Aspiro Ao Grande Labirinto

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    A Expericncia No" r 10 C tabere u r igor rltic ja-mais vi to 00. arte b ra I le ira , l ne o urgid te ri a e oo : tula -d s proprio qu e a fundameruaram omo 0 mo imento queupe r v qu e I onflitant na ane m od e rna : a tra d ic 0c n tru tiv i ta freu aqu i u a m i rad ica l tr nsform a o.Finda Experi-n ia ' oconcreta (enquam movimen-10). Oiticica, em re ente produc 0 e de obertas, auv upotencial teorlco que ir \Ii e e r a t m me a com pa nh ar ca daob r e inven a . A partie d e 1960. te oriza e once itu a apr6pria b ra : edur nte periodo oconcreto a obras no-m d s por ele me roo como Bikuerai e Relevos Espac ia issim a am - e d ent eo d a conceuu acao e te ori Nao obieto d ee rre ira G ulla r , produ~ao egu inte in ugu ra " rd en d em nife ta 0 ambientais", om criacao d e Nudeos e P,nelrQ~ti , mp nhado d e te xto e spe cifico s e scrito s pelopr6prio OBi ica. Nome nd o cada d escob erta e dando- lhcoon enuaeao e p ific a, a d qu ir e dominio e co nn ote tOlalsob re sua prod ucao , Intensifi and o es a pra tica , a id esenvo lv end o- e e re fin nd o-se c omo te or ic o e , n es sa p ro -e 10, ever pas a a ser urna forma ami ern sua ex-re 10, a ponte dobra e te xr o a minh are m juntos a par-u r d e entao.o me ar ca ix as d madeira. idro I garr f6 e co m pig.rncnt s e te rra , ca pas para erem eoloc d a no corpo e estan-dane. d Bolle[, e Paron oM e e st b ele ce r, na p r6 pria m ag iad o nom e, a inqu ie t t; 0 e puis ao d a ob r . A palavra Pa -rongole ni designa nad a d e imediato, n ao "classifica" ab ra C I lA n 0 nd u enao ao "lu ga r" no qu a l a ob ra sefunda. texro "Bas Fund am enta l para um a Definicao doParangole" e urna explanacao que em nenhum mementoprerend e "ilu stra r " OU tornar a ob ra comp re en stv el a nive l li -nea r , pelo contra rio , d is tingu e e assinala u a inov eao, ore-re e nd o a o le ite r m ultipl 5 r am ific a~ oo d e ignific d ,.onsciente d que u obra cad ve m i desencadea-yam qu e lO no a d eru ro d r te O iticica pa II a t eor iza roro Que prod uz como e tra t egia calcu lad a contra

    po ive i tent tiv a d "cla ifica-Ias " u eduzi-lirile rio nvencionais. TrcpictiJia urn x mpl clare di o.t t Que e reveu obre ta obr pr j quandd efine m su a ge n e e ignifi d . rna in istentemente aler-lam para 0 qu Tropi dUo nl0 .Helie Oitiei a pensa a a propria ob r e mund o.trav . de seus text di utia e parti ipava do problemd a a rte b r ileira c mo pen d or a tiv ista , v isionand o QUlOes in ' d ita , r eb ela nd o -s e c nua conform ism loea li tn a gn a a o cultural dom inan t e no m e lo d san . No textim itu la d o " ssquem a C era] d a ov Objetividade '. fe u rnpecie de "b I nco' de toda e pr ~ n v a no Dr il epontou-lhe p s ib ilid ad e univer is.Em 1968 propoe e organi A p o C J J I i p ( ) p I > , ~ ! J ' (concei td e Roge r i o Du rte) como mllllifeual.;l c le t iva e a firma inda rnais U s proposicoe d e "rnanif ta oes a mb ie nta i ,.iniciad com 0 Parangol. m 1969 rea liz em Lond res r e um ais ou sad o e am blcioso proie to a : e COlA : um a e posicaoqu nao ham d e exposi A ,rna d e ~ hit hope! xprience, u r n e x pe r ir n en to onde 010 'O u rod us oroducaa te aqucla d ~t ,u rn campus d e e perien la s qu chamou d eEdtn. t 0 inicio de SUIl atuacao intemacional e de extensadivuJgllcQ d e su o ob r e pens memo no circu no P aris-Lond re s e egu id arneme Nova lorque. companna e Ladi9io uma B e- irnile do catalogo d a Whilechape{ Experience , co rn iconogr fia e no os tcX10S re fe rente s a tod a ob raprodurida tt enrao cote to d o crit ico Guy B reu , queapr enta e n Ii Eden em com t unive al.Os textos qu e encerr mete volum e, escrito na In-t te rr a. tr acam p er cu r 0 i mp or ta nt e e p re nu nc iam 0 novocam inhos a rem per orrid o no ORA 0 LAB IR I O.

    LUCIANO F IGUEIREDORio de Janeiro abril de 1986

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    MARl P100. I S

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    31 de marco d 1954Observ ndo c mo a f rmi a desviava a pouca distanciad meu dedo, r olvi experimenrar 0 eu radar. Pus 0 dedoindi dor cortando a dir cao em que ela ia, porem longe.Q u and leg u a ena d i lancia d o d do, desv iou , Marqueie " nto d e de io com' 0 lapi e on de 0meu dedo tava,umbem. iz o me mo c m0 polegar. Observei que a distan-ci entre 0ponto de de vi e a ponta do dedo e igual a distdn-c ia d a I a la ng in ha a porua do d e d o . ego, 0 porno de desv ioa aproximar d dedo indicador c rnais longe do que 0de-d polcg r po i a distan ia da Ialanginha a ponta do dedod I~ I a ior que a do e undo. desvio da formiga do de-d medio e r mai r Binda. Sendo ra distancias da falan-ginha pont do dedo do ujei to a uma proporcao cu]o 3?

    e lement e a Ia lange ta , d ev e- d ar ta rnb ern com 0 vio.ovembro J959

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    ~embroJ 59

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    mesm om dua qualida es diferentes, ou tons, i quetom aqui e quaJidade eo rnesrno c a luz. h e s o im pela. I cor a concepcao metaf'i ica da pintura. A estrutura vern [un-). tamente com a ideia da cor. e por Isso se torna, ela tambem,temporal. ilo h a estrutura a priori. et a se c:onstr6i na aeaomesma da cor-luz, Essa pintura e fatalmente de pianos. poissao puros em essencia e carregam mais essa dura 40. A tex-tura nio entra omo elemento , aqui, a nAo ser como qualida-de de superficie, A texture elemento e nod a. pots nlo pos-sUI dur~lo; da divide ..dilul a uperflcie. Quando e texturauma uperflcie, 0que e quer e transformar a dura 0 ern pe-queues pontes que se sucedem associativamente, perdendoesta 0 seatido. te tura c urn P cduic da intelig n ia, e . rataex cia la tu lcao.Natal de 1959

    Leio estas palavr s pr eticas ern Mondrian: hat is certain. is that there is no escape for tbe non-figurative ani t: he rnu t sta ithin hi ield and march to-ward the consequence of hi art. his consequence bringsus, in a future perhap remo e, toward the end of art athing separate of our surrounding environment, which 15 thectual pl~tl reality. B u t U ti end I at Lbe sante time a newbeginning. Att will not only continue. but will eallze itselfm re and more. 'I th unifi lion o f a rch ite ctu re , s cu lp tu reand pain ling new p tic realit will be cealed. Paintingand sculp ure iU nOI manif t them I e pa te ob-ject nor 'mUJ 'a J a r l or "app ie d an '. b t bein purelyconstru t1 'e will aid th e ration of u r ou r ding not mere -ly u tili . 0 0 ra tiona l, b u t a lso pu re nd omple t e in it sbeauty." ..

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    Moiol960Branco em cima, bran 0 embaixo; qui e ra ver urn qua-dro meu numa sala vazia, toda cinza-claro, S6 ai creio quevlvc:ra em plenitude. A cor-luz e a sintese da or; e tambemseu porno de partida. preciso qye a cor viva, cia me rna; 6a s lm e rA u m lUlic =s= em i eu tempo e 0tempo lnte lor. a vontade de est . tura interior _ t! precise que

    o h m em se tru tu re .a arte nao-representallv~, nao-objeriva, C0 t empo 0principal fa t or. Ate Mondrian a pintura era representat iva, e6 corn ele, e tambem alevitch e os russos de anguarda, arepresentacao hega ao eu L im ite . M a s, em ultima anal" Mondrian ainda e representative: poder- c-ia dizer que a suae urna metaflsica da representacao; toea portanto 0pontocrucial da transformacao, porem n!l 0ultrapa '3.. poi naoinclui 0 "tempo" na genese das suas obras. De de que d i-a 0 campo da representacao eo quadro ja se quebra e hil adescoberta do "plano clo quadro"', vern ent~o a nocao detempo dar nova dimensao e eo Ib il id des a criaC80 e conti-n u at;a o d o problema da pintura n~(}-{)bje t iva depoi d e 00-drian _Sem duvida algurna 0 tempo e a nova caracterlstica daoossa epoca em rodo campos d a cTla~10 ar lstica. evs-ner e Gabo em seu manife to do construtivismo ja diziamque 0espaco e 0tempo ja eram os principai elementos desuas obras, Com isso chegou a es ultura a uma nao-objerividade surpreendente, chegando rnesm a er muito dl-erente do qu comumente se de Ignava por 'escultura",Porem "tem po '! a que chamavam 0 e ra 0 t empo du-acA ,que se b La por sl mesmo, e sirn 0tempo abstrato,que se revela na estrutura nAo-objehva. hegaram a achar 0t mpo, e mesmo a usa-I C Om o u m dos elementos undamen-tais d e uas riac J) e rn, po r rem estas aioda submet i-das a lie trutura de onde us yam 0 tempo", nAo e podc di-ze r qu e d av am prim azia 30 co n etto d e temporalidade.ada- existe a priori: 0 tempo tude inida C ! tudo34l ate prepri tempo se faz p r si m mo. Par 0artista 0 Iazer-se ' pro und aze r - e que u ltr padl do fa iendl maieri I, e U C ! on titulndi 9 . criativa. A j 0 'I: z; nuncfa ze: .

    Junho 196()o problema d a c reo entid o d e c r-tcrnp emmepreocupand o oil e . iv arnerue . into que e preci 0 u~a rcvi-!o d os principa ls prob lem as d a cor no d envol men torti tico con empor ane o d pintu ra . m du id nenhumaapO a re otucao impr ini I e a e perien ia intetistade ra t 0 qu e no vern a mente, c m uma r lu a im -portanti im a na or, lio a e xpe rie nci de R rt ) u-nay, Q ue:d es obri s6 agora e J)Os con id era-la como ~ osd o prob lem a d e: or-tem p . Delaunar, em I a ua a trl. u -lad lssim a jom ad a d e pintor, legou a pintura u rn no 0sentidoatraves da independencia da cor, a dq u ir id a g r ad a r iv ament e .pare, tupefato, num arti 0 0 re arti ta com uma de-clara~o ua:" A natureza ja n ao t: mai um III ti 0de d -cricao rna urn prete to, uma ev cacao poeti a de e pr -sao, pelos planes coloridos que se ordenam pelos contrastessimultsneos. ua orquestracao cria arquiteturas que se de-senrolam como frases em cores e culminam numa nova for-

    ma de pr sao em pintura, na pintura pura,' II nt er -r el ar iiO dQSone

    A rned id a qu e pintu ra va t nao ob je ti and o , v a i pe r-dend u anti eracreri rica e tom and o o uu as d e a rtcd ife rent . A pin~u d o no 0 s e c 10 pas a por um a de jnte-gracao d e su caracrertsttca anter~ores e , to rna u t.r3S aponto d e ja n30 e pod er chamar 'pintura ' 3 dc : t emun .adaobras. A caracter tsuca principal d es a inter-relacao da pintu-ra com outra artes e a desrruieao do espaco repre entativo ea s u a n a o- () b je ti v ay a o con equ ente. K and in le y e 0primeiroa procurar rei ~ da pintura com a music~, mas nao re-Ja~es transpo itjv 5, C mo, p.e . rransposicao d t~m_am icai em ima en pl (tea s, traducao d e ternas mu cal mas im uma re lacao f nt ri ns e ca , r e la (\0 d e p in tu r a pura, d o-na d e seus etementos. Para and insky ~e e le rnento musi-cal, a sonoridade da cor, como costume a dizer , c erda-d eiro e lem en to d e nao-objettvacac d a u a piruura , e por issom esm o orna u rn sentid o de a b lu ta importancia altarnenter ra n c end en ta l, ClXO mesmo de ia 0 ra, r ia e nr ao uma ver-dadeira pl~ ica nova de a concep ~o musical, em que os

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    mestre do pr incipio d eculo, na p~ toe noprincipia . m rnergulhando no d e conhe .1 do. _tentando d edentro para fora a jnlegra~ao do cosmo (line or) e a obrI d i I tical. preci 0 retomada d a p r_~ e uma rand e feI em si mesm e no hornem, s e b er n q ue I~esmo c_ho.mem le*nh m Que setornar urn 56 . Tooo iiel e ant invisi el. AI rte eo invi iv 1 que se lorna 1 'vel, nio como urn p~se deI m ag ica , m pelo pr6pr 'o fa er do arti ta c~m a m~tena. que, e t rn a obra. erminada a obra, fica nela 0rno imento doartista movimento lot a , u tempo vital, empo total, onin e rio~ e e tenor fundern e as con~rad~~es _0. ~pen~pol de urn w pr C so, 0 pr C so cosmico, rmsteno pn-meiro de que a obra dearte C : e emp o.4de etembro de 1960

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    ele e env lve no tempo a hando 0 seu tempo proprio e dan-do a ob.ra ~a tempora.lid~de. sa temporalidade. poremao sec iveneiada c apreendida alcanca cumes em que e es-UllJ~ num D~?-~emp(0 outro polo seria a temporalidadereiativa do cotidiano). A obra de arte tambem possui tais cu-mes, quando a rela < \0 or anlrnica de seus elementos e de tal~odo integrada que a ua, imbolica atinge tambem urn auge;e como se 0 homem P()f;SULS e as e voasse: seu movimento eert\cal e altamcnte ~usi~, musica interior, cesmica; pode-, e dizer que a, o~ra ar aunge, atraves da sua ternporalidadeinterna, orgamrmca, a urn n~o-tempo,

    6 de setembro de 1960obra nasce de apen3Ntm toque na materia. Quero quea materia de que c Ieita a rninfia obra permaneca ta l como e ;o que a tran forma em expressao e nada mais que urn sopro:opro Interior, de p enitude cosmica. Fora disso nao h8 obra.Blaum toque, nada mai

    7 de setembro de 1960. Esse roque 0 artlsla,n~ materia nao e superposicao. 0arusta n~o uperpee, subjetivamen e, conteudos, que dessarnancira eriam alsos. a dialogacao 0 artista com a~uer-ia. lea 0 seu mo imento criativo, e e dai que se podedizer que nasoe um cont udo; conteudo Indeterminado in-ormulado. se proc 0 nao e tambem uma "transfor-m 0', pois trans ormacao irnplica transformer algo ernalguma coisa, transforrnar alg plasticamente; mas esse 'a-

    go" na iste antes, e im na e simultaneamente no movr-ment crlativo, com a obra.11 de setembro de 1960

    A ria 0 ~0 i1imitado; nao adianta querer mentaliza-la. A mente tern 0 poder de aprisionar 0 que deve ser esPOB-taneo, 0que deve na er. a maneira, porem, s6 conse-gue atrofiar 0 m imento criativo. Precisa-se ci a mente, mas2

    corn isso nao no deixamos escravizar po r ela; e preciso m o-vimenrar 0 ilimuad que e nascente, empre novo; faz-se.J de outubro de 1960

    A experiencia da COT, elemento exclusive da pintura,tornou-se para mim 0eixo mesmo do que aeo, a maneira pe-la qual initio uma obra. 56 agora corneca mesmo a comple 1-dade entre a cor e a estrurura (em ua relacao), longe da que-bra do retangulo e dos primeiros Ian amentos no espaco,prirneiro conjunto complexo e dense dentro desse desenvol-vimento e 0 que estou realizando agora: 0 octeto ermelbo.sao oi 0obras baseadas no vermelho, sendo que 0 vermelhoeo tom geral, desde 0 mais escuro (mas ainda lurninoso) a tequa e laranja , Nao sAo organizados em nuclec. como 0equali branco, mas cada urn e uma unidade separada, com-pleta em S 1 . ouo novamente, e principalmente nesta expe-riencia, a pensar no que vern a ser "corpo da cor . A cor i!uma das dimen Oes cia obra. E inseparavel do fen~meno to-tal, da trutura, do espaco e do tempo. mas como esses tr~e urn elemento distinto, dial6tico. uma das dlmensoes. Por-tanto p sui um desenvolvimento pr6prio, dementar pois E :o nucleo mesmo da pintura, sua ruAo de ser. Quando.porem, a cor nao esta mats submetida ao retflngulc, nem aqualquer represenracao sobre este retangulo, eta ~cnde a S~"corporificar "; torna-se temporal, cria sua propria estrutu-ra, que a obra passa entao a Set 0 "corpo da cot".

    4 de novembro de 196{)NAo sei se 0que faco e t a mat~ numa rdar;~ at ujt~~-m e a u musical. pintura, a medlda que se val nAo objeti-vando, cria relacoes oom outros ampos de arte; prin ipal-mente com a arquitetura e com a muslca. rata-se de uma r.la~o irurinseca estruniral. reio que se de urn lado ~ malarquitetenica, de outro emu Ical, e talvez na sinte e cbs duaesteia a olucao. Os nucleos, equali, para mim, s 0e encial-mente musicals na sua relacao de parte com parte, que, longeda seri~o de elementos, cornpoem urn todo fenbmeno16gico.

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    25 de novembro de 1960Comecei hoje cs estudo preparatives do grande I lucleon~ 1. Ji monte i 0 primc:iro nucleoid e d e cinco ~; fa re itrios, quantos forem precisos, ate cbegar. fo rma i dea l d ogrande aucleo, Que sera comp to mW l p~, co r so-frera tambem evolu~o. 0 primciro nucleoide t em amarelo:o srande nClcleo,nao sei, it cor virll a evolufr l ivrcmenle. con.forme a minha vontade in terior.Preocupa-me 0problema da nao-part icularidade da ex.presslo; nio de situa90es minhas, rorm~ r ecb ad as. m astAo cheias de vitalidade cOsmi~ que nao impo a 0 autor . Arelat;lo entre 0 artista e a obra tera de ser nio-particul r,pressio alta, cesmica. 0 principal problema cod univer _lidade da expressao do sent ido e ta ob ra .

    2 de dezembro de 1960tONlo hi maneira mais egura de a astar 0 mundo nemmodo mai seguro de enlaca-Io do que a arte."

    Goethe9dt!~brodel960

    Quanto mai n o-objetl a c a arte, mais tende i\ nes~aodo mundo para a afi!ma~o de outro mundo. NAoa nesa.~loD gativ~ ma s a e:xtiTpacao dos restos inautbticos dasviven-cias d o mundo, corriqueiras. SO assim scria licita a excla-rna 0diante e t a nlO-objetividade da arte: 'Que sens~ao defim d e m und o OU de nada,' 0que ~ precise e que 0IIlUtldose ja u rn m und o ~o bomem e a la um mundo do mundo.30 d e deu.mbro de 1960

    ~ p e e l d a r a grande o rd em a cor. ao m esm o que v emrande ordem d espaeos arquitet6nicos. A cor, no se untido de estrutura, apenas pede ser vi lumbrada. A grandeordem naseera da vo,uade interior em diAlOJocom a COT, pu-24

    ra em estado estruniral; e urn instante especial ue, s e re-p e t i r criara essa ordem: do instantes raros, A 0 r tern que ~estru~urar assim como 0 som na musice: e ve1culo da pr6prtacosmicidade do criador em di6.lo,o com 0 ~u elemento; 0e le m e nt o p rim o rd i al do mCas ico e 0som ; d o Plnto~ a cor ; doa co r alusiva, "vista": e a co r estrutura, cesmica, ~as 0dialogo cria sua ordem, que nA.oe unidade .m8S pluralidade:exige0empo para se exprimir; esse tempo pode ser a crista-~o da expressao ou a sua dilui~o. Pa ra ~ ~rande 0[-d em na expressao, d e que a cor 60 ete ,mento prlnCl~, e pre-ciso que 0artista se tome superior. eticameate ~m1Dhe. paracima. E.st~ superada a individualidade, pela universalidadede sua posi~o etica: muda 0 seu modo de encarar '!mundo; .a sua integracao nesse mundo e superior; para de amda ais-lea observacso de oethe de que a arte ao mesmo tempo.queafasta, enlaca 0mundo; a dialetiea aqui se toma ~s ~;su a posi~o !superior d ll expansJo su a v id a mterior,coloea-se aO ado da religilo, e s t A religado: ele e . 0 seu mundod i6Jo o. Al est! a grande ordem, Quando ter a COT.8 uagrande ordem, mais pura e subli,!,e? Quando ter a pmturaatingido a linguagem pura da muS:lca?7 cUJoneJro de 1961o In anvcJ ~ falil/c) eo falive) nfal! el.em sttnpre um a expre:s~o s er en a e a l~ e t\te b.atm~-nlca indica aU$~n la de drama no art . i ta o 0 arusta, ali!s. poroondicl-o j~ possui em si drama. Essa ~ontad~ de U m a gran~eord em , d e a igo su pra -hum ane , cO sm ico~ ~PLCO. t neeessadapara que 0 artist se complete: cnquanto iSlO nl m~d~reoe,ou aU ngc a um z!nite, hi d ram a. D ram a co,m ,D m IUsculo.Pense, po r exemplo, no dis leo Haydn, mOS t_ 0 harm6nipor exe~~l\eia, exemplo de pureza e d i!Smo. Htl namw iea d e Haydo um a ioQuieta~10 ~atente co":,o . 0 ~u au -t or a nd a s.s e por um a ~rd . Mara I1hOSO equlllb!10, Ulquie-. tante cquillbrio. 0 drlma ind iv idua l fi. em ul~o plano,por&n existe tanto qu anto num rom lntJ o . Hl aqua , pOr~m.essa voa tad e d e uma g ra nd e o rd e m, Que su pe re o u e lev e .drama, d e ordem existencial a alt~a ~ob.e-humanas ou d,-vinas. Tanto mats universal e ma ie r s.,grufi .0 t~~ UIDaobra de arte quaeto mais for desUgada do eaos Uldlvldual e

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    se d ir ig ir p ara e s s . a g ra nd e o rd em , n lo -r ac io na i, mIlS ordemdO! ementos inlrinseoos da o bra e ntre se em rela~o Avon -la d e inte rio r d o se u cria d or.o infaJivel e fall e l e o fa llv e ! io fa llv e !.

    JS .jQn~irod e 1961 (domiJ lgo)ASPIRO AO GRANDE LABJRl TO,

    21 d laneuo d 1 96 1

    I Gcethe: UMU. 0 cerro e Que os sennmemos d iu ventud ee d os povos ineu ltos, com ua ind ete rm in ~io e su am pla sextensoes , do os uni:o ad equ ad o pa ra 0 ublim '. Au-b l imidade , hi d e ser d pe rtad em n6 por coi t lo-re , tern Que s r 'informe' ou consisu r d e "formas in p re en stv eis ', e nv olv en d o-n os n um a g ra nd e za QU no s su pe -re ... M as assim com o 0 su blim e se pro du z fa cilm e nte nocrepu culo e n noite , que confundem a figu ras, imtam bem e d vaneee no d ia , que tudo separae di t ingue;por i 0 a cu ltu r a niQ uila 0 n tim e nto d o s ub lim e ."A e h o parqrafo n o memento e xa to e m Q u e s in to emm im to da a inquieta~lo e mob ' l i dade do Uu b lim c". G oe th ee genia l em uas ob servacees. E 0 q ue d ese jo , na e xte rio ri-zacao da rninba arte, nl o serao as " fo rma s i nap re e n si v ei s" ?(, a sim consigo entend er a e ternidade que b i nas form d e\

    rtc; u a renovacao co Inte, ua impc:recibi l idade. ve rnd 5~ cara te r d e "inaprcensib ilid ad ' ; a form a a rttstica naoe 6bvia.estArca no pa~o e no tempo. m m6vel, ete rna-mente move1, c amb ian t e .16defeverein: de /961

    J a nao tenho duv i da que a era d o rim do quadro ~tad dinitiv am ente inau u rad a. Pa ra m im a d iaJe tica qu e envol-vc 0 problema elapintura avan~u juntamenlc com as e~1'C'"rienei (as ob ras) , no cntid o d a t ransformada pintura-qU ld ro em ou tra coi I (p ara m im 0nio-objeto), que ji nao ~26

    mals po ve t acei tar 0 d nvo l imento "d ntrO c . !o< I~adro", 0 quad ro ja e saiurou. L ong e d e r 'mo~e da PI~'tura" e a s u a Iv 10. pois a morte m esm ena a C~)AlI-nu~l~ d o quadro como tal. e como "suporu to da "p~ntura". C omo esla tud o tto clare Igor : qu e a p .n l~ ra te na d esair p ra 0tpa 0, r c or np le ta , n ao ern uJ)e~ficlc. em apa-r n la , m as na su a integrid ad e profund a. C re io 9uC 0 pa r-l in d o d e ss es elementos novo poder- e - a le r a d ta nte 0 Queeomeca r am O~ grand on tru tor d o com eco d o . u lo(K and in ky oMalevi tcb , Ta l l in , ondr ian e t c. ), c cnsrn . .t o re sd o fim cia figu r e d o qu ad ro , e d o comeco d e 1& 0 novo. n.iIpo r s er em "Ieom~tr icos" , ma s po r~ u.e .atingem com mase robje l lv idade 0 problema da nio -obJctm dad c:. N io e clu o aimpOrtlncia d e Ma isse Pic 0, K ite . Pollex W ol e1C.,m as pertencem a outre tipo d e expressao, \ m bem ,d a ~p 'a,, m a s paralelo aos eonst ru t ? re s . C t ambem pr~! ,unC1a~ 0 ~mdo quad ro , Para m im a pm tura d e Pollock Ja se rca Ita Vir-uialmeme no espaco. t preci 0, pois, a con c ic nt i% a ~ o d oprobl ma e 0 18n~amcnlo concreto e firme d e ~a5eS d essed e se ov olv im e nto d a pim ura a ind a que nlo re fe ita d a de$ -truieao d I ig ura , N a v e r d a d e a d inteara~lo d o quad rc a in-d a e co ntinu ~ o d a d csintcg .ra ~~ o d a fig ura . a p ro cu ra d eum a a rte nao-naruralista, nlo-.objctiva. Hi um ano e d o 'meses, pr ticamente, achei pallvra. d~ Mo"d~an que profe-l imy m a m issa o do a rt is ta nao-obietivo, na e le que 0 a r-u La na o-o bie nv o, qu e qu i uma arte verdadeiramentenlo-natural ista, d ev erla leva r seu intento a te as u~limas con-e qU ine ia ; d izia tamb tm que a o lu~o nilo er.,a 0 mu~aJ"em a rte aplicad a, m as a lgo expre ssive , qu e sena como 'abeleza d a v id a", also qu e nlo p od i a d e fi nir . pois a in c la nAoexistia. foi um profeta genial. 0 a rti ta , n res d ia s, qu e d e -5cjar urn arte nio-naturalista, nlo-objeti"'a, d e g ra nd e abs-tr ~Io, ver-se-a vottas CX)11'I 0 prob '~m !, d o qu ad ro e sen-l ir a , c ons ci en temen te Q\I do, a necessid ad e d a su a d -truil;!O ou da ua rra nsrcrm aca o, 0 qu e no fundo e a mesmaCOiR , pot d oi cam 1llho$ d iferent . A fra,menla~lo d o es-p ~o p -ctO riC :O o q u~ dro e e vid ente e m pinto res co mo W ols(0 p rOpr io t e rmo ' informal" 0 indica). Dubuffel e . texture-lO l l " . ou sc:ja.a rraarnent~lo i~finit~ ate que 0 C$Pa,~pK t6 ric o s e t ransforme nurn e paco mfiDlto ao peq '; le~o . e 0miCToi lim it ad o ) o u com o em Pollock (0 quad ro at i r tual-m e n te " ex plo d e ". tran.sforma- e no hcampo d e a~Ao" d o

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    mov im emo grifico ). a ten e n c i oposta se dl 0 m me,mal$ lent mente , portm mats objett amente desde 0p re n{s nc io d e Mo nd ria n so bre 0 Him d o qu d ro" a t~ as ex-PCJicn(i~ de Lygia Clark. d a inteJl'~IO d .a mOldu'ra no qua-dro, pam d o < l l f todas as conscqo~clas desse desenvolvt-m ento d o qu ad ro para 0 p~o. N um sentid o intermeditrioC5ti P ona an a e 05 eu s qu ad ros co rta dos e m su lcos aulcos d ee sp aco , com 0 quai vcjo afinid d com 0 u lco d e m inhasmaqueu~s e !llo-ob je to s po nd ur d o!. 0 problema e st a p os to .e portanto sm to a n~dade d e com ecar a constru ir flrm e-"meme , definjtj~mentc, 0 d esenvolv tm em o b lisioo d e no. :vo n po d e , ex pr es 1 . 0 . que por SCI ' n ov o. cs ta incertc, e aind a 'Outua na lDd eterm uli~O , m as que m ai ced o OU ma is ta rd ete d. d e se consolid ar, e u ma ncce s id ad c c6smic: est~ oamc~te cole. i va, cabe ~o arti ta torna-la clara e PaJpavcl.Creio ,Quenenhum ~rtl$ta qu qucir. alao novo. au!Antico,n es sa c :p oc a, n i~ a sP I( C a 1 . a I coisa. 56 cr ' pos lv e l a posic 0do arusta, POSl~ao ~ene 'ica , fe nom en olo gicam cn le , D umae~pre 10que se reabze no ~o e no tempo: a id eia se d es.fla, mantendo u rn d i4lojo pa ra le lo entre a re aJi ~o e a ex.pressso. N

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    (mesmo dialEsse dUlo~.pa ra m lm , desenvolvimento de pensamen-

    lOS qu me afUgem neue e dla, mais ou menos imedlatcs e Se-c I. Aoset sehiontinuidade de urn dia para 0outro ou sehAfraemenla~Ao de assuntos ou ideias. 0que se l e que e vivo,dccumento vivo do que quero fazer e do que penso. Paramun aneta ees e I1Aoformulacees de ideias slo m ais im po r-tames. SAo, pdo rnenos, menos "racionals" e mais espiri-tuals, cbelas de fogo e tenslo. Detesto formula9Oes e do~-ma . Chega d~ intelecto. 6 obstrui a pura cx.pressio cosmi-.crla leis e preconeeitos. Di iculta 0sentido do "sublime"e para mlm loda grande expressao de arte aspira ao sublime.J2demar~de 1961a - Que seria uma grande ordem da cor"?b - ~ma grande ordeR? o~o seria forcosameme racional,ma sun que possua tal slg,mficado a cor que se poderia dizerque e c6smica ou sublime no seu sentido. Esse carater da corna e de uma neeessidade existencial, que por ser existen:clal, uper ou se eleva acima do cotidiano, para emprestar avida e lstenclal um climax, um sopro de Vida. ada maior sepode desejar da arte, pob ~ este 0 seu proprio fim. Essa or-dem foge apuramen~e ra~0!l!'l. e, POI'estranho que pareca,p ed e d o a t.lJ st a uma dl$porubill(lade. e u m d es in te re sse , qu ase -que urn brinear com a cor. Desse bnncar e fazer surgira umanova ordem, desconheclda, que nem mesmo 0 artista lornadela conhecimento a pr ior i . A cor c uma necessidade rdipo-sa, como quem fizesse preees dialogasse aqui com a cor e S~estruturasse. No fazer-se elementar cia obra de arte, a cortambern se feu, e toma essa grande ordem,2 1 d e a bril de /96/

    Hoje esta para mim mais claro do que nunea que nlo c aaparencia exterior 0 que da a caracterlstica da obra de arte esim 0 se u significado, que surge do dHlIogo entre 0artiSta e amateria com que se expressa, Oai 0 erro e vulaaridade d dis-o

    tin~o ",nformal' e "formal'. N~ o~ra de art~ .1~~0~ inror-mal e formal, na o sendo a aparbiclB' 8~metnc o~ a apa-rencia "scm contornos ou de manchas q,ue determinam 0formal e 0 infonnal. 0 probl~a. e bern mal p. ofundo e taacima desta aparencia. Quem dina que Mondnan, p.ex . !lAoti proximo a Wols1 lAo pr~ximo na expre$$lo de gra dezainterior e de concepcao de Vida. ondrian funda uM espa ?ilimitado, uma dimensao inrinita, dentro da Ilgeomelrl-za~o" que lhe atribuem, Iazendo 0 mesmo W na ua"niO-geometriz;a~o" _Ambos eriam 0." ~r-se" d? seu es-pa dando-lhe-absoluta t rallsc:endenCta. dlmensio In tnl~a.QUiO longe e stiO a s obras d~ Wols das "manehas ~ a m aro -ria d seus squidores, assun como as de ondrlan nadatem a ver com os "geometricos" que vieram log() ap bs a ugrande demarche- !por incrivel que par~. Molldrian ttio proximo de Wols. Pensando nos dols, penso em U()-T$e. Ao ambos pintor de espaeo, tem a faculdade de darao espaeo dimensAo infinita.e ~ol~m, a pmtura numa ~'~ao et'ca e vital de profundlSslma $IgI11fica~0. Nesse senn-do 510 ambos os mais significativcs precursores do dt$apare-cimento da pintura como veio ate agora sendo emend da.Mondrian num pOlo, Wols no outre. Nlo se preoeupam ~ma apar~ncia mas com significados. 1.0 tratam de destruir auperflcie e sim dlo si$nificac;&s q~e tran f rmam essa u-perficie de dentro para fora. Mondnao ch~a a!>ponte e)Clr~mo da representa~o no quadro pela verticahza"lo e bon-zontaliza~o dos ees melos. 031. s6 para tras, OU para a su-pera~o do quadro como meio de expressao, por estar 0m -mo esiotado. Mas Wols, no outre polo, chega me ma n-clusao pela nao-fiu~ao num nu ele o d e r~resenla~o p-cial e t~poral dentro da tela. Ambos sse p!otor . do espa

    em tem po do espaco no seu Iazer-se p rlm oT d la l. n a suaimobilidad~ mo el. 10 sera este 0 limite mesmo da pinturade representayao? E.28dejunho de 1~61

    Creio que a cor chega j6 a suhllmidade. 0\1 a s su o par-tas, dentro de mim, porem a de~~ oUura ne . l~ P aexprimi-la s6 est! nos seu lnlcios. A expetl~nCla dos"nucleos", dos quais ja real lei algoma maque t s eecue-

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    na ,ab iu -m e tod as a portas para a liberdade d a C o r e parasua. p r r eua uu eg ra ~o tru tu raJ no espaeo e no tem po ,7 de l IgoslO de 1961Ia minha ) ~ erie de:maquetas do nucteos", primel-ra s len! u va '. t res ljl> . de nucleo se di tinguern: a ) nu cle o

    pequeno, ~) nucleo me?Jo; c) grande nucleo, A difern~a en -tre csses t res ll~O de nucleo nao e s6 ern relacao ao tarnanho( com o 0 n o m e indica), C~lhO ern rela'tao a qualidade e o se n -t id o q ue a pr ese nta , u a h da de nao no sentido bom-mau, mcomo npo d agrup.aterllO do elementos. Assim, pois um'~el}u;.no nucleo" pode PO s uir mais peca que urn 'n~cleIT ed io C s r n al()r que cste , sendo 0 Que 0 qualifica COmo"pequ~,no .HucJe. 1t, emido que possui. 0"pequenonll~leo fOI pn~~~'Jr, 3.parecer, 0 nucleos 1 e 2 ), logoapos, e :m co n e u n 1:1, d a expenencias d a pintura no es-paco. Sa o orno e a J)Cca qu e sc fendiam em labirinto(cruz, octo 0 vcrrnelh t s) e de.siotegrassem. 0 primeiro"ocqueno nude tl j epa a, e a ab ertu ra jA e m ais la rgae m ar s a be na Que na P t! a untcas. 0cinco pecas qu e for-mam eru rc si u rn amSlgama e d as quais se levantarn placa. deambos 0 lades. A cor e d e s cnvolv e jlt num semido mais DU-clear, pe rsi tin~o a ind a 0 C rte de uma cor para outra, for-mando uma hnh abstraia. JA no egundo nucleo quearnbern e d o t ipo "pequeno ,essa d iv isao abstrara d e corp~~a ou t~~ {;abolida, e vo lu ind o a ssim 0 sentido de "supor-(C IQ ue ja e d a d ire ta rnent Com cor e por isso deixa de se rum "suporte". E sse n uclc I! t ambem a deo-integrao dedo: r e s que se combinam em agruPQmento; a oltura de umaplaca paraourra e mai~~ e 0 pace cxterno ella com as p a~ca s vlf tuahd .ades cspaci I. co onr aponto das placas tCDS1Q-r l, a r o d 0nucleo. cor J a re ela la arnente, embora aindairnpl men e 0 descnvolvir e t nuclear da Cor do amareJom a is e curo para . 0,mais lumin ,Creio que' na peq ucnamaqu~ra que rc~IIZC1 ja s . l' v la o sentido exato da cor qu epo su tra n~ ree It~a 'aD maior. 0grande pulo e a grande dire-r ~n~ a e ntr e os nu eleos apa r em no .l~.qu e e 0 primeiro doripo ' 'nucleo mcdio": 0 e pa~~ f~n ion a aqui complet .amen-rc Incorporado corn S1g00. lal e a ImportJncia do rnesmo. Asplaca d e cor, o rto go na i , s ob rtp olld o -s e em 1res an d are ,3 2

    -~--___,J3 de ago to d 1961Cada v Z Q e proem ituar a po i~o ,Slli a do m e ud e env olv im ento, h istorica rn nte e m rela 30 a ,ltil on g n. ,h go a co n lu sao d e qu e nao s6 e , u m d ese n 0 1 n r n c r u indi-idu ) muit forte c pes' al, omo .ornplera um c~nlexlohi t6 ioo ceria urn movimentc, junto a OU[[OS arnstas. _ Euma ne sidade de grupo, ariva. Aparecc, ~ntao, a rcla~.a.ocom a obra d Lygia Clark, que entre n ,o eo qu e de:maluniver a l exi te no arnpo (las rtes pl{tS(lc~ . R e .e nd ~ 0 elld e envolvimento ob re sal logo a coerencia e a intui ao d esuas id eias, u rna ' grand za g ra l in rinseca que ~ern d e d en-

    IrO otimista. ob re tudo a cora gcm af irrnat iva d e sunsde/;,arche:s m e im prcs io n a . E su i. a i, a , ~c~ cr. 0 clo d o d e :senvol im ento p-ost Mondrian, 0 elo iniciad or entre n o detu d o a que d e univ r a l c nov~ 5 _ fart nes e fio d e d e env ! -vi rnento. gi a Clark na o se lim itou a cornore nd er up / [ 1 -cia l rnente 0 "gecmctri m II d e Mondn~n!!"a SI(J1 von..~ i tra il d o pensarneruo d e Mond rian,. p. ribiluando er SIJ!\qu ais se ria m a s su as demarches mars imporiantes e q,ue ~bn-ra m urn no 0 rumo pa ra a a rre . S ua ompre n ito pnmeira t:

    Irclativa ao "cspaco", como clement? fundamen ta l ala~ad~po r M ond rian, ao qua) del l novo cntido, cndo c l~ 0 pnnci-pal ponto qu a Icvara a sc retacionar com Mondri n, e naoa 'fo rm a geornerri so t co!1' ~an lO outre , < ; : , om preen~ e~ .I uo 0 senudo d a s g ra nd e lHlll. o es ~ e Mondrian, 11a

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    28 de agosto d 196/obr 0 "Projeto Caes d a~aH

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    mando lab l nt . J a no s pc I riore 0 cater me cl c qu eda 0 senudo labirinti(o do pencU'al'eI: a os de ptaca ro-dames. Aqui 0 labirinto como 1abirinto m mo ja n 0 apace-ce; e apenas vi1"tual. A meu ver c urn p 0 adiante em reo~o aos primeiros e abre inclusive nov possibilid desn40cxploradas, p a ra d e s en v ot vtm ent os futures n esse ca m -po. A cor aqui foge tanto a c ar a te r d e c cr a nv o como ao ar-quitetonico (policromias etc.), para r p ur am e nt e e teticovivenciada, ~o como e fo scm afr c rno ei , na e aJ~humana, mas, 0 mais importante, p n Irliveis. estruturada obra so e percebida apes 0 complet de end memom6veJ de todas as uas part ,oc\Jlla urna outra endoimp ivcl ve-las slmulianeameme. o problema da relacao om a natur lao je i q eo proie ronela Cconstruido, fo i resol id a pelo lento d g rramento doelemeruo natural, a re ia p en te ad a , a m ed id a qu e se pe ncrra anucleo, A passa em, que nao IJ deria r brusca t interrn diada pelas calcadas de marmor br nco que e~vem c montrad para 0grande labirinto. A areia e 0 elern nto d n lureza,o rnarmore um intermediari entre a natureza e 0 el _borado, e a alvenaria (corn ou em cor ja (J bora do.onvern lembrar que nao h P antas na arei ,apeoa sera amesma penteada com ancinho e misturada c m diferemcspedrinhas, dando-lhe a im uma eria colora a ,rna muiroIcn~e. oder-se-ia perguntar qual 0 entido, e como a maqui 0 poema enterra 0 ' deGull r e 0 T arr Integra!".relo Que e iruegrarn em espirito, p r po ulrcrn tam m,noutro campo, urn carater esterico em' ico e COmo pe-

    \ netraveis, tambern sao penetr vei s nd o po. 1 el de cadavcz urn espeetador. urn sentid mais a1(0 sa o 0 rasimb61.i a , dcri~das de diverso. c mpos da e pres ao qu ese conjugam aqu i numa outra ord ern, nov a e sublime. co -mo ~e0pr~j~lo fo se urna reinte ra~o do e p890 e da v i-enela ootidianas nessa outra ordem paci -t mpor I eestetica, mas, 0 que e mais importante, com um a subli-rna 10humana.27 de dezembro de J961

    esta ultima emana lancei em realiza ao 0peimelronucleo 'Improvise I, outra modalidade do nile eo. S6 a ora3 6

    nm eir apecuenc r:

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    6 de Ievereiro d e 1 96 2SUpOr '

    j

    8 de/evere/To d e 1 96 2oaro [.ma dos op (0

    ni l I ve l revel r, u m elh r. acentuar pr blcm.ap lOS pr e 0 partlcu la rm nt dent ro d a . m e tC lica ( enudo estetico). 0 aparecirnento ~c entidoto d a entr sent ido tru tu ra l eo. entid o da co re nv oi im ento nu cle ar). 1\ e stru t~ra d ~"l1u cl~ o a ~rcc:e ee era num sentido totalmente arquiretenico: dir- e - t ,mrru iu ras par de s , a quai. acrescentando teto, pa anam ~se r protoca . 0 nucteos em tam anho gra nd e em que: cpo i el a penetr ~ 0 revetam i 0 m ais. claT a~ent . na . ver-d a d e 0 e ntid o ln tir no d estrutur d o nuc lc o. e 0,d e r ecn ar 0pa 0 e xte rior, cri nd o-o na v cr da de p ela pnm~l~a.vcz~ es~ticam ente . O s v aos qu e se ab rem e as placas. d ir igire rn I-o e 0 entido organico de quem co m elas dialoga ~o pura-mente rqui e to nic os a oe nt ua d os pelo ngoroso cararer orto-o n a t . . .Inte rand o-se essa cstru tu ra ngorosamente ~qUlte tu :rada , l{t 0 Que deno rn ine i h e~,t ido d acor '. re sol id o qUIpeto " d es en vo tv im e nt o n uc le ar ,man~lra pel~ qual procuron4 0 d a r 'cntido . co r como estrutura la loglcamente. Es entido da cor revela-se sempre, e certo nlo s6 quase tonal(desenv I vim cn to d e a ma re lo p ar a la ra nja etc:>.como, quan-do nao ja, em grandes contrasl~St ~ ~~e Ina a pe!1urbax:o d e se nv olv im en to lb gi 0 da propraa ideia, que p~rtlu, QUIda consideracao prirnitiva da "cor-l~" ou Hiummo:s!dadeanterior da or", E poi OJ ) to ao entido plano e arquiteten ic o r ig o ro 0 e d envolvimento nuc ea r , nao 6 pelaagern de cor' r cor. omo pela sua propria id e ia pr.i~ ir ,

    m tud o oposto :i ideia d a e s tr u tu r a, 0 ponto d e . on Iliaclo,u perm it a int gm a o , - 0 d compen a , a . ~mUl.ua d as po -land des. Quando chegue i a I cor-luz", I,im ed ia tam ent ,qu e era preci 0 d n 01 " s a . trutur num entld o ad a vezm is a rq uite ro ni 0~ ab a.nd ono d o u dro, ue d e . nvol-veu par 0 esp CO), ob pena de voltar atr n entido. ~ntido r-luz" ue poderia er a di olu ae do e pa 0 (folaqui a do cuadro), tomou coroo e tr ~ formou em e tru-tura: t ruturou- d vido d envolv iment par ItI d alr~mr , m tud po to a da or, ex l pelo lado 16 1 0ue c ei "desen lvim fit nu lear '. Que e na verd de39

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    o ponte de lip~o indis luve! em que um nio existe scm 0outre.17 demarfO de 1962

    Cor tonal d nvotvimento nuclear do corA primeira vi toque chamo de desenvol 'menlo nu-clea r d a ocr pod e parecer, e 0 ~e m e er to sentido, um a te nt a-tiva de trabalbar oment no ntido d a cor tonal, mas naverdade itua- e em outro plano muito diferente do preble-rna da C' ( )T. P 10 fato d e partir e desenvolvimento de umdeterminado to m de cor e voluir ate outro, se m pules, a pas-sagem de urn Im para outre se d a de maneira muitc sutil,em n ua nc as , A pintura to na l. e m lodas as epocas, tratava dere du zir a pi ricid ad e d a or p ra um tom com p eq ue na s v a-ria~Oes; serl sirn um amenia I do' contrastes para in-tegrar toda a trutur num clim renidade; nio se tra-lava propriament dito de I harmonizacAo d a cor". se bemque Rio a exclu l e . e clare. desenvolv iment nuclear queprocure plo ~ tenta ti d e m enizar 0 .contrastes, se bernque-o fa a em cerro enudo , m d e mov;men la r ) 1ir tu a/a .r ete a cor. em sua rrutura m rna, ja que para mim a dinami-za~da cor pel contrast se ach esgotada no memento,como a justa i~ dissonant ou a juuaposiClo de comple-mentares. 0desenvotvimento niic/Nr antes de se r dinami-za~o da cor ~ IIsua du,~ 0no e poe no tempo. a voltaao nucleo do cor, que om na procura cia sua luminosida-de inrrlnseca, virtual, interior. te 0 eu movimento do maisestatieo para a dura~o. Na fa imediatamente anterior ao. lancamento da e uuluras no cspa o, cheguei a "Inveneees '(como as chamo hojc) em qu e tra alhava com a luminosida-de da cor, reduzida ai a seu estado primeiro, a urn ou doistons, lio proximos Que e fundi m, ou a monocromiaS. Dai,ao s e de s envolv e r rudo para 0 espaco, a c or c ome e o u a tomara forma de urn d envolvimento que chamo nuclear; umdesenvolvimento que erta como se a cor pulsas do seu es-tado estatico para a dura~o; como se ela pul s de dentro.do eu nuc1eo e e de s envo lv e e. Nao se tr t pols do proble-ma de cor tonal propriamente dito, mas pelo eu arater delntermediacao" que iambem pr ide mui t vezes 0 pro-bl ma tonal), de uma bu a des dimUSt70 IItJiniltz da COr,

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    em rela~o com a esmnure, 0 espavo eo temp ', probl~~al6m de novo no sentido plastico. procura tambcm, e prlr~-palmente. e firmar no sentidO'puramente transcendenta es i m e smo . I 1aSc tomo por excmplo um tom qualq r de amare 0 C roe desenvol 0 para mais escuro de pass8SeRl a te 0 eu esver-deameatc, sem chegar ao verde, nlo fa 0 somente um.desen-volvimento literal linear da cor com,o alem ~o rno Imentoestrutwal de que alei, indico'delerrrunadas duetrOes que 5 e :dam como se fossem pontes de fuga ~ cor em re1a~.o a 1mama' h~ um subir e descer de inten idade, um vaivem demo im~DtO. evidentemente lIpdo diret.a~ente , eslrut~ra daobra, pois a cor n~o e independente em 51 m~a. ~na nloS6 pulsa~o 6tica como uma realiza~lo de asPlra~.~smdeler-mieadas que s6 al posso exprlmlr. 100conseguma pela ~-lavra escrita ou oral. nem atraves de, oulro. me10, plasllcoqualquer. to e sO lmportante 0 sentido psi ol?S1COdessemo imento interior. como tambem a sua reallza~O e 0di81ogo Cluesc estabele(e entre 0espec tador e a obra. urnat~ ex- tenclal DO mais alto sentido d a palav.ra,. acontraposi~o Cluefaz 0 diAl080 e q~e mantem a ~tahdadedobra e a ua comuni~o expressIY,a, ,uero, POlSpor es-se sentido d a cor exprimir uma viv!nC1a, dl~mos ~~ q~enom e posslvel de outra maneira, ,Dlr-se-la es~hca . exis-teneWeria t iv? i6! Como quetra.2 3 d e mateo d l 1962

    il), Kand i ky. a t raves da ua exper i enc la , pode edeve set considerado 0 pa i de tod~ as evolu~oo pcsrenoresda arte abstrata. m mo. estou hoje onvencido, da deM~n-drian. ve d de que 0 see s.entido de,esltulu~a e espaco dile-re m u ito d o d e endrian, m as sua 1Dnu~neta u ltrapass assimples baneiras fortlUlls. eslruturais etc., para se pl'oJetartambCm na parte te6ric!. que com e le tom~ propor~~ ra ra -mente vistas em mate r i d a am plicH o d e .0,e previsao ~a sevo lu~Oes f u tu r da arte. Nl Io i um e t eU C I la n sentidoliter I do termo, is, estudou detalhadamente el~~~-tos que c mp6em uma br f ipara en~rAr com o.bJeh\'l-dade 0 faro criador, pr6pria obra. 8 J w uma manetra de 0encaru uanscender 80 rato material, procurar ene.dt-lo e41

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    desv~ndar-Ihe 05 pr6pri s meio poi. que ao usa- lo n ao 0us ar~ ma t er ia lmen te ~.$I: pod e d ize r a im , rna r com msentido totalmente e piritual, A ua ob t inada bu do ves-piritual" em contra~j~i\o ao "natural" (o i 0 primeiro p -so importantc e deci IVO para a na -objetividade na obra dear~. ~ 0 que quero ao levar a pintura par 0 paco nadarnals e do que uma das consequencias, e

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    COR. TEMPO E ESTRUTURA

    DimelU~ cor. e:sJT'U/W'tI, es /Xl~O,empoo e d a aqui u m auma fus o, qu~ ja ~ d::;ena. ~m ~esscs elementns , masvo; fu slo e llIo jU staposict\o. ~ r:.~meuo movl .mcDlo er i tique jus:taposi~ im 1 i c a , ,~(Jo e oraa.uca, ao p 0profund am ente a~itfca . um a d esa re~o d e d em entos,

    CorA CO pi DIAr . 'alsentid d I Imateri e opaca em " prOCUIO d a r 0l ~ees~~ toda oo~lcrimaria e O"lr a$ que derivam de.po;~m ~ reciso 0 0 senti 0 de Iuz, e ao b ranco e .0 c i : n z aprivileiiJM a s : r u ar as c~r~ mais abertas * luz, c o m oreto, /a,o"ia, ~me,'::'_~enCla: cores-/~: bronco. ama-

    o b ra noo ~ a cor-lu ideal. int e-luz d e tod as core .E a m a i C $lA tic a, fa vo re ce nd c, s im , a du r a~o sileneiosa,d en s&. ~ica . 0 cncontro d e d ois b rancos d ife rentdil surdari\cnl Ct t endo u m m ais aJvura e o ou tr o, n atu ra lm e n-te mais opaco, tendeado ao tom aem",,' de, 0 clnu e po i Ipouco u .s ad o , por q\ IC ji n as ee d cs se desnivd ck luminosidadeentre u m branoo c e u tr o. 0 b ranco I portln I 010 p o rd c 0..sC'Uscntid o n se dc$nivcl e , pot. 0, a ind a r ta iIO cm~ urn pa -pel em outre nlido. de que f&lam quando cbqar a essacor. 0$ b ra nco s ~ uc SICcoofrontam 510 pW'0. em mutura,d aJ tambCm. ua dlfcrcn~ c l& ncull 'a1idadecinu.o amarelo , 0 contririo d o b ra ae o, e 0menos inlttioopossuindo f o rt e pu ls a~o o ptic a e t endendo 80 pace rea l, ase d esp re nd er d a e stru tw a m ate ria l e se expand it. Sua teod~ncla ~0 iano, n um s en ti do m.ais profundo e pa r 0 sinal6 ptico n um s en nd o superficial, tpreciso notal que 0sent idode sinal do inler aqui. pais

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    1f

    lC~tidodl,!4!t!liza~ dl t o d \ a S , , a i l po$~ de ',ula ,e;da,pe:s-q~ dU \1hmcmOftd:) ,o .b t~:;CQfl atnlhml, >f~pa9o~RflDfO!!Ill

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    Como ja irnos, a concepcao d e espaco ta rnbem mudacom 0 desenvolvimento cia pintura, e seria exaustivo tracaraqui esse desenvolvimento. Partamos de ondrian, paraQ,uem 0 espa 0 era esra rt o . m as nao 0 e tA tico imeuico, esnn 0 estatico relativo ao espaeo de represen~: p.ex.,oposto ao dinamismo do futurismo, que era urn dinamismodentro do lela, ao pas: 0 que 0 estbico-dln4mico de Mon-drian e a estarizaeao desse dentro da tela e a dinamizacao vir-tual da sua estrutura her zontal-vertical, Mondrian nio con-cebe 0tempo, seu espaco e alnda de representacso. Os con-cretes concebem 0tempo ainda mecanico e de certo modo;mo hem disse erreira ullar, d!o uma passe atras nesseenudo, A oncepca que t e r n d pace e uma concepc daintelig~n la des e e pa o, atlQlltr e que n 0 he~ a tomarvitalldade temporal, por let alnda res duos de repr entacao.ao e trata, aqul, d e um apanhado histericc a ark on re -t . Enquanto 0 prlmeito e dinamlc , temporal, utro ~tali analili . A se 4 el ment Quechamo de dimea-SO : or . tempo, uu tu ra e espa 0, po s 0 acr eentar m jurn Q ue m r dim n 40 fundam mal, ~ lim xpr 0global. que nas da unidade da obra eda sua igniflca 0:d ime 10 infinite, Dimen 10 in flnita , na o n o enudo de guea ob r se pod e ria d i solve r ao infinito , m as sim pelo entidoilimitado, de nao-particul rid de que h na rele 0 entre va-zioe ch io, desnt el de cor, dlr a e . 1. dur 0 t empo-ral etc. 0 momento arual, consideroz dir O e s paralelascom etam na Obr ; uma e senti oar-wlc1 r: e m 1 u re ntido p reeemais cenruad o n s maqueta e n grandes p in tura s. 0 sen-tid m u in s equali u n o s nucleos. primeiro equai! seccmpoe de on p~ no e ~a~o (quadrado igua is), m a aua relacao n a o e escuttorica, pelo fato d e e tar no paco;se ria m ills u ma re la~4 arquiterenica, mas eSI se re aliza na sgrandes pinturus e n maquetas, A re l iO predcminantcaqu i e a musical , nao porque ~ criem conrraponto oueurri tmia, sernelhante a rnusica ou qu e po suam relacoes des -mesrna ~PCclC com e la , COmo tam be m a m usicalid ad e nao~empr tada a obra, e .im n da ua encia. .~verdadeesta muito proximo da encia da musics. No ranaesnucleos a partes nao ~o iguais e a retacao e mai complexa,48 49

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    e no tempo t mbem I menr .a ua

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    vitaveis, rata-se p is da torn ada de conscren a da pro-blematica es encia da arte e nao de urn encla urarnento emqualquer trama de con ci t u dogmas, incompati ei quedo com a propria criaca .nquanto para mim 0 primeiros nu leo sao a ulmi-nanoa da fase anterior das prirneiras estruturas no espaco, 0penetr vel abre novas possibilidade ainda nao exploradasdentro d e de envolvirnento, a que e pede chamar cons...trutlvo, da arte c ntemp ranea_ Um esclarecimenro se fazneeessario aqui, obre 0 que consldero como con rurivo",MArio Pedrosa ol 0 p imeiro a ugerir de que se trata es aex peri < n ia d e u rn navo construtivlsmo, e creio ser esta umad en om ina .. 0 mais ideal e import nre pa ra a consideracaod s r blem universals que desembocam aqui atraves dosmultiple e ru essivos desenvo virnento da arte con empora-nea. A tendencia, porem, e a de abominar . "neos "no-vos' etc., poi poderiam retomar omo indicacao a rclacaocom certos ,. m II do passado imedlato da arte moderns.Cabe nesse caso recon iderar aqui 0que eja con trutlvlsmo,ja Que foi se termo usado para a experiencia dos u sos devanguarda em geral ( atlin, Lissi tky e mesmo Male itch) epara Pevsner Gabo em particular. que publicararn in Ius! eo Manif to do 'onstruti ismo. Ora, apesar das Liga~es queexi tirlam entre 0que se faz hoje e 0 Con t ru t iv ismo russo,nlo cre io que se [ustlflcaria 6 po r i 0 0 te r rno 'n '10cons-trutivl m "'. 0 Iato real, por m , i! que e torna inadiavcl en L a um a r ec on sid e ra ca o do termo " on trut! ismo'ou Harte onstrut] a" dcntro das no as P Qui em todo 0mundo. S e la pretensi so querer considerar , como 0 fazemte ri OS e crlu puramentc forrnalis tas , como construtlvosomente a br que descendem dos Movimentos onstruti-vi ta, uprematista e eoplasti i la, U eja, a chamada 'ar-te geom~(ri a,", termo horr vel e deploravel ta l a super cialforrnulac! que 0gerou, que indica Iaramente 0 seu sentidoformalista. JA os mais cLaIO procuram substituir 'arieg metrlea' pO I ' arte construti a" U C , ere' 0 eu, poderaabranger uma ttnd!ncla mais ampla na arte contemporanea,lndteandc n uma relac 0formal de ideias e 'olu Imasuma t e emea estrutural dentro des e panorama, onstrutivoseria uma aspiracao i vel e m toda a arte rnoderna, que apa-rece onde nAo esperam 0 f rmali tas, Incapazes que sao defugir as simples oonsiderac f. rmais , sentido de cons-5

    trufbo esta tritamente igado a nossa epoca. 1 0 0 0 o o ue 0espirito de construcao fruti lCOU em todas epocas, m nanossa esse espirito tern urn carater especial: nae a peciali-dade formalista que oonsidera como' con t ru t ivo" a formaeornetrica nas artes, mas 0 espirito geral que desde 0 apare-cimento do ubisrno e cia arte abstrata (via andinsky) ani-ma 0 criadores do nosso seculo. 00 ubismo sairam Male-vit h. Mondrian Pev ner abo etc.: ja an dins k lancoubases definitivas para a arte abstrata, bases estas puramenteconstrutivas. Houve 0ponte de encontro entre os que deriva-ram do ubismo e as teorias kandinskianas d a arte abstratatornando-se qua e impossivel saber on e urn influenciou 0ou rro , ta l a reclprocid ad e d as influ encias. e sia sem do idaa epoca da construcao do mundo do homem, tare a a que seentregarn, por maxima contingencia, S artist . on idero,pois, construti ..-os os a rtis ta s qu e fu nd am no...a s re la cees etruturais, na pintura (cor) e na escultura, e abrem novos sen-tidos de espaco e tempo. 0 os construtores, eonstrutoresda estrutura, da or, do espaco e do tempo, os que acrescen-tam novas visoes e modificam a maneira de ver e sentlr, por-

    I tamo os que abrem novos rumos na sensibilidade contempo-(!nea, os que aspiram a urna hierarquia espiritual da con -trutividade da arte, A arte aqui n!lo c sintoma de erise, ou da~poca, rna funcJa 0 proprio sentido da epoca, constroi osseus alicerce espirituai baseando-se nos elementos primer-diai ligados ao mundo n icc, psiquico e espiritual, a tr adeda qual se compoe a propria arte. Dentro dessa visao podem-considerar como construtivos artistes tlo diversos n seumodo orrnal, ella maneira como eoncebem a g ~ne se d e uaob ra , m as lig ad o s po r u rn L ia me d e aspir-a~~es tAo ge ra l e u ni-versal e par isso rnesmo mals perene e v!lido. como: an-dinsky e Mondrian (os arquiconstrutores da lute merna) ,Klee, Arp, auber-Arp Schwitters, Malevitch, alder, up-a, M ag ne lli, J aco b n. Dav id rnith , B rancu si, P icas 0 eBraq ue (no ubi mo, que aparece como urn dos movimentosmais importantes como forca construtlva, que gerou movi-mentes como upremapsmo, Neoplasticismo etc.), lambentJuan is , abo e Pevsner, Boccioni ( pr in cip alr ne nte n acultura revela-se ho]e como 0antecessor dos construti istas eMax ill), MQ)( B ill, aumei rer, Dorazio, 0 escultorEtienne-Martin; pode-se dizer que 01 oi 0 "construtor doindererminado"; Pollock, 0 construtor da hiperacao"; h~s

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    no temp, ndo que

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    m r propri v ivenci itencial 0 preprio cotidiano ~mpr ao uma pir cao que e pod ria cham r de ma.Slc(lta l a rran rnu rac a que vi a operar no mod d e cr hum ne d a u al es rao pa r ce rto afastadas qua- quer d e or-d em na ru r al is ta .29 de outubro de J J

    Bolide;Poder i a cham r a rninba u ltim as ob ra .0 Bolide. de"t ransobieto J. a verdade, a nee idade de dar A or umanova estrutura de dar- he corpc'", Ie ou-rne a s mats mes-pe rada CO eqilen i ,a!> im om o 0desenvolvirnento dosBol ides paco a iran parent onde a cor nao so s~ apre-enta nas cecni a e a cola, rna, no. eu e tado pigmen-a r , c on ti d a na p opria strutura Bolide. Ai a cub~ de vid~oque contem or poderia er chamada de objeto pr -m ldado, vi to ja tar pronto de anternao. que Iaco aotran forma-lo nurna obra nao e a simples "lirifi~Ao' doobjeto, ou situa-lo fora do cotidian ,rna incorpora-te auma ideia esietica, faze 10parte da ~n e da obra, tornandoele assirn um carater transcendental, vi (0participar de umaid e ia univ e a t em pe rde r a ua t rurura a n e ri? r. I ? a i a d e -i a~o de iran bjelo" adequada a e pen&tCla_ Valeaqui uma cornpara ao a . e:xperi~ncia de ani, tas ~m? R~u .chenber e Ja per John ,crlador~ do combm;-pamtmg, I,Sl.0~ obr ern que ~ocornbinada: diver as tecrucas e matcnaisexpr iv (entendido a q u i que, a o usad?S com~e~press.ao ,a\ un do quai tau como sao conhecidos objetivarnente,

    p.e . pneum atico , x1cara:, ~ve.~empalha~as etc. Nes as ex~periencia a che ada a objeuvacao, ao objeto ta l como ele eno c nt e to de urna obra de arte, transport ado do "mundodas coi _.. para 0 plano das forma imbolicas". da-se demaneira direta e metaforica. :1 0 se trata de lncorporar apropria estrutura, identifjca-la na estrutura do obiet ,mde tran porta-to fechado e enigrnatico da ua ~on.di~o, de"coi a" para a de 'elernento da obra '. A obra e irtualiza-d pel P enca des ,e lementos,e n~o encontrada ant .av irtu a lid ad d a obra na e natura do objeto. obra qu marsea r im d eum a id entifi a ao rom a estrutura do objeto

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    Nov mbro 1964Basesfundamentals para uma a 1ini ao do "Paran ole"

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    nido, uma o tali dade. Ha aqui uma dlferen a fundamentalentre i so e o fa to ub' ta, p.ex., da d eoberta da arte negrac mo fonte rl qu i im a formal p Iva e t . E ra a d co-be La d e lim a totalldade u ltu ra l, d e u rn se ntid o e spa ela l d e 1-nld o. Era a tent tlv a prim e lra e d e lsiv d o d m nte d fiegun n arte ocidental, da dinamiz ~lo expt iv da.~gur da procura da ditHUlliz.a(~ trutural do quadro tradl tonal ,dae cultura te. 0 Pa!ango/e, por m.situa-se omoqu nola d o opo to d o Cub i mo: nlo lorna 0 bieto'imeiro, c b .do, totat, m procura a e t rutura do objeto, o. P!i 'pioscon titu tivo d e a e t rutura t nta a fund acao ob jeuva e n 1 1 0a d i na r ni za 0 ou 0 desrnontc do objcto. 10 d ellvol er itam bem aqu i esse argument em d eta lhe: quero apenapont 10: cabo am bem a . critica d e arte a to m d d o un-to sob e ll ponto d e v i ta oNe s procu ra d e um fund acao objeli a . d um novoe pa 0 e um no 0 t empo na ob ra no e paco a mb ie nta l, a lmeia e se sent ido coru t ru t ivo d o Parangote a u rn harte am -I b ie nta l" p or e c le ncia , Q ue poder: OU nao chegar u rn ar-quitetura c ar ac t r ts ti a. H A com o um a hie ra rqu ia d e ord ensI n pia macae experiment I d "c(eos, Penetrdveis eBolide, ada e por rn, dirig_id para e cri ~ilO de urnmundo amb ient I o nd e e sa estrutura da ob ra e d envoie eea a ua trama ori in 1 . A participil~a do p tador et m em qui aracLeri uca em rclac;i1 que h jc exi te naarte em geral: e uma "participacao am ient 1" r e celen-cia. Trara- da procora de "totalidad am ientais" que se-riarn criada c :: exp rada em l da a uas rdcn, desde 0i nfin itam en te p eq ue no ale 0 pa Q a rqu ite t nico, urbaneet . Essas ordens nao es ~o estabelecidas a prior; m eedam e undo a necessidade cri I i a na cente. 0 uso, poi,de elementos pre-fabricados ou nao que constituem asobras irnporta somente como detalhe de totalidades signifi-cati as, a escolha desses elementos responde a necessidadeirnediata de: cada obra. A relacao dessas obras com objetosou c nceitos j a ext te n e porem d e o utr a o rd em , p. .:tandanes, tenda , apes etc. Ha como que uma cony tnciada obra com esses biere ,ou melhor , uma emelhanca apa-rente terminada a obra, ou ja tornaela, d de 0comeco, essaaparencia. sa con ergencla da- e. e claro, 0priori: 0e tan-dane per excetencia urn elernento ou objeto ultra-especial;ha nele, implicito na sua estrutura objetiva elementos que

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    igid p.e . p ra primir urna deter-pacial da

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    ANOTA

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    12oenovI!mbrod 19 5A dance naminna 'Pe'i~lIcio

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    que se convencionou charnar "interpr tac "tambem uma tran forrnaca no no 0 dias - o' se tem alguns ca os e claro, de rcpetir uma crlac;ao (urna can ,p.e .), alias dando-Ihe mal r u menor e press-a ~CSUf dinterprete, Ho]e 0 interprete pode assurnir uma lalu1'Ipott1n-cia que sobrepuje 3pr pria can~~ (ou

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    Jutho 1966Posicao eprogramu

    Antia rte - omprecnsarna is om o u rn c ri ad o r para

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    Pro ramo ambi ntatde ex-

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    re f It!1l1 C I'~lndividuo nas

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    Item 1: V m ad e ccnstru ti a e ra l

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    ontade consuutiva eral como item principal Im6vel pirl-

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    tual dela.Item 2: T nde cia para o objeto 0 er ncgado su r do 0uad ro d e c v 1 re

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    I'I8

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    PerifericasVA

    08J TlvlOAf>E

    GRUPOorl IArT f IIIpope 0

    ('I ~.1"NO0

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    It m J: Parti " d lad r

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    c claro , os peri 0 m qu astomada d

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    Item 4: Tomada de po j 0 ern relacao a problemas politi-cos, ociaise e,joos

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    coletivo), revc- descobrissern POt sua vez essa unidade autonoma dessas rna-

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    Iucao rransformadora, longa e penosa, mas que algum diatera atingido, 0seu fim - 9ue 0artista upartidpetJ enfim dasua epoca, de seu povo.V em a i a pe rgu nta crtrica : qu antos 0 fazern?

    [tern 5: Tendencia a uma arte coletivaHa d uas m ane ira s d e proper u ma a rte coletiva: a l~ se -ria a d e joga r pto d u.y.{}e s ind iv idua is em contato co m 0p ub lico d as ru as (cla re Q u e produc~ C l u e se d esunem a tal.n ao p ro d uc oe s c on ve nc io na is aplicadas desse modo ) ' ourra ad . proper at iv idades criativas a esse publico, na p r6pr 'i acna cao d a ob ra . 0 B r asil e ssa ( ndsncia pa ra um a ane col e-tiva c a qu e pre ocu pa rea lmente nossos a rfista s d e vanguar -c)a. H6 como que uma fatalidade programatica para isto.Su a o rig em e st! J igada intlm am n C80 prob lema d a partidopa ca o d o espectador I q ue s cr ia ir ata d o em ao ja como wnprog ra ma a seguir Iem estruturas m a is co mp le xe s, D epo is d ee xpe riQ ncla s e te nta uv as e spa rsa s d esd e 0 g rupo neoconcr e totProietos Porangotes m eu ICaminhando d e C la rk i happen-

    ings d e D ia s, Gercnm an e Ve rg a ra , p rc ie to p ar a parque d ed iv ersoe d e. E$Co {eg~lY)1h i\ como que urna so)icita~!o ur-genre , no d ia d e hoje , pa ra . ob ra s aberras e proposiceesv arias: a tu a lm erue a preocupacao d e um a "se riacao d eobras" (Vergara c Glauco Rodrigues), Q planejamenro de"teiras expenmentais" d e outre grupo d e a rt is ta s p ro po sic oe sd e ord ern co le tiv a d e tod as as-ord ens, b em 0 ind icam.. sao porern pro~ram as abe r tos a realizacao, pols quemunas dessas proposicoes sO aos pou cos v ao sendo possib il i-tadas para tal. Houvc algo que a meu ver , determinou decerto modo essaintensificacao para a proposicao de uma ar-te ooletiva total: descoberta de ma nl te st ae oe s p op ul ar es OT-ganizadas (escolas de samba, ranchos, frevos, Iestas de todaordem, fu ieb ct, fe lra s) , e as espontaneas ou os "acasos"(Harte das ruas '-ou antiarte surgida do acaso). Ferreira Gul-~r assinalara ja, certa vez, 0 seruido de arte total Clue possui-nam as escolas de samba onde a danca, 0 ritmo e a mUsicavern ua idos indissohrvelmente a exuberancia visual d a CQrdas vestimentas etc. N i < > seria estranho ent~, se levarmos is~so e rn. conta , que os a rtis ta s em ge ra l, ao procurar a chegadad e s s e processo UI"rU\ ~olu~~() coletiva para suas proposi500~

    nifestacoes populates. das quais o 'Brasil possui urn cnormeacervo, de uma riqueza exprcssiva Inigua1aveL :xpericnciastais como a .quc Frederico Moral realizou na UniversidadcdeMinas ,e ra i ,com Dias Ger hman e Vergara, qual seja ade procurar "criar?' obras de minha autoria, procurando,, a ch an d o" na T)aisagctn u rb ana e l m entes qu e corre spon-d essem a ra ls ob ras, e re u lizand o com 1 0 um a especic d e'hfJpPI!Jt i .ng, S 0 I u ip cr ta nt es c omo modo d ..m troou2Ir o e ~pe eta dor ing l!n..u o no proce so o ria d o r t en ome n ofe g ic o d aob ra , ja nao m ais com o a lgo fe had e. lu nge d ele , mas ornoum a proposiea o ab erta A s ua pa rtlcipa eao to ta l.Item 6: 0 re ur gimento do problema da antiarte

    P er fim d ev ernos ao ord ar e d eline ar a raza o do ressurgi -mente (i(). problema d a antiarte, q 1( ; 'I nosso ver as um e hoiepapel mal Importante e sob re tu d o novo . Se r ia a m esm a ra -zao por que de outre modo Mario Pedrosa senriu a nee si -dade de separar as experiencias d hojc sob a sigla de "arlepos-rnoderna' - e com creito, outra a atitude criariva dos .artisras [rente a s exigeneias de ordem etico-individual e associais gerais. No Brasil 0 papcl toma a seguinte co~fig,u-racao: oomo. num pais subdesenvolvldo, e plicar 0 apareci-mento de urna vanguarda e justifica-la, nao como uma alie-nacao sintornatica, mas como urn lator decisive no sell pro-gresso coletivo? Como situar ai a atividadc do artisla? 0problema poderia ser enfrentado corn urna outra pergunta:para. quem fat 0 artista 1I30bra'? Vc-sc, oois que scnte esseartista uma nccessidade maier, tIlo so de criar simplesmentemas d e eomunicar a lgo que pa r e le c fu nd am enta l m as ess ,co mun icae a o te rta que ~ d a r em g ra n de e sc ala . niiO n u n ae lite re du zid a a experts mas ate contra SA elite. eom pro-po icao de obras n l 1 : o acabadas, 'abertas" E essa a te lafundamenta l do novo coueeuo de antiarte: n a o apcnas mar-to la r contra a arte do oassado ou contra os concenos anuses(como antes, a ind a u rpa atitude b a se a d a J1a t r an sc end er u al i-d ad e), m as criar novas co nd ico xpe rim enta is, em que 0 ar-us ta assume 0 papcl de "proposicionisra", ou "ernpresario"ou m esm o "educador". 0 problema antigo d e "fa zcr umanov a arte" ou d e d erru bar cu ltu ra s ja nao s e fo rmu la assim- a Iorm ulacao certa seria a d e se perguntar: quai as propo-

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    conctu iio;

    1 d rna; de ]967Pe gunta e r p sta pa ra MAri B r t . (F ragm nt

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    terarias de cunho surrealista (alia , os surrealistas rzerarnpoemas-objetos, mas 0sentido destes pI urava ser semprerelacionado a problemas literar! vivenciai erc.). 0 subje-tivo a rnensagern, a rev Ita ncontram-se presentes, aqui,num novo comexi experimemat.De a premi as.resotvi verificar a' reacoes, sensacoes,experiencias no decurso da e posi :10; d cobri algo impor-tante: a in ormacao esta a contida na propria ambienracao;as obras, se isoladas em seco nao comunicariam com a ple-nitude do seu sentido; 0 ambiente criado nao era pois algogratuito, super icial OU decorati 0 como poderia pareeer aosmenos a lsados, mas a con pleta 0 dessas obras. Por iSO eque. dizia eu, certas obras pedem urn ambiente; p.ex., 0 alptar de Gerchman, obra em si magni ica, roou perdida, sem amlnima inform 0 que pudesse intr duzir a cia 0 participa-dor, As propos] ~ novas de er hman ex igem urn comp r-tamento do parti ipador: ajoelhar entrar dentro e carregartruturas (n a obra ainda desconhe ida do publle ) etc .all j zom ' [

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    D umbra 1967

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    pelo obleto, ou limltar-se a 'achados f e novidades pseudo-a~as a trav~ de o bra s e proposics. Quando criei e deftn ia id eia d e N ova Ob je tiv id ad e, ( i a ra d efinir u rn e stad o ca ra c-ted tico dessa volu~o verificada nas vanguardas brasileir olo para e trariflcar c o nc e ito s e cr ia r n ov a s cate orias: o obj -to e arte ambientaL A obra d y ia ark primeir na rra -forma 0 d o q uad ro an un ca nd o ru n d o me sm o, e d epo tscom a magnific descoberta do 'Bicho' iransformando e ll-qu id and o a e s c u l tu ra d i ri nd o as m ais ou sad as propositOescriativas, e decisiva pa r a com pr ee ns lo d e ss e fen6meno ent ren S, 0 mais importante e M nifi tiv da arte brasileira, Asp roJ )OSicOe s qu e su rgem , ora )an~ m!o d o b je to (pa lav ra ,caixa etc., indo a todas as modalidad ,at~ A coisa' e a"apropriaeao '). ora do ambiente, absorvendo, catalisandoseus elementos, mas visando il proposlcao em sua essencia.Alias, diga-se de passagem que quando tomei conhecimentodo' ambiente '(de 1%0 para ca) sempre considerei o ' obje-to" com uma d e m as ord ens (d ai N u leas Pen trav is,BoNd , P( l fa "K()Ps 'm anife stacees am bienta is" O r-d en s pa ra u rn to do , j procur n do proposirao v lv n cia ! d ehoje), 0 quer diur ui cri tum t ti a do objeio ou doam biea te ; e te seria u rn Jado m enor d o pr-oblema, qu pod to-mar ce rta im portAncia mas lim itad ao ,,~ e 0 m mote mp o ne ssa e vo lu ea o. 0 q ue im po rta , ainda, e a e s tr u tu r a in-tema das proposic ,ua objetivldade. 0conoeito de 0 aObjetividade n a o visa. como pensam rnuitos, dilulr ss estrutu-ras, mas dar-lbes urn sentido total. uperar 0estruturalismocriado pelas roposicoes da arte abstrata, fazendo-o creseerpo r todos o s la des, com o u ma planta ate abarcar uma -de iaconcent da na 'b eX da de d ind iv id uo , pro po rci nand o-lh epropo . abertas 0 stu exercicio imagin ti 0 interior-esta ria u ma d as meneiras. pro po rcio na d ne ste ca so pe lo a r-tista, de desali .e 0 ind j\lid uo, d e torn ]0objeti 0 no seucompor tamento etico- oclaL 0 prbprio"e 'L r" d a o b ra s er iavio lad o , .. com o a "e 1abo ra c;! interi r. jA q ue 0 verda-de i ro I faze r" stria a v iv& lcia d o ind iv id u .

    Ch e gu e i e nt 0 ao c n e iro q ue form u le i rno 'pm n-sor ia I . ora eria difldl d e f in i .. .\ o em todo 0 eu vigor-10 3

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    de marco d I 68Da ideia e conceit u w a de No a Objetividade, criada

    1 1 a Tropicdua , Que ro i co nc lu id a e mra (projet m b ienta l em abril d e 6 .om a teoria d 0 a [e ividade ueria eu in ci u ir e ca -racte riza r u rn e stad o da arte brasileira d e v angu ard a,confro nta nd o-o co m o s g ra nd es movimenros d a a rte mundialOp e Pop) e objetiv n d o urn estado r asile iro d a ane ou damanifestacoes a e ta T ela ionadas ( ...cr catalo 0 das expi~O es ova Objerividade Brasile ira no M M - abril J9()7).A coneeituacao da Tropicotia apresentada per mim na mes-ma exposicao, veio dire amente desta necessidade fundamen-ta l de caracterizar urn estado brasileiro. Alias, no inicio dot~to obre Nova Objetividade, invoco Oswald de Andrade eo emido da antropofagia (antes de virar moda, 0q ue a eo n-teceu ap6 a apres ntacao do Rei do V~la) como urn e lemen-to importante nesta tentativa de ca ra tenza ito eac iona l ,Tropicatia e a prim irissirna tentariva con ienre objetiva,de Impor uma i ni a g e-m obv i amen t e "brasileira" ao contextoatual da vanguarda e das manifestacoes em eral da arte n~-donal. udo comecou com a Iorrnulaea do Paron ole emJ964, com toda a minha e. peri~nc:ia c m 0 samba, com adescoberta do morros, da arquit ura or Bnica da favelascariocas e 01 equenternente outra com a ~Iafit doAmazonas) e principalrnen e das onstru pontaneas,I~ 10 7

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    de a d sign ~- criada p r mim de Tropic /itl (< 1 vo inf e-m f qu a d e i s : J U l y a o Io i r ia d a por m im , m ulto ante s de ou -e ra s ,qu sobrevi ram. a te e tornar moda tual) a l t~ os s eusm tn im o s c le me nte ,acemuar ssa nova linguagem om ele-mento r ileiros, numa tcntativ ambiclo Issima de riar~ma li~guagem n a, ca r cte risric , que fi ze ss e f re nt a .una e tica P p e Op, internaclonais, na qua l m rgu lhav a b aparte d e n sos a rti t s. M e rna na exposl go Nova Obieuvi-d a d e p od ja "'S ~ n ota r ito . Pergunta a -m cntao: pe r qu e u sarstar and trtpes elem ntos d rte Pop. au retlculas e ima-gens de ichtcnst,ein e Warhol (re~r~~o ~ figuras tc.)-au C 'O ,m o0 P ,u lls a o,rl d o, os, 0 ilu sionism o 0., u e aliaspoderi _ te r r iz es a qu i, muuo m ls que arte Pop cuiaim agen a e completamente inadmi slvel p ra n6 )1 N a Vet-dade rem, a expo i~ao 0 a Objeti idade r u 'e qu epor compl 0 mergulh d n lingu em Pop hfbridapar~ no , ape~r d talent f rc a dos s n la mpro-m t~d ~ .P r IS 0 ,T 10 qu e Tropi alia. qu en err tod a -sa ~~e d e pr PI , veio c ntrlb u ir Io r tem nt para aob euvacao de: uma imagem brasileira t ta l para a derrub -da do milO univ r ti t da cultur br II i r a toda calcadana uropa e a Am rica d o one nu m r'ianismo inad -mi, ive aq.ui~ na r d a de , quis 1I com a Tropicalia riar 0mito da mlS(;/genafiio - om negr I Ind io bran os, tu-do ao me m tempo - n cultura na d tern a ver comeurOpC~a,apesar ~e ea r a te h [c a e la rubmetida: ~6 0 n groeo Indio n4 capitularam a cia. uem 110r iver conscien jdiSIO que caia ra. Pa r a ria 410 de uma verd d i culturbrasileira, car cteristi free, expre I ao menos essaheran a rnaldita europei americana tera d sec bso:vidanrropofagicam nte, pela neg ind ia d nossa terra Q u ena verdade sao s imic signifi arivas, pois a maia~ dosprodutos da arte brasileira e hfbrida, im clecru allza da a o ex -trem o , v azia d ~ u rn si nificad o propno. E agora 0que e vc7Burgu s ub im e le cr ua is , c re nn os d t especie a preg artropicali mo, t ropicalia (vir u m al - enfim, a'trt lJlSfor-mar em C nsumo at o qu e na abem dire i to 0 que ~_Ao me-nos u ma co isa e certa : O S q ue I az ia m sta andstripes j ll e s ta ofazend o su as a ra s su b ananeira e tc., o u csta o in te r a -d os em favela escol de s amba , marginais ant i-herois (Ca-r de Cavalo virou moon etc. uito born, m na o se e -que am que h a e lem ent a t qu nile pod r 0 er C nsumid\0 10

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    novembro de 196

    SITU c;-'ODA VANGU RDo BRASIL (Propostas 66).q u ' e rm c d e fin ir tim P - 9 3 speetfica p ra 0 q ue e b -mamo de anguard ~ ile ir , teremo q iep rccu ra r ca ra c-terizar it mesrna ro me fe ne me no t pico b ileiro, 0 penade nao er vanguarda nenhuma , rna apena uma falsa va gua rda , pi on . d a americana (Pop) ou d a france aouveau-Reali me etc.om arti ta integrante de sang arda b ile ira , ere or ie o, d i 0 qu e 0 acerv o d e criacoe s ao qu al pod em os chaom ar d e vangua rd a b ra sile iru e um Ienomeno novo no pano-rama internacional, inde cndente d ,a manifesta oes tipi-cas ameri na ou europeias. Vin I,1la~Aoe . te, e claro, paisno campo da arte nada pode ser desligado de urn contextouni ersal. IsIO e algo que ja se abe rnuiro e n!o interessa dis-cutir aqui.Toda a rninha evo u~ de 1959 para cl tern ido na bus-ca do que irn a chamar recentemente duma "nova objeti-vidade" e creio s r esta a tendencia pecifica na vanguards

    b aslleira arual. Ho ve como que a neces dade da descober-la e t a s estruturas primordiais do que chama "obra' que secomeeararn a revelar com a transforrnacao do quadro parauma trurura ambiental (i 0 ainda na epoca do movimento-neoconcreto do Rio) a criacae dessa no a estrutura em basessolidas e a gradativo urgimento d sa 0 a Objeti tdade,que se caracteriza em principle pela cria".ao de novas ordemestruturais nao de pintura' , u esculrura", rna ordensamblentais, 0que se poet ria hamar 'objetos". Hi n:Io nossatisfazem as velha poslcoes purarnente estetlca doI 1

    princlpio, das descobertas de estrutur pri_mo~diais. ~ . -sa s d cobertas com o que se torn ram habJtll. I_ e dln~earL isla ma is 80 estab e tecim ento d e ord en b je tivas, ou 51m~plesmente i\ CTiac!o de obietos, objeto ess d mais "aria-das o rd e ns , q ue 0110 s e l im i tam a v i 0 rna abran em tOOaescala sensoriai, e mergulha de maneira in perad a num uje tiv o re nov ad o, com o qu e b usca nd o _a _r_ire s d ?Ill C _m-portam nto cole I vo o u im ple sru en te individual, ~ '1St eta l.Nlo me refire a minh e pe(~nda emparti tar (0 ~o d oquadro cri Cl10 mbiental de dc/ros, P, If travels e B61 f(/, Parang~/i), m S ta mb em a o Q ue posso v erifica r na s dive asmanitestacees daqui. A participacao do . pectad r funda-mental aqui , eo principia d o Que 'c_podena cham r d ~ 'pro-po sicoe s para a cria cao ' qu e cu lm ina no qu f ~U!~lcomoanti rte. a o trata mai de lrnpor urn rode id lees-truturas abadas ao espectador, m a s d e r urar pela d. .centranzacao da "me". pelo deslocarnento do que e desi -na como arte, d mpo intelectual ci na t para 0da pro-posi~a criativa vivenciak dar a homem ao individuo dehoje a p ib ilid ad e d ev experirncruar a criaca ", d e d e :brir pela particlpacao, e t deOiVir ordens, al 0 que parae le po s ua significado. a tra ta m ais d e ddini~ inte-lectuai seletivas: iI e figura aquil e pop aquilo OU~T('I erealista - tudo ito e e puriol arrista hoje u 0 qu e quer,mais liberdade cria iva flit' I el, 0 que inter a c : j\ -tamente jogar de lado toda 5 porearia intelectual, oudeixa-la para os tarios da crtrica anti ultrapassadaprocurar urn modo de dar ao [ndividuo a possibilidade _d.e"experimentar' de deixar de er espectador para sa parncs-pador. Ao arrista cabe acentuar este ou aquele lado dessasorden objeti as. Ni10 inter sa. e Gerchman, p, ex., usa J.gura pre ada ern calxes, u se y ia Clar ~usa caixa de. fOs-foro ou plasricos com { t ua , 0 Que lnteressa c a proposicaoq ue faz Gerchfllan, a s de rnarmitas-obi etos para que 0 In-dividuo carre ue, ou a proposieao de Oar quando pede queapalJX1ll SU3$ balsas plasticas. Poder-: e-ia chamar a . to ~e"novo realismo" (no sentido em que 0 ernprega UnoSchemberg, p.ex., e nlo no de Restany), ma preflro 0de"nova objetividade' ~, pais multo rnais se dirigem estas ~pe-riencias deseoberta de objetos pre-fabrlcad (nas mlnhas"apropriacoes" p.ex., ou nas C'Jtperiencias pop-cretas deCordeiro) ou a criacao de oblero mais generalizad entre

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    ,ma 0 I

    r.A po ss if J il i( J( 1d e do re late;

    e riencia da Whittch p~1conflrmou-rne rnuita coi-s a, d e rr ub o u 0 tr e m e cond uz a m I "(10que pen ar" e'd e pa ra o nd e ir" - prtmeiro a revi tal iza9Ao d o s primeiros. H~nelntV' H~ nucleos' (d e 1960 em diante) - depoi itdefinitiva transform acao d o "mundo das imagens" doabstrato-conceitual (deriv d o do coneeitos neoconcretos)a te a Tropicdlia, onde e e repertorio d a 'imagem" como talse consolida na co n ci~ n( ,ia d e le mesmo, numa slntese e sesupera para um no 0 entido ondc 0 que era "abertc" se tor-na "supraberto" onde a p re ocu a~ e st ru tu ra l s e d is so lv eno "desinteresse d trutura ", que e ornarn receptaculos. abeno as si ni lea Ocs.Toda a conoepcao do Eden e iniciaI isso: na transforma ~o de uma Intese imagetica, a Tro-ptcalt, passand pela formulacao do upra- nsorlal, at.~a. ideia de relaxer, que teve su a primeira contla racao com aCama-Botide e com 00 bolide-areas feitos d e s d e 1967 - navcrdade, dentro da arne-Bolide, pude coneeber a sementeI114

    de tud o ue se ergueu dep is , II Eden, e a realiza d oIn 010 na ~ hltechapel, em fe e e i d 6 . 0 Eden 010 ti lsubmi so ent etanto a um a forma ac bada, m 1'10 po -iA perm ole 0 Crela: r. propo I alecern 0 m nus e nou tr - Q id ~ ci a co u(Ao do Bar-ra, tID e e u e m r um a ez com o um a pos ib ilid ad e u rgen-le o om o a consolid 0 d u rn pensam '11/0 torre espiohad r l d o Q ue chamo Crekuer. N pcr ienci h ire hape lia -11 em eru d o EdMP opu nharn ' v isOes ' 80 Crt/aur; acam a-bo id e o nd e e ntra e se d eita sob a estru tu ra d e ju ta : aoncentrae 0 d o lazer, que se tend e a fi r. 0 traj 10 d o p onu sob rc a are ia , que s interrom pc com as SUIXs.si a s e nt ra -das nos pcnetravei de agua./t!manjci, de folb Lotouano,d e palha, Cannabiana. Ainda pcla a re ia ch eg a-se a re ia li -m it d em area no bolld area J e feno no el ide-area 2.ond e d e ita como espera d o . 01 inte rne , d o laz r nao-repres ivo. A te n da p re ta en igma ti ca c onc ent ra 0 escondet-se , com o urn ova, e dentro a musica d e e tano e Gil 000 euma imagem superpo a m as uma no a re 8~ do mundcon ido, u rn . mid "QtlC e alia ao taro, m as m se er eguer em ' 'im ag n lacte" h mo n penetr v It cril- eo riald a Tropiccifia (ha ia I uma erie d e elem O f t . Ii qu ecu lm ina va rn pe 0 trajcto n e cu r m ~ T permanente-mente ligad , una tn t d a irna em quando se inter-relacionavam) - n a tenda rera urna icJeia demundo a i-ra e u com co: rnund o que e cria no n lazer, em t rn od e le , nil m fu a rna c m pice d o . d e ios humanos.o m esm o d ina m retacao 80S pene travei - cab ines T i ( Jciata, em u jo interior a h.7. vermelha criada pela filtra9aoda lu z e tenor a traves do pi ico env 1 ente 'e mistura aoln ce nso q ue qu eim a a o d eita r-se no chao d e espum a, e noUrs(J onde se peneuagirando a porta-parede e e encaixandodentro da '00 e rta : aco e telas de nailon deitando: 0espaco-casa prop()e um novo mundo-lazer. Para 0 tim, reser-v dois nucleos de lazer, no ide", que a me vel' levam a pla-no s mais avancad ,indicam urn futuro rnais in . ivo: 1) aarea aberta d o m ito , que se constitui num cercado circularvedado por lama treti~ de duratex (0 plano inicial era 0 duma trelica de metal coberta por trepadeiras vivas - es eplano e 0 que prefiro 110 chao 0 tapete cuja sensacao quentesucede a areia - a a r e a vazia interior e 0campo para a cons-trucao total de um espaco significati 0 "seu": n a o hit "pro

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    A B) CA T R OBJETAL,o COMPORT AMENTOEspecial para a CAM) - A insuficiencia < itrutu de muse us e aleria de arte, por mais avancado quej 01, e h je e m dia flagrante e trai e m m u ito C 50s, 0 se n -tido profundo, a intencao reno adora do art ista. Lem ro-mede om ondrao, por exemplo, e iniusticado 11 0 r colo-do lIo esteticamente dentro de vidro em larguissimas mol-dur !I inteligentemente olada pa ra su as ob r s, em lindsalas mo urn academieo ca ona qualq r.T a lv ez nAo tenha Mond ria n d eixa d ne nh urna e spe elficainstru~!o uanto a isso; m as, quand o vem os 8 & fOlO S d e scmateH~em ova Iorque, corn a ambientacao qu e c ri ar a para ae ndi 0, para 0nascimento de cada obra sua, emos que e .t s "v iv iam muito m a is a li ant d e enrrarem no onsumo

    j ultura-eomercio" m qu e se tra n form ara m posreriormen-te, uardadas delicadamente atra de grosse vidro em satapetadas etc, Por q e enta , para rmos fih 80 pensa-ento do artista, n~o se recons ituem os s us a mb i nte s pe-las fo tos? r ia mai 16gi 0, rn a menos rentavel, talv 2.Hoje com a proposicoes de uma a t -tetalldade,torna-se cada vet mai imposswel seoaracao ou adal>-ta 0posteri r de tais idei ., cad ez mais radicais, s es-truturas de mu. eus 0 aleri - cultura e onsumo - a quenao in eressam xperi ncias que nos possam reduzir a is-o, E, a cad a e lla . e st s se t rnam m i co mple xa s e je re -duti eis, donde ve quo os que em mudar sao eles, ou es-e co ne eito a ca cm i de culmra, ambivalent jA na origemmas perfei tamente abcrto il condu Ao qu se lhe queira im-

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    onmod

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    sete mares, de s 1 1 1 none, enos Iazem pensar em aptainBlood ou em rrol ~ynn com seus cabelos de mouro, mea- LONDUCMENTO

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    racotados, 0 Que e vida, ou 0 tempo em que" 141ao cinemaco~~r plpoca , que era 0 lazer arivo e que DAopassou porquefOI VlVO, e n em p as sa ra .

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    27 agosto 69Especiat para ELSON MOTTAHELlO OITICICA

    depoi da Whitcchapel (primeira e ult ima experi en cia)'depo t de Paris com Ceres Franco,fazendo Rhobo de Jean Clay ~depois de Los Angeles com y ia lark. cuja comunicacaore .Yell e cngrandeeeu com 0cont a to ame r ic a na IIIII / / I / / / J / 1/ J / II / / 1//depois de No a York com Gerchman, cujo trabalho crescedia-a-dla / II / / / I / / III / I1I1I / I / / 1/// / III / / Ies tou again em L on d re s

    E NAO TENHO L OAR 0 MUNDOonde esta 0 Brasil - que representa nele OU onde esti a pal-xao pelo Rio; no odio ou no despeito, de quem, de onde, per-que - slnto que Rio e Man ueira me foram a grande expe-ri~ncia, 0 amazement diario, visceral. mas que sO eu vivi esenti; se pud erem m e d estroem - m as e qu e na o sou o lA r!o enao d eixo - 0M und o m e parece pequeno e Ie io - ond e estao. onho do novo m und o? d o 3? , 4? 5? 0\1a ob ao infantil-- 0mundo ~ maier do Que se p en sa , m a is perdido, ~ 213 demar aa lm a l e $6, vazio d e humano - Londres e a s o li d loga y swinging do mundo: procure (om Caetano, 4 noire, algoq ue lem br e 'Q m i te rio s d e ond r ou H ndres depolsd e m e ia -n oite " ( com o 0 film e d e Lon C ha ne y), n o p equ enotrecho d e ha l Fa rm a C amd en T own - mas parece que 0infiniLO d e ru a e ea a s F ech - pr o u re 0 c r e laze r : f ~o 0.$planes, com eco e re come co - pareee qu e comeco e reco-m 0 nJo l rm inam Sio 0 untido do u e nlo ext te e seprocura erguer - refeio meu textos: huma!rodJdlest e 0que mals me atin e: e 0 sentido de tudo, inclusive do erela-zer: 0 e 0 na o exine c omo con ce it o (as r ou pa s sa o uni se x esempre 0 fcra m; fa 90 a rcufXlfangQ/i) - h om o e h ete ro $100. m esm o e nunca e j uram como algo real: sa o a sombra da

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    opressao socia l - prefiro meu textos t ic. qu e cem

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    o ItH LlO 21 :r MilOlTICK

    na rna . em tod a pa rte . te nho um que escrev i a noite e m at-i.ng Cross ~ Doite e dia nJ.o importam - coisas profundaspodcm nascer e vir, se estou rom Gil no macrobiotico, au. com Nelson e M6niea no Arts Lab. ou com Graham e ur -del ouvindo varese - ou ouco ridio, ou quando h a nitro-b enzo l no a r (m eu fllm e se cham ara Nitro benzol & black li-nole~m) - cinema deve SC f one como 0 under8round(c:usou 0uMiJrground da America Latinal), como CIJ(!/~ Girlsque ~ a America (do Nort e ) . rna serei m' forte; SCIe:i 0tropico sol, sere! a explosao miftba e sua: n A . o deix que atragedia 0co uma. ela ji\ exine todo dia - eta passa e estapresente - ela e ( ) e 0coiapso obre 0e ela pso - e 0 ir evir - e II conquista de se agnentar 0dia q ue n asc e, nao equere r que a noite te rm ine e qu e venha 0 C8J1S~ - escrevo,Ie io , e stou can ad o - a B rasil ~ trls te como a id eia d e tr6pico , m as sou eu- a qu i, sou 0 d flo d e mlm e sm o - em -pre adorei 0 Que m e ~ o po to e d esa 10;0 f rio , 0 conforto su -- puc;yiliud, e na noite trantanteiam 0 tambo mental-Jill ta aqui - osephine - ward Pope - Guy Brett -Rakys of Sparta - Le Francoi - M.ike Chapman -s en to -me junto a t At ua d e {OSe p en so , v iv o m ais , e nq ua n-to a a g u a e 0 frio se eseondem mas e tim minu to entre 0 fle0 1&- 0 BAR A A J a se erguedentro e procura a luz do5.01

    SUB T ERR A N I A

    SOU EU E VOC E AMERICA LATINA SUL SUIernbai 0 da terra longe do Ialatorio dentro de ~cond i~o unica d e cria 0 do mund para -B rasilno B ra sil __. no ubmundo a l 0aas e ~UI in cu tm l aou ~ fulmtnado como~n1xnasa d a propria cinza (ca fono)--t .... ~ ~ t . ~ m ~ romantico cafono e t a s ico nodcxofol -pop consclente mlstlco llrico (+ neo + lib ludo)tropic ia e 0grim 0B rasil p ra 0mundo ubterrania d o m und o para 0Brasil: n ao q ue rousar underground (c difici! demais pro brasi eiro) masubterranla e a glori ~o d - atividade -homem - mundo - manif la~o : o Ao c om d etnm entoou g l or i- cond i 0 im : como c ns 'e n ia p ara v en ee rasu I - paranoia- repressao - impotencineg li gcnc ia d vi e r ; m archa filneb re ente rro e gritoon e n la cr rica - criariva - ativa .. )Idad do disfarce - do surrealismo-farsa -; 0 , ; ; ; . ; : = = =do sub-sub da redundancia longe do olbos perto d o co ra ca o ; o u d a co r d a acao : d eba i x o d a te rr acomo rate de iIII mo RA ~0que omo mbolo f1amaenterremo-no ivo .d aJ)ar~ m ~j rn 1\10 do 010o n6 omiti 0 a nao- mts ao. missarnis 0eu sou 0astroneuta 0 9ra$l1 e a ua cuja poeira rnostrar-se-a aomundosublixo

    ---medi~ov o z a lt aCp

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    SUBTBRRAN IA Zsubub solosub terrasu b m un do

    o sub desenvolvido embalxo da terra como ratoa su b Americasub terraneo do desconhecidoterra$Ub f r a s e a do& U b ma rsu b irou d e se er n o b emis fe rio o s uisub verier ou OOITe rub liminar desejo devencer e construirsub alterno que faz su a tarefa decobrir deterra 0 prCSctllCsu b t~rmieo tenntlmetro

    sub alturasub estatuto : 0 suplenre suplantasub statusillb erguersub mergir pelu maw ou DUondu do marsu b lim e a tu a m U sica e$O Ood id a sob 0su b veusubway

    T

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    APOCALJPop6TES

    No Rio, At r ,I a Q t 6ont to g upal leti 0: na imposicao de uma "idei~tetj a grupal' ,rna cxperiencia d o g1 'uJ) ( ) a /H I' /O nurncoruar col tivo dlreto.Ant nio Manue l Urnas quentes: nan qu e outrora er a

    como 0desenh u a gravura-m riz, n parede, esta encer-rado na caixa, h e rme ti ea . .Que e aeerta a martelada e ele aliLa : 0 flan-mensa em-panfleto, como um poem a adormeei-do: ma.is do que 0 prole to que eneerra, a ideia de 'mensa-gem" e poHi ,ini iada no ato de martelar para abrir, que-brar e char 0 cerne, pos ui oodig poetico; nao-gravura,nao-~ tcr, nao- erigrafia, mas a coisa, concrera virgem,para er aberta a porret das: proposta do superpanfleto: ian-do latino-america; se 0 pOster traz-nos 0 idolo-heroi, as ur-na s quent t razem 0 d u rnent, tr~g ic() d o so fre r ane nim ona opres ao: 0 grito coletivo documentado: a m rteladat po-de er connecido. P n 0 como urnas d a poderiam ser en-viada a toda pane, ou as possibilidades ue decorrem dela,o artista, 11 0 caso Antonio Manuel, precisaria urgentementede pr a, carpimaria e liberdade para agir. Onde obl~-Ia?

    rupo aberto, que tria i 0; po irnag nar urn grupcem que parueipem pessoa afin' , isto e . cuio tipo de expe-dencia.s scjam da me rna natureza; mas, nurna experienciadesse calibre, 0 ponto comurn eria a predisposicao em osparticipant s adrnitirem a' direta inter fer ncia do impon-deravel: a desconheelda "participacao coleti a' - como nas1 2

    marcna de protesto (alias, creio cu, gran ~ passeara doe m \t ~t\a \d a \t\tt U \ ) c \ \ " ' 1 \a Apocuhpopocese ; ~ airnpressao e vi ~" la s gerais ainda me sao pr ente):- masaqui nessa manif lat;io, as urpresas do desconheeido Io-I .. at I , ~...I_~ram eflcazes - mpre 0 S 0 e empre ta a~go em lV\.UUelas 0que c importante e bom.Lygi Pape - Ovos: (v er m eu text o bre cia) co~o esabe os OVO ' deram origem, com a minha rna-bolide, aideia de Apocolipopte$e; Ro~edo uartc forrnulou tudo,numa conve a comigo, em minha ca a, em maio de 68: ?idela de probjeto, que eng obit tudo (as cabines Lololiana lCannabiana, que construi emao, enam dro gen COmo asoutras citadas aclma s~o A poca tipopo t es e , tudo ob 0 con-ceito de probjl!lO) - OS 'ovo ' de LY8ia Pape s riam 0 exern-plo c la ss lc o d e also puramente experimental, r i~s.o '! l sm odiretamente eft z: estar, furur, soil' 0 continuo reviver' e'refazer' na tarde. na luz na genic: o ovo 0que de