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Arquivologia Prof. Darlan Eterno AULA 2

Arquivologia - Amazon S3 · AULA 2 Vamos entrar hoje em alguns tópicos da legislação, que trata dos órgãos/sistemas de arquivo: O papel do Arquivo Nacional é de guardar e disponibilizar

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Arquivologia

Prof. Darlan Eterno

AULA 2

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Arquivologia

AULA 2

Vamos entrar hoje em alguns tópicos da legislação, que trata dos órgãos/sistemas de arquivo:

O papel do Arquivo Nacional é de guardar e disponibilizar documentos. Porém, cuidado: o Ar-quivo Nacional vai guardar documentos dos órgãos dos três poderes? Não, apenas do Executi-vo, na esfera federal. Ou seja, o Ministério Público não irá mandar os seus documentos para lá. Temos, por exemplo, documentos de autarquias, da Polícia Federal, de diversas outras entida-des. Lembrem-se, não são todos os documentos que são enviados, são os documentos históri-cos. O Arquivo Nacional tem duas unidades, uma no Rio de Janeiro e outra em Brasília.

Conarq (Conselho Nacional de Arquivos): o Conarq não é um conselho de arquivistas. É um conselho de arquivos. Ou seja, os representantes dos diversos arquivos das diferentes esferas vão integrar este conselho. Quando falamos em conselho, essa palavra nos remete a alguém que determina normas, diretrizes. O papel do Conarq é definir a política nacional de arquivos. No Brasil, temos uma política de arquivos já bem antiga, com normas desde a década de 60. O Conarq foi criado pela Lei 81159, em 1991, e a partir disso aí tivemos esta inserção do papel no conselho. O conselho define as diretrizes. Ao entrar na página do Conarq podemos ver uma sé-rie de normas, este é o papel que ele tem. E são normas bem variadas. Uma coisa que o Conarq determina, por exemplo: todos os órgãos e entidades públicas quando vão eliminar documen-tos, devem publicar um edital de eliminação. Se tem alguém para definir as normas, tem que ter alguém para colocá-las em prática. As normas são implementadas pelos arquivos públicos de todo o Brasil. Imagine a Universidade Federal do Rio Grande do Sul: o arquivo está localizado neste Estado e deve colocar em prática o que o conselho definiu. Quando os arquivos imple-mentam as normas do conselho, eles estão executando uma das suas finalidades, que é o papel dos integrantes deste grande sistema que é o SINAR.

O SINAR não é um sistema informatizado. É um sistema porque todos os agentes atuam de forma sistêmica. O arquivo da UFRGS, o arquivo da UNB, o arquivo da Câmara, por exemplo. No local em que estão, imaginariamente, estão ligados ao grande sistema chamado SINAR, onde cada um deles tem o importante papel de implementar a política nacional de arquivos, ou seja, colocar em prática aquilo que o Conarq definiu. Estão entendendo esta diferença? O conselho se reúne, faz as políticas, daí todas os arquivos públicos, de todas as esferas, de todos os po-deres, coloca isso em prática fazendo a implementação, por integrarem este grande sistema que é o SINAR. Só que, vejam, os arquivos públicos integram esse sistema por força de lei, mas podemos ter também no SINAR arquivos privados. Se uma instituição privada definir que quer fazer parte, seguir as determinações do Conarq, participar dos evento, pode. Atenção: existe a possibilidade. Já caiu questão em prova: os órgãos públicos devem integrar o SINAR por ade-são. Não! É por força de lei. A lei determina que todos os arquivos públicos, de todas as esferas, integrem esse sistema. Quem integra o SINAR por adesão são as entidades privadas.

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*Teoria das três idades (ciclo vital dos documentos): Na aula 1, trabalhamos várias classifica-ções. Vamos relembrá-las?

O arquivo tem quatro classificações: entidade mantenedora, extensão/abrangência, natureza dos documentos e estágios de Evolução. Esta classificação será abordada agora também na te-oria das três idades, que divide o arquivo em corrente, intermediário e permanente. Como va-mos definir cada uma das fases? Quais os critérios que vamos utilizar? Esta teoria é pautada em dois critérios: pela frequência de uso. Para saber se está na primeira, segunda ou terceira fase, é preciso saber se ele está sendo muito utilizado pela instituição, ou pouco. O segundo pilar são os próprios valores do documento. Quando falamos em valores, falamos do valor primário ou do valor secundário. Estes são os valores documentais. Eles têm relação com as finalidades que o arquivo tem. Lembram das duas finalidades? A quem o arquivo serve? À administração e à história. Estas finalidades tem relação com estes valores: quando o arquivo serve à administra-ção, ele tem valor primário. Já quando serve à história, tem valor secundário. O valor primário tem o sinônimo de valor administrativo ou imediato. Já o secundário, é também chamado de histórico, e com valor mediato. Por exemplo, digamos que vamos criar um documento hoje. Todo documento, quando nasce, tem valor primário. Só que, num dado instante, o documento vai perder esta perspectiva primária, vai deixar de servir à administração: o valor primário se esgota com o tempo. O valor primário tem a característica de ser temporário. E, todos os docu-mentos da instituição vão adquirir o valor secundário? Não, na verdade uma pequena parte vai adquirir o valor secundário, e esta pequena parcela tem que ser preservada de forma definiti-va, por o valor secundário tem essa característica, ele é definitivo.

Representação da teoria:

Notem: são três idades: corrente, intermediária e permanente. Os documentos podem passar de uma fase para a outra. Reparem: o documento pode passar da fase corrente direto para a fase permanente. Ou seja, a fase intermediária não é obrigatória. Ou ele pode fazer o caminho linear: corrente - intermediário - permanente. Você não deve confundir os termos transferên-cia e recolhimento. É muito comum em prova construções em que os termos são invertidos. Para saber se é transferência ou recolhimento, você não precisa analisar de onde o documento veio, a origem não interessa, o que importa é o destino. Se o documento foi para o arquivo per-manente, não interessa se ele veio da fase corrente ou intermediária, é sempre o recolhimento. Quando é para a fase intermediária, temos a transferência. Reparem também que temos valor primário tanto na fase corrente quanto na fase intermediária. Cuidado! A teoria tem três ida-des, mas apenas dois valores: primário (1ª e 2ª fase) e secundário (3ª fase). Quando falamos em valor primário no arquivo corrente e intermediário, temos uma gradação. Na fase corrente, o valor primário está no seu nível elevado. Depois de um tempo, o documento vai perdendo

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esta perspectiva de uso e o documento vai tendo um decréscimo do valor primário, que vai diminuindo junto com a frequência de uso. No arquivo permanente ele não tem valor primário: ele perde todo o valor primário e adquire o valor secundário. O arquivo corrente também é chamado de ativo, o intermediário de semi-ativo e o permanente de inativo. Importante lem-brar que este ciclo é unidirecional.

1ª fase:

• Documentos de uso frequente

• Localiza-se próximo ao usuário

• Setorial/Central

• Guarda em pastas (escolhida pela facilidade de manuseio. Cuidar na prova, em pastas sus-pensas, o documento está na posição vertical - sempre cuidar em relação ao solo)

• Acesso restrito (não tem nada a ver com sigilo, é uma restrição administrativa. Quem pode acessar o documento é quem trabalha no setor. Outros setores também podem acessar, se autorizados)

• Tramitação (é o trajeto que o documento faz, onde serão tomadas decisões acerca do obje-to daquele documento. A tramitação não é uma movimentação qualquer, ela sempre envol-ve decisões, e ele está na fase corrente)

• Atividades: protocolo, expedição, arquivamento, consulta, empréstimo e destinação (não são únicas, são as principais)

2ª fase:

• Documentos de uso eventual

• Pode estar próximo (dentro) ou distante (fora) - Como o uso é eventual, podemos optar por onde guardar. Por exemplo, em Brasília, os Ministérios. São bem antigos, e, muitas vezes, a documentação não há espaço mais, então, é criado um arquivo intermediário em outro bairro. Isto é possível, pois o uso é eventual. O novo local deve ser buscado também com o custo por metro quadrado menor, ou seja, isto gera uma redução no custo de guarda dos arquivos.

• Sempre arquivo central (Não posso guardar no setor de trabalho documentos que eu uso com pouca frequência, ocupando local precioso. Ele sai do setor e vai para o arquivo cen-tral. Podemos optar se ele vai estar dentro ou fora, mas é sempre arquivo central.)

• Caixas (vertical/horizontal)

• Acesso restrito

• Documentos vão aguardar destinação final, ser eliminado ou ser guardado permanente-mente, se servir à história da instituição.

• Atividades: empréstimo, consulta, arquivamento (não são únicas, são as principais)

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3ª fase:

• Perdem toda perspectiva administrativa

• Pode estar próximo ou distante

• Sempre arquivo central

• Caixas (vertical/horizontal)

• Acesso é aberto ao público (Quando o intermediário manda para o permanente, já tem essa informação que não há restrição de acesso. Ou seja, não existe documento sigiloso na fase permanente)

• Atividades: arranjo, descrição, publicação, conservação, referência

Vamos à legislação:

Lei 8159/91:

Art. 8º Os documentos públicos são identificados como correntes, intermediários e permanentes.

§ 1º Consideram-se documentos correntes aqueles em curso ou que, mesmo sem movimenta-ção, constituam objeto de consultas freqüentes.

Fique claro que o arquivo corrente pode estar em curso pelas áreas, ou pode estar parado, ou seja, sem movimentação, em um setor específico. Mesmo assim, ele será objeto de consultas frequentes.

§ 2º Consideram-se documentos intermediários aqueles que, não sendo de uso corrente nos órgãos produtores, por razões de interesse administrativo, aguardam a sua eliminação ou reco-lhimento para guarda permanente.

§ 3º Consideram-se permanentes os conjuntos de documentos de valor histórico, probatório e informativo que devem ser definitivamente preservados.

Ou seja, não podemos eliminar documentos permanentes. Posso eliminar já na fase corrente, se o documento esgotar o valor primário, não for servir à história, posso eliminar também na fase intermediária.

Art. 10. Os documentos de valor permanente são inalienáveis e imprescritíveis.

Isto também já foi questão de prova! Inalienável é algo que não pode transferir a propriedade: não posso vender, trocar e nem doar. Imprescritível é algo que não tem prazo, a perspectiva histórica não prescreve.

Vamos praticar:

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53. (CESPE – MPU – 2010)

A função do arquivo intermediário é possibilitar o armazenamento de documentos que, embo-ra usados com pouca frequência, devem ser mantidos, por questões legais, fiscais, técnicas ou administrativas.

( X ) Verdadeiro   ( ) Falso

54. (CESPE – MS – 2008)

O arquivo setorial é aquele estabelecido juntos aos órgãos operacionais, cumprindo funções de arquivo corrente.

( X ) Verdadeiro   ( ) Falso

Setorial cumpre função de arquivo corrente? Sim.

55. (CESPE – ANTT – 2013)

Os documentos de valor permanente são inalienáveis, mas prescritíveis.

( ) Verdadeiro   ( X ) Falso

Errado! Nós vimos que eles são imprescritíveis.

56. (CESPE – SERPRO – 2013)

Ao se implantar um programa de gestão documental, o acesso aos documentos que apresen-tam valor imediato será restrito ao setor.

( X ) Verdadeiro   ( ) Falso

Onde temos valor imediato, em quais fases? Corrente e intermediária. Nestas duas fases, o acesso é restrito. Quando é restrito ao setor, não é apenas restrito a quem é do setor, também é para autorizados.

57. (CESPE – ANS – 2013)

Para facilitar o acesso rápido ao material, recomenda-se que arquivos correntes sejam armaze-nados em caixas-arquivo.

( ) Verdadeiro   ( X ) Falso

Devemos guardá-los em pastas.

58. (CESPE – MTE – 2014)

Os arquivos correntes, por serem formados pelos documentos com grande possibilidade de uso, devem ficar próximos dos usuários diretos.

( X ) Verdadeiro   ( ) Falso

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59. (CESPE – TRE-MA – 2009)

Os arquivos correntes são alocados perto dos seus usuários diretos, devido à grande possibili-dade de uso que apresentam, e são conhecidos também como arquivos ativos.

( X) Verdadeiro   ( ) Falso

60. (CESPE – FUB – 2015)

Documentos pertencentes aos arquivos permanentes podem retornar à fase corrente.

( ) Verdadeiro   ( X ) Falso

Não, nunca.

61. (CESPE – TCE-RS – 2013)

O arquivo permanente é constituído essencialmente de documentos que perderam todo o va-lor de natureza administrativa, mas que devem ser conservados em razão do seu valor históri-co.

( X ) Verdadeiro   ( ) Falso

62. (CESPE – ME – 2008)

Os arquivos correntes são de acesso restrito e devem ficar próximos dos usuários diretos.

( X ) Verdadeiro   ( ) Falso

63. (CESPE – MPU – 2010)

O arquivo permanente é uma extensão do arquivo intermediário, tendo este último a única função de evitar a transferência prematura de documentos do arquivo corrente para o arquivo permanente.

( ) Verdadeiro   ( X ) Falso

O intermediário guarda documento administrativo, e o permanente histórico. Não é extensão.

64. (CESPE – ANP – 2012)

Quando o documento de arquivo tem uma grande possibilidade de uso, ele deve ser considera-do como documento do arquivo corrente.

( X ) Verdadeiro   ( ) Falso

65. (CESPE – SERPRO – 2013)

O arquivamento de documentos no tipo horizontal é recomendado para arquivos correntes.

( ) Verdadeiro   ( X ) Falso

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MPU – Arquivologia – Prof. Darlan Eterno

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Errado. No arquivo corrente, temos o arquivamento vertical. Lembre-se, é em relação ao solo.

66. (CESPE – EBC – 2011)

A transferência de documentos dos arquivos correntes para os intermediários deve ser feita mediante registro em uma listagem de transferência.

( X ) Verdadeiro   ( ) Falso

Sim. Imagine que você está em seu setor e vai mandar duas caixas para o arquivo intermedi-ário. Você, antes de entregar, vai entregar uma listagem, recolher assinatura, formalizando a entrega.

67. (CESPE – MPU – 2010)

O valor primário dos documentos no arquivo intermediário é crescente.

( ) Verdadeiro   ( X ) Falso

Pelo contrário, este valor é decrescente. Ele diminui junto com a frequencia de uso.

68. (CESPE – DPU – 2010)

Os arquivos correntes, conhecidos como fase pré-arquivo, são constituídos por documentos de valor administrativo.

( ) Verdadeiro   ( X ) Falso

O arquivo corrente não recebe o nome de pré-arquivo, mas sim de ativo. Pré-arquivo é utilizado como sinônimo de intermediário.

69. (CESPE – MPU – 2013)

Os documentos intermediários são aqueles que não possuem uso corrente nas entidades pro-dutoras e aguardam a eliminação ou a transferência para guarda permanente.

( ) Verdadeiro   ( X ) Falso

Atenção, não é transferência, é recolhimento.

70. (CESPE – DPU – 2016)

O acesso aos documentos no arquivo intermediário ainda é restrito aos acumuladores ou àque-les que receberam autorização do setor que os acumulou.

( X ) Verdadeiro   ( ) Falso

Quem são os acumuladores? Os setores que os produzem.

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71. (CESPE – MPU 2010)

Dada a importância da preservação dos documentos que compõem o arquivo corrente de de-terminado setor de trabalho, recomenda-se o arquivamento desses documentos em local afas-tado do referido setor.

( ) Verdadeiro   ( X ) Falso

O arquivo corrente é sempre próximo.

72. (CESPE – CNJ – 2013)

A organização dos documentos de arquivo na fase corrente deve ser realizada de modo diferen-te daquela adotada na fase intermediária. Essa diferença é explicada pelo fato de os documen-tos terem usos distintos nessas duas fases.

( ) Verdadeiro   ( X ) Falso

Quando falamos da organização, estamos falando das embalagens (pastas e caixas)? Não. Quando falamos de organização estamos falando de arquivamento horizontal ou vertical? Tam-bém não. A organização é um critério que eu uso para organizar.

Tanto na primeira fase quanto na segunda, o uso não é distinto, sua frequência é que é diferen-te.

73. (CESPE – DPF – 2014)

A transferência dos documentos dos arquivos correntes para os arquivos intermediários justifi-ca-se pela diminuição do valor primário dos documentos.

( X ) Verdadeiro   ( ) Falso

Sim. Se diminuir o valor primário, dá para um documento ficar na fase corrente ainda? Não. Ele pode ser eliminado? Não. Só eliminamos quando não tem valor algum. Se tem ainda algum valor primário, pode estar no permanente? Não.

*Classificação arquivística

Na aula 1, nós vimos sobre a classificação dos arquivos e documentos, e a classificação era em-pregada com o sentido de caracterização (ostensivo, sigiloso, especializado, especial). Agora, temos a classificação com o sentido de agrupamento de coisas semelhantes, nas mesmas pas-tas, nas mesmas caixas, ou em um mesmo sistema virtual.

Classificação arquivística é o agrupamento dos documentos. Podemos aqui fazer uma compa-ração com o que é feito nas bibliotecas. As classificações são diferentes, mas, em ambas, po-demos fazer o uso de códigos. Na biblioteca, eles são pré-estabelecidos, e no arquivo são reali-zados de acordo com a atividade, mas podemos usar códigos no arquivo também. Se eu for na biblioteca, cada livro tem um código, a partir do código você sabe onde vai guardar aquele livro, e depois quem vai procurar sabe onde vai buscar o livro. No arquivo, eu posso fazer a mesma coisa, antes de guardar o documento na pasta ou na caixa, eu posso colocar um código. Existe essa possibilidade. Para usar esse agrupamento, tem que ser um sistema de códigos conhecido, que estará presente no plano (ou código) de classificação.

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Plano de classificação: instrumento que auxilia na classificação dos documentos, visando a sua guarda e sua localização.

Reparem: primeiro, eu preciso interpretar o documento. Então, hipoteticamente, se eu tenho um documento que fala de comunicação social, o código será o 012. Vamos anotar no papel, à lápis, este código. Quando eu for guardar, vai ser na pasta 012. A classificação serve para guardar o documento, em qual pasta, em qual caixa. Na hora de localizar, também saberá onde está. Esta classificação é sempre feita à lápis. O plano de classificação tem uma estrutura bem simples, um código, e cada um está atrelado a um conteúdo. Este instrumento é universalizado ou não? Cada instituição tem o seu, pois os documentos nascem das atividades, e cada institui-ção tem a sua atividade.

*Avaliação

Por exemplo: você chega em casa, abre uma gaveta e vê que vários documentos não servem mais. Ao mesmo tempo, você vai encontrar que precisa manter. Isso é avaliação. O Ministério Público não consegue guardar tudo o que recebe. Em um dado momento, os documentos são avaliados. Avaliação nada mais é do que a definição de prazos e da destinação dos documentos. Ou seja, na avaliação, defino por quanto tempo vou guardar o documento, se vou descartar ou se vou guardar, mandando para o arquivo permanente. A avaliação utiliza como elementos os próprios valores documentais. Valor primário é guarda do documento temporária, Valor secun-dário é guardar o documento de forma definitiva.

Tabela de Temporalidade: É um instrumento que define prazos de guarda.Ou seja, a tabela vai definir quanto tempo o documento vai ficar guardado no arquivo. A tabela prevê prazos de guarda para as fases corrente e intermediária. Ou seja, ela não vai ser aplicada no arquivo permanente. A tabela também define para nós a destinação final dos documentos (eliminação/guarda permanente) e também a alteração do suporte dos documentos.

O plano tem a ver com a guarda, e a tabela com o prazo de guarda e alteração de suporte.

Microfilmagem é uma forma de alteração de suporte, digitalização também. A tabela vai estabele-cer isso. Esta não é uma atividade simples, é bem complexa. Temos uma norma que diz que todo ór-gão público tem que criar uma comissão permanente de avaliação. É uma comissão com arquivista e com representantes de diversos setores da instituição. Pois, quem trabalha, tem bastante embasa-mento para opinar nesta comissão. Mas a decisão é da comissão, que formaliza a tabela.

Existe uma ideia de que todo documento deve ser guardado por cinco anos, mas isso não é absoluto. Existem casos na tabela de temporalidade que ela estabelece que, enquanto o do-cumento estiver em vigor, deve ser guardado. Cada documento tem um prazo específico. A

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comissão, quando vai criar a tabela, vai primeiro se deter nos prazos legais.Após, a comissão vai estabelecer quanto tempo o documento vai ficar na fase corrente ou na intermediária. Ou seja, a comissão usa como insumo a legislação, e após, as necessidades administrativas. Depois de pronta, a tabela tem que ser aprovada por autoridade competente. Essa autoridade varia conforme o órgão.

Olhem a unidade de tempo utilizada para mensurar o prazo: anos. Esta é a regra. Só que esta regra tem uma exceção, “enquanto vigora”. É uma indicação de vigência, vamos ter nele uma outra forma de mensurar o prazo. Tem documento que você não consegue prever o prazo exa-to. Então, você vai estabelecer uma condição para guardar. Vamos usar um exemplo: o regi-mento interno do MPU. Dá para prever por quanto tempo ele vai vigorar? Não consigo prever. Ou seja, enquanto ele vigorar, deixo na fase corrente. Quando vier o regimento novo, digamos que, hipoteticamente, irá para a fase intermediária, e depois a permanente. Percebam que os prazos são variáveis. Ou seja, o prazo de guarda depende do documento.

Observação: Embora não seja a realidade do MPU, ela é cobrada em prova: Via de regra, cada instituição tem o seu plano de classificação. Cada instituição tem a sua tabela de temporalida-de. Essa é a regra. Essa regra, porém, não vale para o Executivo Federal. Eles adotam um plano de classificação e uma tabela de temporalidade que abrangem suas atividades-meio. O Conarq estudou o executivo e elaborou uma tabela que todo Poder deve utilizar, de forma obrigatória. Os ministérios têm atividades-meio muito parecidas, pois seguem a legislação, tem documen-tos semelhantes. Mas isso não pode ser aplicada em atividades-fim, pois cada ministério tem uma atividade, uma finalidade diferente do outro. Não tem como criar um instrumento que contemple a atividade finalística de todos.

74. (CESPE – ANCINE – 2012)

A exemplo das demais agências reguladoras, a ANCINE é responsável pela elaboração de suas próprias tabelas de temporalidade de documentos da atividade meio.

( ) Verdadeiro   ( X ) Falso

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ANCINE é uma Agência Reguladora, vinculada à um ministério executivo, logo, estão vinculadas ao Executivo Federal. Tem que seguir a tabela do Conarq. E o MPU? Não.

75. (CESPE – MTE – 2014)

Na avaliação de um grande volume de documentos de arquivo, a decisão sobre eliminação de um documento e a consequente operacionalização são finais e irrevogáveis.

( X ) Verdadeiro   ( ) Falso

Sim, destruir um arquivo é irrevogável.

76. (CESPE – CNJ – 2013)

A avaliação dos documentos de arquivo é feita com base na tabela de temporalidade que, além dos prazos de guarda nas idades corrente e intermediária, indica a eliminação ou guarda per-manente dos documentos.

( X ) Verdadeiro   ( ) Falso

77. (CESPE – IBRAM – 2009)

Os documentos públicos, em suporte papel, destinados à eliminação, após cumprirem o prazo estabelecido no edital de eliminação de documentos, devem ser incinerados.

( ) Verdadeiro   ( X ) Falso

Só após o prazo do edital podemos descartar os documentos. Jamais devem ser incinerados, devem ser fragmentados (papel).

Resolução 40 do Conarq:

Esta resolução fala como iremos eliminar os documentos.

Art. 5º A eliminação de documentos arquivísticos públicos e de caráter público será efetuada por meio de fragmentação manual ou mecânica, pulverização, desmagnetização ou reformata-ção, com garantia de que a descaracterização dos documentos não possa ser revertida.

Pulverização é usada para CD’s e DVD’s. Desmagnetização, fita magnética. Reformatação é para pendrive, HD. Em nenhum momento fala-se de incineração.

78. (CESPE – BACEN – 2013)

A tabela de temporalidade de documentos é instrumento de gestão aprovado por autoridade competente que permite gerenciar a massa documental acumulada e avaliar o prazo de guarda e a destinação final dos documentos produzidos ou recebidos por uma instituição.

( X ) Verdadeiro   ( ) Falso

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79. (CESPE – DPU – 2010)

O instrumento auxiliar adotado na gestão de documentos que possibilita o arquivamento e, posteriormente, a recuperação desses documentos denomina-se plano de

a) descarte.b) retenção.c) arquivamento.d) avaliação.e) classificação.

A assertiva e está correta. Duas palavras falam tudo: arquivamento e recuperação. Se o plano serve para guardar, é a mesma coisa que arquivar, e localizar é a mesma coisa que recuperar. Para não confundir plano com tabela (plano classifica, tabela avalia).

80. (CESPE – STM – 2011)

Nos arquivos corrente e intermediário, os prazos de guarda dos documentos devem ser expres-sos em anos ou pela indicação da vigência dos documentos.

( X ) Verdadeiro   ( ) Falso

81. (CESPE – MPU – 2010)

Os prazos de guarda dos documentos nos arquivos do tipo corrente e intermediário devem ser definidos com base na legislação pertinente e nas necessidades administrativas.

( X ) Verdadeiro   ( ) Falso

82. (CESPE – CNPQ – 2011)

O processo de elaboração do código de classificação de documentos de arquivo estabelece re-lação direta com as funções e as atividades desenvolvidas no órgão ou na empresa.

( X ) Verdadeiro   ( ) Falso

Código de classificação é a mesma coisa que plano de classificação. Esta atividade de elabora-ção estabelece relação direta com as atividades desenvolvidas no órgão ou na empresa.

83. (CESPE – CNPQ -2011)

O código de classificação de documentos de arquivo é aplicado a partir da transferência do do-cumento do arquivo corrente para o arquivo intermediário.

( ) Verdadeiro   ( X ) Falso

Eu vou aplicar o código a lápis antes ou depois da transferência? Antes. Item errado. Este có-digo é colocado na produção documental. Se este documento for externo, quem realiza esta atividade é o protocolo.

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84. (CESPE – CNPQ – 2011)

A tabela de temporalidade de documentos independe da realização de classificação para ava-liar os documentos de arquivo.

( ) Verdadeiro   ( X ) Falso

Para avaliar, eu preciso ou não classificar os documentos antes? Preciso, porque quando você classifica você agrupa nas mesmas caixas documentos semelhantes. Aí, já que está classificado tudo na mesma caixa, tudo vai cumprir o mesmo prazo. Ou seja, a tabela depende da realização de classificação.

85. (CESPE – MPU – 2010)

A destinação final dos documentos deve ser a eliminação, a guarda temporária no arquivo in-termediário, a guarda permanente ou a eliminação por amostragem.

( ) Verdadeiro   ( X) Falso

Eliminação por amostragem é quando você trata de um acervo e escolhe uma amostra. Em ar-quivologia, quando falamos em destinação final, falamos de eliminação ou guarda permanen-te. Guarda temporária e eliminação por amostragem não são tipos de destinação final.

86. (CESPE – MPU – 2010)

O processo de avaliação de um documento tem como resultado a elaboração da tabela de tem-poralidade do documento.

( X ) Verdadeiro   ( ) Falso

Para poder avaliar, nós temos que poder legitimar isso em um instrumento que deve ser ela-borado pela comissão e aprovado pela autoridade competente. A tabela resulta da avaliação? Sim. Após pronta, é um instrumento de avaliação? Sim, pois a partir dela cada documento será avaliado.

87. (CESPE – STM – 2011)

O código de classificação é construído a partir da estrutura organizacional do órgão ou empre-sa em que ele vai ser aplicado, sendo uma reprodução do organograma desse órgão ou dessa empresa.

( ) Verdadeiro   ( X ) Falso

Não é a partir da estrutura, é das funções/atividades. Também não reproduz seu organograma, é um código atrelado a uma função.

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88. (CESPE – MI – 2013)

Os documentos de arquivo devem ser classificados a partir de um código ou plano de classifica-ção de documentos baseado nas funções e atividades desenvolvidas no órgão.

( X ) Verdadeiro   ( ) Falso

89. (CESPE – TRE- MS – 2013)

Ao lidar com os documentos, usa-se a tabela de temporalidade como instrumento para a

a) avaliação.b) codificação.c) classificação.d) descrição.e) indexação

Letra a correta, avaliação. Serve para avaliar documentos.

90. (CESPE – STF – 2013)

De acordo com uma tabela de temporalidade, a destinação final dos documentos de arquivo pode ser a digitalização.

( ) Verdadeiro   ( X ) Falso

Errado. Quais os conceitos de destinação final? Eliminação e guarda permanente. Se fosse per-guntado, na tabela de temporaridade pode alterar o suporte? Sim. Digitalização é uma forma de mudar o suporte.

91. (CESPE – MMA – 2009)

O código de classificação deve ser anotado na primeira folha do documento.

( X ) Verdadeiro   ( ) Falso

92. (QUADRIX – CFO-DF – 2017)

Os arquivos permanentes armazenam os documentos sigilosos

( ) Verdadeiro   ( X ) Falso

Não. Os arquivos permanentes têm acesso público.

93. (CESPE – SERPRO – 2013)

O prazo de guarda indicado para os documentos do arquivo impresso é de cinquenta anos.

( ) Verdadeiro   ( X ) Falso

Depende do documento. Cada documento tem o seu prazo.

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MPU – Arquivologia – Prof. Darlan Eterno

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94. (CESPE – STM – 2018)

O instrumento utilizado para a classificação de documentos de arquivo é o inventário analítico.

( ) Verdadeiro   ( X ) Falso

Instrumento de classificação é plano de classificação.