13

Arte Real 261

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: Arte Real 261
Page 2: Arte Real 261

“Sejas, pois, o motivo das tuas ações e dos teus pensamentos, sempre, o cumprimento do dever, e fazes as tuas obras sem procurares recompensa, sem te preocupares com teu sucesso ou insucesso, com o teu ganho ou o teu prejuízo pessoal. Não caias, porém em ociosidade e inação, como acontece, facilmente, aos que perderam a ilusão de esperar uma recompensa de suas ações.”

Professor Henrique José de Souza

mês de abril chega repleto de comemorações e feriados. A “Semana Santa” e “Tiradentes” são

motivos de sobra para alegria de muitos, ainda, inconscientes da realidade. Na edição anterior, em nosso Editorial, expressamos nossa sincera posição com relação a esse festival de feriados.

O

Comemoramos o Dia do Jornalista (07), no qual, embora tenhamos, contudo, muito que aprender, nos incluímos. No dia 13 de abril, há 178 anos, se executava, pela primeira vez, o Hino Nacional Brasileiro. Já não mais tão inocentes assim, os Índios têm seu dia neste mês (19), enquanto a misteriosa Brasília completa 49 anos, seu sétimo setenário de vida.

Dentre tantas datas, permita-nos, querido leitor, saudarmos o dia 10 de abril, pois, há 117 anos, nascia no bairro de Messejana, em Fortaleza-CE, o ilustre Maçom Benjamim de Almeida Sodré. Após tomarmos conhecimento de sua vida, riquíssima em ações de altruísmo, de virtudes e de tão belos exemplos, de fato, ficamos encantados e, atualmente, temos o grande orgulho e privilégio de tê-lo como patrono na Cadeira nº 11, da qual somos Titular, na Academia Maçônica de Letras, Ciências e Artes do Estado do Rio de Janeiro.

Ao findar o mês de abril, 1/3 do ano terá passado. Muito nos assusta a voragem do tempo, o que não nos permite perceber o quanto já se passou, e tão rápido! Para nós, Maçons, há muito, passou da hora de partimos para ações concretas, ao invés de nos debruçarmos nos feitos do passado e permitirmos que despreparados e/ou mal-intencionados ditem nossos destinos. Conclamamos os Irmãos a uma profunda reflexão, a fim de que, dentro de sua área de atuação, posicionem-se, pautando-se pelos valores de nossa doutrina, de forma a honrarem o avental que os reveste, assim como o fizeram tantos valorosos

Obreiros do passado.

No mês em que se comemora o Descobrimento do Brasil, apresentamos uma interessantíssima matéria, “A Parte Oculta da História do Brasil”, que levará alguns de nossos leitores a navegarem por mares nunca de antes navegados. Na coluna Destaques, temos a matéria do valoroso Irmão Anatoli Oliynik, “Buscando Novos Paradigmas”. A coluna Ritos Maçônicos, mais uma vez, traz um tema, ainda, desconhecido para muitos: “A Origem da Franco-Maçonaria Florestal”, de autoria de Spartacus Freemann.

A coluna Reflexões apresenta a matéria de autoria do escritor Sul Mineiro Rubem Alves, “Escutatória”, para a qual peço uma leitura meditativa devido à profundidade de seus ensinamentos.

É sempre muito gratificante podermos publicar mais uma edição. Não

fosse a prestimosa participação de nossos leitores, enviando-nos suas críticas, sugestões e

considerações, não teríamos como nos orientar e buscar, incessantemente, a excelência deste trabalho. Se não

houvesse matérias, criteriosamente selecionadas, de valorosos autores que nos enriquecem

culturalmente, nosso sucesso, talvez, estaria por vir.

Vale ressaltar a importância do patrocínio de parte de nossos Irmãos anunciantes e de nossos Irmãos colaboradores que se predispõem a participar dessa empreitada, por verem a seriedade, dedicação e respeito com que vimos tratando a cultura maçônica, sem o que não poderíamos chegar ao altaneiro patamar de qualidade, onde, hoje, encontra-se a Revista Arte Real.

Somos a todos eternamente gratos e estamos conscientes de que a participação dos Irmãos é a principal responsável por essa vitoriosa caminhada.

Continuem participando da Revista Arte Real. A cultura maçônica agradece! ?

a b

Page 3: Arte Real 261

Capa – A Parte Oculta da História do Brasil..............CapaEditorial....................................................................................2Matéria da Capa – A Parte Oculta da História do Brasil.3Destaques - Buscando Novos Paradigmas..............................5Informe Cultural – A Casa do Maçom....................................7

- XIV Encontro da Cultura Maçônica..7

Os Grandes Iniciados – Platão.....................................................8Ritos Maçônicos – A Origem da Franco-Maçonaria Florestal..9Trabalhos – Coluna da Harmonia..................................................10 - História da Loja Estrela do Oriente.........................11Reflexões – Escutatória................................................................12 Lançamentos – Livros....................................................................13

A Parte Oculta da História do BrasilA Parte Oculta da História do BrasilFrancisco Feitosa

ste ano, no dia 22 de abril, comemoraremos 509 anos do descobrimento de nosso Brasil. Uma

jovem nação em relação aos países do velho mundo. Promissora e reconhecida por todos como o país do futuro, celeiro do mundo. Apesar da história de descasos, subtrações e falta de consciência de seu povo, o Brasil, por força da LEI divina, tem uma missão muito importante no contexto mundial e no processo evolucional da humanidade.

E

Denominado pelos europeus como o Eldorado, e seu povo como a raça dourada, vemos, época após época, a confirmação de tal afirmativa. O povo brasileiro é um caldeamento cultural e racial que não se encontra em qualquer outra parte do mundo. É a raça dourada portadora dos valores da Era de Aquarius. Haja vista as intuídas palavras do etnólogo mexicano José de Vasconcelos:" é dentre as bacias do Amazonas e do Prata que sairá a raça cósmica, realizando a concórdia universal, porque será filha das dores e das esperanças de toda a humanidade".

A Divindade, quando se propõe a um trabalho, o faz dentro de um planejamento. Pelas informações, que temos através da história, notamos que há um caminhar da evolução da humanidade no sentido Leste para Oeste. Por volta do ano 850 a.C., o mundo conhecido era só aquela região situada nas margens do Mediterrâneo e adjacências, não passando, nenhum navegador das chamadas Colunas de Hércules, que conhecemos, hoje, como o Estreito de Gibraltar. Entretanto, havia um povo, os Fenícios, que, por terem técnicas avançadas de navegação para a época, se dedicaram a comercializar produtos encontrados em terras de além-mar, conhecendo, dessa maneira e muito bem, as Américas, onde tentavam fundar uma colônia.

A capital da Fenícia, Tiro, naquela época, era governada pelo Rei Badezir. Conta a história oculta que o rei tinha oito filhos, cujo primogênito se chamava Yetbaal (o Deus branco). Seus irmãos, devido ao rei

dedicar especial atenção a ele, pelos seus dotes espirituais e por sua alta inteligência, por inveja, tramaram contra o Rei e conseguiram destroná-lo, expulsando-o junto com dois de seus irmãos diletos, Yetbaal e Yetbaal-bey.

Com essa revolta, insuflada por elementos das castas militar e religiosa, o país passou de Império a República. A flotilha, armada para trazer o rei, os príncipes, escravos, sacerdotes e alguns elementos do povo, fiéis à realeza, era composta por seis navios: no primeiro, vinham Badezir, os 2 filhos, 8 sacerdotes, sendo o primeiro o sumo sacerdote, com o nome de Baal-Zim (o Deus da Luz ou do Fogo), os escravos núbios e a marinhagem, acompanhada de soldados, que deveriam voltar depois ao Império Fenício; nos outros, além de

gente do povo, vinham 49 militares, também, expulsos do país, por terem ficado ao lado de

Badezir e seus dois filhos mais velhos, e mais 222 seres, a bem dizer, a elite do povo fenício.

Todos tinham como destino o Brasil e, aqui, plantaram as sementes transformadoras do

Brasil Fenício em Brasil Ibero-Ameríndio, um cadinho, originando o maior caldeamento de

raças de que se tem notícia em toda a história universal.

Assim, as duas cortes ficaram constituídas: a temporal, pelo rei Badezir, pelos

sacerdotes da sua antiga corte, alguns militares, etc., ocupando toda a região, que vem do Amazonas até Salvador, na Bahia. Daí até onde é, hoje, o Rio Grande do Sul, ficava a corte espiritual, dirigida por Yetbaal, na sua forma dual, acompanhada pelos escravos núbios, pelos 222 elementos da elite fenícia e algumas outras pessoas, que não vem ao caso apontar.

O governo espiritual se estabeleceu na região que os índios chamavam Nish-Tao-Ram (Nictheroy), ou Caminho Iluminado pelo Sol, hoje, Rio de Janeiro, e a Pedra da Gávea foi transformada em templo. Quis a má sorte que seus filhos (parelha manúsica) soçobrassem em uma barquinha, quando atravessavam a Baía da Guanabara com um dos escravos núbios. Badezir ordenou a mumificação dos corpos, inclusive do escravo, e mandou que fossem colocados na Pedra da Gávea, que se transformou em templo-túmulo, encerrando, de maneira trágica, mais uma página da história de um Avatara.

Page 4: Arte Real 261

Badezir, não resistindo ao sofrimento, veio a falecer pouco tempo depois, e pedindo que fosse colocado ao lado dos filhos. Ali permaneceu sete anos, findo os quais, foi transferido para um santuário na região amazônica, até hoje, não encontrado. Mas o trabalho não foi infrutífero, pois conseguiram plantar a semente de algo para o futuro. Até o nome da região foi tirado do monarca, pois Badezir se compõe de Bad+Zir, sendo o prefixo Bad uma variação de Baal, que quer dizer o Deus Principal, e Zir significa Senhor. Então, Badezir significa o Deus Maior; trocando-se Bad por Baal, temos Baalzir, que passou a Baalzil e, finalmente, Brasil.

A prova de que houve uma civilização fenícia em terras brasileiras está na inscrição da Pedra da Gávea, que o nosso Champolion, Bernardo da Silva Ramos, decifrou como sendo "Tiro Fenícia Badezir Yet-Baal", e o insigne Mestre, o Prof. Henrique José de Souza, fundador da Sociedade Brasileira de Eubiose, completou-a, pois estava estragada pelo tempo, como "TIRO FENÍCIA YET-BAAL PRIMOGÊNITO DE BADEZIR". Além dessa, há uma infinidade de inscrições fenícias em pedras e cavernas do Nordeste, das quais os historiadores não querem dar conta, pois teriam que modificar muito os seus conceitos.

O tempo foi passando e as civilizações se sucedendo em terras do Norte, seguindo o traçado da Lei, até que, por volta dos séculos XV e XVI, começou a grande arrancada para o ocidente, enfrentando-se os “mares nunca de antes navegados”.

Em Portugal, havia um rei, D. João I, o Mestre de Avis, cujos filhos, por obras valorosas sublimaram a Dinastia Avis. O mais novo, com o nome de Henrique, na onda de acontecimentos novos, que se estavam desenrolando na época, fundou, num promontório ao sul de seu país, um centro náutico conhecido como Escola de Sagres; por isso ele passou para a história com o nome de Infante Henrique de Sagres (J.H.S). Nessa Escola, que era, ocultamente, um colégio iniciático, se desenvolviam as mais altas técnicas de navegação, cujo assunto não vamos detalhar por ser sobejamente conhecido e ensinado desde a escola primária. Por isso, passemos a estudar sua parte oculta.

Quando o Infante Henrique de Sagres atravessou as fronteiras de Oráculos (Gibraltar), teve um grande sobressalto, ao descobrir, ao longe, a estátua de um Cavalheiro, apontando para o "OCIDENTE". Nós, hoje, podemos dizer a razão de semelhante "sobressalto": aquela estátua não era mais do que um MARCO definidor do papel, que ia ter, em breve, o Ocidente, em substituição ao Oriente, na evolução humana. Assim o “EX ORIENTE LUX”, de Emmanuel Swedenborg, foi trocado pelo “EX OCCIDENTE LUX”, de Henrique José de Souza.

Entretanto, Henrique de Sagres não chegou a ver o ciclo das grandes navegações, mas a semente plantada deu frutos e uma boa colheita. De todos os envolvidos nas grandes descobertas do mundo ocidental, aqueles

que mais se ligam ao caminhar da mônada em direção ao Sul são Colombo e Cabral. O primeiro descobriu a América como um todo, e o segundo particularizou a região do Brasil, como a dizer que, aqui, seria uma terra especial, o berço da futura civilização.

O verdadeiro nome de Colombo era Salvador Gonçalves Zarco; era genovês. Adotou o nome de Cristóvão Colombo (AVIS RARIS IN TERRIS), ou, antes, Cristopherens Columbus, "Aquele que carrega o Cristo e é, ao mesmo tempo, a Ave, a Pomba do Espírito Santo (Columba)”, que ele mesmo saudava na sua sigla. Colombo procurou diversos governos para realizar sua empreitada, e conta a história que foram os reis de Espanha, com Isabel, a católica, que lhe deram tal auxílio. Existe, entretanto, uma frase dita por alguém, quando a rainha se dispôs ao evento: "Majestade, a essa altura, Colombo já está em alto mar".

Cabral, que quer dizer cabra, possuía por emblema uma árvore, com três cabritos: um, em cima, e dois laterais, embaixo. A árvore representa a genealogia dos Kumaras, termo, que vem de: KUMA (sânscrito), cume elevado; MARA (sânscrito),

energia, a que vem de cima. Conta-nos a história profana que Cabral tinha

por missão descobrir um caminho para a Índia, fora das calmarias, que se encontravam com frequência nas costas africanas. Em verdade, ele fazia parte de um movimento ligado à Grande Fraternidade Branca e

saiu de Portugal com a missão de encontrar terras a oeste, seguindo o caminho mostrado pelo gigante de pedra, que se encontra em uma das

Ilhas Canárias. Portanto, Colombo e Cabral formavam uma

polaridade: Aquele, com a finalidade de tocar em terras do Norte da América, haste lunar, berço da sexta Sub-Raça; Este, com a finalidade de tocar em terras do Sul da América, como a mostrar a manifestação da sétima Sub-Raça, completando a haste solar. A Lei chamaria de Missão “Y” a tais manifestações.

Longe da “estória” oficial, que nos contam nos bancos escolares, a verdadeira História do Brasil é parte de um movimento oculto, como preparação para o surgimento da raça dourada e para o Advento do Cristo Universal, o Avatara Maitreia da Era de Aquarius.

Nas palavras do Excelso Mestre JHS, o Brasil é o “Santuário da iniciação do gênero humano a caminho da sociedade futura”.

O Império americano, como todo Império, já mostra sinais de falência. Os tempos são chegados, e, lamentavelmente, muitos, ainda, cobertos pelas vendas do materialismo, não percebem e nem perceberão tais mudanças. Mais tarde, com outro estado de consciência, no silêncio de meditações, ecoará em suas mentes, a frase tantas vezes repetida pelos Mestres de Sabedoria:

“Estive entre vós e vós não Me reconhecestes!”Salve o Brasil, pátria do Avatara da Era de Aquarius!*Compilação baseada nos ensinamentos do Professor

Henrique José de Souza, através das apostilas dos cursos ministrados na Sociedade Brasileira de Eubiose. www.eubiose.com.br ?

a b

Page 5: Arte Real 261

Buscando Novos ParadigmasBuscando Novos ParadigmasAnatoli Oliynik*

om a chegada do terceiro milênio, as instituições, em todo mundo, encontram-se em transição e

experimentam o amargo estertor de uma fase, que está chegando ao fim. Estamos vivendo o momento da grande ruptura histórica, que se avizinha.

CÉ como se estivéssemos na Idade Média, numa

fase de repensar, de análise, de estudos, de observação. O estado de letargia, próprio da Idade Média, pelo menos em sua primeira época, não pode ser repetido ou vivenciado dentro de nossos templos maçônicos. Vale dizer que a Maçonaria não pode ficar imune, ou deixar de sentir os reflexos da realidade, que aí está. O problema é muito mais sério do que se possa imaginar. Se permitirmos que a letargia se instaure nos templos maçônicos, os reflexos negativos serão de tal amplitude, que os seus membros acabarão dormindo sobre os louros de um passado, que foi brilhante, glorioso, próspero e significativo, e, com isso, comprometer o futuro histórico da própria Instituição.

A Maçonaria de hoje não tem influência sobre decisões governamentais ou de vulto como tinha no passado. Os Maçons, que estão na Câmara dos Deputados ou no Senado, não a estão representando condignamente. Talvez, porque não tiveram escola nos templos maçônicos e, com isso, ficaram defasados no tempo e no espaço, nos bancos da aprendizagem, do companheirismo e do mestrado. Tudo que ouviram foi o ressoar compassado dos malhetes e nada aprenderam. Não foram preparados para os problemas que afligem a Pátria e o mundo, porque estes assuntos estão proscritos ou são simplesmente ignorados. Prevalece o comportamento leviano da cultura da razão cínica.

De nada adianta coletar os melhores elementos da sociedade se estes não forem preparados para defender os programas da Maçonaria. Quantas vezes são escolhidos os insontes, os amorfos, os conformados, porque são cidadãos pacatos, bons chefes de família e de bom comportamento, que, muitas vezes, só fazem dormir ou ocupar lugares nos templos maçônicos.

É possível sair desse estado de letargia e passar para um estado de ação dinâmica, próspera e brilhante. Basta recordar que, após a Idade Média, o mundo experimentou o alvorecer primoroso da Renascença, que

trouxe luzes e novos horizontes para o orbe, então, aparentemente hermético, apático, circunscrito e inoperante. Basta recordar, ainda, que, com o Renascimento, o mundo das artes, das idéias, da literatura e das ciências experimentou o seu maior esplendor, constituindo-se no ponto de partida para a evolução social, política e econômica que lhe sobreveio.

Nas sessões maçônicas, o que se vê, na prática, é perder tempo inócuo na leitura de quilométricas atas e de correspondências estéreis. A ata deveria ser tão concisa e concentrada quanto possível, desprezando-se muita discussão, palavrório vazio e opiniões, que não levam a nada. Seria melhor um extrato, um resumo rápido e sucinto. Muitos dos expedientes lidos poderiam ser dispensados, mediante estudo prévio do Mestre da Loja (Venerável) e de Secretário, e arquivados sumariamente, para não tomar o tempo das sessões.

Para as Lojas, deveriam ser levados assuntos previamente inscritos, estudados e com real importância, a fim de não se perder tempo em discussões estéreis, que quase nunca decidem ou não conduzem a nada útil e palpável.

Todo maçom vive numa sociedade e sente problemas afligentes da sua profissão e da coletividade. Poderia ser usado um bom tempo dos trabalhos na exposição e discussão desses problemas. As Lojas têm, ao menos a maioria, um membro médico. Ele poderia expor os problemas do aborto sob seu aspecto legal, clínico, psicológico, religioso e social e as consequências que ele motiva, ou falar do controle da natalidade e da planificação familiar. Poderia, ainda, falar sobre os problemas da saúde e dos hospitais tão freqüentes e relegados nos dias de hoje. Existem, ainda, centenas de outros assuntos, que poderiam ser abordados com muita propriedade. As Lojas do Rito de York, por exemplo, em sua estrutura ritualística, dispõem de uma facilidade extraordinária, para colocar a Loja em descanso e introduzir, no Templo, as nossas cunhadas, sobrinhos e convidados para debaterem conosco as questões pelas quais se interessem. Tudo isso pode ser realizado com extrema facilidade, pois a abertura e o encerramento das sessões, no referido Rito, são de uma objetividade extraordinária, de forma que os convidados, não teriam que esperar por muito tempo na antessala.

Page 6: Arte Real 261

Um psicólogo, um filósofo ou um pedagogo da rede escolar poderia falar sobre os problemas da infância desnutrida, marginalizada, e discutir suas consequências, num fórum de debate. Um advogado poderia falar sobre os problemas e consequências da marginalidade infantil, da juventude delinquente, do menor abandonado e, também, dos adultos encarcerados que não se recuperam, mas se corrompem nas prisões. Poderia falar, ainda, dos problemas políticos atuais, marcantes e insolúveis, e suas consequências nefastas, tráfico e do consumo de drogas, notadamente em nossa população juvenil, e assim por diante. Nesse ponto, o Grande Oriente do Brasil está realizando um trabalho extraordinário, a partir de um estudo iniciado, desenvolvido e experienciado pelo Grande Oriente do Estado de Goiás, sob a coordenação do Eminente Grão-Mestre Estadual, José Ricardo Roquete.

Cada membro da Loja tem os seus problemas do dia-a-dia, no confronto com o mundo profano. Talvez, ele gostaria de expor, discutir e compartilhar com os irmãos os problemas que o afligem, obter alguma luz que o ajude a resolvê-los ou, quando muito, encontrar um pouco de solidariedade na sua convivência com os mesmos.

A Maçonaria deve ser a caixa de ressonância dos problemas humanos e sociais. Assim, cada irmão estaria inteirado da problemática existente. Dessa forma, estaria preparando homens atualizados, que ajudariam, com seu discernimento, inteligência e estudo, os agravantes problemas sociais, políticos e econômicos, com os quais a nossa coletividade e a sociedade se defrontam. Assim, formado o Maçom, com pouco tempo de Loja, estaria apto a desempenhar, na sociedade, o papel que lhe compete, seja à frente de empresas públicas ou particulares, seja na representação de nossas Câmaras políticas ou nas representações de classes e órgãos de assistência social.

Toda escola, que se dedica a ensinar os problemas teóricos ou os de simples formação humana, tende a sucumbir, porque os problemas, enfeantados por seus alunos lá fora são diferentes e mais complexos que aqueles, ministrados nas aulas, sistematicamente, teóricas. A Maçonaria deve ser educativa, progressista e evolutiva; como tal, deve ensinar toda a complexa gama de ensinamentos, e não só a moral dos nossos rituais, excelentes e magníficos. Uma coisa é certa: um possível

acomodamento da Ordem poderá levá-la ao contraste entre o que prega e o que faz. Com isso, estará cada vez mais defasada e superada, quando muito, não passará de um clube de serviço, favorecendo grupos de profissões ou consagrando representantes das mais variadas profissões. Continuará à margem da solução dos problemas nacionais, simplesmente, porque não se interessa por eles. Seguirá, a exemplo dos irracionais, discutindo questiúnculas, ou disputando com egoísmo e personalismo, cargos e posições na Loja.

A Maçonaria deve ser uma escola viva, com a ousadia e coragem de erguer seus púlpitos de fé na defesa da cidadania, da dignidade do ser humano, amontoado em barracos de papelão, pendurado em morros, dormindo sob viadutos, pontes, marquises, compondo imensas populações marginalizadas e oprimidas, vivendo em favelas infestas das nossas cidades, entre tantas outras mazelas, para as quais preferimos fechar os nossos olhos para não enxergar, talvez por receio de sermos acusados pela própria consciência.

Os Maçons devem fazer tudo isso e muito mais, nunca no sentido de contestar ou subverter as formas de governo, mas com o objetivo de formar líderes da Maçonaria, que, amanhã, representa-la-ão e ajudarão os governantes de todas as esferas a resolver os intrincados e desafiadores problemas hodiernos.

Cada um que adentra a Maçonaria espera muito dela. É preciso, portanto, ter razões suficientes para que aqueles que deserdarem ou deixarem a Ordem o façam por razões pessoais, por acomodamento, por inércia ou por medo de lutar, mas nunca por falta de meios de participação ou oportunidade, para alcançar seus objetivos.

Os Maçons de hoje precisam reconhecer que, mais do que em qualquer outra época, é preciso participar, debater, discutir, propor e compreender que podemos fazê-lo, reformulando nossos paradigmas relativos à Instituição, a fim de que atinja os albores nesse terceiro milênio, digna, como sempre foi, e à altura de suas tradições.

Artigo escrito em 30/09/1996. Publicado na revista "Minerva Maçônica" nº 6, pp. 41-44.* Anatoli Oliynik é o Grande Secretário-Geral Adjunto para o Rito de York do Grande Oriente do Brasil e membro da Academia Paranaense de Letras Maçônicas e Academia de Cultura de Curitiba. ?

a b

Após longo tempo baseando-se em tratamentos a base de drogas, que, em certos casos, quando corrigem uma disfunção, geralmente, causam graves danos ao organismo por seus efeitos colaterais, a ciência começa a volver especial atenção aos excelentes resultados alcançados pela medicina alternativa. E, um belo exemplo disso são os tratamentos auxiliares, a base de cristais.

Existem vários estudos científicos atestando, por exemplo, a eficácia da Pedra Turmalina. Através desses estudos foi constatado que a Turmalina é a única pedra existente na face da Terra que recebe os elétrons da atmosfera e gera, continuamente, eletricidade, sendo, então, denominada a “Pedra Elétrica”.

Essa energia elétrica transforma-se em Íons Negativos que fortalecem a energia vital da pessoa e gera Fótons de Luz, além do Infravermelho, que ativam a circulação sanguínea, combatendo inflamações, impedindo o acúmulo de toxinas e auxiliando na

renovação da derme. A Turmalina, também, combate a alcalinização do sangue, melhorando o fluxo das artérias e evitando o seu enrijecimento e obstrução, além de aliviar dores, combater a insônia, regular o apetite, equilibrar a pressão arterial, purificar o sangue, reduzir a tensão muscular, acelerar a recuperação da fadiga e aumentar a defesa imunológica. Visite o site www.qualizan.com.br e saiba mais!

Page 7: Arte Real 261

A Casa do MaçomA Casa do MaçomJoão Lúcio de Carvalho

Casa do Maçom "João Baroni" já começou a receber pacientes de várias cidades do país. O espaço oferece hospedagem a Maçons e familiares de todo o Brasil, que passam por tratamento no Hospital de Câncer da

Fundação Pio XII de Barretos. Está localizada na Rua Paraguai, nº 1.800, Barretos, SP, cerca de 800 metros do Hospital.A

Na cerimônia de inauguração, encontravam-se representantes da Maçonaria de vários estados, entre eles, os Grão-Mestres José Maria Dias Neto, do Grande Oriente Paulista, Benedito Marques Ballouk Filho, do Grande Oriente de São Paulo, Luiz Flávio Borges D'Urso, Presidente da OAB-SP e representante do Grão-Mestre da Grande Loja, Rogério Ferreira da Silva, Venerável Mestre da Loja Maçônica Fraternidade Paulista, além de autoridades locais, como o Prefeito Emanoel Carvalho e Secretários, bem como membros das várias Lojas Maçônicas de Barretos.

Esse projeto contou com o apoio das Lojas Maçônicas de todo o país.A Casa do Maçom é formada por onze apartamentos totalmente mobiliados, apropriados para receber pacientes

com acompanhantes. Cinco deles são adaptados para cadeirantes. O espaço conta, ainda, com recepção, lavanderia, área de convivência, sala de TV, cozinha e refeitório, num terreno de 1.100 m2, com total de 460 m2 de área construída.

Com base nos símbolos, usados na Maçonaria (esquadro, compasso e régua), foi projetada pelo o engenheiro André Ponciano, colaborador do projeto. A construção foi realizada no período de dois anos, e sua Pedra Fundamental foi lançada no dia 23 de abril de 2006. Contatos com João Lúcio - (31) 3763-6031 / 8869 8621 - E-mail: [email protected] ?

XIV Encontro Nacional de Cultura MaçônicaXIV Encontro Nacional de Cultura MaçônicaFrancisco Feitosa

isando estimular a todas as manifestações direcionadas à cultura maçônica, através desta coluna, abrimos um espaço a fim de divulgar os eventos, que têm por objetivo o crescimento cultural do Maçom, incentivando a

prática do estudo e da pesquisa no seio de nossas Lojas.V

Dentro desse escopo, estamos divulgando o XIV Encontro Nacional da Cultura Maçônica, que se realizará nos dias 17 e 18 de abril, no Hotel Fazenda Mato Grosso (www.hotelmt.com.br), na cidade de Cuiabá, Mato Grosso, organizado pela Maçonaria Unida Matogrossense, composta pelo Grande Oriente do Estado de Mato Grosso, Grande Loja Maçônica do Mato Grosso, Grande Oriente do Brasil de Mato Grosso.

O evento tem o apoio da Editora A Trolha e está sendo promovido pelas ABIM – Associação Brasileira de Imprensa Maçônica, UBRAEM – União Brasileira de Escritores Maçônicos, AABML – Associação das Academias Brasileira Maçônicas de Letras e INBRAPEM – Instituto Brasileiro de Pesquisas e Estudos Maçônicos.

A Comissão organizadora prevê atividades, também, para as Cunhadas que desejarem acompanhar os Irmãos no tão esperado evento, com city tour na Chapada dos Guimarães, almoço na Pousada Penhasco, etc.

A programação apresentará palestras do mais alto nível, a começar pela abertura com o Governador do Estado de Mato Grosso, o Exmo. Sr. Blário Maggi. Os Grão-Mestres das três Potências organizadoras do evento e diversos valorosos Irmãos ligados à cultura maçônica, também, estão agendados.

As inscrições poderão ser feitas com a Sra. Tânia Mânica, pelo telefone (65) 3648-7777. Maiores informações com os Irmãos: Moacir Pinto ([email protected]); Claudiomar Furriel ([email protected]); Jorge Araújo ([email protected]). ?

O Berço da Maçonaria Brasileira Está Muito Bem Representado!O Berço da Maçonaria Brasileira Está Muito Bem Representado!Francisco Feitosa

erdade se diga: existem Grão-Mestres e grão-mestres! Minha afirmação, nesse sentido, pauta-

se na observância do trabalho altruístico de alguns valorosos Irmãos, que, renunciando suas atividades pessoais e profissionais, dispensam especial atenção ao desempenho do cargo, que, por vontade do povo maçônico, aceitou exercer.

V

Destaco aqui dois ícones maçônicos no Nordeste brasileiro, com cujo convívio não tive o privilégio de gozar, contudo, tenho acompanhado seus trabalhos com admiração.

Gostaria de prestar uma singela e merecida homenagem ao nosso querido Antônio do Carmo, Grão-

Mestre do GOIPE e presidente da ABIM, que vem, há algum tempo, contribuindo intensa e positivamente com a cultura maçônica, através de Academias, Encontros Culturais, Palestras, etc., e ao querido Irmão Itamar Assis, Grão-Mestre da Grande Loja Maçônica da Bahia, pelo seu brilhantismo, conclamando o povo brasileiro, através do “Manifesto da Maçonaria Bahiana” e, agora, com a criação do Núcleo de Estudos Avançados sobre Liturgia e Espiritualidade Maçônica.

O berço da Maçonaria brasileira está muito bem representado e a Revista Arte Real não poderia se furtar em exaltar trabalhos altruísticos em prol da cultura maçônica, afinal, esse foi o principal objetivo de sua criação! ?

aa b b

Page 8: Arte Real 261

PlatãoPlatãoFrancisco Feitosa

latão nasceu em Atenas, no ano 427 a.C., ano em que Péricles morreu, e a Grécia entrou em

dissolução. Nasceu de uma família nobre (descendente, pela linha materna, de Sólon, célebre legislador, considerado um dos Sete Sábios da Grécia). Dizem que Orfeu é o iniciador da Aurora, Pitágoras, do meio-dia e Platão, do entardecer da hélade.

P

Seu nome de nascimento era Aritocles, e o apelido de Platão lhe veio pelo fato de ser homem corpulento e de ombros largos, mas nem por isso disforme. Sua alma, entretanto, era delicada e meiga, o que o fez pender para as artes, especialmente a poesia.

Aos 20 anos de idade, apresentou um ensaio para ser exposto em um concurso, onde conheceu Sócrates, um Avatara da linha Crística, 40 anos mais velho do que ele, de quem absorveu, todo o conhecimento. Como Sócrates nada deixou escrito, tudo o que sabemos dele é, através de Platão, inclusive seu trágico fim, quando foi condenado ao auto-envenenamento por sicuta, acusado de perverter os jovens e negar os deuses.

Desde que Platão entrou em contato com tão admirável Ser, sua vida se transformou. Sua casa era ponto de reunião da mocidade da época, seu novo modo de viver nada tinha a ver com tal procedimento. Para encerrar, definitivamente, seu procedimento anterior, dá uma grande festa, mesmo antes de ser julgado seu ensaio, e, nela, anuncia que vai alterar seu comportamento, queimar seus escritos e seus amigos serão só aqueles que forem amigos de Sócrates.

Nessa sua nova fase, passou a perceber a superioridade do Bem sobre o Belo, que não realiza a verdade senão na miragem da arte, enquanto o Bem a realiza no fundo das almas. Rara e poderosa fascinação, para a qual os sentidos não concorrem, mas sim a intuição.

Quando da morte de Sócrates, o que mais lhe impressionou foi a serenidade do mestre, dando conhecimento, falando sobre a eternidade, até o último momento.

Oito anos ficaram juntos e, após a morte de Sócrates, deu início as suas viagens, um vasto giro pelo mundo, para se instruir (390-388), tendo contato com toda a Tradição Oculta, existente naquela época. Por esse motivo, é possível identificar, em sua obra, duas filosofias: uma, esotérica, dirigida a seus discípulos, para quem eram reveladas as chaves interpretativas do conhecimento; outra, exotérica, dirigida ao público em geral.

Visitou o Egito, cuja veneranda antiguidade e estabilidade política admirou; a Itália meridional, onde teve ocasião de travar relações com os pitagóricos (tal contato será fecundo para o desenvolvimento do seu pensamento); a Sicília, onde conheceu Dionísio, o Antigo, tirano de Siracusa, e travou amizade profunda com Díon, cunhado daquele. Caído, porém, em desgraça, por sua franqueza, foi vendido

como escravo. Libertado, graças a um amigo, voltou a Atenas. Não chegou até o final na Escola Pitagórica, chegando ao terceiro grau, que conferia a perfeita lucidez intelectual. Na Itália, comprou, a peso de ouro, um manuscrito de Pitágoras para beber-lhe seu conhecimento, diretamente, da fonte.

Voltando à Grécia, em Atenas, pelo ano de 387, com a idade de 50 anos, fundou a sua célebre Escola, que, dos jardins de Academo, onde surgiu, tomou o nome famoso de Academia, para continuar os ensinamentos de Sócrates, em torno da qual reunia aqueles interessados no conhecimento filosófico. Adquiriu, perto de Colona, povoado da Ática, uma herdade, onde levantou um templo às Musas, que se tornou propriedade coletiva da escola e foi por ela conservada durante quase um milênio, até o tempo do Imperador Justiniano (529 d.C.).

A filosofia de Platão contém dois elementos principais, o moral e o metafísico. Aos pontos de vista de Sócrates, ele acrescentou certas concepções metafísicas sobre a natureza de Deus com o mundo. Em sua teoria, a idéia ou a forma de uma coisa aproxima-se da natureza de nossa concepção abstrata dessa coisa, mas tendo uma existência real fora do mundo sensível (material manifestado); é a realidade imutável por trás da aparência cambiante.

Segundo Platão, pode-se chegar ao conhecimento dessas idéias somente por meio da razão pura, não afetado pela sensação, e usando-se como método a dialética. Assim, a filosofia de Platão é identificada como idealista, porque para seu modelo filosófico, o que se tem aqui, no mundo, é mero reflexo de outro mundo real, que se encontra no mundo das idéias.

Platão pregou seguindo o Bem, quer dizer, o justo; a alma purifica-se, prepara-se para o conhecimento da verdade, primeira e indispensável condição de seu progresso. Seguindo e ampliando a idéia do Belo, atinge o Belo Intelectual, essa luz imperceptível, mãe das coisas, animadora das formas, substância e órgão de Deus. Mergulhando na alma humana, sente dilatar-se as asas. Seguindo a idéia do verdadeiro, atinge a pura essência, os princípios contidos no espírito puro.

No célebre mito da caverna, relatado por ele no Livro VII da República, o mundo das idéias é apresentado como um mundo do bem, do belo e do verdadeiro, do real e perfeito; o mundo sensível (aparente) é uma cópia imperfeita do mundo das idéias, muito semelhante à maya dos hindus.

Vemos, portanto, que ele pregava já a teoria do Bem, Bom e Belo para se atingir o princípio da Intuição. Dessa maneira criou uma forma de iniciação, possibilitando o caminho da salvação a milhares de almas, que não podem atingir, nessa vida, a iniciação direta, mas que aspiram à Verdade.

Platão viveu 80 anos e morreu no vigor da juventude. É o primeiro filósofo antigo cujos a obras completas possuímos. Dos 35 diálogos, porém, que correm sob o seu nome, muitos são apócrifos, outros de autenticidade duvidosa. ?

aa b b

Page 9: Arte Real 261

A Origem da Franco-Maçonaria FlorestalA Origem da Franco-Maçonaria FlorestalSpartacus Freemann

s origens da Maçonaria Florestal permanecem misteriosas até hoje. Desde a origem das civilizações,

foi preciso abater, rachar a lenha e queimá-la para fabricar o carvão. Quem faz tais trabalhos são os lenhadores e carvoeiros. Estes trabalhadores da floresta tiveram uma prática iniciática na transmissão do seu saber-fazer e, naturalmente, adotaram rituais, cerimônias e símbolos. As diferentes corporações de ofícios dos habitantes da floresta apresentam uma evolução histórica comparável à da tradicional Maçonaria da Pedra, pela passagem do operativo ao especulativo. Entretanto, nada sabemos dos primeiros rituais de ofício praticados no âmbito de uma Maçonaria da Madeira, pois se trata de uma tradição do gesto e da palavra que não deixou quaisquer vestígios escritos.

A

As primeiras práticas de um rito maçônico florestal especulativo teriam aparecido, subitamente, em França: estamos em 1747. Charles François Radet de Beauchesne foi o seu promotor. Pretendia que os seus poderes lhe vinham de M. de Courval, Grão-Mestre das Águas e Florestas do Condado de Eu, Senhor de Courval. Segundo Jean-Marie Ragon de Bettignies (1781 - 1866), a primeira assembleia teve lugar em 17 de Agosto de 1747. Esse "Canteiro do Globo e da Glória" estava instalado num parque do Bairro de La Nouvelle France (atualmente, Bairro suburbano Poissonière). O ritual provinha das florestas do Bourbonnais, onde nobres proscritos tinham encontrado refúgio e, depois, tinham sido iniciados por lenhadores, durante as agitações que marcaram os reinados de Carlos VI e Carlos VII. As vendas praticaram-se nos meios aristocráticos e na corte do rei. A nobreza apreciou grandemente essa Maçonaria, em que o disfarce permitia às pessoas entregarem-se aos prazeres da boa carne e aos risos de uma elevada alegria. Esse rito florestal não tem caráter judaico-cristão.

A partir de 1747, talvez, alguns anos antes, a França assiste ao nascimento de outros ritos florestais, mas dessa vez cristianizados.

Que saibamos, esses ritos já não se praticam. As condições históricas (criação do Grande Oriente de França, Revolução Francesa) não permitiram que os ritos florestais se desenvolvessem. A Franco-Maçonaria da Madeira implantou-se nos Altos Graus desde 1762 (Cavaleiro do Real Machado ou Príncipe do Líbano, 23º Grau, do Rito de Memphis e 22º Grau do Rito Escocês Antigo e Aceito e do Rito de Perfeição).

Rejeitada pela Franco-Maçonaria Andersoniana, a Maçonaria Florestal julgou encontrar a sua expressão no aventureirismo político do século XIX (Carbonária Italiana e Charbonnerie Francesa) cujas as sequelas foram encontradas em Portugal, em 1911.

É certo que houve louváveis tentativas de união entre a Franco-Maçonaria da Madeira e a da Pedra (Dever dos Lenhadores, Corpus de Tours) ou autonomia regular (Grande Canteiro General de França, regularmente constituído no centro das Florestas, sob os auspícios da Natureza, em 1809), e mesmo reformismo iniciático (as Vendas de Roland, em 1833). É certo que os Bons Primos Carvoeiros procuraram manter as suas tradições até 1835, na França, e até 1879, sob forma especulativa, na Inglaterra, com os "Brothersrachadores"; é preciso, no entanto, verificar que a Franco-Maçonaria da Madeira desapareceu totalmente.

Pouco depois da Segunda Guerra Mundial, empreendeu-se um esforço para restaurar a iniciação florestal, a partir de uma tradição maçônica. Os símbolos eram a árvore, a machadinha, a cunha, o machado. Esse "Canteiro da Grande Floresta dos Gauleses" devia ficar reservado para os Maçons dos Graus da Sagrada Real Arca de Jerusalém (Holy Real Arch of Jerusalém). O iniciador desse renascimento florestal era, nem mais nem menos, aquele que iria criar, em 1976, a Grande Loja Independente e Soberana dos Ritos Unidos (Humanitas).

Em Novembro de 1993, o druida da Gorsedd da Bretanha, Gwenc'hlan Le Scouëzec, reuniu, em sua volta, um grupo de Maçons franceses. Constituíram uma Loja Maçônica da Pedra, para em seguida, nela, instaurarem o rito maçônico florestal, praticado hoje. O rito maçônico florestal, praticado hoje, é fruto de um longo trabalho de investigação. Inspira-se, diretamente, nos ritos de Beauchesne, de 1747 (Há duas traduções desse ritual).

Em 1999, A.R. Königstein prega o retorno de um Carbonarismo iniciático e insurrecional. Propõe, numa das suas obras, um rito da Carbonária, operador de uma transferência para um paganismo, desvinculando-se de uma estrutura maçônica clássica, e recusando o 5º recurso à violência e ao terrorismo. Não sabemos se há vendas a praticarem esse rito na atualidade.

É necessário relativizar a importância de Charles de Beauchesne na instauração dos primeiros ritos maçônicos florestais. Foi reputado como traficante de Graus, tanto durante a Guerra dos Sete Anos, como num café da Rua Saint Victor, em Paris. Criou o Capítulo dos Cavaleiros Protetores da Inocência, que praticava Graus da Rosa-Cruz e Templários. As suas criações ficaram à margem do Grande Oriente de França e desapareceram a partir de 1774.

Nada permite afirmar, hoje, que a instituição em França, em 1747, de uma Franco-Maçonaria Florestal, sem referências judaico-cristãs, seja consequência da criação da Ancient Druid Order, em Londres, em 22 de Setembro de 1717, por John Toland, ou da difusão da sua obra "Pantheisticon" (1720). ?

aa b b

Page 10: Arte Real 261

Coluna da HarmoniaColuna da HarmoniaAntônio Rocha Fadista

ssa é a única Coluna de uma Loja Maçônica constituída por um só Irmão, o Mestre de

Harmonia. No passado, a Coluna da Harmonia era composta pelo conjunto dos Irmãos músicos, que contribuíam para o brilhantismo dos rituais e dos festejos maçônicos. Com o avanço tecnológico, foram substituídos pelos aparelhos eletrônicos, operados pelo Mestre de Harmonia. Em seu sentido mais amplo, a Harmonia é a ciência da combinação dos sons, formando os acordes musicais. A palavra grega MOUSIKE significa não apenas música, mas também todas as formas de expressão que tenham por finalidade a criação da Beleza.

E

Pitágoras usava a música para fortalecer a união entre os seus discípulos, por entender que instruía e purificava a sua mente. Em sua Escola, era entendida como disciplina moral, por atuar como freio aos ímpetos agressivos dos seres humanos. O aprendizado empírico, revelado através dos sentidos, pode ser conseguido não só pela contemplação das belas formas e da beleza das figuras, que nos rodeiam, mas também pela audição de ritmos e de melodias que acalmam os ímpetos e as paixões. Desse modo, angústia, anseios frustrados, agressões verbais, stress mental podem ser eliminados pela audição de músicas suaves e agradáveis.

Em uma reunião maçônica, deve-se tocar a música que melhor traduza os sentimentos dos Irmãos em cada momento do ritual. Muitos compositores, nossos Irmãos, produziram belas músicas, que merecem - e devem - ser ouvidas em nossos Templos. Entre essa plêiade, podemos citar: Mozart, Beethoven, Haendel, Sibelius, Franz Lizt, John Philipp Souza (de ascendência portuguesa), Luigi Cherubini, Antonio Salieri, Carlos Gomes (brasileiro), etc.

As primeiras composições maçônicas datam de 1723 e foram publicadas junto com a Primeira Constituição da Grande Loja de Londres:

A Canção dos Aprendizes - Matthew Birkhead; A Canção dos Companheiros - Charles Delafaye; A Canção do Vigilante – James Anderson; A Canção do Mestre –

James Anderson (esta última, publicada em 1738, juntamente com a Segunda Edição das Constituições de Anderson).

No Brasil, foram compostas as seguintes obras:Hymno do REAA - M.A . Silveira Neto e Jerônimo

Pires Missel; Hino Maçons Avante – Jorge Buarque Lira e Mário Vicente Lima; Hino Maçônico - D. Pedro I (D. Pedro IV de Portugal); Canto Ritualístico Maçônico - Francisco Sabetta e José Bento Abatayguara; Hino Maçônico para Abertura e Fechamento dos Trabalhos - Otaviano Bastos; A Acácia Amarela - Luiz Gonzaga (o Rei do Baião).

Além dessas, existem, também, composições maçônicas para os Rituais de Iniciação, de Elevação e de Exaltação, de Reconhecimento Conjugal e de Pompas

Fúnebres.Tendo em vista o caráter universalista da nossa

Ordem, o Mestre de Harmonia não deve programar a execução de música religiosa de nenhum tipo.

Desse modo, será evitado o constrangimento, que um Irmão não católico poderá sentir ao

ouvir, por exemplo, a Ave Maria de Gounod. Solos de música cantada, também, devem ser

evitados.A música coral, o Hino Maçônico, de D. Pedro I, ou

a Ode à Alegria, de Beethoven, poderá ser programada sem problemas, mas, na maioria das vezes, a mais indicada é sempre a instrumental.

O Mestre de Harmonia, previamente, preparará o programa a ser executado, de acordo com o tipo de reunião e de acordo com o Ritual. Em uma Iniciação, no Rito Escocês Antigo e Aceito, podem ser destacados os seguintes momentos especiais, para os quais será programada uma música específica, que listamos a título de exemplo:Ent∴ dos Cand∴- “A Criação”, de Haydn - trechos que descrevem a passagem do Mundo do Caos para a Ordem e das Trevas para a Luz (Ordo ab Chao); Oração ao GADU - “Cravo Bem Temperado”, de Bach – um convite à concentração e à meditação; T∴S∴- “A Criação” - trechos da Abertura do Oratório, simbolizando a purificação e a ilusão profana; Pur∴pelo F∴- “As Walquírias”, de Wagner - cena do Fogo Mágico, reforçando o sentido dramático do ritual;

Page 11: Arte Real 261

Tr∴de Ben∴- “Pannis Angelicus”, de Cesar Frank - marca o profundo significado da solidariedade; Jur∴- “Prelúdio nº 1, em dó maior, do “Cravo Bem Temperado”, de Bach - adequada para a meditação e para marcar a solenidade do ritual; Fiat Lux - “Assim Falou Zaratustra”, de Strauss - Parte inicial do Poema Sinfônico, descrevendo o nascer do sol e o sentimento do poder de Deus sobre o homem e aumentando o deslumbramento do momento culminante da Iniciação; Abr∴do Ven∴- “Marcha Festiva”, de Grieg ( Suíte Sigurd Jorsalfar, Opus 56 ); Ent∴dos Neóf∴- “Glória aos Iniciados” (Coro Final da Ópera, “A Flauta Mágica”, de Mozart: Coro de Graças a Ísis e Osíris e de congratulações aos Iniciados, que, pela sua coragem, conquistaram o direito à Beleza e à Sabedoria); Procl∴- “Ode à Alegria”, de Beethoven, Excerto Orquestral da Nona Sinfonia - deve ser tocada após cada uma das Proclamações; é um hino que traduz a alegria dos Irmãos ao receber os recém-Iniciados.

Uma Sessão Econômica, por exemplo, não pode prescindir de dois ou três bons programas para a

Harmonia, previamente organizados. Isso permitirá variar as músicas executadas, evitando a monotonia da repetição.

A escolha de uma música para uma reunião maçônica exige do Mestre de Harmonia um mínimo de cultura musical, além da necessária sensibilidade, para interpretar o significado de cada passagem do Ritual.

Repetimos, a música deve estar em perfeita sintonia com cada momento da ritualística, induzindo, nos Irmãos presentes, a purificação de suas

mentes, deixando-os tranquilos e predispostos à emissão de sentimentos de amor e de fraternidade.

A música promove a exaltação das faculdades intelectuais e espirituais do ser

humano. Atinge e aperfeiçoa a sensibilidade dos Irmãos, permitindo que vibrem em sintonia com os acordes da Harmonia Universal, cujas leis tudo governam, e, por meio delas, a Maçonaria busca o aprimoramento moral e espiritual da Humanidade.

Compilação da Matéria publicada no site http://www.maconaria.net/portal/index.php?option=com_content&view=article&id=28 ?

História da Loja Estrela do OrienteHistória da Loja Estrela do OrienteJosé Miguéis

nome da Loja Estrela do Oriente teve origem no Império Otomano. Os Otomanos, originários do

Noroeste de Anatólia, estenderam seu poder até a Europa, dos Balcãs à Síria, Egito e Iraque. O Império Otomano durou seis séculos e representou o estado muçulmano mais importante da Era Moderna. No final do século 18, o Império Otomano tinha como sultão Abdul Hamid II. Durante o seu governo, já estava em decadência.

O

Os Otomanos viram, na aliança com a Alemanha, uma possibilidade de reorganizar o seu exército, bem como as suas finanças. Várias revoltas se sucederam e culminaram com o massacre dos Armênios, em 1895. Na Alemanha (Prússia), naquele período, já ocorriam perseguições a Maçons e, também, Judeus. É possível que o governo alemão daquela época tenha influenciado nas perseguições, que nossos IIr∴ passaram a sofrer no Império Otomano.

Maçons de origem otomana (vulgarmente, denominados turcos) foram obrigados a deixar o País. Contudo, essa repressão, aparentemente, não se estendeu às Lojas ou membros estrangeiros das Lojas, mantidas por outros países, principalmente, europeus. Naquele período, muitos IIr∴ foram presos; alguns deles, trancafiados em uma fortaleza, foram condenados à morte. Por

determinação do Sultão Abdul Hamid II, esses IIr∴ ficaram sob vigilância de um oficial. Não se sabe se, propositalmente ou casualmente, o oficial encarregado de vigiar os nossos IIr∴era, também, Maçom. Por isso mesmo, solicitou ajuda ao Príncipe de Gales, na Inglaterra, para dar fuga aos IIr∴ encarcerados. O Príncipe, futuro sucessor da Rainha Vitória, era Maçom de grande projeção internacional e, como veremos a seguir, ajudou-os a fugir.

Eduardo VII (9 de Novembro, 1841 – 6 de Maio, 1910) era o filho mais velho da Rainha Vitória e do Príncipe Albert. O Príncipe atendeu à solicitação do Ir∴Oficial Otomano e enviou um navio, para resgatar nossos IIr∴presos na masmorra. Dentre esses, encontrava-se Gazuza Khouri, que veio ao encontro de seu irmão, residente em Corumbá, MS. Naquela ocasião, vários Maçons estavam organizando a fundação de uma Loja. O Ir∴ Gazuza Khouri trabalhou ativamente na fundação da mesma. Em retribuição, os IIr∴ de Corumbá lhe disseram que fizesse um pedido, que pudesse ser atendido. Então, pediu que fosse dado o nome de Estrela do Oriente à Loja. Posteriormente, à fundação da Loja, o rei Eduardo VII enviou à Estrela do Oriente uma foto sua em trajes Maçônicos. Ainda hoje, essa encontra-se em um lugar de honra na Sala dos P∴ P∴ da Loja Estrela do Oriente. ?

aa b b

Page 12: Arte Real 261

EscutatóriaEscutatóriaRubem Alves

empre vejo anunciados cursos de oratória. Nunca vi anunciado curso de escutatória. Todo mundo

quer aprender a falar... Ninguém quer aprender a ouvir. Pensei em oferecer um curso de escutatória, mas acho que ninguém vai se matricular. Escutar é complicado e sutil.

S

Diz Alberto Caeiro que... Não é bastante não ser cego para ver as árvores e as flores. É preciso, também, não ter filosofia nenhuma. Filosofia é um monte de idéias, dentro da cabeça, sobre como são as coisas. Para se ver, é preciso que a cabeça esteja vazia. Parafraseio o Alberto Caeiro: não é bastante ter ouvidos para ouvir o que é dito. É preciso também que haja silêncio dentro da alma.

Daí a dificuldade: a gente não aguenta ouvir o que o outro diz sem logo dar um palpite melhor... Sem misturar o que ele diz com aquilo que a gente tem a dizer. Como se aquilo que ele diz não fosse digno de descansada consideração... E precisasse ser complementado por aquilo que a gente tem a dizer, que é muito melhor. Nossa incapacidade de ouvir é a manifestação mais constante e sutil de nossa arrogância e vaidade.

No fundo, somos os mais bonitos... Tenho um velho amigo, Jovelino, que se mudou para os Estados Unidos estimulado pela revolução de 64. Contou-me de sua experiência com os índios: Reunidos os participantes, ninguém fala. Há um longo, longo silêncio.

Vejam a semelhança... Os pianistas, por exemplo, antes de iniciar o concerto, diante do piano, ficam assentados em silêncio... Abrindo vazios de silêncio... Expulsando todas as idéias estranhas. Todos em silêncio, à espera do pensamento essencial. Aí, de repente, alguém

fala. Curto. Todos ouvem. Terminada a fala, novo silêncio.Falar, logo em seguida, seria um grande desrespeito,

pois o outro falou os seus pensamentos...Pensamentos que ele julgava essenciais. São-me

estranhos. É preciso tempo para entender o que o outro falou. Se eu falar logo a seguir... São duas as possibilidades.

Primeira: fiquei em silêncio só por delicadeza. Na verdade, não ouvi o que você falou. Enquanto você falava, eu pensava nas coisas que iria falar quando você terminasse sua (tola) fala. Falo como se você não tivesse falado.

Segunda: ouvi o que você falou. Mas, isso que você falou como novidade eu já pensei há muito tempo. É coisa velha para mim. Tanto que nem preciso pensar sobre o que você falou. Em ambos os casos, estou chamando o outro de tolo. O que é pior que uma bofetada. O longo silêncio quer dizer: estou ponderando cuidadosamente tudo aquilo que você falou. E, assim vai a reunião.

Não basta o silêncio de fora.. É preciso silêncio dentro. Ausência de pensamentos. E aí, quando se faz o silêncio dentro, a gente começa a

ouvir coisas que não ouvia. Eu comecei a ouvir.Fernando Pessoa conhecia a experiência... E, se

referia a algo que se ouve nos interstícios das palavras... No lugar onde não há palavras. A música acontece no silêncio. A alma é uma catedral submersa. No fundo do mar - quem faz mergulho sabe - a boca fica fechada.. Somos todos olhos e ouvidos. Aí, livres dos ruídos do falatório e dos saberes da filosofia, ouvimos a melodia que não havia... Que de tão linda nos faz chorar. Para mim, Deus é isto: a beleza que se ouve no silêncio. Daí a importância de saber ouvir os outros: A beleza mora lá também. Comunhão é quando a beleza do outro e a beleza da gente se juntam num contraponto. ?

aa b b

Page 13: Arte Real 261

autor, nosso Irmão Celso Grinaldi Filho, é atualmente Gerente Nacional de Vendas de uma grande organização do segmento editorial. Possui mais de 30 anos de

experiência em gerenciamento de grandes equipes de vendas, tendo como área de especialização as atividades de treinamento, planejamento e avaliação de desempenho dessas equipes.

OEste livro, O VENDEDOR TALENTOSO, discorre sobre a necessidade de pensar

como um vendedor, as suas opções de vendas, os passos iniciais e finais de uma venda, sobre o atendimento, sobre os tipos de compradores, sobre a arte de vender, as virtudes de um vendedor, os defeitos a serem evitados, os objetivos da venda, o merchandising, a construção do futuro do vendedor e enfatiza o Decálogo do Vendedor. Além de se estudar, em profundidade, as Técnicas de Venda, propriamente dita, o vendedor como imagem da

empresa, como superar as objeções de uma venda, como evitar que surjam obstáculos para a venda, o planejamento do trabalho de venda, a busca da persistência e da criatividade, a promoção no ponto de venda e a relação Empresa/Vendedor Talentoso.

Agrega um Glossário de Termos Usuais em Vendas que o leitor não encontrará compilado em nenhuma obra similar.?ua Obra é um ensaio sobre o comportamento humano, seus egoísmos, paixões, ganâncias e irresponsabilidades. Um livro para ser adotado

como livro de cabeceira.

SO autor, nosso Irmão Ruben Quaresma, convida a todos para sua

palestra-debate, sobre o tema de seu livro, ÉTICA – DIREITO – CIDADANIA, que será realizada às 14h30, no próximo dia 13 de abril, na AELB – Associação Evangélica de Letras do Brasil, situada na esquina das ruas Uruguaiana/Buenos Aires, (prédio da Casa da Bíblia) no centro da cidade do Rio de Janeiro. Maiores informações pelo e-mail [email protected]

rte Real é uma Revista maçônica virtual, de publicação mensal, fundada em 24 de fevereiro de 2007, com registro na ABIM – Associação Brasileira de Imprensa Maçônica – 005-JV, que se apresenta

como mais um canal de informação, integração e incentivo à cultura maçônica, sendo distribuída, diretamente, via Internet, para mais de 12.500 e-mails de Irmãos de todo o Brasil e, também, do exterior, além de uma vasta redistribuição em listas de discussões, sites maçônicos e listas particulares de nossos leitores.

A

Ao completar dois anos de idade, no último 24 de fevereiro, sua Revista Arte Real, de cara nova, sente-se muito honrada em poder contribuir, de forma muito positiva, com a cultura maçônica, incentivando o estudo e a pesquisa no seio das Lojas e fazendo muitos Irmãos repensarem quanto à importância do

momento a que chamamos de “¼ de Hora de Estudos”. Obrigado por prestigiar esse altruístico trabalho.

Editor Responsável, Diagramação, Editoração Gráfica e Distribuição: Francisco Feitosa da Fonseca - M∴I∴ - 33ºRevisor: João Geraldo de Freitas Camanho - M∴I∴ − 33º Colaboradores nesta edição: Anatoli Oliynik, Antônio Fadista, João de Carvalho, José Miguéis, Rubem Alves, Spartacus FreemannEmpresas Patrocinadoras: Alexandre Dentista - Arte Real Software – CH Dedetizadora – CONCIV - CFC Objetiva Auto Escola – Dirija Rent a Car - Livro (Ruben Quaresma) - Livro (Celso Grinaldi) - López y López Advogados – Olheiros.com - Santana Pneus – Sul Minas Lab. Fotográfico - Turmalina. Contatos: ( (35) 3331-1288 - E-mail - [email protected] - Skype – francisco.feitosa.da.fonseca - MSN – [email protected]

Distribuição gratuita via Internet - Os textos editados são de inteira responsabilidade dos signatários. ? Obrigado por prestigiar nosso trabalho. Temos um encontro marcado na próxima edição!!!