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Aspectos Psicológicos da Dor: Reflexões sobre a prática clínica com idosos

Aspectos Psicológicos da Dorcrinorte.6te.net/psico/palestras/Aspectos_Psicologicos_da_Dor.pdf · • Winnicott, D. W. Natureza Humana. Rio de Janeiro,Ed. Imago, 1990. • Winnicott,

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Aspectos Psicológicos da Dor:Reflexões sobre a prática clínica com idosos

A dor

• Variedade de denominações da Dor: Artrite, artrose, fibromialgia, gota, dor muscular crônica, reumatismo...

• Cada dor vem acompanhada de um significado/sentido para aquele que a sente.

O Corpo

• Winnicott – Corpo da mãe e corpo do bebê – única imagem;

• Diferenciação só acontece a partir do gesto;

• EU x NÃO EU

• Invasão do ambiente: a criança se ausenta do próprio corpo como defesa.

• Noção de unidade - Self: depende da inter-relação psique e soma

• Queixas psicossomáticas na clínica atual:- exaustão- cansaço- dores no corpo- tontura

Self no Corpo

O corpo não pode ser habitado quando não é possível integrar aspectos de si- mesmo.

Sem discriminação entre psique x soma – impossibilidade de repouso!

Self no Corpo

• Safra,G.

Com o envelhecimento há o reposicionamento:

• Próprio corpo• Sociedade• Trabalho• Família• Sexualidade

Questões peculiares que necessitam ser cuidadas.

Particularidades do envelhecimento

O idoso e as alterações da corporeidade

Safra,G.

• Como é lidar com isso?

• O envelhecimento do corpo?

• Como é habitar esse corpo?

• Como é viver a experiências com esse corpo sem ter antes vivenciado as suas transformações?

• “Como é poder envelhecer sem a presença da quietude?”

O trabalho terapêutico

Nos coloca a seguinte questão: O humano também habita na dor!

Dor como representação do que foi possível ser vivido

• Integração dos aspectos dissociados – psique x soma

• Auxiliar para que pessoa possa ser portadora da própria história, o que implica na experiência da vitalidade;

• Somente na Dor, não deixamos a nossa marca no mundo.

• A mente que não envelhece é lembrada pela Dor.

O trabalho terapêutico

• Que a DOR possa ser a representação e uma prova do que foi possível ser vivido, que ela possa representar também uma história e não apenas os limites e o sofrimento.

O trabalho terapêutico

Grupo terapêutico de Fibromialgia

• Grupo Multidisciplinar (Fisioterapia;T.O.; Reumatologia e Psicologia)

• Convite à Psicologia

• Participação durante o processo

Grupo terapêutico de Fibromialgia

• Fibromialgia - Clínica da Dor: apresenta uma especificidade na maneira como tais pacientes manifestam suas questões emocionais;

• Sintomatologia específica;

• Impossibilidade em entrar em contato com aspectos emocionais importantes, muitos deles eliciadores do quadro fibromiálgico

Grupo terapêutico de Fibromialgia

• metodologias e técnicas de trabalho corporal: “todas elas pressupõem a existência de alguma espécie de representação internalizada do corpo, em relação ao indivíduo que nele vive”. (Farah)

• Terminologias variadas: imagem corporal; esquema corporal; corpo vivido; corporeidade etc.

Grupo terapêutico de Fibromialgia

• Corpo como elemento fundamental na constituição do Eu – Winnicott

• Psicossoma x Psique-Mente

• Corpo como base na constituição da personalidade e desenvolvimento do indivíduo: continuum

Grupo terapêutico de Fibromialgia

• “Crise” do corpo: mudanças naturais como ponto de partida para momentos de “despersonalização”

Grupo terapêutico de Fibromialgia

• Integração entre a psique e o soma: “arqueologia” / camadas

NegaçãoResistênciaAlteração da intensidade da DorDificuldade de simbolizaçãoTransferência inicialmente difícil

Ambiente social/cultural e familiar como potencializadores ou preservadores da relação do sujeito que envelhece com o seu corpo

Função Especular

Grupo terapêutico de Fibromialgia

Importância de integração dos elementos surgidos no trabalho pela via racional: promoção de insight.

Grupo terapêutico de Fibromialgia

Grupo terapêutico de Fibromialgia

• Trabalho multidisciplinar acelera a compreensão do diagnóstico em si como a necessidade de mudanças concretas;

• Inclusão do trabalho da Psicologia como parte indispensável do tratamento: lidar com o pré-conceito

Bibliografia

• Berlinck, M. T. Dor. São Paulo, Ed. Escuta, 1999.• SAFRA, G. A pó-etica na clínica contemporânea. São Paulo, Ed.

Idéias e Letras, 2004.• Winnicott, D. W. Explorações psicanalíticas, Porto Alegre, Ed. Artes

Médicas, 1994.• Winnicott, D. W. Natureza Humana. Rio de Janeiro,Ed. Imago,

1990.• Winnicott, D.W. (1970/1994) Sobre as bases do self no corpo. in:

Explorações Psicanalíticas, Winnicott, C. e Orgs. Porto Alegre: Artmed, 1994.

• Botega, N. B. (2002) Prática psiquiátrica no hospital geral: interconsulta e emergência. Porto Alegre: Artmed, 2002.

• Farah, Rosa M. (1995) Integração Psicofísica: O trabalho corporal e a psicologia de C.G.Jung. São Paulo: Robe, 1995.

Agradecemos a Agradecemos a presenpresençça de todosa de todos