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OFICINA 2
AS REDES DE ATENÇÃO À SAÚDE NO PARANÁ
Curso de Especialização em Gestão Hospitalar –HOSPSUS
Novembro de 2011
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Secretaria de Estado da Saúde do Paraná
Michele Caputo Neto
Secretário de Estado da Saúde
René José Moreira dos Santos Diretor Geral
Márcia Huçulak
Superintendente de Gestão de Sistemas de Saúde
Sezifredo Paz Superintendente de Vigilância em Saúde
Antonio Dercy Silveira Filho
Superintendente de Políticas de Atenção Primária
Pythagoras Schmidt Schroeder Superintendente de Infra Estrutura
Charles London
Diretor de Unidades Próprias
Vinicius Augusto Filipak Diretor da Rede de Urgências e Emergências
Equipe responsável pela oficina
Coordenação
Márcia Huçulak
Marise Dalcuche
Consultor de Conteúdo
Eugênio Vilaça Mendes
Consultoria
Maria Emi Shimazaki
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Programa de Governo para a Saúde BETO RICHA 2011 a 2014
I. Introdução
Saúde é um direito humano, é importante para o desenvolvimento, é pré-requisito
para a boa governabilidade, para estabilidade social e sustentabilidade, saúde é considerada por muitos governos um bem público. Além de estar no centro da agenda do desenvolvimento1.
Os sistemas de saúde têm vários desafios a serem enfrentados, operacionais,
estruturais, e de gestão para garantir a proteção de todos, diminuírem as iniqüidades e melhorar o acesso.
Um sistema de saúde precisa cuidar das pessoas para que não adoeçam e não
apenas cuidar das doenças. Os sistemas de saúde foram organizados ao longo do tempo para atender as condições agudas, resposta importante para dar conta das condições de saúde vigentes no estado do Paraná no século passado. Porém, o Paraná vive uma nova realidade tanto do ponto de vista epidemiológico quanto do ponto de vista demográfico. Essa nova realidade se configura em uma nova situação de saúde, da tripla carga de doença (condições crônicas e condições agudas, e os eventos agudos causados pela violência interpessoal e os acidentes, principalmente de trânsito), com predomínio das condições crônicas, contudo o modelo de atenção ainda permanece voltado para atender as condições agudas.
Os fatores contingenciais, as mudanças no estilo de vida das pessoas, o aumento
de expectativa de vida, a urbanização, a diminuição das taxas de fecundidade tem ocorrido de uma forma acelerada, enquanto as respostas necessárias do sistema de saúde do Paraná têm sido muito lentas para dar conta de todo esse processo.
Isso exige uma mudança profunda no sistema de saúde do Paraná, mudanças do
ponto de vista de organização dos serviços e do modelo de atenção. Portanto, apenas um governo com uma concepção de um Estado que esteja a serviço do cidadão, atento aos seus interesses e às suas necessidades, organizado visando promover o bem estar e a justiça social, poderá levar a saúde do Paraná ao século XXI.
Com este objetivo as propostas para a área da saúde têm como estratégia
fundamental uma gestão para resultados que contempla ações destinadas a melhorar a vida de todos os cidadãos paranaenses, que devem ser os destinatários dos resultados desse programa. A gestão orientada para resultados é imprescindível numa administração moderna e deve reger-se por objetivos, metas e indicadores claramente definidos, compreensíveis pela população e mensuráveis.
1 PAHO/WHO. Reunião sobre Sistemas Integrados de Saúde. Santiago, Chile, outubro de 2007.
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Os objetivos principais do plano de governo para a saúde do cidadão do Paraná è: promover e proteger a vida, melhorar o acesso a Atenção Primária à Saúde, reduzir a mortalidade materno infantil, ampliar a longevidade e melhorar o atendimento e a resolutividade da atenção à saúde em todo o estado, tornando a população do Paraná uma das mais saudáveis do Brasil, por meio do estímulo à mudança do estilo de vida e da oferta de serviços eficientes e efetivos para toda a população.
Para isso o governo Beto Richa promoverá meios para que a Secretaria de Saúde
do Paraná seja uma instituição modelo de gestão da saúde pública no Brasil, adotando compromisso com os princípios da Ética, Transparência, Cooperação, Equidade, Qualidade e Participação do Cidadão, visando que a população tenha mais saúde e qualidade de vida no lugar onde mora.
A estratégia para alcançar esses objetivos do Plano de Governo é organizar as
Redes de Atenção Integral à Saúde nas 22 regiões de saúde do estado do Paraná.
“Saber não é suficiente; é preciso aplicar. Querer não é suficiente; é necessário
fazer.” Goethe
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Objetivo Geral
Esta oficina tem como objetivo geral que os participantes compreendam a modelagem de
uma rede de atenção à saúde.
Objetivo Específicos
Compreender os fundamentos sobre rede de atenção à saúde: justificativa, conceito,
objetivo, os princípios organizativos, os elementos constitutivos;
Compreender a matriz de competência dos pontos de atenção das redes de atenção à
saúde;
Compreender a competência do hospital nas redes de atenção à saúde – Materno-
infantil e Urgência e Emergência;
Programar o quantitativo de atendimentos necessários para cada ponto de atenção da
rede de atenção materno-infantil, nos respectivos territórios sanitários;
Programar o quantitativo de atendimentos necessários para os pontos de atenção da
rede de atenção à urgência e emergência, nos respectivos territórios sanitários.
Ao final do período de dispersão desta oficina, cada participante e o Colegiado de Gestão
do Plano Diretor de seu hospital deverão desenvolver os seguintes produtos:
Desenho da matriz de competência dos pontos de atenção à saúde para a rede de
atenção à saúde – Materno-infantil, em sua macrorregião de saúde;
Desenho da matriz de competência dos pontos de atenção à saúde para a rede de
atenção à Urgência e Emergência, em sua macrorregião de saúde;
Programação do quantitativo de atendimentos necessários para cada ponto da rede de
atenção à saúde – materno-infantil, na macrorregião de saúde;
Programação do quantitativo de atendimentos necessários para cada ponto da rede de
atenção à urgência e emergência, na macrorregião de saúde.
1. Objetivos
2. Produtos
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3. Programação
Esta oficina tem uma carga horária de quinze horas, a ser realizada em dois dias, e conta
com as seguintes atividades educacionais: exposições dialogadas, trabalhos em grupos,
atividades em plenário.
PROGRAMAÇÃO DAS ATIVIDADES:
PRIMEIRO DIA TEMPO ATIVIDADE TEMA
13:30 – 14:00 Abertura 14:00 – 15:00 Trabalho em grupo Avaliação dos produtos do período de
dispersão 15:00 – 16:00 Plenário Apresentação do relatório dos grupos 16:00 – 16:15 Intervalo 16:15 – 17:00 Exposição 17:00 – 18:00 Trabalho em grupo
As Redes de Atenção à Saúde
18:00 – 19:00 Intervalo 19:00 – 19:30 Plenário Relato das atividades em grupo 19:30 – 21:00 Trabalho em grupo A Rede de Atenção à Saúde Materno-
Infantil na macrorregião de Serra Nova 21:00 – 21:30 Plenário Relato das atividades em grupo
SEGUNDO DIA HORÁRIO ATIVIDADE TEMA 8:20 – 8:45 Saudação
8:45 – 10:15 Trabalho em grupo A Rede de Atenção à U/E na macrorregião de Serra Nova
10:15 – 10:45 Plenário Relato das atividades em grupo 10:45 – 11:00 Intervalo 11:00 – 12:00 Trabalho em grupo Programação do período de dispersão 12:00 – 12:30 Plenário Relato das atividades em grupo 12:30 – 13:00 Plenário Encaminhamentos
Avaliação
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4. Roteiro das Atividades 4.1 ABERTURA
Esta atividade tem como objetivos:
Saudar os participantes;
Apresentar os participantes;
Apresentar os objetivos da oficina;
Orientar quanto à programação e metodologia da oficina;
Pactuar os compromissos com os participantes.
4.2 ATIVIDADE: ESTUDO DIRIGIDO – AVALIAÇÃO DOS PRODUTOS DO PERÍODO
DE DISPERSÃO
Esta atividade tem como objetivo realizar avaliação dos produtos do período de dispersão
realizados nos hospitais.
4.2.1 TRABALHO EM GRUPOS: ORIENTAÇÃO
Dividir em grupos, preferencialmente, por macrorregião;
Eleger um coordenador e um relator para cada grupo;
Compartilhar com o grupo o desenvolvimento dos produtos em cada um dos hospitais;
Avaliar os produtos do período de dispersão;
Utilizar a Matriz 1 – Pontuação dos produtos do período de dispersão:
o Coluna 1: Listar os produtos do período de dispersão;
o Coluna 2: Inserir em cada uma das colunas o nome do hospital a ser avaliado.
Para avaliação de cada produto, pontuar:
0 = produto não desenvolvido;
10 = produto desenvolvido parcialmente
20 = produto desenvolvido integralmente
25 = produto desenvolvido integralmente com excelência
Utilizar a Matriz 2 – Avaliação dos produtos do período de dispersão:
o Coluna a: Inserir o nome do (s) hospital (is) da região;
o Coluna b: Inserir na coluna correspondente a pontuação total de cada hospital,
para tanto, utilizar a seguinte escala:
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Vermelho: total de 0 pontos;
Laranja: total de 1 a 40 pontos;
Amarelo: total de 41 a 69 pontos;
Verde: total de 70 a 90 pontos;
Azul: total de 91 a 100 pontos;
Relatar a atividade do grupo. Cada relator terá 5 minutos para apresentar o relatório do
grupo.
MATRIZ 1: AVALIAÇÃO DOS PRODUTOS DO PERÍODO DE DISPERSÃO
REGIÃO: .................. HOSPITAL (Coluna 2)
PRODUTO (Coluna 1)
NOME DO
HOSPITAL 1 ........ (Coluna
2.1)
NOME DO HOSPITAL
2 ........
(Coluna 2.2)
NOME DO HOSPITAL
3 ........
(Coluna 2.3)
NOME DO HOSPITAL
4 ........
(Coluna 2.4)
NOME DO HOSPITAL
n ........
(Coluna 2.n)
1. Identificação da região (ou macrorregião) de responsabilidade do hospital
2. Diagnóstico Regional de Saúde
3. Perfil demográfico da Região de Saúde
4. Indicadores da atenção materno-infantil e de urgência/emergência
TOTAL DE PONTOS
9
MATRIZ 2: AVALIAÇÃO DOS PRODUTOS DE DISPERSÃO
PONTUAÇÃO (Coluna b) HOSPITAL
(Coluna a) VERMELHO
0 pontos
LARANJA
1 a 40
pontos
AMARELO
41 a 69
pontos
VERDE
70 a 90
pontos
AZUL
91 a 100
pontos
4.4 ESTUDO DIRIGIDO: AS REDES DE ATENÇÃO À SAÚDE Este Estudo Dirigido irá trabalhar a compreensão dos fundamentos que dão base à construção de redes de atenção á saúde, assim como seus componentes. 4.4.1 TRABALHO EM GRUPOS: ORIENTAÇÃO Trabalho em Grupos – Estudo Dirigido 1 – Os Fundamentos da Construção e os
componentes das Redes de Atenção à Saúde
Dividir em grupos;
Eleger um coordenador e um relator;
Realizar leitura dos textos de apoio em plenário - OS FUNDAMENTOS PARA A
CONSTRUÇÃO DE REDES DE ATENÇÃO À SAÚDE NO SUS e OS COMPONENTES DAS REDES DE
ATENÇÃO À SAÚDE;
Responder as seguintes questões:
1. Na sua região, o sistema de serviços de saúde está organizado em rede de
atenção à saúde? Comente.
2. Na região, a atenção primária à saúde cumpre os seus papéis na rede de
atenção?
3. O (s) hospital (is) está organizado e dimensionado de forma a atender os
princípios do acesso, economia de escala e de escopo? Justifique.
4. Os sistemas de apoio e logísticos estão organizados e dimensionados
adequadamente? Justifique.
5. Existe um sistema de governança regional e macrorregional? Justifique.
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Apresentar o relatório do grupo em plenário. Cada relator terá 5 minutos para
apresentar o relatório.
ESTUDO DIRIGIDO 1
OS FUNDAMENTOS DA CONSTRUÇÃO E OS COMPONENTES DAS
REDES DE ATENÇÃO À SAÚDE2
As redes de atenção à saúde, como outras formas de produção econômica, podem ser organizadas em arranjos produtivos híbridos que combinam a concentração de certos serviços com a dispersão de outros. Os serviços de saúde estruturam-se por pontos de atenção à saúde, composta por equipamentos de diferentes densidades tecnológicas que devem ser distribuídos espacialmente, de forma ótima. Essa distribuição ótima vai resultar em eficiência, efetividade e qualidade dos serviços.
Economia de escala, grau de escassez de recursos e acesso aos diferentes pontos de atenção à saúde determinam, dialeticamente, a lógica fundamental da organização racional das redes de atenção à saúde.
Os serviços que devem ser ofertados de forma dispersa são aqueles que não se beneficiam de economias de escala, para os quais há recursos suficientes e em relação aos quais a distância é fator fundamental para a acessibilidade; diferentemente, os serviços que devem ser concentrados são aqueles que se beneficiam de economias de escala, para os quais os recursos são mais escassos e em relação aos quais a distância tem menor impacto sobre o acesso (Mendes, 2001).
As economias de escala ocorrem quando os custos médios de longo prazo diminuem, à medida em que aumenta o volume das atividades e os custos fixos se distribuem por um maior número dessas atividades, sendo o longo prazo um período de tempo suficiente para que todos os insumos sejam variáveis. As economias de escala são mais prováveis de ocorrer quando os custos fixos são altos relativamente aos custos variáveis de produção, o que é comum nos serviços de saúde. A teoria econômica assume que as relações entre custos médios e tamanho de certos equipamentos de saúde tendem a assumir uma forma de U. Assim, aumentos de escala implicam fontes adicionais de custos, de tal forma que além de um determinado volume crítico, os custos médios de longo prazo começam a elevar-se, configurando uma situação de deseconomia de escala. Portanto, a busca de escala é uma condição imprescindível para um sistema de saúde eficiente.
Um exame da literatura universal identificou, aproximadamente, cem estudos que mostram evidências de economias de escala em hospitais. E revelaram que as economias de escala só podem ser encontradas em hospitais de mais de 100 leitos, que o tamanho
2 MENDES, E. V. As redes de atenção à saúde. Belo Horizonte, Escola de Saúde Publica de Minas Gerais, 2009.
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ótimo dos hospitais pode estar entre 100 a 450 leitos e que as deseconomias de escala vão tornar-se importantes em hospitais de mais de 650 leitos (Aletras, Jones e Sheldon, 1997).
Outro fator importante para o desenvolvimento das redes de atenção à saúde é o grau de escassez dos recursos. Recursos muito escassos, sejam humanos, sejam físicos, devem ser concentrados; ao contrário, recursos menos escassos devem ser desconcentrados. Por exemplo, é comum concentrarem-se os médicos superespecializados e desconcentrarem-se os médicos de família que são mais numerosos.
Um dos objetivos fundamentais dos serviços de saúde é a qualidade. Os serviços de saúde têm qualidade quando são prestados em consonância com padrões ótimos pré-definidos; são submetidos a medidas de performance nos níveis de estrutura, processos e resultados; são ofertados para atender às necessidades dos usuários; implicam programas de controle de qualidade; são seguros para os profissionais de saúde e para os usuários fazem-se de forma humanizada; e satisfazem às expectativas dos usuários (Dlugacz, Restifo & Greenwood (2004).
Uma singularidade dos serviços de saúde é que parece haver uma relação estreita entre escala e qualidade, ou seja, entre quantidade e qualidade. Esta relação estaria ligada a uma crença generalizada de que serviços de saúde ofertados em maior volume são mais prováveis de apresentar melhor qualidade; nessas condições, dentre outras razões, os profissionais de saúde estariam melhor capacitados a realizar os serviços de saúde (Bunker, Luft e Enthoven, 1982). Por isso, os compradores públicos de saúde, devem analisar o tamanho dos serviços e o volume de suas operações como uma proxy de qualidade.
Na Holanda, a busca de escala e qualidade levou à regionalização e concentração de certos serviços de saúde. Por exemplo, cirurgias cardíacas abertas só podem ser realizadas em hospitais que façam, no mínimo, 600 operações anuais (Banta e Bos, 1991). No Reino Unido, bem como na maioria dos países ricos, há uma crescente concentração de hospitais, em busca de escala e qualidade (Ferguson, Sheldon e Posnett, 1997). ). No Brasil verificou-se uma associação inversa entre volume de cirurgias cardíacas e taxas de mortalidade por essas cirurgias (Noronha et alii, 2003).
Diante dessas evidências, as redes de atenção à saúde devem configurar-se em desenhos institucionais que combinem elementos de concentração e de dispersão dos diferentes pontos de atenção à saúde.
Contudo, esses fatores devem estar em equilíbrio com o critério do acesso aos
serviços. O acesso aos serviços de saúde está em função de quatro variáveis: o custo de oportunidade da utilização dos serviços de saúde; a severidade percebida da condição que gera a necessidade de busca dos serviços; a efetividade esperada dos serviços de saúde; e a distância dos serviços de saúde. Outras condições sendo iguais, quanto maior o custo de oportunidade, menor a severidade da condição, menos clara a percepção da efetividade e maior a distância, menor será o acesso aos serviços de saúde.
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Uma revisão sobre o acesso aos serviços de saúde mostrou algumas evidências (Carr-Hill, Place e Posnett, 1997): a utilização da atenção primária à saúde é sensível à distância, tanto para populações urbanas quanto rurais, sendo isso particularmente importante para serviços preventivos ou para o manejo de doenças em estágios não sintomáticos; há evidência de uma associação negativa, também para serviços de urgência e emergência; não há evidência de associação entre distância e utilização de serviços de radioterapia e de seguimento de câncer de mama; não há associação entre distância e a acessibilidade a serviços hospitalares agudos.
Portanto, o desenho de redes de atenção à saúde faz-se, sobre os territórios sanitários, combinando, de um lado, economia de escala, escassez relativa de recursos e qualidade dos serviços e, de outro, o acesso aos serviços de saúde. A situação ótima é dada pela concomitância de economias de escala e serviços de saúde de qualidade acessíveis aos cidadãos. Quando se der – como em regiões de baixa densidade demográfica -, o conflito entre escala e acesso, prevalece o critério do acesso. Assim, do ponto de vista prático, em algumas regiões estarão definidas por populações subótimas; assim, também, certos serviços operarão em deseconomias de escala porque não se pode sacrificar o direito do acesso aos serviços de saúde a critérios econômicos.
Na construção de redes de atenção à saúde devem ser observados os conceitos de integração horizontal e vertical. São conceitos que vêm da teoria econômica e que estão associados às cadeias produtivas.
A integração horizontal se dá entre unidades produtivas iguais, com o objetivo de adensar a cadeia produtiva, e dessa forma, obter ganhos de escala e, conseqüentemente, maior produtividade. É o caso das fusões de bancos ou de provedores de Internet.
A integração vertical, ao contrário, se dá entre unidades produtivas diferentes para configurar uma cadeia produtiva com maior agregação de valor. É o caso de uma empresa que começa com a mineração de ferro, depois agrega a produção de gusa, depois a produção de aço etc.
No desenvolvimento das redes de atenção à saúde os dois conceitos se aplicam.
A integração horizontal que objetiva promover o adensamento da cadeia produtiva
da saúde, se faz por dois modos principais: a fusão ou a aliança estratégica. A fusão se dá quando duas unidades produtivas, por exemplo, dois hospitais, se fundem num só, aumentando a escala pelo somatório dos leitos de cada qual e diminuindo custos, ao reduzir a um só alguns serviços administrativos anteriormente duplicados, como a unidade de gestão, a cozinha, a lavanderia etc. A aliança estratégica se faz quando, mantendo-se as duas unidades produtivas, os serviços são coordenados de modo a que cada uma se especialize numa carteira de serviços, eliminando-se a concorrência entre eles. Por exemplo, quando dois hospitais entram em acordo para que as suas carteiras de serviços não sejam concorrentes, mas complementares, de forma a que o que um faz o outro não fará. Em geral, haverá também, na aliança estratégica, ganhos de escala e maior produtividade.
A integração vertical, nas redes de atenção à saúde, se faz através de um sistema de comunicação fluido entre as diferentes unidades produtivas dessa rede. Isso significa colocar sob a mesma gestão, todos os pontos de atenção à saúde, desde a atenção
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primária à atenção terciária à saúde, e comunicá-los através de sistemas logísticos potentes.
BIBLIOGRAFIA ALETRAS,V., JONES, A & SHELDON, T.A – Economies of scale and scope. In: FERGUSON, B., SHELDON, T.A & POSNETT, J. – Concentration and choice in health care. London, Financial Times Healthcare, 1997. BANTA, H.D. & BOS, M. – The relation between quantity and quality with coronary artery bypass surgery. Health Policy, 18: 1-10, 1991. BUNKER, J.P., LUFT, H.S. & ENTHOVEN, A – Should surgery be regionalised? Surgical Clinics of North America, 62: 657-668, 1982. CARR-HILL, R., PLACE, M. & POSNETT, J. – Access and the utilization of healthcare services. In: FERGUSON, B., SHELDON, T.A & POSNETT, J. – Concentration and choice in health care. London, Financial Times Healthcare, 1997. DLUGACZ, Y.D., RESTIFO, A. & GREENWOOD, A. – The quality handbook for health care organizations: a manager´s guide to tools and programs. San Franscisco, John Wiley & Sons, 2004. FERGUSON, B., TREVOR, A S. & POSNETT,J. – Introduction. In: FERGUSON, B., TREVOR, A S. & POSNETT,J. (Editors) – Concentration and choice in healthcare. London, FT Healthcare, 1997. MENDES, E.V. – Os grandes dilemas do SUS. Salvador, Casa da Qualidade, Tomo II,2001.
MINISTÉRIO DA SAÚDE – A regionalização da saúde: versão preliminar para discussão interna. Brasília, mimeo, 2004.
NORONHA, J.C. de – Avaliação da relação entre volume de procedimentos e a qualidade do cuidado: o caso da cirurgia coronariana. Cadernos de Saúde Pública, 19: 1781-1789, 2003. WORLD HEALTH ORGANIZATION – The world health report 2000: health systems, improving performance.Geneva, WHO, 2000.
A Estrutura Operacional das Redes de Atenção à Saúde
Numa rede, conforme entende Castells (2000), o espaço dos fluxos está constituído por alguns lugares que desempenham o papel coordenador para a perfeita interação de todos os elementos integrados na rede e que são os centros de comunicação e por outros lugares onde se localizam funções estrategicamente importantes que constroem uma série de atividades em torno da função-chave da rede e que são os nós da rede.
A estrutura operacional das redes de atenção à saúde compõe-se de cinco
componentes: o centro de comunicação, a atenção primária à saúde; os pontos de atenção à saúde secundários e terciários; os sistemas de apoio (sistema de apoio
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diagnóstico e terapêutico, sistema de assistência farmacêutica e sistemas de informação em saúde); os sistemas logísticos (cartão de identificação das pessoas usuárias, prontuário clínico, sistemas de acesso regulado à atenção e sistemas de transporte em saúde); e o sistema de governança da rede de atenção à saúde. É o que se observa na figura abaixo.
RT: Rede Temática 1,2,3...n Os Pontos de Atenção à Saúde
Nas redes de atenção à saúde, o seu centro de comunicação está localizado na
atenção primária à saúde. Nas redes de atenção, contudo, não há uma hierarquização entre os distintos pontos de atenção, apenas uma diferenciação dada por suas funções de produção específicas e por suas densidades tecnológicas respectivas. Ou seja, não há hierarquia, mas poliarquia entre os pontos de atenção à saúde.
As redes de atenção à saúde se estruturam através de pontos de atenção à saúde que são os lugares institucionais onde se ofertam determinados serviços produzidos através de uma função de produção singular. São exemplos de pontos de atenção à saúde: os domicílios onde se faz atenção domiciliar terapêutica, as unidades ambulatoriais especializadas, os centros de apoio psicossocial, as residências terapêuticas, os centros de especialidades odontológicas, os centros de convivência para idosos, os centros de atenção paliativa etc. Os hospitais podem abrigar distintos pontos de atenção à saúde: o ambulatório de pronto atendimento, a unidade de cirurgia ambulatorial, o centro cirúrgico, a maternidade, a unidade de terapia intensiva, a unidade de hospital/dia entre outros.
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A atenção Primária à Saúde O centro de comunicação da rede de atenção à saúde é o nó intercambiador no
qual se coordenam os fluxos e os contra-fluxos do sistema de serviços de saúde, constituído pelo ponto de atenção primária à saúde (unidade básica de saúde/equipe do PSF). Para desempenhar seu papel de centro de comunicação da rede horizontal de um sistema de serviços de saúde, a atenção primária à saúde deve cumprir três papéis essenciais: o papel resolutivo, intrínseco à sua instrumentalidade como ponto de atenção à saúde, o de resolver a grande maioria dos problemas de saúde da população; o papel organizador, relacionado com sua natureza de centro de comunicação, o de organizar os fluxos e contra-fluxos das pessoas pelos diversos pontos de atenção à saúde; e o de responsabilização, o de co-responsabilizar-se pela saúde dos cidadãos em quaisquer ponto de atenção à saúde em que estejam.
Para isso, a atenção primária à saúde deve operar com seis atributos: o primeiro contacto, a longitudinalidade, a integralidade, a coordenação, a orientação familiar e a orientação familiar e comunitária. Os Sistemas de Apoio
Os sistemas de apoio são os lugares institucionais das redes onde se prestam serviços comuns a todos os pontos de atenção à saúde, nos campos do apoio diagnóstico e terapêutico, da assistência farmacêutica e dos sistemas de informação em saúde. O subsistema de apoio diagnóstico e terapêutico envolve, portanto, os exames de patologia clínica, os exames de imagem e os outros exames de apoio terapêutico.
O subsistema de assistência farmacêutica envolve uma organização complexa
exercitada “por um grupo de atividades relacionadas com os medicamentos, destinadas a apoiar as ações de saúde demandadas por uma comunidade” (Brasil, 1998). Engloba, portanto, intervenções relativas à programação de medicamentos, à aquisição de medicamentos, ao armazenamento dos medicamentos, à distribuição dos medicamentos, à dispensação dos medicamentos, à atenção farmacêutica, e à farmacoeconomia, bem como ações de uso racional como protocolos de medicamentos, dispensação farmacêutica, atendimento farmacêutico, conciliação de medicamentos, adesão aos tratamentos medicamentosos e farmacovigilância. Os sistemas de informação em saúde englobam diferentes bancos de dados nacionais e regionais e locais. Os sistemas logísticos
Os sistemas logísticos são soluções tecnológicas, fortemente ancoradas nas tecnologias de informação, que garantem uma organização racional dos fluxos e contra-fluxos de informações, produtos e usuários nas redes de atenção à saúde. Os principais sistemas logísticos das redes de atenção à saúde são os cartões de identificação dos usuários, as centrais de regulação, os prontuários clínicos e os sistemas de transportes sanitários. O cartão de identificação dos usuários, na proposta do sistema público brasileiro, está representado pelo Cartão SUS.
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Os sistemas de transportes sanitários envolvem o transporte de urgência e emergência, o transporte para procedimentos eletivos, o transporte das amostras para exames e o transporte dos resíduos sólidos das unidades sanitárias. Os sistemas de governança das redes
A governança da rede envolve a definição de uma institucionalidade de gestão e o uso instrumentos gerenciais. A governança da rede é, pois, diferente da gerência dos pontos de atenção à saúde (gestão hospitalar, gestão dos ambulatórios especializados etc). No SUS, a gestão da rede se fará através de mecanismos interinstitucionais; expressos nas Comissões Bipartites Regionais. Esses colegiados exercitarão a governança regional das redes de atenção à saúde através de um conjunto de instrumentos de gestão. BIBLIOGRAFIA BRASIL/MINISTÉRIO DA SAÚDE – Política Nacional de Medicamentos. Portaria n° 3.196 de 30 de outubro de 1998 do Gabinete do Ministro da Saúde. Brasília, 1998. CASTELLS, M. – A sociedade em rede. São Paulo, Paz e Terra, Volume I, 4ª ed., 2000. CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA – Resolução n° 1638, 2002. SECRETARIA DE ESTADO DE SAÚDE DE MINAS GERAIS – SUS Fácil MG, Central de Regulação. Belo Horizonte, Superintendência de Regulação, 2006.
Aula interativa: Os Fundamentos e os componentes das Redes de Atenção à Saúde Esta atividade tem o objetivo geral de trabalhar a compreensão dos fundamentos que dão base à construção de redes de atenção à saúde e os seus componentes.
4.5 ESTUDO DIRIGIDO: A ORGANIZAÇÃO DA REDE MATERNO-
INFANTIL NA REGIÃO DE SERRA NOVA
Esta atividade tem como objetivo que os participantes compreendam a matriz de pontos de atenção e as matrizes para o dimensionamento da rede de atenção materno-infantil.
4.5.1 TRABALHO EM GRUPO: ORIENTAÇÃO Retornar aos grupos; Eleger um coordenador e um relator para cada grupo; Ler e o Caso: A Organização da Rede Materno-Infantil na macrorregião de Serra
Nova; Dimensionar a necessidade de atendimentos para a Rede de Atenção Materno-
Infantil para a macrorregião de Serra Nova;
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Preencher as Matrizes C, D, E e F; Analisar os dados das Matrizes C, D, E e F;
Relatar a atividade do grupo. Cada relator terá 5 minutos para apresentar o relatório
do grupo.
4.5.2 CASO: A ORGANIZAÇÃO DA REDE DE ATENÇÃO MATERNA E INFANTIL NA MACRORREGIÃO DE SERRA NOVA
A macrorregião de Serra Nova é composta por 100 municípios, distribuídos em 5 regiões de saúde, que totalizam uma população de 1.000.000 habitantes. Dos problemas de saúde enfrentados pelos municípios, o de maior relevância é o expressivo número de mortes infantis. O coeficiente de mortalidade infantil da macrorregião vem decrescendo nos últimos anos, conforme demonstra a Tabela 1, mas ainda é maior que a média do estado, que totalizou 14,5 mortes em menores de 01 ano em 1.000 nascidos vivos, no último ano.
TABELA 1: SÉRIE HISTÓRICA DO COEFICIENTE DE MORTALIDADE
INFANTIL NA MACRORREGIÃO DE SERRA NOVA – 2005 A 2010
ANO COEFICIENTE DE MORTALIDADE INFANTIL:
Número de óbitos infantis/1.000 nascidos vivos
2005 18,8
2006 18
2007 17,6
2008 16,9
2009 16,5
2010 15,6
Fonte, SIM e SINASC
O Comitê de Mortalidade Infantil avaliou que a mortalidade infantil na macrorregião apresentou cerca de 70% de mortes evitáveis. Nos anos de 2005 a 2010, as principais causas por foram: Afecções originadas no período neonatal: 62,5% dos óbitos; Mal formações congênitas: 15,6%; Mal definidas: 5,8%; Doenças do aparelho respiratório: 4,8%; Doenças infecciosas e parasitárias: 4,6%; Demais causas: 6,7%.
18
As afecções do período perinatal ocorreram em decorrência de patologias na gestação, tais como: doença hipertensiva da gestação, infecções urinárias, vaginoses, entre outras. Estas patologias são sensíveis a atenção primária à saúde. Entretanto, 50% destas gestantes com estas patologias tiveram menos de 4 consultas de pré-natal, enquanto o protocolo clínico padronizado pela Secretaria de Estado da Saúde preconizava no mínimo 7 consultas. Destas gestantes: 30% eram adolescentes, 25% gestantes com mais de 40 anos, 35% analfabetas. Ao demandar cuidados durante o trabalho de parto, as gestantes tiveram dificuldade de acesso às maternidades. Nas maternidades, a dificuldade alegada era a falta de leitos de UTI adulto e UTI neonatal para prestar o atendimento necessário. A macrorregião dispunha de central de regulação de leitos, mas operava com grande dificuldade, uma vez que não tinha informações sobre os leitos disponíveis em tempo real. Outro problema relatado pelos profissionais da central de regulação era a falta de classificação de risco das gestantes, dificultando a localização da maternidade adequada para melhor atender as necessidades das mesmas. Estes inúmeros problemas mobilizaram os gestores de saúde - municipais e estadual – para o enfrentamento da mortalidade infantil de forma conjunta Como estratégia de enfrentamento, os gestores optaram por organizar a rede de atenção à saúde materno-infantil na macrorregião.
A rede de atenção à saúde materno-infantil
A modelagem da rede de atenção à saúde materno-infantil estabelece no âmbito de cada território – macrorregional, regional e municipal – os pontos de atenção necessários para prestar atendimento e a competência de cada ponto, conforme demonstra a Matriz A.
MATRIZ A: A COMPETÊNCIA DOS PONTOS DE ATENÇÃO DA REDE DE ATENÇÃO Á SAÚDE MATERNO-INFANTIL
TERRITÓRIO
PONTO DE ATENÇÃO
COMPETÊNCIA DO PONTO DE ATENÇÃO
MUNICÍPIO MICRO-ÁREA
Domicílio Visita domiciliar: Cadastrar as famílias da micro-área Realizar visita domiciliar para a família - pelo ACS ou demais
membros da equipe de saúde Identificar precocemente as gestantes, puérperas e crianças
para acompanhamento pela equipe de saúde Realizar visita de acompanhamento das gestantes,
puérperas e crianças da micro-área Atendimento domiciliar: Realizar atendimento domiciliar (avaliação, execução de
procedimentos, tratamento supervisionado, etc) das gestantes, puérperas e crianças da micro-área por profissionais da equipe de saúde
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MUNICÍPIO ÁREA DE
ABRANGÊNCIA DA UBS
Unidades básicas de
saúde
Pré-natal e puerpério: Identificar e inscrever as gestantes residentes no território,
no pré-natal, preferencialmente no primeiro trimestre de gravidez
Realizar as consultas de pré-natal, conforme o protocolo Solicitar os exames laboratoriais, conforme o protocolo Imunizar as gestantes, conforme o protocolo Classificar as gestantes por grau de risco, conforme o
protocolo Encaminhar as gestantes de alto risco para o centro de
referência regional, conforme o protocolo Efetivar o plano de cuidados das gestantes de alto risco Vincular as gestantes às maternidades de referência de
acordo com o grau de risco Realizar visitas domiciliares para as gestantes Realizar atividades educativas para a gestante e familiares Realizar consulta puerperal, conforme protocolo Puericultura: Realizar visita domiciliar para os RN residentes no território Inscrever os RN na puericultura Realizar as consultas para as crianças menores de 1 ano,
conforme o protocolo Imunizar as crianças menores de 1 ano, conforme o
protocolo Classificar as crianças menores de 1 ano por grau de risco,
conforme o protocolo Encaminhar as crianças menores de 1 ano de alto risco para
o centro de referência regional, conforme o protocolo Efetivar o plano de cuidado de cada criança menor de 1 ano
de alto risco Realizar visitas domiciliares para as crianças menores de 1
ano Realizar atividades educativas para os familiares
20
Centro de referência regional
Interconsulta para pré-natal e puerpério de alto risco: Realizar as interconsultas de pré-natal de alto risco,
conforme o protocolo Solicitar os exames laboratoriais para a gestante de alto
risco, conforme o protocolo Realizar atividades educativas para a gestante de alto
risco e familiares Realizar plano de cuidado para cada gestante de alto
risco; Compartilhar com as equipes da atenção primária à
saúde os planos de cuidados Realizar consulta puerperal para puérperas de alto risco,
conforme protocolo Interconsulta para crianças de alto risco: Realizar as interconsultas para as crianças menores de 1
ano de alto risco, conforme o protocolo Realizar plano de cuidado para cada criança de alto
risco; Compartilhar com as equipes da atenção primária à
saúde os planos de cuidados Realizar atividades educativas para os familiares
REGIÃO
Hospital/ Maternidade regional
Internação – gestantes de risco habitual Realizar internamentos para as gestantes de risco
habitual que apresentarem intercorrências clínicas e/ou obstétricas
Parto – gestantes risco habitual: Realizar parto para as gestantes de risco habitual Internação – crianças de baixo risco Realizar internamentos para as crianças que
apresentarem intercorrências clínicas Hospital/
Maternidade
macrorregional
Internação – gestantes alto risco Realizar internação para as gestantes de alto risco que
apresentarem intercorrências clínicas e obstétricas Parto – gestantes alto risco: Realizar parto para as gestantes de alto risco Internação – crianças de alto risco Realizar internação para as crianças de alto risco que
apresentarem intercorrências clínicas
MACRORREGIÃO
Casa da gestante
Atendimento às gestantes de alto risco: Realizar o monitoramento das gestantes de alto risco que
necessitam de observação e medidas de apoio clínica e social
A planilha de programação para a macrorregião
A planilha de programação discrimina os resultados esperados, as principais atividades a serem operacionalizadas e os parâmetros para dimensionar a necessidade de atendimento nos pontos de atenção, conforme demonstram as Matrizes a seguir:
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MATRIZ B: PLANILHA DE PROGRAMAÇÃO MATERNA RESULTADO ESPERADO ATIVIDADE PARÂMETRO DIMENSIONAMENTO DE
NECESSIDADE/ ANO Inscrever as gestantes no pré-natal das unidades de saúde do município
- 1,7% da população total dos municípios são gestantes no período de 1 ano - 100% das gestantes inscritas no pré-natal das unidades de saúde, preferencialmente, no primeiro trimestre de gestação.
Realizar consultas de pré-natal e puerpério para as mulheres nas unidades de saúde do município
100% das mulheres com no mínimo 7 consultas nas unidades de saúde do município, sendo: - 1 consulta no primeiro trimestre de gestação - 2 consultas no segundo trimestre de gestação - 3 consultas no terceiro trimestre de gestação - 1 consulta no puerpério
Cobertura de 100% das gestantes no pré-natal dos municípios
Realizar exames laboratoriais para as gestantes, com coleta no município
- 100% das gestantes com exames laboratoriais solicitados na inscrição do pré-natal: Hemograma, grupo sanguíneo e fator RhD, Coombs indireto se necessário, glicemia de jejum (1ª consulta e 3º trimestre ), toxoplasmose IgG e IgM, colpocitologia oncótica, teste anti-HIV1 e HIV2 (após aconselhamento e consentimento), Sorologia para Hepatite C (anti-HCV) VDRL e urina de rotina (1º, 2º e 3º trimestres) Curva Glicêmica - TTGO (24ª semana) Hepatite – HbsAg e anti HBc. Repetir na 30ª semana; Ecografia obstétrica
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Acompanhamento de 100% das gestantes de alto risco no centro de referência regional
Realizar interconsultas de pré-natal para as gestantes de alto risco no centro de referência regional
- 15% das gestantes são de alto risco - 100% das gestantes alto risco
com no mínimo 5 consultas de pré-natal no ambulatório de gestação de risco regional
- + 2 ecografia - 1 cardiotocografia
Atendimento de 100% das gestantes de risco que necessitarem de monitoramento na casa da gestante
Realizar monitoramento das gestantes de alto risco que necessitem de observação na casa da gestante
- 15% das gestantes são de risco e destas (20%) poderão necessitar de atendimento, na casa da gestante, por um período médio de 10 dias
Garantia do parto para 100% das gestantes de risco habitual na maternidade de referência regional
Realizar parto para as gestantes de risco habitual na maternidade de referência regional
- 85% das gestantes são de risco habitual - 100% das gestantes de risco habitual com garantia do parto na maternidade de referência regional
Garantia do parto para 100% das gestantes de risco na maternidade de referência para risco
Realizar parto para as gestantes de alto risco na maternidade de referência para risco macrorregional
- 15% das gestantes são de alto risco - 100% das gestantes de alto risco com garantia do parto na maternidade de referência para risco
Cobertura de 100% das puérperas com consulta puerperal nos municípios
Realizar consultas puerperal para as puérperas nas unidades de saúde do município
100% das puérperas com no mínimo 1 consulta puerperal nas unidades de saúde do município, no período até 40 dias após o parto
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MATRIZ C: PLANILHA DE PROGRAMAÇÃO INFANTIL RESULTADO ESPERADO ATIVIDADE PARÂMETRO DIMENSIONAMENTO DE
NECESSIDADE/ ANO Cobertura de 100% dos recém-nascidos nas ações de puericultura nos municípios
Inscrever os RN nas ações de puericultura no município
Cálculo do número de RN = número total de gestantes - 10% (possíveis abortos) = total de RN no município no ano Dados do SINASC
Realizar consultas de puericultura para crianças menores de 1 ano no município
100% das para crianças menores de 1 ano com no mínimo 7 consultas de puericultura nas unidades de saúde do município, sendo: Mínimo de 03 consultas no 1º
trimestre; Mínimo de 02 consultas no 2º
trimestre; Mínimo de 01 consulta no 3º
trimestre; Mínimo de 01 consulta no 4º
trimestre.
Cobertura de 100% dos menores de 1 ano nas ações de puericultura nos municípios
Proceder a imunização conforme o preconizado no Protocolo
No mínimo 95% das crianças inscritas imunizadas
Acompanhamento de 100% das crianças menores de 1 ano de alto risco no centro de referência regional
Realizar interconsultas para as crianças menores de 1 ano de alto risco no centro de referência regional
15% das crianças menores de 1 ano 100% das crianças menores de 1
ano alto risco com no mínimo 5 interconsultas no centro de referência regional
Efetivação do comitê de mortalidade infantil nos
Investigar as mortes infantis do município
100% das mortes infantis identificadas e investigadas pelas unidades de saúde no
24
municípios município Fonte: Linha-guia da SESA, 2011 (no prelo)
MATRIZ D: DIMENSIONAMENTO DA NECESSIDADE DE LETOS DA MATERNIDADE REGIONAL DIMENSIONAMENTO – PARTOS
Partos/ano Partos/mês Partos/dia Normal Cesárea Normal Cesárea Normal Cesárea
DIMENSIONAMENTO – LEITOS DE ALOJAMENTO CONJUNTO Número de internações/dia Tempo de permanência (dias) Necessidade de leitos de alojamento conjunto
2 dias
MATRIZ E: DIMENSIONAMENTO DE LEITOD NA MATERNIDADE MACRORREGIONAL DIMENSIONAMENTO – PARTOS
Partos/ano Partos/mês Partos/dia Normal Cesárea Normal Cesárea Normal Cesárea
DIMENSIONAMENTO – LEITOS DE ALOJAMENTO CONJUNTO Número de internamentos/dia Tempo de permanência (dias) Necessidade de leitos de alojamento conjunto
5 dias DIMENSIONAMENTO – LEITOS DE UTI ADULTO
Número de puérperas que necessitam de UTI (15% das gestantes de risco, destas 10 a
15% necessitarão UTI)
Tempo de permanência (dias) 3 dias
Necessidade de leitos de UTI
DIMENSIONAMENTO – LEITOS DE UTI NEONATAL
Necessidade de leitos de UTI*
Intermediário Alto risco Necessidade de
leitos de UTI* Intermediário
Alto risco
*A Sociedade Brasileira de Pediatria recomenda 1 a 2 leitos para cada mil nascidos vivos, sendo 1/3 de UTI neonatal e 2/3 de Unidade de Cuidados Intermediários.
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5. ROTEIRO DAS ATIVIDADES: SEGUNDO DIA
5.1 SAUDAÇÃO Esta atividade tem como objetivos: Saudar os participantes; Pactuar os compromissos com os participantes.
5.2 ATIVIDADE: ESTUDO DIRIGIDO – A ORGANIZAÇÃO DA REDE DE ATENÇÃO À
URGÊNCIA E EMERGÊNCIA NA MACRORREGIÃO DE SERRA NOVA Esta atividade tem como objetivo que os participantes compreendam a matriz de pontos de atenção e as matrizes para a programação da rede de atenção à urgência e emergência. 5.2.1 TRABALHO EM GRUPO: ORIENTAÇÃO Retornar aos grupos; Eleger um coordenador e um relator para cada grupo; Ler e o Caso: A Organização da Rede de Atenção à Urgência e Emergência na
macrorregião de Serra Nova; Dimensionar a necessidade de atendimentos para a Rede de Atenção à Urgência e
Emergência na macrorregião de Serra Nova; Preencher as Matrizes F, G, H; Analisar os dados das Matrizes F, G, H; Relatar a atividade do grupo. Cada relator terá 5 minutos para apresentar o relatório do
grupo. 5.2.2 CASO: A ORGANIZAÇÃO DA REDE DE ATENÇÃO À URGÊNCIA E
EMERGÊNCIA NA MACRORREGIÃO DE SERRA NOVA O atendimento nos serviços de urgência e emergência foi outro grande problema identificado na macrorregião de Serra Nova. Enormes filas nas unidades de pronto-antedimentos (UPA) – 2 UPA tipo II e 2 UPA tipo III – e nos 6 hospitais, conforme demonstra a tabela a seguir:
Tabela: Serviços de urgência e emergência na Macrorregião de Serra Nova - 2010
Municípios
sede de
População
da Região
Unidade de Pronto-
atendimento
Hospital com Pronto-
socorro
26
sede de
Regiões de
Saúde
da Região
de Saúde
Número e
tipo de
UPA
Número de
atendimentos/dia
Número
de PS
Número de
atendimento
s/dia
Serra 400.000 2 UPA III 1000 2 PS 500
Floresta 300.000 1 UPA II 500 1 PS 300
Lagoa 110.000 1 UPA II 300 1 PS 200
Ribeirão 100.000 - - 1 PS 400
Morro Alto 90.000 - - 1 PS 300
Total 1.000.000 4 1.800 6 1700
Fonte: DATASUS, 2010.
Os gerentes das UPA e os diretores dos P.S alegavam que grande parte dos cidadãos que demandavam estes serviços apresentavam problemas de saúde de baixa gravidade que deveriam ser resolvidos nas unidades básicas de saúde. Os cidadãos reclamavam da dificuldade de atendimento e da baixa resolubidade das unidades básicas de saúde - UBS. Na macrorregião, as consultas básicas no ano totalizaram 1.980.000. Os profissionais das UBS reclamavam pela falta de exames de apoio diagnóstico e de medicamentos para atendimento dos casos de urgência. Os profissionais da central de regulação apontavam a falta de um protocolo para classificação de risco para priorização dos casos de maior gravidade. Apontavam também da falta da cobertura do SAMU em toda a macrorregião, pois este serviço só era prestado no município de Serra. Estes problemas motivaram a Secretaria Estadual e as Secretarias Municipais de Saúde da macrorregião de Serra Nova a organizar a rede de atenção à urgência e emergência. Como estratégia para a organização desta rede, os gestores optaram pela implantação de um protocolo de classificação de risco em todos os pontos de atenção dos níveis primário, secundário e terciário. O protocolo de classificação de risco estabeleceu o atendimento de todos os casos, com priorização dos casos de maior risco. A sua implantação exigiu a qualificação de todas as equipes para identificar necessidades e prioridades do cidadão e para avaliação correta dos sinais e sintomas estabelecidos no protocolo. Dentre as estratégias implementadas para melhorar o atendimento nas portas de entrada de urgência e emergência, destacaram-se:
Organização dos processos de trabalho nos pontos de atenção à urgência e emergência;
Estruturação adequada dos espaços físicos nos serviços; Esclarecimento à comunidade sobre a forma de atendimento nas urgências e
emergências.
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Pactuação com os Conselhos de Saúde, Colegiados de Gestão, Ministério Público, os compromissos para a implantação da Classificação de Risco nos sérvios de urgência e emergência.
Os resultados esperados:
diminuição do risco de mortes evitáveis, extinção da triagem por porteiro ou funcionário não qualificado, priorização de acordo com critérios clínicos e não por ordem de chegada, obrigatoriedade de encaminhamento responsável, com garantia de acesso à rede
de atenção, aumento da eficácia do atendimento, redução do tempo de espera, detecção de casos que provavelmente se agravarão se o atendimento for
postergado, aumento da satisfação dos profissionais e cidadãos, com melhoria das relações
interpessoais, padronização de dados para estudo e planejamento de ações.
A normalização estabelecida previu que: o cidadão que chegar ao ponto de atenção (Pronto Socorro, Pronto Atendimento, Hospital Regional, Hospital Macrorregional, ou Unidade Básica de Saúde), seria atendido prontamente pela Equipe. Os casos de emergência seriam priorizados. A identificação da gravidade seria feita por marca colorida no Boletim de Emergência. Pessoas em situação de urgência seriam conduzidas à Sala de Classificação de Risco. A Equipe de Classificação receberia o cidadão, fariam avaliação breve da situação, e a classificariam em prioridades usando protocolo padronizado. Registrariam a avaliação e encaminharia o cidadão ao local de atendimento e monitoraria o tempo resposta. A CLASSIFICAÇÃO DE RISCO A Classificação de Risco adotada é um processo dinâmico de identificação dos cidadãos que necessitam de tratamento imediato, de acordo com o potencial de risco, agravos à saúde ou grau de sofrimento. O Protocolo para Classificação de Risco categoriza os casos por prioridades - 1, 2, 3, 4 e 5 associadas um sistema de cor – vermelho, laranja, amarelo, verde e azul.
DETERMINANTES GERAIS Comprometimento vias aéreas Respiração inadequada Hemorragia exangüinante Choque Convulsionando Criança irresponsiva
VERMELHO
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Dor intensa Hemorragia maior incontrolável Alteração da consciência Criança febril Esfriamento Dor moderada
LARANJA
Hemorragia menor incontrolável História de inconsciência Adulto febril
AMARELO
Dor leve recente Febre baixa Problema recente
VERDE
AZUL PRIORIDADE 1 - VERMELHO:
O cidadão classificado como vermelho necessita de ressuscitação imediata.
Deve ser categorizado como caso de emergência absoluta.
O cidadão está em ameaça à vida ou iminência de rápida deteriorização e requer
intervenção agressiva e imediata, com prioridade absoluta;
A avaliação e o tratamento são simultâneos e imediatos;
O transporte deve ser realizado prioritariamente pelo SAMU.
O ponto de atenção com competência para o atendimento destes cidadãos é o
pronto-socorro e o acesso deve ser garantido de forma imediata. O atendimento
inicial, entretanto é da responsabilidade do serviço onde o cidadão se apresentar.
PRIORIDADE 2 - LARANJA:
O cidadão classificado como laranja deve ser categorizado como caso de
emergência;
São cidadãos com risco potencial de perder a vida ou função de membro.
A avaliação e o tratamento geralmente são simultâneos. Este atendimento é
prioridade e os primeiros cuidados são imediatos (no máximo em 10 minutos);
O transporte deve ser realizado prioritariamente pelo SAMU.
29
O ponto de atenção com competência para o atendimento destes cidadãos é o
pronto-socorro e o acesso deve ser imediato.
O atendimento inicial também é da responsabilidade do serviço onde o cidadão se
apresentar.
PRIORIDADE 3 - AMARELO:
São condições que potencialmente poderiam progredir para agravos importantes;
A situação/queixa pode estar associada a intenso desconforto ou estar afetando as
atividades da vida diária.
Deve ser categorizado como caso de Urgência Maior.
Este atendimento é prioridade;
O transporte sanitário deve ser acionado.
O ponto de atenção com competência para o atendimento destes cidadãos é o
pronto-atendimento e o acesso deve ser imediato
O atendimento inicial é da responsabilidade do serviço onde o cidadão se
apresentar.
PRIORIDADE 4 - VERDE:
O cidadão classificado com prioridade verde caracterizado como Urgência Menor e
precisa de priorização de atendimento na Atenção Primária à Saúde (Unidade
Básica, PSF).
São situações associadas à idade do cidadão, desconforto ou possíveis
complicações que seriam atenuadas com atendimento mais precoce.
Este atendimento ou consulta deve ser priorizada para o mesmo turno, após os
primeiros cuidados e medidas necessárias nos casos de emergência e de
urgência.
O ponto de atenção com competência para o atendimento destes cidadãos é a
APS (UBS, PSF).
PRIORIDADE 5 - AZUL:
O cidadão classificado com prioridade 5 é caracterizado como caso eletivo, não
urgente.
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Este atendimento ou consulta pode ser agendada ou realizada de imediato, caso
haja disponibilidade.
O ponto de atenção com competência para o atendimento destes cidadãos é a
APS (UBS, PSF).
PROTOCOLO DE CALSSIFICAÇÃO DE RISCO
COR CLASSIFICAÇÃO TEMPO PARA
ATENDIMENTO
VERMELHO Emergência 0 minutos
LARANJA Muito urgente 10 minutos
AMARELO Urgente 60 minutos
VERDE Pouco urgente 120 minutos
AZUL Não urgente 240 minutos
A partir do Protocolo foi desenhada a matriz de competência dos pontos de atenção para a rede de atenção à urgência e emergência. Esta matriz foi validada em oficinas regionais e pactuada nas CIBs macrorregionais.
31
MATRIZ DE PONTOS DE ATENÇÃO DA REDE DE ATENÇÃO À U/E:
Descrição das competências indicadas para cada situação:
CÓDIGO COMPETÊNCIA DESCRIÇÃO
1° atendimento Medidas para manutenção da vida. Ex. entubação orotraqueal, linha de acesso venoso, glicose hipertônica, entre outros
Estabilização 1° atendimento seguido de tratamento inicial. Ex. sutura, cristalóide, ventilação mecânica, hemotransfusão.
VERMELHO
Atendimento Completa abordagem propedêutica e terapêutica.
NÍVEL DE ATENÇÃO
PONTO DE ATENÇÃO
COMPETÊNCIA DO PONTO DE ATENÇÃO
TERRITÓRIO SANITÁRIO
CallCenter
Classificar o risco; orientar; ativar a ambulância. Município
Domicílio Identificar sinais de alerta; adotar atitudes de prevenção; acionar o 192 Município
PRIM
ÁR
IA
Unidade Básica de Saúde/PSF
1º atendimento para vermelho, laranja e amarelo
Atendimento para verde e azul Município
Pronto-Atendimento
1º atendimento para vermelho e laranja Atendimento para amarelo e verde
Município acima de 200.000
habitantes
Hospital regional com UTI
1º atendimento para vermelho e laranja Atendimento para vermelho e laranja
de acordo com os protocolos Atendimento para amarelo e verde Atendimento referenciado segundo
protocolo
Região
SEC
UN
DÁ
RIA
SAMU SIATE
Atendimento a vermelho, laranja e amarelo Região
SAMU SIATE Atendimento a vermelho e laranja Macrorregião
TER
CIÁ
RIA
Hospital Macrorregional
Atendimento a vermelho, laranja e amarelo Macrorregião
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1° atendimento Medidas para sofrimento intenso ou para evitar rápida deterioração. Ex. linha de acesso venoso, sintomáticos, cristalóide, sutura.
Estabilização 1° atendimento seguido de tratamento inicial Ex. estreptoquinase.
LARANJA
Atendimento Completa abordagem propedêutica e terapêutica.
1° atendimento Medidas para sofrimento ou para evitar deterioração. Ex. linha de acesso venoso, sintomáticos, cristalóide, sutura.
Atendimento Completa abordagem propedêutica e terapêutica. AMARELO
Encaminhamento Conforme e se pactuado.
Atendimento Propedêutica e terapêutica. VERDE
Encaminhamento Conforme e se pactuado.
Atendimento Propedêutica e terapêutica. AZUL
Encaminhamento Conforme e se pactuado.
A programação da rede de atenção à urgência e emergência:
A matriz a seguir apresenta a parametrização para quantificar o número de consultas médicas por habitante no ano, utilizada para dimensionar a necessidade de consultas na macrorregião
MATRIZ F – A PROGRAMAÇÃO PARA A REDE DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA –
QUANTITATIVO DE CONSULTAS/ANO INDICADOR PARÂMETRO NECESSIDADE/ANO NECESSIDADE/DIA
Total de consultas médicas por habitante
no ano
2 a 3 consultas médicas por hab./ano
Nº consultas médicas básicas por habitante /
ano
63% do total de consultas médicas são de consultas
básicas
Nº consultas médicas especializadas por habitante no ano
22% do total de consultas médicas são de consultas
especializadas
Nº consultas médicas de urgência por habitante no ano
12% do total de consultas médicas são consultas de urgência
(clínicas)
33
Nº consultas médicas de urgência pré-
hospitalar por trauma por habitante / ano
3% do total de consultas médicas são de urgência
pré-hospitalar por trauma
Fonte: Portaria 1101/GM/2002 Na matriz anterior, calculou-se o quantitativo de consultas médicas de urgência (12%) e pré-hospitalar por trauma (3%) por habitante no ano. Estas corresponderam a 15% do total de consultas médicas por habitante no ano. No entanto, na macrorregião observou-se que o número de consultas médicas demandadas para os serviços de urgência, totalizaram o dobro, ou seja, 30%. Ao aplicar o Protocolo de Classificação de Risco, conforme a matriz a seguir, obteve-se a seguinte estratificação:
MATRIZ G – A PROGRAMAÇÃO PARA A REDE DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA –
QUANTITATIVO DE ATENDIMENTOS DE ACORDO COM AS PRIORIDADES SEGUNDO PROTOCOLO DE CLASSIFICAÇÃO DE RISCO
INDICADOR PARÂMETRO NECESSIDADE/ANO NECESSIDADE/DIA Vermelho:
Vermelho:
Laranja:
Laranja:
Amarelo:
Amarelo:
Verde:
Verde:
Azul:
Azul:
Nº consultas médicas de
urgência nos serviços de
urgência (2 x (12% do total de
consultas médicas são de urgência +
3% do total de consultas são de
urgência pré-hospitalar por
trauma)
30% do total de consultas médicas
demandam serviços de urgência. Destas:
0,5 a 1% vermelho: 5 a 10% laranja: 40% amarelo: 35% verde:
14 a 19.5% azul:
Total:
Total:
Fonte: Protocolo de Manchester, 2009
MATRIZ –PARAMETRIZAÇÃO PARA
ATENDIMENTOS EM UNIDADE DE PRONTO-ATENDIMENTOS
UPA POPULAÇÃO DA ÁREA DE ABRANGÊNCIA DA UPA
ÁREA FÍSICA MINÍMA
NÚMERO DE ATENDIMENTOS MÉDICOS EM 24 HORAS
NÚMERO MÍNIMO DE MÉDICOS POR PLANTÃO
NÚMERO MÍNIMO DE LEITOS DE OBSERVAÇÃO
PORTE I 50.000 a 100.000 habitantes
700 m² até 150 pacientes 2 médicos 7 leitos
PORTE II 100.001 a 200.000 habitantes
1.000 m² até 300 pacientes 4 médicos 11 leitos
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PORTE III 200.001 a 300.000 habitantes
1.300 m² até 450 pacientes 6 médicos 15 leitos
Fonte: Portaria no- 1.601, de 7 de julho de 2011
A partir da matriz contendo a parametrização do protocolo de classificação de risco e da
parametrização para Unidade de Pronto-Atendimento é possível redimensionar o quantitativo de
UPA para a macrorregião.
MATRIZ H: REDIMENSIONAMENTO DOS SERVIÇOS DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA
NA MACRORREGIÃO DE SERRA NOVA - 2010
Unidade de Pronto-
atendimento
Hospital com Pronto-
socorro
Municípios
sede de
Regiões de
Saúde
População
da Região
de Saúde Número e
tipo de
UPA
Número de
atendimentos/dia
Número
de PS
Número de
atendimento
s/dia
Serra 400.000
Floresta 300.000
Lagoa 110.000
Ribeirão 100.000
Morro Alto 90.000
Total 1.000.000
Fonte: DATASUS, 2010.
5.3 ATIVIDADE: PROGRAMAÇÃO DAS ATIVIDADES DO PERÍODO DE DISPERSÃO
Esta atividade tem como objetivo geral programar as atividades do período de dispersão, para realizar as seguintes ações: Compartilhar o conteúdo desta oficina com o Colegiado Gestor do PDH; Desenvolver os produtos propostos para esta oficina; Enviar os produtos para a Coordenação do Curso de Gestão Hospitalar; Enviar os produtos para a Regional de Saúde; Apresentar os produtos na próxima oficina.
35
5.3.1 PRODUTOS DO TRABALHO DE DISPERSÃO: Para o desenvolvimento dos produtos, utilizar os instrumentos padronizados neste guia de estudo que encontram-se em anexo: Desenho da matriz de competência dos pontos de atenção à saúde para a rede de
atenção à saúde – Materno-infantil, em sua macrorregião de saúde; Desenho da matriz de competência dos pontos de atenção à saúde para a rede de
atenção à Urgência e Emergência, em sua macrorregião de saúde; Programação do quantitativo de atendimentos necessários para cada ponto da rede de
atenção à saúde – Materno-infantil, nos níveis primário, secundário e terciário, na macrorregião de saúde do hospital;
Programação do quantitativo de atendimentos necessários para cada ponto da rede de atenção à urgência e emergência, nos níveis primário, secundário e terciário, na macrorregião de saúde do hospital.
5.3.2 PRAZO Compartilhamento do conteúdo da oficina com o Colegiado Gestor do
PDH:___/____/____ Desenvolvimento dos produtos propostos para esta oficina: ___/____/____ Envio dos produtos para a Coordenação do Curso de Gestão Hospitalar:
___/____/____ Envio dos produtos para a Regional de Saúde: ___/____/____ Apresentação dos produtos na próxima oficina: ___/____/____ 5.3.3 PLANO DE TRABALHO DO PERÍODO DE DISPERSÃO: Considerando os objetivos e produtos definidos acima, elaborar a Programação para o Período de Dispersão, definindo para cada um dos produtos as atividades a serem realizadas e os responsáveis, prazos e recursos necessários para a sua realização. Utilizar a matriz a seguir.
PROGRAMAÇÃO DO PERÍODO DE DISPERSÃO
ATIVIDADES PRAZO RESPONSÁVEL RECURSO
36
5.3.4 PRÓXIMA OFICINA: Tema: ............; Data: ..... / .../ 2011 (Curitiba); ...../..../ de 2011 (Londrina).
5.4 A AVALIAÇÃO DA OFICINA Esta atividade tem como objetivo avaliar se os objetivos da oficina foram alcançados. ANEXOS:
A matriz a seguir traz a parametrização para o dimensionamento de unidades para o atendimento
ao grande trauma e trauma de média gravidade.
MATRIZ – A PROGRAMAÇÃO PARA A REDE DE U&E TRAUMA INDICADOR PARÂMETRO POPULAÇÃO NÚMERO DE UNIDADES DE
TRAUMA NECESSÁRIAS Unidade de Trauma Altamente Especializado em Hospital Macroregional
01 para cada 1 a 1.5 milhões habitantes
Unidade de Trauma em Hospital Regional
01 para cada 1 a 2 Unidade de Trauma Altamente
Especializado
Fonte: Resources for Optimal Care of the Injured Patient, 2006; Committee on Trauma, American College of Surgeons, 2006; Chiara, 2009 A matriz a seguir apresenta parâmetros relacionados ao atendimento ao Infarto Agudo do Miocárdio.
MATRIZ – PARAMETRIZAÇÃO – IAM com supra STs
INDICADOR PARÂMETRO FONTE SITUAÇÃO ATUAL Angioplastia 1ª – Tempo
porta - balão < 90 min ACC/AHA
2004
Trombolítico – Tempo porta - agulha
< 30 min J Am Coll Cardiol 2006
Serviços de Hemodinâmica
200 a 400 angioplastias / ano
Medical Care. 1995
> 400 exames eletivos / ano > 36 angioplastias por IAM c/ supra STs / ano
Bloco de cirurgia cardíaca no mesmo prédio
Serviços de Hemodinâmica
Demanda (popul. mínima): 100 000 hab > 20 anos
SBC
> 75 exames eletivos / ano Hemodinamicista > 11 angioplastias por IAM c/ supra STs / ano
SBC
Nome do aluno ou aluna ____________________________________________________________________ Hospital _______________________________________________________________________________________________________________
Trabalho de dispersão da Oficina Redes de Atenção á Saúde
MATRIZES PARA O TRABALHO DO PERÍODO DE DISPERSÃO
MATRIZ 1: A COMPETÊNCIA DOS PONTOS DE ATENÇÃO DA REDE DE ATENÇÃO Á SAÚDE MATERNO-INFANTIL NA MACRORREGIÃO
TERRITÓRIO
PONTO DE ATENÇÃO
COMPETÊNCIA DO PONTO DE ATENÇÃO Analisar a existência e o cumprimento da competência destes pontos de atenção na macroregião
MUNICÍPIO MICRO-ÁREA
Domicílio Visita domiciliar: Cadastrar as famílias da micro-área Realizar visita domiciliar para a família - pelo ACS ou
demais membros da equipe de saúde Identificar precocemente as gestantes, puérperas e crianças
para acompanhamento pela equipe de saúde Realizar visita de acompanhamento das gestantes, puérperas
e crianças da micro-área Atendimento domiciliar: Realizar atendimento domiciliar (avaliação, execução de
procedimentos, tratamento supervisionado, etc) das gestantes, puérperas e crianças da micro-área por profissionais da equipe de saúde
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MUNICÍPIO ÁREA DE
ABRANGÊNCIA DA UBS
Unidades básicas de
saúde
Pré-natal e puerpério: Identificar e inscrever as gestantes residentes no
território, no pré-natal, preferencialmente no primeiro trimestre de gravidez
Realizar as consultas de pré-natal, conforme o protocolo Solicitar os exames laboratoriais, conforme o protocolo Imunizar as gestantes, conforme o protocolo Classificar as gestantes por grau de risco, conforme o
protocolo Encaminhar as gestantes de alto risco para o centro de
referência regional, conforme o protocolo Efetivar o plano de cuidados das gestantes de alto risco Vincular as gestantes às maternidades de referência de
acordo com o grau de risco Realizar visitas domiciliares para as gestantes Realizar atividades educativas para a gestante e
familiares Realizar consulta puerperal, conforme protocolo Puericultura: Realizar visita domiciliar para os RN residentes no
território Inscrever os RN na puericultura Realizar as consultas para as crianças menores de 1 ano,
conforme o protocolo Imunizar as crianças menores de 1 ano, conforme o
protocolo Classificar as crianças menores de 1 ano por grau de
risco, conforme o protocolo Encaminhar as crianças menores de 1 ano de alto risco
para o centro de referência regional, conforme o protocolo
Efetivar o plano de cuidado de cada criança menor de 1 ano de alto risco
Realizar visitas domiciliares para as crianças menores de 1 ano
Realizar atividades educativas para os familiares
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Centro de referência regional
Interconsulta para pré-natal e puerpério de alto risco: Realizar as interconsultas de pré-natal de alto risco,
conforme o protocolo Solicitar os exames laboratoriais para a gestante de
alto risco, conforme o protocolo Realizar atividades educativas para a gestante de
alto risco e familiares Realizar plano de cuidado para cada gestante de
alto risco; Compartilhar com as equipes da atenção primária à
saúde os planos de cuidados Realizar consulta puerperal para puérperas de alto
risco, conforme protocolo Interconsulta para crianças de alto risco: Realizar as interconsultas para as crianças menores
de 1 ano de alto risco, conforme o protocolo Realizar plano de cuidado para cada criança de alto
risco; Compartilhar com as equipes da atenção primária à
saúde os planos de cuidados Realizar atividades educativas para os familiares
REGIÃO
Hospital/ Maternidade
regional
Internação – gestantes de risco habitual Realizar internamentos para as gestantes de risco
habitual que apresentarem intercorrências clínicas e/ou obstétricas
Parto – gestantes risco habitual: Realizar parto para as gestantes de risco habitual Internação – crianças de baixo risco Realizar internamentos para as crianças que
apresentarem intercorrências clínicas
Hospital/ Maternidade macrorregion
al
Internação – gestantes alto risco Realizar internação para as gestantes de alto risco
que apresentarem intercorrências clínicas e obstétricas Parto – gestantes alto risco: Realizar parto para as gestantes de alto risco Internação – crianças de alto risco Realizar internação para as crianças de alto risco que
apresentarem intercorrências clínicas
MACRORREGIÃO
Casa da gestante
Atendimento às gestantes de alto risco: Realizar o monitoramento das gestantes de alto risco
que necessitam de observação e medidas de apoio clínica e social
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Hospital/ Maternidade macrorregion
al
Internação – gestantes alto risco Realizar internação para as gestantes de alto risco
que apresentarem intercorrências clínicas e obstétricas Parto – gestantes alto risco: Realizar parto para as gestantes de alto risco Internação – crianças de alto risco Realizar internação para as crianças de alto risco que
apresentarem intercorrências clínicas
MACRORREGIÃO
Casa da gestante
Atendimento às gestantes de alto risco: Realizar o monitoramento das gestantes de alto risco
que necessitam de observação e medidas de apoio clínica e social
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MATRIZ 2: PROGRAMAÇÃO MATERNA PARA A MACRORREGIÃO
RESULTADO ESPERADO ATIVIDADE PARÂMETRO DIMENSIONAMENTO DE NECESSIDADE/ ANO
Inscrever as gestantes no pré-natal das unidades de saúde do município
- 1,7% da população total dos municípios são gestantes no período de 1 ano - 100% das gestantes inscritas no pré-natal das unidades de saúde, preferencialmente, no primeiro trimestre de gestação.
Realizar consultas de pré-natal e puerpério para as mulheres nas unidades de saúde do município
100% das mulheres com no mínimo 7 consultas nas unidades de saúde do município, sendo: - 1 consulta no primeiro trimestre de gestação - 2 consultas no segundo trimestre de gestação - 3 consultas no terceiro trimestre de gestação - 1 consulta no puerpério
Cobertura de 100% das gestantes no pré-natal dos municípios
Realizar exames laboratoriais para as gestantes, com coleta no município
- 100% das gestantes com exames laboratoriais solicitados na inscrição do pré-natal: Hemograma, grupo sanguíneo e fator RhD, Coombs indireto se necessário, glicemia de jejum (1ª Consulta e repetir no 3º trimestre), toxoplasmose IgG e IgM, colpocitologia oncótica, teste anti-HIV1 e HIV2 (após aconselhamento e consentimento), Sorologia para Hepatite C (anti-HCV) VDRL e urina de rotina (1º, 2º e 3º trimestres) Curva Glicêmica - TTGO (24ª semana) Hepatite – HbsAg e anti HBc. Repetir na 30ª semana; Ecografia obstétrica
Acompanhamento de 100% das gestantes de alto risco no centro de referência regional
Realizar interconsultas de pré-natal para as gestantes de alto risco no centro de referência regional
- 15% das gestantes são de alto risco - 100% das gestantes alto risco com no mínimo 5 consultas de pré-natal no ambulatório de gestação de risco regional + 1 ecografia cardiotocografia
Atendimento de 100% das Realizar monitoramento das - 15% das gestantes são de risco e destas (20%) poderão
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gestantes de risco que necessitarem de monitoramento na casa da gestante
gestantes de alto risco que necessitem de observação na casa da gestante
necessitar de atendimento, na casa da gestante, por um período médio de 10 dias
Garantia do parto para 100% das gestantes de risco habitual na maternidade de referência regional
Realizar parto para as gestantes de risco habitual na maternidade de referência regional
- 85% das gestantes são de risco habitual - 100% das gestantes de risco habitual com garantia do parto na maternidade de referência regional
Garantia do parto para 100% das gestantes de risco na maternidade de referência para risco
Realizar parto para as gestantes de alto risco na maternidade de referência para risco macrorregional
- 15% das gestantes são de alto risco - 100% das gestantes de alto risco com garantia do parto na maternidade de referência para risco
Cobertura de 100% das puérperas com consulta puerperal nos municípios
Realizar consultas puerperal para as puéperas nas unidades de saúde do município
100% das puéperas com no mínimo 1 consulta puerperal nas unidades de saúde do município, no período até 40 dias após o parto
MATRIZ 3: PROGRAMAÇÃO INFANTIL PARA A MACRORREGIÃO RESULTADO ESPERADO ATIVIDADE PARÂMETRO DIMENSIONAMENTO DE
NECESSIDADE/ ANO Cobertura de 100% dos recém-nascidos nas ações de puericultura nos municípios
Inscrever os RN nas ações de puericultura no município
Cálculo do número de RN = número total de gestantes - 10% (possíveis abortos) = total de RN no município no ano Dados do SINASC
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Realizar consultas de puericultura para crianças menores de 1 ano no município
100% das para crianças menores de 1 ano com no mínimo 7 consultas de puericultura nas unidades de saúde do município, sendo: Mínimo de 03 consultas no 1º
trimestre; Mínimo de 02 consultas no 2º
trimestre; Mínimo de 01 consulta no 3º trimestre; Mínimo de 01 consulta no 4º trimestre.
Cobertura de 100% dos menores de 1 ano nas ações de puericultura nos municípios
Proceder a imunização conforme o preconizado no Protocolo
No mínimo 95% das crianças inscritas imunizadas
Acompanhamento de 100% das crianças menores de 1 ano de alto risco no centro de referência regional
Realizar interconsultas para as crianças menores de 1 ano de alto risco no centro de referência regional
15% das crianças menores de 1 ano 100% das crianças menores de 1 ano
alto risco com no mínimo 5 interconsultas no centro de referência regional
Efetivação do comitê de mortalidade infantil nos municípios
Investigar as mortes infantis do município
100% das mortes infantis identificadas e investigadas pelas unidades de saúde no município
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MATRIZ 4: PROGRAMAÇÃO DA NECESSIDADE DE LETOS DA (S) MATERNIDADE (S) REGIONAL (S) DIMENSIONAMENTO – PARTOS
Partos/ano Partos/mês Partos/dia Normal Cesárea Normal Cesárea Normal Cesárea
DIMENSIONAMENTO – LEITOS DE ALOJAMENTO CONJUNTO Número de internações/dia Tempo de permanência (dias) Necessidade de leitos de alojamento conjunto
2 dias
MATRIZ 5: PROGRAMAÇÃO DE LEITOD NA MATERNIDADE MACRORREGIONAL DIMENSIONAMENTO – PARTOS
Partos/ano Partos/mês Partos/dia Normal Cesárea Normal Cesárea Normal Cesárea
DIMENSIONAMENTO – LEITOS DE ALOJAMENTO CONJUNTO Número de internamentos/dia Tempo de permanência (dias) Necessidade de leitos de alojamento conjunto
4 a 5 dias DIMENSIONAMENTO – LEITOS DE UTI ADULTO
Número de puérperas que necessitam de UTI (10% das gestantes de risco)
Tempo de permanência (dias) Necessidade de leitos de UTI
3 a 4 dias DIMENSIONAMENTO – LEITOS DE UTI NEONATAL
Necessidade de leitos de UTI*
Intermediário Alto risco Necessidade de leitos
de UTI* Intermediário
Alto risco
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MATRIZ 6 – A PROGRAMAÇÃO PARA A REDE DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA – QUANTITATIVO DE CONSULTAS/ANO NA MACRORREGIÃO
INDICADOR PARÂMETRO NECESSIDADE/ANO NECESSIDADE/DIA Total de consultas médicas por
habitante no ano 2 a 3 consultas médicas por hab./ano
Nº consultas médicas básicas por habitante / ano
63% do total de consultas médicas são de consultas básicas
Nº consultas médicas especializadas por habitante no ano
22% do total de consultas médicas são de consultas especializadas
Nº consultas médicas de urgência por habitante no ano
12% do total de consultas médicas são consultas de urgência
(clínicas)
Nº consultas médicas de urgência pré-hospitalar por trauma
por habitante / ano
3% do total de consultas médicas são de urgência pré-hospitalar por
trauma
Fonte: Portaria 1101/GM/2002
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MATRIZ 7: DIMENSIONAMENTO DOS SERVIÇOS DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA NA MACRORREGIÃO ................
Unidade de Pronto-
atendimento
Hospital com Pronto-socorro Municípios sede de
Regiões de Saúde
População da
Região de
Saúde Número e
tipo de UPA
Número de
atendimentos
/dia
Número de PS Número de
atendimentos/dia