS) HAVERÁ

SUGESTÕES DE MELHORIA) ........................................................................................... 13

2 ESTUDO DE CASO.................................................................................................... 14

2.1 PERFIL DA ORGANIZAÇÃO ........................................................................................ 14

2.1.1 Denominação e forma de constituição, dados e fatos relevantes da origem da

organização, natureza e ramo de atuação, informações sobre o porte da empresa.... 14

2.1.2 Principais equipamentos, principais produtos e processos e composição da

força de trabalho......................................................................................................... 17

2.1.3 Principais mercados e, no ramo de atuação, principais segmentos desses

mercados onde se encontram os clientes-alvo. .......................................................... 18

2.1.4 Principais concorrentes da organização e aspectos relevantes de cada um. 19

2.1.5 Ambiente competitivo: posicionamento competitivo da organização, atual e

desejado; principais mudanças que estão ocorrendo no ambiente competitivo que

podem afetar o mercado ou a natureza das atividades............................................... 20

2.1.6 Estágio da introdução de novas tecnologias importantes para a

empresa/organização, incluindo as de gestão. ........................................................... 23

2.1.7 Histórico da Busca pela Excelência e principais certificações nacionais e

internacionais.............................................................................................................. 25

2.2 ESTRUTURA ORGANIZACIONAL................................................................................. 26

2.2.1 Descrição das condições ambientais encontradas ........................................ 26

2.2.2 Descrição da estrutura organizacional........................................................... 28

2.2.3 Avaliação da empresa/organização quanto à sua eficácia, eficiência e

adaptabilidade, com ênfase na implantação de estruturas organizacionais ágeis e

flexíveis, capazes de estimular a satisfação pessoal e o comprometimento das partes

interessadas. .............................................................................................................. 31

2.3 PROCESSOS DECISÓRIOS......................................................................................... 33

2.3.1 A hierarquia e a tomada de decisão .............................................................. 33

2.3.2 Descrição das etapas do processo de tomada de decisão na

empresa/organização ................................................................................................. 35

2.3.3 Descrição do(s) método(s) de análise e solução de problema(s) na

empresa/organização ................................................................................................. 36

3 ANÁLISE E SUGESTÕES DE MELHORIA................................................................ 37

3.1 ANALISAR OS ITENS DE 2.2 E 2.3 TENDO COMO REFERÊNCIA OS CONCEITOS –

FUNDAMENTOS TEÓRICOS - APRESENTADOS EM 1. .............................................................. 37

3.2 SUGERIR MELHORIA(S)............................................................................................. 38

CONSIDERAÇÕES FINAIS................................................................................................. 41

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.................................................................................... 42

APÊNDICES........................................................................................................................ 43

APÊNDICE A – CRONOGRAMA DE ATIVIDADES PREVISTAS ..................................... 43

APÊNDICE B – REGISTRO DE ATIVIDADES REALIZADAS........................................... 46

APÊNDICE C – DECLARAÇÃO DA VISITA TÉCNICA..................................................... 47

ANEXOS ............................................................................................................................. 48

ANEXO A – LEI Nº. 14.491, DE 27 DE JULHO DE 2007 ......................................................... 48

ANEXO B – DECRETO Nº. 48.919, DE 9 DE NOVEMBRO DE 2007 .......................................... 60

ANEXO C – LEI Nº. 12.009, DE 29 DE JULHO DE 2009 ......................................................... 62

13

INTRODUÇÃO

1 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA (referente ao tema e ao(s) aspecto(s)

ou desafio(s) que será(ão) analisado(s) e para o(s) qual(is) haverá

sugestões de melhoria)

Este trabalho é resultado da continuidade de nossas pesquisas na

empresa AWR Express iniciadas desde o primeiro semestre de 2010. Desta vez,

voltamos a entrevistar o Senhor Rodrigues sobre o tema abordado neste e, para

uma melhor fundamentação, pesquisamos também a literatura e demais fontes

sobre o assunto.

A empresa escolhida para este Estudo de Caso é um prestadora de

serviços do segmento de entregas rápidas (motofrete) que atua, principalmente,

na cidade de São Paulo e região. A seguir serão analisados seus mais

importantes aspectos e desafios sob o olhar das disciplinas Estruturas

Organizacionais e Processos Decisórios, estudadas ao longo deste semestre,

para, assim, melhor compreendermos as dinâmicas do setor no qual a empresa

está inserida e indicarmos algumas sugestões de melhoria para que ela venha a

alcançar mais rapidamente suas metas e objetivos.

14

2 ESTUDO DE CASO

2.1 Perfil da Organização

2.1.1 Denominação e forma de constituição, dados e fatos

relevantes da origem da organização, natureza e ramo de

atuação, informações sobre o porte da empresa.

A AWR Express é uma microempresa localizada no Bairro da Lapa,

zona oeste, município de São Paulo, que atua no setor de prestação de

serviços e é especializada em transporte de entrega rápida, também

denominado Serviço "Courier" - popularmente conhecido como motofrete.

Sua principal área de atuação geográfica é a própria cidade de São Paulo e

Grande São Paulo; mas, também presta serviços para todas as cidades do

interior do Estado e, até mesmo, para outras cidades do país.

Quanto à origem da organização, a AWR surgiu da dificuldade inicial

que seu sócio proprietário, Alex Rodrigues, teve diante da necessidade de

ter que emitir Notas Fiscais pelos serviços que prestava como motoboy, a

uma grande empresa (Siemens Ltda.). Dessa necessidade, surgiu a Alex

dos Santos Rodrigues ME, hoje AWR Express Transportes Ltda.-EPP, no

mercado de entregas rápidas desde 2006 e com sede no Bairro da Lapa.

No seu ramo de atuação, destacam-se os seguintes serviços:

Coleta e entrega de pequenos volumes,

Pagamentos em bancos,

Serviços em cartórios,

Distribuição de brindes e convites,

Troca de malotes entre filiais,

Coleta e entrega de documentos,

Despachos aéreos,

15

Apoio em área técnica,

Cotações de preços, apoio ao setor de compras,

Distribuição de produtos vendidos via telemarketing,

Serviços diversos em despachantes,

Serviços diversos em órgãos públicos,

Despachos em correios,

Entrega de propostas,

Entregas de cotações de preços,

Entregas de presentes,

Entregas e coletas de documentos contábeis,

Coletas de assinaturas em contratos.

De acordo com a Circular No 11/2010, publicada pelo Banco Nacional

de Desenvolvimento Social (BNDS), são Microempresas as empresas com

Receita Operacional Bruta anual ou anualizada de até R$ 2.400.000,00 (dois

milhões e quatrocentos mil reais). A AWR Express registrou no ano de 2009

o faturamento de R$ 378.096,66 (trezentos e setenta e oito mil, noventa e

seis e sessenta e seis centavos de Real), portanto, enquadra-se nesse

porte.

Tendo em vista o crescimento do setor que, cada vez mais, exige um

bom nível de transporte que seja ágil e eficiente para atender as

necessidades dos clientes, a AWR investe continuamente na ampliação de

seus serviços. A empresa objetiva atuar mais intensamente no segmento de

Logística e Distribuição, por perceber que esse é um mercado que está em

franca expansão.

Portanto, o moderno conceito de Just-in-time que a empresa já faz

uso, favorece-a e alinha-se com os seus atuais objetivos e à crescente

demanda do mercado.

Para melhor visualizarmos uma das diversas oportunidades que

podem ser aproveitadas pelo segmento, apresentamos no Gráfico 1 da

página a seguir, a evolução do crescimento do comércio eletrônico a partir

do ano de 2001 até 2009:

16

Gráfico 1 - Evolução do Faturamento do e-commerce, dos 1os. Semestres de 2001 a 2009 (em milhões de Reais).

Fonte: E-bit (2009). Adaptado pelos autores.

Como a empresa cresceu, foram criados os departamentos de

Recursos Humanos e Financeiro e, mais recentemente, os departamentos

de Qualidade e o Serviço de Atendimento ao Cliente (SAC).

Em agosto de 2010 foi feita uma alteração no quadro societário da

AWR. O senhor Rodrigo Arimochi foi substituído por sua esposa, Renata

Arimochi, que já trabalhava na empresa administrando o Departamento de

Recursos Humanos, e passou a cuidar apenas do Departamento de

Marketing.

O sócio-diretor, Alex Rodrigues, além da sua posição estratégica

dentro da organização, também cuida do Departamento Operacional, que é

considerado o “coração” da empresa - onde é feita toda a logística dos

portadores (motofretistas/motoristas).

197495

974

2600

4800

1º sem 2001 1º sem 2003 1º sem 2005 1º sem 2007 1º sem 2009

Evolução do Faturamento do e-commerce, dos 1ºs. Semestres de 2001 a2009 (em milhões de Reais).

17

2.1.2 Principais equipamentos, principais produtos e

processos e composição da força de trabalho.

A AWR Express oferece serviços de entrega rápida de documentos e

pequenos volumes, serviços de banco e cartório, entregas de malotes etc.

Além do transporte rotineiro usando motocicletas para as entregas, faz uso

também de carros utilitários e caminhões de pequeno porte, geralmente

usados para a distribuição de jornais e revistas, malas-direta, entre outros

itens.

Compõem a força de trabalho da AWR 16 funcionários registrados,

sendo, na maioria, do sexo masculino, maiores de 25 anos, casados e com

experiência de cinco (5) anos, pelo menos, como motofretistas ou

motoristas. Esses profissionais possuem o Curso de Formação de

Profissionais de Motofrete – curso que capacita o motofretista,

desenvolvendo neles conhecimentos e competências relativas tanto ao seu

desempenho profissional quanto à condução responsável da motocicleta.

Todos os colaboradores da AWR são registrados, possuem Plano de

Saúde, Odontológico e Seguro de Vida.

A empresa possui o Programa de Controle Médico de Saúde

Ocupacional (PCMSO) e o Programa de Prevenção de Riscos Ambientais

(PPRA). É cadastrada na Prefeitura Municipal de São Paulo e está em busca

de Certificados de Qualidade, como o Selo Trânsito Seguro, selo dado às

empresas de motofrete com menor índice de acidentes de trânsito, que

possuem cuidados e promoção de saúde e educação de trânsito para seus

funcionários, equipamentos de proteção para os portadores, manutenção

das motocicletas e controle de infrações de trânsito. Para obtê-lo, procura

proporcionar uma melhor qualidade de trabalho para seus colaboradores,

especialmente para os motoboys e motoristas, por ser esta uma profissão

sujeita a constantes riscos de acidentes.

Recentemente a empresa contratou um Responsável Técnico e criou

o Departamento de Qualidade para melhor se adequar às exigências legais

18

do mercado para o transporte de cargas específicas como medicamentos,

alimentos e afins. Para tanto, está padronizando e documentando, por meio

de Manuais, todos os seus processos funcionais e operacionais, visando

obter, dos órgãos reguladores, os Selos e Certificados de Qualidade então

requeridos.

2.1.3 Principais mercados e, no ramo de atuação, principais

segmentos desses mercados onde se encontram os

clientes-alvo.

Os mercados onde atua a AWR são os mais diversos. Entre os quais

destacamos os de prestação de serviços, conforme listados a seguir:

Empresas Multinacionais: envios de contrato, serviços bancários e

entregas de documentos;

Escritórios de Advocacia: serviços de fórum, principalmente;

Mecânicas e Retíficas: entregas (urgente) de peças;

Empresas de Pequeno e Médio Porte: serviços bancários, cartório

e entregas de documentos;

Bancos: entregas de contratos;

Home Care: entregas de medicamentos a domicilio.

Clientes-alvo:

Como já mencionado num dos tópicos acima, a principal meta da

empresa é atuar mais intensamente no segmento de Logística e

Distribuição, principalmente de entregas de medicamentos para farmácias e

empresas de Home Care; entregas de exames para Planos de Saúde; e,

manuseio e distribuição de revistas e jornais. O objetivo é investir em

grandes empresas, como as multinacionais, por possuírem grande volume

de serviço. Estes são os clientes-alvo da AWR atualmente.

Entre os principais clientes da AWR, podemos citar:

19

Siemens Ltda. – Mabe Eletrodomésticos - Banco Itaú - Banco

Santander - Mecânica Eloy - BBD Editora - Lopes Moço Construtora - Ethos

Prime Corretora de Seguros - P3Image.

2.1.4 Principais concorrentes da organização e aspectos

relevantes de cada um.

A AWR possui diversos concorrentes. Na região da Lapa podemos

enumerar os principais:

1. Liderança Express – destaca-se por possuir uma ótima

prospecção de vendas de seus serviços;

2. Bora Service – oferece um serviço de qualidade e mantém um

bom relacionamento com seus clientes;

3. Conexão Courrier – também se destaca por oferecer um serviço

de qualidade e um ótimo relacionamento com seus clientes.

Dentre as grandes empresas do seguimento em São Paulo, podemos

citar: Velocity, JC Express e Ferreira Barreto Express.

AWR Express mantem-se no setor por buscar oferecer um serviço de

qualidade, focado num bom atendimento e relacionamento com os clientes -

o que gera confiança e credibilidade. Um exemplo prático do nível desse

relacionamento é o fato de seus portadores (motoboys e motoristas) serem

orientados a entrarem em contato imediatamente com o Departamento

Operacional da empresa no caso de não localizarem um determinado

endereço ou número quando forem cumprir qualquer Ordem de Serviço

(OS); para que a empresa entre em contato com o cliente e, assim, consiga

evitar o retorno do portador e a abertura de uma nova OS - o que geraria um

ônus a mais para o cliente.

Além do exposto, a AWR também busca manter um bom

relacionamento com seus colaboradores, procurando propiciar um ambiente

de trabalho sempre harmônico e cordial.

20

2.1.5 Ambiente competitivo: posicionamento competitivo da

organização, atual e desejado; principais mudanças que

estão ocorrendo no ambiente competitivo que podem afetar

o mercado ou a natureza das atividades.

O sucesso de uma organização é resultado da interação de seus

pontos fortes e fracos com as oportunidades e ameaças do ambiente

externo. Ao estudarmos a AWR Express, foi possível observar que se trata

de uma empresa que busca aproveitar as oportunidades oferecidas pelo

mercado, sempre levando em consideração seu ambiente interno.

O principal serviço oferecido pela AWR, hoje, é a entrega rápida de

pequenos volumes, conforme descrito no item 2.1.2.

O serviço de entregas rápidas surgiu por volta da década de 80, sem

nenhum tipo de regulamentação. O que favoreceu o surgimento de

empresas clandestinas que contratavam mão de obra sem oferecer registro

em Carteira ou qualquer benefício. O negócio ganhou tamanha proporção,

que hoje são mais de 500.000 (quinhentos mil) motociclistas somente no

Estado de São Paulo.

Afim de solucionar os problemas gerados pela clandestinidade, a

cidade de São Paulo regulamentou a profissão de “motociclista” no ano de

2007 através da Lei nº. 14.491 (vide Anexo A). Então, as empresas que

operam na cidade passaram a ser obrigadas a cumprirem a uma série de

exigências: possuírem Licença para Operação de Serviço concedia pela

Prefeitura Municipal, contratar apenas funcionários que possuem o Curso de

Motofrete e o CONDUMOTO (documento que habilita o profissional a

exercer a profissão) etc. Finalmente em 2009, a Lei Federal nº. 12.009, de

29 de julho de 2009, passou a regulamentar todo o setor (vide Anexo C).

No entanto, mesmo com todas as exigências da Lei, segundo dados

da CET, só no Estado de São Paulo, mais ou menos metade das empresas

de motofrete são clandestinas, o que representa um grande entrave para as

21

empresas que são legalizadas. Pois, as empresas clandestinas não emitem

Notas Fiscais, não registram seus funcionários e, consequentemente, não

oferecem os benefícios que eles têm por direito. Além do fato desses

profissionais trabalharem sob constante pressão, o que os tornam mais

suscetíveis a sofrerem acidentes de transito e, evidentemente, a prestarem

um serviço de má qualidade para seus clientes.

Existe também uma discussão na Câmara dos Deputados sobre a

questão do crescimento do serviço de entrega rápida. Por um lado, alguns

defendem que é necessário dificultar o crescimento desse setor porque há

um imenso gasto com saúde pública devido a grande quantidade de

acidentes com motos. A quantidade de acidentes graves com motoboys é

três vezes maior do que com motoristas e, em São Paulo, morrem, por dia,

pelo menos dois motoboys. Por outro lado, existem aqueles que defendem

que deve haver um crescimento desse setor, pois esse mercado tem um

grande peso na economia uma vez que, segundo o documentarista Caito

Ortiz (produtor do Documentário “Motoboy – Vida Loca”), o Estado de São

Paulo já possui uma cultura de rapidez e agilidade e o motoboy serve para

viabilizar isso. Sem esse segmento de mercado, a economia estaria fadada

ao engessamento.

Essas questões provocam uma grande instabilidade para as

empresas legalizadas do setor - que buscam oferecer um serviço de

qualidade e observam as leis. Empresas preocupadas não somente com a

eficiência na prestação de serviços, mas, principalmente, com a qualidade

de vida dos seus colaboradores e das demais pessoas envolvidas no

processo.

Observamos, portanto que, a AWR, consegue ser referência na sua

área de atuação por ser uma empresa que procura satisfazer e, até mesmo,

superar as expectativas de seus clientes, oferecendo-lhes um serviço

honesto, ágil e seguro - sem colocar a vida de seus funcionários em risco. A

AWR Express não registra acidentes com afastamento há mais de um ano.

Hoje, a empresa está focada em aproveitar novas oportunidades que

estão surgindo. Dentre as quais, a entrega de insumos hospitalares. E para

22

tal, a empresa contratou um Responsável Técnico, conseguiu o Cadastro no

Conselho Regional de Farmácia (CRF) do Estado de São Paulo e está em

fase final de aprovação para obtenção do Cadastro na Agência Nacional de

Vigilância Sanitária (ANVISA). Está tentando aumentar a sua frota de

veículos, inclusive de caminhões de pequeno e grande porte para, em pouco

tempo, também atuar no mercado de transporte de cargas, pois esse

segmento fatura hoje no Brasil mais de R$ 40 bilhões e movimenta 2/3 do

total de carga do país.

O Gráfico 2, mostra o crescimento do transporte de cargas no Brasil e

os meios usados para a sua distribuição:

Gráfico 2 – Crescimento e os meios de distribuição de cargas no Brasil.

Fonte: ANTT (2006).

23

2.1.6 Estágio da introdução de novas tecnologias importantes

para a empresa/organização, incluindo as de gestão.

O sistema em uso na organização é o MotoboyNet (sistema de

automação desenvolvido especialmente para empresas de motofrete) e o

Pacote Microsoft Office.

Também utiliza de outros recursos em seu sistema de gestão e

comunicação, como: uma central de PABX, telefone Nextel, celular,

computadores interligados e interconectados em rede e com acesso a

internet. Além de possuir um web site <http://www.awrexpress.com/>,

através do qual pode receber os pedidos dos clientes.

A Figura 1 mostra um exemplo de sistema:

Figura 1 – Exemplo de sistema.

Fonte: Adaptado do Livro ITGA. CHIAVENATO, Idalberto (2004 p.328).

A tecnologia em uso permite estreitar e agilizar a relação entre a

empresa e o cliente, seja através de seu web site, telefones ou e-mail. O

cliente poder solicitar, por exemplo, o serviço de um motoboy através do web

site da AWR Express. Para isso, ele deve fazer o seu cadastro no site para

24

obter um nome de usuário e senha. Através do web site, então, o cliente

poderá, além de solicitar os serviços desejados, também ter acesso a todo o

histórico de seus pedidos, tais como: data, hora inicial e de termino, valor,

itinerário etc.

Entretanto, o sistema MotoboyNET, por ser um sistema terceirizado,

limitado e não customizado para a organização, já não está conseguindo

atender as necessidades atuais da AWR que está se reestruturando para

atuar de maneira mais efetiva no setor de Logística e Distribuição, o que,

consequentemente, aumentará a demanda de serviços.

Portanto, acreditamos que a solução que resolveria definitivamente

esse problema e que realmente garantiria uma melhor integração das

informações e dos sistemas na AWR Express, visando atender as suas

atuais e futuras necessidades, seria a aquisição de um Servidor

Active_Directory1 (AD) próprio.

Os sócios da empresa têm consciência da importância do uso das

tecnologias da informação nos ambientes organizacionais e da contribuição

e apoio que ela pode oferecer para o seu sucesso nos dias de hoje. E, por

isso mesmo, possuem planos de investir mais em Tecnologias da

Informação (TI) e utilizá-la como um recurso-chave e estratégico para

expansão da empresa.

1 Servidor Active Directory (AD) é o serviço de diretório que armazena informações sobre objetos em uma rede e disponibiliza essas informações a usuários e administradores de rede.

25

2.1.7 Histórico da Busca pela Excelência e principais

certificações nacionais e internacionais.

A AWR Express começou, de fato, a preocupar-se em buscar a

excelência no início deste ano (2011), quando surgiu a oportunidade de

transportar insumos hospitalares. A empresa, então, necessitou contratar um

farmacêutico para assumir o cargo de Responsável Técnico e, assim,

conseguir, junto aos órgãos responsáveis (COVISA, ANVISA), as

autorizações necessárias para transportar tais insumos. Foi quando surgiu,

também, a necessidade de se criar na empresa o Departamento de

Qualidade para cuidar das seguintes responsabilidades:

1. Levantamento de dados “in company”: entendimento das rotinas

operacionais e formação da base de dados para a elaboração dos

Manuais de Qualidade e de Procedimentos de acordo com a

realidade da empresa;

2. Montagem dos Manuais de Qualidade e de Procedimentos;

3. Qualificação da equipe operacional para o correto entendimento

da adequação e aplicação das exigências regulatórias.

Portanto, a AWR Express, até o momento, não possui nenhuma

certificação nacional ou internacional. No entanto, ela está se adequando

para conseguir o Certificado da ANVISA, conforme mencionado linhas atrás,

e já possui o cadastro no CRF-SP (Conselho Regional de Farmácia do

Estado de São Paulo) e a Licença para Operação de Serviço de Motofrete

da Prefeitura Municipal de São Paulo.

26

2.2 Estrutura Organizacional

2.2.1 Descrição das condições ambientais encontradas

O domínio organizacional da AWR Express estende-se desde a sua

atual localização (bairro da Lapa) até a Grande São Paulo.

Os setores que a influenciam são, respectivamente:

(a) Setor de serviços (competidores e afins);

(b) Setor industrial (fornecedores, serviços);

(c) Setor de Recursos Humanos (mercado de trabalho);

(d) Setor de Recursos Financeiros (bancos, empréstimos,

financiamentos);

(e) Setor de Mercado (clientes, possíveis usuários de serviços);

(f) Setor de Condições Econômicas (taxa de desemprego, taxa de

inflação, taxa de investimentos, economia, crescimento);

(g) Setor de Tecnologia (tecnologia da informação, logística);

(h) Setor Governamental (Leis e regulamentações municipais,

estaduais e federais, impostos, serviços, sistema judicial,

processos politícos).

O principal recurso tecnológico da AWR é o Sistema MotoboyNet -

que integra e organiza os departamentos e serviços da empresa. No

entanto, como já citado, esse sistema já não está conseguindo atender as

suas atuais necessidades. Portanto, ela necessitará, em breve, de recursos

para adquirir um Sistema e um Servidor AD próprio.

Pontos fortes do ambiente interno:

Desenvolvimento de metas e projetos para o curto e médio

prazos;

27

Estabelecimento de agendas de trabalho por períodos

determinados de tempo que permitam a organização trabalhar

com prioridades estabelecidas o com exceções justificadas;

Recurso financeiro próprio;

Comunicação e liberdade para inovar;

Franqueza, confiança e comunicação entre os trabalhadores e

a administração;

Grupo interessado e unido em torno dos objetivos da empresa;

Organização interna, lealdade e dedicação.

Pontos fracos do ambiente interno:

Faltam recursos de apóio às operações (exemplo: os moto

condutores não possuem localizadores tipo GPS);

A empresa não possue projetos para o longo prazo;

Capital insuficiente para médios e grandes investimentos

(exemplo: para compra de caminhões, vans e tecnologia);

Oportunidades:

Trasporte e distribuição para:

insumos hospitalares;

artigos de luxo;

produtos de cuidados com a beleza (Natura, Avon etc);

importados;

rede hoteleira;

cargas pesadas e afins.

Ameaças:

Falta de captação de recursos financeiros - privados ou do

Estado. Exemplo: a empresa não possui recursos financeiros

como empréstimos do BNDS ou de outros Bancos, o que

facilitaria e aceleraria a implementação de seus projetos de

expansão;

Concorrência ilegal e desleal.

28

2.2.2 Descrição da estrutura organizacional

A estrutura organizacional é a que define como as tarefas são

formalmente divididas, agrupadas e coordenadas em uma empresa.

Ao definir a estrutura, a empresa estudada levou em consideração,

em primeiro lugar, o seu tamanho (microempresa), sua estratégia (em qual

nicho de mercado pretende atuar, o que pretende alcançar a curto, médio e

longo prazo etc.) e o ambiente externo (oportunidades e ameaças, certezas

e incertezas).

Os cargos dentro da AWR Express são divididos por especialização

de trabalho e agrupados de acordo com as tarefas desenvolvidas, isto é, a

empresa é departamentalizada. Essa departamentalização é funcional, pois

agrupam funções comuns ou atividades semelhantes para formar uma

unidade organizacional.

Os Departamentos existentes na AWR são:

Recursos Humanos;

Financeiro;

Qualidade;

Operacional.

A estrutura da empresa é linear por ser de fácil operacionalização e

satisfazer as suas atuais necessidades.

A Figura 2 apresentada na página seguinte, mostra as diferenças

entre a organização linear e a organização funcional.

29

Figura 2 – As diferenças entre a organização linear e a organização funcional.

Fonte: Adaptado do Livro ITGA. CHIAVENATO, Idalberto (2004 p. 157).

Todavia, segundo Chiavenato (2004, p. 155), esse tipo de estrutura

pode levar à rigidez e inflexibilidade da organização, dificultando a inovação

e a adaptação da organização a novas situações ou condições externas.

Concordamos com o que ele diz, principalmente porque a AWR está em um

atual processo de mudança. Portanto, o modelo em uso deverá ser

repensado, senão, mudado.

No entanto, as mudanças devem ser adotadas com planejamento, a

fim de evitar estresse, perda de autoridade e comando durante esse

processo. A mudança para um tipo de estrutura mais funcional, por exemplo,

pode ser iniciada aos poucos. Assim procedendo, possibilitará um melhor

planejamento na distribuição dos cargos de acordo com a especialização,

domínio e competências de seus talentos, no qual eles possam aplicar seus

conhecimentos e saibam o que fazer, quando fazer, por que fazer e para

quem fazer.

As principais decisões da empresa são tomadas pela alta direção. Ou

seja, trata-se de uma administração centralizada. No entanto, segundo

informações do sócio-diretor, Alex Rodrigues, depois de concluídos os

Manuais de Procedimentos, o interesse é, em médio prazo, descentralizar as

decisões para que os problemas possam ser solucionados com mais

30

rapidez, uma vez que quanto mais próximo da ação estiver a pessoa

responsável pela solução, haja mais agilidade e eficiência nesse processo.

A formalização, que diz respeito ao grau com que os cargos são

padronizados na organização, existe na AWR. As descrições dos cargos são

explícitas. Há regras que devem ser cumpridas e os procedimentos são

claramente definidos. Ou seja, os comportamentos são programados,

principalmente nos baixos níveis da organização.

Por estar inserida em um ambiente muito dinâmico, com novas leis

sendo impostas ao setor constantemente, a AWR tem procurado ajustar

também, a cada ano, a sua estrutura organizacional, por fazer parte desse

ambiente incerto e em constante mudança.

Para uma melhor compreensão dessa dinâmica, vale lembrarmos um

fato curioso: até o ano passado os profissionais motociclistas não podiam

circular com mochila na cidade de São Paulo, somente com baú, neste ano

quem estiver circulando com baú sem possuir motocicleta do modelo cargo

ou placa vermelha, poderá ter o veículo apreendido. Em 2010, a AWR

possuía um Gerente Geral, que no organograma da empresa estava

diretamente subordinado aos diretores e gerenciava todas as demais áreas.

No final daquele ano, esse organograma foi redefinido e o cargo de Gerente

Geral foi excluído, possibilitando aos gerentes dos demais departamentos

acesso direto a diretoria.

31

2.2.3 Avaliação da empresa/organização quanto à sua eficácia,

eficiência e adaptabilidade, com ênfase na implantação de

estruturas organizacionais ágeis e flexíveis, capazes de

estimular a satisfação pessoal e o comprometimento das

partes interessadas.

A tarefa de se avaliar uma empresa quanto a sua eficácia requer

conhecimento profundo do seu dia a dia, de suas metas e estratégias

organizacionais. E isto não é uma tarefa fácil. Pois eficácia é um conceito

muito abangente e exige do avaliador além de tempo, paciência e de uma

percepção clara de todas as partes envolvidas que devem ser levadas em

consideração, responsabilidade e imparcialidade, sob pena de se fazer um

diagnóstico precipitado e incoerente com a realidade da organização

avaliada.

Portanto, como meros observadores externos, não temos a pretensão

aqui de fazer o diagnóstico que um profundo conhecedor da realidade da

empresa faria. Contentamo-nos, no entanto, em relatar, de forma breve, as

impressões que tivemos sobre ela ao longo dessa pesquisa.

Observamos, em nossa visita à AWR Express, que há um grupo de

colaboradores realmente interessados e comprometidos com o seu

desempenho, dando-lhe apóio para que ela alcance seus objetivos e,

consequentemente também, o sucesso. Isso parece óbvio, por tratar-se de

uma empresa familiar, nas mãos dos quais estão os principais cargos de

confiança, como: a alta direção da empresa, as gerências dos departamento

Financeiro, Recursos Humanos e Operacional.

Percebemos, entretanto, uma preocupação recente em se delegar

autoridade para os demais funcionários. Como já mencionamos, no início

deste ano foi contratado um Responsável Técnico e foi criado um

departamento na empresa para ele dirigir - o Departamento de Qualidade. O

senhor Nunes está a readequar e a implementar novas diretrizes na

empresa e orientando o senhor Rodrigues sobre as suas atuais e futuras

32

necessidades estratégicas (metas e projetos). Além de também orientar os

colaboradores responsáveis pelo transporte sobre as regras e normas legais

para o manuseio e transporte adequados de medicamentos, alimentos e

afins e sobre a aferição dos veículos - para que estes estejam sempre

limpos, em temperatura correta e controlada etc.

Foi observado também que o desempenho atual no ambiente interno

e externo foram melhorados (funcionários e clientes mais satisfeitos, mais

qualidade nos serviços prestados e obediência às leis e regulamentações).

Assim, constatamos que os departamentos e os funcionários da AWR

são eficazes e eficientes pois cumprem com a sua função cotidiana e que há

um ótimo relacionamento com os clientes. Não foi constatado conflitos

internos, o que geralmente acontece em empresas familiares.

33

2.3 Processos Decisórios

2.3.1 A hierarquia e a tomada de decisão

A AWR Express é dirigida pelo sócio-diretor, Alex Rodrigues, que é

quem decide sobre os principais rumos da empresa e também cuida do

Departamento Operacional – que representa o “coração” da organização,

onde o serviço é distribuído e monitorado. Os demais departamentos são

dirigidos conforme organograma abaixo:

Gráfico 3 – Organograma da AWR Express.

O processo de tomada de decisão na AWR é burocrático

(centralizado), porém, está em processo de migração para a

descentralização, como podemos observar no Gráfico 4 apresentado na

página seguite.

34

Gráfico 4 – Organização centralizada versus descentralizada.

(Os quadrados reticulados indicam o grau de autoridade para decidir.).

Fonte: Adaptado do Livro ITGA. CHIAVENATO, Idalberto (2004 p.133).

Observamos, também, um aspecto interessante e curioso: o sócio-

diretor, Rodrigues, também ocupa posição de comando no departamento

Operacional. Isso demonstra flexibilidade nas relações interpessoais,

participação e envolvimento com a equipe o que facilita as tomadas de

decisões. Estas acontecem quase, senão, instantaneamente, o que é

positivo para os objetivos imediatos da empresa.

Essa posição estratégica garante, a seu líder principal, ter uma visão

global do que acontece na organização, além de encurtar distâncias entre

departamentos e colaboradores, eliminar esforços desnecessários, reduzir

custos, a informação fluir, e, assim, neutralizar possíveis aspectos negativos.

Detectamos, portanto, que as posições de liderança estão distribuídas

no organograma da AWR de acordo o porte da empresa e, então, podemos

concluir que o senhor Rodrigues, possui competência e expertise adequadas

para dirigi-la.

35

2.3.2 Descrição das etapas do processo de tomada de decisão

na empresa/organização

Os processos de tomada de decisão na empresa são centralizados no

principal sócio, Alex Rodrigues. É ele quem toma as principais decisões e

soluciona os principais problemas da empresa.

As seis etapas do processo de tomada de decisão:

P Indentificação da situação

Diagnóstico da situação

D Desenvolvimento de alternativas

C Avaliação [e escolha] de alternartivas

A Seleção e implementação

Monitoração e feedback

As decisões importantes na AWR Express não são tomadas de

imediato. Ou seja, primeiro é analisada cada situação apresentada

(reconhecimento), para então se tomar alguma decisão (ou não).

Algumas decisões são tomadas individualmente enquanto outras são

tomadas por grupos ou por meio de consultas a grupos.

No caso de se identificar algum problema, Rodrigues, reúne-se com

seus principais colaboradores para discuti-lo e, após esse processo, passa a

desenvolver ou a adotar a alternativa mais viável naquele momento.

Para escolher a melhor alternativa a ser implementada, ele também

avalia as variáveis de custo e beneficio (baseado em informações dos

relatórios gerados pelo sistema da empresa). Em casos extremos, nos quais

ele não dispõe de tais informações, costuma usar a intuição para tomar suas

decisões.

Quando uma decisão é tomada, faz-se a implementação. Após a

implementação, faz-se o monitoramento para identificar possíveis problemas

e, caso seja necessário, repete-se todas essas etapas (feedback).

36

Segundo Rowe, o senhor Rodrigues pertence ao Estilo Diretivo de

Tomada de Decisão. “Os administradores que adotam esse estilo de tomada

de decisão são lógicos, focados no curto prazo e eficientes. (...) Não se

sentem confortáveis em situações pouco estruturadas, preferindo tomar

decisões com base nas regras e procedimentos existentes na organização.”

“Raramente um administrador adota um único estilo de tomada de

decisão. De modo geral, todos possuem um estilo dominante, mas

frequentemente utilizam outros estilos nas decisões que tomam

diariamente.” (Sobral, 2008: 116/117)

2.3.3 Descrição do(s) método(s) de análise e solução de

problema(s) na empresa/organização

Observamos que a AWR Express não usa nenhum método de análise

e solução de problema, conforme abordagem das Ferramentas de Controle

da Qualidade, como o MASP, por exemplo, estudas ao longo deste semestre

nas disciplinas Estruturas Organizacionais e Processos Decisórios. No

entanto, inferimos que, a empresa pode até ter usado alguns de seus

aspectos em algum momento de sua vida organizacional, mesmo sem os

conhecer didaticamente, para encontrar a solução de alguns de seus

problemas. De qualquer maneira, sugerimos na página 39 que a AWR passe

a adotar tais ferramentas.

37

3 ANÁLISE E SUGESTÕES DE MELHORIA

3.1 Analisar os itens de 2.2 e 2.3 tendo como referência os

conceitos – fundamentos teóricos - apresentados em 1.

Como a preocupação com a eficácia e a eficiência é uma abordagem

nova para a empresa, que vêm buscando melhorar a maneira de executar

seus processos e aperfeiçoá-los a fim de diminuir o custo dos serviços

prestados e, assim, utilizar o máximo do potencial humano e intelectual de

que dispõe, passou, desde então, a focar seu olhar para a forma como o

serviço é realizado e não somente para o resultado. Dessa forma está

conseguido reduzir custos desnecessários e evitar problemas simples que

surgiam com frequência, mas que consumiam tempo e recursos para serem

solucionados.

Então, a administração da empresa, passou a focar naquilo que é

realmente importante para o cumprimento de sua missão: oferecer um

serviço de entrega de qualidade, rápido, prático e seguro, objetivando a

satisfação e fidelização do cliente. E, para alcançá-la, estão se adequando

às normas e procedimentos legais passando a adotar práticas que

contribuam para o desenvolvimento organizacional.

Analisamos também que hoje, na AWR, como ela está migrando do

estilo centralizado para o descentralizado, é praticado mais o estilo de

liderança democrático. Assim, empresa vem dando mais liberdade de

expressão para os seus colaboradores que passaram a sentir-se mais à

vontade para opinar e participar nas decisões da empresa. Sem receio de

apresentar suas idéias para os processos em uso ou a implementar. O que

vem gerado novas oportunidades e soluções efetivas para os problemas do

dia a dia organizacional. Portanto, é evidente que há entre eles enorme

potencial a ser aproveitado nos processos de tomada de decisão da

empresa e também para a prática da liderança.

38

3.2 Sugerir melhoria(s).

É oportuno, portanto, - depois das observações, análises e

avaliações feitas da estrutura organizacional e dos processos de tomada de

decisão na AWR Express, que procuramos expor ao longo deste trabalho -,

indicarmos algumas sugestões de melhorias que, acreditamos e desejamos,

possam vir a ser úteis no seu ambiente organizacional:

Produtos/Serviços

Desenvolver novos serviços;

Ampliar os serviços oferecidos através do web site da empresa;

Prospectar novos clientes (no setor hoteleiro e aduaneiro, por

exemplo).

Processos e Tecnologia

Investir em recursos de apóio às operações da empresa

(Exemplos: rastreamento via satélite e equipar os

motocondutores e motoristas com aparelhos de GPS ou

tecnologia equivalente);

Adquirir um Sistema e um Servidor AD próprios;

Contratar um CIO (profissional da área de Ciência da

Informação) para cuidar das informações e gerenciá-las da

maneira mais adequada e útil às necessidades da empresa e

seus clientes.

Práticas de gestão

Descentralizar decisões e delegar responsabilidades;

Estimular a criatividade e a participação de todos nos

processos decisórios (novas habilidades + competências =

desempenho individual e organizacional melhorados);

Focar na valorização da eficiência, pois uma equipe bem

preparada, desde o processo de seleção, com competências

39

bem definidas fará com que a empresa possa inovar mais do

que o normal;

Respeitar a diversidade e saber que um funcionário que não

seja comunicativo, jamais deverá assumir responsabilidade que

exija essa competência. Isso significa entender o perfil de cada

pessoa para dar-lhe um tratamento adequado;

Elaborar campanhas internas como, por exemplo, o

oferecimento de prêmios em benefícios, proporcionando uma

competição saudável entre os colaboradores, o que contribui

para melhorar o clima no ambiente organizacional, o

desempenho de cada um e, consequentemente, também da

empresa;

Praticar o reconhecimento da equipe. Pois não adianta ter os

melhores talentos, é necessário praticar o reconhecimento;

Com o objetivo de controlar e melhorar a qualidade de seus

serviços, sugerimos à empresa a adoção mais efetiva das

Ferramentas de Controle da Qualidadade, como, por exemplo,

a Curva ABC (Diagrama de Pareto) ou o MASP (vide Quadro 1

da próxima página);

Captar recursos financeiros afim de financiar os projetos da

empresa.

Elaborar metas, projetos e estratégias para curto, médio e

longo prazos.

40

MASP

PDCA EtapaDescrição da

EtapaObjetivo da etapa

P

1Identificação do problemas

Definir claramente o problema e reconhecer a sua importância

2 ObservaçãoInvestigar as características do problema com uma visão ampla e sob vários pontos de vista

3 Análise Descobrir as causas fundamentais

4 Plano de AçãoConceber um plano para bloquear as causas fundamentais

D 5 Ação Bloquear (realizar o Plano)

C 6 Verificação Verificar se o bloqueio foi efetivo

A

7 Padronização

Se o bloqueio não foi efetivo planejar e implementar novas contramedidas voltando à etapa 5; se foi efetivo: padronizar para evitar o ressurgimento do problema

8 ConclusãoRelatar o MASP e reavaliar as ações tomadas como ciclo de aprendizagem.

Quadro 1 - Descrição e objetivo das 8 etapas do MASP. (Adaptado do material didático disponibilizado pelo professor Léo Noronha)

41

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Constatamos ao longo deste trabalho que, no contexto atual, os processo de

tomada de decisão em uma empresa são bastante dinâmicos e que eles podem

impactar não só a sua estrutura organizacional, mas, também, o ambiente no qual

ela está inserida. Isto porque as organizações são entidades sociais e, como tal,

interferem e moldam a vida das pessoas (ambientes interno/externo) de diversas

maneiras. E, da mesma forma que influencia a sociedade é, também por ela

influenciada. E essa interação é fator determinante para a sua sobrevivência (ou

não).

Diante desta realidade cada vez mais complexa, mutável, incerta e instável,

as organizações devem se modificar continuamente, adaptar-se e está sempre em

sintonia com o ambiente. Sabendo se apropriar dos sinais por ele emitidos

(informações), interpretá-los e transformá-los (resposta) para antecipar-se e superar

as suas expectativas e não serem por ele surpreendidas. E este é o papel atual do

administrador: está sensível as tendências e reagir ao ambiente, tomando decisões

seguras e assertivas a fim de garantir o sucesso da empresa em um futuro incerto.

Pois, segundo Daft (2002: 122), “o ambiente externo, incluindo a competição global,

é a fonte das principais ameaças com que se defrontam as organizações atuais. O

ambiente muitas vezes impõe restrições importantes sobre as decisões que os

gerentes tomam para a organização.”

Não por acaso as empresas estão, mais do que nunca, valorizando decisores

comprometidos que levam em consideração aspectos do seu cotidiano, da sua

cultura, do que é lícito e bom para todos e que tragam esses valores na hora de

tomarem suas decisões.

Portanto, cabe aqui um conselho: “antes de decidir, olhe ao seu redor, analise

os riscos, reflita em todas as probabilidades, crie novas alternativas e faça sua

escolha ser a melhor em sua decisão.” Agindo assim, o tomador de decisão

garantirá, não apenas a sobrevivência da organização, mas também, o seu próprio

sucesso.

42

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

CHIAVENATO, Idalberto. Introdução à teoria Geral da Administração: uma visão abrangente da moderna administração das organizações. Edição compacta / Idalberto Chiavenato. 3. ed. rev. e atualizada. Rio de Janeiro: Elsevier, 2004 - 4ª Reimpressão.

DAFT, Richard L. Organizações: teorias e projetos. São Paulo: Editora Pioneira Thomson Learning, 2002.

E-BIT - Disponível em: <http://www.ebitempresa.com.br/>. Acesso em: 05/11/2010.

Motoboy - Disponível em: <http://www.motoboy.org.br/noticia_6_reais_a_hora.php> Acesso em: 26 maio de 2011.

MotoboyNET - Disponível em: <http://www.motoboynet.com.br/> Acesso em: 26/05/2011.

OSVALDO, Luis e Rocha, Leal da, Organização e Métodos. São Paulo: Editora Atlas,1995.

ROBBINS, Stephen P. Administração mudanças e perspectivas. São Paulo: Editora Saraiva, 2005.

SEDERSP - Metade das empresas de motoboy de SP é clandestina, diz diretor da CET. Disponível em: <http://www.sedersp.org.br/website/informativos_detalhes.php?noticia_id=171&PHPSESSID=d53ed1cade6968e79194ee26b136ce5d> Acesso em: 26 maio de 2011.

SOBRAL, Filipe; PECI, Alketa. Administração: teoria e prática no contexto brasileiro. São Paulo: Pearson/Prentice Hall, 2008.

TRAXX - Brasil tem o maior número de motofretes do mundo. Disponível em: <http://www.traxx.com.br/521/brasil-tem-o-maior-numero-de-motofretes-do-mundo> Acesso em: 26 maio de 2011.

43

APÊNDICES

APÊNDICE A – CRONOGRAMA DE ATIVIDADES PREVISTAS

PIPA III – 2011

PROGRAMA DE INICIAÇÃO ÀS PRÁTICAS ADMINISTRATIVAS

EMPRESA: AWR Express Transportes Ltda.-EPP.

TEMA: A organização como função administrativa: um estudo sobre a estrutura organizacional e o processo de decisão em uma microempresa visando a sugestões de melhoria.

REPRESENTANTE DA EQUIPE: Carlos Cesar Quirino Santos.

R.A: A6063A-8

Mês

Semana

ATIVIDADES PREVISTAS

Mar.

1

- Definição dos membros da equipe;

- Elaboração da Ficha de Composição da Equipe;

- Escolha da empresa a ser estudada e entrevistada.

Mar.

2

- Entrega da Ficha de Composição da Equipe.

Mar.

3

- Definição do roteiro da entrevista;

- Entrevista com sócios da empresa.

44

Mar.

4

-Reunião do grupo para discussão referente ao trabalho.

Mar.

5

- Início da elaboração do trabalho escrito.

Abr.

1

- Finalização do trabalho escrito.

Abr.

2

- Revisão, impressão e encadernação do trabalho escrito.

Abr.

3

Abr.

4

Mai.

1

Mai.

2

45

Mai.

3

31/05/2011 – DATA DA ENTREGA DO TRABALHO ESCRITO

46

APÊNDICE B – REGISTRO DE ATIVIDADES REALIZADAS

APS – 2011 – CURSO DE ADMINISTRAÇÃO

DATAATIVIDADES REALIZADAS Tempo

Gasto

09/03/2011 Definição dos membros da equipe 10 minutos

11/03/2011Escolha da empresa a ser estudada 10 minutos

15/03/2011Elaboração da Ficha de composição de equipe 20 minutos

28/03/2011Documentos referente ao PIPA foram distribuídos entre o grupo 10 minutos

05/04/2011Entrega da Ficha de composição de equipe 5 minutos

02/05/2011Elaboração do roteiro da entrevista 4 dias

14/05/2011Entrevista com sócio da empresa 2 horas

14/05/2011Elaboração do trabalho escrito 11 dias

25/05/2011Reunião da Equipe para última discussão do trabalho 1 hora

26/05/2011Revisão do trabalho 2 dias

30/05/2011Impressão e encadernação do trabalho 30 minutos

__/__/2011

__/__/2011

__/__/2011

__/__/2011

__/__/2011

__/__/2011

__/__/2011

__/__/2011

31/05/2011ENTREGA DO TRABALHO ESCRITO

47

APÊNDICE C – DECLARAÇÃO DA VISITA TÉCNICA

48

ANEXOS

ANEXO A – Lei nº. 14.491, de 27 de julho de 2007

(Projeto de Lei nº 135/05, do Vereador Adolfo Quintas - PSDB)

Regulamenta a atividade de transporte de pequenas cargas denominado motofrete e dá outras providências.

GILBERTO KASSAB, Prefeito do Município de São Paulo, no uso das atribuições que lhe são conferidas por lei, faz saber que a Câmara Municipal, em sessão de 27 de junho de 2007, decretou e eu promulgo a seguinte lei:

Art. 1º O serviço de entrega e coleta de pequenas cargas por meio de motocicletas no Município de São Paulo, denominado motofrete, a que se refere o art. 63 da Lei nº 7.329, de 11 de julho de 1969, poderá ser executado mediante prévia e expressa autorização da Prefeitura, nos termos da presente lei.

Art. 2º O serviço poderá ser prestado por condutor autônomo ou por pessoa jurídica, constituída sob a forma de sociedade empresária, associação ou cooperativa, que explore esse serviço, por meio de frota própria ou de terceiros, desde que tenha licença para operação do serviço e conte com condutores devidamente cadastrados na Secretaria Municipal de Transportes.

DAS DEFINIÇÕES

Art. 3º Para os efeitos desta lei, denomina-se:

I - autorização - ato pelo qual a Secretaria Municipal de Transportes autorizará a terceiros a execução do serviço de entrega e coleta de pequenas cargas em motocicletas, nos termos e condições estabelecidos nesta lei;

II - condutor - motociclista inscrito no Cadastro Municipal de Condutores;

III - pessoa jurídica - sociedade empresária, associação ou cooperativa;

IV - termo de credenciamento - documento expedido para a sociedade empresária, associação ou cooperativa, que autorize a exploração do serviço de motofrete, após cumprimento das exigências e condições estabelecidas nesta lei;

V - condumoto - documento concedido ao condutor inscrito no Cadastro Municipal de Condutores;

VI - licença para operação de serviço - documento expedido em relação às motocicletas utilizadas por condutores autônomos ou pelas pessoas jurídicas após aprovação em vistoria e cumprimento das demais exigências desta lei;

VII - motofrete - modalidade de transporte remunerado de pequenas cargas ou volumes em motocicleta, com equipamento adequado para acondicionamento de carga, nela instalado para esse fim;

49

VIII - baú - equipamento para transporte de pequenos volumes, com tampa convexa no lado superior e fixado por suportes metálicos na posição traseira da motocicleta;

IX - colete - colete de proteção aprovado segundo padrões definidos pela Secretaria Municipal de Transportes, contendo elementos de identificação do condutor;

X - capacete de segurança - capacete automotivo certificado pelo INMETRO, contendo elementos de identificação do condutor.

DO CREDENCIAMENTO DA PESSOA JURÍDICA

Art. 4º À pessoa jurídica que explorar o serviço de motofrete ou àquela que se utilizar com motocicleta própria do mesmo serviço será outorgado Termo de Credenciamento, observados os seguintes requisitos:

I - dispor de sede ou filial em São Paulo;

II - estar inscrita no Cadastro de Contribuintes Mobiliários - CCM;

III - estar inscrita no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas - CNPJ;

IV - apresentar contrato social ou ato constitutivo e última alteração, registrada no Cartório de Registro Civil das Pessoas Jurídicas ou na Junta Comercial do Estado de São Paulo;

V - apresentar certidões comprobatórias de regularidade com a Fazenda Federal, expedidas pela Receita Federal e pela Procuradoria da Fazenda Nacional, bem como de regularidade com a Fazenda do Município de São Paulo, relativamente aos tributos mobiliários e imobiliários, expedidas pelos órgãos competentes da Prefeitura;

VI - apresentar certidões comprobatórias de regularidade perante o Instituto Nacional do Seguro Social - CND e do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço - FGTS;

VII - apresentar certidão negativa de protestos dos últimos 5 (cinco) anos;

VIII - comprovar a disponibilidade de imóvel, com área mínima a ser definida em portaria da Secretaria Municipal de Transportes, destinado ao estacionamento dos veículos, às dependências para escritório e aos condutores no aguardo de ordens de serviço.

Art. 5º O Termo de Credenciamento deverá ser renovado a cada 2 (dois) anos, mediante a apresentação de documentação comprobatória do atendimento dos requisitos estipulados no art. 4º desta lei e outros que poderão ser definidos pela Secretaria Municipal de Transportes.

Art. 6º As cooperativas ou as associações deverão ser constituídas exclusivamente por profissionais autônomos, portadores de licença para o serviço de motofrete.

Art. 7º O Termo de Credenciamento poderá ser cancelado, a qualquer tempo, em razão de interesse público, mediante processo administrativo, sem que disso decorra qualquer direito a indenização.

Art. 8º A pessoa jurídica deverá apresentar, trimestralmente, por meio eletrônico, relação de todos os condutores em operação, bem como fornecer outras informações pertinentes à atividade que lhe sejam solicitadas.

Parágrafo único. Sob pena de descredenciamento, deverão ser comunicados à Secretaria Municipal de Transportes, no prazo máximo de 72 (setenta e duas) horas contadas da ocorrência, os afastamentos e os óbitos dos condutores, decorrentes de acidentes.

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DO CADASTRO DO CONDUTOR

Art. 9º Para operar o serviço de motofrete, os condutores deverão estar inscritos no Cadastro Municipal de Condutores - CONDUMOTO da Secretaria Municipal de Transportes.

Art. 10. Para a inscrição no Cadastro, os condutores deverão apresentar os seguintes documentos:

I - Carteira Nacional de Habilitação, categoria A, válida e expedida há pelo menos 1 (um) ano;

II - prontuário de condutor expedido pelo Departamento Estadual de Trânsito - DETRAN, com extrato de pontuação por infrações de trânsito, anotada em cumprimento ao Código de Trânsito Brasileiro;

III - certidão de antecedentes criminais, expedida pelo Cartório do Distribuidor Criminal e pela Vara das Execuções Criminais da Comarca da Capital, bem como pela Justiça Federal, com as devidas certidões de objeto e pé e/ou execução penal explicativas quando houver anotação;

IV - certificado de conclusão de Curso Especial de Treinamento e Orientação, fornecido por escolas ou entidades reconhecidas pela Secretaria Municipal de Transportes.

§ 1º O Curso Especial de Treinamento e Orientação destina-se a propiciar aos condutores o perfeito atendimento e observância das normas de trânsito e das obrigações a que se refere o presente decreto, incluindo conhecimentos sobre prevenção de acidentes, socorros de emergência, princípios de relações humanas, de cortesia e higiene, entre outros julgados convenientes para sua formação profissional.

§ 2º Será negada a inscrição no Cadastro do condutor que tiver ultrapassado 20 (vinte) pontos no prontuário apresentado em atendimento ao inciso II do "caput" deste artigo, até que sejam excluídos pelo Departamento Estadual de Trânsito - DETRAN.

§ 3º Será negada a inscrição no Cadastro se constar dos documentos referidos no inciso III do "caput" deste artigo mandado de prisão expedido contra o interessado.

§ 4º Poderá ser concedido o CONDUMOTO provisório, pelo período de 180 (cento e oitenta) dias, renovável até decisão final, se constar dos documentos previstos no inciso III do "caput" deste artigo processo criminal em andamento.

Art 11. O CONDUMOTO terá validade de 3 (três) anos ou até o término do prazo de vigência da Carteira Nacional de Habilitação, caso esse venha a ocorrer antes, devendo ser renovado em, no máximo, 30 (trinta) dias, após seu vencimento, sob pena de cancelamento.

Parágrafo único. Para a renovação do CONDUMOTO deverão ser atendidos todos os requisitos exigidos para sua concessão, previstos no art. 10 desta lei.

DA MOTOCICLETA

Art 12. A motocicleta a ser utilizada no serviço remunerado de motofrete deverá ser submetida à prévia aprovação da Secretaria Municipal de Transportes e atender aos seguintes requisitos:

I - ser original de fábrica;

II - ter no máximo 8 (oito) anos, excluído o ano de fabricação;

III - ter cilindrada mínima de 120 c.c.;

IV - estar identificada nos termos do art. 117 do Código de Trânsito Brasileiro e dos demais padrões de visualização definidos pela Secretaria Municipal de Transportes;

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V - possuir os equipamentos obrigatórios definidos no Código de Trânsito Brasileiro e nos demais dispositivos estabelecidos pela Secretaria Municipal de Transportes, aplicáveis à modalidade motofrete;

VI - ser licenciada como veículo de categoria aluguel destinado ao transporte de carga;

VII - ser aprovada em vistoria anual, realizada pela Secretaria Municipal de Transportes ou por empresas por ela credenciadas para esse fim;

VIII - ser dotada de compartimento fechado, tipo baú, ou outro equipamento específico para transporte de carga, na forma estabelecida em regulamentação pertinente expedida pelo Conselho Nacional de Trânsito - CONTRAN e nas especificações editadas pela Secretaria Municipal de Transportes;

IX - ter equipamento de segurança (tipo antena) para proteção da integridade do condutor contra linhas de cerol, fios e cabos aéreos;

X - ter equipamento de segurança para proteção de membros inferiores ("mata cachorro");

XI - possuir fixação superior e inferior na placa de identificação da motocicleta.

Parágrafo único. A Secretaria Municipal de Transportes poderá estabelecer prazos de vistoria inferiores ao previsto nesta lei.

DA LICENÇA PARA OPERAÇÃO DA MOTOCICLETA

Art. 13. A pessoa jurídica credenciada deverá requerer à Secretaria Municipal de Transportes a expedição de licença, que poderá ser vinculada a mais de um condutor, para cada motocicleta de sua frota.

Parágrafo único. A licença será concedida em nome da pessoa jurídica credenciada, em caráter intransferível, devendo ser devolvida à Secretaria Municipal de Transportes quando não houver mais interesse na sua utilização.

Art. 14. Para obter a licença de operação a pessoa jurídica credenciada deverá apresentar apólice de seguro de vida complementar, em favor do condutor, com coberturas não inferiores a R$ 22.974,00 (vinte dois mil, novecentos e setenta e quatro reais), e apólice por invalidez permanente não inferior a R$ 11.487,00 (onze mil, quatrocentos e oitenta e sete reais).

Art. 15. Ao condutor autônomo, devidamente inscrito no Cadastro Municipal de Condutores, será concedida apenas uma licença, desde que cumpridas as seguintes exigências:

I - apresentar motocicleta de sua propriedade;

II - estar inscrito no Cadastro de Contribuintes Mobiliários - CCM;

III - estar em situação regular perante o Instituto Nacional do Seguro Social - INSS;

IV - apresentar apólice de seguro de vida complementar não inferior a 3 (três) vezes o valor do seguro obrigatório.

Parágrafo único. A licença será concedida em nome do condutor autônomo cadastrado, em caráter intransferível, devendo ser devolvida à Secretaria Municipal de Transportes quando não houver mais interesse na sua utilização.

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Art. 16. A renovação da licença para operação da motocicleta deverá ser solicitada anualmente, em época determinada pela Secretaria Municipal de Transportes, e só será concedida mediante aprovação em vistoria.

Parágrafo único. O pedido de renovação deverá ser instruído com os documentos que forem exigidos em regulamento expedido pela Secretaria Municipal de Transportes.

Art. 17. A motocicleta registrada na licença de operação poderá ser substituída, desde que aprovada em vistoria específica.

Art. 18. Não será expedida a licença para operação do serviço se houver, em nome do interessado, débito tributário relativo à atividade ou multas municipais que digam respeito à motocicleta ou ao serviço autorizado, até que se comprove o pagamento dos débitos correspondentes.

Art. 19. Quando afastado do serviço por inatividade atestada em documento hábil, o condutor autônomo poderá registrar preposto devidamente inscrito no CONDUMOTO, pelo tempo que perdurar a incapacidade.

DAS OBRIGAÇÕES DAS PESSOAS JURÍDICAS CREDENCIADAS E DOS CONDUTORES CADASTRADOS

Art. 20. As empresas credenciadas e os condutores cadastrados deverão respeitar as disposições legais federais, estaduais e municipais pertinentes, especialmente:

I - cumprir o disposto no Código de Trânsito Brasileiro e a legislação do Município de São Paulo;

II - transportar carga somente em condições e limites de quantidade, peso e dimensões aprovados em legislação pertinente;

III - conduzir a motocicleta com os equipamentos de segurança e dispositivo de controle aprovados e exigidos em legislação específica;

IV - portar os documentos originais válidos que autorizem o serviço;

V - agir com respeito e urbanidade nas relações interpessoais da atividade;

VI - comparecer às convocações feitas pela Administração Pública, bem como aos cursos de orientação exigidos;

VII - estacionar a motocicleta sempre em local adequado e permitido;

VIII - manter a motocicleta em boas condições de tráfego;

IX - fornecer à Secretaria Municipal de Transportes todas as informações que forem solicitadas sobre as atividades exercidas;

X - comunicar à Secretaria Municipal de Transportes quaisquer alterações contratuais, do estatuto, de endereço e área destinada ao estacionamento das motocicletas;

XI - atender a todas as obrigações fiscais, trabalhistas e previdenciárias;

XII - utilizar capacete e colete com identificação do condutor, aprovados pela Secretaria Municipal de Transportes.

DAS INFRAÇÕES E PENALIDADES

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Art. 21. O descumprimento das obrigações estabelecidas nesta lei, bem como dos demais dispositivos normativos expedidos para sua regulamentação, sujeitará o infrator às seguintes penalidades:

I - multa;

II - suspensão do Termo de Credenciamento;

III - suspensão da Inscrição no Cadastro de Condutores;

IV - suspensão da Licença para Operação do Serviço;

V - cassação do Termo de Credenciamento;

VI - cassação na Inscrição no Cadastro de Condutores;

VII - cassação da Licença para Operação do Serviço.

Art. 22. Às pessoas jurídicas credenciadas e aos condutores do serviço de motofrete serão aplicadas penalidades em razão das informações classificadas nos Grupos A, B, C e D, conforme segue:

I - infrações do Grupo A:

a) não se trajar adequadamente;

b) não tratar o público com polidez e urbanidade;

c) não apresentar na motocicleta, no capacete e no colete os elementos de identificação ou orientação exigidos pela Secretaria Municipal de Transportes;

d) deixar de comunicar à Secretaria Municipal de Transportes, no prazo de 30 (trinta) dias, a alteração de endereço da sede social da pessoa jurídica credenciada ou de residência do condutor cadastrado ou fornecê-lo erroneamente;

e) transportar carga em desacordo com os requisitos legais regulamentares;

f) conduzir a motocicleta sem um ou mais equipamentos de segurança e/ou dispositivo de controle, exigidos em legislação específica ou em regulamentação expedida pela Secretaria Municipal de Transportes;

g) deixar de atender a convocação expedida pela Secretaria Municipal de Transportes;

h) aguardar ordem de serviço com a motocicleta estacionada na via pública em local não permitido;

i) transportar passageiro;

II - infrações do Grupo B:

a) transitar com a motocicleta em más condições de funcionamento e conservação;

b) utilizar, no serviço, motocicleta com equipamentos que não sejam aprovados pela Secretaria Municipal de Transportes;

c) conduzir a motocicleta com a inscrição no Cadastro Municipal de Condutores - CONDUMOTO ou com a Licença para Operação do Serviço vencidas;

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d) utilizar a motocicleta para fins não autorizados;

e) recusar-se a exibir à fiscalização os documentos que forem exigidos ou evadir-se quando por ela abordado;

f) transitar sem a Inscrição no Cadastro Municipal de Condutores - CONDUMOTO;

g) transitar sem Licença para Operação do Serviço;

h) transitar com intimação expedida pela Secretaria Municipal de Transportes com prazo vencido;

III - infrações do Grupo C:

a) permitir que condutor não registrado como preposto dirija a motocicleta;

b) abandonar a motocicleta na via pública para impossibilitar a ação da fiscalização;

c) transitar com a motocicleta em más condições de segurança;

d) danificar propositadamente veículo de terceiros;

e) ostentar qualquer tipo de propaganda não autorizada pela Prefeitura;

f) alterar ou danificar sinalização de trânsito ou bens públicos;

g) alterar, danificar ou rasurar documento ou informação entregue à Prefeitura;

IV - infrações de Grupo D:

a) adulterar placas de identificação da motocicleta;

b) utilizar placas não pertencentes à motocicleta;

c) utilizar motocicleta movida por combustível não autorizado em legislação específica;

d) efetuar transporte remunerado sem que a motocicleta esteja devidamente autorizada para esse fim;

e) dirigir em estado de embriaguez alcoólica ou sob o efeito de substância tóxica de qualquer natureza;

f) dar fuga a pessoa perseguida pela polícia sob acusação de prática de crime;

g) transportar produtos inflamáveis, explosivos ou qualquer outra carga que possa causar risco ao condutor ou a terceiros.

Art. 23. As penalidades de natureza pecuniária e as demais previstas nesta lei são aplicáveis aos serviços de motofrete por força dos dispositivos da Lei nº 7.329, de 1969, e suas alterações, sem prejuízo das demais normas aplicáveis.

Art. 24. A penalidade de suspensão do Termo de Credenciamento, da Licença para Operação do Serviço ou da Inscrição no Cadastro Municipal de Condutores - CONDUMOTO acarretará a retenção do respectivo documento durante o prazo de sua duração.

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Art. 25. A aplicação das penalidades será procedida pela fiscalização, exercida por servidores devidamente credenciados pelo Diretor do Departamento de Transportes Públicos, da Secretaria Municipal de Transportes, cabendo ao Secretário Municipal de Transportes ou à comissão especialmente designada para esse fim decidir em grau de recurso.

§ 1º Os recursos deverão ser oferecidos no prazo de 30 (trinta) dias, contados da data de notificação feita diretamente ao infrator, ou por meio de publicação no Diário Oficial do Município de São Paulo.

§ 2º A Secretaria Municipal de Transportes poderá criar mais de uma comissão para decidir em grau de recurso, composta, cada uma, por 3 (três) membros na seguinte conformidade:

I - um presidente, indicado pelo Secretário Municipal de Transportes;

II - um representante do Departamento de Transportes Públicos, da Secretaria Municipal de Transportes;

III - um representante dos condutores, indicado por entidade de classe reconhecida.

Art 26. Além das penalidades previstas na legislação específica vigente e nesta lei, fica instituído o Prontuário de Avaliação de Desempenho do Condutor, no qual serão anotadas e receberão a pontuação correspondente às infrações cometidas pelos operadores ou condutores de motofrete.

§ 1º A pontuação será atribuída a toda infração de acordo com os grupos em que estão classificadas.

§ 2º A pontuação será cumulativa e os pontos atribuídos a cada infração cometida prescreverão nos seguintes prazos:

I - infração do Grupo A e do Grupo B: 1 (um) ano;

II - infração do Grupo C: 2 (dois) anos;

III - infração do Grupo D: 3 (três) anos.

§ 3º O condutor, ao atingir os limites de 50 (cinqüenta) e de 100 (cem) pontos, será submetido à Comissão de Avaliação de Desempenho do Condutor, composta por 3 (três) membros, na seguinte conformidade:

I - um presidente, indicado pelo Secretário Municipal de Transportes;

II - um representante do Departamento de Transportes Públicos, da Secretaria Municipal de Transportes;

III - um representante dos condutores, indicado por entidade de classe reconhecida.

§ 4º Atingido o limite de 50 (cinqüenta) pontos, a Comissão analisará o histórico das infrações do condutor e proporá ao Secretário Municipal de Transportes, ou autoridade por ele designada, a pena de advertência ou suspensão de 5 (cinco) dias.

§ 5º Atingido o limite de 100 (cem) pontos, o documento de autorização da atividade ou de cadastramento do veículo respectivo será suspenso preventivamente, por 15 (quinze) dias, e a Comissão, analisando o histórico das infrações, proporá ao Secretário Municipal de Transportes, ou autoridade por ele designada:

I - a pena de suspensão por 30 (trinta) dias, prazo do qual deverá ser descontado o período de suspensão preventiva; ou

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II - a cassação da Licença de Operação de Serviço, da inscrição no Cadastro Municipal de Condutores - CONDUMOTO ou do Termo de Credenciamento, conforme o caso.

Art. 27. A prática das infrações arroladas no art. 22 acarretará a imposição das penalidades previstas no art. 21, ambos desta lei, na forma a seguir especificada:

I - Grupo A: multa no valor de R$ 19,15 (dezenove reais e quinze centavos); na reincidência, multa em dobro e anotação de 5 (cinco) pontos no prontuário do condutor;

II - Grupo B: multa no valor de R$ 38,29 (trinta e oito reais e vinte nove centavos) e anotação de 5 (cinco) pontos no prontuário do condutor; na reincidência, multa em dobro, suspensão de 5 (dias) e anotação de 10 (dez) pontos no prontuário do condutor;

III - Grupo C: multa no valor de R$ 76,58 (setenta e seis reais e cinqüenta e oito centavos) e anotação de 10 (dez) pontos no prontuário do condutor; na reincidência, multa em dobro, suspensão de 20 (vinte) dias e anotação de 20 (vinte) pontos no prontuário do condutor;

IV - Grupo D: multa no valor de R$ 153,16 (cento e cinqüenta e três reais e dezesseis centavos) e anotação de 20 (vinte) pontos no prontuário do condutor; na reincidência, multa em dobro, suspensão de 40 (quarenta) dias e anotação de 40 (quarenta) pontos no prontuário do condutor.

Art. 28. As infrações aos dispositivos desta lei não enquadradas expressamente nos Grupos estabelecidos no art. 22 serão classificadas no Grupo A, sem prejuízo das demais penas previstas no art. 41 da Lei nº 7.329, de 1969, alterada pela Lei nº 10.308, de 1987.

Art. 29. A Prefeitura poderá cassar a inscrição no Cadastro Municipal de Condutores - CONDUMOTO, a Licença para Operação do Serviço e o Termo de Credenciamento, sem indenização ao permissionário, em especial quando:

I - executar o serviço de motofrete durante o prazo de duração da pena de suspensão;

II - utilizar o veículo para prática de crime ou contravenção;

III - for comprovado que o condutor dirigia em estado de embriaguez alcoólica ou sob o efeito de substância tóxica após 2 (duas) suspensões pelo mesmo motivo.

Parágrafo único. A cassação prevista neste artigo será tratada em processo administrativo especialmente autuado para este fim, assegurado o amplo direito de defesa ao infrator, que deverá ser notificado pessoalmente ou por publicação no Diário Oficial do Município.

Art. 30. Independentemente da imposição das penalidades previstas nesta lei, a Prefeitura poderá reter, remover e apreender motocicletas, com vistas ao cumprimento das disposições contidas na Lei nº 7.329, de 11 de julho de 1969, e demais atos expedidos para sua regulamentação.

§ 1º O preço da operação de remoção de veículos prevista neste artigo será o constante da Tabela integrante do Decreto nº 46.878, de 29 de dezembro de 2005.

§ 2º Os proprietários dos veículos removidos, enquanto estes permanecerem nos pátios de recolhimento da Secretaria Municipal de Transportes, ficarão sujeitos também ao pagamento de estadia a cada 12 (doze) horas, no valor constante da Tabela integrante do Decreto nº 46.878, de 29 de dezembro de 2005.

§ 3º Decorridos 90 (noventa) dias da apreensão, as motocicletas não liberadas poderão ser leiloadas em conformidade com o estabelecido na legislação vigente aplicada à espécie.

Art. 31. A remoção da motocicleta dar-se-á quando de seu abandono na via pública para impossibilitar a ação da fiscalização.

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Art. 32. A retenção do veículo dar-se-á quando:

I - o condutor deixar de portar ou exibir à autoridade competente ou a seus agentes os documentos exigidos pela lei que disciplina o serviço e demais atos expedidos para sua regulamentação;

II - a motocicleta transitar:

a) produzindo fumaça inadequada;

b) com defeito ou inexistência de qualquer dos equipamentos obrigatórios;

c) com deficiência de freios;

d) usando combustível não autorizado.

Art. 33. A apreensão da motocicleta dar-se-á quando:

I - ordenada judicialmente;

II - o condutor:

a) for encontrado em estado de embriaguez ou sob efeito de substância tóxica de qualquer natureza;

b) não estiver devidamente autorizado a operar o serviço de motofrete;

III - a motocicleta:

a) transitar sem nova vistoria, depois de reparo em conseqüência de acidente grave ou má conservação;

b) transitar em mau estado de conservação e segurança;

c) tiver característica alterada sem a competente autorização;

d) tiver a placa de identificação falsificada.

Art 34. A responsabilidade pelo pagamento das multas impostas ou pelos preços da remoção e estadia das motocicletas apreendidas caberá às pessoas jurídicas credenciadas ou aos condutores cadastrados, conforme o caso.

Art. 35. Aos condutores de motofrete não cadastrados na Secretaria Municipal de Transportes é vedada a captação de serviço no Município de São Paulo, sendo permitida apenas a entrega de malotes ou pequenas cargas originárias de outros municípios.

Art. 36. A Secretaria Municipal de Transportes exercerá a fiscalização e procederá a vistorias ou diligências com vistas ao cumprimento das disposições desta lei.

Art. 37. A fim de cuidar de assuntos relacionados com o serviço definido nesta lei, a pessoa jurídica deverá indicar representante devidamente credenciado na Secretaria Municipal de Transportes.

Art. 38. Poderão ser firmados convênios com órgãos de trânsito da União, Estado e Municípios visando o aprimoramento da fiscalização do serviço de que trata esta lei.

Art. 39. Qualquer documento cuja expedição seja requerida para os fins tratados nesta lei será arquivado ou cancelado sempre que o interessado não o retirar em 30 (trinta) dias, contados da data do deferimento.

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Parágrafo único. Decorridos 30 (trinta) dias da data do cancelamento ou arquivamento, o documento caducará automaticamente, devendo o interessado iniciar novo procedimento para a retirada de nova documentação.

Art. 40. A pessoa jurídica ou o condutor autônomo que tiverem cassados, respectivamente, o Termo de Credenciamento, a Licença de Operação do Serviço ou a inscrição no Cadastro Municipal de Condutores - CONDUMOTO somente poderão pleitear novas autorizações decorridos 3 (três) anos da aplicação da penalidade.

DA PUBLICIDADE

Art. 41. (VETADO)

Art. 42. (VETADO)

Art. 43. (VETADO)

Parágrafo único. (VETADO)

DOS PREÇOS PÚBLICOS

Art. 44. As pessoas jurídicas e condutores autônomos ficam sujeitos ao pagamento dos seguintes preços públicos, que serão atualizados ao final de cada exercício, por decreto específico, a partir da Tabela integrante do Decreto nº 46.878, de 29 de dezembro de 2005, contemplando:

I - expedição e renovação de Termo de Credenciamento da Pessoa Jurídica;

II - expedição e renovação da inscrição no Cadastro Municipal de Condutores - CONDUMOTO;

III - expedição e renovação de Licença de Operação de Serviço;

IV - registro e baixa de preposto;

V - substituição de motocicleta registrada na Licença de Operação do Serviço;

VI - vistoria da motocicleta, a ser pago a cada ano, o valor que será cobrado na Secretaria Municipal de Transportes ou nos Organismos de Inspeção Credenciados - OIC´s;

VII - (VETADO)

Parágrafo único. Aos preços públicos mencionados nos incisos do "caput" serão acrescidos aqueles fixados para autuação de processo administrativo e aqueles estabelecidos para as despesas bancárias.

Art. 45. Os valores das multas previstas nesta lei serão atualizados conforme índices de correção adotados pela Prefeitura.

Art. 46. As pessoas jurídicas, condutores e veículos já credenciados na Secretaria Municipal de Transportes para prestação do serviço, nos termos do Decreto nº 44.220, de 8 de dezembro de 2003, e 46.198, de 11 de agosto de 2005, terão seus documentos reconhecidos até o vencimento de seu prazo de validade, quando então deverão proceder à renovação conforme determina esta lei.

Art. 47 As despesas com a execução desta lei correrão por conta das dotações orçamentárias próprias, suplementadas se necessário.

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Art. 48. Esta lei será regulamentada pelo Poder Executivo, no que couber, no prazo máximo de 60 (sessenta) dias, contados de sua publicação.

Art. 49. Esta lei entra em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário.

PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO, aos 27 de julho de 2007, 454º da fundação de São Paulo.

GILBERTO KASSAB, PREFEITO

Publicada na Secretaria do Governo Municipal, em 27 de julho de 2007.

CLOVIS DE BARROS CARVALHO, Secretário do Governo Municipal

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ANEXO B – Decreto nº. 48.919, de 9 de novembro de 2007

Regulamenta a Lei nº 14.491, de 27 de julho de 2007, que dispõe sobre a atividade de transporte de pequenas cargas denominado motofrete; revoga os Decretos nº 46.198, de 11 de agosto de 2005, e nº 46.891, de 6 de janeiro de 2006.

GILBERTO KASSAB, Prefeito do Município de São Paulo, no uso das atribuições que lhe são conferidas por lei,

D E C R E T A:

Art. 1º. A Lei nº 14.491, de 27 de julho de 2007, que dispõe sobre o serviço de entrega e coleta de pequenas cargas por meio de motocicletas no Município de São Paulo, denominado motofrete, fica regulamentada nos termos deste decreto.

Art. 2º. O serviço de que trata este decreto será prestado conforme definido no artigo 2º da Lei nº 14.491, de 2007.

Art. 3º. À pessoa jurídica que pretender explorar o serviço de motofrete será outorgado Termo de Credenciamento, desde que cumprido o disposto no artigo 4º da Lei nº 14.491, de 2007.

Art. 4º. Às pessoas jurídicas cuja atividade comercial principal não seja exploração do serviço de motofrete será concedido Termo de Credenciamento Simplificado, mediante o cumprimento dos requisitos constantes dos incisos I a VII do artigo 4º da Lei nº 14.491, de 2007.

Art. 5º. Além das exigências constantes do artigo 12 da Lei nº 14.491, de 2007, a motocicleta utilizada no serviço de motofrete deverá operar em bom estado de funcionamento, segurança, higiene e conservação.

Art. 6º. A renovação da licença para operação da motocicleta deverá ser solicitada anualmente, em época determinada pela Secretaria Municipal de Transportes - SMT, e somente será concedida mediante:

I - aprovação da motocicleta em vistoria;

II - constatação da situação regular da pessoa jurídica e do condutor credenciados;

III - pagamento dos preços públicos pertinentes;

IV - instrução do pedido com os documentos exigidos em portaria expedida por SMT.

Art. 7º. Caso a motocicleta não esteja em condição de ser vistoriada na época definida por SMT, por se encontrar em conserto ou reforma, o interessado poderá requerer a prorrogação do prazo para a renovação da licença para operação por, no máximo, 30 (trinta) dias, anexando declaração própria, devidamente assinada, especificando os motivos pelos quais a motocicleta não pode ser vistoriada e o endereço de sua localização.

Parágrafo único. A Prefeitura procederá a diligências visando confirmar a veracidade da declaração a que se refere o "caput" deste artigo e, caso constatada sua inexatidão ou não sendo a motocicleta encontrada no local indicado, o pedido de prorrogação de prazo para a renovação da licença será indeferido.

Art. 8º. As licenças não-renovadas na época definida por SMT retornarão automaticamente à Prefeitura, sem qualquer caráter indenizatório.

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Art. 9º. Os pontos de estacionamento exclusivos para os operadores do serviço de motofrete devidamente credenciados em SMT serão fixados pela Prefeitura, que levará em consideração o interesse público, com especificação da categoria, localização e número de ordem, bem como dos tipos e da quantidade máxima de motocicletas que neles poderão estacionar.

§ 1º. Os pontos de estacionamento serão fixados por ato do Secretário de SMT, ou de autoridade por ele designada, e ser localizados de modo a atender às conveniências do trânsito, à estética da cidade e às necessidades do público.

§ 2º. A Secretaria Municipal de Transportes expedirá portaria contendo as normas de operação aplicáveis à utilização dos pontos de estacionamento.

Art. 10. O ponto de estacionamento poderá, a qualquer tempo e a juízo da Prefeitura, ser extinto ou transferido, ter sua extensão reduzida ou ampliada, ter o limite de motocicletas autorizadas a estacionar reduzido ou ampliado, bem como ter as demais características modificadas.

Art. 11. A Secretaria Municipal de Transportes exercerá a fiscalização conforme o disposto na Lei nº 14.491, de 2007, e procederá a vistorias ou diligências com vistas ao seu cumprimento e às disposições previstas neste decreto.

Art. 12. Este decreto entrará em vigor na data de sua publicação, revogados os Decretos nº 46.198, de 11 de agosto de 2005, e nº 46.891, de 6 de janeiro de 2006.

PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO, aos 9 de novembro de 2007, 454º da fundação de São Paulo.

GILBERTO KASSAB, PREFEITO

ALEXANDRE DE MORAES, Secretário Municipal de Transportes

Publicado na Secretaria do Governo Municipal, em 9 de novembro de 2007.

CLOVIS DE BARROS CARVALHO, Secretário do Governo Municipal

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ANEXO C – Lei nº. 12.009, de 29 de julho de 2009

Presidência da RepúblicaCasa Civil

Subchefia para Assuntos Jurídicos

LEI Nº 12.009, DE 29 DE JULHO DE 2009.

Mensagem de veto

Regulamenta o exercício das atividades dos profissionais em transporte de passageiros, “mototaxista”, em entrega de mercadorias e em serviço comunitário de rua, e “motoboy”, com o uso de motocicleta, altera a Lei no 9.503, de 23 de setembro de 1997, para dispor sobre regras de segurança dos serviços de transporte remunerado de mercadorias em motocicletas e motonetas – moto-frete –, estabelece regras gerais para a regulação deste serviço e dá outras providências.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

Art. 1o Esta Lei regulamenta o exercício das atividades dos profissionais em transportes de passageiros, “mototaxista”, em entrega de mercadorias e em serviço comunitário de rua, e “motoboy”, com o uso de motocicleta, dispõe sobre regras de segurança dos serviços de transporte remunerado de mercadorias em motocicletas e motonetas – moto-frete –, estabelece regras gerais para a regulação deste serviço e dá outras providências.

Art. 2o Para o exercício das atividades previstas no art. 1o, é necessário:

I – ter completado 21 (vinte e um) anos;

II – possuir habilitação, por pelo menos 2 (dois) anos, na categoria;

III – ser aprovado em curso especializado, nos termos da regulamentação do Contran;

IV – estar vestido com colete de segurança dotado de dispositivos retrorrefletivos, nos termos da regulamentação do Contran.

Parágrafo único. Do profissional de serviço comunitário de rua serão exigidos ainda os seguintes documentos:

I – carteira de identidade;

II – título de eleitor;

III – cédula de identificação do contribuinte – CIC;

IV – atestado de residência;

V – certidões negativas das varas criminais;

63

VI – identificação da motocicleta utilizada em serviço.

Art. 3o São atividades específicas dos profissionais de que trata o art. 1o:

I – transporte de mercadorias de volume compatível com a capacidade do veículo;

II – transporte de passageiros.

Parágrafo único. (VETADO)

Art. 4o A Lei no 9.503, de 23 de setembro de 1997, passa a vigorar acrescida do seguinte Capítulo XIII-A:

“CAPÍTULO XIII-A

DA CONDUÇÃO DE MOTO-FRETE

Art. 139-A. As motocicletas e motonetas destinadas ao transporte remunerado de mercadorias –moto-frete – somente poderão circular nas vias com autorização emitida pelo órgão ou entidade executivo de trânsito dos Estados e do Distrito Federal, exigindo-se, para tanto:

I – registro como veículo da categoria de aluguel;

II – instalação de protetor de motor mata-cachorro, fixado no chassi do veículo, destinado a proteger o motor e a perna do condutor em caso de tombamento, nos termos de regulamentação do Conselho Nacional de Trânsito – Contran;

III – instalação de aparador de linha antena corta-pipas, nos termos de regulamentação do Contran;

IV – inspeção semestral para verificação dos equipamentos obrigatórios e de segurança.

§ 1o A instalação ou incorporação de dispositivos para transporte de cargas deve estar de acordo com a regulamentação do Contran.

§ 2o É proibido o transporte de combustíveis, produtos inflamáveis ou tóxicos e de galões nos

veículos de que trata este artigo, com exceção do gás de cozinha e de galões contendo água mineral,

desde que com o auxílio de side-car, nos termos de regulamentação do Contran.

Art. 139-B. O disposto neste Capítulo não exclui a competência municipal ou estadual de aplicar as exigências previstas em seus regulamentos para as atividades de moto-frete no âmbito de suas circunscrições.”

Art. 5o O art. 244 da Lei no 9.503, de 23 de setembro de 1997, passa a vigorar com a seguinte redação:

“Art. 244. .................................................................................

................................................................................................

VIII – transportando carga incompatível com suas especificações ou em desacordo com o previsto no § 2o do art. 139-A desta Lei;

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IX – efetuando transporte remunerado de mercadorias em desacordo com o previsto no art. 139-A desta Lei ou com as normas que regem a atividade profissional dos mototaxistas:

Infração – grave;

Penalidade – multa;

Medida administrativa – apreensão do veículo para regularização.

§ 1o ................................................................................

....................................................................................” (NR)

Art. 6o A pessoa natural ou jurídica que empregar ou firmar contrato de prestação continuada de serviço com condutor de moto-frete é responsável solidária por danos cíveis advindos do descumprimento das normas relativas ao exercício da atividade, previstas no art. 139-A da Lei no 9.503, de 23 de setembro de 1997, e ao exercício da profissão, previstas no art. 2o desta Lei.

Art. 7o Constitui infração a esta Lei:

I – empregar ou manter contrato de prestação continuada de serviço com condutor de moto-frete inabilitado legalmente;

II – fornecer ou admitir o uso de motocicleta ou motoneta para o transporte remunerado de mercadorias, que esteja em desconformidade com as exigências legais.

Parágrafo único. Responde pelas infrações previstas neste artigo o empregador ou aquele que contrata serviço continuado de moto-frete, sujeitando-se à sanção relativa à segurança do trabalho prevista no art. 201 da Consolidação das Leis do Trabalho – CLT, aprovada pelo Decreto-Lei no 5.452, de 1o de maio de 1943.

Art. 8o Os condutores que atuam na prestação do serviço de moto-frete, assim como os veículos empregados nessa atividade, deverão estar adequados às exigências previstas nesta Lei no prazo de até 365 (trezentos e sessenta e cinco) dias, contado da regulamentação pelo Contran dos dispositivos previstos no art. 139-A da Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997, e no art. 2o desta Lei.

Art. 9o Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Brasília, 29 de julho de 2009; 188o da Independência e 121o da República.

LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA Tarso GenroMarcio Fortes de Almeida

Este texto não substitui o publicado no DOU de 30.7.2009