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AS 3 QUESTÕES SOBRE O SÁBADO: O CONFLITO ENTRE JESUS E OS FARISEUS O CONTEXTO HISTÓRICO Para se entender o conflito de idéias entre Jesus e os Fariseus neste estudo, é necessário perceber o contexto histórico de como o judaísmo farisaico se desenvolveu. Quando o povo judeu retornou do cativeiro babilônico, os líderes espirituais recordaram que a razão para o cativeiro tinha sido a desobediência às leis de Moisés. Esdras começou uma escola chamada Escola dos Soferim, ou escola dos escribas. Sua idéia era estudar cada um dos 613 mandamentos que Deus tinha dado a Moisés e expo-los ao povo judeu. Eles achavam que se fosse dado ao povo um conhecimento claro acerca da lei e de como guardá-la, eles não sofreriam mais uma disciplina divina semelhante ao cativeiro babilônico. Quando a primeira geração dos Soferim se passou, a segunda geração levou essa tarefa mais a sério ainda. Eles diziam: "Expôr a lei não é o suficiente; devemos construir uma cerca em volta dela" .Essa cerca que seria construída em volta da lei, consistiria de novas regras e regulamentos que logicamente se derivavam dos 613 mandamentos originais. O princípio era: "Um escriba pode discordar com outro escriba, mas ele não pode discordar da Tora", pois ela era santa. Por isso, não havia base para negar a validade da lei. Ao se fazer essas novas leis e regulamentos, eles poderiam discordar entre si, até que se chegasse a uma decisão por maioria de votos. Uma vez que a decisão fosse alcançada, isso tornava-se mandatório para todos os judeus em qualquer parte do mundo para onde eles fossem. Este processo de se construir uma cerca em volta da lei começou em torno de 450 a.C.e finalmente terminou em 30 a.C. Normalmente isso era passado de rabino a rabino. A escola dos escribas, segundo se crê, durou de Esdras, o escriba, até ao tempo de Hilel, quando veio a ter um fim. Tempos depois, uma segunda escola de rabinos chamada Tannaim, que significava "professores". Esses Tanaim revisaram todo o trabalho dos Soferim e declararam: "Ainda existem muitos buracos

As 3 Questões Sobre o sábado - Conflito entre Jesus e os Fariseus

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AS 3 QUESTÕES SOBRE O SÁBADO:

O CONFLITO ENTRE JESUS E OS FARISEUS

O CONTEXTO HISTÓRICO

Para se entender o conflito de idéias entre Jesus e os Fariseus neste estudo, é necessário perceber o contexto histórico de como o judaísmo farisaico se desenvolveu.

Quando o povo judeu retornou do cativeiro babilônico, os líderes espirituais recordaram que a razão para o cativeiro tinha sido a desobediência às leis de Moisés. Esdras começou uma escola chamada Escola dos Soferim, ou escola dos escribas. Sua idéia era estudar cada um dos 613 mandamentos que Deus tinha dado a Moisés e expo-los ao povo judeu.

Eles achavam que se fosse dado ao povo um conhecimento claro acerca da lei e de como guardá-la, eles não sofreriam mais uma disciplina divina semelhante ao cativeiro babilônico. Quando a primeira geração dos Soferim se passou, a segunda geração levou essa tarefa mais a sério ainda. Eles diziam: "Expôr a lei não é o suficiente; devemos construir uma cerca em volta dela".Essa cerca que seria construída em volta da lei, consistiria de novas regras e regulamentos que logicamente se derivavam dos 613 mandamentos originais. O princípio era: "Um escriba pode discordar com outro escriba, mas ele não pode discordar da Tora", pois ela era santa. Por isso, não havia base para negar a validade da lei. Ao se fazer essas novas leis e regulamentos, eles poderiam discordar entre si, até que se chegasse a uma decisão por maioria de votos.

Uma vez que a decisão fosse alcançada, isso tornava-se mandatório para todos os judeus em qualquer parte do mundo para onde eles fossem. Este processo de se construir uma cerca em volta da lei começou em torno de 450 a.C.e finalmente terminou em 30 a.C.

Normalmente isso era passado de rabino a rabino. A escola dos escribas, segundo se crê, durou de Esdras, o escriba, até ao tempo de Hilel, quando veio a ter um fim.

Tempos depois, uma segunda escola de rabinos chamada Tannaim, que significava "professores". Esses Tanaim revisaram todo o trabalho dos Soferim e declararam: "Ainda existem muitos buracos nesta cerca". Eles continuaram o processo durante 250 anos, começando em 30 a.C. até o ano 220 A.D. No entanto, o princípio de operação mudara. O novo princípio era: " Um `professor'(Tanna), pode discordar com um `professor', mas ele não pode discordar com um Sofer(escriba)". Isso significava que desde 30 a.C. todas as milhares de leis e regulamentos passadas pelos escribas eram agora consideradas sagradas e com o mesmo valor das escrituras.

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Para fazer com que o público judeu validasse a idéia de que as leis dos escribas (Soferim) eram iguais às leis de Moisés, eles elaboraram um ensino que todo judeu ortodoxo acredita e ensina até hoje. Seu ensino era que o que realmente aconteceu no monte Sinai, foi que Deus deu a Moisés duas leis: A lei escrita e a lei oral. A primeira lei é chamada de lei escrita porque contém 613 mandamentos que na época Moisés escreveu nos livros de Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio. A segunda lei é chamada de lei oral porque Moisés não escreveu esses mandamentos; ele os memorizou. Pela memorização, eles foram passados até Josué, que então os passou aos Juízes, que os passaram aos Profetas, que os passaram aos Soferim (escribas). Sendo assim, os escribas não inovaram aquelas leis e regulamentações; eles as receberam dos profetas, que as receberam dos juízes, que as receberam de Josué, que as recebeu de Moisés, que as recebeu de Deus. Na realidade, de 450 a.C. até 220 a.D. essas regras nunca tinham sido escritas. Rabinos e escribas as tinham memorizado, e milhares  e milhares de leis sobreviveram através da técnica de memorização. Elas não foram escritas por aproximadamente 6 séculos. Por volta de 220 a.D. cada vez menos pessoas eram capazes de memorizar tais leis, logo eles finalmente as escreveram sob as ordens de Judas HaNassi, o patriarca da região. Isso marcou o término do período dos Tanaim.

O trabalho dos escribas e dos Tanaim agora é chamado de Mishná. É a Mishná que se tornou a causa do conflito entre Jesus e os Fariseus. A concepção farisaica acerca do messias, era que ele seria um fariseu; Ele estaria submisso às leis da Mishná; de fato, Ele iria se unir a eles no trabalho de se fazer novas leis para "tapar os buracos da cerca".

Um messias que não fosse um fariseu que estivesse debaixo da autoridade da Mishná poderia não ser o verdadeiro messias. Sempre que os termos LEI DA MISHNÁ, LEI FARISAICA, LEI RABÍNICA ou LEI ORAL são usadas, eles se referem àquilo que agora é chamado de Mishná.

O sábado tornou-se a maior observância no judaísmo farisaico, porque era considerado aquilo que marcava Israel como a noiva de Deus, a rainha do Senhor. Quando se perguntava: "Por que Deus criou Israel"? a resposta era "Deus criou Israel para honrar o sábado". Portanto, Israel foi feito para o sábado. Enquanto o messias e os fariseus debatiam sobre a autoridade da Mishná de um modo geral, uma área específica do debate era a maneira própria de guardar a observância do sábado.

Este estudo sobre as três questões sobre o sábado é dividido em três sessões: A cura de um paralítico, a questão sobre as espigas e a cura de um homem com a mão mirrada. 

1 – A CURA DE UM PARALÍTICO (JO.5:1-47): 

A)  A CURA FÍSICA – JO.5:1-9

 Os versos de 1 a 3 descrevem a cena: " Depois disso havia uma festa entre os judeus e Jesus subiu a Jerusalém. Ora, em Jerusalém há, próximo à porta das ovelhas, um tanque, chamado em hebreu Betesda, o qual tem cinco

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alpendres. Neste jazia grande multidão de enfermos, cegos, mancos e ressicados, esperando o movimento da água".

Sempre que se faz referência a uma festa como foi feito no verso 1, geralmente, se a festa é mencionada mas não se dá especificamente o nome dela, essa festa era a festa da Páscoa. Se esse for o caso, então essa é a segunda festa da Páscoa mencionada no ministério público de Yeshua(Jesus) que já durava um ano e meio.

Nos verso 2 e 3 Jesus aproximou-se de um homem próximo ao tanque de Betesda, um tanque localizado na parte muçulmana da antiga cidade, que tem sido descoberto em tempos recentes. O procedimento que Jesus usou com o homem, é dividido em três passos mostrados nos versos 5 a 9: "E estava ali um homem que, havia trinta e oito anos, se achava enfermo. E Jesus, vendo este deitado e sabendo que estava neste estado havia muito tempo, disse-lhe: Queres ficar são? O enfermo respondeu-lhe: Senhor, não tenho homem algum que, quando a água é agitada, me ponha no tanque; mas, enquanto eu vou, desce outro antes de mim. Jesus disse-lhe: Levanta-te, toma o teu leito e anda. Logo aquele homem ficou são; e tomou o seu leito e andava. E aquele dia era sábado".

Primeiro passo: Jesus viu o homem. O homem não veio até Ele porque não poderia fazer por si só, nem foi levado até Yeshua, como se fazia para chegar ao tanque. Segundo passo: Cristo não exigiu nenhuma fé por parte do homem. Neste ponto, em seu ministério público, a fé não era necessária para se receber um milagre porque o propósito de seus milagres era autenticá-lo como o messias e fazer as pessoas crerem nEle como tal.

Terceiro passo: Não havia indícios da messianidade de Jesus. Inicialmente, Cristo não disse para o homem que Ele era o messias. Mais tarde, no verso 13, quando o homem foi perguntado sobre quem o curara, ele disse que não sabia quem Jesus era ou quem Ele dizia ser. No verso 5, Yeshua foi até o tanque de Betesda e viu um homem que estava acamado havia 38 anos. No verso 6, Jesus perguntou ao homem se ele queria ser curado e acabou recebendo uma resposta positiva, conforme o verso 7. No verso 8, Jesus lhe disse para fazer uma coisa que foi contrária à prática judaica daqueles dias. No verso 9, o homem foi curado imediatamente.

João mencionou um detalhe adicional no verso 9: "E aquele dia era sábado". O que Jesus mandou o homem fazer era uma abertura, uma fenda, na concepção farisaica da guarda do sábado. Entre as 1500 regras de como se guardar o sábado, havia uma que proibia  a pessoa de carregar carga de um lugar público para um lugar particular ou vice-versa. Yeshua sabia que ao pedir ao homem para tomar seu leito, ia chamar a atenção quanto à sua reivindicação de ser o messias, mas Ele queria que o povo e os líderes, em particular, viessem a tomar uma decisão acerca dEle.  

B)  A CURA ESPIRITUAL - (JO.5:10-18)

 Depois de ser curado próximo ao tanque de Betesda, ele foi rapidamente confrontado no verso 10: "Então os judeus disseram àquele que tinha sido curado: É sábado, não te é lícito levar o leito". O homem foi novamente

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questionado pelos fariseus nos versos 11-13: "Ele respondeu-lhes: Aquele que me curou, ele próprio disse: Toma o teu leito e anda. Perguntaram-lhe, pois: Quem é o homem que te disse: Toma o teu leito e anda? E o que fora curado não sabia quem era; porque Jesus se havia retirado, em razão de naquele lugar haver grande multidão". A resposta do homem no verso 11 foi que Aquele que o curou o tinha mandado fazer aquilo (carregar o leito). No verso 12, eles o perguntaram quem o havia curado. No verso 13, o ex-paralítico disse que não sabia.

A cura espiritual do homem é registrada nos versos 14-15: "Depois Jesus encontrou-o no templo e disse-lhe: Eis que já estás são; não peques mais, para que não te suceda alguma coisa pior. E aquele homem foi e anunciou aos judeus que Jesus era o que o curara". No verso 14, depois da cura, Jesus encontrou o homem novamente, dessa vez no templo onde ele talvez estivesse agradecendo a Deus por sua cura e participando das festividades da Páscoa. Yeshua disse ao homem, "Eis que já estás são; não peques mais, para que não te suceda alguma coisa pior".Isso mostra a cura espiritual do homem. Nesse momento, ele descobriu quem Jesus era, e ele informou isso aos outros, conforme o verso 15. Não há necessidade de se ver algo de sinistro aqui como se o homem estivesse "dedurando" Jesus aos líderes judeus. Embora a resposta dos ouvintes fosse negativa, o que motivou o ex-paralítico a fazer isso pode ter sido nada mais que dar a informação que eles estavam procurano. Este incidente levou a duas acusações contra Jesus nos versos 16-18. A primeira acusação pode ser vista no verso 16: "E por esta causa os judeus perseguiram a Jesus e procuravam mata-lo, porque fazia estas coisas no sábado".

A primeira acusação era que Ele tinha curado alguém no dia de sábado. Isso não violava as leis de Moisés, mas quebrava a lei farisaica que proibia a cura no sábado, exceto numa situação em que houvesse risco à vida. Como a vida do homem não estava em perigo, ele não deveria ter sido curado naquele dia. João declarou que isso foi a principal razão par que eles perseguissem a Jesus. A resposta de Jesus é dada no verso 17: "Mas Jesus lhes respondeu: Meu pai trabalha até agora e eu trabalho também". A segunda acusação veio no verso 18: "Por isso, pois, os judeus ainda mais procuravam matá-lo, porque não só quebrantava o sábado, mas também dizia que Deus era seu próprio pai, fazendo-se igual a Deus". Sua resposta levou à segunda acusação. Para o público judeu, chamar a Deus de seu próprio pai significava o mesmo que fazer-se igual a Deus. Alguns grupos sectários negam a deidade de Cristo, freqüentemente com base no fato de que o filho é menos que seu pai; por isso, se Yeshua é o filho de Deus, ele deve ser obrigatoriamente menos que Deus. Isso não era verdade na mentalidade dos judeus, porque o filho primogênito é considerado igual ao pai na crença deles. A questão principal é: O que fez com que o público judaico entendeu quando Jesus declarou que Ele era filho de Deus? Quando Ele declarou: "Meu pai trabalha até agora e eu trabalho também", eles claramente entenderam que Ele estava reivindicando ser igual a Deus. Não havia ambigüidade na mente dos judeus sobre o que Ele estava falando.

 

C)  A DEFESA DO MESSIAS – (JO.5:19-29)

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 Jesus se defendeu chamando a atenção para quatro coisas nos versos 19-29. O primeiro ponto de sua defesa é dada nos versos 19-21: "Mas Jesus respondeu e disse-lhes: Na verdade, na verdade vos digo que o filho por si mesmo não pode fazer coisa alguma, se não vir fazer o pai; porque tudo quanto ele faz, o filho o faz igualmente. Porque o pai ama ao filho e mostra-lhe tudo o que faz; e ele lhe mostrará maiores obras do que estas, para que vos maravilheis. Pois, assim como o pai ressuscita os mortos e os vivifica, assim também o filho vivifica aqueles que quer".

Ele estava fazendo o trabalho do pai de três maneiras. Primeiro, no verso 19, Ele tem um relacionamento igual com o pai; o que um faz o outro faz. Os trabalhos do pai também são os do filho. Segundo, no verso 20, também há um amor igual entre o pai e o filho; ambos são equivalentes em seus trabalhos. Terceiro, no verso 21, existe igualdade de poder; o filho compartilha com o pai, o poder de dar vida. O dom da vida era uma habilidade divina; por isso, Ele tem que ser divino. Pelo simples fato de que Ele faz os trabalhos do pai, trabalha da maneira como só Deus trabalha, isso significa que Ele é Deus.

O segundo ponto de sua defesa é que o filho julgará todos os homens, conforme os versos 22-23: "E também o pai a ninguém julga, mas deu ao filho todo o juízo; para que todos honrem o filho, como honram o pai. Quem não honra o filho, não honra o pai que o enviou". No antigo testamento, o juízo final é prerrogativa de Deus. Se o filho é quem fará o julgamento, conseqüentemente o filho também é Deus. Isso também significa que o filho tem honra igual com o pai.

O terceiro ponto de sua defesa é que Ele tem o poder de dar a vida eterna, conforme o verso 24: "Na verdade, na verdade vos digo que quem ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou, tem a vida eterna e não entrará em condenação, mas passou da morte para a vida". No velho testamento, o único que tem a habilidade de prover a vida eterna é Deus. Portanto, se o filho tem o poder de dar a vida eterna, então Ele só pode ser Deus também.

O quarto ponto a ser considerado em defesa de Cristo, foi que Ele será Aquele que ressuscitará os mortos, conforme descrito nos versos 25-29: "Em verdade, em verdade vos digo que vem a hora e agora é, em que os mortos ouvirão a voz do filho de Deus e os que a ouvirem viverão. Porque assim como o pai tem a vida em si mesmo, assim deu também ao filho ter a vida eterna em si mesmo; e deu-lhe o poder de exercer o juízo, porque é o filho do homem. Não vos maravilheis disto; porque vem a hora em que todos os que estão nos sepulcros ouvirão a sua voz". No velho testamento, somente Deus traz os mortos à vida. Se o filho será aquele que ressuscitará os mortos, isso quer dizer que Ele também é Deus. Por isso, Jesus é o homem-Deus, e isso é declarado aqui em forma de título. No verso 25, Ele é o "filho de Deus", enfatizando Sua deidade; no verso 27, Ele é o "filho do homem", enfatizando Sua humanidade. O verso 29, mostra, que haverá 2 tipos distintos de ressurreição. Para o crente, isso será a "ressurreição da vida", ou o que o livro de Apocalipse chama de "primeira ressurreição" (Ap.20:5). Para os descrentes, será a "ressurreição do juízo", também conhecida como a "segunda ressurreição", que conduz à "segunda morte" (Ap.21:8).

 

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D) AS QUATRO TESTEMUNHAS DA MESSIANIDADE DE CRISTO – (JO.5:30-47)

 "Eu não posso de mim mesmo fazer coisa alguma. Como ouço, assim julgo; e o meu juízo é justo, porque não busco a minha vontade, mas a vontade do pai que me enviou. Se eu testifico de mim mesmo, o meu testemunho não é verdadeiro. Há outro que testifica de mim e sei que o testemunho que Ele dá de mim é verdadeiro"(Jo.5:30-32).

Após Ele fazer essas quatro reivindicações de ser o homem-Deus, Yeshua então mostrou que haviam quatro testemunhas que provavam Sua messianidade. Por que quatro? Na lei de Moisés, duas ou três testemunhas eram suficientes para se estabelecer um caso. Yeshua providenciou quatro, indo além do pedido pela lei.

A primeira testemunha era João Batista, conforme os versos 33-35: "Vós mandastes mensageiros a João e ele deu testemunho da verdade. Eu, porém, não recebo testemunho de homem; mas digo isto, para que vos salveis. Ele era a candeia que ardia e alumiava e vós quisestes alegrar-vos por um pouco de tempo com a sua luz". Foi João que identificou Jesus como O "cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo"(Jo. 1:29).

A segunda testemunha eram Seus trabalhos e Seus milagres que O autenticavam como o messias, no verso 36: "Mas eu tenho maior testemunho do que o de João; porque as obras que o pai me deu para realizar, as mesmas obras que eu faço, testificam de mim, que o pai me enviou".

A terceira testemunha era Deus o pai, nos versos 37-38: "E o pai que me enviou, Ele mesmo testificou de mim. Vós nunca ouvistes a Sua voz, nem vistes o Seu parecer. E a Sua palavra não permanece em vós, porque naquele que Ele enviou não credes vós". Deus pai falou de maneira audível no momento do batismo de Jesus, quando declarou dos céus "Este é o meu filho amado em quem me comprazo"(Mt. 3:13-17; Mc. 1:9-11; Lc. 3:21).

A quarta testemunha eram as escrituras sagradas, nos versos 39-47. As escrituras se sustentam como testemunhas porque Ele estava cumprindo, completando as profecias de Sua primeira vinda, conforme o verso 39: "Examinai as escrituras, porque vós cuidais ter nelas a vida eterna e são elas que de mim testificam".

Pelo fato de os fariseus não terem entendido as escrituras, eles falharam em não compreende-lo e aceitá-lo como messias, nos versos 40-44: "E não quereis vir a mim para terdes vida. Eu não recebo glória dos homens; mas bem vos conheço, que não tendes em vós o amor de Deus. Eu vim em nome de meu pai e não me aceitais; se outro vier em seu próprio nome, a esse aceitareis. Como podeis vós crer, recebendo honra uns dos outros e não buscando a honra que vem só de Deus?" 

Porque eles não entenderam as escrituras, eles não tinham o amor de Deus; eles procuravam a glória dos homens, não a glória de Deus. Por isso, a própria lei de Moisés na qual eles colocavam suas esperanças, ela própria os condenava, como lemos no verso 45: "Não cuideis que eu vos hei de acusar para com o pai. Há um que vos acusa, Moisés, em quem vós esperais".

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Com tais testemunhas, haviam provas suficientes de que Jesus era realmente o messias, mas o verdadeiro problema era que os fariseus falhavam em não crer em Moisés, pois se eles crêssem, logicamente creriam em Cristo, pois foi dEle que Moisés escreveu (Jo. 5:46).

Acusar os fariseus de não crerem em Moisés parece ser exagero. Seria como se disséssemos a um judeu ultra-ortodoxo que ele não crê na lei de Moisés. Quem é mais zeloso pela lei de Moisés que um judeu ultra-ortodoxo? Mesmo assim isso era uma acusação válida. Os fariseus acreditavam na lei de Moisés, da maneira como era interpretada pela Mishná. Eles não acreditavam em Moisés da maneira como se estava escrito. Tivessem eles acreditado na lei de Moisés da maneira como estava escrito, eles não teriam falhado em reconhecer Jesus como messias.

 

2 – A QUESTÃO SOBRE AS ESPIGAS (MT.12:1-8;MC. 2:23-28;LC. 6:1-5):

 Em Lucas 6:1-2 lemos: "E aconteceu que, no sábado , passou pelas searas e os seus discípulos iam arrancando espigas e esfregando-as com as mãos, as comiam". E alguns dos fariseus lhes disseram: Por que fazeis o que não é lícito fazer nos sábados? O verso 1 mostra o contexto histórico desse conflito. O verso 2 registra o ataque dos fariseus, que ocorreu porque os discípulos quebraram 4 leis daquelas 1500 que haviam sobre a guarda do sábado. Primeiro, quando eles arrancavam as espigas, estavam sendo culpados por estarem fazendo COLHEITA. Segundo, quando eles esfregavam as espigas em suas mãos para limpa-las, estavam sendo culpados de DEBULHAR. Terceiro, quando eles sopravam as espigas em suas mãos para separar a sujeira, estavam sendo culpados de estarem PENEIRANDO. Quarto, quando eles engoliam as espigas, estavam sendo culpados de ESTOCAR, ARMAZENAR comida. Esta era a maneira extrema de se "construir uma cerca em volta da lei", naqueles tempos.

Por causa dessas regras, alguns fariseus não se arriscariam a andar sobre a grama no dia de sábado. Se fosse perguntado a um rabi daquela época: "O que há de errado em se andar sobre a grama no dia de sábado?", a resposta seria: "Nada. Você pode andar sobre a grama no dia de sábado". No entanto, há um problema. Este simples campo gramado, poderia ter algumas sementes crescendo nele. Uma pessoa que estivesse andando por esse campo, poderia inadvertidamente pisar naquela semente, separá-la de seu tronco e assim tornar-se culpada de estar colhendo no dia de sábado. Além do mais, se ela pisasse na semente com força suficiente para separar a semente da casca, esta pessoa seria culpada de estar debulhando no sábado.

Se ela continuasse a andar, e o vento deslocado por suas vestes fizesse com que a casca da semente se separasse, seria culpada de estar peneirando no dia de sábado.

Finalmente, se essa pessoa fosse embora e um pássaro ou um roedor visse a semente e engolisse, ela seria culpada de estar estocando semente no dia de sábado.

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Yeshua respondeu fazendo 6 declarações. Primeiro, Ele relembrou um fato histórico ocorrido com o rei Davi, nos versos 3-4: "E Jesus, respondendo-lhes, disse: Nunca lestes o que fez Davi quando teve fome, ele e os que com ele estavam? Como entrou na casa de Deus, e tomou os pães da proposição e os comeu e deu também aos que estavam com ele, os quais não é lícito comer senão só aos sacerdotes"? Ele mostrou que Davi também violou a lei farisaica, ao comer os pães da proposição. Moisés nunca disse que um levita não podia dar os pães da proposição a um não-levita. A lei farisaica, no entanto, dizia isso. No caso dos fariseus, eles não poderiam dizer que Davi viveu antes da lei oral, porque na teologia deles, Deus deu a lei oral a Moisés; por isso, a lei oral já existia no tempo de Davi.

Se Davi podia quebrar a lei farisaica, então o principal dos filhos de Davi também podia (Mt.12:3-4; Mc. 2:25-26).

Segundo, a lei do descanso sabático não se aplicava em toda ocasião, conforme Mt.12:5: "Ou não tendes lido na lei que, aos sábados, os sacerdotes no templo violam o sábado e ficam sem culpa"? Esta era a situação dos que trabalhavam no templo. Para eles, o sábado não era um dia de descanso, mas sim um dia de trabalho. De fato, eles tinham que trabalhar mais no dia de sábado do que nos demais dias. Todos os dias tinham sacrifícios diários e rituais, mas no sábado, todos os sacrifícios eram em dobro. Além do mais, haviam rituais especiais realizados somente nos sábados. Por isso, o sábado não era um dia de descanso para aqueles que trabalhavam no templo. Isso mostra que a lei de Moisés permitia e ainda mandava que certos trabalhos fossem feitos no sábado. Até mesmo os fariseus permitiam certos trabalhos como por exemplo, a realização de partos, circuncisão e a preparação dos cadáveres no dia de sábado. A questão era que a lei do descanso sabático não se aplicava em todas as situações.

Terceiro, como Jesus era o messias, Ele era maior que o templo, em Mt.12:6: "Pois eu vos digo que está aqui quem é maior que o templo". Se o templo permitia certos trabalhos no sábado, mas sem violar o sábado, então Ele poderia permitir certos trabalhos que não seriam considerados "quebrar" o sábado.

Quarto, Ele mostrou que certos trabalhos eram SEMPRE permitidos no dia de sábado, como declarado em Mt.12:7: "Mas se vocês soubessem o que significa: Misericórdia quero e não sacrifício, não condenaríeis os inocentes". Citando Os.6:6, trabalhos de necessidade tal como se alimentar, e trabalhos de piedade tais como curas, sempre eram permitidos no sábado.

Quinto, como messias, Ele era Senhor do sábado, em Lc.6:5: "E dizia-lhes: O filho do homem é Senhor até do sábado". Como Senhor do sábado, Ele poderia permitir aquilo que eles não permitiam e proibir aquilo que eles permitiam. Como Ele não havia violado a lei de Moisés, eles não tinham fundamento para nenhuma acusação contra Ele (Mt.12:8; Mc.2:28).

Em sexto e último lugar, Ele declarou que eles tinham interpretado mal o propósito do sábado, em Mc. 2:27: "E disse-lhes: O sábado foi feito por causa do homem e não o homem por causa do sábado". O judaísmo farisaico, ensinava que a razão pela qual Deus havia criado Israel, era honrar o sábado. Por isso, Israel foi feito para o sábado. Jesus, no entanto, ensinou que exatamente o oposto é que era verdade. Israel não foi feito para o sábado; o sábado foi feito

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para Israel. O propósito do sábado era dar a Israel um dia de refrigério e descanso, e não escravizar Israel em leis sabáticas. As 1500 regras e regulamentações criadas para se guardar o sábado, tinham o efeito de escravizar os judeus ao sábado. Por isso, eles não entenderam o propósito do sábado.

Na história da igreja, têm havido problemas similares. A igreja tem entendido mal o propósito do sábado de duas maneiras. A primeira, é dizer que o domingo é o "novo sábado". Em nenhum lugar das escrituras o domingo é chamado de sábado. O sábado é, foi e sempre será do pôr-do-Sol de sexta-feira até o pôr-do-sol de sábado. Hoje, sob a lei do messias, não há a obrigação de se guardar o sábado; mas o dia de sábado não mudou.

A bíblia nunca chama o domingo de sábado, nem chama o domingo de DIA DO SENHOR. Isso é o que se pode chamar de "Mishná cristã". É apenas pela tradição que o domingo é chamado "Dia do Senhor". Nas escrituras, o domingo sempre é chamado de "primeiro dia da semana". A igreja não tem apenas definido o domingo como o novo sábado, mas também tem aplicado ao domingo, as leis sabáticas. Como resultado, em alguns círculos, o domingo se tornou o dia OBRIGATÓRIO para se fazer adoração pública e descansar.

Limitando-nos somente ao texto das escrituras, é mandado aos crentes que se reúnam regularmente (Hb. 10:25). Isso não é uma opção; é um mandamento bíblico. No entanto, o dia da semana é opcional (Rm. 14:4-11).

A segunda atitude errada que a igreja assume com relação ao sábado, é pelo fato de se insistir que ele ainda é mandatório. Isso é baseado em um mal entendido acerca do propósito mosaico do sábado. Moisés disse para ficar em casa e descansar no dia de sábado, e não para se fazer cultos públicos. Os fariseus entenderam isso. Então, como parte integrante do ditado "construir uma cerca para a lei", eles declararam que era proibido andar mais do que uma jornada de um dia de sábado de sua casa, o que era equivalente a 1Km. Por isso, uma pessoa que se levanta sábado de manhã, liga seu carro e vai para a igreja, está quebrando o sábado toda semana.

Mais tarde, o judaísmo rabínico fez do sábado, um dia de adoração pública; no entanto, esse não era o propósito do sábado, conforme a lei de Moisés. Além do mais, as sinagogas eram localizadas dentro de um perímetro de 1Km. Culto público sob a lei de Moisés era permitido apenas onde o tabernáculo ou o templo estavam, que por sua vez era em Jerusalém. Apenas aqueles que estivessem em Jerusalém poderiam participar dos cultos de todos os sábados, mas não aqueles que vivessem na Galiléia, que era distante 3 dias de viagem de Jerusalém. Piedade para o judeu Galileu que tivesse que participar dos cultos todos os sábados em Jerusalém!! Ele teria que andar por 3 dias até chegar a tempo para o culto de sábado, e então andar de volta 3 dias para a Galiléia. Chegando na Galiléia, ele teria que voltar logo e novamente andar durante 3 dias para chegar em Jerusalém a tempo de participar do próximo culto de sábado. Ele estaria andando por 6 dias, em vez de estar trabalhando por 6 dias. Por esta razão, a lei de Moisés ordenava que se fizesse cultos públicos somente 3 vezes ao ano: Na festa da Páscoa, na festa das semanas (Pentecostes) e na festa dos tabernáculos.

 

Page 10: As 3 Questões Sobre o sábado - Conflito entre Jesus e os Fariseus

3 – A CURA DE UM HOMEM COM A MÃO MIRRADA (MT. 12:9-14; MC.3 :1-6; LC. 6:6-11):

 A terceira questão sobre o sábado aconteceu na sinagoga. De acordo com o relato de Lucas, Yeshua estava explicando as escrituras, no verso 6: "E aconteceu também noutro sábado, que entrou na sinagoga e estava ensinando; e havia ali um homem que tinha a mão direita mirrada". Naquele sábado havia um homem entre o público que O ouvia, que tinha uma de suas mãos mirrada. Isto era um problema médico, mas não era algo que proporcionasse risco à vida. Novamente, a profissão de Lucas torna-se evidente. Ambos os relatos de Mateus e Marcos, declaram que o homem tinha a mão mirrada; no entanto, o doutor Lucas especifica que era a mão direita.

O verso 7 declara: "E os escribas e os fariseus observavam-no se o curaria no sábado, para acharem de que o acusar". Parece que o homem estava infiltrado entre eles com o propósito de armar uma cilada, porque Mt.12:10 declara que perguntaram a Jesus se era lícito curar no sábado, com o objetivo de o acusarem.

Desde então, eles estavam procurando um motivo para o acusarem e o rejeitarem.

Conforme as leis do sinédrio daqueles dias, se qualquer movimento messiânico aparecesse eles tinham que investigar em dois estágios: O estágio de observação e o estágio de interrogação. No estágio de observação, uma delegação era enviada apenas para observar o que estava sendo dito, ensinado e feito, mas eles não faziam nada. Eles não poderiam perguntar nada e nem levantar objeções. Eles não podiam falar nada. Tudo o que eles podiam fazer era observar.

Depois de um período de observação, eles retornavam a Jerusalém para relatar tudo e dar um veredito sobre se o movimento era significante ou não. Se eles declarassem que o movimento era insignificante, o problema todo era descartado. No entanto, se eles dissessem que o movimento era de significância, então o estágio de interrogação tinha início.

A partir daí, uma segunda delegação era enviada. Dessa vez, eles fariam perguntas, levantariam objeções e procurariam motivos para aceitar ou rejeitar as reivindicações dessa pessoa (movimento).

Jesus claramente entendeu quais eram as circunstâncias, conforme o verso 8: "Mas Ele bem conhecia os seus pensamentos; e disse ao homem que tinha a mão mirrada: Levanta-te e fica em pé no meio. E, levantando-se ele, ficou em pé". Todavia, Ele mostrou que Ele não aceitaria a autoridade farisaica baseada na Mishná.

Ele começou lembrando a eles de suas próprias práticas, conforme se lê no relato de Mateus nos versos 11-12: "E Ele lhes disse: Qual dentre vós será o homem que tendo uma ovelha, se num sábado ela cair numa cova, não lançará mão dela e a levantará? Pois, quanto mais vale um homem do que uma ovelha? É, por conseqüência, lícito fazer bem nos sábados". Isso mostra que até mesmo eles, os fariseus, reconheciam que era lícito fazer bem no sábado. No entanto, Jesus os confrontou com uma questão em Lc. 6:9: "Então Jesus lhes disse: Uma coisa vos hei de perguntar: É lícito nos sábados fazer bem, ou fazer mal? Salvar

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a vida ou matar?" De acordo com Mc. 3:4, eles preferiram permanecer em silêncio. Ele usou um tipo de argumento chamado Kal V'chomer que faz uma argumentação a partir de um nível menor em importância, indo até um nível maior. Ele declarou que se era permitido fazer bem para um animal no dia de sábado, o que era algo de menor importância, quanto mais fazer o bem a um ser humano, o que era de maior importância?

Ele repetiu 2 lições mencionadas anteriormente: Primeiro, obras de necessidade e obras de misericórdia eram permitidas no dia de sábado, mesmo para animais; segundo, cura era um ato de misericórdia; por isso, nenhuma dessas coisas violava o sábado.

Havendo feito essa consideração, Ele acabou efetuando a cura da mão desse homem, no verso 10: "E, olhando para todos em redor, disse ao homem: Estende a tua mão. E ele assim o fez e a mão lhe foi restituída sã como a outra". Ao fazer isso, Jesus estava novamente rejeitando a autoridade farisaica. Conforme mostrado em Mc. 3:5, Cristo fez estas coisas para contrariá-los. Para que o homem fosse curado, Jesus ordenou somente que ele esticasse a sua mão direita. Ao fazer isso, o homem foi imediatamente curado. Yeshua não perguntou ao homem se ele cria nEle ou se tinha fé; até aí, fé não era necessário. Embora o homem pudesse ser alguém infiltrado entre a multidão a pedido dos fariseus, Jesus prosseguiu em efetuar a cura, porque até este momento em seu ministério, o propósito de seus milagres era autenticá-lo como o messias de Israel.

A resposta dos fariseus a este fato e às controvérsias com relação ao sábado em geral, é dada no verso 11: "E ficaram cheios de furor e conferenciavam uns com os outros sobre o que fariam a Jesus". A resposta deles foi demonstrada de três maneiras. Primeiro, no verso 11, eles foram cheios de furor. Eles deixaram a emoção controlá-los. Eles não mais podiam pensar de maneira lógica e racional. Segundo, de acordo com Mt. 12:14, eles "formaram conselho contra Ele, para o matarem". Eles tramaram uma maneira de como se livrar dEle de uma forma ou de outra e como rejeitar sua messianidade, apesar de suas habilidades.

Terceiro, de acordo com Mc. 3:6 eles "tomaram conselho com os herodianos contra Ele, procurando ver como O matariam". Os fariseus se reuniram com os herodianos, contra Yeshua. Isto, de fato, soa muito estranho, porque os fariseus e os herodianos estavam em lados opostos no contexto político e eram inimigos ferrenhos uns dos outros. Os fariseus eram opositores das leis romanas de qualquer forma, mas os herodianos protegiam as leis romanas, se estas viessem da casa de Herodes. Com relação a Jesus, eles tinham uma causa em comum.