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08/07/2013
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ASPECTOS ESTEREOQUÍMICOS NA SÍNTESE DE FÁRMACOS
SELETIVIDADE EM SÍNTESE ORGÂNICA
QUIMIOSSELETIVIDADE
REGIOSSELETIVIDADE
ESTEREOSSELETIVIDADE
SELETIVIDADE EM SÍNTESE ORGÂNICA
QUIMIOSSELETIVIDADE REGIOSSELETIVIDADE
SELETIVIDADE EM SÍNTESE ORGÂNICA
OH
OHOH
OCH3
O
OH
Cl
OH
OOH
OCH3
O
OH
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ESTEREOSSELETIVIDADE
SELETIVIDADE EM SÍNTESE ORGÂNICA RELEMBRANDO...
ESTEREOQUÍMICA
RELEMBRANDO... RELEMBRANDO...
NOMENCLATURA R,S
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3
RELEMBRANDO...
NOMENCLATURA R,S
OH OH
O
NH
CF3
O
NH
CF3
RELEMBRANDO...
NOMENCLATURA R,S
OH
N
triexifenidil (Artane®): mistura racêmica
Eutômero do triexifenidil: N
OH
(RS)-1-cyclohexyl-1-phenyl-3-(1-piperidyl)propan-1-ol
RELEMBRANDO...
NOMENCLATURA R,S
(2R,3S)-2-bromo-3-clorobutano
(2S,3R)-2-bromo-3-clorobutano
(2R,3R)-2-bromo-3-clorobutano
(2S,3S)-2-bromo-3-clorobutano
No máximo de isômeros possíveis: 2n
onde n = no de carbonos assimétricos
RELEMBRANDO...
NOMENCLATURA R,S
No máximo de isômeros possíveis: 2n
onde n = no de carbonos assimétricos
composto meso
enatiômeros
composto meso
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RELEMBRANDO...
NOMENCLATURA R,S
IMPORTÂNCIA DA ESTEREOQUÍMICA NA AÇÃO DE FÁRMACOS
IMPORTÂNCIA DA ESTEREOQUÍMICA NA AÇÃO DE FÁRMACOS
SEDATIVO DE BOA EFICIÊNCIA CAUSADOR DE DEFORMAÇÕES FETAIS
IMPORTÂNCIA DA ESTEREOQUÍMICA NA AÇÃO DE FÁRMACOS
Vantagens do uso de enantiômeros puros:
- Eliminação de efeitos indesejáveis relacionados a um dos enantiômeros - O paciente é submetido a uma dose menor, portanto é reduzido o sobrecarregamento metabólico/renal/hepático - Diminuição da interação medicamentosa - Mais fácil monitoramento da eficácia e toxicidade - Bioinversão
“CHIRAL SWITCH”
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DEXIBUPROFENO
Eutômero: S-(+)-IBUPROFENO
- O distômero R é praticamente inativo.
- Significativa bioinversão do distômero R para o eutômero S (~60%). - A administração do eutômero S isolado proporcionou melhora significativa em relação ao racemato para artrite reumatoide.
- Eutômero S isolado leva efeitos adversos reduzidos.
BIOINVERSÃO DO (R)-IBUPROFENO PARA (S)-IBUPROFENO Obs: A forma S não sofre bioinversão
DEXCETOPROFENO
Eutômero: S-(+)-CETOPROFENO
- O distômero R é praticamente inativo.
- Pequena bioinversão do distômero R para o eutômero S (~10%).
- Dose reduzida em comparação com o racemato.
- Potencial para a ulceração gástrica reduzida
ESOMEPRAZOL
Eutômero: S-(+)-OMEPRAZOL
- Despertou imensa controvérsia quanto a sua eficácia melhorada em relação à mistura racêmica (acusações de “evergreening”).
- Tanto o isômero R quanto o S transformam-se no mesmo metabólito ativo.
- Vantagens apontadas pela detentora da patente: diminuição do metabolismo de primeira passagem, diminuição do “clearence” renal, redução das variações intrapacientes.
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ESCITALOPRAM
Eutômero: S-(+)-CITALOPRAM
- Também despertou imensa controvérsia quanto a sua eficácia melhorada em relação à mistura racêmica (acusações de “evergreening”).
- Vantagens apontadas pela detentora da patente: diminuição da dose (de 40 mg para 10 mg).
LEVOCETIRIZINA
Eutômero: R-(-)-CETIRIZINA
- Devido ao isômero S ser inativo, 2,5 mg do R equivale a 5,0 mg do racemato.
EXEMPLOS DE FÁRMACOS ORIGINALMENTE ENANTIOPUROS
Etambutol:
(S,S)-2-[2-(1-hidroxibutan-2-ilamino) etilamino]butan-1-ol
(+)-(S)-2-(6-metoxinaftalen-2-il)propanoic acido propanóico
Naproxeno:
FÁRMACOS ORIGINALMENTE ENANTIOPUROS
Paroxetina:
(3S,4R)-3-[(2H-1,3-benzodioxol-5-iloxi)metil]-4-(4-fluorofenil)piperidina
(1S,4S)-4-(3,4-diclorofenil)-N-metil-1,2,3,4-tetrahydronaftaleno-1-amino
Sertralina:
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SÍNTESE ASSIMÉTRICA
Substâncias enantiopuras podem ser obtidas por :
(a) Resolução quiral.
(b) Síntese assimétrica
Métodos que proporcionam a separação de uma mistura de enantiômeros
Síntese que inclui etapas que introduz(em) centro(s) quiral(ais) na molécula alvo, enquanto os dois enantiômeros (ou diastereoisômeros) são produzidos em quantidades desiguais.
Resolução quiral entre o (S)-amlodipino e o (R)-amlodipino com auxílio do (R,R) ácido tartárico
(a) Resolução quiral: - Podem envolver derivatizações: transformação de enatiômeros em diasteroisômeros.
- Uso de aditivos (agente de resolução) para posterior utilização de cristalização
- Cromatografia Quiral.
(b) Síntese Assimétrica: Ferramentas utilizadas na síntese assimétrica: - Utilização do “pool” quiral
- Utilização de auxiliares quirais
- Utilização de catálise assimétrica
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“Pool” quiral: corresponde aos materiais iniciais obtidos de fontes naturais, sendo que os mesmos já apresentam-se enantiomericamente puros. Ex: aminoácidos, carboidratos.
D-glucose
Síntese do captopril
L-prolina
Auxiliares quirais: São grupos introduzidos durante a síntese para influenciar na geração de um novo centro quiral (a partir de grupamento proquiral). Estes grupos são posteriormente removidos a fim de se obter o composto desejado.
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Catálise assimétrica: Utilização de catalisadores que participam do mecanismo de reação, influenciando em seu percurso, ocasionando a formação preferencial de um dos estereoisômeros possíveis.
O
NaBH4
OH
+
OH
50% 50%
Reações estereoespecíficas: são aquelas em que a estereoquímica do produto é definida pelo mecanismo geral da reação, não havendo formas de alterar o resultado. Ex: reações do tipo SN2
(R)-2-bromopentano (S)-2-pentanol
Terminologia:
Terminologia:
Reações estereoespecíficas:
Ativação de alcoóis: ester sulfonato X haleto de alquila
Qual é a estereoquímica esperada?
Terminologia:
Reações estereoseletivas: são aquelas em que um dos estereoisômeros é formado preferencialmente em relação a outro.
Reação diasterosseletiva:
Reação enantiosseletiva:
Catálise assimétrica
O grupo quiral presente no reagente influencia na proporçao entre produtos possíveis
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Reações diasterosseletivas:
Modelo de Felkin-Anh:
Reações diasterosseletivas:
Reações diasterosseletivas:
Controle por quelação:
Reações enantiosseletivas: catálise assimétrica
Redução assimétrica com CBS:
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Reações enantiosseletivas: catálise assimétrica
Redução assimétrica com CBS: Mecanismo
EXEMPLOS DE SÍNTESE ENANTIOSSELETIVA DA FLUOXETINA
Cloroformato de etila
DETERMINAÇÃO DA COMPOSIÇÃO ENANTIOMÉRICA
Determinação da pureza enantiomérica:
Ferramentas analíticas: - Polarimetria
- Cromatografia quiral analítica
- Ressonância Magnética Nuclear de Hidrogênio (RMN de 1H)
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- Polarimetria Determinação da rotação óptica específica de: - solução contendo a mistura de enantiômeros (amostra) - solução contendo um dos enantiômeros (padrão)
[α] = rotação óptica específica T = temperatura em oC = comprimento de onda α = rotação óptica observada l = comprimeto da cubeta c = concentração em g/L
- Polarimetria
Pureza óptica =
Rotação óptica específica da mistura
Rotação óptica específica do enantiômero puro
Ex:
[α] = + 23,1
Mistura de isômeros
[α] = + 9,2
Pureza óptica =
Rotação óptica específica da mistura
Rotação óptica específica do enantiômero puro
Excesso enantiômérico (ee) Significa que:
40% ee: 40% do enantiômero S + 60% de mistura racêmica
40%
ou
70% do enântiômero S e 30% do enantiomero R
- Cromatografia quiral
Integração das áreas dos picos cromatográfico correspondentes aos enatiômeros
O
OH
NH2
O
OH
NH2
(S)-fenilalanina (R)-fenilalanina
(R)-fenilalanina = 4,14 mg/mL
(S)-fenilalanina = 13, 85 mg/mL
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13
77% 23%
- Cromatografia quiral
Integração das áreas dos picos cromatográfico correspondentes aos enatiômeros
O
OH
NH2
O
OH
NH2
(S) - fenilalanina (R) - fenilalanina
Com as percentagens:
ou ee% = S% – R%
- Ressonância Magnética Nuclear de Hidrogênio (RMN de 1H)
Integração das áreas de sinais correspondentes a deslocamentos químicos particulares de cada enatiômero.
N
HNH
N
HNH
(R)-(+)-Desbromoarborescidina
(S)-()-Desbromoarborescidina
racemato produto de reação estereosseletiva
Considerando que não foi realizado qualquer procedimento de resolução quiral durante a síntese delineada acima, calcule os rendimentos globais para (R)-fluoxetina.HCl, (S)-fluoxetina.HCl e (R,S)-fluoxetina.HCl.
90%, 93%ee