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Área temática: Empreendedorismo e inovação Título: “ESTRATÉGIA OU NECESSIDADE? INOVAÇÃO COMO VIABILIDADE DE VANTAGEM COMPETITIVA”.

AUTOR LUIZ EDUARDO TAKENOUCHI GOULART SENAI letgoulart@uol.com.br RESUMO

A inovação como mantenedora da atividade organizacional obriga a organização a criar conhecimento inovativo a partir de mudanças no comportamento organizacional, do autoconhecimento das capacitações, das sinergias e das formas de aprendizagem na organização. Buscaram-se pesquisas teóricas e empíricas para a compreensão dos processos de inovação organizacional e tecnológica e sua influência no comportamento da organização. Durante a elaboração de constructos teóricos para a resposta do problema de pesquisa e os objetivos deste trabalho verificou-se a metodologia de pesquisa adotada nas leituras feitas: “Quais são os artigos publicados nos anos de 1998 a 2008 que inter-relacionam a inovação organizacional e tecnológica com o comportamento organizacional?”. Nesta pesquisa adotou-se o estudo bibliométrico, para a formação de uma base de dados quantitativa pela ocorrência de teorias pertinentes ao tema pesquisado, e, posteriormente qualitativo quando através de leitura técnica e do fichamento das produções acadêmicas. A base de dados da pesquisa teve 710 artigos obtidos eletronicamente e quantitativamente, selecionou-se 35 deles de forma. Identificou-se que os artigos acadêmicos afins ao tema de pesquisa tiveram aumento no número de publicações a partir de 2004, e que a metodologia mais utilizada foi o estudo de casos únicos ou múltiplos e survey. Palavras chave: Inovação tecnológica, inovação organizacional e vantagem competitiva. ABSTRACT

Innovation as an organizational sponsor of the activity requires the organization to create innovative knowledge from changes in organizational behavior, self-awareness of capabilities, synergies and ways of learning in the organization. Sought to theoretical and empirical research to understand the processes of organizational and technological innovation and its influence in the organization. During the elaboration of theoretical constructs to answer the research problem and objectives of this study verified the research methodology adopted in the readings: "What are the articles published in the years 1998 to 2008 that relate to inter-organizational innovation and technology with organizational behavior? ". In this research we adopted the bibliometric study for the formation of a database for quantitative occurrence of theories pertinent to the research topic, and then when through qualitative technical reading and fingerprinting of academic productions. The database had 710 research articles obtained electronically and quantitatively, was selected 35 of them in order. It was identified that scholarly articles related to the research subject had an increase in the number of publications since 2004, and that the methodology used was the study of single or multiple cases and survey. Keywords: Technological innovation, organizational innovation and competitive advantage.

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INTRODUÇÃO Podemos entender por mercado globalizado, a situação onde bens, serviços, pessoas,

habilidades e idéias cruzam livremente as fronteiras geográficas acessando culturas, costumes e consumidores diferentes.

Por mudanças tecnológicas, podemos entender a rápida disseminação da tecnologia, o significativo aumento das informações disponíveis e o aumento da intensidade do conhecimento, que se torna uma fonte valiosa de vantagem competitiva (HITT, IRELAND & HOSKISSON, 2003).

Nesse cenário globalizado e de rápidas mudanças tecnológicas, cada vez mais concorridas os gestores tem buscado alternativas para manter suas empresas atendendo seus clientes, gerando retorno aos investidores, melhorando seus processos internos entre outras coisas apoiados na criatividade para inovar tanto no âmbito organizacional quanto no tecnológico (HITT, IRELAND & HOSKISSON, 2003).

A demanda crescente por inovações no setor empresarial chamou a atenção do mundo acadêmico e tem aumentado de forma significativa a produção de trabalhos sobre o assunto. Dada a crescente importância do assunto inovação organizacional e inovação tecnológica, propõem-se o seguinte problema de pesquisa: “Quais são os artigos publicados no EnANPAD nos anos de 1998 a 2008 que inter-relacionam a inovação organizacional e tecnológica com o comportamento organizacional?”

Dessa forma, tem-se por objetivo analisar as produções científicas e identificar se mencionam conexão entre os processos de inovação organizacional e tecnológica e o comportamento organizacional.

A identificação da freqüência em que ocorrem estes estudos pode levar a novos interesses e focos de pesquisa para a explicação de como as organizações se comportam frente às necessidades crescentes de inovação para que se mantenham perenes nos seguimentos de atuação.

O artigo estrutura-se da seguinte forma: a seção dois apresenta os principais conceitos de inovação e comportamento organizacional e empresa inovadora, já na seção subseqüente, descreve-se sucintamente a metodologia e procedimento da pesquisa, a coleta e analise dos dados dando destaque aos principais resultados do estudo, e, por fim, na ultima seção apresentam-se as principais conclusões.

1 CONCEITOS CENTRAIS DO ESTUDO Este tópico foi dividido em três partes onde são abordados os conceitos operacionais

utilizados neste artigo. Na primeira parte será conceituada a inovação nas organizações, na segunda parte o comportamento organizacional e na ultima parte será conceituada a empresa inovadora.

1.1 INOVAÇÃO NAS ORAGANIZAÇÕES Para Mytelka e Farinelli (2005) a abordagem do sistema de inovação rompe com

alguns entendimentos usuais da inovação, que deixa de ser entendida apenas como processo de mudança radical na fronteira tecnológica, realizada por grandes empresas. Reconhece-se que a inovação compreende mais que uma pesquisa e desenvolvimento, ao mesmo tempo, que compreende e realça o papel das atividades realizadas por pequenas e médias empresas.

A inovação e o desenvolvimento não estão confinados aos novos setores de tecnologia de ponta. Estas autoras fornecem evidencia conceitual e empírica para essa perspectiva ao mostrarem como o conhecimento e a inovação estão transformando radicalmente as indústrias tradicionais.

A crescente complexidade e o entrelaçamento das atividades produtivas têm contribuído para dificultar a demarcação de fronteiras setoriais, demonstrando que a inovação é imprescindível às empresas modernas.

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O entendimento a respeito do conceito de inovação baseia-se no conhecimento e aprendizado de forma contínua possibilitando a longevidade das empresas.

Figura 1. Modelo de entendimento do conceito da inovação.

Fonte: Adaptado de (NONAKA & TAKEUCHI, 1997)

A raiz etimológica da palavra inovação é do vocábulo em latim “inova tio”, que pode ser entendido como novidade. Nas organizações inovar, transformar, mudar e renovar é o modo de fazer diferente (SABBAG, 2007).

De forma objetiva a Inovação é mais do que um novo produto, processos, tecnologias, práticas mercadológicas, pequenas mudanças, adaptações, que de um modo ou de outro, gerem um ganho para quem as colocou em prática, é algo novo que agregue valor social ou riqueza. (ZAWISLAK, 2005).

A criação de novas possibilidades combinando diferentes conjuntos de conhecimentos, analisando o que é possível tecnicamente ou configurar necessidades articuladas ou latentes, em síntese é a inovação (TIDD, et al., 2005)

De acordo com Schumpeter (1961), num empreendimento capitalista a sua recriação, através do empreendedor, está atrelada a mudanças tecnológicas, sugerindo desta forma que a inovação é um diferenciador, vinculando o crescimento organizacional a estas mudanças tecnológicas.

Nesta abordagem o empreendedor ou empresário é o centro do processo inovador, pois o lucro pode ser auferido com a criação temporária ou não de um monopólio, com base em uma inovação de um produto, processo ou serviço novo no mercado, que resulta de uma exploração comercial do conhecimento no mercado (BETZ, 1987).

A inovação quando propulsora da atividade empreendedora produz algo mais do que resultados financeiros e qualitativos quando permite novos posicionamentos mercadológicos que eventualmente possam estabelecer relações de monopólio mesmo que temporariamente. A compreensão das relações entre P&D e a produção industrial deve ultrapassar as meras relações quantitativas e abordar uma análise qualitativa (DEZA, 1995).

O entendimento e a estruturação da identificação, aceitação ou reconhecimento da inovação variam de individuo para individuo e de organização para organização, pois depende da percepção e necessidade do individuo e da cultura e clima organizacional, como sugere a Teoria da difusão da inovação (ROGERS, 1995), que é um modelo linear de cinco estágios (figura 2) auxiliando a identificação e explicação dos estágios que diferentes indivíduos seguem durante o tempo do processo decisório, antes que finalmente adotem ou rejeitem uma inovação.

Criação do Conhecimento

Vantagem competitivaInovaçãoCriação do

ConhecimentoVantagem competitivaInovação

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Figura 2. Modelo de cinco estágios no processo de decisão da inovação

Fonte: Adaptado de (Rogers, 1995 p.163)

Para entendimento das fases do modelo de cinco estágios no processo de decisão da inovação temos o seguinte (Quadro 1):

Quadro 1 – Componentes e características chave para a inovação Conhecimento, nesta fase um indivíduo (ou um grupo) toma conhecimento sobre a existência de uma inovação, de seu uso potencial e da funcionalidade através dos canais de comunicação. Um indivíduo é motivado procurar ativamente o conhecimento sobre uma inovação. Isto envolve explorar as vantagens e as desvantagens da inovação e dos resultados em reduzir a incerteza associada com as inovações. Persuasão, nesta fase um indivíduo (ou um grupo) formulam sua própria idéia sobre a inovação. Os possíveis aceitantes potenciais criam uma atitude, uma imagem positiva ou negativa sobre a inovação. Nesta fase as características percebidas a respeito da inovação (simplicidade, possibilidade de triagem e observação, vantagem relativa e compatibilidade) dão forma extremamente à atitude do indivíduo para a inovação. Decisão, nesta fase um indivíduo (ou um grupo) decidem a adoção ou rejeição da inovação proposta com base no conhecimento gerado e adquirido. Os indivíduos que decidem adotar uma inovação podem continuar a adoção e prosseguir ao estágio de execução ou podem decidir rejeitá-la momentaneamente ou definitivamente dependendo do estágio do conhecimento auferido pelos aceitantes. Execução, uma vez que os indivíduos decidem adotar uma inovação o estágio de execução começa. Nesta fase os indivíduos começam realmente usar a inovação. O uso individual de uma inovação pode conduzir a algumas mudanças ou modificações à inovação original (reinvenção) durante o processo de aceitação. Confirmação, nesta fase um indivíduo (ou um grupo) avaliam o uso de uma inovação, procurando evidências para suportar o uso continuado da inovação. Se a avaliação é negativa, o indivíduo inverte a decisão anterior. Fonte: Rogers, 1995

Ultrapassadas todas as etapas descritas a inovação estará aceita ou rejeitada, implantada ou descartada.

A prática de inovações na empresa pode acarretar, segundo BURLAMARQUI & PROENÇA (2003, p.3) o seguinte:

“Do ponto de vista da empresa inovadora, elas estão na origem de rebaixamentos de custos, de ganhos de produtividade e de qualidade, e, freqüentemente, da monopolização temporária de uma oportunidade de mercado, cujo resultado é a

CANAIS DE COMUNICAÇÃO

CONHECIMENTO IMPLEMENTAÇÃODECISÃOPERSUASÂO CONFIRMAÇÃO

Circunstâncias prévias

Aceitação

Rejeição

1-Práticas antecedentes2-Necessidade de

filtro / problemas3-Inovações4-Normas dos sistemas sociais

Aceitação continua

Aceitação posterior

Descontinuação

Rejeição continua

Características da Unidade de tomada de decisão

1- Características sócioeconômicas

2- Variáveis de personalidade3-Compartilhamento da

informação

Características da Unidade de tomada de decisão

1- Características sócioeconômicas

2- Variáveis de personalidade3-Compartilhamento da

informação

Características percebidas da inovação

1-Vantagem relativa2-Comparabilidade3-Complexidade4-Observável5-Triável

Modelo de cinco estágios no processo de decisão da inovaçãoAutor: Rogers, 1995, p.163

CANAIS DE COMUNICAÇÃO

CONHECIMENTO IMPLEMENTAÇÃODECISÃOPERSUASÂO CONFIRMAÇÃO

Circunstâncias prévias

Aceitação

Rejeição

1-Práticas antecedentes2-Necessidade de

filtro / problemas3-Inovações4-Normas dos sistemas sociais

Aceitação continua

Aceitação posterior

Descontinuação

Rejeição continua

Características da Unidade de tomada de decisão

1- Características sócioeconômicas

2- Variáveis de personalidade3-Compartilhamento da

informação

Características da Unidade de tomada de decisão

1- Características sócioeconômicas

2- Variáveis de personalidade3-Compartilhamento da

informação

Características percebidas da inovação

1-Vantagem relativa2-Comparabilidade3-Complexidade4-Observável5-Triável

Modelo de cinco estágios no processo de decisão da inovaçãoAutor: Rogers, 1995, p.163

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obtenção de lucros extraordinários. Para a estrutura econômica, resultam na criação de novos setores e no rejuvenescimento de setores existentes. Em outras palavras, implicam a reestruturação permanente do espaço econômico existente, através da sua dilatação. Do ponto de vista da concorrência, implicam a criação de assimetrias competitivas, e alteração na configuração das estruturas de mercado. Do ponto de vista do seu impacto macroeconômico, aportam a modificação de agregados e parâmetros do sistema” (BURLAMARQUI & PROENÇA, 2003, p.3)

A inovação como fomento para o aprimoramento de atividades de uma organização obriga a melhorias contínuas em seus processos, procedimentos e indivíduos de forma a adequar os modelos de administrativos e de gestão as novas necessidades desenvolvidas.

O uso da inovação como diferencial competitivo pode levar empresas ao aperfeiçoamento de suas competências essenciais de tal forma que destas habilidades aprimoradas possam surgir oportunidades de incrementos de negócios e até o desenvolvimento de novos nichos mercadológicos.

1.2 COMPORTAMENTO ORGANIZACIONAL No comportamento organizacional (CO) estudam-se como as organizações funcionam

e como agem os grupos de indivíduos dentro delas, como são as atividades organizacionais e os comportamentos humanos, e, em razão da complexidade do tema e de sua característica inter disciplinar, sugere-se que esta se constitua como uma ciência independente ligada a psicologia, sociologia, economia, pesquisa operacional e engenharia (PUGH,1969).

Os estudos em CO são voltados para prever, explicar, compreender e modificar o comportamento humano no contexto das empresas (WAGNER III, 2003).

Compreendido neste arcabouço insere-se o desempenho individual e grupal, a satisfação no trabalho e a ausência de rotatividade e a inter relação entre os indivíduos da organização (SCHERMERHORN, HUNT & OSBORN, 1999).

O CO estuda separadamente a estrutura organizacional, compreendida como o mapeamento das ações contextualizadas no âmbito socioeconômico, o comportamento das organizações, cuja amplitude macro tem embasamento na sociologia, ciência política e econômica, sendo produto da cultura da organização moldada por valores e normas, e, de forma interdisciplinar o comportamento e atitudes do individuo na organização, cuja amplitude micro tem embasamento na psicologia e na forma como o sistema organizacional o influencia (STAW, 1984).

Em CO as organizações são sistemas multi-níveis devido a influência que fazem entre si com suas interações independentes (DENISI, 2000; SIQUEIRA, 2002).

Considerando que um nível organizacional influencia e é influenciado por outros níveis a explicação completa e adequada da natureza de CO depende da visão sobre o todo (KOZLOWSKI & KLEIN, 2000).

O CO é preponderante em uma organização que entende a sua continuidade e de suas atividades são dependentes da inovação produtiva causado pela estrutura, filosofia e coerência que dele emanam (CAMPOS, 2008).

Convivendo na organização o individuo sofre influencia da cultura organizacional que busca o seu comprometimento e fidelização através dos padrões comportamentais, que modificam o seu modo de vida e valores pessoais alterando a sua personalidade (SARAIVA, 2002).

Nos aspectos interessantes a organização o trabalho em grupo e as condições adequadas para que o individuo crie e acumule conhecimentos favorece a criação de novos conhecimentos, principalmente se influenciada pelo ambiente organizacional (NONAKA & TAKEUCHI, 1997).

Desta forma a criação, no CO, de condições capacitadoras e capacitantes propicia a criação de conhecimento, criando condições favoráveis a busca e aceitação de inovações organizacionais e tecnológicas necessárias a continuidade da organização (NONAKA & TAKEUCHI, 1997; VON KROG & ICHIJO e NONAKA, 2001).

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O CO depende dos indivíduos que a compõe, sendo então, o fornecimento das capacidades criadoras e da especialização destes a capacidade fomentadora da melhoria das praticas da empresa, levando a mudanças coletivas e a recriação do conhecimento confinado na organização, mantendo a possibilidade de criação de diferenciais competitivos para a sua perenidade.

1.3 EMPRESA INOVADORA Uma empresa inovadora é aquela em que se observam a criação e o lançamento de

novos produtos, novos processos, novos conceitos de negócios e de serviços ainda não ofertados no meio ambiente em que atua, embora possam estar sendo ofertados em outros mercados.

Pode-se afirmar que uma empresa para ser inovadora precisa ter uma série de componentes integrados (gestão estimular, investimentos tecnológicos) capazes de criar um tipo de ambiente organizacional com condições de inovações constantes (CUNHA, 2005).

Para o aproveitamento do potencial inovador e criativo das pessoas a empresa inovadora com foco no processo de criação de conhecimento delega poder e autoridade e dissemina informações (FIATES, 2001; BARBIERI et al, 2004).

O foco das empresas inovadoras aponta para as suas competências essenciais na forma em que podem criar mercados inteiramente novos dependendo de sua criatividade, sem se importar somente com os competidores tradicionais (HAMEL, 2000).

Na inovação a mudança se dá via aprendizagem de forma desruptiva, arriscada e dispendiosa (TIDD, BESSANT & PAVITT,2005).

Empresas focadas no crescimento pela inovação tecnológica buscam estabelecer padrões de consumo para antever a diversificação necessária para poder usar racionalmente e eficiente de seus recursos neste propósito (WHITTINGTON, 2002).

No quadro 2, a seguir é feito o relato dos componentes e características chaves para a inovação dando entendimento e ênfase ao que definem TIDD, BESSANT & PAVITT (2005).

Quadro 2 – Componentes e características chave para a inovação Componente Características chave Visão, liderança e vontade de inovar

Claramente articulada, com visão moderna. Liderança para a motivação é fortemente creditada dentro da empresa. O compromisso da alta administração é uma prescrição comum associada com o sucesso da inovação.

Estrutura apropriada Desenho da organização permite alto nível de criatividade. Principal objetivo é encontrar um equilíbrio apropriado entre administração orgânica e mecanicista para contingências particulares.

Indivíduos chaves Promotores, campeões, gatekeepers e outros papeis que facilitam a inovação. Equipes de trabalho efetivas

Uso apropriado de equipes (em nível local, matricial, e interorganizacional) para resolver problemas. Requer investimentos na construção e seleção de equipes.

Desenvolvimento individual continuo

Compromisso de longo prazo para educação e treinamento para assegurar alto nível de competências e habilidades para aprender efetivamente.

Comunicação extensiva

Dentro e entre a organização e agentes externos. Internamente, a comunicação deve ser em 3 direções: para cima, para baixo e lateralmente.

Alto envolvimento em inovação

Participação em varias atividades de melhoria continua dentro da organização.

Foco no cliente Orientação para cliente interno e externo. Foco na qualidade total. Clima de criatividade Abordagem criativa para criar idéias, suportada por sistema de premiação.

Uma cultura de vencedores. Aprendizagem organizacional

Processos, estruturas e culturas que ajudam a institucionalizar a aprendizagem individual. Gestão do conhecimento.

Fonte: Tiidd, Bessant & Pavitt, 1997, p. 306-307

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A empresa inovadora cria a interdependência da inovação tecnológica a inovação e comportamento organizacional, quando em busca de melhorias dos diversos fluxos, processos e procedimentos para o atendimento do cliente e a adequação de suas capacidades, recria constantemente formas de executar melhor o que já executava bem, exercitando a crescente de conhecimento de suas próprias atividades por meio de seus indivíduos.

2 MÉTODO DE PESQUISA 2.1 DEFINIÇÃO DO METODO DE PESQUISA

A investigação cientifica bem elaborada depende do conjunto de procedimentos intelectuais e técnicos para que possa atingir o objetivo principal de definir o método científico adequado ao levantamento de dados e teorias aplicáveis a resposta do problema de pesquisa e perguntas adjacentes (GIL, 1999).

O desenvolvimento desta pesquisa está baseado na proposição de problemas de pesquisa para a orientação do que buscar, através de métodos científicos, de conhecimento e analise dos fatos que corroborem com o esclarecimento necessário e adequado (CERVO e BERVIAN, 2002).

O estudo bibliométrico permite a adequação dos meios adequados para a solução dos problemas propostos, alem da exploração de novos conhecimentos para o entendimento de temas não bem explorados (MARCONI & LAKATOS, 1996).

No estudo bibliométrico usa-se a medição oriunda de análises estatísticas para a produção de pesquisa científica e tecnológica na forma de artigos e publicações acadêmicas, citações de autoria, entre outras possibilidades de indicadores, para possibilitar avaliar atividades de pesquisa, autores, instituições, países, etc., auxiliando nas tomadas de decisões e no gerenciamento de pesquisa (OKUBO, 1997).

A junção das leis de Bradford (1934), de Lotka (1926) e de Zipf (1949), focadas conceitualmente em núcleo e na dispersão, que tratam de meios estatísticos, matemáticos e de recenseamento para, respectivamente, o mapeamento da produção cientifica, autoria e representatividade da informação, formam a estrutura de procedimentos e base teórica da bibliometria..

Onde se busca conhecer o conteúdo de uma determinada linha temática (BRADFORD, 1934), conhecer as contribuições de pesquisadores a determinados temas e áreas de conhecimento científico (LOTKA, 1926) e a freqüência de palavras em textos científicos representativamente no contexto (ZIPF, 1949).

Este método de pesquisa bibliométrico é adequado para o que se propõe nesta pesquisa, pois possibilita a busca de teorias adequadas à formação de constructos teóricos a respeito das inovações tecnológicas e organizacionais frente ao comportamento organizacional (FONSECA, 1986).

Esta metodologia de pesquisa adotada permite a construção de uma base de dados quantitativa, com a ocorrência de palavras chave nos textos pesquisados, que quando submetida ao cruzamento eletrônico de algumas combinações destas, cria uma redução significativa de ocorrências, contudo aumenta a aderência ao que se pretende pesquisar e responder.

2.2 PROCEDIMENTOS, COLETA E ANÁLISE DE DADOS DA PESQUISA A coleta de dados exigiu uma ampla pesquisa e acesso a mídias eletrônicas do tipo

relativas às publicações anuais do EnANPAD disponíveis no site http://www.anpad.org.br, no período de 1988 a 2008, independente da divisão temática do congresso, uma vez que os temas relativos à inovação organizacional e tecnológica são entendidos e enfatizados de forma indistinta, pois permeiam o entendimento de mudanças ocorridas e percebidas na organização.

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Terminada a coleta de dados houve a organização em áreas temáticas e ano de publicação, resultando em aproximadamente 7.500 arquivos eletrônicos. Com o uso do software de busca eletrônica em bases de dados usando as expressões “inovação organizacional” e “inovação tecnológica” foi possível a seleção da base de dados eletrônicos usados neste estudo.

Da pesquisa eletrônica quantitativa resultaram 710 artigos encontrados com as incidências de uso de cada uma das expressões “inovação tecnológica” e “inovação organizacional”, parâmetros estipulados para esta pesquisa, sendo 137 e 573 os resultados respectivos para cada uma das expressões.

Estes parâmetros, através da adoção de palavras chave de pesquisa, foram adotados para analisar os artigos acadêmicos publicados que apresentassem os conceitos e temas pesquisados de forma intencional, para que o entendimento fosse uniforme e focado, possibilitando a diversidade de entendimentos e aplicações, sem perder as definições contidas na revisão bibliográfica. Na tabela 1 são apresentados os artigos publicados nos anais da EnANPAD distribuídos por ano e assunto objeto desta pesquisa, alem de um quadro resumo.

Tabela 1: Palavras chave pesquisadas por ano Palavra chave 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 TOTAL %

Inovação organizacional 1 11 4 7 17 11 20 11 15 20 20 137 19,30%Inovação tecnologica 20 18 7 41 43 54 76 72 62 89 91 573 80,70%

TOTAL 21 29 11 48 60 65 96 83 77 109 111 710% 2,96% 4,08% 1,55% 6,76% 8,45% 9,15% 13,52% 11,69% 10,85% 15,35% 15,63% 100,00%

Fonte: Dados da pesquisa.

As palavras chave “inovação organizacional” ocorreu em 19,30% e “inovação tecnológica” ocorreu em 80,70% do total da amostra selecionada. Quando pesquisada a palavra chave “inovação” ocorreu à seleção de 2.914 artigos acadêmicos, mostrando que a generalização do uso da palavra remete a resultados equivocados. Porém, quando associada aos termos “organizacional” e “tecnológica” vemos que os resultados são mais específicos. Na tabela 2 são separados os artigos por área de conhecimento de acordo com as definições vigentes a época de suas publicações e a legenda pertinente.

Tabela 2: Distribuição dos artigos e publicações acadêmicas por ano e área de conhecimento com as palavras chave “inovação organizacional” e “inovação tecnológica”

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Área de conhecimento 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 TOTAL %ACT 14 13 0 16 16 11 25 0 0 0 0 95 13,4%ADI 0 0 0 6 9 2 7 10 8 11 7 60 8,5%AE 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0,1%AP 0 2 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2 0,3%APS 0 0 0 0 0 0 0 9 10 12 13 44 6,2%CCG 0 0 0 0 1 1 5 0 0 0 0 7 1,0%COM 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2 2 4 0,6%COR 0 0 0 3 6 3 13 0 0 0 0 25 3,5%ECE 0 0 0 0 0 5 8 0 0 0 0 13 1,8%EOR 0 0 0 0 0 0 0 7 7 7 9 30 4,2%EPA 0 0 0 0 1 0 3 0 0 0 0 4 0,6%EPQ 0 0 0 0 0 0 0 2 3 8 9 22 3,1%ESO 0 0 0 4 7 6 6 18 9 16 10 76 10,7%FIC 0 0 0 0 0 0 0 2 1 0 0 3 0,4%FIN 0 0 0 0 1 0 0 0 0 1 0 2 0,3%GAG 0 0 0 0 0 8 3 0 0 0 0 11 1,5%GCT 0 0 0 0 0 0 0 20 28 35 38 121 17,0%GIN 0 0 0 0 1 1 2 0 0 0 0 4 0,6%GOL 0 0 0 3 3 2 2 7 2 1 8 28 3,9%GPG 0 0 0 1 1 5 1 0 0 0 0 8 1,1%GPR 0 0 0 0 0 0 0 8 7 9 11 35 4,9%GRT 0 0 0 6 8 6 4 0 0 0 0 24 3,4%GSA 0 0 0 0 0 2 6 0 0 0 0 8 1,1%MKT 0 0 0 2 0 0 2 0 2 7 4 17 2,4%OLS 0 1 2 0 0 0 0 0 0 0 0 3 0,4%ORG 7 7 9 0 0 0 0 0 0 0 0 23 3,2%POP 0 0 0 3 2 5 4 0 0 0 0 14 2,0%RH 0 5 0 0 0 0 0 0 0 0 0 5 0,7%TEO 0 0 0 4 4 8 5 0 0 0 0 21 3,0%TOTAL 21 29 11 48 60 65 96 83 77 109 111 710 100,0%

Fonte: Dados da pesquisa

No quadro 3 são discriminadas as áreas de conhecimento das publicações de artigos acadêmicos do EnANPAD, compreendendo o período deste estudo, independentemente da época de vigência das comissões julgadoras.

Embora grande parte das informações buscadas estivesse presente no resumo, no título ou nas palavras-chave, procurou-se revisar o texto de cada artigo, de modo a garantir com maior segurança a sua classificação quanto aos tópicos e, principalmente, quanto à metodologia empregada.

A dispersão dos assuntos pesquisados por área de conhecimento apresenta regularidade na quantidade dos artigos selecionados em sua distribuição. Considerando-se os artigos por ano e área de conhecimento não se encontra variações significativas, contudo a partir do ano de 2004 os estudos desenvolvidos com os mesmos parâmetros adotados nesta pesquisa passaram a ocorrer com freqüência maior.

Quadro 3: Descritivo de áreas de conhecimento EnANPAD

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Área de conhecimento

Descrição

ACT Administração de Ciência e TecnologiaADI Administração da InformaçãoAE Administração EstratégicaAP Administração PúblicaAPS Administração Pública e Gestão SocialCCG Contabilidade e Controle GerencialCOM ContabilidadeCOR Organizações / Comportamento OrganizacionalECE Empreendedorismo e Comportamento EmpreendedorEOR Estudos OrganizacionaisEPA Ensino e Pesquisa em Administração e ContabilidadeEPQ Ensino e Pesquisa em Administração e ContabilidadeESO Estratégia em OrganizaçõesFIC Finanças e ContabilidadeFIN FinançasGAG Gestão de AgronegóciosGCT Gestão de Ciência, Tecnologia e InovaçãoGIN Gestão InternacionalGOL Gestão de Operações e LogísticaGPG Gestão Pública e GovernançaGPR Gestão de Pessoas e Relações de TrabalhoGRT Gestão de Pessoas e Relações de TrabalhoGSA Gestão Social e AmbientalMKT MarketingOLS Operações, Logística e ServiçosORG OrganizaçõesPOP Políticas PúblicasRH Recursos HumanosTEO Organizações / Teoria das Organizações Fonte: Dados da pesquisa

A tentativa de encontrar amparo bibliográfico para a associação das expressões “Inovação organizacional”, “Inovação tecnológica” e “Comportamento Organizacional” e “empresa inovadora” para explicar como se dá o surgimento do conhecimento frente às necessidades constantes de inovação para a continuidade das atividades da organização resultou na possibilidade de novas pesquisas em outros bancos de dados. No quadro 4 estão relacionados os autores que em seus estudos relacionaram “inovação tecnológica” a “inovação organizacional”. Quadro 3: Autores que relacionaram “inovação tecnológica” e “inovação organizacional” nas publicações EnANPAD no período pesquisado Ano / tipo Título Autoria 1 1998

ACT01 AVANÇO TECNOLÓGICO, NOVOS PERFIS PROFISSIONAIS, NOVAS QUALIFICAÇÕES: O CASO DA COMPANHIA CARRIS DE FERRO DE LISBOA S.A.

Maria da Guia Diniz

2 1999 ACT13

NOVAS TECNOLOGIAS, NOVAS QUALIFICAÇÕES: O CASO DA ALPARGATAS SANTISTA TÊXTIL S.A.

Maria da Guia Diniz

3 1999 RH19 ROTINAS ORGANIZACIONAIS DEFENSIVAS: UM ESTUDO SOBRE AS FORMAS DE MANIFESTAÇÃO DURANTE UM PROCESSO DE MUDANÇA ORGANIZACIONAL

Loraine Bothomé Müller e Marcelo Milano Falcão Vieira

4 2000 ORG-1119

O PAPEL DOS PARADIGMAS TECNOECONÔMICOS SOBRE OS ESTUDOS ORGANIZACIONAIS E O PENSAMENTO ESTRATÉGICO-EMPRESARIAL

Rogério Hermida Quintella e Camila Carneiro Dias

5 2001 ADI- OS SISTEMAS DE INFORMAÇÕES E AS Marco Antonio

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875 NOVAS FORMAS ORGANIZACIONAIS Pinheiro da Silveira 6 2001 COR-

930 A IMPLANTAÇÃO DA ISO 9002 E A APRENDIZAGEM ORGANIZACIONAL: O CASO DA CONSTRUTORA SNATA HELENA

Rosana Muñoz, Manoel Duarte e Mônica Gantois

7 2002 ACT-1349

INOVAÇÃO E EXPORTAÇÃO EM PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS (PME): UMA PESQUISA EM ANDAMENTO

Nathalia Gandolfi Figueiredo, Dante Pinheiro Martinelli

8 2002 TEO-324

PROFISSIONALIZAÇÃO X MODERNIZAÇÃO: UM ESTUDO DE CASO DE UMA EMPRESA FAMILIAR DO SETOR TÊXTIL.

Carlos Henrique Maurício da Rocha

9 2003 ADI-1870

O IMPACTO DA TECNOLOGIA DE INFORMAÇÃO (TI) SOBRE O PROCESSO DE TRABALHO INDIVIDUAL: ESTUDO EM UM GRANDE BANCO BRASILEIRO

Maria Tereza Flores Pereira, João Luiz Becker

10 2003 GAG-1703

PERFIL, DESEMPENHO E A CAPACIDADE TECNOLÓGICA DA AGROINDÚSTRIA DE DOCES E CONSERVAS DA REGIÃO SUL DO RS - BRASIL

Sérgio Renato Ferreira Decker

11 2003 GAG-836

ESTUDO DO PROCESSO DE INOVAÇÃO TECNOLÓGICA NO SEGMENTO AGROINDUSTRIAL - ESTUDOS DE CASO NA CADEIA PRODUTIVA DE LEITE FLUÍDO NO SISTEMA SETORIAL DE INOVAÇÃO DA FRANÇA.

Jean Philippe Palma Révillion

12 2003 TEO-949

ACTOR-NETWORK THEORY: UMA TRADUÇÃO PARA COMPREENDER O RELACIONAL E O ESTRUTURAL NAS REDES INTERORGANIZACIONAIS?

Jackeline Amantino de Andrade

13 2004 ACT_1829

COMPLEMENTARIDADE DE CONHECIMENTOS NOS PROCESSOS DE INOVAÇÃO

Alsones Balestrin, Lilia Maria Vargas

14 2004 ACT_2525

METODOLOGIA DE AVALIAÇÃO DE COMPETÊNCIAS TECNOLÓGICAS, ORGANIZACIONAIS E RELACIONAIS

Bianca Santos Marzani, André Tosi Furtado, Adriana Gomes de Freitas

15 2004 COR_0566

A CRIATIVIDADE, A INOVAÇÃO E A COMPETÊNCIA DOS GESTORES: SUAS RELAÇÕES COM O COMPROMETIMENTO ORGANIZACIONAL

Sonia Regina Hierro Parolin, Lindolfo Galvão de Albuquerque

16 2004 ECE_1788

A PRESENÇA DO ESPÍRITO EMPREENDEDOR NO PROCESSO DE FORMULAÇÃO DE ESTRATÉGIAS DE INTERNACIONALIZAÇÃO DA DATASUL

Ana Paula Lisboa Sohn, Fernando César Lenzi, Márcio Daniel Kiesel

17 2004 TEO_1786

AVALIAÇÃO DO POTENCIAL DA ESTRUTURA PARA O DESENVOLVIMENTO DA CRIATIVIDADE EM UMA INDÚSTRIA CERÂMICA CATARINENSE

Guilherme Silveira Correia, Eloise Helena Livramento Dellagnelo

18 2005 ADI-A748

SISTEMAS DE INFORMAÇÃO E GESTÃO HOSPITALAR: O CASO DA SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE CURITIBA / ALIANÇA SAÚDE

Vilmar Rodrigues Moreira, Roberto Max Protil

19 2005 ESO-B2723

ABRINDO A 'CAIXA PRETA' DA SUBSIDIÁRIA: UMA ANÁLISE DAS ÁREAS ESTRATÉGICAS COM BASE NAS COMPETÊNCIAS ORGANIZACIONAIS

Felipe Mendes Borini, Moacyr Francisco de Azevedo Lacerda

20 2006 LEVANTAMENTO DE REQUISITOS NA Vilmar Rodrigues

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ADIA862 DEFINIÇÃO DE SISTEMAS DE INFORMAÇÕES LOGÍSTICAS: ESTUDO DE CASO DA SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE CURITIBA / ALIANÇA SAÚDE

Moreira, Roberto Max Protil

21 2006 APSC1797

MODELOS DE GESTÃO E INOVAÇÃO SOCIAL EM ORGANIZAÇÕES SEM FINS LUCRATIVOS: DIVERGÊNCIAS E CONVERGÊNCIAS ENTRE NONPROFIT SECTOR E ECONOMIA SOCIAL

Andrea Leite Rodrigues

22 2006 GCTB2122

AS PRÁTICAS E FERRAMENTAS DA GESTÃO DO CONHECIMENTO AUXILIAM NA GESTÃO DA INTERAÇÃO UNIVERSIDADE-EMPRESA? FUNDAMENTANDO E APRESENTANDO A HIPÓTESE

Reinaldo Cherubini Neto

23 2006 GCTB2789

INOVAÇÃO NA INDÚSTRIA HOTELEIRA: COMPLEMENTAÇÃO ENTRE INOVAÇÕES TECNOLÓGICAS E INOVAÇÕES BASEADAS EM SERVIÇOS

Claudia Fernanda Franceschi Klement, Abraham Sin Oih Yu

24 2007 APSC1771

A ORGANIZAÇÃO DOS SERVIÇOS PRESTADOS POR "FLANELINHAS": UM ESTUDO DE CASO NO DISTRITO FEDERAL

Patrick Michel Finazzi Santos

25 2007 ESOA1558

CAPACIDADES DINÂMICAS, INOVAÇÃO E MODELOS ORGANIZACIONAIS: A TRAJETÓRIA DE UMA ORGANIZAÇÃO HOSPITALAR

Ana Carolina Spolidoro Queiroz, Ana Maria Malik, Eva Stal

26 2007 ESOA2337

TRAJETÓRIA DE CRESCIMENTO EM REDES DE COOPERAÇÃO: LIMITES-INOVAÇÃO-DESENVOLVIMENTO

Felipe Ost Scherer, Paulo Antônio Zawislak

27 2007 GCTB243

O CONHECIMENTO E A INOVAÇÃO EM UMA REDE INSTITUCIONAL DE APOIO AOS AGLOMERADOS PRODUTIVOS TERRITORIAIS

Leonino Gomes da Rocha, Ana Sílvia Rocha Ipiranga

28 2007 GCTB3130

GESTÃO DE FONTES EXTERNAS DE INFORMAÇÃO TECNOLÓGICA E DESEMPENHO INOVADOR NAS EMPRESAS

Clandia Maffini Gomes, Isak Kruglianskas

29 2008 EORA582

ECOLOGIA POPULACIONAL E ECONOMIA EVOLUCIONÁRIA: RUMO A UM MODELO INTEGRATIVO

Walter Bataglia, Dimária Silva e Meirelles

30 2008 GCTB1832

GESTÃO DE P&D E COOPERAÇÃO TECNOLÓGICA NAS MULTINACIONAIS BRASILEIRAS: PARTICULARIDADES DO DESENVOLVIMENTO INTERNO E EXTERNO

Priscila Rezende da Costa, Geciane Silveira Porto, Antonio Thiago Benedete da Silva

31 2008 GCTB2489

FATORES QUE EXPLICAM O DESEMPENHO DE EMPRESAS MAIS INOVADORAS E MENOS INOVADORAS

Clandia Maffini Gomes, Isak Kruglianskas

32 2008 GCTB2599

KNOWLEDGE-INTENSIVE BUSINESS SERVICES (KIBS), INOVAÇÃO E APRENDIZADO: UM ESTUDO DAS CONTRIBUIÇÕES DOS KIBS NO APL DE TI DA REGIÃO METROPOLITANA DE SALVADOR E FEIRA DE SANTANA

Josias Alves de Jesus

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33 2008 GCTC1227

AMBIENTE INTERNO DE INOVAÇÃO: UM ESTUDO EM EMPRESAS DE BASE TECNOLÓGICA DE PEQUENO PORTE

Gabriela Gonçalves Silveira Fiates, Fernando Antônio Ribeiro Serra, Manoel Aníbal Portugal Ferreira

34 2008 GCTD2729

DIMENSÃO DA INOVAÇÃO EM ARRANJOS PRODUTIVOS LOCAIS

Mariluce Paes-de-Souza, Dércio Bernardes-de-Souza, Theophilo Alves de Souza Filho, Fabiana Rodrigues Riva, Carlos Andre da Silva Muller, Marcela Batista de Oliveira

35 2008 GPRA2917

O DESENVOLVIMENTO DE COMPETÊNCIAS PARA INOVAÇÃO TECNOLÓGICA E ORGANIZACIONAL

Nágila Melissa Ferreira Jacinto, Adriane Vieira

Fonte: Dados da pesquisa

Para a seleção quantitativa das 710 publicações acadêmicas inicialmente consideradas nesta pesquisa foi feita a leitura exploratória de seus conteúdos, após a seleção eletrônica através de softwares adequados em toda a base de dados, sendo considerados adequados a pesquisa. A seguir todos foram submetidos a uma leitura seletiva para a adequação ao objetivo da pesquisa, resultando em 35 publicações qualitativas. Em seguida foram ordenadas e sumarizadas as informações, através de uma leitura analítica, para a obtenção de respostas ao problema de pesquisa. A ultima etapa foi a leitura interpretativa onde se buscou a conexão das palavras chave com o objetivo e problema desta pesquisa (GIL, 2008).

3 CONCLUSÃO A abordagem de empresas inovadoras que criam inovações organizacionais e

tecnológicas tendo como característica a sua prática identificável no comportamento organizacional não foi confirmada neste estudo bibliométrico, porém pode-se observar que varias foram as formas de abordagem dos temas de inovação como fenômeno, independente de sua motivação ou necessidade, aliadas a necessidade de continuidade de atividades da organização.

De acordo com o objetivo secundário desta pesquisa verificou-se uma mudança na forma de pesquisa e metodologia observada nos últimos anos, levando-se em conta a base de dados pesquisada e o foco em inovação organizacional e tecnológica, observou-se o uso do survey, denotando uma maior elaboração da forma de pesquisa e seu conteúdo teórico acadêmico exigindo do pesquisador maior conhecimento da temática.

Observou-se um aumento gradativo e cronológico dos trabalhos sobre inovação aprovados, revelando que o assunto inovação tecnológica e organizacional está sendo, quantitativamente, mais abordado nos últimos anos, principalmente a partir de 2004.

Do conteúdo dos artigos selecionados e afins ao tema desta pesquisa vislumbra-se que a evolução dos meios informacionais proporcionados por inovações tecnológicas principalmente na área de tecnologia da informação permite que o manuseio crescente de informações seja revertido em novas formas de analise e controle dentro das organizações.

Desta forma o gerenciamento das situações cotidianas e estratégicas pode ser realizado com maior assertividade. Considerando que a inovação se constitui no diferencial para obtenção de vantagens competitivas e permite a organização atuar com expertise em sua área

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de negócios e vislumbrar a possibilidade de novos nichos e negócios potenciais, todas as publicações analisadas e interpretadas atingiram este entendimento.

Em busca da inovação como forma de continuidade dos negócios de uma organização frente a novas demandas mercadológicas há alterações na forma do seu modelo de administração ou de gestão, ocasionada pelas estratégias de suas unidades de negócios, adequação de suas áreas funcionais, que alem de eficazes devem inovar e colaborar interativamente nos processos e procedimentos de forma a solidificar a coordenação dos meios para atingimento dos fins da organização.

As empresas inovadoras são aquelas focadas nas suas potencialidades, recursos, percepções do ambiente, atividades da concorrência, tendências de consumo, entre outros fatores que geram ou resultam em novos processos, procedimentos, produtos ou serviços de forma diferenciada.

Com a alteração de seus modelos de administração ou gestão diante da necessidade continuada de inovações nas organizações há a mudança do comportamento organizacional, tendo como aliados o ambiente informacional, as interações entre os atores independentemente do nível hierárquico, os relacionamentos para uso e potencialização profissional, as capacidades e capacitações necessárias para a criação do conhecimento e a formalização do aprendizado organizacional.

Neste entendimento sugere-se que características da organização são fruto da combinação destes elementos: inovação tecnológica, inovação organizacional, podem ser identificadas em seu comportamento organizacional de forma abrangente e disseminada em sua cultura.

Para esta definição de correlação de fatores que identificam uma organização como inovadora, onde há um fato de ruptura de aplicações, conceitos, processos, procedimentos e metodologias que viabilizam a mudança, espontânea ou necessária, dentro de uma organização em busca de um diferencial frente ao ambiente em que esta se insere, seja por necessidades técnicas, competitivas ou de adaptação mercadológica, sugere-se novos estudos, com ferramentas e metodologias adequadas.

Da leitura interpretativa dos 35 artigos acadêmicos selecionados para esta pesquisa se pode constatar o entendimento de inovação organizacional ou tecnológica como característica de empresas inovadoras, não se pode detectar ações, processos e / ou procedimentos que resultassem em uma mudança de comportamento organizacional, explicitada como tal.

Como limitação deste trabalho, apesar da importância do EnANPAD, deve-se considerar que existem diversas fontes de publicação acadêmicas, principalmente as revistas científicas.

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