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ARTIGO PDE 2011 - Paranဦ · ARTIGO PDE 2011: Linguagem das histórias em quadrinhos no ensino da arte. Autor: Eleniza do Rocio Souza1 Orientador: Prof. Dr. Luiz Antonio Zahdi

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ARTIGO PDE 2011: Linguagem das histórias em quadrinhos no ensino da arte.

Autor: Eleniza do Rocio Souza1

Orientador: Prof. Dr. Luiz Antonio Zahdi Salgado2

Resumo

O presente artigo traz reflexões acerca de possíveis noções do tempo histórico, relacionando-os com a produção cultural, apresentando maneiras de utilidade das Histórias em Quadrinhos na leitura visual e escrita, bem como no exercício da edificação do conhecimento do ensino aprendizagem nas aulas de artes. Este artigo tem a finalidade de apresentar os resultados de uma pesquisa qualitativa onde foram feitas aplicações em sala de aula com abordagens metodológicas aplicadas para alunos do 6º ano do Ensino Fundamental no ano de 2011 do Colégio Estadual Manoel Ribas Ensino em Tempo Integral, Fundamental e Médio. Neste contexto, as histórias em quadrinhos tem se mostrado como importante veículo de integração de múltiplos recursos comunicativos, revelando assim grande potencial expressivo e possibilitando a construção de diversas narrativas. As significações das linguagens contidas nas histórias em quadrinhos foram de suma importância para o desenvolvimento do trabalho que teve como base uma pesquisa bibliográfica, atividades práticas e também foram realizadas discussões com outros profissionais da área, através do Grupo de Trabalho em Rede. Desta maneira este artigo visa relatar as principais evidências observadas e constatadas durante todo o processo ensino aprendizagem com os alunos e profissionais envolvidos e deixa claras as conclusões de como o conteúdo das Histórias em Quadrinhos e suas linguagens podem ajudar no decorrer do dia a dia escolar.

Palavras Chave: Linguagem; Quadrinhos; Práticas; Criatividade; Coletividade.

1 Professora de Arte graduada em Educação Artística pela Faculdade de Artes do Paraná FAP,

Especialista em Magistério de 1º e 2º Graus pela IBPEX, Professora PDE em Arte. 2 Doutor em Comunicação e Semiótica pela PUC-SP, Mestre em Comunicação e Linguagens

pela UTP, Especialista em História da Arte do Século XX pela EMBAP, Graduado em Design Gráfico pela PUC-PR, docente da FAP e líder do NatFap - Núcleo de Arte e Tecnologia da FAP.

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1 INTRODUÇÃO

As histórias em quadrinhos têm despertado, ao longo do tempo, um

significativo interesse de leitores de todas as idades e, por esse motivo, esta

linguagem tem sido utilizada nas mais diversas áreas da cultura

contemporânea, desde tradicionais meios como as revistas e jornais e até

mesmo como motivo para produções cinematográficas e games.

Dessa forma, observa-se que o estudo desta linguagem passa a ter

importância fundamental para aqueles que desejam compreender os aspectos

da contemporaneidade, seja do ponto de vista das mídias na comunicação ou

dos aprofundamentos artísticos.

As histórias em quadrinhos que usualmente folheamos e lemos são

definidas e conhecidas como narrativas realizadas através da justaposição de

sequencias de imagens, desenhos ou figuras, com falas dos personagens e/ou

narrativas, geralmente publicadas em gibis, tiras de jornais e revistas, apesar

das muitas possibilidades que surgiram com a WEB.

McCloud (2005, p. 09) explica que as Histórias em Quadrinhos são:

“Imagens pictóricas e outras justapostas em sequência deliberada destinadas a

transmitir informações e/ou a produzir uma resposta no espectador”.

A intervenção dos segmentos das HQs na escola tratou de um processo

de aperfeiçoamento educacional/cultural vindo a desenvolver alguns bons

resultados durante as aulas de arte, seja através das capacitações das oficinas

de leitores, apoio a criações de novas histórias, criação de acervos

bibliográficos, das produções feitas pelos alunos para a escola e incentivo a

novas propostas de leitura.

No desenvolvimento da pesquisa a linguagem verbal e escrita presente

nos quadrinhos esteve presente no processo de aplicabilidade das atividades

desenvolvidas, demonstrando assim aos alunos que o processo de criação de

uma história longa e denotado através de uma narrativa mais consistente e

elaborado.

Neste sentido Muanis (2011) afirma que,

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A arte sequencial, elaborada por Eisner, possibilitou esse novo formato. ―Este termo denota uma preocupação com a arte de narrar através de imagens sucessivas em seus diversos enquadramentos, suas relações entre texto e imagem, e que lhe garantiria maiores possibilidades artísticas e narrativas‖ (MUANIS, 2011 p. 53).

As novas propostas nem sempre são bem-vindas e bem vistas no inicio,

mas percebeu-se com o trabalho de intervenção na escola, acompanhado de

um bom embasamento teórico, uma nova perspectiva a partir da linguagem de

histórias em quadrinhos; e pensando num aluno mais crítico e participativo,

objetivou-se com a interação entre aluno-leitor-criador, um meio de aquisição

do que se passa ao redor das HQs, portanto, uma nova visão acerca da

dimensão social e cultural enriquecendo a reflexão coletiva.

A participação e colaboração do professor são de suma importância para

o sucesso do trabalho, pois as experiências pedagógicas que eles próprios

podem realizar determinam os caminhos do trabalho a ser efetivado. Com a

sistematização do trabalho de intervenção, após dados colhidos e das várias

análises feitas, levantam-se as conclusões e eixos relevantes à formação do

ensino aprendizagem do aluno.

2 DESENVOLVIMENTO

2.1 O trabalho de intervenção e suas peculiaridades

O ensino de novos conceitos e procedimentos fica mais fácil quando se

estabelece a ligação com o conhecimento prévio do aluno, pois partindo deste

principio que os alunos já haviam manuseado e lido gibis objetivou-se a

intervenção junto ao conteúdo das HQs.

Primeiramente, foi pensado num problema para a pesquisa, que

pudesse norteá-la. A questão problema foi: Estudar uma linguagem

aparentemente voltada para o lazer traria benefícios na formação de repertório

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para os alunos? Possibilitaria, aos envolvidos, maior trânsito entre as diversas

linguagens que justapõem elementos verbais e visuais? Isto contribuiria para o

ensino da arte?

Aspectos bastante importantes da linguagem HQ (História em

Quadrinhos) é que, por ela ser verbal e visual ao mesmo tempo, possibilita um

trabalho interdisciplinar, além de poder agregar conteúdos diversos com

interesses educacionais variados, capaz de desenvolver junto aos alunos

leituras nas mais diversas formas de comunicação humana, o projeto

concentrou-se no estudo teórico e prático sobre a linguagem do HQ.

Durante o projeto de intervenção Histórias em Quadrinhos no Colégio

Estadual Manoel Ribas foi um desafio para a própria turma escolhida para a

intervenção que ao final do processo se tornou muito gratificante e

interessante. Por apenas ter hipóteses no inicio da intervenção não poderia

afirmar que esse tipo de recurso despertasse no aluno o interesse, a

participação, o crescimento e amadurecimento e consequentemente a melhoria

do comportamento.

Devido ao papel que o professor ocupa como mediador do

desenvolvimento para a compreensão e interpretação crítica dos estudantes a

respeito do universo das imagens, a pesquisa buscou fundamentalmente

investigar como as histórias em quadrinhos implicam no ensino aprendizagem

na disciplina de Arte.

No decorrer do processo de intervenção, em determinados momentos de

algumas aulas, alguns alunos até se sentiram mais à vontade para contar um

pouco de suas vidas e também se identificando com alguns personagens

dependendo do gibi que estavam lendo e desta forma interferindo na sua

criação pessoal.

De modo geral, muitos pontos da pesquisa foram respondidos a altura,

com algumas afirmativas e curiosidades bem relevantes, pois quando se foi

pensado em aplicar o projeto de intervenção na escola levou-se em

consideração também a faixa etária e a turma de alunos com maior dificuldade

de aprendizagem, para assim dar inicio a esse grande desafio que foi percorrer

uma viagem sobre as linguagens das Histórias em Quadrinhos.

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O projeto partia da reflexão e propunha pensar na elaboração de

propostas para o ensino da linguagem das histórias em quadrinhos, através da

produção e, ao mesmo tempo, despertar motivação aos alunos nas aulas de

ensino de arte. Assim foi pensado e explicado aos alunos como as histórias em

quadrinhos são definidas nos termos técnicos como define Resende (2006),

São definidas e conhecidas como narrativas realizadas através da justaposição de sequencias de imagens, desenhos ou figuras, com falas dos personagens e/ou narrativas, geralmente publicadas em gibis, tiras de jornais e revistas, apesar das muitas possibilidades que surgiram com a WEB (RESENDE, 2006 p. 41).

O processo de ensino aprendizagem com os alunos para construírem

um texto com imagens, unindo-os em sentidos e significados e desenvolver

com eles práticas reflexivas sobre as histórias em quadrinhos foi um promissor

modo de dar-lhes a oportunidade de compreenderem melhor as variadas

formas de apresentação de narrativas que associam a linguagem verbal a

visual.

O objetivo geral da pesquisa buscou evidenciar que os alunos

conhecessem as linguagens das histórias em quadrinhos, tanto a verbal e a

visual, e desta forma pode-se chegar a uma conclusão positiva que os alunos

através das atividades desenvolvidas conseguiam reconhecer os tipos de

linguagens contidos nas charges, gibis, tiras. E desta forma no processo diário

de aplicação e criação dos alunos, estes puderam se familiarizar com estes o

oficio da interação das imagens com as palavras.

Na disciplina de arte os quadrinhos podem ser utilizados de forma bem

mais didática, enfocando basicamente o ensino diretivo e criativo, para os

alunos poderem expor suas qualidades e habilidades individuais. Sempre

enfocar e estimular estas duas questões dos alunos durante as aulas é um

bom caminho para se conseguir desenvolver qualquer tipo de conteúdo, e

durante a aplicação do conteúdo de HQs foi muito importante para a realização

do processo de intervenção.

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O conteúdo das histórias em quadrinhos apresenta-se como

extremamente funcional para a comunicação. Alguns autores, recentemente,

trabalharam com o gênero jornalístico, trazendo uma nova perspectiva para

sua funcionalidade (MUANNIS, 2011).

Há muito tempo, diversos autores reforçam a ideia de que os quadrinhos

têm um apoio no tratamento de temas escolares, seja de forma lúdica e/ou

educativa. Neste aspecto Oliveira (2007) afirma que,

Desde 1970, a Europa vem se desenvolvendo nesta parte, inclusive na França, a editora Larousse publicou L’Histoire de France em BD, com o total de 8 volumes, seguido pelo Découvrir La Bible. E não é de agora que os quadrinhos ganham força como apoio ao tratamento de temas escolares de forma lúdica (OLIVEIRA, 2007 p. 25).

Enriquecendo e contribuindo para o tema dos quadrinhos como temas

escolares educativos, o professor e pesquisador Waldomiro Vergueiro afirma e

comenta que,

As histórias em quadrinhos podiam ser utilizadas para a transmissão de conteúdos escolares, com resultados bastante satisfatórios. Ainda que esta atividade tenha sido inicialmente vista com estranheza pela sociedade – a começar por aqueles professores que haviam crescido na época em que os malefícios da leitura de quadrinhos faziam parte do senso comum -, a evolução dos tempos funcionou favoravelmente à linguagem das HQ`s, evidenciando seus benefícios para o ensino e garantindo sua presença no ambiente escolar formal. Mais recentemente, em muitos países, os próprios órgãos oficiais de educação passaram a reconhecer a importância de se inserir as histórias em quadrinhos no currículo escolar, desenvolvendo orientações específicas para isso. É o que aconteceu no Brasil, por exemplo, onde o emprego das histórias em quadrinhos já é reconhecido pela LBD (Lei de Diretrizes e Bases) e pelos PCN (Parâmetros Curriculares Nacionais). (VERGUEIRO et all, 2007, p. 21)

Após algumas aulas práticas e alguns esclarecimentos sobre as HQs

pôde-se perceber vários motivos que levam as histórias em quadrinhos a ter

um bom desempenho nas aulas de arte e nas outras disciplinas, onde se pode

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observar que os alunos de uma forma coletiva gostam de ler e até mesmo

produzir histórias em quadrinhos, onde ocorre uma identificação entre os

alunos e os ícones da cultura geral tão difundida nos dias de hoje pelos meios

de comunicação, internet, propagandas, desta forma podendo reforçar a sua

utilização no meio didático.

Carvalho (2000) afirma neste sentido que,

[...] Nas HQs, as crianças conseguem deduzir o significado da história mesmo não sendo capazes de ler, porque observando a imagem, entendem a mensagem e/ou conteúdo abordado. Por estes motivos, a utilização de histórias em quadrinhos em sala de aula pode proporcionar, além de facilidades de compreensão de conteúdos, o desenvolvimento da criatividade dos alunos, pois as apresentações em figuras são mais interativas, levando a um melhor desempenho da memória. Por estas razões, as histórias em quadrinhos deixaram de ser vistas somente como instrumento de diversão e passaram a integrar o material pedagógico de escolas, não apenas de educação infantil, mas também na de jovens e adultos (CARVALHO, 2000, p. 46).

Cada aluno tem uma preferência e gosto por diferentes tipos de leituras,

isto ficou claro também quando eram distribuídos materiais para leitura

servindo de apoio para que estes pudessem desenvolver e criar suas próprias

histórias.

Segundo comentário de Vergueiro (2007) sobre este tema:

A inclusão das histórias em quadrinhos na sala de aula não é objeto de rejeição por parte dos estudantes, que, em geral, as recebem de forma entusiasmada, sentindo-se, com sua utilização, propensos a uma participação mais ativa nas atividades de aula. As histórias em quadrinhos aumentam a motivação dos estudantes para o conteúdo das aulas, aguçando sua curiosidade e desafiando seu senso crítico. Na medida em que essa interligação texto/imagem ocorre nos quadrinhos com uma dinâmica própria e complementar, representa muito mais do que o simples acréscimo de uma linguagem a outra – como acontece, por exemplo, nos livros ilustrados -, mas a criação de um novo nível de comunicação, que amplia a possibilidade de compreensão do conteúdo programático por parte dos alunos. (VERGUEIRO et all, 2007, p. 21-22)

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Ao se introduzir a leitura de histórias em quadrinhos em sala de aula,

pôde-se observar que ficou mais claro para os alunos o tipo de linguagens

utilizadas nas HQs, como por exemplo: o uso das onomatopéias e das

diferentes tipologias de balões empregadas nas HQs, assim sendo; quanto

mais amplo for o processo de leitura por parte dos alunos mais claro este tipo

de linguagem das HQs poderá ser utilizado na criação das próprias histórias

dos alunos.

A comunicação está cada vez mais presente em todos os setores da

sociedade humana, e no ambiente escolar não poderia ser diferente. Os

mecanismos de busca da web podem através de um simples clique auxiliar

muito nas pesquisas dos alunos e dar subsídios para leituras de revistas, gibis,

cartuns que de uma forma ou outra eles não poderiam ter acesso para

manusear. Assim, mais uma vez, o professor tem de ser o mediador da união

do conteúdo apresentado e das diferentes maneiras de ensino aprendizagem

dos seus alunos.

Dessa forma, os estudantes têm acesso a um número maior de

possibilidades de comunicação, que se pôde observar na produção e criação

das histórias, mas mesmo com tantas ferramentas da web, alguns alunos

encontraram dificuldade para desenvolver seus trabalhos individuais,

entretanto; nos trabalhos em grupo, o rendimento destes melhorava bastante,

pois tinham muito a contribuir na colocação e utilização das linguagens nas

HQs que estavam sendo feitas.

Qualquer história em quadrinhos, por mais simples que seja, propõe um

leque de informações que podem ser debatidas em sala de aula, dependendo

do planejamento, disponibilidade e interesse do professor, bem como interesse

por parte dos alunos, mas é difícil acreditar que uma aula dinamizada e

diferente seja rejeitada pelos alunos.

Desta forma, cabe ao professor introduzir através de várias pesquisas,

histórias em quadrinhos, que se encaixem no perfil de suas aulas e respectivas

disciplinas, para assim gerar um maior entendimento dos alunos, possibilitando

desta forma aulas construtivas e diretivas para os objetivos propostos.

Com intuito de ajudar na implementação do projeto de HQs na escola o

caderno pedagógico foi pensado como um termo mediador desta fase inicial

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com os alunos, pois todos de uma forma ou outra já leram, ou folhearam um

gibi, um almanaque, ou um mangá, assim as atividades propostas no caderno

pedagógico ajudariam os alunos a entenderem melhor as linguagens aplicadas

e inseridas nas HQs.

O caderno pedagógico foi pensado e preparado para auxiliar o trabalho

de professores de arte com algumas sugestões de atividades e um apanhado

teórico do conteúdo de HQs. Foi dividido em três unidades, na primeira eram

trabalhados assuntos relevantes às linguagens das HQs e um pouco de suas

origens históricas, de uma maneira muito direta e clara, dando também um

enfoque a atual demanda dos quadrinhos em nível nacional, a segunda

unidade é levado à compreensão das etapas e dos segmentos dos quadrinhos,

é muito citado nesta unidade o trabalho de Will Eisner “Quadrinhos e Arte

Sequencial” e Scott McCloud “Reinventando os Quadrinhos”, que são grandes

contribuidores da difusão das HQs em nível mundial com seus trabalhos, e na

terceira unidade um processo de explicação, passo a passo, para a confecção

das histórias em quadrinhos, com sugestões de atividades a serem feitas e um

enfoque ao software HagáQuê, que possibilita, através de suas ferramentas, a

criação de histórias em quadrinhos.

Outro recurso utilizado na elaboração dos quadrinhos e que contribui

para sua eficiência comunicativa é a forma dos quadros. Segundo McCloud o

quadro (vinheta) é o ícone mais importante dos quadrinhos, revelando-se como

um indicador da divisão do tempo e do espaço nessa produção artística. Um

quadro sem contorno pode dar mais leveza ou agilidade à leitura, enquanto

uma imagem que extrapola os espaços pode intensificar a dramaticidade de

uma cena, isto só para citar algumas das muitas possibilidades interpretativas.

Nas sequencias de atividades apresentadas aos alunos, o uso da escrita

e das concordâncias entre os quadros foi um fator que chamou a atenção pela

dificuldade apresentada. Pôde-se observar que os alunos não conseguiam

expor na escrita suas ideias, e na construção através dos quadros, os balões

algumas vezes não mantinham um segmento de sequencia muito lógico. Com

a ajuda do professor e apoio dos colegas nas atividades em grupo muitas

lacunas foram se ajustando.

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Durante o processo de aplicação com os alunos sempre antes de toda

atividade nova, era feito uma leitura de como esta nova atividade iria ajudar os

alunos no processo de criação e confecção das Histórias em Quadrinhos. Os

alunos, por sua vez, com seu kit de materiais recebido no primeiro dia de

intervenção, podiam usufruir tanto de leituras, vídeos e exemplos

disponibilizados para os mesmos, que desta forma expressavam toda sua

criatividade ao desenvolver suas próprias Histórias em Quadrinhos.

No processo de implementação foi utilizado um software livre HagáQuê

(HQê), desenvolvido pela pesquisadora Silvia Amélia Bim e pelo pesquisador

Eduardo Hideki Tanaka na UNICAMP Universidade Federal de Campinas (SP)

software este criado com fins pedagógicos e de modo a ajudar na criação de

Histórias em Quadrinhos, e segundo os próprios pesquisadores o HagáQuê é

um software educativo de apoio à alfabetização e ao domínio da linguagem

escrita.

O Software HagáQuê é um editor que faz histórias em banda desenhada

(BD), utilizando diversos componentes para construir uma HQ,

Para a criação da HQ são buscadas em um banco de imagens para construir cenários, personagens, diálogos e balões, além de vários outros recursos, como o som, por exemplo, que é um recurso extra que enriquece a BD criada no computador. (BIM, et all. HagáQuê: Editor de Histórias em Quadrinhos. Disponível em: < http\\:www.hagaque.cjb.net/downloadhagaque> Acesso em: 18 de novembro de 2011).

Segundo essa mesma fonte, a história em quadrinhos é um recurso que

vem sendo utilizado pedagogicamente. Todavia, na WEB ainda permanece

como novidade para alguns. Mas já existem programas que permitem a

construção, oferecendo pano de fundo para vários personagens, assim como a

possibilidade de acrescentar balões e falas na HQ. Depois de prontos, basta

salvar/gravar no mesmo espaço. Qualquer computador permite conectar a

Internet, o que possibilita o acesso ao espaço utilizado para apreciar as

histórias.

O software HagáQuê, editor de histórias em quadrinhos, distribuído

gratuitamente, possibilita ao aluno criar a sua própria história em quadrinhos,

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com personagens, cenários e até mesmo sons escolhidos ou gravados por ela

(BIM et al. 2000, p. 63).

O HagáQuê apresenta recursos facilitadores para que o aluno tenha

liberdade de expressão, oferecendo a possibilidade de compor os mais

diferentes personagens como em uma HQ (história em quadrinhos) regular,

além da possibilidade de intervir nesse ambiente, para criar e interagir de forma

ativa sobre o objeto do conhecimento (BIM 2000, p. 54).

A educação passa por mudanças constantes, fazendo repensar as

práticas pedagógicas. Na atualidade, é exigido do professor, que suas aulas se

tornem atraentes e estimulantes para despertar o interesse dos alunos.

Mudanças e novidades são sempre bem-vindas, desde que planejadas e

reestruturadas.

Os alunos aceitam muito bem o trabalho com computadores e Internet,

seja para se comunicar ou pesquisar. Assim, pretendeu-se abrir horizontes,

mostrando uma forma de utilização de recursos virtuais para a construção de

histórias em quadrinhos.

2.2 GTR - Discussões e pareceres dos professores envolvidos

As discussões no Grupo de Trabalho em Rede (GTR,) uma atividade

didático pedagógica com a utilização de suporte tecnológico que a Secretaria

de Educação (SEED) disponibiliza para a formação dos professores da rede

estadual, foram muito diversificadas e produtivas, alguns professores

conseguiram optar e desenvolver algumas atividades do caderno pedagógico

em suas respectivas escolas, os questionamentos lançados durante o processo

foram debatidos e esclarecidos, os professores se surpreenderam pelas várias

possibilidades para com este conteúdo, de certa forma podem-se tirar muitas

conclusões positivas e também negativas, pois sempre teremos de estar

preparados para os erros no processo.

Na significação, alguns profissionais relataram a resistência e a

relutância dos alunos, pois os mesmos desconheciam o fator das linguagens

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dos quadrinhos, e assim ao desenvolver o passo a passo e as sugestões do

caderno pedagógico, muitas dúvidas foram sanadas e finalizadas, desta forma

observa-se que a maneira de se trabalhar um conteúdo e o foco utilizado são

de relevante interesse e objetivo do professor nas suas aulas.

O Hagáquê é um recurso que, independente da série que o aluno esteja

cursando, pode utilizá-lo como recurso pedagógico. Para tanto, basta assistir

ao tutorial e contar com a orientação do professor para direcionar os trabalhos.

E com estas informações os professores foram instruídos a tentar o desafio de

apresentar esta ferramenta a seus alunos nas escolas e desta forma trabalhar

com mais este recurso no conteúdo de história em quadrinhos nas aulas de

arte.

Segundo relato de alguns professores, o fato de poderem trabalhar com

um novo conteúdo e novos recursos foi motivador, para que desta forma

pudessem também diferenciar suas aulas e com seus alunos desenvolver suas

próprias histórias. Desta forma, o ciclo com os professores do GTR, aconteceu

de uma maneira bem dinâmica e contínua, momento em que os mesmos foram

convocados a participar de debates e contribuírem suas experiências com as

HQs nas suas aulas de arte.

O material didático foi pesquisado e desenvolvido a partir de uma

intervenção sobre o conteúdo das HQs, e desta maneira pôde-se fazer suas

conclusões a respeito deste conteúdo. Assim, todas as etapas do material

didático correspondem as experiências práticas realizadas junto ao projeto de

intervenção no Colégio Estadual Manoel Ribas.

Pensando em utilizar este material didático nas discussões do GTR,

foram selecionadas algumas atividades, algumas sugestões de literatura,

sugestões de softwares e relatos de experiências da própria pesquisa.

O material Didático foi disponibilizado aos professores participantes do

GTR, objetivando nos grupos de discussões e nas tarefas online foi solicitado

que os professores aplicassem algumas das atividades propostas no caderno

pedagógico junto a seus alunos, e desta maneira alguns professores

executaram e conseguiram bom retorno dos alunos, mas também houve

professores que não aplicaram por motivos diversos com seus alunos, apenas

fazendo uso da leitura das HQs.

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O que se observou também foi o fato de quando as atividades já eram

pré-determinadas com todo processo e aplicação e metodologia a ser usada os

professores conseguiam desenvolver tranquilamente. Pôde-se avaliar que os

professores e alguns alunos em sala de aula são excelentes copistas, e

desenvolvem apenas aquilo que já é determinado e não criam possibilidades

diferentes no seu dia a dia escolar.

O professor que desempenha papel fundamental no processo ensino

aprendizagem dos alunos, tem de ter claro e objetivo os caminhos que podem

demandar a qualidade de suas aulas, para isso deve estar sempre se

atualizando, sejam através de cursos, seminários, palestras e até mesmo

pesquisas serão de suma importância para o objetivo final que é a qualidade do

processo ensino aprendizagem dos alunos.

Durante os fóruns de debates estabelecidos no GTR, sempre havia um

tema a ser discutida pelos professores, a interação teve muitos retornos

positivos, pois os professores puderam trocar experiências de aplicação das

atividades em suas escolas, sugestões de livros, sites e gibis para se

desenvolver atividades que não estavam no caderno pedagógico. A interação

entre os professores foi positiva.

Dentro das discussões, o que se pôde observar ainda, foi que os

professores de arte sugeriram a interdisciplinaridade para se trabalhar o

conteúdo de HQ na escola, pois acreditavam que com este conteúdo poderiam

elaborar projetos de exposição como os realizados nesta pesquisa de

intervenção.

O mais gratificante foi à interação com professores de diferentes

localidades do estado do Paraná, suas realidades e experiências trouxeram

acréscimo para este trabalho, pois a contribuição de todos foi de grande

importância para as conclusões finais da pesquisa.

3 CONCLUSÃO

Durante a implementação do projeto de HQs pode-se observar o

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interesse dos alunos através de atividades diversificadas, atrativas e diretivas,

atividades estas pesquisadas e idealizadas através da literatura disponível e

consultada.

Logo após iniciar o projeto de intervenção cada aluno foi presenteado

com uma sacola confeccionada com TNT. Nesta sacola havia um Kit contendo:

lápis, borracha, lápis de cor, régua, um exemplar de gibi, um caderno de

desenho e uma apostila teórica com o histórico das HQs e alguns exercícios a

serem desenvolvidos durante as aulas.

O Kit era parte integrante da proposta de intervenção para estimular os

alunos ao conteúdo das HQs, foi idealizado para auxiliar no processo de ensino

aprendizagem dos alunos e responder as questões referidas ao projeto de

intervenção.

Ao aplicar as atividades de leitura sempre foi preconizado que os alunos

estivessem bem à vontade, para que a leitura e a memorização objetivassem a

aprendizagem. Os alunos foram motivados à realização de leituras em

ambientes mais tranquilos e menos movimentada, garantindo assim que eles

estivessem concentrados na história e em outros momentos comentando e

trocando ideias sobre as histórias que estavam lendo.

No decorrer das aulas expositivas teóricas desde o inicio do processo,

buscou-se sempre introduzir o conteúdo com aulas diferenciadas, buscando o

auxílio de vídeos, visitas e metodologias diferenciadas para poder desta

maneira, não deixar que o conteúdo HQ passasse como mais um dentre tantos

conteúdos trabalhados durante as aulas.

Para poder responder ao problema da pesquisa, buscou-se durante a

intervenção junto aos alunos, explicar de maneira clara e objetiva as

linguagens contidas nas HQs, demonstrando isso através de atividades, por

exemplo, a citada no material didático do autor Scott McCloud, que demonstra

de uma maneira muito resumida uma atividade de criação de uma HQs.

Segundo explica McCloud (2005), algumas das HQs se configuram

como imagens pictóricas e outras, justapostas em sequência deliberada,

havendo além das ilustrações, outras imagens presentes nos quadrinhos como

a verbal, que assume um caráter pictórico nesse meio.

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Trabalhar com autores como McCloud e Eisner foram de grande

importância para a fundamentação do material didático desta pesquisa,

somando-se a isto as pesquisas realizadas por estes autores e seus

direcionamentos norteou muito da complexidade esperada para o projeto de

intervenção de HQs.

Nas atividades as quais os alunos criavam suas próprias histórias, uma

dificuldade detectada que foi a gramatical, já que os alunos apresentavam

excelentes ideias, mas tinham dificuldade para transcrevê-las para os balões

de suas HQs, e para ajudar nesta situação foi colocado à disposição dos

alunos diferente tipos de gibis, revistas, mangás, para que os mesmos

conseguissem assimilar e desenvolver a parte escrita das suas HQs.

O trabalho de HQ feito a partir de fotografias tiradas pelos próprios

alunos para a montagem de uma HQ contando a história da dengue foi à

atividade que se observou maior interesse e debate por parte dos alunos, pois

eram eles os próprios personagens e autores da história. Muitos alunos

conseguiram ao realizar o trabalho fazer uma sequência lógica, divertida e

interessante, e visto aqui um avanço em relação à aplicação da linguagem

escrita com a visual.

O projeto de intervenção ao iniciar as atividades com utilização dos

computadores do colégio foi constatado que o sistema utilizado não era

compatível com o software HagáQuê, mas foi possível que os alunos

observassem algumas histórias criadas no próprio site do software,

demonstrando assim como os diferentes tipos de mídias podem ser úteis na

criação e produção de HQs.

Para não decepcionar os alunos e para dar continuidade ao projeto de

intervenção foram disponibilizados dois notebooks com o software instalado,

desta maneira, os alunos foram divididos em grupos e puderam trabalhar com

os recursos do software HagáQuê. Durante o manuseio do software observou-

se que alguns alunos tinham maior domínio com o computador e ajudavam os

colegas no manuseio do mesmo, desta forma, pôde-se notar o respeito pela

individualidade de cada aluno.

A visita à Gibiteca de Curitiba acrescentou muito ao trabalho pedagógico

com os alunos, pois eles aprenderem muito mais a conhecer outro ambiente

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voltado exclusivamente para se trabalhar com HQs. Durante a visita os alunos

puderam manusear diferentes tipos de HQs, observar através de diferentes

mídias algumas HQs que são consideradas raridades e novidades a serem

lançadas e ao final teve uma pequena palestra e desenvolveram uma oficina

juntamente com os instrutores da Gibiteca.

Após a visita à Gibiteca de Curitiba, foi organizada uma campanha para

a montagem da gibiteca no Colégio Estadual Manoel Ribas. Diferentes

resultados puderam ser percebidos, como a instalação da rede de coleta na

escola e a captação fora do colégio onde os materiais eram entregues e

selecionados na biblioteca da escola. O trabalho de divulgação também foi

realizado nas outras turmas da escola, no grupo de funcionários, professores e

os alunos cobravam destes a doação para a gibiteca da escola, sendo que os

planos eram a campanha se estender para o ano de 2012.

Já com os trabalhos de criação dos alunos bem adiantados, foi

organizada na escola uma exposição, aberta a toda escola e comunidade, com

o intuito de os próprios alunos serem os protagonistas de apresentar e guiar os

visitantes pela exposição explicando e dando dica sobre as HQs.

Durante a exposição aconteceram momentos de emoção, quando os

pais puderam observar as criações dos filhos, os traços iniciais e as

finalizações de seus trabalhos que agradaram muitos outros colegas da escola

e inclusive o corpo docente, pela riqueza e pela técnica empregada nos

trabalhos realizados. Neste momento, o nervosismo tomou conta de alguns

alunos que se revezavam para explicar as etapas de criação das HQs, sobre

as linguagens contidas em cada uma delas, sobre suas particularidades e

diferenças.

As HQs podem favorecer o aluno no seu desenvolvimento, pois os

mesmos aprendem de forma prazerosa, tendo mais interesse em aprender o

que está sendo ensinado, já que uma boa parte gosta deste tipo de leitura.

Penso que são muitas as possibilidades de se trabalhar com HQs ajudando na

formação do aluno em todos os anos/séries.

Acredito ainda que as Histórias em Quadrinhos contribuam para o hábito

da leitura, da imaginação e criatividade, pois durante as atividades da

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implementação do projeto, os alunos puderam ter o contato e perceber mais os

elementos artísticos acerca de linhas, formas, perspectiva, cores, etc.

O material relacionado aos quadrinhos como instrumento didático-

pedagógico ainda é muito vasto a ser pesquisado, o que me motiva e incentiva

a buscar sugestões bem fundamentadas para o seu uso na escola.

Desta forma, desejo que esta pesquisa e material possam servir de

auxílio a todos os professores, pesquisadores e leitores que se sentem

inspirados a utilizar o material com seus alunos ou para crescimento pessoal, e

que estes se dediquem a ampliar seu conhecimento sobre este material

utilizando-se de suas próprias pesquisas.

Conclui-se que os quadrinhos realmente merecem maior interesse dos

professores, onde a aprendizagem depende da construção de conhecimentos

e, pensando nisso, cabe a proposta pedagógica de aplicação das HQs ser

implementada assim como vários pontos que já foram apresentados sobre o

uso positivo das Histórias em Quadrinhos e que é de grande interesse da

comunidade escolar em geral.

REFERÊNCIAS

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http://lazer.hsw.uol.com.br/quadrinhos2.htm> Acesso em 08/03/2012.

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25/06/2012.

CIRNE, Moacy. Quadrinhos, Sedução e Paixão. Petrópolis, RJ: Vozes, 2000.

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______. Reinventando os quadrinhos. São Paulo: M. Books, 2006.

MUANIS, Felipe. Imagem, cinema e quadrinhos: linguagens e discursos de

cotidiano. Disponível em: <http://www.eca.usp.br/caligrama/n_4/05_pdf>.

Acesso em 10/06/2012.

OLIVEIRA, Mauro César Bandeira de. A importância das histórias em

quadrinhos para a educação. (Dissertação de Mestrado). Brasília: UnB, 2007.

RESENDE, Fernando. Espaços parciais, espaços de resistência: narrativa

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Espécies de espaços: territorialidades, literatura, mídia. Belo Horizonte: UFMG,

2006.

SANTOS, Roberto Elísio. A História em quadrinhos na sala de aula. In.

Congresso Anual em Ciência da Comunicação, 2003, Belo Horizonte.

VERGUEIRO, Waldomiro. Et all. Como usar as histórias em quadrinhos na

sala de aula. 3. ed. São Paulo: Contexto, 2007.

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ANEXOS

Figura 01 – Trabalho do HQ com fotografia

Figura 02 – Momento de leitura e estudo das linguagens

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Figura 03 – criação dos HQs dos alunos

Figura 04 – Pesquisa do software HagáQuê, pelos alunos

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Figura 05 – Atividade visita a Gibiteca de Curitiba

Figura 06 – Exposição dos trabalhos dos alunos para o Colégio e a Comunidade.

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Figura 07 – Exposição dos trabalhos dos alunos para o Colégio e a Comunidade.