Arménio F. Pinto de Carvalho

CONTRIBUIÇÃO PARA A HISTÓRIAD A U R O L O G I A E M P O R T U G A L

Enquadrada no Ambiente Médicoe Hospitalar

SÉCULOS XIII A XX

Sumário

Prefácio Introdução

CAPÍTULO I

A Medicina em Portugal até ao fim do século XVIII – Luis de Pina

CAPÍTULO II

História da Urologia em Portugal – Séculos XIII a XX

a) Século XIII. Pedro HispanoA EstrangúriaO TenesmoInchação dos testículos

b) Séculos XIV e XVc) Século XVI

João Rodrigues de Castelo Branco (Amato Lusitano)As Centúrias de Curas MedicinaisRelação das Curas Médicas Urológicas Descritas nas Sete Centúrias

d) Século XVIILuz Verdadeira de Toda a Cirurgia. António FerreiraOs prognósticosComo se curam Dos instrumentos de que se usa nas Carnosidades Dos cáusticos Acidentes que podem sobrevir e como se curam

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Diogo Rodrigues ZacutoJoão Curvo SemêdoOs cirurgiões urológicos ambulantes em Portugal e EspanhaDefinições de termos urológicos

e) Século XVIIIFeliciano de AlmeidaCarnosidades da UretraSendo a Carnosidade no Colo da BexigaApóstemaPriapismoPróstataTumorGonorreia SimplesGonorreia VirulentaJoão VigierAntónio FerreiraGerónimo Moreira de CarvalhoManuel dos SantosJoão Lopes CorreiaLuis Gomes FerreiraManuel du PréManuel dos SantosFrancisco da Fonseca HenriquesF. J. Brandão

f) Século XIXFrancisco Xavier de OliveiraAntónio de AlmeidaEscolas Régias de CirurgiaAntónio de Sousa SalgadoFrancisco Joaquim da Silva NatividadeFarto da CostaJosé Lourenço da LuzManuel Carlos TeixeiraAntónio Pedro CardosoJoão José PereiraLourenço António CorreiaJosé Pedro BelliágaAntónio de AlmeidaAntónio Bernardino de AlmeidaAntónio Maria BarbosaLourenço António CorreiaLuis Pereira da FonsecaJoaquim Teotónio da SilvaAntónio Ribeiro VianaProfessor Bernardino de AlmeidaProfessor Fonseca

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g) Século XXProfessor Cândido PinhoAugusto de VasconcelosProfessor Bernardino de AlmeidaAugusto MonjardinoCarlos SantosProfessor Angelo da FonsecaProfessor Reinaldo dos SantosAs Novas Universidades de Lisboa e PortoSena PereiraHenrique BastosAlberto GomesArtur FurtadoO Primeiro Congresso Hispano-Português de Urologia – 1925Sabino CoelhoProfessor Reinaldo dos SantosAugusto de VasconcelosO Segundo Congresso Hispano-Português de Urologia – 1928Artur Ravara e o Primeiro Serviço de Urologia em Lisboa – 1925Regência do Primeiro Curso de Urologia da Faculdade de Medicina

de LisboaReinaldo dos Santos e Castro CaldasO Terceiro Congresso Hispano-Português de Urologia – 1932Fortunato Levy e António Carneiro de MouraReinaldo dos Santos e Fortunato LevyReinaldo dos Santos e António Carneiro MouraCid dos Santos e Reinaldo dos SantosCarneiro de Moura e a Penicilina em UrologiaO Quinto Congresso Hispano-Português de Urologia – 1947O Sexto Congresso Hispano-Português de UrologiaCid dos Santos e a AortografiaPinto de Carvalho e o Título de EspecialistaPinto de Carvalho e o Pneumo-TestículoA Consulta de Urologia do Hospital de Santa MariaPinto de Carvalho e a substituição do uretere por íleo – 1958Carneiro de Moura e Imagens Endoscópicas VesicaisPinto de Carvalho e a Nefrectomia Parcial por Tumor do Rim – 1958Linhares Furtado e a Hipotermia Renal SelectivaLinhares Furtado e a colheita de rim de dador vivo seguida

de transplantação renal – 1969João Costa e a Crioterapia da Próstata – 1980Linhares Furtado e a Hipertesão Vásculo-RenalJ. L. Carneiro de Moura e um caso de MalakoplakiaLinhares Furtado e a Primeira Prostatectomia RadicalMatos Ferreira e Reis Santos e a LinfangiografiaPinto de Carvalho e a Orquidectomia in situ

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Linhares Furtado e a Transplantação de Rim de cadáver – 1980João Martins Pisco e a embolização arterial do Rim – 1984Calais da Silva representa em Portugal a E. O. R. T. C. e realiza

Cursos de Oncologia Urológica desde 1984

CAPÍTULO III

Os primeiros hospitais em Portugal e o culto da UrologiaO Hospital Geral de Coimbra e a UniversidadeA Urologia na Cidade de CoimbraProfessor Angelo da Fonseca

– Programa do Ensino da UrologiaProfessor Morais ZamithProfessor Linhares FurtadoOs Hospitais na cidade do PortoA Urologia na cidade do PortoProf. Oscar MorenoProf. João CostaProf. Oliveira ReisOs Hospitais na cidade de LisboaO Hospital de Todos os Santos

– Situação do Hospital– Pessoal Hospitalar– Ocorre o primeiro incêndio – 1601– A visita aos doentes– Ocorre o segundo incêndio – 1750– Ocorre o Terramoto de 1755– O Hospital de São José

O Hospital de São JoséAntónio Maria BarbosaA Urologia na cidade de LisboaProfessor Reinaldo dos Santos

– Aortografia– O Culto das Artes em Reinaldo dos Santos

Professor António Carneiro de MouraProfessor Pinto de CarvalhoProfessor José Luis Carneiro de MouraProfessor Alberto Matos Ferreira

CAPÍTULO IV

O ensino da Urologia na Universidade como especialidade

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CAPÍTULO V

Reflexões finais

CAPÍTULO VI

Ordem dos MédicosRegimento do Colégio da Especialidade de Urologia (Versão de 1998)Parâmetros de Avaliação de Idoneidades dos Serviços de UrologiaBibliografia

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PREFÁCIO

Recordando o Passado, vivendo o Presente, olhando oFuturo.

A curiosidade sempre insatisfeita, no sentido do conheci-mento da evolução da Urologia Portuguesa como Especiali-dade, ao longo dos séculos, foi-nos permitindo acumulardocumentos sem que, então, nos não perseguisse ainda a pers-pectiva do que poderia vir a ser a publicação de um trabalhosobre a História da Urologia Portuguesa que agora se inicia.

Neste sentido fomos visitando velhas livrarias onde umoutro documento escrito nos oferecia a possibilidade de aqui-sição, mas o momento mais alto foi quando nos anunciaram oLeilão da Livraria Privada de Reinaldo e Cid dos Santos.

Como seria lógico esperar, somos hoje os guardas de algu-mas preciosidades literárias relacionadas com a Urologia eque então faziam parte do espólio deixado por essas duasFiguras Ímpares da Urologia Portuguesa.

Orientados nos últimos tempos, definitivamente, para vir-mos a escrever algo sobre o passado e presente da Urologia Por-tuguesa, passamos a invadir Bibliotecas Públicas, tais como ada Faculdade de Medicina de Lisboa, onde algumas centenasde Teses de Fim de Curso de Medicina, correspondentes àsFaculdades de Medicina de Lisboa, Porto e Coimbra, além demuita outra bibliografia relacionada com a Urologia, permane-

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ciam esquecidas e abandonadas a desafiar a curiosidade dealguém que lhes voltasse a dar vida, depois de tantos anossepultadas no silêncio e esquecimento pelas novas gerações.

Mas mais alguns Centros continuaram a desafiar a nossacuriosidade, tais como:

Biblioteca Nacional de Lisboa;Biblioteca da Reitoria da Universidade de Lisboa;Arquivo da Misericórdia de Lisboa;Biblioteca da Academia das Ciências de Lisboa;Biblioteca da Sociedade das Ciências-Médicas;Biblioteca do Palácio da Ajuda;Bibliotecas dos vários Hospitais Civis de Lisboa, onde a

pobreza da oferta nos chocou quando não mesmo aausência total de dados com qualquer tipo de inte-resse. Como exemplo citaremos o Hospital de São José,de cuja Biblioteca foram retirados todos os elementosque poderiam oferecer dados sobre o passado históricoda Urologia Portuguesa, para serem enviados para aTorre do Tombo, onde permanecem encerrados nosmesmos caixotes que para lá os levaram há cerca dedois anos e, por isso mesmo, inatingíveis para a nossacuriosidade.

Iremos no entanto tentar apresentar, revivendo, Homens eos factos mais importantes, por eles deixados, como um desa-fio a que os continuemos para o desenvolvimento da Urologiaafim de que possamos oferecer algo de interesse para satisfa-

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zer a curiosidade dos que nos irão continuar no tempo, aindaque escrever sobre História da Medicina seja vivermos rebus-cando nomes e factos em trabalhos anteriormente produzidospara apresentarmos como se nossos fossem, mas tendo a frus-trante sensação de termos terminado sem concluir, pois que aHistória nunca estará terminada, dado que o Hoje será Histó-ria amanhã.

Também sobre a possível valia deste trabalho, é oportunoreproduzir aqui as palavras de Benedito Dias no seu livroA Medicina Portuguesa Através dos Séculos editado em 1980:

Se alguma vez esperas produzir uma Obra de Arte queseja do agrado de todos, nunca conseguirás fazer nada dejeito, sabendo-se de antemão que nem Deus satisfaz igual-mente para todos; caso contrário, neste Mundo em que vive-mos, não haveria tantos pagãos e ateus.

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ÍNDICE GERAL

Sumário . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11Prefácio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19

CAPÍTULO I

A MEDICINA EM PORTUGAL ATÉ AO FIM DO SÉCULO XVIII

LUIS DE PINA

CAPÍTULO II

HISTÓRIA DA UROLOGIA EM PORTUGAL

SÉCULOS XIII A XX

Homens e factos cronologicamente mais importantes . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33

2.1. Século XIII . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 352.2. Séculos XIV e XV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 442.3. Século XVI . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 462.4. Século XVII . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 62

2.4.1. Luz Verdadeira de Toda a Cirurgia. António Ferreira . . . . . . 622.4.2. Diogo Rodrigues Zacuto (Zacuto Lusitano) 1575-1642 . . . . . . 712.4.3. João Curvo Semêdo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 73

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2.4.4. Os cirurgiões urológicos ambulantes em Portugal e Espa-nha . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 75

2.4.5. Definições de termos urológicos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 812.4.6. 1670 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 842.4.7. 1691 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 84

2.5. Século XVIII . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 85

2.5.1. Feliciano de Almeida . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 86

2.6. Século XIX . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 932.7. Século XX . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 99

CAPÍTULO III

OS PRIMEIROS HOSPITAIS EM PORTUGALE O CULTO DA UROLOGIA

2.8. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 109

2.8.1. O Hospital Geral de Coimbra e a Universidade. . . . . . . . . . . . . 1092.8.2. A Urologia na Cidade de Coimbra . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 111

2.9. Os Hospitais na cidade do Porto. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1152.10. Os Hospitais na cidade de Lisboa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 120

2.10.1. Hospital de Todos os Santos. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1202.10.2. O Hospital de São José . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 128

2.11. A Urologia na cidade de Lisboa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 131

2.11.1. Reinaldo dos Santos (1180-1970) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1312.11.2. Aortografia. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1412.11.3. O Culto das Artes em Reinaldo dos Santos . . . . . . . . . . . . . . . . 1442.11.4. António Augusto Villas-Boas Carneiro de Moura . . . . . . . . . . 1462.11.5. Arménio Ferreira Pinto de Carvalho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1502.11.6. José Luís Paiva Carneiro de Moura. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1522.11.7. Alberto Rodrigues de Matos Ferreira . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 153

CAPÍTULO IV

O ENSINO DA UROLOGIANA UNIVERSIDADE COMO ESPECIALIDADE

2.12. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 157

236

CAPÍTULO V

REFLEXÕES FINAIS

CAPÍTULO VI

ORDEM DOS MÉDICOS

Regimento do Colégio da Especialidade de Urologia(Versão de 1998). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 167

Parâmetros de avaliação de idoneidades dos serviços de urologia . . . . . 209

Bibliografia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 225

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