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ESTUDOS SOBRE OS EFEITOS DA ADOÇÃO DAS NORMAS INTERNACIONAIS DE CONTABILIDADE NO BRASIL.¹ Cleide Helena Aparecida de Oliveira² Aluzair Feliciano da Silva Júnior³ Luís Gustavo do Lago Quinteiro, M.Sc. 4 Universidade Estadual de Goiás – Unidade Jaraguá – Ciências Contábeis Av. Diva de Freitas Rios - Jardim Aeroporto, Jaraguá - GO, 76330-000 RESUMO Com a crescente integração do comércio e do mercado de capitais, em âmbito mundial, observa-se a ascensão das Normas Internacionais de Contabilidade – IFRS. O Brasil promoveu a adoção completa das IFRS a partir do ano de 2010 e, desde então, diversos estudos procuram evidenciar os efeitos de tal decisão para as empresas, para o mercado e para o país. A presente pesquisa objetiva avaliar tais efeitos, segundo as principais pesquisas realizadas no país. De modo geral, observam-se resultados positivos (esperados) da adoção das IFRS no Brasil. PALAVRAS-CHAVE: Normas Internacionais de Contabilidade; IFRS; Efeitos Econômicos; Companhias Abertas ABSTRACT With the increasing integration of trade and capital markets, worldwide, there is the rise of International Financial Reporting Standards - IFRS. Brazil has promoted the full adoption of IFRS from the year 2010 and since then, several studies have tried to show the effects of such a decision for companies to market and for the country. This research aims to evaluate such effects, according to the main research conducted in the country. In general, they observe positive results (expected) the adoption of IFRS in Brazil.

Artigo - Estudos Sobre Os Efeitos Da Adoção Das Normas Internacionais de Contabilidade No Brasil - Final

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Artigo apresentado para composição de nota do curso de Ciências Contábeis - UEG Jaraguá - Go

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ESTUDOS SOBRE OS EFEITOS DA ADOÇÃO DAS NORMAS INTERNACIONAIS DE CONTABILIDADE NO BRASIL.¹

Cleide Helena Aparecida de Oliveira² Aluzair Feliciano da Silva Júnior³

Luís Gustavo do Lago Quinteiro, M.Sc.4

Universidade Estadual de Goiás – Unidade Jaraguá – Ciências ContábeisAv. Diva de Freitas Rios - Jardim Aeroporto, Jaraguá - GO, 76330-000

RESUMO

Com a crescente integração do comércio e do mercado de capitais, em âmbito mundial, observa-se a ascensão das Normas Internacionais de Contabilidade – IFRS. O Brasil promoveu a adoção completa das IFRS a partir do ano de 2010 e, desde então, diversos estudos procuram evidenciar os efeitos de tal decisão para as empresas, para o mercado e para o país. A presente pesquisa objetiva avaliar tais efeitos, segundo as principais pesquisas realizadas no país. De modo geral, observam-se resultados positivos (esperados) da adoção das IFRS no Brasil.

PALAVRAS-CHAVE: Normas Internacionais de Contabilidade; IFRS; Efeitos Econômicos; Companhias Abertas

ABSTRACT

With the increasing integration of trade and capital markets, worldwide, there is the rise of International Financial Reporting Standards - IFRS. Brazil has promoted the full adoption of IFRS from the year 2010 and since then, several studies have tried to show the effects of such a decision for companies to market and for the country. This research aims to evaluate such effects, according to the main research conducted in the country. In general, they observe positive results (expected) the adoption of IFRS in Brazil.

KEY-WORDS: International Financial Accounting Standards; IFRS; Economic Effects; Listed Companies

Jaraguá, 2015

¹ Artigo apresentado como exigência parcial para obtenção do título de Bacharel em Ciências Contábeis pela Universidade Estadual de Goiás - UEG;

² Acadêmica do curso de Ciências Contábeis ([email protected]);

³ Acadêmico do curso de Ciências Contábeis ([email protected]);4 Professor Orientador da Universidade Estadual de Goiás, curso de Ciências Contábeis, Câmpus Jaraguá ([email protected]).

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1 INTRODUÇÃO

Nas últimas décadas verifica-se que o mundo vem passando por um

processo de globalização. Segundo Gonçalves et al. (2014), a globalização é um

processo de integração cultural, socioeconômico, político e social, que visa diminuir

as barreiras existentes entre os países.

Dentro deste contexto, observa-se que a integração, sob o aspecto

econômico, exige certa padronização na linguagem dos negócios, de forma a

permitir maior comparabilidade entre as empresas. A contabilidade, ciência que tem

por finalidade prover informações úteis ao processo de tomada de decisões, sofre

influência direta do processo de integração, influência essa caracterizada por uma

demanda crescente de informações contábeis passíveis de comparação entre

empresas de diferentes países.

Nesse contexto, o Brasil optou pela adoção das normas internacionais de

contabilidade, como forma de melhorar a qualidade e a comparabilidade da

informação contábil brasileira, bem como aumentar sua confiabilidade em âmbito

internacional.

O presente estudo tem como objetivo avaliar o andamento das pesquisas

sobre os efeitos da informação contábil no Brasil, após a adoção das Normas

Internacionais de Contabilidade - IFRS.

Para tanto, o presente artigo está estruturado em cinco seções, a saber:

introdução, metodologia, desenvolvimento e discussão, conclusão e referências.

2 METODOLOGIA

O objetivo deste trabalho é realizar uma pesquisa na literatura existente,

que trata dos efeitos da adoção das IFRS no Brasil.

Para tanto, adota abordagem qualitativa e caráter descritivo, baseada em

tipologia empírico-analítica, mediante procedimentos que envolveram o uso de

técnicas de análise documental.

O estudo desenvolvido teve embasamento teórico em pesquisas

bibliográficas, com levantamento de dados e informações relevantes em teses,

dissertações, artigos científicos, livros, revistas e sites especializados, que

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trouxeram uma melhor compreensão a respeito de relatórios contábeis, com enfoque

na adoção de normas internacionais de contabilidade.

3 DESENVOLVIMENTOE DISCUSSÃO

3.1 Estudos Sobre os Efeitos da Adoção das IFRS

Como salienta Ball (2006) apud Lourenço e Castelo Branco (2014), sendo

os procedimentos e a normatização contábil amplamente afetados por fatores

econômicos e políticos, a harmonização das normas e práticas contábeis é quase

uma consequência inevitável da crescente integração de mercados e políticas.

Seguindo os conceitos observados, a integração das grandes economias

mundiais e a necessidade de uma linguagem mais comum no campo da ciência

contábil, diversos países passaram a adotar as normas internacionais de

contabilidade na última década.

Em 2005, o CFC (Conselho Federal Contabilidade), por meio da

resolução n°1055/05, criou o Comitê de Pronunciamentos Contábeis – CPC, um

comitê não governamental com o objetivo estudar e preparar os Procedimentos

Técnicos, emitindo normas para centralizar e uniformizar as informações contábeis,

levando em consideração a convergência das normas brasileiras ao padrão

internacional.

No Brasil, a obrigatoriedade de adoção dos padrões contábeis

internacionais emanados do Comitê de Normas Internacionais de Contabilidade

(Internacional Accounting Standards Boards - IASB), ocorreu por meio da

promulgação da Lei Federal nº 11.638/2007, que inseriu o § 5° do art. 177, que

estabelece que “As normas expedidas pela Comissão de Valores Mobiliários a que

se refere o § 3o deste artigo deverão ser elaboradas em consonância com os

padrões internacionais de contabilidade adotados nos principais mercados de

valores mobiliários.”.

Desde então, surgiram indagações no ambiente contábil brasileiro de

como, por exemplo, a adoção das IFRS tem se refletido nas empresas brasileiras e

se essa mudança normativa gera efeitos econômicos.

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Para Pope & McLeay (2011) apud Lourenço e Castelo Branco (2014), a

investigação empírica possibilita avaliar o impacto da alteração de normas na

qualidade do relato financeiro, assim como os efeitos de tal alteração no mercado de

capitais, podendo, ainda, contribuir para o esclarecimento dos fatores que

influenciam as consequências da alteração.

Com isso, acredita-se que a realização de estudos que apontem os

impactos advindos da adoção das normas internacionais de contabilidade é

importante e pode contribuir para o entendimento de como o processo de

convergência contábil internacional está influenciando o ambiente econômico, o

mercado de capitais e as empresas brasileiras.

Para melhor abordagem do tema, faz-se necessário contextualizar o

processo histórico ocorrido em âmbito mundial, no que tange à padronização

contábil.

3.2 Processo Histórico e Evolução da Adoção das IFRS

O International Accounting Standards Board (IASB) é um organismo

privado de âmbito internacional, que existe desde 1973 e é sediado em Londres.

Este órgão emitiu um conjunto de normas voltadas à preparação das

demonstrações financeiras, notadamente 41 International Accounting Standards

(IAS) e 13 International Financial Reporting Standards (IFRS). As IAS são as normas

emitidas pelo IASB até 2001 e as IFRS são as normas emitidas depois desse ano.

Contudo, atualmente, é usual utilizar apenas a expressão IFRS para designar esse

conjunto de normas (BENGUE et al., 2013).

Um marco importante em termos da adoção obrigatória das IFRS ocorreu

em 2005, quando estas passaram a ser exigidas pela União Européia (UE) e pela

Austrália. A adoção das IFRS na UE é percebida como um acontecimento de

considerável importância para o estabelecimento da credibilidade do projeto do IASB

em esfera mundial (POPE & MCLEAY, 2011, apud LOURENÇO E CASTELO

BRANCO, 2014).

O ano de 2010 foi um segundo marco importante no processo de adoção

das IFRS em termos globais, com a adoção obrigatória no Brasil, país de grande

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relevo para a economia mundial. Posteriormente, outros países com grande

importância econômica também adotaram as IFRS: em 2011, o Canadá e em 2012,

o México e a Rússia (LOURENÇO; CASTELO BRANCO, 2014).

3.3 Globalização – O elo motor das IFRS

“...uma vez que o processo de globalização trouxe para primeiro plano a demanda por informações contábeis confiáveis e comparáveis para suportar a variedade de transações e operações deste mercado. Entende-se que, quanto maior a transparência, clareza e compreensibilidade das informações financeiras das empresas — qualidades primordiais às boas práticas de governança corporativa —, menor será o risco percebido por um investidor à sua aplicação de recursos e menor será o retorno exigido para o seu investimento, em benefício da redução do custo de capital das empresas.” (ANTUNES et al 2007).

Com a expansão do mercado de capitais em escala globalizada,

empresas buscam sua sobrevivência e isso pode estar relacionado à sua

capacidade de atrair recursos para expansão dos negócios. Com isso, Martins e

Paulo (2010) argumentam que a crescente expansão da competitividade das

empresas e a busca por recursos disponíveis nos mercados, têm levado as

companhias a navegarem em mercados de capitais de outros países, os quais são

submetidos a diferentes normas de contabilidade.

As diferentes práticas contábeis adotadas pelos países tornavam mais

onerosas as operações mercantis e financeiras, dificultando o acesso das empresas

ao capital estrangeiro (SAHLSTRÖM, 2009, apud DI DOMENICO et al., 2014).

O crescimento das operações internacionais contribuiu para o surgimento

do movimento de harmonização das normas internacionais de contabilidade, assim,

o número de países a permitir e/ou exigir a adoção das IFRS na preparação das

demonstrações financeiras passou a crescer virtuosamente ao longo dos últimos

anos.

3.4 As IFRS como Luz à Tomada de Decisões e ao Downsizing

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Para Bruni et al. (2014), o IASB legitima o uso dos padrões internacionais

de contabilidade em razão de proporcionarem demonstrações contábeis com

elevada qualidade, baseadas em princípios gerais e não em regras procedimentais,

permitindo assim, uma melhor evidenciação da posição e desempenho econômico

da empresa.

Além disso, dentre outros benefícios, a adoção dessas práticas

proporcionaria a redução de gerenciamento de resultados por meio de ações

oportunistas dos administradores, já que elas ocasionariam a redução da assimetria

informacional e do conflito de agência entre o agente e o principal, por meio da

adoção de um padrão único, uniforme, livre de vieses e de alta relevância

informacional (IASB, 2010).

Essas práticas remetem ao Downsizing, técnica conhecida em todo o

mundo e que visa a eliminação de processos desnecessários que engessam a

empresa e atrapalham a tomada de decisão, no que tange à busca pela otimização

e uniformização das informações, ao enxugamento desses processos e à redução

de custos que levam à maximização de lucros e a valorização da entidade, e como

tal, sofrem críticas e elogios na mesma proporção em que os resultados são obtidos.

De acordo com Martins et al. (2014), as mudanças na mensuração de

instrumentos financeiros, ativos intangíveis, mudanças na avaliação de

investimentos societários, extinção da reavaliação, mudanças na contabilização nos

contratos de leasing, dentre outras, provocam impactos diretos em diversas

características qualitativas da informação contábil, como na confiabilidade e na

neutralidade.

Diversas pesquisas, em diferentes países, abordaram sobre a

convergência das normas contábeis locais para normas internacionais de

contabilidade emitidas pelo IASB. Para Di Domenico et al. (2014), os resultados

destes estudos apontam para possíveis impactos nas demonstrações contábeis e na

reação dos investidores, entre eles:

a) Aaron Anderson, diretor de políticas contábeis da IBM e responsável pela

implementação das IFRS na empresa, destaca as vantagens oferecidas pela

utilização das normas internacionais de contabilidade. Dentre as vantagens,

tem-se a economia de escala e a eficiência estrutural do sistema contábil;

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b) McManus (2009) aponta que as experiências da Europa, da Ásia e da

Austrália comprovam que a adoção das IFRS demanda tempo e recursos,

mas em contrapartida, gera oportunidade de reavaliação dos relatórios

financeiros e lança uma nova abordagem sobre as políticas e processos

contábeis da organização;

c) Os resultados das empresas abertas não financeiras da Espanha foram

analisados por Perramone e Amat (2006), que constataram que as influências

(positivas ou negativas) nos resultados das companhias, decorreram da

aplicação do fair value (valor justo) aos instrumentos derivativos, bem como

das regras de amortização do goodwill (ativo intangível que representa

benefícios econômicos futuros).

Nesse sentido, Van Tendeloo e Vanstraelen (2005) apud Lourenço e

Castelo Branco (2014), apontam quatro vantagens decorrentes da adoção das IFRS,

a saber:

i. Primeiramente, a adoção deverá implicar em uma maior capacidade

de os investidores tomarem decisões financeiras informadas,

eliminando a confusão decorrente da existência de diferentes

formas de mensurar a posição e o desempenho financeiro em

diferentes países, o que conduz a uma redução do risco para

investidores e do custo do capital para as empresas;

ii. Em segundo lugar, deverá ter como consequência uma diminuição

dos custos relacionados à elaboração de informações financeiras

de acordo com diversos conjuntos de normas;

iii. Em terceiro lugar, conduzirá a maiores incentivos ao investimento

internacional; e

iv. Em quarto lugar, possibilitará uma alocação de recursos financeiros

mais eficientes em nível mundial.

Assim, Martinez e Alves (2013) afirmam que as IFRS trouxeram conceitos

e práticas que podem modificar o exercício do conservadorismo contábil em âmbito

mundial.

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No entanto, de acordo Leuz e Wysocki (2008) apud Brunozi Jr et al.

(2015), essa propriedade das informações contábeis podem apresentar diferenças

em cada país, pois os fatores institucionais das nações influenciam os incentivos das

empresas em evidenciar os vários eventos econômicos de distintas formas nos

demonstrativos contábil-financeiros.

3.5 As IFRS nos dias atuais

Não obstante os conflitos socioculturais e institucionais encontrados

mundo afora, que poderiam ser considerados poderosos obstáculos à adoção das

Normas Internacionais de Contabilidade, segundo Braunbeck (2014), o IASB

divulgou resultados de recente pesquisa, que apontam dados, no mínimo

impressionantes, considerando que as IFRS e o IASB, tal como os conhecemos

hoje, têm aproximadamente 13 anos.

Participaram do levantamento um total de 122 jurisdições (ou seja, uma

área geográfica na qual o poder público atua no sentido de fazer cumprir a lei, como

pode ser o caso de um país como o Brasil, ou de reinado, como é o caso do Reino

Unido, que possui diversos países, mas se constitui em uma jurisdição), e 83%

deles, ou seja, 101 países, exigem a adoção das IFRS para a maior parte ou todas

as empresas listadas em seu mercado. Tal índice inclui diversas jurisdições que não

têm mercado de ações, mas que requerem as IFRS de seus bancos e outras

entidades com prestação pública de contas. As demonstrações financeiras de mais

de 100 jurisdições, incluindo a maior parte do G20, são elaboradas sob uma

linguagem financeira comum. Essa rápida trajetória de adoção (e também

convergência) é, naturalmente, resultado da leitura dessas jurisdições e de suas

lideranças, acerca dos benefícios de se adotar uma linguagem financeira comum

(BRAUNBECK, 2014).

3.6 Estudos sobre efeitos da adoção das IFRS no Brasil

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De acordo com Sperandio (2015), o governo brasileiro deu o primeiro

passo para a convergência às normas internacionais, ao alterar a Lei Federal nº

6.404/76 (Lei das S/A) pela Lei Federal nº 11.638/07 e nº 11.941/09, porém o órgão

responsável pela regulamentação das práticas e princípios contábeis no Brasil é o

Conselho Federal de Contabilidade (CFC), que emite as Normas Brasileiras de

Contabilidade (NBC) e tem a incumbência de aprovar os pronunciamentos do

Comitê de Pronunciamentos contábeis - CPC.

Ainda segundo o autor, os pronunciamentos emitidos pelo Comitê de

Pronunciamentos Contábeis (CPC), nasceram pelos esforços de seis destacadas

entidades: CFC, IBRACON - Instituto dos Auditores Independentes do Brasil,

FIPECAFI - Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras,

BOVESPA - Bolsa de Valores de São Paulo, APIMEC - Associação dos Analistas e

Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais e ABRASCA - Associação

Brasileira das Companhias Abertas, e representam importantes avanços no caminho

da atualização e da modernização de normas e preceitos contábeis.

Historicamente, o CPC resulta da abertura da economia brasileira para o

exterior, fato que colocou nossas empresas em contato direto com economias mais

avançadas, inclusive com títulos negociados nas bolsas de maior movimento no

mundo e ao alcance dos investidores sediados em outros países.

Diferentemente dos países da UE, que adotaram obrigatoriamente as

IFRS a partir de 2005, as empresas brasileiras foram obrigadas a adotar as normas

internacionais em duas fases. A primeira fase se deu com a aplicação de preceitos

de alguns Pronunciamentos Técnicos nas demonstrações contábeis dos exercícios

de 2008 e 2009; a segunda fase ocorreu a partir da adoção dos demais

Pronunciamentos Técnicos nas demonstrações contábeis do exercício de 2010,

resultando na adoção das IFRS em duas etapas.

Como não há relatos de casos similares, o processo de convergência

brasileiro pode ser caracterizado como único, despertando interesse em investigar

se as consequências econômicas observadas em outros casos se aplicam ao Brasil.

Portanto, diante de tais aspectos, a adoção das IFRS no Brasil pode ser

caracterizada como um modelo híbrido (SILVA; NARDI, 2014).

Para Lemes e Silva (2007), a posição das empresas brasileiras de capital

aberto em relação à elaboração de relatórios contábeis de acordo com as IFRS,

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evidenciou que o imposto de renda diferido e o registro de variações cambiais foram

os principais pontos dedivergência na implantação das IFRS no país.

Segundo Carvalho et al. (2011) apud Di Domenico et al. (2014), uma

investigação sobre a primeira fase da adoção das normas internacionais de

contabilidade mostrou impacto nos indicadores econômico-financeiros das empresas

brasileiras. Os resultados revelaram mudanças estatisticamente significantes para

os indicadores de Participação do Capital de Terceiros, de Imobilização do

Patrimônio Líquido e de Liquidez Seca.

Para Di Domenico et al. (2014), os impactos nos indicadores econômico-

financeiros das empresas, encontrados em uma amostra apartir da edição da Lei

Federal nº 11.638/07, sinaliza que tais efeitos estão relacionados às mudanças nas

práticas contábeis, como a forma de contabilização e os critérios de avaliação dos

eventos econômicos.

Lourenço e Castelo Branco (2014) evidenciaram que após a adoção

completa das IFRS, houve um aumento no nível de conservadorismo nos resultados

reportados pelas empresas pesquisadas.

O Princípio Contábil do Conservadorismo (ou da Prudência) reza que:

“em caso da existência efetiva de dúvidas quanto à valoração de ativos, passivos, despesas, receitas etc., a Contabilidade deve ser bastante precavida e fazer com que se atribuam, dos valores em discussão, os mais conservadores, ou seja, os menores para os casos dos ativos e das receitas e os maiores para os casos dos passivos e das despesas.” (CFC, 2010).

Entretanto, alguns estudos têm demonstrado que a adoção das IFRS não

tem reduzido o gerenciamento de resultado, consequentemente, comprometendo a

qualidade da informação contábil brasileira.

Pontualmente, em suas pesquisas, Martins et al. (2014) identificaram

resultados demonstrando que há evidências de conservadorismo contábil, pelas

empresas da amostra pesquisada, antes, durante e após o processo de

convergência. Porém, observou-se que o nível de conservadorismo diminuiu durante

esses períodos, chegando a não se obter evidências de conservadorismo para as

empresas que não estão listadas nos níveis diferenciados de governança

corporativa (NDGC) no período de adoção integral do padrão IFRS (2010 e 2011).

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Também verificou que, não obstante, as empresas listadas nos NDGC,

mesmo tendo apresentado uma redução no conservadorismo contábil durante o

processo de convergência, apresentaram um nível superior ao das empresas em

geral, até mesmo no período de adoção integral do modelo IFRS, corroborando os

resultados de estudos anteriores (ALMEIDA; SCALZER;COSTA, 2008; LARA;

OSMA; PENALVA, 2009 Apud MARTINS et al., 2014).

Uma possível explicação para esses achados é a de que práticas

contábeis conservadoras estão relacionadas a mecanismos de governança

corporativa, no sentido de resguardar os acionistas e credores de capital de atos

oportunistas de gestores, uma vez que estes podem se beneficiar de resultados

maiores (não conservadores), principalmente quando são avaliados e remunerados

por medidas de desempenho que derivam dos resultados contábeis (WATTS, 2003

Apud MARTINS et al., 2014).

Costa (2012) destaca como principais benefícios da adoção das IFRS: a

melhora na qualidade da informação contábil; maior retorno financeiro visto que o

mercado de capitais reconhecerá a maior transparência e melhor comparabilidade

das informações financeiras; a essência econômica das transações passa a ser

mais importante que a forma jurídica e a redução da influência da legislação fiscal

sobre os relatórios contábeis.

Em consequência, se tornou mais claro que a diversidade de práticas

contábeis entre as diversas economias representava um significativo custo extra e

uma dificuldade a mais para a indispensável troca de informações e a convergência

para as normas internacionais. Essa questão, aliás, não se apresentou apenas no

Brasil, mas também para as economias da Europa e dos Estados Unidos que, pelas

mesmas razões, buscam uma maneira de compartilhar normas e procedimentos

contábeis (SPERANDIO, 2015).

Com isso, no Brasil, a necessidade de harmonização das normas

contábeis passou a fazer parte das preocupações dos principais organismos

envolvidos com tais assuntos, como o Conselho Federal de Contabilidade, o

IBRACON e a Comissão de Valores Mobiliários, dos quais resultou uma série de

medidas já em andamento.

Para Martinez e Alves (2013), observa-se que existem ainda poucas

pesquisas levando-se em conta os resultados das Companhias fechadas, mesmo

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sendo do conhecimento de todos, a crucial importância que elas representam para a

economia e o desenvolvimento do Brasil. Se considerarem-se as demais empresas

de grande porte, não se encontram pesquisas relevantes que envolvam empresas

de capital fechado e limitada.

Sua pesquisa teve como objetivo principal o de avaliar, após a adoção

das IFRS e, posteriormente, após a publicação de Leis e Pronunciamentos

Contábeis sobre a convergência, o grau de conservadorismo existente entre as

empresas brasileiras que negociam com ações na bolsa e as que não negociam,

levando em consideração o ranking das 1000 maiores empresas em volume de

vendas publicado pela Revista Exame.

Concluíram não haver efeitos da adoção das IFRS no nível de

conservadorismo existente entre as empresas que possuem ações em bolsa de

valores e aquelas que não possuem. Porém, uma limitação observada pelos

autores, refere-se ao fato de que a convergência total às IFRS se deu apenas a

partir de 2010 e que os CPC’s, ainda estavam em fase inicial de aprovação e

aplicação em 2008 e 2009, o que pode não ter causado influência no período

pesquisado.

Martins et al. (2014) verificaram, na literatura nacional, estudos que

apontam divergências entre o padrão contábil brasileiro e as IFRS, porém, esses

estudos, no que tange à qualidade das informações financeiras, apresentam poucas

evidências empíricas para demonstrar o reflexo que a adoção das IFRS produz

sobre a análise de desempenho das companhias abertas brasileiras ou para

evidenciar o grau de efetividade do processo de convergência às normas

internacionais através dos reflexos nos indicadores de desempenho dessas

companhias.

Os autores identificaram que as menores variações observadas se

referem aos indicadores de liquidez, justificando isso ao fato de que os grupos de

contas do ativo circulante e do passivo circulante reúnem as contas de maior grau

de liquidez do patrimônio dessas companhias e, consequentemente, são os grupos

de contas que possuem menores divergências quanto aos critérios de mensuração e

evidenciação entre o padrão contábil nacional e as IFRS. Por outro lado, as maiores

variações referem-se aos indicadores de rentabilidade, principalmente ao retorno

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sobre o patrimônio líquido, fruto dos reflexos das divergências de reconhecimento

das receitas e apropriação das despesas existentes entre as BR GAAP e as IFRS.

Sob a ótica de Lourenço e Castelo Branco (2014), a abrangência da

pesquisa contempla estudos sobre as consequências da adoção das IFRS na UE e,

também, em outras áreas geográficas, o que possibilitou detectar que quando se

utilizam amostras que incluem países de vários continentes, os resultados não são

tão favoráveis à adoção das IFRS em comparação a amostras que incluem apenas

países da UE.

Os autores verificaram que a adoção coerciva das IFRS, tendem a

evidenciar efeitos positivos em comparação à adoção voluntária, mas que depende

particularmente das características dos países (nomeadamente nível de

enforcement) e das características das empresas. A partilha de regras não é, por si

só, suficiente para criar uma linguagem de negócios comum, desempenhando os

incentivos da gestão e os fatores institucionais um importante papel no

enquadramento das características do relato financeiro.

Di Domenico et al. (2014), propuseram verificar se a adoção integral das

normas IFRS promoveram variações significativas nos indicadores econômico-

financeiros das empresas listadas na BM&FBovespa, referente ao exercício de 2009

e que foram reapresentadas no ano de 2010, para fins de comparabilidade.

Os autores reiteraram, como identificados em outros artigos, que os

indicadores de liquidez e rentabilidade não foram significativamente influenciados

pela adoção integral das normas IFRS. Os estudos apresentados pelos autores

levam a concluir que, a tomada de decisão por parte dos agentes interessados, não

foi afetada com a adoção das IFRS. Portanto, decisões sobre captação de recursos,

que poderiam ser influenciadas diretamente por variações nos indicadores de

liquidez, ou sobre remuneração da diretoria ou dos acionistas, ou possivelmente

afetadas por alterações nos indicadores de rentabilidade, por exemplo, não foram

influenciadas pela adoção das normas.

Em relação aos indicadores de estrutura de capital, os resultados

apontam que a adoção por completo das IFRS causaram impacto estatisticamente

significativo apenas no indicador de imobilização do patrimônio líquido. As

diferenças encontradas neste indicador podem ter sido influenciadas pelo ajuste de

avaliação patrimonial e/ou teste dos valores recuperáveis dos ativos (teste de

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14

impairment). Tal impacto pode ter consequências sobre políticas de empréstimos e

investimentos.

5 CONCLUSÃO

Em uma visão global, acredita-se que a adoção das IFRS deve conduzir a

uma melhoria da capacidade de os investidores tomarem decisões financeiras

informadas, a uma melhoria das condições de investimento e/ou financiamento,

melhoria da comparabilidade e a uma alocação mais eficiente de recursos fi-

nanceiros em nível mundial. Diversos estudos citados apontam nessa direção.

No Brasil, tendo em vista que o objetivo da convergência do padrão

contábil nacional ao padrão internacional do IASB é semelhantes aos observados

em âmbito internacional, a adoção das IFRS deve favorecer a comparabilidade do

desempenho das empresas, inclusive empresas sem relação às multinacionais.

Assim, os autores acreditam que as divergências tendem a desaparecer com o

decorrer dos anos, tendo em vista, inclusive, que a adoção das IFRS no Brasil ainda

pode ser considerada relativamente recente. Mesmo que ainda não produza efeitos

plenos e ainda não alcance a integralidade das empresas, pode-se afirmar que a

convergência do padrão contábil brasileiro ao padrão contábil internacional já é uma

realidade.

É importante observar que os resultados obtidos nos diversos estudos

são restritos às companhias abertas que compuseram suas amostras. Em assim

sendo, deve-se evitar generalizações para todas as companhias abertas brasileiras.

Não se pode descartar a ocorrência de fatores alheios ao observado pelos autores

que deram base à formação desse artigo, que possam ter influenciado as

informações financeiras das empresas cujos relatórios financeiros foram avaliados,

tornando-se o exposto, apenas um esboço da realidade apresentada, não se

pretendendo colocar como questionamento ou resposta definitiva os dados aqui

levantados.

Considerando o caráter mais geral do presente trabalho, sugere-se, para

futuros estudos, que sejam analisados determinados setores econômicos ou

determinados tipos de efeitos, com vistas a se obter resultados mais específicos.

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