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6 Martins AM. 1 *, Avidos L 2 *, Milhazes F 3 1 Licenciada em Podologia pelo Instituto Politécnico de Saúde -Norte - Escola Su- perior de saúde do Vale do Ave, Famalicão, Portugal 2 Doutorada em Fisiopatologia do envelhecimento pela Universidade de Vigo, Do- cente do Instituto Politécnico de Saúde Norte – Famalicão, Portugal 3 Licenciada em Podologia pelo Instituto Politécnico de Saúde -Norte - Escola Su- perior de saúde do Vale do Ave, Famalicão, Portugal *Estes autores contribuiram igualmente para este trabalho Background Dada a elevada prevalência de alterações nos pés dos idosos e a repercussão que estas acarretam nas capacidades fun- cionais dos idosos, como a marcha e as atividades da vida diária, torna-se assim essencial o estudo do pé do idoso, no sentido de orientar a procura de estratégias preventivas con- cernentes a esta questão. Pouco se sabe sobre o efeito do envelhecimento na postura do pé do idoso. Este estudo teve como objetivo principal identificar as diferentes alterações entre o homem e a mulher na postura do pé e relacioná-la nos dois grupos, jovens e idosos. Methods A postura do pé foi avaliada através do índice de Postura do Pé (FPI-6) numa posição relaxada em 240 voluntários (120 homens e 120 mulheres), fracionados em dois grupos, um grupo de estudo de 140 idosos (70 homens e 70 mulheres) e um grupo controle de 100 jovens (50 homens e 50 mu- lheres), o primeiro grupo foi constituído por utentes de la- res e centros de dia e o segundo por alunos de um Instituto Politécnico. Em ambos os grupos foi feita uma comparação entre os pés e entre os géneros. Results O Índice de Postura do Pé revelou diferenças significativas (p=0,00) entre as duas populações (jovens e idosos). Os pés dos idosos manifestam uma postura normal para am- bos os pés (54,3%), seguido de pés supinados (pd=37,1%; pe=40,0%), enquanto os pés do grupo jovem revelam maior percentagem de pés normais (pd=71,0%; pe=65,0%), com alguns casos de pés pronados (pd=20,0%; pe=24,0%). Na avaliação dos participantes segundo o género, na população idosa, o género masculino é caraterizado por uma postura do pé supinada (pd=58,6%; pe=62,9%), enquanto o género feminino revela postura normal (ambos os pés=77,1%). Já na população jovem, estas diferenças não têm estatística sig- nificativa (pd=0,017; pe=0,08). Ambos os géneros apresen- tam maioritariamente um pé normal, embora o género fe- minino tenha uma tendência para o pé pronado (pd=24,0%; pe=32,0%). Conclusions Na avaliação do pé do idoso, através do Índice de Postura do Pé, o nosso estudo demonstrou que existem diferenças entre os géneros na população idosa. O género masculino apresenta uma postura do pé maioritariamente supinada, contrariamente o género feminino apresenta um pé com postura normal. Já no grupo de jovens foi possível observar que estas diferenças não são significativas, pois ambos os géneros apresentam um pé normal. De salientar que são as mulheres que manifestam maior percentagem de postura do pé pronada. Palavras-chave: FPI, Género feminino e masculino, Idosos Introdução O envelhecimento é o declínio progressivo, universal, que ocorre em todos os organismos durante o tempo, primei- ramente na reserva funcional e depois na função. É hete- rogéneo, variando amplamente em diferentes indivíduos e em diferentes órgãos em um determinado indivíduo. Não constitui uma doença, contudo o risco de desenvolver uma doença é maior, frequentemente de maneira dramática, em função da idade. A composição bioquímica dos tecidos muda com a idade, a capacidade fisiológica diminui, a capa- cidade de manter a homeostase na adaptação aos agres- sores diminui, e a vulnerabilidade aos processos de doença aumenta 1 . Entre 1960 e 2001 o fenómeno do envelhecimento demo- gráfico em Portugal traduziu-se por um decréscimo de cerca de 36% na população jovem (0-14 anos) e um incremento de 140% da população idosa (65 e mais anos) 2 . A percentagem de idosos mantém-se superior à de jovens e prevê-se que possa atingir os 395 idosos por cada 100 jovens em 2050, ou seja, quase quadruplica face a 2000, duplicando por volta do ano 2025 2 . “Uma das modificações mais relevantes ocorre na composição global do corpo, caracterizada pela diminui- CARATERIZAçãO DO PÉ DO IDOSO SEGUNDO A ESCALA FPI E COMPARAçãO ENTRE GÉNEROS ARTIGO

ARTIGO CArAtErIzAçãO DO PÉ DO IDOsO sEgUNDO A …appodologia.com/wp-content/uploads/2017/01/artigo_Caraterizacao_do... · 6 Martins AM.1*, Avidos L 2*, Milhazes F3 1Licenciada

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Martins AM.1*, Avidos L 2*, Milhazes F3

1Licenciada em Podologia pelo Instituto Politécnico de Saúde -Norte - Escola Su-perior de saúde do Vale do Ave, Famalicão, Portugal2Doutorada em Fisiopatologia do envelhecimento pela Universidade de Vigo, Do-cente do Instituto Politécnico de Saúde Norte – Famalicão, Portugal3Licenciada em Podologia pelo Instituto Politécnico de Saúde -Norte - Escola Su-perior de saúde do Vale do Ave, Famalicão, Portugal

*Estes autores contribuiram igualmente para este trabalho

Background

Dada a elevada prevalência de alterações nos pés dos idosos e a repercussão que estas acarretam nas capacidades fun-cionais dos idosos, como a marcha e as atividades da vida diária, torna-se assim essencial o estudo do pé do idoso, no sentido de orientar a procura de estratégias preventivas con-cernentes a esta questão. Pouco se sabe sobre o efeito do envelhecimento na postura do pé do idoso. Este estudo teve como objetivo principal identificar as diferentes alterações entre o homem e a mulher na postura do pé e relacioná-la nos dois grupos, jovens e idosos.

Methods

A postura do pé foi avaliada através do índice de Postura do Pé (FPI-6) numa posição relaxada em 240 voluntários (120 homens e 120 mulheres), fracionados em dois grupos, um grupo de estudo de 140 idosos (70 homens e 70 mulheres) e um grupo controle de 100 jovens (50 homens e 50 mu-lheres), o primeiro grupo foi constituído por utentes de la-res e centros de dia e o segundo por alunos de um Instituto Politécnico. Em ambos os grupos foi feita uma comparação entre os pés e entre os géneros.

Results

O Índice de Postura do Pé revelou diferenças significativas (p=0,00) entre as duas populações (jovens e idosos). Os pés dos idosos manifestam uma postura normal para am-bos os pés (54,3%), seguido de pés supinados (pd=37,1%; pe=40,0%), enquanto os pés do grupo jovem revelam maior percentagem de pés normais (pd=71,0%; pe=65,0%), com alguns casos de pés pronados (pd=20,0%; pe=24,0%). Na avaliação dos participantes segundo o género, na população idosa, o género masculino é caraterizado por uma postura

do pé supinada (pd=58,6%; pe=62,9%), enquanto o género feminino revela postura normal (ambos os pés=77,1%). Já na população jovem, estas diferenças não têm estatística sig-nificativa (pd=0,017; pe=0,08). Ambos os géneros apresen-tam maioritariamente um pé normal, embora o género fe-minino tenha uma tendência para o pé pronado (pd=24,0%; pe=32,0%).

Conclusions

Na avaliação do pé do idoso, através do Índice de Postura do Pé, o nosso estudo demonstrou que existem diferenças entre os géneros na população idosa. O género masculino apresenta uma postura do pé maioritariamente supinada, contrariamente o género feminino apresenta um pé com postura normal. Já no grupo de jovens foi possível observar que estas diferenças não são significativas, pois ambos os géneros apresentam um pé normal. De salientar que são as mulheres que manifestam maior percentagem de postura do pé pronada.

Palavras-chave: FPI, Género feminino e masculino, Idosos Introdução

O envelhecimento é o declínio progressivo, universal, que ocorre em todos os organismos durante o tempo, primei-ramente na reserva funcional e depois na função. É hete-rogéneo, variando amplamente em diferentes indivíduos e em diferentes órgãos em um determinado indivíduo. Não constitui uma doença, contudo o risco de desenvolver uma doença é maior, frequentemente de maneira dramática, em função da idade. A composição bioquímica dos tecidos muda com a idade, a capacidade fisiológica diminui, a capa-cidade de manter a homeostase na adaptação aos agres-sores diminui, e a vulnerabilidade aos processos de doença aumenta1.Entre 1960 e 2001 o fenómeno do envelhecimento demo-gráfico em Portugal traduziu-se por um decréscimo de cerca de 36% na população jovem (0-14 anos) e um incremento de 140% da população idosa (65 e mais anos)2. A percentagem de idosos mantém-se superior à de jovens e prevê-se que possa atingir os 395 idosos por cada 100 jovens em 2050, ou seja, quase quadruplica face a 2000, duplicando por volta do ano 20252. “Uma das modificações mais relevantes ocorre na composição global do corpo, caracterizada pela diminui-

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ção da massa magra, aumento da proporção de gordura e diminuição de água no corpo”3. Consequentemente, estas alterações físicas causam diminuição do tamanho dos mús-culos, da força e resistência muscular, falta de flexibilidade e elasticidade, alteração no controle e rapidez dos movimen-tos3.As alterações músculo-esqueléticas que surgem com a ida-de são determinadas pelas alterações metabólicas e endó-crinas que acompanham o envelhecimento. O enfraque-cimento do tónus muscular e da constituição óssea leva a mudanças na postura do tronco e das pernas, acentuando ainda mais as curvaturas da coluna torácica e lombar. As ar-ticulações tornam-se mais endurecidas, reduzindo assim a extensão dos movimentos e produzindo alterações no equi-líbrio e na marcha. A perda da mobilidade preocupa seria-mente qualquer pessoa, e nesta fase em particular o idoso4. A diminuição progressiva na amplitude de movimento arti-cular e o aumento da rigidez articular caracterizam o avan-çar da idade, contudo, é a idade do indivíduo a principal res-ponsável pela composição da cartilagem. Compreendem-se assim o motivo de serem as doenças articulares as mais fre-quentes na velhice5,6. Considerando-se que o pé é o segmen-to mais distal da cadeia dos membros inferiores e repre-senta uma parte relativamente pequena de base de apoio sobre a qual o corpo mantém o equilíbrio, parece razoável que mesmo alterações menores na biomecânica da superfí-cie de suporte podem influenciar as estratégias de controlo corporal. Especificamente, as posturas de pé excessivamen-te pronada ou supinada podem influenciar a entrada perifé-rica (somatosensorial), através de mudanças na mobilidade articular ou da área de apoio plantar ou, secundariamente, por meio de mudanças nas estratégias musculares para manter uma base estável de apoio 7 Um pé excessivamente supinado, caracterizado por um grande arco e hipomobili-dade do médio pé, não pode adaptar-se adequadamente à superfície subjacente, aumentando a procura nas estrutu-ras músculo-esqueléticas circundantes para manter a esta-bilidade postural e equilíbrio. Além disso, tem sido sugeri-do que o pé cavo tem menos informação plantar sensorial em relação ao pé normal ou em pronação. Por outro lado, a pronação excessiva é caracterizada por um achatamento do arco medial e um médio pé hipermóvel, mas pode também colocar maiores exigências sobre o sistema neuromuscular para estabilizar o pé e manter a posição em pé. Pesquisas confirmam que um pé em pronação excessiva tem altera-

ções na atividade muscular do tornozelo, joelho e anca 7. As alterações morfológicas, biomecânicas e funcionais dos pés que ocorrem com o envelhecimento podem produzir lesões e incapacidades8 dando ao pé um novo formato, que merece um estudo cuidadoso9.Na terceira idade, após anos de uso, os pés dos idosos apresentam um aspeto característico, uma vez que as alterações que ocorrem nos tecidos devido à senescência são capazes de alterar a morfologia do pé. Es-sas mudanças estruturais podem resultar em modificação na dinâmica do pé, resultando em sobrecargas específicas que causam lesão por esforço repetitivo10. As funções do pé dependem então da integridade anatómica e funcional de suas estruturas, que com frequência, são alteradas com o envelhecimento11.Estudos evidenciaram diferenças articulares e musculares em relação ao género. Verificou-se na mulher menor desen-volvimento muscular, mas maior mobilidade articular nesta em relação ao homem,12. Num estudo realizado com 300 su-jeitos saudáveis, encontraram diferenças estatisticamente significativas entre o pé direito e esquerdo, nas suas dimen-sões, assim como diferenças significativas também nas di-mensões do pé e tornozelo entre géneros, nos indivíduos testados13. também Wunderlich & Cavanagh14 investigaram diferenças na forma e tamanho do pé adulto e relataram diferenças significativas numa variedade de parâmetros di-mensionais entre a mulher e o homem. Os pés femininos eram menos largos nas regiões do calcanhar e do antepé que os masculinos. Frey15 também afirma que, em relação ao retropé, o cal-canhar das mulheres é mais estreito que o dos homens. O autor refere ainda como as alterações estruturais do corpo feminino levam à pronação do pé e que, comparadas aos homens, as mulheres têm ombros mais estreitos, ancas mais largas e joelhos mais valgos, que induzem a pronação do retropé. Para os autores Ferrari, Hopkinson, & Linney16, os ossos do pé apresentam dimorfismo sexual, pois foram encontradas várias diferenças entre o homem e a mulher, principalmente no tamanho dos ossos. De um modo geral, e segundo os autores supra citados, no mesmo estudo, vá-rias medições foram estatisticamente significativas entre homens e mulheres e pode conduzir a diferenças funcionais do pé entre os géneros. Havia uma tendência ao aumento da adução do metatarso e abdução do hálux no pé femini-no, indicando assim que a mulher tem uma predisposição anatómica para a adução do primeiro metatarso e assim a

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formação do hállux abductus valgus.

Metodologia

Participantes

Este estudo baseou-se no consentimento fundamentado e esclarecido, protegendo os direitos e liberdades das pes-soas que participam nesta investigação. A postura do pé foi avaliada através do índice de Postura do Pé (FPI-6) numa posição relaxada em 240 voluntários (120 homens e 120 mu-lheres), fracionados em dois grupos, um grupo de estudo de 140 idosos (70 homens e 70 mulheres) e um grupo controle de 100 jovens (50 homens e 50 mulheres). O primeiro grupo foi constituído por indivíduos idosos, com idades compreen-didas entre os 65 e 80 anos, residentes de lares e centros de dia e idosos que recorriam aos consultórios de podologia do concelho de guimarães, Caldas de Vizela e santo tirso. O segundo grupo foi constituído por alunos de um Instituto Politécnico, com idades compreendidas entre os 18 e os 35 anos, do Concelho de Famalicão. Os dois locais de recolha de dados localizam-se no Norte de Portugal. Em ambos os gru-pos foi feita uma comparação entre os pés e entre géneros, aos quais, foram aplicados critérios de exclusão como o uso de auxiliares de marcha, antecedentes de fraturas, utiliza-ção de próteses do membro inferior, patologias neuromoto-ras, artrite reumatoide e artrite gotosa, diagnosticadas ou evidentes e um IMC inferior a 25Kg/m². No grupo de idosos apenas foram selecionados indivíduos autónomos, avalia-dos pela escala de Katz17.

Procedimentos

Os instrumentos de recolha de dados utilizados nesta inves-tigação foram organizados em duas partes, uma inicial com um questionário, utilizando nos indivíduos idosos a escala de Katz17 modificada por Nursing18 que quantifica o grau de autonomia nas AVDs, seguido dos critérios de exclusão para as duas populações. Na segunda parte, e após a seleção dos participantes, registou-se numa grelha as variáveis de-pendentes, antropometria dos pés (comprimento e largura) com o auxílio do pedígrafo e a postura do pé, após observa-ção segundo a escala do índice de postura do pé (FPI-6)19. As avaliações da população jovem foram realizadas numa

sala de aulas, enquanto a população idosa recorreu aos con-sultórios médicos de cada instituição e consultórios de Po-dologia. O índice de postura do pé envolveu a classificação de seis critérios de observação multidimensional e multiplanar dos sinais que evidenciam alterações de apoio do pé. Esta esca-la permite através da observação, com o sujeito em pé em posição relaxada, avaliar: o retropé através da palpação da cabeça astragalina, observação das curvaturas supra e infra maleolar e posição do calcâneo no plano frontal; e no antepé avaliar a proeminência medial astrágalo-escafoide, a con-gruência do arco longitudinal interno e a adução/abdução do antepé em relação ao retropé. Cada um destes critérios foram pontuados numa escala (-2 a+2) e a soma da pontua-ção classifica o pé num índice de postura normal, pronado ou supinado. Um pé normal classificado com valores entre 0 a +5, pronado de +6 a +9 e supinado de -1 a -4. Valores supe-riores a +10 foram classificados em muito pronado e valores inferiores a -4 em muito supinado (tabela 1).

tabela 1- the Foot Posture Index (FPI-6)

Rearfoot Score

-2 -1 0 1 2

talar head palpation

talar headPalpable on

Lateral side/but

not on medial side

talar head palpable on lateral

side/slightly palpable on medial side

talar head equally

palpable on lateral and medial side

talar head slightly

palpable on lateral side/palpable on medial side

talar head not palpable

on lateral side/but

palpable on medial side

Curves above and below

the malleoli

Curve below the malleolus

either straight or

convex

Curve below the malleolus concave, but flatter/more shallow than

the curve above the malleolus

Both infra and supra malleolar

curves roughly equal

Curve below malleolus

more concave than curve

above malleolus

Curve below malleolus markedly

more concave than curve

above maleolus

CalcanealInversion/eversion

More than an estimated

5° inverted (varus)

Between vertical and

an estimated 5°inverted

(varus)

Vertical

Between vertical and

an estimated 5°everted (valgus)

More than an estimated

5° everted (valgus)

Forefoot Score

-2 -1 0 1 2

talo-navicularcongruence

Area of tNJ markedly concave

Area of tNJ slightly, but

definitely concave

Area of tNJ flat

Area of tNJ bulging slightly

Area of tNJ bulging

markedly

Medial arch height

Arch high and acutely

angled towards the

posterior end of the medial

arch

Arch moderately

high and slightly acute

posteriorly

Arch height normal and

concentrically curved

Arch lowered with some

flattening in the central

portion

Arch very low with severe flattening in the central

portion – arch making ground contact

ForefootAbd/

adduction

No lateral toes visible. Medial toes

clearly visible

Medial toes clearly more visible than

lateral

Medial and lateral toes

equally visible

Lateral toes clearly more visible than

medial

No medial toes visible. Lateral toes

clearly visible

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As observações dos pés em ambas as populações foram realizadas em ambiente descontraído, numa postura es-tática, com duplo apoio do membro no chão e com espaço suficiente para o investigador movimentar-se à volta dele e ter acesso constante para a visão posterior da perna e do pé. O participante foi instruído a ficar parado, com os braços pendentes e a olhar para a frente. Para relaxar pediu-se ao participante que andasse um pouco no local, antes de se colocar numa posição confortável. Durante a avaliação tive-mos a atenção de garantir que o participante não se virasse, para tentar ver o que estava a acontecer, pois podia alterar significativamente a postura do pé. O comprimento e a largura do pé foram obtidos através das pedigrafias, com o auxílio de um pedígrafo, medindo a largura metatársica, que representa a largura máxima do antepé (1ª e 5ª cabeças metatársicas 20. O comprimento do pé é medido como a distância entre o ponto mais proemi-nente, na região anterior da tuberosidade da falange distal do hallux, seguindo a orientação do eixo longitudinal do pé (calcanhar - segundo dedo) 21.

Análise estatística

todos os dados recolhidos foram inseridos numa base de dados, no programa informático sPss® (Statistical Program for the Social Science), versão 21.0. Inicialmente com a intenção de efetuar-se uma carateri-zação da amostra e das variáveis em estudo, recorreu-se a uma análise descritiva da amostra e das variáveis em es-tudo, mais especificamente à análise de frequências abso-lutas e relativas (percentagens) assim como ao cálculo de medidas de tendência central, nomeadamente a média e o valor modal, medida de dispersão resumido apenas ao cál-culo do desvio padrão, e distribuição de frequências tanto absolutas como relativas.Foram feitas tabelas de dupla entrada para análise descri-tiva de variáveis. A aplicação do teste T Student foi a opção para avaliação das diferenças de médias para as variáveis de interesse. Para as variáveis qualitativas (escalas de ava-liação e o género) recorreu-se ao teste Qui-Quadrado, para estudar a dependência e o grau de associação entre elas. sendo que, o intervalo de confiança estabelecido foi 95% com nível de significância de 5%. Foi considerado significa-tivo o P <0,05.

Resultados Análise descritiva

Para a caracterização geral da amostra em ambas as popu-lações, em termos de idade, a média dos participantes ido-sos foi inferior aos 80 anos, a dos jovens inferior aos 23 anos de idade, com um IMC equivalente a normal (Jovens=média 22,85; Idosos= média 24,17), uma vez que IMC ≥ 25Kg/m² pertencia aos critérios de exclusão. Quanto ao género houve uma distribuição equitativa pelo que esta foi também uma condição prévia do estudo. Na avaliação das variáveis antropométricas (comprimen-to e largura) constatou-se que a largura e o comprimento são semelhantes para ambos os pés nas duas populações, sem diferenças estatisticamente significativas. Pela avalia-ção do FPI, o grupo de idosos demonstrou que tanto para o pé direito como para o pé esquerdo, a maioria das ava-liações revelam pé normal (54,3%) seguido de pé supinado (pe=40,0%; pd=37,1%) e com alguns casos em que o pé se apresenta pronado (pe=2,1%; pd=6,4%), (tabela 3). O grupo de jovens apresenta pé normal (pe=67%; pd=70%), seguido de pé pronado (pe=23%; pd=22%) e apenas alguns casos de pés supinados (pe=7%; pd=8%)

Análise correlacional

Após avaliação das variáveis antropométricas (comprimen-to e largura) e em termos de médias entre os géneros, a população idosa revelou que apesar do género masculino evidenciar maior média de comprimento e largura do pé em relação às mulheres, apenas se evidenciaram diferenças significativas na largura do pé (P=0,00). No grupo jovem, os indivíduos do género masculino tendem na maioria dos casos a apresentar tanto no comprimento como na largura do pé superior aos indivíduos do género feminino quer em termos médios como nos valores extremos registados. Comparando a população jovem com a população idosa podemos constatar que, para ambos os pés, existem di-ferenças estatisticamente significativas entre os grupos (p=0,00). Os idosos evidenciam um pé com postura nor-mal (pe e pd= 54,3%) mas com uma percentagem grande de pés com postura supinada (pe=40%; pd=37,1%). Os jo-vens mostram uma postura do pé maioritariamente normal

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(pe=65%; pd=71%), com alguma percentagem de pés prona-dos (pe=24,0%; 20,0%), (tabela 2).

Foot Posture Index

Muito supinado supinado Normal Pronado

Muito prona-

doX² sig.

PDIdosos 1,4% 37,1% 54,3% 6,4% ,7%

32,169a ,000Jovens 1,0% 8,0% 71,0% 20,0% ,0%

PEIdosos 2,9% 40,0% 54,3% 2,1% ,7%

50,172a ,000Jovens 3,0% 7,0% 65,0% 24,0% 1,0%

Na avaliação do FPI e segundo o género, verificaram-se dife-renças estatisticamente significativas nas duas populações (p <0,00). O género masculino, na população idosa, eviden-cia um pé com postura supinada (pe=62,9%; pd=58,6%), enquanto na população jovem a postura do pé é normal (pe=64,0%; 66,0%), com percentagens muito aproximadas. No género feminino, a tendência mantem-se para jovens (pe=66,0%; pd=76,0%) e idosos (pe e pd=77,1%) com postura do pé normal, diferem quando as idosas apresentam casos de pé supinado (pe=17,1%; pd=15,7%), enquanto as jovens mostram um pé pronado (pe=32,0%; pd=24,0%), (tabela 3).

Tabela 3 – Comparação do FPI entre géneros

Género Foot Posture Index

Masculino Muito supinado supinado Normal Pronado

Muito prona-

doX² sig.

PDIdosos 2,9% 58,6% 31,4% 7,1%

22,749a ,000Jovens 2,0% 16,0% 66,0% 16,0%

PEIdosos 5,7% 62,9% 31,4% ,0%

34,862a ,000Jovens 6,0% 14,0% 64,0% 16,0%

Feminino X² sig.

PDIdosos 15,7% 77,1% 5,7% 1,4%

15,891b ,001Jovens ,0% 76,0% 24,0% 0%

PEIdosos 17,1% 77,1% 4,3% 1,4%

23,277b ,000Jovens ,0% 66,0% 32,0% 2,0%

Discussão

A seleção da amostra desta população foi criteriosa, de for-ma a não interferir nos resultados do estudo. Para o grupo de estudo foram excluídos, idosos com antecedentes de fra-turas do membro inferior, patologias neuromotoras, Artrite

reumatóide e Artrite gotosa diagnosticada ou evidente pois as alterações neurológicas e vasculares afetam os pés dos indivíduos idosos, podendo levar a deformidades nos pés 22 e que a osteoartrite além de provocar dor no pé, sen-sação de rigidez e edema, pode ocasionar limitações funcio-nais, como perda de movimentos, deformidades e até gran-de incapacidade do membro inferior 23. Excluímos também da amostra indivíduos com IMC igual ou superior a 25Kg/m² considerado excesso de peso 24 cumprindo o nosso estudo com estes critérios obtendo uma média de 24,17Kg/m², de forma a não comprometer o tamanho dos pés 25.26, haven-do uma tendência natural para que ocorra o abatimento do ALM durante a postura bípede, onde o peso corporal está totalmente suportado pelos pés, e que numa população com maior massa corporal, esse fator pode favorecer a insu-ficiência passiva e ativa dos componentes de sustentação do arco medial, levando à sua desestruturação 27. Quanto ao grupo controle apenas terá interesse discutir os dados do IMC pela mesma razão acima indicadas, que excesso de peso poderá influenciar a postura e tamanho do pé. Foi possível constatar que a maioria apresentou um IMC dentro dos parâmetros de normalidade, dados estes, consensuais com a literatura, verificado por Anjos, 1992 28 numa revista de saúde Pública, que a maioria dos jovens tinha um índice de massa corporal normal. Para o nosso estudo, necessitá-vamos de idosos independentes, avaliados pela escala de Katz, que não usassem auxiliares de marcha nem próteses do membro inferior, o que dificultou a recolha visto que, nas instituições encontramos muitos idosos dependentes. A idade média dos participantes deste estudo foi de 75 anos para a população do estudo e de 22 anos, garantindo assim a idade pré definida do estudo.relativamente à antropometria dos pés quer na população em estudo como no grupo controle (população jovem), não observamos diferenças estatisticamente significativas en-tre o pé direito e o pé esquerdo. A dificuldade em encontrar estudos ou fundamentos teóricos que expliquem este facto é partilhada por vários autores. Avidos 28 sugere homoge-neidade entre os pés, apesar de se referir ao Índice de Pos-tura do Pé. Para a escala de FPI, as características mais acentuadas do pé dos idosos, tanto para o pé direito como para o esquerdo é um pé com postura normal nesta população. Verificamos também uma grande percentagem de pés supinados, con-cordantes com Avidos 28, ao comparar a população jovem e idosa, verificou que os idosos têm maior incidência de pés

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normais, enquanto os jovens mostraram ter claramente pés com postura pronada. Num outro estudo, Bauer 4 verificou maior percentagem de pés cavos nos idosos. Outros autores apontam uma postura mais pronada com pés mais planos 29. Estudos efetuados em idosos, constataram que altera-ções na marcha podem ser atribuídas a uma combinação de fatores como a reduzida força e potência dos músculos dos membros inferiores, aumento da rigidez articular e défice de equilíbrio, além de mudanças do colagénio, resultando em diminuição da flexibilidade 7,8. Desta forma é possível que a postura normal do apoio do pé na população idosa seja ape-nas o resultado da pouca mobilidade que impede o pé do movimento de supinação. também outra possível explicação será o estudo feito por Kernozek & Lammott 30 quando ao analisar os padrões de pressão plantar durante a marcha em jovens e idosos, conferiu que a idade pode influenciar a dis-tribuição da carga do pé. Os mais velhos apresentaram maior distribuição de carga mais lateralizada. Estes factos podem efetivamente apontar menor sobrecarga das estruturas in-ternas dos pés nos idosos em relação aos jovens, podendo indicar uma menor tendência para um apoio em pronação. O grupo de controlo evidenciou maioritariamente uma postu-ra do pé normal a pronado, facto já referido anteriormente, que os pés dos jovens têm uma tendência para uma postura mais pronada relativamente aos idosos 28.respondendo ao objetivo principal do estudo, caraterizar o pé do idoso, segundo a escala FPI e diferenciá-los entre gé-neros, e ainda comparando com o grupo de controlo, pode-mos concluir que existem diferenças na postura do pé entre jovens e idosos e entre géneros. O género masculino, na po-pulação idosa, evidencia um pé com postura supinada, en-quanto na população jovem a postura do pé é normal. No gé-nero feminino, a tendência mantem-se para jovens e idosos com postura do pé normal, diferem quando as mulheres ido-sas apresentam casos de pé supinado, enquanto as mulhe-res jovens mostram um pé pronado. sabe-se que o homem tem uma tendência para o pé cavo e supinado e a mulher para um pé plano e pronado, em estudos feitos com jovens adultos 21. Verificamos então que existe diferenças entre a população jovem e a população idosa, podendo ser explica-do por fatores inerentes ao envelhecimento, que tendo em conta que ocorre menor mobilidade, poderá ter influência no comprometimento da capacidade pronadora do pé 7, 31. Em relação ao género nestas duas populações, a diferença na postura do pé poderá estar relacionada com o maior diâme-tro da bacia e maior valgismo dos joelhos evidenciados pela

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mulher 32. serra 33 destaca que o predomínio da gonartrose no género feminino não é absolutamente clara mas a explicação mais sugestiva baseia-se nas diferenças anatómicas entre os géneros. O autor refere ainda que, o joelho antes da artrose é valgo e com artrose é varo, concluindo que o varismo da go-nartrose é uma deformidade secundária que surge em joelhos inicialmente valgos. Esta é uma característica das mulheres que podem, com certeza fundamentar as alterações biomecânicas que daí advêm no membro inferior e consequentemente no pé 34. De acordo com os dados antropométricos obtidos entre géneros, e em ambas as populações, constatamos que os indivíduos do género masculino tendem na maioria dos ca-sos a apresentar tanto o comprimento como a largura do pé superior aos indivíduos do género feminino, o que vem complementar os dados referidos por Agnihotri 35 onde este observou que os pés dos homens eram em média três cen-tímetros mais compridos e um centímetro mais largo que o das mulheres. Este dado é partilhado por Menz 36 que no seu estudo sobre calçado nas mulheres, concluiu que os sapatos destas, além de serem mais estreitos, também eram meno-res em comprimento.

Conclusão

Na avaliação do pé do idoso, que constitui o grupo de estu-do da nossa amostra, através da escala FPI verificamos que existem diferenças significativas entre os géneros. No géne-ro feminino predomina o pé com postura normal enquanto no género masculino evidenciou-se uma postura supinada. Já para o grupo de jovens (grupo controle) verificou-se maior percentagem para pés normais em ambos os géneros, não se evidenciando diferenças estatisticamente significativas. Após avaliação das variáveis antropométricas (comprimen-to e largura), constatou-se que os indivíduos do género masculino tendem na maioria dos casos a apresentar tanto o comprimento como a largura do pé superior aos indivíduos do género feminino, evidenciando diferenças mais significa-tivas na população jovem.Na comparação com as duas populações (jovem e idosa) e o género, o FPI revela diferenças estatisticamente significati-vas. O género masculino, na população idosa, evidencia um pé com postura supinada, enquanto na população jovem a postura do pé é normal. O género feminino, mantem a ten-dência de postura normal para jovens e idosos, diferem na postura do pé supinada para o género feminino na popula-

ção idosa, e uma postura pronada na população jovem.

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