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1 . FORMAS DE INTERNACIONALIZAÇÃO DAS EMPRESAS INVESTIMENTO DIRECTO INSTITUTO DE ESTUDOS SUPERIORES DE FAFE ESCOLA SUPERIOR DE TECNOLOGIAS DE FAFE CURSO DE GESTÃO GESTAO DE NEGOCIOS INTERNACIONAIS

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FORMAS DE INTERNACIONALIZAÇÃO

DAS EMPRESAS

INVESTIMENTO DIRECTO

INSTITUTO DE ESTUDOS SUPERIORES DE FAFE

ESCOLA SUPERIOR DE TECNOLOGIAS DE FAFE

CURSO DE GESTÃO

GESTAO DE NEGOCIOS INTERNACIONAIS

INDICE

Introdução-----------------------------------------------------------------------------------------3

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FORMAS DE INTERNACIONALIZAÇAO- INVESTIMENTO DIRECTO

Conceito de internacionalização-------------------------------------------------------------4

Estrategias de internacionalização----------------------------------------------------------4

Diagnostico internacional dos pontos fortes e fracos das emp.-------------6

Modalidades de internacionalização--------------------------------------------------------6

Tipos de incentivos a internacionalização---------------------------------------7

Etapas da internacionalizaçao------------------------------------------------------7

Exportação----------------------------------------------------------------------8

Motivações para exportar------------------------------------------8

Formas de abordagem adequadas para exportar-----------9

Barreiras a exportação----------------------------------------------9

Os estagios da exportação--------------------------------------------------0

Seleção de mercados------------------------------------------------0

Os canais de exportação--------------------------------------------0

Franchising---------------------------------------------------------------------16

Joint-ventures------------------------------------------------------------------16

Investimento directo----------------------------------------------------------17

Opções estrategicas nos mercados internacionais------------------------------------18

Estrategicas basicas------------------------------------------------------------------18

Estrategias de diferenciação--------------------------------------------------------19

Evolução de mentalidades: de internacional a transnacional-----------------------20

Internacional ----------------------------------------------------------------------------20

Transnacional---------------------------------------------------------------------------20

Global-------------------------------------------------------------------------------------21

As vantagens da internacionalização------------------------------------------------------21

Conclusão----------------------------------------------------------------------------------------23

Bibliografia ---------------------------------------------------------------------------------------24

Caso de estudo (caso sogrape)----------------------------------------------------------- 25

INTRODUÇÃO

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FORMAS DE INTERNACIONALIZAÇAO- INVESTIMENTO DIRECTO

Com este trabalho pretendo apenas apresentar uma visão sobre como

pode ser feita a internacionalizaçao das empresas.

Para isso apresento um conceito sobre o assunto, e mostro os varios tipos de

internacionalização que as empresas poderam escolher consoante o que

melhor lhes for favoravel.

Apresento no fim um caso practico em demonstro como uma empresa

podera ter sucesso segundo certo tipo de internacionalização, neste caso, o

investimento directo.

Palavras chave- internacionalização, exportação, empresa, investimento

directo,.

INTERNACIONALIZAÇÃO

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FORMAS DE INTERNACIONALIZAÇAO- INVESTIMENTO DIRECTO

CONCEITO

A internacionalização é um tipo de estratégia que consiste na transposição das

estratégias de produtos e mercados e de integração vertical para outros países,

o que poderá resultar numa replicação total ou parcial da sua cadeia

operacional.

As primeiras decisões a tomar na estratégia de internacionalização são o para

onde e o como se irá processar.

AS ESTRATÉGIAS DE INTERNACIONALIZAÇÃO DAS

EMPRESAS

Forma de Internacionalização

A partir da segunda metade do XX, a internacionalização das actividades

empresariais tem sido uma das principais estratégias adoptadas pelas

empresas no seu processo de desenvolvimento (MARTINET, 1983).

A tendência para a crescente globalização da concorrência e dos mercados, o

número cada vez mais vasto de sectores e de actividades e a explosão da

Internet fazem com que a internacionalização empresarial intégre as

preocupações estratégicas das empresas. Na nova envolvente internacional,

as empresas enfrentam novos desafios, porque a internacionalização deixou de

ser essencialmente uma questão de conquista de novos mercados, mas antes

um desafio para a globalização das funções das organizações.

Para que todo funcione de forma eficaz, é forçoso preparar a

internacionalização da sua empresa e definir com nitidez uma estratégia

sustentável.

Análises da estratégia global da empresa no longo prazo

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FORMAS DE INTERNACIONALIZAÇAO- INVESTIMENTO DIRECTO

Elemento decisivo na estratégia de internacionalização, que está ligado a três

factores:

Historial internacional da empresa. Inclui a sua experiência acumulada

no estrangeiro, sucessos e insucessos de tentativas de internacionalização

passadas.

Cultura de internacionalização. Está relacionado com a tradição de

abertura internacional, o interesse dos e pelos mercados do exterior e a

expansão geográfica das redes de contactos.

Personalidade das partes integrantes. Ou seja, a maior ou menor resistência à

internacionalização por parte dos gestores, accionistas, empregados, etc.

Identificar oportunidades e ameaças internacionais

É importante dispor de um sistema de controlo a nível internacional, de

forma a poder abolir logo de inicio os paises/zonas/mercados internacionais

onde não exista potencial de expansionista, ou nos quais a concorrência tenha

ja dominado o mercado. É uma fase algo complexa, em que devera ser feita

uma análise ao ambiente concorrencial internacional, o qual devera incluir os

seguintes elementos:

Análise da atractividade da indústria. Ou seja, a definição da dinâmica

internacional do sector, das pressões externas (regulamentares, socio-

económicas, tecnológicas, grau de proteccionismo, etc.) e da segmentação da

indústria internacional (identificação e selecção dos critérios de segmentação).

Descrição da agressividade concorrencial. Visa fazer uma análise das

características do sistema concorrencial internacional e as reestruturações

observadas ou previstas, bem como proceder à identificação das forças da

concorrência internacional (ameaça de novos concorrentes ou de produtos

substitutos e o poder negocial dos fornecedores e dos clientes).

Definição dos factores críticos de sucesso da indústria. Deverá ser feita

uma analise destes factores, quer do ponto de vista da oferta quer da procura

nos mercados internacionais. De seguida, deverao ser criados cenários de

evolução possíveis e quais as estratégias de sucesso em cada um dos

possiveis cenários.

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FORMAS DE INTERNACIONALIZAÇAO- INVESTIMENTO DIRECTO

Diagnóstico internacional dos pontos fortes e fracos da

empresa.

Visa aferir os recursos e as lacunas da empresa tendo em vista o seu

processo de internacionalização. Podendo ser definidos três pontos de análise:

Internacionalização inicial. Avalia-se o potencial da sua empresa para

desenvolver relacionamentos negociais duradouros com empresas e clientes

estrangeiros e a capacidade de adaptação da sua oferta e processos de

compra e Venda aos mercados internacionais.

Implementaçã-. Neste ponto avalia- se se a empresa reune as condições

necessarias para a elaboraçao e implementarizaçao de uma estratégia de

desenvolvimento internacional, associada à capacidade para gerir a

diversidade e controlar o negócio à distância.

Internacionalização. Analisa-se a capacidade de concorrer globalmente com

uma ampla integração de funções a uma escala mundial.

Modalidades de internacionalização

As formas de internacionalização vão diferir em função da necessidade

ou não de investimentos directos no exterior ou de corresponder ou não a uma

deslocalização das operações produtivas para outros países. Com base nestas

duas variáveis, DESREUMAUX (1993) apresenta a seguinte classificação das

modalidades de internacionalização:

Operações comerciais sem investimento directo no exterior: exportação

indirecta de produtos; exportação directa de produtos, exportação de serviços;

exportação de know-how, contratos de gestão, venda de tecnologia;

Operações produtivas sem investimento directo no estrangeiro: licença,

franquia, contrato de fabricação;

Operações comerciais com investimento directo no exterior: filiais de

promoção de vendas, unidade de stocagem, unidades de serviço, filiais de

venda;

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FORMAS DE INTERNACIONALIZAÇAO- INVESTIMENTO DIRECTO

Operações produtivas com investimento directo no exterior: unidade de

montagem e unidade de fabricação (em propriedade total, conjunta,

participações minoritárias, subcontratação internacional).

Tipos de incentivos à internacionalização

A empresa quando internacionaliza as suas actividades, é como

resposta a um incentivo recebido. BRADKEY (1991) sugere seis incentivos:

Perspectivas de crescimento do mercado interno são inferiores ao potencial de

crescimento da firma;

Reduzir a dependência do mercado doméstico, especialmente se ele estiver

em declínio;

Aproveitar as economias de escala;

Disponibilidade de produtos, cuja atractividade para o mercado doméstico

tende a se esgotar em breve;

Explorar competência única da firma;

Enfrentar competidores domésticos que actuam em mercados externos.

Etapas da Internacionalização

O processo de internacionalização devera seguir uma teia de métodos,

sendo que a passagem de um metodo para outro vem acompanhada por uma

aprendizagem progressiva, experiencia, dos mercados e das actividades no

estrangeiro. As etapas que mais são mencionadas em diversos estudos são as

seguintes:

Exportação ocasional (spot);

Exportação por intermédio de um agente;

Exportação por intermédio de uma filial comercial;

Implantação produtiva que substitui, total ou parcialmente ao fluxo de

exportação.

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FORMAS DE INTERNACIONALIZAÇAO- INVESTIMENTO DIRECTO

A Exportação

As Motivações para Exportar

A exportação é a fora mais simples, e menos perigosa de entrar no

mercado externo, já que se traduz por um baixo risco e o empenho de recursos

quer ao nível da gestão, quer ao nivel financeiros de investimento é

relativamente baixo. A exportação é uma alternativa atraente, quando

(BRADLEY, 1991):

A empresa é de pequena dimensao e não dispõe de recursos necessarios para

montar uma joint-venture ou implantar-se via investimento directo;

Não e aconselhavel um comprometimento elevado devido a riscos políticos,

incerteza ou à baixa atractividade do mercado;

Não existe pressão política ou económica para produzir no exterior.

A iniciação duma empresa na exportação pode-se dar em função da ocorrência

de estimulos/factores tais como:

Pedidos inesperados do exterior,

Existência de capacidade ociosa,

Mercado interno saturado ou muito competitivo,

Incentivos governamentais,

Produto singular ou exclusivo,

Vantagens competitivas da empresa (tecnologia, marketing etc.),

Melhor uso dos recursos, maiores lucros e desejo da gerência.

Formas de abordagem adequadas para a exportação.

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FORMAS DE INTERNACIONALIZAÇAO- INVESTIMENTO DIRECTO

Incluindo a tomada de decisõe relativa às formas de entrada em cada

uma das localizações alvo - através, por exemplo, de parcerias com as

empresas locais ou de uma estratégia de conquista de terreno aos

concorrentes - e às pressões relacionadas com a coordenação organizacional.

As decisões mais importantes são relativas a:

Nível de envolvimento da empresa no estrangeiro, em função dos seus

recursos financeiros, técnicos e humanos;

Nível de controlo exigido pelos dirigentes e o nível dos riscos suportados em

cada cenário em análise;

Compatibilidade entre as fases de internacionalização iniciais e a sua

sustentabilidade a longo prazo.

Complementaridade, ou antagonismo, gerado entre a sede e as filiais

internacionais.

Possíveis barreiras à exportação

Com o intençao de aumentar o entendimento sobre as motivações das

empresas para realizar a actividade de exportação, é interessante conhecer a

opinião de empresários sobre possíveis barreiras à exportação. Numa pesquisa

que fez na indústria americana de papel, BAUERSCHIMDT, citado por ROCHA

et CHRISTENSEN (1988) levantaram cinco factores relacionados com as

barreiras à exportação. São eles:

A política nacional de exportações,

A distância comparativa de marketing,

A falta de compromisso do Gestor com a exportação,

Restrições económicas externas,

E a concorrência acirrada.

Barreiras à entrada

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FORMAS DE INTERNACIONALIZAÇAO- INVESTIMENTO DIRECTO

Barreiras administrativas e legais

Obrigam, por exemplo, as empresas a adaptar os seus produtos e

serviços às regulamentações locais. A própria localização está condicionada

pela concessão de licenças por parte da administração pública. Os regimes

fiscais diferem de país para país, consoante o tipo de empresa e de actividade

exercida.

Práticas profissionais diferentes

Apesar das inúmeras tentativas de globalização das práticas

profissionais, a cultura de cada país reflecte-se profundamente na cultura das

organizações e nos métodos de trabalho das pessoas.

Heterogeneidade dos gostos e costumes locais

Os consumidores de diferentes países têm necessidades e

comportamentos distintos, o que limita a oferta das empresas e aumenta os

seus custos de adaptação dos produtos e serviços à nova envolvente.

Diferentes canais de distribuição e sistemas de logística

Os sectores da grande distribuição são os mais afectados porque se falharem

os meios de distribuição dos seus produtos, toda a sua actividade poderá

correr sérios riscos.

Características físicas dos produtos

Os produtos de carácter perecível não podem percorrer grandes

distâncias, o que força determinadas indústrias a construir infra-estruturas

produtivas de base perto das zonas de comercialização internacionais,

aumentando consideravelmente os custos de entrada no mercado.

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FORMAS DE INTERNACIONALIZAÇAO- INVESTIMENTO DIRECTO

Os Estágios da Exportação

O envolvimento da empresa nos mercados internacionais é um processo

gradual, pois sendo as operações externas relativamente diferentes das

domésticas, a empresa detense perante incertezas e ignorância nos estágios

iniciais, que se vao reduzindo à medida que o know-how da empresa sobre os

mercados de exportação aumenta. BILKEY & TESAR, citado por BRADLEY

(1991) indica um modelo com seis estágios relacionados com o grau de

comprometimento da empresa com a exportação/internacionalizaçao, com o

consequente encadeamento:

1. A empresa não está interessada em exportar, podendo mesmo ignorar

pedidos do exterior;

2. A empresa atende pedidos do exterior, mas não examina a possibilidade de

exportar activamente;

3. A empresa examina a possibilidade de exportar;

4. A empresa exporta experimentalmente para países psicologicamente

próximos;

5. A empresa torna-se uma exportadora experiente para aqueles países;

6. A empresa explora a possibilidade de exportar para países psicologicamente

distantes.

CANNON e DAWSON, citados por BRADLEY (1991) sugerem um

modelo com três estágios:

Exportadores potenciais, que ainda não receberam pedidos do exterior;

Exportadores passivos, detem já alguma experiencia por já terem exportado

anteriormente, enbora não apresentem desejo serem exportadores;

Exportadores activos, os quais são já bem sucedidos nos mercados externos,

levando em conta diligências de markting e vendas.

O comprometimento da Empresa

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FORMAS DE INTERNACIONALIZAÇAO- INVESTIMENTO DIRECTO

O comprometimento da empresa com os mercados internacionais

significa a dispensa de recursos para a tarefa de abranger o mercado, o que

significara montar uma infraestrutura para tal fim, cujas actividades incluiriam

orçamento, a avaliação de metas e objectivos de exportação específicos. O

comprometimento da empresa com a exportação pode ser medida com o uso

de variáveis, tais como:

o decidir-se pela exportação, já que muitas firmas decidem não exportar

mesmo recebendo pedidos do exterior;

O grau de experiência em exportar;

Percentagem das vendas devidas à exportação;

Visitas a mercados internacionais;

Tempo gasto no exterior num dado ano;

Participação em feiras internacionais.

A Selecção de Mercados

JOFFRE (1987) sugere dois critérios para a seleção dos mercados:

O número de mercados a serem atendidos e o

Grau de similaridade entre os mesmos.

Em função do primeiro critério, pode-se ter uma concentração ou diversificação

de mercado, de acordo com situações relacionadas ao produto, ao mercado e

ao marketing, como pode ser visto no quadro 1.

O grau de semelhança entre os mercados refere-se à opção de procurar

mercados que apresentem características semelhantes ao mercado doméstico

ou a empresa deve procurar uma complementaridade entre mercados. A

vantagem do primeiro enfoque é a possibilidade de a firma obter redução nos

problemas de coordenação e controle do seu programa de marketing, assim

como de obter economias no custo de produção (devido ao menor nível de

adaptação requerido) e de marketing. A escolha de mercados não semelhantes

pode reflectir a vontade da firma de equilibrar flutuações cíclicas ou de reduzir

os riscos.

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FORMAS DE INTERNACIONALIZAÇAO- INVESTIMENTO DIRECTO

 

FACTORES FAVORECENDO A

CONCENTRAÇÃO

FACTORES FAVORECENDO A

DIVERSIFICAÇÃO

Factores Produto

Produto requerendo uma adaptação aos

diferentes mercados.

Compras repetitivas.

Produto no meio de seu ciclo de vida.

Factores Mercado

Número limitado de mercados

comparáveis.

Mercados/segmentos com volume

elevado.

Mercados estáveis.

Fidelidade de compra elevada.

Baixo risco de reação da concorrência

em cada mercado geográfico.

Factores de marketing

Necessidade de adquirir um

conhecimento aprofundado do mercado

e/ou dos intermediários.

Investimentos importantes para atingir a

massa critica de cada país (em

actividades promocionais, serviço pós-

venda).

Insuficiência de recursos para se ocupar

de novos problemas de gestão.

Factores Produto

Produto podendo ser vendido em

muitos países sem necessidade de

adaptação.

Compras não repetitiva.

Produto no começo ou no fim de seu

ciclo de vida.

Factores Mercado

Muitos mercados similares.

Pequenos mercados/ segmentos

estreitos.

Mercados instáveis.

Fraca fidelidade de compra.

Risco importante de reação da

concorrência em cada mercado

geográfico.

Factores de marketing

Poucos conhecimentos a obter do

mercado e/ou dos intermediários.

Poucos investimentos são necessários

para atingir a massa critica de cada

país.

Recursos adequados para gerir novos

problemas.

Quadro 1 - Factores relacionados com a escolha da concentração ou

diversificação dos mercados externos

Adaptado de JOFFRE (1987)

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FORMAS DE INTERNACIONALIZAÇAO- INVESTIMENTO DIRECTO

Um dos factores que influenciam a decisão do executivo na escolha dos

mercados externos é a sua percepção das diferenças culturais entre o mercado

domestico e o mercado de destino, sendo que se podera definir a cultura como

"padrões modais e características de comportamento, bem como crenças,

normas, premissas e valores subjacentes e regulares, transmitidos de uma

geração a outra". Tendo em atençao que o comportamento do empresário é

moldado por estas crenças e valores, as quais foram sendo absorvidas no

convívio social durante toda a sua vida, é natural que os mesmos carreguem o

próprio processo de tomada de decisões, influenciando as suas motivações e

atitudes e orientando o processo de identificação das oportunidades e

restrições. O idioma e os custumes, ou, usos e habitos são geralmete

mencionados como forma de medir a relaçao cultural entre pessoas de

diferentes culturas/paises/mercados. (BRADLEY, 1991).

Os Canais de Exportação

AZEVEDO (1988) define canal de exportação como "o conjunto de

instituições interagentes através das quais ocorre o fluxo de bens e serviços,

desde o produtor, no país exportador, até aos consumidores finais ou

utilizadores, nos mercados importadores" nestes incluindo:

O fabricante - exportador

Os canais entre os países (trading-companies, agentes, representantes,

importadores etc).

Os canais dentro dos países importadores, que seriam as instituições que se

encarregariam de realizar a distribuição do produto (Grossistas e retalhistas);

Os consumidores finais dos produtos.

Além da transferência física do produto, os canais de exportação desenpenham

também outras funções, tais como a promoção do produto e a recolha de

informações de mercado.

A exportação, de acordo com o tipo de canal utilizado entre países, pode ser

classificada em directa e indirecta.

Exportações directas são aquelas realizadas através de um intermediário

localizado fora do país de origem, como, por exemplo, distribuidores, agente do

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FORMAS DE INTERNACIONALIZAÇAO- INVESTIMENTO DIRECTO

fabricante, representante comissionado, filial de vendas, além das exportações

realizadas directamente ao consumidor final. A vantagem é a de possibilitar ao

exportador um maior controle sobre os canais de distribuição utilizados e,

consequentemente, sobre o mercado para o qual está exportando.

Exportações indirectas são realizadas através de um intermediário localizado

no próprio país do fabricante, como as tradings companies, e a comercial

importadora/exportadora. A grande vantagem de se realizar exportações de

forma indirecta é que a necessidade de conhecimento das normas e trâmites

do comércio internacional é da responsabilidade desses agentes, não

necessitando o fabricante de uma estrutura própria.

O dinamismo de gestão, o conhecimento dos mercados, os recursos

mobilizáveis, a obtenção gradual de capacidade criativa e o estabelecimento de

relações de confiança ou parceria com certos clientes são os factores que mais

contribuem para a consolidação da actividade exportadora de uma empresa.

O risco inerente ao processo é limitado e poderá ser controlado mais

facilmente. A rendibilidade é razoável e a necessidade de controlo dos

produtos ao longo dos canais de distribuição é normalmente reduzida.

MEIRA (1988) destaca que a instituição de agentes exclusivos e a

abertura de escritórios no exterior serao as formas mais eficientes para que a

empresa consiga exercer um maior e melhor controlo sobre as variáveis do seu

composto de marketing (preço, produto, promoção e ponto de distribuição e

venda), possibilitando, no longo prazo, um progresso significativo no

desempenho positivo das exportações.

FRANCHISING

Seguindo esta forma de internacionalização não existe transferência de

produtos, mas de know-how. O licenciamento prevê o estabelecimento de um

contrato entre duas empresas, pelo qual uma delas, sendo detentora de

determinado know-how, compromete-se a transferi-lo à outra, mediante uma

retribuição acordada.

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FORMAS DE INTERNACIONALIZAÇAO- INVESTIMENTO DIRECTO

Nesses processos, normalmente está associada uma marca protegida e

já implementada no mercado ou uma tecnologia devidamente patenteada. O

recurso a contratos de licença é uma importante forma de rentabilizar a

capacidade tecnológica de uma empresa. Este tipo de internacionalização,

actualmente em rápida expansão, permite aos franqueados uma rápida

expansão para o seu negócio e conferem ao licenciador um controlo mais

efectivo dos produtos ao longo dos canais de distribuição. O risco para os

licenciadores é bastante atenuado no caso dos sistemas de franchising, mas a

rentabilidade de todo o processo é mais reduzida do que no sistema anterior.

Normalmente, estão associados a um processo de licenciamento, fortes

investimentos em publicidade, a fim dar notoriedade à marca. O prazo de

retorno de investimento é relativamente longo até que o negócio esteja a

funcionar em pleno.

JOINT-VENTURES

Reporta-se à associação entre duas ou mais empresas, com o objectivo

de se realizar um negócio em comum, no qual cada uma, isoladamente, não

teria o mesmo sucesso. Pode ser estabelecida por tempo determinado ou

indeterminado, com objectivo comum entre as partes e vantagens recíprocas.

As motivações para empresas firmarem joint-ventures podem ser de origem

política, estratégica ou económica.

Entre as de origem política, pode-se citar a neutralização da concorrencia, a

redução de impactos negativos de legislações locais (restritivas, em alguns

países, quanto a investimentos estrangeiros em sectores considerados

estratégicos, por exemplo).

Uma motivação estratégica pode ser o acesso rápido a uma tecnologia.

Entre os motivos económicos, incluem-se a redução de custos produtivos, a

complementação técnica, comercial e financeira e econômica.

No âmbito geral, o risco é maior, para os intervenientes, mas os rendimentos

também são mais substanciais.

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FORMAS DE INTERNACIONALIZAÇAO- INVESTIMENTO DIRECTO

O INVESTIMENTO DIRECTO NO ESTRANGEIRO

É a forma de internacionalização pela qual uma empresa decide “entrar”

em determinado mercado por sua conta e risco. A perspectiva de obtenção de

lucros maiores supera os riscos inerentes.

Uma empresa que opta por abrir uma filial poderá fazê-lo adquirindo uma

empresa local, ou ainda, construindo suas próprias instalações. É um grau

elevado de internacionalização, uma vez que expõe a empresa a elevados

custos e riscos políticos.

A instalação de uma filial pode ser uma estratégia para empresas que

vislumbram em determinado país, um mercado com alta potencialidade a

atender. Normalmente, existem benefícios concedidos às empresas que

investem no país por parte dos governos estrangeiros, ou pelo menos, supera

proibições de importações ou elevadas taxas de importação.

A filial de produção pode ir desde a simples montagem de componentes

enviados pelo exportador até ao fabrico total do produto, podendo haver 100%

de capital do exportador (quando permitido pela legislação), ou parcerias com

empresários locais (jointventures).

O investimento directo no estrangeiro pode assumir as seguintes formas:

Deslocalização da produção: normalmente, tem por base os aliciantes da

mão-de-obra ou das matérias-primas a preços mais baixos

Investimento comercial: trata-se de um importante salto qualitativo face à

mera actividade exportadora. A empresa envolve os seus próprios recursos e

constitui uma nova empresa no país estrangeiro, permitindo-lhe por um lado

um maior controlo sobre o processo de comercialização e respectivos canais

de distribuição e, por outro, a redução dos intermediários na sua relação com o

mercado externo;

Expansão empresarial: neste caso, são constituídas empresas no

estrangeiro, à imagem da empresa nacional, como forma de facilitar a

penetração em certos mercados. Estas filiais não têm apenas funções

comerciais, mas também de concepção do produto, engenharia da produção,

processo produtivo, etc.

Todavia, a implementação desta estratégia de investimento directo deve

ocorrer quando:

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FORMAS DE INTERNACIONALIZAÇAO- INVESTIMENTO DIRECTO

a) Os produtos precisam estar disponíveis continuamente e em grande

quantidade como, por exemplo, no caso de alimentos.

b) Tem produtos com pouco valor agregado, por exemplo, cimento.

c) É indispensável um excelente serviço de assistência técnica, como no caso

de carros.

d) Se confronta com países que aplicam um forte proteccionismo.

e) Tem produtos que alcançam a maturidade do seuciclo de vida e precisam de

uma acção de venda muito controlada.

f) Tem produtos para os quais é importante manter um elevado nível de

imagem e marca, como. Por exemplo, produtos de moda.

g) Encontra mercados com elevado nível de potencial de desenvolvimento e

onde é indispensável em nível de serviço (países em desenvolvimento).

De facto, a escolha de uma forma de ingresso em um mercado é uma

importante estratégia comercial, da mesma que forma que outros aspectos de

marketing também serão.

OPÇÕES ESTRATEGICAS NOS MERCADOS INTERNACIONAIS

Estratégias básicas

De acordo com modelo de Michael Porter podemos apontar três estratégias

básicas:

Líder de Custos - consiste em ter os custos de produção mais baixos e

concorrer com base em preço mais baixos

Diferenciação - a empresa oferece um produto diferenciado e a concorrência

faz-se com base na satisfação de um valor único para o cliente

Focalização - a empresa centra a sua ação num reduzido número de

segmentos. A abordagem do segmento-alvo pode fazer-se utilizando duas

estratégias anteriores: difenciação ou liderança de custos.

Estratégia de liderança pelo preço

Se uma empresa consegue produzir o seu produto ou serviço com um custo

mais baixo que os seus concorrentes, mantendo um nível de qualidade

apaercebida equivalente, poderá praticar preços mais baixos e continuar a

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FORMAS DE INTERNACIONALIZAÇAO- INVESTIMENTO DIRECTO

manter o lucro adequado. Poderá também praticar os mesmos preços que os

seus concorrentes e ter lucros mais elevados que eles, devido aos seus custos

mais reduzidos.

Estratégia de diferenciação

As estrategias de diferenciação assentam na criação de, pelo menos, uma

vantagem competitiva sustentada, suficiente para estabelecer uma diferença

significativa face à concorrência e relevante para os consumidores.

Estratégia de Focalização

A estrategia de focalização pode ter por base a diferenciação ou a liderança

pelos custos. Em qualquer dos casos, consiste numa estratégia de nicho,

permitindo a protecção, pelo menos temporariamente, das incursões dos

concorrentes que apostam habitualmente noutros segmentos e que não

oferecem o conjunto de atributos que os consumidores pertencentes ao nicho

valorizam.

Razões da internacionalização

Tradicionais:

Assegurar fornecimentos chave (matérias primas);

Procura de novos Mercados;

Acesso a factores de produção mais baratos (e/ou subsídios locais),

As novas motivações:

Aumento das economias de escala;

Aumento dos custos de I&D;

Encurtamento do ciclo de vida dos produtos.

Segundo a Teoria do ciclo de vida do produto uma inovação num país leva,

inicialmente à produção local acompanhada de exportação. A estandardização

de processos e a estabilização da tecnologia vai permitir a implantação

industrial no estrangeiro, ganhando economias de escala e diluindo os custo

iniciais de investigação e desenvolvimento. Finalmente, a entrada de

concorrentes e a concorrência via preço leva à transferência para regiões com

menores custos de factores.

Motivações secundárias/benefícios da internacionalização:

Busca de conhecimentos/aprendizagem;

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FORMAS DE INTERNACIONALIZAÇAO- INVESTIMENTO DIRECTO

Posicionamento competitivo - vantagens resultantes de operar em vários

mercados;

Requisitos para a internacionalização

A empresa deve ter alguma competência específica que compense a sua falta

de conhecimento da forma de actuação (cultura, estrutura do sector, ambiente

político) no mercado externo, face à concorrência local.

A empresa deve ter uma capacidade de gerir os seus activos mais

eficientemente pelo investimento directo do que através de relações contratuais

com parceiros locais. Para que exista uma multinacional é necessário que as

condições num mercado externo criem uma motivação que possa ser

explorada com base em competências específicas da empresa, e que esta

tenha uma capacidade organizacional de gerir melhor os seus activos

directamente do que através de relações contratuais.

EVOLUÇÃO DE MENTALIDADES: DE INTERNACIONAL A

TRANSNACIONAL

Internacional - as filiais suportam a casa mãe, por conseguirem vendas

adicionais ou via fornecimentos. A empresa considera-se essencialmente

doméstica, sendo os produtos desenvolvidos para o mercado interno.

Multinacional - a vertente internacional deixa de ser considerada

marginal. Reconhecem-se as diferenças entre mercados e adaptam-se os

produtos e mesmo as estratégias de acordo com as condições locais. Dá-se

liberdade de acção à gestão local.

Global - criação de produtos para um mercado mundial, fabricados

globalmente, em algumas, poucas, fábricas com elevados níveis de eficiência.

Existe um grande grau de coordenação de actividades, sendo a gestão e

algumas funções chave (R&D, produção) centralizadas.

Transnacional - necessidade de manutenção de uma eficiência global com

capacidade de resposta a necessidades locais. É necessário que as filiais

tenham capacidade de resposta às necessidades dos mercados respectivos.

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FORMAS DE INTERNACIONALIZAÇAO- INVESTIMENTO DIRECTO

Os recursos estão dispersos mas são especializados, procurando-se obter

eficiência e flexibilidade.

O tamanho das empresas tem um impacto direto em seus investimentos, por

isso, as que possuem uma produtividade maior, conseguem realizar

AS VANTAGENS DA INTERNACIONALIZAÇÃO

A estratégia de internacionalização articula-se em torno de cinco

dimensões principais que convergem para os objectivos do crescimento da

empresa e da poupança de custos à escala mundial:

Fortalecimento da posição comercial

A ocupação de posições comerciais fortes, ou até dominantes, nos principais

mercados mundiais, permite maximizar o volume de vendas e beneficiar de

economias de escala e de experiência.

Normalização de processos

Fazer com que o produto seja igual no seu país de origem e em qualquer outro

mercado internacional permite potenciar as vantagens do efeito de experiência.

Localização dos elementos da cadeia de valor

Uma empresa que internacionaliza a sua actividade pode localizar os vários

elementos da sua cadeia de valor - investigação e desenvolvimento, produção,

montagem final e distribuição - onde for mais vantajoso para si e onde tiver um

maior número de recursos essenciais ao seu funcionamento.

Facilidade do posicionamento

A uniformidade das estratégias, de marketing, de produção, etc., aumenta a

facilidade na definição do posicionamento.

Obtenção de sinergias

Maior número de sinergias, nomeadamente ao nível da criação de parcerias

internacionais, obtenção de licenças, aproveitamento de canais de distribuição

internacionais, entre outros, conseguidas através da grande interdependência e

maior cooperação entre as diversas localizações mundiais.

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FORMAS DE INTERNACIONALIZAÇAO- INVESTIMENTO DIRECTO

Conclusão

Como forma de conclusão, dizer que existem varias formas de

internacionalização empresarial, as quais devem ser escolhidas pela empresa

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FORMAS DE INTERNACIONALIZAÇAO- INVESTIMENTO DIRECTO

da forma que melhor se adaptar as suas necessidades e/ou estado de

internacionalização do negocio.

Posso concluir que o processo de internacionalização direta, ou seja, o

investimento directo das empresas noutros paises e mercados e aquele que

apresenta melhores resultados, pois o retorno em principio, e caso se tenha

sucesso, sera maior. No entanto e necesario dispender de mais capital quer

financeiro, tecnico ou mesmo humano, pelo que Portugal infelizmente não

dispõe de muitas empresas com capacidade para fazê-lo, no entanto e como

se tem visto, as empresas que se teem decidido por esta modalidade tem tido

sucesso e cada vez mais necessidade ou anseio por uma expansão

internacional.

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FORMAS DE INTERNACIONALIZAÇAO- INVESTIMENTO DIRECTO

Bibliografia

Brito; carlos Melo - estrategias de internacionalização e cooperação empresarial. Faculdade econimia do porto – working paper Nº 38

CASAROTTO Filho, N.- Gestão de Projectos: a contribuição para fazer

acontecer o planeamento estratégico, Florianópolis, Universidade Federal de

Santa Catarina, 1991.

Nelson, Carl; Import/Export - How to Get Started in International Trade; 2000;

McGrawHill.

Lemaire, Jean-Paul; Estratégias de Internacionalização; 1997; Instituto Piaget.

AACKER, D.A.- Strategic market management, New York, Wiley, 1984.

knoow.net/cienceconempr/gestao/internacionalizacao

Material disponibilizado pela Dra. Adelaide (caso sogrape).