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UNIVAG CENTRO UNIVERSITÁRIO CURSO DE FARMÁCIA I MOSTRA DE INTEGRAÇÃO AS PLANTAS MEDICINAIS (FITOFÁRMACOS) A DIVERSIDADE QUÍMICA DAS PLANTAS COMO FONTE DE FITOFÁRMACOS AUTORES: ANDRÉ FELIPE AULER; CAROLINA MILANI LIMA; EDNA VANESSA SILVA; ELIZABELLE PEDROSO INTRODUÇÃO A utilização de plantas com fins medicinais para tratamento, cura e prevenção de doenças, é uma das mais antigas formas de prática medicinal da humanidade¹. A OMS define planta medicina como sendo “todo e qualquer vegetal possui, em um ou mais órgãos, substâncias que podem ser utilizadas com fins terapêuticos ou que sejam precursores de fármacos semi-sintéticos”¹. Algumas plantas brasileiras já são utilizadas como fonte de matéria-prima para as indústrias internacionais na produção dos fitofármacos, por exemplo, Aloe Vera (babosa), Jaborandi, Copaíba.² Fitofármacos são medicamentos a base de plantas que contêm o princípio ativo isolado, ou seja, uma substância medicamentosa isolada a partir de extratos de plantas. Enquanto que, nos fitoterápicos os princípios ativos não são isolados (ex: tinturas e cápsulas com parte de plantas). Neste trabalho será apresentado uma breve revisão sobre estudos de aspectos farmacoterapêuticos dos fitofármacos e fitoterápicos, visando o estabelecimento de seu uso racional. METODOLOGIA Com o desenvolvimento da química orgânica e farmacêutica, os produtos sintéticos foram adquirindo primazia no tratamento farmacológico. Isso ocorreu pela maior facilidade de modificações estruturais¹. Entre os 252 fármacos básicos selecionados pela OMS 11% são exclusivamente de origem vegetal. Podemos citar a Morfina (Papaver somniferum - Papoula) e a Pilocarpina (Pilocarpus – Jaborandi). Embora os questionamentos sejam muitos para a utilização racional desses medicamentos, acreditamos firmemente que é possível e necessário adotar seu uso racional. Atualmente, a discussão sobre o uso de fitoterápicos ainda não é prioridade pelos órgãos reguladores. E, culturalmente, este uso é de maneira discriminada e de uso popular. Porém, apresentamos recomendações básicas para os primeiros passos para o uso racional de fitoterápicos: Evitar plantas nativas, exceto se existirem estudos científicos sobre sua eficácia e segurança; Selecionar produtos com padrão de qualidade, optando sempre por extratos padronizados, com registro legal; Selecionar espécies vegetais aprovadas por organismos regulamentares e científicos; Evitar associações, a não ser que a associação tenha sido desenvolvida e registrada seguindo todos os preceitos éticos, científicos, e técnicos; Verificar se a planta tem eficácia comprovada. Devemos lembrar que os fitoterápicos possuem princípios ativos e conseqüentemente reações adversas, justificando, assim, seu uso racional. Pois o uso indiscriminado de plantas medicinais pode ser um risco para a saúde. CONSIDERAÇÕES FINAIS A pesquisa de plantas medicinais é fundamental para a busca de novos fármacos e para a construção de uma autonomia na área de medicamentos. Nesse sentido, buscamos mostrar o conceito de fitofármacos e fitoterápicos, pois mesmo sendo à base de plantas, é preciso ter o uso racional. A expressão “não faz mal para a saúde porque é 100% natural” é um conceito inerentemente errôneo, pois o uso de medicação natural não significa ausência de efeitos colaterais ou tóxicos. Atenção deve ser dada aos produtos naturais, pois a automedicação mesmo sendo com plantas medicinais podem causar sérios riscos a saúde. REFERENCIAS 1. VEIGA JUNIOR, Valdir F.; PINTO, Angelo C.; MACIEL, Maria Aparecida M.. Plantas medicinais: cura segura?. Quím. Nova, São Paulo, v. 28, n. 3, June 2005. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid =S0100-40422005000300026&lng=en&nrm=iso>. Acesso em 28 de Outubro de 2009. 2. RATES, S.M.K.. Promoção do uso racional de fitoterápicos: uma abordagem no ensino de Farmacognosia. Rev. bras. farmacogn., João Pessoa, v. 11, n. 2, 2001. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid =S0102-695X2001000200001&lng=en&nrm=iso>. Acesso em 28 de Outubro de 2009. CARVALHO, Patrícia Luciane de. Professora de direito internacional da Universidade de São Paulo USP - Patente Farmacêutica e Acesso a Medicamentos - Editora Atlas. SIMÕES, Maria Oliveira...[et al.] Farmacognosia: da planta ao medicamento.5°ed. Porto Alegre: UFSC,2004. Fórmula Estrutural da Policarpina presente no Jaborandi

As Plantas Medicinais - Fitofármacos

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  • UNIVAG CENTRO UNIVERSITRIO

    CURSO DE FARMCIA

    I MOSTRA DE INTEGRAO

    AS PLANTAS MEDICINAIS (FITOFRMACOS)A DIVERSIDADE QUMICA DAS PLANTAS COMO FONTE DE

    FITOFRMACOSAUTORES: ANDR FELIPE AULER; CAROLINA MILANI LIMA; EDNA

    VANESSA SILVA; ELIZABELLE PEDROSOINTRODUO

    A utilizao de plantas com fins medicinais para tratamento, cura e preveno de doenas, uma das mais antigas formas de prtica medicinal da humanidade.

    A OMS define planta medicina como sendo todo e qualquer vegetal possui, em um ou mais rgos, substncias que podem ser utilizadas com fins teraputicos ou que sejam precursores de frmacos semi-sintticos.

    Algumas plantas brasileiras j so utilizadas como fonte de matria-prima para as indstrias internacionais na produo dos fitofrmacos, por exemplo, Aloe Vera (babosa), Jaborandi, Copaba.

    Fitofrmacos so medicamentos a base de plantas que contm o princpio ativo isolado, ou seja, uma substncia medicamentosa isolada a partir de extratos de plantas. Enquanto que, nos fitoterpicos os princpios ativos no so isolados (ex: tinturas e cpsulas com parte de plantas).

    Neste trabalho ser apresentado uma breve reviso sobre estudos de aspectos farmacoteraputicos dos fitofrmacos e fitoterpicos, visando o estabelecimento de seu uso racional.

    METODOLOGIACom o desenvolvimento da qumica orgnica e

    farmacutica, os produtos sintticos foram adquirindo primazia no tratamento farmacolgico. Isso ocorreu pela maior facilidade de modificaes estruturais.

    Entre os 252 frmacos bsicos selecionados pela OMS 11% so exclusivamente de origem vegetal. Podemos citar a Morfina (Papaver somniferum - Papoula) e a Pilocarpina(Pilocarpus Jaborandi).

    Embora os questionamentos sejam muitos para a utilizao racional desses medicamentos, acreditamos firmemente que possvel e necessrio adotar seu uso racional.

    Atualmente, a discusso sobre o uso de fitoterpicos ainda no prioridade pelos rgos reguladores. E, culturalmente, este uso de maneira discriminada e de uso popular.

    Porm, apresentamos recomendaes bsicas para os primeiros passos para o uso racional de fitoterpicos: Evitar plantas nativas, exceto se existirem estudos cientficos sobre sua eficcia e segurana; Selecionar produtos com padro de qualidade, optando sempre por extratos padronizados, com registro legal; Selecionar espcies vegetais aprovadas por organismos regulamentares e cientficos; Evitar associaes, a no ser que a associao tenha sido desenvolvida e registrada seguindo todos os preceitos ticos, cientficos, e tcnicos; Verificar se a planta tem eficcia comprovada.Devemos lembrar que os fitoterpicos possuem princpios ativos e conseqentemente reaes adversas, justificando, assim, seu uso racional. Pois o uso indiscriminado de plantas medicinais pode ser um risco para a sade.

    CONSIDERAES FINAISA pesquisa de plantas medicinais fundamental para a busca

    de novos frmacos e para a construo de uma autonomia na rea de medicamentos. Nesse sentido, buscamos mostrar o conceito de fitofrmacos e fitoterpicos, pois mesmo sendo base de plantas, preciso ter o uso racional. A expresso no faz mal para a sade porque 100% natural um conceito inerentemente errneo, pois o uso de medicao natural no significa ausncia de efeitos colaterais ou txicos.

    Ateno deve ser dada aos produtos naturais, pois a automedicao mesmo sendo com plantas medicinais podem causar srios riscos a sade.

    REFERENCIAS1. VEIGA JUNIOR, Valdir F.; PINTO, Angelo C.; MACIEL, Maria Aparecida M.. Plantas medicinais: cura segura?. Qum. Nova, So Paulo, v. 28, n. 3, June2005. Disponvel em: . Acesso em 28 de Outubro de 2009.2. RATES, S.M.K.. Promoo do uso racional de fitoterpicos: uma abordagem no ensino de Farmacognosia. Rev. bras. farmacogn., Joo Pessoa, v. 11, n. 2, 2001. Disponvel em: . Acesso em 28 de Outubro de 2009. CARVALHO, Patrcia Luciane de. Professora de direito internacional da Universidade de So Paulo USP - Patente Farmacutica e Acesso a Medicamentos - Editora Atlas.SIMES, Maria Oliveira...[et al.] Farmacognosia: da planta ao medicamento.5ed. Porto Alegre: UFSC,2004.

    Frmula Estrutural da Policarpina presente no Jaborandi

    UNIVAG CENTRO UNIVERSITRIO CURSO DE FARMCIAI MOSTRA DE INTEGRAO