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JORNALISMO POLICIAL NA SOCIEDADE DO ESPETÁCULO Daniela Sant’ana Resumo: O jornalismo policial sensacionalista na televisão transforma a notícia em espetáculo, glamouriza o crime e gera mobilizações sociais que interferem no trabalho da polícia e da justiça. O sensacionalismo é considerado um erro entre a própria imprensa que o pratica. A discussão entre mídia e justiça é sobre o grau de interferência que o jornalismo policial causa na solução de casos policiais. A sociedade do espetáculo é baseada em imagens e até as notícias são transformadas em prazer. A imprensa trabalha para atender o que a audiência quer saber. Para o desenvolvimento da questão, foi realizado estudo de caso que apresenta um resultado para a discussão sobre a relação entre imprensa e polícia. Abstract: policeman journalism sensationalist television news turns into a spectacle, glamorized crime and generates social movements that interfere with police work and justice. Sensationalism is considered an error between the press that the practice itself. The discussion between media and justice is the degree of interference that cause the journalism police in solving police cases. The society of the spectacle is based on images and even the news is turned into pleasure. The press works to meet what the audience wants to know. For the development of the issue, was conducted case study that shows FAPCOM – Faculdade Paulus de Tecnologia e Comunicação – São Paulo – SP – Brasil 1

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JORNALISMO POLICIAL NA SOCIEDADE DO ESPETÁCULO

Daniela Sant’ana

Resumo: O jornalismo policial sensacionalista na televisão transforma a notícia em

espetáculo, glamouriza o crime e gera mobilizações sociais que interferem no trabalho da

polícia e da justiça. O sensacionalismo é considerado um erro entre a própria imprensa que o

pratica. A discussão entre mídia e justiça é sobre o grau de interferência que o jornalismo

policial causa na solução de casos policiais. A sociedade do espetáculo é baseada em imagens

e até as notícias são transformadas em prazer. A imprensa trabalha para atender o que a

audiência quer saber. Para o desenvolvimento da questão, foi realizado estudo de caso que

apresenta um resultado para a discussão sobre a relação entre imprensa e polícia.

Abstract: policeman journalism sensationalist television news turns into a spectacle,

glamorized crime and generates social movements that interfere with police work and justice.

Sensationalism is considered an error between the press that the practice itself. The discussion

between media and justice is the degree of interference that cause the journalism police in

solving police cases. The society of the spectacle is based on images and even the news is

turned into pleasure. The press works to meet what the audience wants to know. For the

development of the issue, was conducted case study that shows a result for the discussion of

the relationship between press and police.

Palavras chave: Jornalismo policial / espetáculo / sensacionalismo / Eloá Pimentel

Introdução

Esse estudo pretende discutir o jornalismo policial na atual sociedade do espetáculo. A

intenção é demonstrar como a mídia televisiva sensacionalista pode ou não ajudar em

questões sociais, como a solução de crimes. Através do estudo, a seguinte discussão mostra

que a espetacularização da notícia gera consequências que, muitas vezes, podem ser

irreversíveis.

Para discutir o tema “Jornalismo Policial na Sociedade do Espetáculo”, a dúvida

inicial é: O sensacionalismo no jornalismo policial na televisão cumpre com o papel da

profissão, que é uma prestação de serviço em prol de formar a opinião pública, sem atrapalhar

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no trabalho da polícia em um crime? A hipótese inicial que responde a essa pergunta é que o

jornalismo policial sensacionalista não é uma prestação de serviço e pode sim atrapalhar na

solução de crimes.

Como fundamentação para o trabalho, foram estudados autores que tratam de

espetacularização e ética no jornalismo, como Guy Debord e Eugênio Bucci. Também foram

analisadas monografias na área de direito e jornalismo policial, que falam de como a mídia

interfere em investigações policiais e processos judiciais. A primeira parte do trabalho se

divide em dois tópicos, onde são explicados conceitos da cobertura jornalística na sociedade

do espetáculo e jornalismo policial sensacionalista.

Para responder à pergunta, a próxima parte do artigo trata-se de um estudo de caso em

que a hipótese é esclarecida com um exemplo real. Na conclusão há a resposta à dúvida

levantada, de acordo com o estudo e as considerações finais.

Cobertura jornalística na Sociedade do espetáculo

A espetacularização da notícia está presente na maioria dos veículos de comunicação

da atualidade. O jornalismo sensacionalista, como muitos pensam, não é uma invenção

recente. Na França e nos Estados Unidos do século XIX, as notícias chocantes já eram

veiculadas indiscriminadamente em jornais de grande circulação e aceitação do público. Com

a notícia transmitida por imagens, o conceito se disseminou. A televisão, além de um texto

direto e chamativo, tem o poder de usar imagens fortes, que causam sensações mais afloradas

nos espectadores.

O espetáculo não pode ser compreendido como o abuso de um mundo da visão, o

produto das técnicas de difusão maciça das imagens. Ele é uma Weltanschauung

que se tornou efetiva, materialmente traduzida. É uma visão de mundo que se

objetivou. (DEBORD, 1967, p.15)

O sensacionalismo é visto como um erro cometido pelas emissoras de televisão. Para a

grande imprensa (até mesmo aquela que usa da mesma linguagem sensacionalista), a

espetacularização é o oposto do correto, por exagerar na cobertura, principalmente, de casos

policiais. O que se diz é que usar a “desgraça” alheia para atrair a audiência é desrespeitar o

código de ética dos jornalistas, que diz que a função do jornalismo é prestar um serviço à

sociedade e informar aquilo que é de “interesse público”.

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Cabe explicar a diferença entre “interesse público” e “interesse do público”. O

primeiro está relacionado com a função social do jornalismo, de divulgar aquilo que a

audiência precisa saber, como fatos políticos que interfiram diretamente em suas vidas. O

“interesse do público” é o que a mídia sensacionalista explora diariamente em seus

telejornais, é aquilo que o público quer saber, como fatos curiosos e que fogem do padrão de

valores em que está inserido.

A quantidade de programas jornalísticos e telejornais policiais na televisão brasileira é

uma demonstração de como a intenção é atingir o interesse do público. Esses programas e

telejornais exploram crimes hediondos todos os dias. Entende-se por crime hediondo aquele

que choca a sociedade pelas circunstâncias e pela brutalidade como são cometidos, por quem

comete e contra quem comete. De alguma maneira, essa veiculação causa algum tipo de

impacto na população, gerando manifestações populares que interferem diretamente no

trabalho policial.

Jornalismo policial sensacionalista

Em seu artigo Jornalismo Policial Responsável, Alex Rômulo Pacheco diz que “As

cenas que mancham de sangue a televisão são estratégias para chamar a atenção para o fato

que está ocorrendo, tudo isso, sem buscar solução.” (PACHECO, 2005, p. 2) Nesse caso, cabe

discutir o papel da mídia no trabalho da polícia durante as coberturas policiais. É fato que o

jornalismo se configurou como quarto poder, mas só tem poder porque a própria audiência lhe

garante esse poder. Se o jornalismo policial é tema tão abordado hoje na televisão, é porque o

público dá audiência, é o que ele quer ver.

Mas o fato é que o espetáculo é uma forma de organização da cultura e das

comunicações que impõe por si mesma. Mais que isso, é uma premência posta pela

platéia. No espetáculo, tudo se destina ao prazer, até mesmo as notícias. (BUCCI,

2000, p. 201)

As emissoras, por sua vez, com intenções puramente comerciais, exploram aquilo que

gera lucros, o que efetivamente dá audiência. A notícia é veiculada como mercadoria, e a

mercadoria deve atender as expectativas do consumidor.

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Um problema comum nas emissoras que cobrem espetacularmente casos policiais é a

taxação, que pode destruir vidas de pessoas envolvidas. A mídia deve trabalhar como

formadora de opinião, mas não pode ser taxativa e querer ocupar o lugar da justiça.

O jornalista deve ser prudente e comedido, procurando salvaguardar os valores

éticos do ser humano e de sua profissão. São abusivas as acusações infundadas

contra um individuo que sequer se submeteu a um julgamento. A afirmação de

qualquer prática delituosa deve ser feita com muita cautela sob pena de destruir a

imagem do acusado de forma irreversível. (MOREIRA, 2007, p.43)

A divulgação de crimes atípicos causa certa mobilização na população. Prova disso

são exemplos de crimes comuns ocorridos, principalmente, em periferias, que muitas vezes

são arquivados sem uma solução. Um caso de grande repercussão na imprensa gera um

espírito de justiça na sociedade, que acaba por pressionar as autoridades pela solução. Em

muitos casos, essa mobilização acaba por interferir no trabalho da polícia, seja para o bem,

seja para o mal.

O papel do jornalismo de fortalecer a opinião pública é exercido também pelos

programas policiais, em que a população se manifesta a favor de justiça. O que se discute é a

insistência da mídia em casos policiais. A televisão apresenta com glamour os crimes

bárbaros e com uma repetição que acaba cansando a audiência. O jornalismo deve trazer o

entendimento da notícia, mas o jornalismo sensacionalista traz fatos irrelevantes para esse

entendimento.

O sofrimento de vítimas e familiares torna-se espetáculo diante das câmeras e as

lágrimas são exploradas para sensibilizar ainda mais a audiência. A falta de respeito que é

direcionada a essas pessoas é comum, principalmente na televisão. Os casos são apresentados

com uma boa dose de dramatização. Criam-se personagens com quem a audiência possa se

identificar, como acontece nas telenovelas. “Toda a vida das sociedades nas quais reinam as

modernas condições de produção se apresenta como uma imensa acumulação de espetáculos.

Tudo o que era vivido diretamente tornou-se uma representação”. (DEBORD, 1967, p.13)

Em busca da noticia, os jornalistas da mídia atual pouco se preocupam com a apuração

do fato. Muitas vezes, a simples reprodução de boletins de ocorrência é a matéria policial. O

jornalista de polícia precisa de muitas fontes da área de segurança, como delegados e

policiais, e da área judiciária, como promotores e advogados criminalistas. As informações

passadas por essas fontes são a base de uma reportagem. Sem se preocupar com a solução dos

casos, os jornais tudo divulgam, podendo assim atrapalhar a solução de crimes.

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A pressão da população informada pela mídia sensacionalista pode influenciar

decisões policiais e judiciais, que podem ser corretas ou não. A opinião publica pode

inocentar culpados ou culpar inocentes com sua mobilização. Todos os setores tentam poupar

sua imagem, e isso é feito através da imprensa. O que eles mostram pra imprensa, será

transmitido à população, que deve ter uma boa imagem dos órgãos. Por esse motivo, há tanta

preocupação com a veiculação de notícias de crimes e com a mobilização que essas notícias

geram na audiência.

Essas decisões podem se precipitar devido à grande pressão. Mas esse não é o único

problema. Diante da insistência da mídia, as autoridades acabam vazando informações que

deveriam ser tratadas em sigilo, beneficiando, muitas vezes, os culpados. A pressão da

imprensa também pode assustar os criminosos. No caso de um sequestro de grande

repercussão, por exemplo, um sequestrador pode se descontrolar diante de tanta cobertura e

causar uma tragédia.

O jornalismo policial deve ter como principio básico a ética e o respeito pelo ser

humano. A notícia a qualquer preço pode custar vidas. A responsabilidade de um jornalista ao

publicar uma informação pode ser medida apenas quando for tarde demais. Ainda mais

quando essa informação se tornar um espetáculo.

Um caso: Eloá Pimentel

Em 2008 o Brasil teve o maior exemplo de como a mídia televisiva pode influenciar

em um caso policial. No dia 13 de outubro, o jovem Lindemberg Fernandes Alves manteve

em cativeiro sua ex-namorada Eloá Cristina Pimentel, de apenas 15 anos, no apartamento da

garota, em Santo André, na Grande São Paulo. A estudante realizava trabalhos escolares com

a amiga Nayara Silva e com mais dois adolescentes. Os dois rapazes foram libertados ainda

no primeiro dia, permanecendo no cativeiro apenas as duas jovens.

O caso se estendeu por muitos dias e a mobilização social foi tamanha que influenciou

diretamente no trabalho policial. Policiais do Grupo de Ações Táticas Especiais (GATE)

negociavam com o sequestrador. No dia 14, a polícia conseguiu que Lindemberg soltasse

Nayara. O sequestro se arrastava e a falta de ação da polícia gerou muitas críticas por parte da

imprensa e, consequentemente, da população.

No dia 15, a pedido do sequestrador, a polícia, que parecia perdida, mandou de volta a

adolescente Nayara ao cativeiro para tentar conversar com Lindemberg. Essa atitude gerou

inumeras repreensões na imprensa, levantadas por especialistas que davam entrevistas nas

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emissoras. Com o prolongamento do sequestro a televisão foi ampliando a cobertura. No

terceiro dia de cárcere, a apresentadora Sônia Abraão, do A Tarde é Sua, da Rede TV!,

conversou ao vivo com Lindemberg e Eloá pela linha usada para as negociações com a

polícia. A reporter da Rede Globo, Zelda Melo, também fez contato com o sequestrador.

Essa cobertura foi muito criticada por especialistas em segurança que ganharam amplo

espaço nos programas televisivos, ainda mais quando, no quinto dia de cativeiro, a polícia

decidiu invadir o apartamento, alegando ter ouvido um tiro. A ação terminou com disparos de

Lindemberg, causando ferimentos na adolesente Nayara e a morte de Eloá.

A cobertura ganhou status internacional e foi muito debatida pela própria imprensa

que interferiu no caso. A espetacularização do crime contribuiu para os erros da polícia. A

imprensa e a população dividiam-se entre a invasão e a cautela, confundindo assim a ação das

autoridades, que estavam preocupadas, além da solução do caso, com a própria imagem.

O espetáculo se apresenta como uma enorme positividade, indiscutível e inacessível.

Não diz nada além de “o que aparece é bom, o que é bom aparece”. A atitude que

por principio ele exige é a da aceitação passiva que, de fato, ele já obteve por seu

modo de aparecer sem réplica, por seu monopólio da aparência. (DEBORD, 1967,

p.16 e 17)

Considerações Finais

O Código de Ética do Jornalismo não faz referência à omissão de nenhum fato,

independente de sua natureza. Mas a ética do ser humano e os valores morais que norteiam os

bons jornalistas indicam que existem informações que devem ser protegidas. A justiça não é

algo que o jornalista possa fazer sozinho e não é por isso que ele deve intervir.

Pela espetacularização de crimes, os jornalistas fazem de tudo, tudo o que possa lhe

garantir um reconhecimento na profissão, sem se importar com as demais consequências.

Existem informações sigilosas que acabam vazando da polícia ou da justiça por

incompetência de seus membros, ou até mesmo por acidente, que o jornalista deve saber

analisar os efeitos que a divulgação dessas informações pode gerar.

O jornalismo sensacionalista atende à demanda da audiência. É o que o público quer

ver, mas a cobertura exagerada pode causar uma sensibilização extrema na população e

dificultar o trabalho das autoridades. O caso estudado é uma prova do mal que pode causar

uma cobertura sensacionalista. Em um crime que envolve sentimentos tudo pode acontecer.

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Uma grande visibilidade de um sequestro tem grandes chances de não terminar bem, como o

caso Eloá comprovou.

A responsabilidade em crimes na atual sociedade do espetáculo não é apenas das

autoridades, mas também do jornalismo. Não só a polícia ou a justiça deve ter cautela com o

que divulga. O jornalista deve saber o que fazer com a informação quando a recebe. Publicar

sem medir as consequências não é correto no jornalismo.

A partir do caso estudado e das referências, o presente artigo atingiu êxito em mostrar

as consequências da abordagem sensacionalista de crimes. A discussão sobre a

espetacularização explica a origem dessa cobertura exagerada e os motivos pelos quais ela se

sustenta. A sociedade atual é baseada em imagens, e a televisão é um meio de comunicação

que consegue atingir a massa e interferir diretamente em casos policiais por promover a

espetacularização devido à exploração de imagens e à dramatização dos fatos.

As conseqüências citadas comprovam o efeito do jornalismo sensacionalista em

coberturas policiais. As informações sobre crimes hediondos não se trata de uma prestação de

serviço em prol da opinião pública. O sensacionalismo no jornalismo policial da televisão

atende ao interesse do público e nada acrescenta à sociedade. Muitas vezes, a cobertura

exagerada pode sim atrapalhar o trabalho da polícia.

Referências

BUCCI, E. O espetáculo não pode parar. In: BUCCI, E. Sobre Ética e Imprensa. São Paulo:

Companhia das letras, 2000. p. 188-201

DEBORD, G. A sociedade do espetáculo. 4º ed., Rio de Janeiro: Contraponto, 237 p., 2005

MOREIRA, D. O poder criminalizante da mídia no processo penal: Uma analise sob a

perspectiva de um processo justo. 83 f. 2006. Monografia (Conclusão do curso de direito) –

Universidade Federal de Juiz de Fora - UFJF, Juiz de Fora, 2006

PACHECO, A. R. Jornalismo Policial Responsável. 25 f. 2005. Monografia (Conclusão do

curso de jornalismo) – Universidade do Contestado - UnC, Concórdia, 2005

Portal R7. Disponível em: <http://noticias.r7.com/sao-paulo/noticias/relembre-o-caso-eloa-

20091009.html> Acesso em: 25 mar. 2011

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Wikipédia. Disponível em: < http://pt.wikipedia.org/wiki/Caso_Elo%C3%A1_Cristina>

Acesso em: 25 mar. 2011

Observatório de Imprensa. Disponível em:

<http://www.observatoriodaimprensa.com.br/artigos.asp?cod=451CID009> Acesso em: 28

mar. 2011

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