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Ano 01 | Nr. 0 | 01 de Abril de 2012 Director: Júlio Martins-Mourão Tudo sobre o enquadramento legal do crédito à habitação Haverá crédito fácil? Encontre-nos na página 11 A melhor Solução Para si... É tempo de olhar para a economia… Afirma o presidente da Associação dos Industriais da Construção Civil e Obras Públicas

Apusbanc News Nrº 0 - Abril 2012

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Revista da Apusbanc Consumo

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Page 1: Apusbanc News Nrº 0 - Abril 2012

Ano 01 | Nr. 0 | 01 de Abril de 2012

Director: Júlio Martins-Mourão

Tudo sobre o enquadramento legal do crédito à habitação

Haverá crédito fácil?

Encontre-nos na página 11

A melhor Solução Para si...

É tempo de olhar para a economia…

A'rma o presidente da Associação dos Industriais da Construção Civil e Obras Públicas

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P reocupante, será a palavra mais adequada à actual situação das famí-

lias portuguesas.

Muito preocupante, diria mesmo!

O desemprego, as grandes di�culdades em conseguir fazer face às responsa-

bilidades assumidas, num contexto anterior e favorável, o perigo de perder a

própria casa, são tudo factores que provocam uma séria destabilização da

sociedade portuguesa.

Essa destabilização poderá atingir contornos sociais muito graves, nomeada-

mente através de um divórcio efectivo entre a sociedade civil e as instituições

de direito.

As consequências, algumas já se começam a veri�car, uma juventude a ser

obrigada a emigrar, a

subida em *echa do

desemprego, as empre-

sas a fecharem, uma

desorientação social.

No entanto a questão é

muito clara, e no que se

refere em especí�co à

questão do endivida-

mento das famílias por-

tuguesas, as regras estão absolutamente desactualizadas,

nomeadamente no que se refere à relação do cidadão com as instituições de

crédito.

As regras estavam baseadas em determinadas condições, condições essas que

eram mais que su�cientes para fazer face aos encargos então contratados e

responsabilidades assumidas.

Hoje, as condições são outras, tudo mudou, e a realidade é só uma, as famílias

portuguesas neste momento, em grande parte não conseguem fazer face às

responsabilidades anteriormente assumidas.

Via judicial é hoje um marco, com as consequências inerentes e negativas

para todos.

A solução, só, e apenas pode passar por uma via, o reenquadramento, a revi-

são das condições inicialmente acordadas, a renegociação, a adaptação à rea-

lidade de 2012, mas sobretudo um raciocínio de grande esforço de todas as

partes, visando encontrar soluções.

As soluções certamente existirão, o esforço terá que ser conjunto, no caso do

endividamento, as instituições �nanceiras e os clientes terão que estar envol-

vidos, mas a base só poderá ser: Diálogo, e esforço para que a solução apare-

ça, sempre com consideração para a defesa dos interesses de ambas as partes,

a do devedor e a da Instituição �nanceira.

Vamos todos trabalhar nesse sentido, e acreditar!

Vamos todos trabalhar e acreditar!

Hoje, as condições são

outras, tudo mudou, e a realidade

é só uma, as famílias portuguesas

neste momento, em grande parte

não conseguem fazer face às

responsabilidades anteriormente

assumidas.

Sumário

Página 12

É tempo de olhar para a economia

Página 3

Página 4

O Crédito Fácil

Páginas 5 e 6

Página 7

Enquadramento legal do

Crédito à Habitação

Páginas 8 e 9

Página 10

Enquadramento regulamentar do crédito

à habitação

Página 11

Júlio Martins-Mourão [email protected]

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A inda recentemente tive a oportunidade de ouvir representantes da Comissão Euro-peia que, na apresentação do Relatório da terceira avaliação ao cumprimento do

Memorando de Entendimento, reiteraram as suas preocupações em face da manifesta incapacidade de crescimento que tem sido evidenciada pela eco-nomia nacional. Aliás, já no �nal do passado mês de janeiro, um estudo do Fundo Monetário Internacio-nal, claramente demonstrava que, mais do que re-duzir o dé�ce público, o que mais preocupava os mercados era a evolução da situação económica. É tempo de, também em Portugal, esta preocupação centrar a atenção dos nossos governantes. Se o con-trolo das contas públicas é essencial, há que ter consciência que tal não pode ser conseguido sacri�-cando a economia e a capacidade de criação de ri-queza e de emprego. E não se pense que estes obje-tivos podem ser alcançados sem uma aposta no in-vestimento produtivo e sem a criação de condições para que a reabilitação urbana possa ser uma efetiva alternativa para um setor, que vale quase um quinto do PIB, que, anualmente, faz movimentar perto de 61 mil milhões de euros, ou seja, o equivalente a um terço do Produto Interno Bruto e que representa 16,8% do emprego nacional, isto é, 760 mil trabalha-dores. As empresas não podem estar a ser continuamente surpreendidas com decisões avulsas que as mantêm num estado de quase paralisação, pelo que é tempo de discutir soluções para sair da situação em que o País se encontra, na certeza de que não é com o en-cerramento de mais empresas e com mais desem-prego que vamos resolver os problemas que se nos colocam. Desta forma, o cumprimento do acordo de ajuda externa não pode impedir a adoção de medi-das capazes de inverter o atual ciclo e, designada-mente, de permitir ao setor desempenhar o seu pa-pel como motor da economia, à semelhança do que sucede na maioria dos países desenvolvidos. Veja-se o exemplo espanhol. Não obstante este País também se encontrar perante um processo de con-solidação das contas públicas que acarreta fortes restrições orçamentais, o Governo, reconhecendo o papel do investimento público como prioritário, anunciou um plano de investimentos a doze anos, no valor de 225 mil milhões de euros. É imprescindí-vel que Portugal siga o mesmo caminho, pois desen-gane-se quem pensa que o nosso principal proble-ma foi o excesso de investimento em construção, que na última década se situou em níveis bastante abaixo do veri�cado nas principais economias. É que, não obstante o peso do investimento público se tenha mantido em regressão nos últimos dez

anos, tal não impediu que a dívida pública e as des-pesas totais do Estado tenham registado uma forte subida. É certo que os recursos são escassos, mas há muito que pode ser feito. Sobretudo há que promover a reabilitação urbana, sendo incomportável que o País demore mais um ano a decidir o que já estava deci-dido e consensualizado e há que aproveitar com e�cácia os cerca de 13 mil milhões de euros disponi-bilizados pelo QREN, que se encontram por execu-tar. São um instrumento fundamental para inverter o atual ciclo económico, pelo que a transferência, para outras áreas, das verbas destinadas a projetos de investimento, na valorização do território, não pode ser opção. Pensar-se que podemos ter emprego, sem empresas e, em especial, sem o dinamismo da construção e do imobiliário, é irrealista.

É tempo de olhar para a economia

Engº Reis Campos Presidente da AICCOPN

AICCOPN Associação dos Industriais da Construção Civil e Obras Públicas

É uma associação de classe, de âmbito nacional, com sede no Porto, representando cerca de 8.000 empresas do sector. Desde 1892, data da sua fundação, a AICCOPN tem assumido, de forma permanente, como prin-cipal objectivo a promoção e desenvolvimento do sector e a defesa dos interesses dos seus associa-dos, sem nunca ceder em face das contrariedades decorrentes das conjunturas políticas que histori-camente enfrentou. De facto, num sector de actividade maioritaria-mente constituído por micro, pequenas e médias empresas, só a concertação de esforços, apoiada em estruturas de representação sectorial, pode reunir a força necessária para fazer valer e�caz-mente os seus interesses junto do poder político. Além da sua sede, a AICCOPN dispõe hoje de oito delegações regionais. Com esta estrutura a AIC-COPN oferece às empresas suas associadas um leque de serviços especializados nas áreas: jurídi-ca e laboral, económica, engenharia, segurança e medicina do trabalho e apoio na área da internaci-onalização de empresas. Sabemos que nas condições de crescente compe-titividade do mercado, só a melhoria contínua dos serviços que prestamos pode assegurar a defesa quali�cada do sector e responder às necessidades dos nossos associados. In: Site da AICCOPN

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O facilitis-mo, alia-do à situ-

ação de desespe-ro do endividado, leva por vezes ao recurso do cha-mado crédito fácil, sendo que na maioria dos casos termina na chamada burla e mais endivida-mento. Ou seja, o endivi-dado, que já está em di�culdades, recorre normal-mente a um tipo de publicidade enganosa, que por sua fez, tiran-do partido puro do desespero das famílias e de al-guma desorienta-ção, aproveitam-se da situação frágil em que as pessoas se en-contram. O resultado é sempre o mesmo, se as pessoas já se encontravam numa situação débil do ponto de vista �nanceiro, ainda vão �car pior, mas sobretudo ainda mais endi-vidadas, uma vez que recorreram a terceiros, normal-mente familiares para poderem pagar a este tipo de empresas de falsas promessas. Mas a questão que se coloca, é a seguinte, o porquê

do endividado recorrer a estas empresas?

A partir do momento, em que o nome de qualquer cidadão entra na central de risco do Banco de Portu-gal, automaticamente, o referido �ca absolutamente inibido de recorrer ao crédito, através das Institui-ções autorizadas e habilitadas para o efeito, ou seja os Bancos e Financeiras. Sendo que a margem de manobra �ca automatica-mente limitada, teoricamente resta ao endividado recorrer, ao que aparentemente parece fácil, porque é essa a imagem vendida. Tudo parece fácil, envia-se os documentos solicita-dos, e após por vezes algumas horas, são aprovados empréstimos fantasmas, que chegam a atingir milha-res de euros. Praticamente e a troco de aprovações inexistentes, o endividado procede ao pagamento de determinadas verbas, que por vezes atingem números absoluta-mente assustadores.

E de onde aparece esse

dinheiro para pagar

essas despesas?

Acreditando na falsa promessa, o já endivi-dado, normalmente recorre a familiares ou amigos, exibindo tam-bém ele a promessa que será apenas por dias. O resultado é sempre o mesmo, começam os adiamentos, começam os problemas, por ve-zes ainda é solicitado mais dinheiro, e o pro-cesso vai-se arrastando.

E o �nal?

O �nal é sempre o mes-mo, chegará o dia em que todos desapare-cem. Nesse momento, o en-dividado, chega �nal-mente à conclusão, - muitos deles depois de ser avisados -, de que foi burlado, que a sua situação se agravou, e

que como consequência, também agravou a situa-ção do familiar ou amigo. A so�sticação dos esquemas vai sofrendo evoluções, cada vez, teoricamente mais “ credíveis “, mas o �nal é sempre o mesmo, não existe nada, era tudo mentira ou falso. Na actualidade, e nomeadamente através de anún-cios com números de telefone internacionais, são efectuadas promessas de �nanciamentos, tudo sobre uma base do facilitismo. Taxa de juro zero porcento, sem qualquer garantia

real, tudo fácil.

Inicialmente não se pede qualquer montante, o que de imediato, leva o endividado a entrar no seguinte raciocínio: Se não me pedem dinheiro adiantado, então são sérios!

Após a suposta aprovação, através de documentos fabricados em qualquer computador caseiro, é co-municado ao cliente a boa noticia, de que o seu cré-dito foi aprovado. Mas para proceder à transferência para a conta do cliente, no entanto terá apenas de se cumprir mais um pequeno requisito, ou seja como não existe qual-quer garantia, o cliente deverá efectuar um seguro de garantia, através de uma companhia que lhe é indicada.

O crédito fácil?

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Normalmente essas apólices são de montantes ele-vados, mas em termos de raciocínio do cliente, o mesmo é simples, ou seja se me aprovaram por exem-

plo um �nanciamento de € 100.000,00, é “ razoável “

que me solicitem um seguro, em que a apólice pode

custar, por exemplo cerca de € 2.000,00.

Vamos então recorrer ao familiar, ao amigo, vamos exibir um contrato todo bonito que me enviaram, e tudo parece claro. Após o pagamento da apólice de seguro em 24 horas terá o dinheiro na sua conta. Normalmente este paga-mento de apólice, é efec-tuado para uma conta desconhecida, e o proces-so termina. Ou seja, o endividado, endi-

vidou-se em mais €

2.000,00, e o burlão ganhou

mais € 2.000,00.

Empréstimo? Esse, nunca existiu.

Queixa não queixa, tudo está claro, o endividado foi

enganado, e a sua situação ainda se agravou mais.

Este é apenas um exemplo, as formas são muitas, assinaturas de letras, assinaturas de contratos sem qualquer validade, apólices de seguros com compa-nhias fantasmas, promessas de viagens para levanta-

rem dinheiro etc., etc. A realidade é só uma,

apenas as instituições de

crédito, estão habilita-

das a procederem a em-

préstimos de forma le-

gal.

Ao endividado, apenas resta, pedir ajuda e in-formação de direito, a quem sabe, ou seja junto de organismos competentes, empresas competentes e devida-mente credenciadas e autorizadas para o efei-to.

O facilitismo, aliado à situação de desespero do endividado, leva por vezes ao recurso do chamado crédito fácil, sendo que na maioria dos casos termina na chamada burla e mais endividamento.

Propriedade: Propriedade: Propriedade: Propriedade: APUSBANCONSUMOAPUSBANCONSUMOAPUSBANCONSUMOAPUSBANCONSUMO - Associação Portuguesa de Usuários de Serviços Bancários. Edição: Edição: Edição: Edição: APUSBANCONSUMOAPUSBANCONSUMOAPUSBANCONSUMOAPUSBANCONSUMO - Associação Portuguesa de Usuários de Serviços Bancários. Redacção: Redacção: Redacção: Redacção: Av. Nossa Senhora do Rosário, nº 603, 2º J, | 2750-179 Cascais. Telefone: Telefone: Telefone: Telefone: 216 001 761 | Fax 216 001 761. Internet:: Internet:: Internet:: Internet:: http://www.apusbanc.com.pt. EEEE----mail: mail: mail: mail: [email protected] . Número de Identificação Fiscal: Número de Identificação Fiscal: Número de Identificação Fiscal: Número de Identificação Fiscal: 508 378 150. Registo na Entidade Reguladora da Comunicação Social Nº:Registo na Entidade Reguladora da Comunicação Social Nº:Registo na Entidade Reguladora da Comunicação Social Nº:Registo na Entidade Reguladora da Comunicação Social Nº: Diretor de Marketing: Diretor de Marketing: Diretor de Marketing: Diretor de Marketing: António Albano | Telefone: 910 900 035. Departamento Comercial: Departamento Comercial: Departamento Comercial: Departamento Comercial: Madalena Domingos | 917 698 303. Design e paginação: Design e paginação: Design e paginação: Design e paginação: Ideia Fixe | [email protected] | www.if-pt.com | Telefone e Fax : 216 022 318. Distribuição: Distribuição: Distribuição: Distribuição: Coisas.info, E-mail Marketing | Rua da Liberdade 13 - Presa | 1675 - 023 Pontinha | [email protected]. Colunistas: Colunistas: Colunistas: Colunistas: (nesta edição) Engº Reis Campos – Presidente da AICCOPN Interdita a reprodução de textos e imagens sem o devido consentimento. As crónicas e artigos de opinião ou de leitores são da inteira responsabilidades dos seus autores e podem não corresponder à orientação editorial da revista.

Revista bimensal Director: Director: Director: Director: Júlio António Dias Martins Mourão

A Associação Portuguesa de Utentes de Serviços Bancários, tem como objec�vo a defesa dos interesses legí�mos dos

usuários dos serviços prestados pelas en�dades de crédito e/ou agentes financeiros / intermediários financeiros.

A prestação de serviços, negociações e tramitação de reclamações, requer a condição de Associado da APUSBANC

CONSUMO.

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Enquadramento legal do crédito à habitação

P ara a maioria das famílias portuguesas, por vezes o desconhecimento dos ter-mos e condições dos contratos de crédito à habitação e respectivo enquadramento

legal, acabam por ser um obstáculo, muitas das vezes a possíveis soluções. Certamente existem termos que normalmente pode-rão não ser muito correntes, como por exemplo : 1. Informação relativa à taxa de juro e outros custos

das operações de crédito.

2. Regime jurídico de concessão de crédito à habitação

própria.

3. Informação sobre as regras aplicáveis ao cálculo da

taxa de juro e ao arredondamento à milésima dessa

taxa de juro. Considerando que a informação e o esclarecimento, são ferramentas essenciais, passamos a efectuar um resumo, sobre as regras básicas do enquadramento legal dos contratos de crédito à habitação: A - DL 220/94 | Estabelece o regime aplicável à taxa de juro e outros casos das operações de cré-dito Principais disposições: 1. Cálculo da Taxa Anual Efectiva ( TAE ) / Art. 4º e

Anexo 2. 2. Informação a incluir nos contratos de crédito – Art.

5º. • Indicação da taxa nominal e da TAE, calculada nos

termos do art. 4º. • Critério para a determinação da taxa de juro apli-

cável em caso de mora; • Condições aplicáveis em caso de reembolso ante-

cipado; • Indexante utilizável, no caso de contratos com

regime de taxa de juro variável. NOTA Os valores da taxa nominal, da TAE e do inde-

xante, deverão ser indicados em toda a correspondên-

cia enviada ao cliente, no âmbito da execução da ope-

ração de crédito.

B - DL 349/1998 | Estabelece o regime jurídico de concessão de crédito à habitação própria Principais disposições: 1. Capitulo II – Regime geral de crédito ( Art.5 a 7 ). • Condições de acesso. • Competência das instituições de crédito. • Livre negociação da taxa de juro entre as partes. 2. Capitulo V – Aquisição de terrenos ( Art. 18 a 21 ). 3. Capitulo VI – Regras complementares ( Art.22 a 24 e Art.28). C - DL 240/2006 | Estabelece as regras aplicáveis ao calculo da taxa de juro e ao arredondamento à milésima dessa taxa de juro Principais disposições: 1. Estabelece que o indexante da taxa de juro variá-vel deve ser calculado com base na média aritmética simples das cotações diárias do mês anterior ao perí-odo de contagem de juros (Art.3)

2. A periodicidade de revisão do indexante deve cor-responder ao prazo a que se reporte esse mesmo indexante ( C/Circular 1/2008). 3. De�ne o modo de arredondamento da taxa de juro ( sem adição de Spread ) à milésima ( Art.4). 4. Estabelece o dever da instituição de crédito infor-mar os clientes sobre o arredondamento, a taxa de juro aplicada e o respectivo indexante, através das simulações (Art.5). 5. Estabelece a obrigatoriedade de a publicidade

ao crédito à habitação dever fazer referência expressa à taxa de juro aplicada e respectivo indexante e ao arredondamento (Art.6).

D - DL 51/2007 | Regula as práticas comerciais das instituições de crédito na contratação de crédito à habitação (e de crédito conexo), no âmbito da celebração, da renegociação e da transferência de crédito Principais disposições: 1. Estabelece a obrigatoriedade de cálculo de TAE diferenciadas quando existam condições promocio-nais (Art.3). 2. Estabelece que o cálculo dos juros deve obedecer à convenção 30/360 e que, sendo o indexante a Euri-bor, esta deve corresponder à sua cotação com refe-rência a um ano de 360 dias (Art.4, na redacção dada pelo DL 88/2008, de 29 de Maio). 3. Consagra o direito de reembolso antecipado parci-al e total, bem como os prazos de pré-aviso aplicáveis (Art.5). 4. De�ne as comissões máximas aplicáveis ao reem-bolso antecipado, parcial ou total, no caso de contra-tos celebrados no regime de taxa variável (0,5%) e de taxa �xa (2%) (Art.6). 5. Em caso de transferência do crédito, as instituições estão obrigadas a facultar à nova instituição mutuan-te todos os elementos necessários no prazo de 10 dias úteis (Art.7).

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6. Proíbe a cobrança de quaisquer encargos adicio-nais em caso de reembolso antecipado ou de transfe-rência para outra instituição de crédito (Art.8) (Carta–Circular 41/2007, de 23/05, e Carta-Circular 93/2007, de 31/10). 7. Proíbe o tying na celebração e renegociação dos contratos de crédito (Art.9). 8. Estabelece o dever de as instituições informarem clara e expressamente os clientes sobre a TAE, o pra-zo para a contagem dos juros, bem como o modo e as condições do reembolso antecipado do contrato, incluindo nos sítios da internet (Art.10). 9. A publicidade ao crédito à habitação deve fazer referência expressa ao período de validade das con-dições promocionais, à TAE e ao valor da comissão de reembolso aplicável (Art.11). E - DL 171/2008 | Estabelece medidas de tutela do mutuário respeitantes à renegociação das condi-ções dos contratos de crédito à habitação (e de crédito conexo) e à respectiva mobilidade Principais disposições: 1. Estabelece a cobrança de comissões em caso de renegociação das condições do empréstimo (Art.3, nº 1) (Carta-Circular 61/2008, de 26/08, e Carta-Circular 47/2009, de 20/05). 2. Estabelece a proibição de fazer depender a rene-gociação do crédito da aquisição de outros produtos e serviços �nanceiros (Art.3, nº 2). 3. Estabelece o princípio da intangibilidade do

contrato de seguro (Art.4). F - DL 192/2009 | Estende o regime do DL 51/2007 e DL 171/2008 aos contratos de crédito conexo e reforça a transferência no âmbito das vendas as-sociadas facultativas.

Principais disposições: 1. Inclui os contratos de crédito conexo no âmbito de aplicação do DL 51/2007 e do DL 171/2008 (Art. 1 e 2). 2. Estabelece a obrigatoriedade de cálculo da TAER (Taxa Anual Efectiva Revista) sempre que existam vendas associadas (bundling). 3. Estabelece que o direito da instituição exigir ao cliente o cumprimentos das condições relativas ao bundling prescreve no prazo de um ano após a não veri�cação dessas condições (Art. 1, que introduz um novo nº 4 no Art.9 do DL 51/2007). NOTA A Taxa Anual Efectiva Revista corresponde à TAE

do empréstimo, calculada tendo em conta (i) a presta-

ção revista em função da redução do spread ou de ou-

tros custos e (ii) os eventuais custos associados à aquisi-

ção dos produtos e serviços �nanceiros propostos pela

instituição ao cliente.

G - DL 222 / 2009 | Estabelece medidas de protec-ção do consumidor na celebração de contratos de seguro de vida associados ao crédito à habitação Principais disposições: 1. Diploma aplicável apenas aos seguros de vida con-tratados como condição necessária à celebração dos contratos de crédito à habitação (não é aplicável ao crédito conexo) (Art.2). 2. Estabelece deveres de informação pré-contratual a cargo da instituição de crédito mutuante (Art.4). 3. Impõe a obrigatoriedade de as instituições de cré-dito informarem as empresas de seguros, em tempo útil, acerca da evolução do montante em dívida ao abrigo do contrato de crédito à habitação (Art. 7).

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A - Aviso 2/2010 | Revê e reforça os deveres míni-mos de informação a observar pelas instituições de crédito na negociação, celebração e vigência dos contratos de crédito à habitação e de crédito conexo. Revoga a Instrução nº 27/2003 - Reconhece a existência de quatro momentos ao longo do processo de crédito: simulação, aprovação, contratação e vigência do contrato. - Estabelece novas regras: . Incrementa a transparência, a qualidade e o rigor da informação que as instituições devem prestar aos clientes; . Promove a comparabilidade entre diferentes alter-nativas de �nanciamento. B - Instrução 10/2010 | Estabelece o modelo de Ficha de Informação Normalizada (FIN), prevista no artigo 4º do Aviso nº 2/2010 - Estabelece o modelo de FIN; - De�ne a forma de preenchimento da FIN pelas insti-tuições de crédito. C - A publicidade | AVISO Nº 10/2008 – Art. 14 . A publicidade do crédito à habitação deve incluir: - A TAE calculada nos termos do DL nº 51/2007 com destaque similar às características destacadas do pro-duto; - Quando seja anunciada uma prestação, o prazo de reembolso associado à mesma; - Um exemplo representativo que inclua, pelo menos: i. o prazo de reembolso; ii. o montante do crédito; iii. a taxa de juro nominal, no caso de taxa �xa, ou o indexante e o spread no caso de taxa variável (calculado no início da campanha, com indicação do mês a que se refere); iv. o período de carência ou percentagem de diferimento de capital, quando exista; Carta-Circular nº 41/2007, de 23/05 .Transmite o entendimento do Banco de Portugal relativamente à proibição de cobrança de despesas ou comissões em caso de reembolso antecipado do crédito à habitação. Carta-Circular nº 93/2007, de 31/10 . Reitera o entendimento do Banco de Portugal relati-vamente à cobrança de encargos adicionais à comis-são de reembolso antecipado. Carta-Circular nº 1/2008, de 09/01 . Transmite que, no entendimento do Banco de Por-tugal, o artigo 3º do DL nº 240/2006 não permite que as instituições de crédito procedam à revisão do in-dexante com uma periodicidade diferente da do pra-zo a que se reporta esse mesmo indexante. Carta-Circular nº 61/2008, de 30/09 .Transmite às instituições de crédito que, no entendi-mento do Banco de Portugal, a proibição de cobran-

ça de comissões associadas à renegociação do crédi-to à habitação é aplicável desde a análise até à forma-lização da renegociação e engloba a alteração de cláusulas contratuais, relativas ou não à revisão das condições �nanceiras do empréstimo. Carta-Circular nº 10/2009, de 14/01 .Transmite que, no entendimento do Banco de Portu-gal, os contratos de mútuo para pagamento do sinal devido no âmbito da futura aquisição de imóvel ou terreno para habitação própria permanente estão incluídos no âmbito de aplicação do DL 51/2007. Carta-Circular nº 19/2009, de 03/02 .Transmite às instituições de crédito que, no entendi-mento do Banco de Portugal, o artigo 5º, nº 2 do DL 51/2007 não permite a cobrança de juros relativa-mente ao futuro, isto é, para além do momento em que o capital em dívida é reembolsado. Carta-Circular nº 47/2009, de 20/05 . Reitera que, no entendimento do Banco de Portugal, a proibição de cobrança de comissões associadas à renegociação do crédito à habitação abrange, nome-adamente, a alteração do regime da taxa de juro dos contratos e a alteração da companhia seguradora. Carta-Circular nº 33/2010, de 14/10 . Código de conduta no crédito à habitação: Transmi-te que, no entendimento do Banco de Portugal, a disponibilização do relatório de avaliação do imóvel oferecido em garantia no processo de crédito à habi-tação dá cumprimento às melhores práticas no âmbi-to das regras de conduta e dos deveres de transpa-rência e informação perante o cliente bancário. Carta-Circular nº 31/2011, de 28/04 .Transmite às instituições de crédito um conjunto de boas práticas a observar no âmbito das vendas asso-ciadas facultativas, nomeadamente quanto aos pro-dutos e serviços �nanceiros passíveis de comerciali-zação facultativa conjunta e aos deveres de informa-ção aplicáveis a essa comercialização. Carta-Circular nº 32/2011, de 17/05 . Estabelece orientações quanto à redacção e conteú-do das cláusulas que permitam a alteração unilateral da taxa de juro ou de outros encargos nos contratos de crédito, bem como os princípios que as institui-ções de crédito devem respeitar no exercício dessa faculdade.

Enquadramento regulamentar do crédito à habitação

Page 12: Apusbanc News Nrº 0 - Abril 2012

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