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1 CVM CENTRO DE ESTUDOS VICTOR MEYER Projeto: Recuperação do acervo da ORM – Política Operária ASPECTOS PRÁTICOS DO TRABALHO OPERÁRIO Documento da ORM - PO, publicado em: julho de 1967 Documento digitalizado em: 20.05.2009 Fonte: Acervo Victor Meyer

Aspectos Práticos Do Trabalho Operário

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Documento da ORM - PO, publicado em: julho de 1967Documento digitalizado em: 20.05.2009Fonte: Acervo Victor Meyer

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    CVM CENTRO DE ESTUDOS VICTOR MEYER

    Projeto: Recuperao do acervo da ORM Poltica Operria

    ASPECTOS PRTICOS DO TRABALHO OPERRIO

    Documento da ORM - PO, publicado em: julho de 1967

    Documento digitalizado em: 20.05.2009

    Fonte: Acervo Victor Meyer

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    ASPECTOS PRTICOS DO TRABALHO OPERRIO1

    1. O problema que a O. enfrenta presentemente em primeiro lugar est ligado aos aspectos prticos do trabalho na classe operaria. Concretamente, o mtodo de aproximao de nossos militantes s lideranas locais ou aos operrios de fbrica. Trata-se alem disso de fazer com que, onde j exista, esse gnero de atividade d rendimentos polticos e organizatrios. Um primeiro balano j permite localizar nossas falhas, que coexistem principalmente numa falta de preparao dos nossos quadros, falta de orientao fornecida pelos rgos dirigentes, falta de conhecimentos e de sistema de trabalho. Acreditamos que se impe um debate sistemtico desses problemas, em todos os nveis da O. para vencer essas dificuldades. Acreditamos tambm que as principais dificuldades, que agora se fazem sentir, tm a sua origem em ns mesmos. por ai que temos de comear.

    Em primeiro lugar, os nossos quadros no dispem de muitos conhecimentos reais sobre o modo de vida e os problemas do proletariado. Desconhecem tanto as questes internas de uma fbrica como as de um sindicato, as legislaes do trabalho, as de previdncia social, como as reivindicaes espontneas e latentes dos operrios. Isso dificulta tanto o dilogo quanto uma agitao produtiva, que tm de se desenrolar em torno de problemas concretos de classe. Essa falha inevitvel no inicio, mas pode ser superada em relativamente pouco tempo, na medida em que se estabeleam os primeiros contatos sistemticos com o movimento operrio existente e se os condiciona a um estudo sistemtico dos assuntos. H, entretanto, outros pontos fracos na formao de nossos quadros que tem de ser levados em conta.

    A segunda falha fundamental consiste, a nosso ver, no desconhecimento que os nossos militantes tm da luta operria no passado e em outros lugares, isto , da experincia comunista, do armamento terico de um revolucionrio na sociedade burguesa, que torna o militante capaz de orientar a luta poltica da classe operria. Esta parte do conhecimento de um comunista ns no podemos adquirir da prtica com os operrios. Trata-se justamente da nossa contribuio, como militantes polticos, luta da classe operaria. E a existncia dessa lacuna na formao poltica causa, de um lado, da insegurana dos nossos quadros ao enfrentarem problemas prticos da luta de classes e de outro lado, de uma falta de dinamismo e de agressividade que emperra seriamente as atividades da 0. - e no s no meio operrio.

    Em terceiro lugar, a premissa para uma atividade revolucionria conseqente no meio do proletariado a denncia impiedosa das contradies existentes na sociedade burguesa, a argumentao anticapitalista. S se pode transmitir, todavia, o que se tem e a maioria dos nossos militantes, que vem do ME e do ambiente da classe mdia no dispe de uma argumentao anticapitalista suficiente para estabelecer um terreno comum com o operrio de fbrica. Os nossos quadros, que em sua maioria apreende o marxismo como teoria sociolgica ainda se contenta mais em interpretar a sociedade do que em querer mud-la (em parte porque uma atividade mais conseqente implica numa mudana do prprio modo de vida). A fora de argumentao anticapitalista de um revolucionrio, entretanto, o resultado da sua atitude crtica, frente s instituies e convenes existentes, da sua prpria hostilidade a sociedade burguesa. Os nossos militantes freqentemente no esto vontade para pregar o dio de classe, simplesmente porque no o sentem, porque o seu modo de vida no os faz sentir ainda toda a agudeza das contradies de classe existentes no pas.

    Alm disso, as tradies da poltica estudantil dificultam traduzir essa crtica e hostilidade na medida em que existem em militncia.

    2. S superaremos essa fraqueza fundamental da O. (e que no s nossa, trata-se de uma herana da esquerda em geral) se enfrentarmos o problema da educao poltica dos

    1 Escrito por rico Sachs. Divulgado como documento interno da ORM-PO, assinado pelo seu Comit Nacional.

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    nossos militantes de um ngulo diferente, isto , na medida em que formos capazes, de fato, de dar-lhes uma formao comunista. Uma formao comunista uma formao poltica assimilada intelectualmente. Isso, porm, no quer dizer formao intelectual, no sentido burgus e que desliga a teoria da prtica. O comunista adquire a teoria para p-la em pratica e no pode haver contradio entre os dois aspectos de uma atividade: a de transformao da sociedade. Teoria o conhecimento sistemtico do terreno de luta. A aquisio desse conhecimento sistematizado torna elementos vindos das classes mdias aptos a dar uma contribuio luta do proletariado. Torna-os aptos a militar, a participar de uma vanguarda. Isso, todavia, no esgota o assunto da unidade da teoria e da prtica para um revolucionrio. Outro aspecto da questo o seu modo de vida. Certamente no somos uma seita de reformadores, que prescreve aos militantes como deve viver amar ou se reproduzir. Como comunistas podemos, porm, exigir dos nossos militantes que rompam com os modos de vida que os impedem de militar e de ter existncia revolucionria.

    Se de um lado, no podemos levar a srio um comunista que freqenta Universidade, mas se contenta em mal saber que houve uma Comuna de Paris, nunca tentou estudar as experincias da Revoluo Russa e se sabe alguma coisa a mais sobre a cubana ou a chinesa por fontes de jornalismo burgus, to pouco podemos aceitar o revolucionrio dos "nunca aos domingos", que separe a sua militncia a uma ou duas noites por semana de vida ou de carreira burguesa, ou pequeno-burguesa; essa espcie de militante fica geralmente muito surpreendido quando ouve dizer que comunista no casa no religioso, no vai igreja, nem na missa de um amigo, e evita apelar para a polcia para prender um ladro por mais pobre que ele seja.

    No vamos, todavia fazer os militantes de base de bodes expiatrios. A direo e as direes intermedirias da O. tem plena responsabilidade pela seleo e formao de quadros. Toda funo de direo implica automaticamente numa responsabilidade pela formao e o nvel dos quadros. A O. um exrcito em miniatura, que se formou para entrar numa luta; e toda liderana responsvel pela capacidade de luta da tropa, seu treino, seu armamento. Tem de velar peia formao das suas unidades, acompanh-la de perto para saber qual o terreno de luta em que j podem combater. Essa responsabilidade vem de cima para baixo, dos dirigentes para os quadros mdios; dos intermedirios para as bases e cada base tem de se sentir responsvel pelos recm-recrutados.

    Esses problemas so prprios de uma O. composta por quadros vindos da classe mdia, que enfrentam o terreno novo de penetrao orgnica na classe operria. Refletem o estado precrio do amadurecimento da esquerda revolucionria no pas. Como comunistas no temos outra alternativa do que enfrent-lo e super-lo. Enfrent-lo s podemos no trabalho prtico. E os superaremos na medida em que formarmos quadros operrios integrados na O. Isso no eliminar os problemas, mas os colocar num nvel diferente.

    3. A tarefa mais importante se resume, portanto, na formao de quadros operrios que exeram uma liderana local na classe operria, ou absorver lideranas locais j constitudas, onde houver perspectiva de torn-las revolucionrias. Isso no trabalho de laboratrio. As lideranas s se formam durante e no decorrer de lutas e temos, pois, que nelas participar, procurando orient-las.

    O critrio para uma aproximao de nossos militantes aos operrios, grupos de operrios ou entidades operrias, no deve ser determinado pelo simples angulo do recrutamento individual para a O. Tal imdiatismo no d os resultados desejados e corta as possibilidades de exercer uma influncia maior sobre a classe.

    Estamos procurando atualmente o caminho para a fbrica, o centro da aglomerao do proletariado, onde a classe se concentra forosamente e onde tem de fato sua vida social. Isso significa que devemos nos empenhar pela criao de organizaes nas fbricas, mesmo quando os operrios ainda no aceitem nossas posies. O importante que o proletariado comece a se movimentar localmente, parcialmente. Sem lutas parciais e locais no haver uma conscientizao do proletariado, no se cria o ambiente necessrio para o surgimento de novas lideranas, no se dar a seleo natural, indispensvel formao de quadros polticos operrios, que possam ser interligados na militncia de uma O.

    Temos de levar em conta que o operrio, pela sua educao, seu modo de vida e seu

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    trabalho, no parte da teoria como primeiro passo para chegar a uma prtica revolucionria. Nisto fundamentalmente diferente do estudante, do elemento que vem da classe mdia. O operrio parte da experincia, que o prepara para raciocnios tericos - revolucionrios (isso se aplica mesmo a alguns operrios do PCB com os quais mantemos contatos). Por isso, o primeiro passo na aproximao da classe operria e para a formao de militantes operrios da O., normalmente no a literatura terica, no so os cursos. Isso s pode ser vlido para uma pequena minoria do proletariado, j em condies de escolher uma alternativa em termos de luta poltica e, mesmo neste caso, as nossas formulaes tericas tm de ser ligadas de maneira palpvel a situao concreta do proletariado. 0 curso terico no pode ser uma condio para a militncia de um operrio dentro da 0. Temos de aprender a colocar as nossas posies fundamentais de maneira militante e numa literatura apropriada, em funo da atividade diria. .

    4. O primeiro passo para uma atividade no meio operrio tomar a deixa criada por uma luta latente, que existe independentemente de ns. Trata-se de reivindicaes concretas, que s vezes encontramos j formuladas, mas, na maioria das vezes, temos de formular para os operrios e com os operrios, como ponto de partida para um trabalho de conscientizao. As palavras de ordem no esto sendo "boladas", para substituir o trabalho revolucionrio no meio das massas, o qual, antes de tomar as formas de manifestaes de ruas, greves gerais e levantes armados, consiste numa atividade prosaica persistente e sistemtica de dia a dia.

    No basta querer responder a todos os problemas levantados durante uma luta latente entre operrio e patro com frmulas como Comit de Empresa. No se pode colher sem ter semeado. O Comit de Empresa no representa nenhuma frmula mgica para a organizao e a mobilizao da classe, que so o nosso objetivo fundamental. O Comit representa um estgio do conflito de classes em que os operrios se organizam no lugar de trabalho, criam rgos mais ou menos permanentes para combater os efeitos da explorao capitalista. Mas essa forma de organizao tem de ser motivada, isto , a formao dos Comits tem de ser ligada s reivindicaes concretas que mobilizam os operrios da Empresa. Uma vez institudo, os comits podem eleger delegaes para fora das fbricas, as quais podem se tornar instrumentos de luta de classe contra a explorao capitalista em si, isto , rgos de luta poltica do proletariado. Mas tanto num como noutro, os Comits so resultados de inmeras lutas locais e parciais em torno de reivindicaes das massas.

    Ns no devemos esperar passivamente o surgimento dessas reivindicaes. Temos de foment-las e defini-las. O instrumento mais apropriado no atual momento a denncia, a literatura de denncias; trata-se de comear a levantar na fbrica a denncia das condies de trabalho, das relaes entre operrio e chefe, operrio e patro, das injustias sociais, das condies de habitao e transporte, para chegar denncia do sistema social de domnio de classe. Temos de denunciar o no cumprimento das leis em vigor, para mostrar o carter de classe do sistema legislativo.

    So as denncias de acontecimentos de rotina que permitem deixar nu o carter da sociedade e do estado, que permitem apelar solidariedade de classe do proletariado, para fomentar a sua conscincia de classe.

    Na maioria dos casos no diremos nada de novo aos operrios, no que diz respeito aos fatos, que eles conhecem e inclusive fornecem para esse gnero de literatura. O segredo da denncia tirar o acontecimento da rotina, do habitual, do fatalismo, focalizando-o de perto. Cada denncia um efeito de distanciamento, como diria Brecht. Trazido ao foco toma novas propores, faz a massa raciocinar a respeito, cria uma expectativa de soluo e de luta. O acumulo de denncias, s vezes, uma gota que faz transbordar o barril - e no sempre a gota maior que desencadeia a inundao.

    Considerando a atual situao da classe operria e das vanguardas, a denncia torna-se uma atividade indispensvel na penetrao da classe operria. E a esta atividade temos de dedicar todas as nossas energias. Tambm neste campo no podemos agir sozinhos. Precisamos de "ps" nas fbricas, operrios que nos forneam dados exatos sobre as condies de trabalho, de pagamento, os materiais de conflitos existentes: precisamos desses mesmos operrios para colocar a literatura na fbrica; esse gnero de literatura se

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    dirige principalmente a determinados operrios, que so "afetados pelos acontecimentos denunciados. No uma literatura de agitao geral, mas de "casa". Por isso, suas tiragens no precisam ser muito grandes. Devem ser reguladas pelos nmeros de empregados em determinadas empresas ou setores, onde interessa circular.

    Em troca, os operrios que fornecem os dados e que distribuem os impressos, em grande parte se tornaro a espinha dorsal de uma O. operria dentro da fbrica.

    5. Um dos obstculos naturais e nada desprezveis que encontramos j nesta primeira fase de aproximao ao proletariado das fbricas a natural desconfiana dos operrios com relao a elementos que vem de fora do seu ambiente. Depende de ns vencermos esta barreira, mas isso s se far na medida em que mostrarmos que temos algo a dar para eles; partindo da premissa de que o trabalho operrio exige ainda maior seriedade que as atividades estudantis, em termos de compromisso e de pontualidade (mesmo quando os operrios falharem neste sentido), ainda se impe que possamos de fato dar solues a problemas que os preocupam. Para que haja continuidade nos contatos em que um operrio est disposto a estabelecer contato conosco, ele espera que estejamos em condies de ajud-lo, seja em forma de aulas de portugus, na redao de um folheto, na interpretao de uma lei, ou na anlise das perspectivas de luta no pais; isso depender de seu nvel e de suas preocupaes imdiatas. Qualquer um desses casos pode servir para dar inicio a uma colaborao e integrao revolucionria. Se no temos respostas prontas para todas as perguntas que podem surgir, no ser nenhum desastre se a trouxermos no prximo encontro. Mas ai ter de ser dada uma resposta objetiva e certa. Os operrios comearo a confiar em ns quando se convencerem no s da seriedade dos nossos objetivos, mas tambm do nosso trato dirio em relao a eles.

    De pouca ajuda so as tentativas de aproximao populista, das quais o obreirismo do passado uma variante, que consistia em querer imitar o modo de falar e de se vestir do operrio. Tornam-se contraproducentes geralmente por no convencerem. Tal como Stanislaw, o operrio entende palavro, mas no aprecia pornografia diletante. Tais recursos so desnecessrios porque o estabelecimento de vnculos mais estreitos entre um operrio e um estudante, por exemplo, se d em torno de objetivos comuns no decorrer de uma luta comum e na medida em que correspondemos s expectativas da luta.

    De outro lado, porm, o operrio tambm no aprecia certos hbitos de moda, como cabelos compridos, cala apertada, etc., atualmente em voga entre os moos da classe mdia. As mini-saias tambm no chegaram a conquistar os bairros operrios. Finalmente no devemos esquecer que os operrios no comearo a revoluo pelo sexo e qualquer militante deve evitar onerar as relaes de operrios com as suas famlias com problemas que no sejam essenciais para a derrocada do sistema burgus-latifundirio.

    6. Considerando a atual composio da O. temos as seguintes tarefas de trabalho externo, para uma penetrao na classe operria:

    a) Aproximao dos operrios que j tenham liderana local ou que sejam capazes de desenvolv-la e o estabelecimento de uma colaborao com eles quando ainda no compartilham dos nossos pontos de vista. A colaborao em torno de problemas concretos abre o campo para atividades mais concretas e conseqentes.

    b) Criao de uma literatura de denncias. Isso s pode ser feito oficialmente com a colaborao de operrios de fbricas que forneam os dados e que se encarreguem de parte da distribuio. no decorrer desse trabalho feito sistematicamente, que comea uma conscientizao poltica, que acompanha as denncias.

    c) Formar grupos de militantes com bastante mobilidade para poder entrar em contato com operrios em greve, ou outras campanhas, para prestar assistncia e tomar contatos.

    d) Aproveitar sistematicamente as atividades estudantis (culturais) para penetrar em sindicatos, bairros e demais entidades operrias.

    e) Aproveitar os mesmos recursos, ou tomar iniciativas locais, para penetrar em escolas noturnas ou profissionais para operrios ou fundando-as onde for necessrio. As atividades de ensino do

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    melhores resultados ainda, quando se consegue colocar militantes ou simpatizantes entre os alunos.

    f) Usar entidades legais, acadmicas e outras, para fazer enquetes em bairros operrios. Trabalho similar que pode ser feito atravs da Assistncia Social.

    g) Deslocar militantes para morar em bairros operrios.

    h) Deslocar militantes para trabalhar em fbricas, ou escritrios de fbricas onde possam entrar em contato direto com operrios (departamento de pessoal, departamento medico, e outros). Os militantes podem trancar as suas matrculas durante um ano.

    7. Hoje j h um srio empenho para adaptar a 0. s novas formas de atividade. Mas, a mudana qualitativa fundamental dos nossos quadros, o rompimento definitivo com a herana de classe mdia s pode se dar com e no decorrer da atividade revolucionria no meio da classe operria. Tambm no nosso meio deve se dar uma "seleo natural". O trabalho nas fbricas no deve mudar a situao da clula operria, deve mudar a ns mesmos e tornar-nos capazes de preenchermos o nosso papel de vanguarda.

    No devemos esquecer que o partido revolucionrio da classe operria o resultado da penetrao do marxismo no proletariado, feito da fuso do socialismo cientfico com o movimento operrio existente. Essa fuso deu-se nos primrdios do movimento, quando Marx e Engels colocaram o problema da luta de classes em bases materialista; repetiu-se em nvel mais alto quando Lnin teve de restabelecer o marxismo revolucionrio contra os social-reformistas de sua poca e dar-se- de novo quando levantarmos a bandeira do leninismo no meio de um proletariado trado pelo revisionismo moderno.

    Isso significa tambm que temos de saber aprender com sua luta. Finalmente, devemos ter noo que a gerao nova do proletariado que dar o passo decisivo para essa fuso, que a gerao nova que fornecer os quadros revolucionrios do proletariado. Embora toda a classe esteja em condies e tenha de enfrentar a luta contra a explorao capitalista e imperialista, sero os jovens, ainda no desgastados e no desiludidos pelo passado reformista, que tero disposio para uma militncia organizada e sistemtica, que tero capacidade para assimilar a teoria revolucionria. a eles que temos de dedicar especial ateno. A sua juventude no ser certamente o nico denominador comum com os militantes da 0., mas ser um fator de modo algum desprezvel perante as necessidades exigidas pelas novas formas de luta de classe que se impe ao pas.

    Comit Nacional de ORM-PO, julho de 1967.