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Assistencia ventilatória em pacientes asmáticos e a contribuição da fisioterapia Rodrigo Tavares Barbosa [email protected] Dayana Mejia Pós-graduação em Traumato 2BIO CURSOS Resumo Este estudo tem como central a “Assistência ventilatória em pacientes asmáticos, e a contribuição da fisioterapia”, onde destaca-se que nos últimos anos o profissional de fisioterapia vem adquirindo crescente participação nos serviços referentes à atenção primária. Isso porque suas funções e atribuições são constituídas por conjunto de ações de saúde, incluindo nessa esfera a prevenção, assim como o diagnóstico cinesiofuncional, tratamento, reabilitação e manutenção da saúde. Partindo desse contexto elencou-se como objetivo geral desse estudo analisar a assistência ventilatória nos pacientes acometidos pela asma. Com relação a metodologia do trabalho este trata-se de uma pesquisa de revisão bibliográfica de caráter qualitativo com a identificação das fontes bibliográficas através da BVS, nas bases de dados da SCIELO e LILACS. O período de coleta de dados aconteceu entre abril e maio de 2015, seguindo os critérios de inclusão: artigos publicados em português no período de 1995 a 2014, disponíveis completos on-line. Foi encontrado um total de 14, e selecionados que correspondia a temática estudada. Ao chegarmos ao final desse estudo torna-se possível apontar que fisioterapia tem dia-após-dia, adquirindo espaço e desenvolvendo meios de abordagens em diversos segmentos na área de saúde e, portanto, é certo que com o desenvolver dos estudos intensificados realizados no Brasil e no mundo, alguns dos conceitos aqui aplicados, apesar de atualizados, já possam ter sofrido alguma alteração. Palavras-Chave: Fisioterapia; Assistência ventilatória; Asma. 1. Introdução Mesmo com todos os avanços tecnológicos da medicina, existe ainda notório aumento nas taxas de morbidade e mortalidade mundial no tangente a asma, existindo uma diferenciação geográfica correlacionada a faixa etária, “enquanto, a crise de asma grave é menos incidente com baixas taxas de complicações e poucos óbitos hospitalares”. (FREIRE apud KEARNEY, 2003, p. 01). A asma brônquica é caracterizada por obstrução difusa das vias aéreas, situada principalmente, a nível bronquiolar. A hipersensibilidade a alérgenos extrínsecos inalados ou a agentes infecciosos intrínsecos do aparelho respiratório é considerada - na maioria dos pacientes - como desencadeadora das alterações fisiopatológicas. Entretanto uma vez que o padrão reacional asmático se tenha estabelecido, reações psicofisiológicas, fumaça, emanações, cansaço físico e variações da temperatura e da umidade do ar podem provocar crise. As manifestações clínicas da asma podem aparecer devido a fatores específicos e a influências inespecíficas (RANGEL, 2005). Esses fatores acima citados seriam os principais responsáveis pela etiologia da asma, ressalta- se também o fator da hereditariedade. Os filhos de pais asmáticos parecem ter uma tendência maior de apresentar asma do que outras condições alérgicas. Frente a isso, procura-se com esse estudo, fazer uma breve descrição sobre a assistência ventilatória nos pacientes

Assistencia ventilatória em pacientes asmáticos e a ... · à broncoconstrição variável e a hiperresponsividade das vias aéreas (Silva, 2001, p. 263). Na fisiopatologia da asma,

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Assistencia ventilatória em pacientes asmáticos e a contribuição da

fisioterapia

Rodrigo Tavares Barbosa

[email protected]

Dayana Mejia

Pós-graduação em Traumato 2– BIO CURSOS

Resumo

Este estudo tem como central a “Assistência ventilatória em pacientes asmáticos, e a

contribuição da fisioterapia”, onde destaca-se que nos últimos anos o profissional de

fisioterapia vem adquirindo crescente participação nos serviços referentes à atenção

primária. Isso porque suas funções e atribuições são constituídas por conjunto de ações de

saúde, incluindo nessa esfera a prevenção, assim como o diagnóstico cinesiofuncional,

tratamento, reabilitação e manutenção da saúde. Partindo desse contexto elencou-se como

objetivo geral desse estudo analisar a assistência ventilatória nos pacientes acometidos pela

asma. Com relação a metodologia do trabalho este trata-se de uma pesquisa de revisão

bibliográfica de caráter qualitativo com a identificação das fontes bibliográficas através da

BVS, nas bases de dados da SCIELO e LILACS. O período de coleta de dados aconteceu

entre abril e maio de 2015, seguindo os critérios de inclusão: artigos publicados em

português no período de 1995 a 2014, disponíveis completos on-line. Foi encontrado um total

de 14, e selecionados que correspondia a temática estudada. Ao chegarmos ao final desse

estudo torna-se possível apontar que fisioterapia tem dia-após-dia, adquirindo espaço e

desenvolvendo meios de abordagens em diversos segmentos na área de saúde e, portanto, é

certo que com o desenvolver dos estudos intensificados realizados no Brasil e no mundo,

alguns dos conceitos aqui aplicados, apesar de atualizados, já possam ter sofrido alguma

alteração.

Palavras-Chave: Fisioterapia; Assistência ventilatória; Asma.

1. Introdução

Mesmo com todos os avanços tecnológicos da medicina, existe ainda notório aumento nas

taxas de morbidade e mortalidade mundial no tangente a asma, existindo uma diferenciação

geográfica correlacionada a faixa etária, “enquanto, a crise de asma grave é menos incidente

com baixas taxas de complicações e poucos óbitos hospitalares”. (FREIRE apud KEARNEY,

2003, p. 01).

A asma brônquica é caracterizada por obstrução difusa das vias aéreas, situada

principalmente, a nível bronquiolar. A hipersensibilidade a alérgenos extrínsecos inalados ou

a agentes infecciosos intrínsecos do aparelho respiratório é considerada - na maioria dos

pacientes - como desencadeadora das alterações fisiopatológicas. Entretanto uma vez que o

padrão reacional asmático se tenha estabelecido, reações psicofisiológicas, fumaça,

emanações, cansaço físico e variações da temperatura e da umidade do ar podem provocar

crise. As manifestações clínicas da asma podem aparecer devido a fatores específicos e a

influências inespecíficas (RANGEL, 2005).

Esses fatores acima citados seriam os principais responsáveis pela etiologia da asma, ressalta-

se também o fator da hereditariedade. Os filhos de pais asmáticos parecem ter uma tendência

maior de apresentar asma do que outras condições alérgicas. Frente a isso, procura-se com

esse estudo, fazer uma breve descrição sobre a assistência ventilatória nos pacientes

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asmáticos, norteado pelo seguinte questionamento: Como a assistência ventilatória pode

auxiliar aos pacientes asmáticos?

Esse trabalho apresentou como objetivo geral analisar a assistência ventilatória nos pacientes

acometidos pela asma. Entre os objetivos específicos estabeleceram-se: 1) elaborar um breve

histórico sobre a patologia da asma; 2) verificar a diferença existente entre as assistências

ventilatórias invasivas e não invasivas. Este tema surge pela curiosidade de estudar e entender

a funcionalidade da assistência ventilatória, e pelo fato de se ter poucos estudos na área em

questão. A pesquisa foi classificada, quanto ao nível, como descritiva, dentro do contexto de

procedimentos teremos o apoio bibliográfico como auxílio de pesquisa, onde Santos e

Pimentel (2010, p. 69) esclarece que, “quando elaborada com base em material já publicado,

constituído principalmente de livros, artigos de periódicos e atualmente com material

disponibilizado na Internet”.

O uso da ventilação mecânica para o tratamento de pacientes com insuficiência respiratória

aguda ou crônica agudizada foi, certamente, um dos maiores avanços no tratamento dos

pacientes asmáticos nas últimas duas décadas. Apesar de o seu uso ser relativamente recente,

o grande número de séries de casos, ensaios clínicos randomizados, meta-análises ou revisões

sistemáticas, assim como conferências de consenso e diretrizes publicadas até o presente

momento, tornaram a aplicação dessa técnica mais “baseada em evidências” do que

provavelmente qualquer outra medida de suporte ventilatório (REIS, 2005, p. 03).

2. Fundação Teórica

De acordo Rubin, Silva e Silva (2000, p. 87), “a asma e uma hiper-reatividade das vias aéreas,

decorrente da inflamação das vias aéreas e com a interação de agentes desencadeadores ocorre

broncoconstrição”. A obstrução ao fluxo aéreo e o fator que tem maior significado clinico [...]

sendo que os mecanismos que levam a obstrução podem ocorrer em proporções variadas,

sendo eles o broncoespasmo, inflamação, edema, tampões mucosos e hipertrofia da

musculatura brônquica (RUBIM; SILVA; SILVA, 2000, p. 87).

A asma tem sido também definida como uma condição caracterizada por episódios

recorrentes de dispneia, sibilancia, opressão torácica matinal e tosse, os quais estão associados

à broncoconstrição variável e a hiperresponsividade das vias aéreas (Silva, 2001, p. 263). Na

fisiopatologia da asma, ocorre broncoespasmo, edema da mucosa, retenção de secreções e

infiltração inflamatória das vias aéreas, resultando em aumento da resistência das vias aéreas,

resultado da broncoconstrição. Além da oclusão intraluminal, as vias aéreas tornam-se mais

instáveis e seu colapso expiratório dinâmico e precoce, e a capacidade pulmonar total pode

permanecer normal ou levemente aumentada (SILVA, 1997, p. 341).

O resultado final desta complexa cadeia se traduz por broncoconstrição, edema da mucosa,

aumento da permeabilidade vascular, hipersecreção, descamação epitelial,

hiperresponsividade brônquica e processo inflamatório com recrutamento de linfócitos,

eosinofilos, mastocitos, monócitos, macrófagos e neutrófilos. A obstrução, inicialmente

esparsa, provoca queda da relação ventilação/perfusão e hipoxemia. O aumento do estimulo

respiratório leva a taquipneia e a maior troca de gás carbônico pelos alvéolos não afetados. Se

a obstrução se tornar difusa, a hipoxemia aumenta e ocorre retenção de gás carbônico, agora

por hipoventilação, o que caracteriza a insuficiência respiratória grave. (SILVEIRA, 2000, p.

419).

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Silveira (2000, p. 420) relata que: a asma e uma doença comum, e sua prevalência no mundo

oscila entre 05 e 10% na população geral, sendo mais frequente na infância e juventude.

Mesmo sendo considerada uma patologia de mortalidade baixa, que apresenta variações

geográficas e temporais, deve-se ter cuidado com a mesma, pois a asma não tratada ou

maltratada e potencialmente fatal.

O autor acima afirma em sua obra que, durante a infância, ocorre predomínio do sexo

masculino, e até aos 10 anos de idade, a proporção sexo masculino/feminino e de 2:1. Já na

adolescência as mulheres se igualam ou excedem aos homens e na vida adulta ha predomínio

do sexo feminino.

De acordo com West (2000, p. 79) durante o ataque, [...] os músculos acessórios da respiração

estão em atividade. Os pulmões estão hipersinsuflados e estertores musicais são auscultados

em todas as regiões. O pulso e rápido e pode estar presente pulso paradoxal (queda acentuada

na pressão sistólica e de pulso durante a inspiração), o escarro e escasso e viscoso e a

radiografia de tórax revela hiperinflação, mas sob os demais aspectos e normal.

O paciente asmático tem uma história familiar positiva de asma e manifestações de crises

quando exposto a algum fator desencadeante da crise asmática, sendo está classificada de

asma atópica. E quando a crise asmática não se identifica com nenhuma história típica de

alergia, e classificada como não-atópica.

Para Silva (1997, p. 348), a crise de asma pode ser desencadeada ou agravada por alguns

fatores, dentre os mais comuns estão os fatores alergênicos, os irritantes, as condições

climáticas, as infecções, o exercício físico e fatores emocionais. Todos esses fatores provocam

a hiperresponsividade das vias aéreas, levando ao broncoespasmo, obstruindo assim o fluxo

aéreo, desencadeando ou agravando a crise de asma.

Entre estes citados pelo autor, podemos ainda acrescentar: inalatórios (pelo de animais,

fumaça de cigarro, odores fortes, etc.), aditivos ou preservantes alimentares a base de nitritos,

agentes bacterianos (infecções respiratórias), meteorológicas (mudança brusca de

temperatura, principalmente o frio), expressões emocionais (riso, raiva, ansiedade, medo),

fatores endógenos (menstruação, gravidez, doença da tireoide), ou o uso de medicamentos (β-

bloqueadores, AAS, inibidores da enzima de conversão da angiotensina).

Segundo o III Consenso Brasileiro no Manejo da Asma (2002) a asma pode ser classificada

como intermitente, persistente leve, persistente moderada e persistente grave.

Asma intermitente: Os sintomas ocorrem uma a nenhuma vez na semana, as atividades

como trabalhar ou ir à escola em geral são normais, as crises são ocasionais e leves, com

broncodilatadores e sem ida a emergência, utiliza broncodilatador para alivio uma ou

nenhuma vez na semana.

Asma persistente leve: Os sintomas ocorrem mais que 01 vez na semana, as atividades estão

limitadas aos grandes esforços, com faltas ocasionais ao trabalho ou escola, as crises são

infrequentes e alguns requerem o uso de corticoides e se utiliza o broncodilatador para alivio

duas vezes na semana.

Asma persistente moderada: Os sintomas são diários, mas não contínuos, as atividades

estão prejudicadas, as crises são frequentes, sendo algumas com idas a emergência, uso de

corticoides sistêmicos ou internação e utiliza broncodilatador mais que 02 vezes na semana,

mas menos que 02 vezes ao dia.

Asma persistente grave: Os sintomas são diários e contínuos, as atividades estão muito

limitadas, as crises são frequentes e graves, com necessidade de uso de corticoide sistêmico,

internação ou risco de vida e faz uso de broncodilatador para alivio mais que 02 vezes ao dia.

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Uma das maneiras de se confirmar o diagnóstico da asma e através da realização de um teste

espirométrico. A espirometria fornece analise dos padrões ventilatórios de grande utilidade na

pratica clinica terapêutica, os quais são classificados em padrão obstrutivo, padrão misto, e

padrão restritivo (AZEREDO, 1996, p. 217-218).

SIGLA DEFINIÇÃO DESCRIÇÃO

CV Capacidade vital

Representa o maior volume de ar mobilizado, podendo

ser medido tanto na inspiração quanto na expiração.

Esta grandeza e expressa em litros nas condições de

temperatura corporal (37°C), pressão ambiente e

saturado de vapor de água;

CVF Capacidade vital

forcada

Representa o volume máximo de ar exalado com

esforço máximo, a partir do ponto de máxima

inspiração. Esta grandeza e expressa em litros;

VEF1

Volume expiratório

forcado no primeiro

segundo

Representa o volume de ar exalado num tempo

especificado durante a manobra de CVF. Esta grandeza

e expressa em litros;

FEFmax Fluxo máximo

expiratório

Representa o fluxo máximo de ar na manobra de CVF.

Esta grandeza também e denominada de pico de fluxo

expiratório (PFE);

FEFx ou

FIFx Fluxo

Representa o fluxo expiratório ou inspiratório forcado

instantâneo relacionado a um volume do registro da

manobra de CVF. Esta grandeza e expressa em

litros/segundo;

FEFx-

y%

Fluxo expiratório

forcado

Representa o fluxo expiratório forcado médio de um

segmento obtido durante a manobra de CVF. Esta

grandeza e expressa em litros/segundo;

TEF Tempo da expiração

forcada

Representa o tempo decorrido entre os momentos

escolhidos para o “inicio” e “termino” da manobra de

CVF. Esta grandeza e expressa em segundos;

TEFx-

y%

Tempo expiratório

forcado médio

Representa o tempo expiratório forcado médio de um

segundo, obtido durante a manobra da CVF. Esta

grandeza e expressa em segundos;

VVM Ventilação

voluntaria máxima

Representa o voluma Máximo de ar ventilado em um

período de tempo por repetidas manobras respiratórias

forcadas. Esta grandeza e expressa em litros/minuto; TABELA I – NOMENCLATURA DA ESPIROMETRIA Fonte: Consenso Brasileiro de Espirometria I (1996).

2.1 Ventilação Mecânica

Segundo Carvalho et al., (2007, p. 54), a ventilação mecânica consiste em um método de

suporte para o tratamento de pacientes com insuficiência respiratória aguda ou crônica

agudizada, tendo por objetivos, além da manutenção das trocas gasosas, aliviar o trabalho da

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musculatura respiratória que, em situações agudas de alta demanda metabólica, está elevado;

reverter ou evitar a fadiga da musculatura respiratória; diminuir o consumo de oxigênio, dessa

forma reduzindo o desconforto respiratório; e permitir a aplicação de terapêuticas específicas.

Os mesmos autores classificam o método em dois grupos: Ventilação mecânica invasiva; e

Ventilação não invasiva. Nas duas situações, a ventilação artificial é conseguida com a

aplicação de pressão positiva nas vias aéreas. A diferença entre elas fica na forma de liberação

de pressão: enquanto na ventilação invasiva utiliza-se uma prótese introduzida na via aérea,

isto é, um tubo oro ou nasotraqueal (menos comum) ou uma cânula de traqueostomia, na

ventilação não invasiva, utiliza-se uma máscara como interface entre o paciente e o ventilador

artificial.

Em pacientes submetidos a suporte ventilatório prolongado, é importante a mensuração de

suas condições de força muscular, drive respiratório e da mecânica torácica para que ocorra o

desmame adequado destes casos.

Durante a crise asmática, o espasmo, o edema e a hipersecreção são os fatores responsáveis

pela obstrução brônquica com prejuízo das duas fases da respiração. Enquanto a inspiração se

torna rápida e superficial, a expiração é longa e ineficaz, levando à hiperinsuflação pulmonar.

Ocorre alteração da mecânica ventilatória com rebaixamento das cúpulas diafragmáticas,

redução de seu trajeto durante os movimentos respiratórios prejudicando a ventilação basal. A

caixa torácica adota uma atitude em inspiração, com diminuição da mobilidade costal. Em

vista das alterações citadas, entram em ação os músculos acessórios da respiração (trapézio,

escalenos, peitorais, esternocleidomastóideos), caracterizando a respiração torácica superior,

que leva a um grande consumo de energia (GUIMARÃES, 1982, p. 33).

Dois aspectos ainda podem ser aqui considerados: a hipersecreção e a ansiedade. A

predominância do componente secretório, comum em crianças até cinco anos de idade, pode

levar a obstrução das vias aéreas durante longos períodos de tempo. A ansiedade sempre

presente, em maior ou menor intensidade, pode constituir em alguns casos, fator de

agravamento da crise.

Em sua obra Freire (2003, p. 33), enumera uma série de objetivos da ventilação mecânica na

crise de asma aguda grave entre as quais podemos citar:

1. Diminuir o trabalho respiratório causado pelo aumento da resistência nas vias aéreas e

pelos níveis crescentes de insuflação;

2. Evitar barotrauma ainda que seja necessário o uso de ventilação controlada ou hipercapnia

permissiva; e,

3. Manter o paciente estável, enquanto o tratamento medicamentoso com corticóides e

broncodilatadores, reduz o processo inflamatório e a resistência das vias aéreas com reversão

da crise de asma aguda, permitindo que o paciente reassuma a respiração espontânea.

Filho (2012, p. 06) ressalta que a retirada do paciente do ventilador mecânico deve ser a mais

precoce possível, levando-se em consideração como segue abaixo:

1 Broncoespasmo controlado; com a retirada do bloqueador muscular e da sedação;

2 Rva < 20 cmH2O/L/s, PaO2 > 60 mm Hg com FIO2 ≤ 40%, PEEP ≤ 5 cm H2O e pH > 7,3

e < 7,6;

3 Eletrólitos séricos dentro da normalidade (sódio, potássio, cálcio, fósforo, magnésio);

4 Presença de drive respiratório;

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5 Manutenção em modo assistido de ventilação, com altos fluxos inspiratórios e baixos níveis

de trabalho muscular respiratório;

6 Retirada gradual da ventilação mecânica utilizando a ventilação à pressão de suporte (PSV)

ou a interrupção através do tubo em T, intercalando-se períodos de ventilação assistida com

períodos progressivamente maiores de ventilação espontânea através do tubo T.

7 Após a extubação, manter o paciente sob oxigenioterapia contínua com máscara de Hudson,

e inaloterapia regular com ß2-agonista, mantendo-se o corticóide por via endovenosa.

VENTILAÇÃO SIGNIFICADO DESCRIÇAO

CVM Ventilação

Mecânica

A frequência respiratória e o volume corrente

são constantes e predeterminados. O

ventilador inicia a inspiração seguinte após

um tempo estipulado, estabelecido a partir do

ajuste do comando da frequência respiratória.

A frequência respiratória é estipulada dentro

de um intervalo de tempo. Não ocorre

esforço respiratório, espontâneo do paciente;

VMAC Ventilação

assistido-controlada

O ventilador permite um mecanismo misto de

disparo da fase inspiratória por tempo ou

pressão. Enquanto o disparo por pressão é

ativado pelo esforço inspiratório do paciente

(assistido), o disparo por tempo é deflagrado

pelo aparelho (controlado), funcionando

como um mecanismo de resgate, que é

ativado apenas quando o ciclo assistido não

ocorre, garantindo uma frequência mínima. O

paciente recebe um número estipulado de

incursões respiratórias;

IMV

Ventilação

mandatória

intermitente

Alguns ventiladores permitem a combinação

dos modos assistido/controlado com períodos

de ventilação espontânea. No IMV, o

paciente recebe um número fixo e pré-

determinado de um VT estabelecido. Nos

intervalos das respirações mandatórias, o

paciente pode iniciar respirações

espontâneas, cujos volumes estão na

dependência do grau de esforço respiratório

do indivíduo. A respiração mandatória pode

coincidir com períodos de ventilação

espontânea ou a ventilação mandatória ocorre

em sincronia com a respiração espontânea do

paciente (SIMV);

TABELA 02 –

TIPOS DE

VENTILAÇÃO

MECÂNICA CPAP

Pressão positiva

contínua nas vias

aéreas

Nesse tipo de ventilação, o doente respira

espontaneamente através do circuito

pressurizado do aparelho, de tal forma que

certa pressão positiva, definida quando do

ajuste do respirador, é mantida praticamente

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constante durante todo o ciclo respiratório. O

paciente respira espontaneamente durante

todo o ciclo, com pressão positiva, aplicada

ao longo das vias aéreas. Para ser utilizado,

esse método necessita de doentes com

capacidade ventilatória mantida, geralmente

sendo empregado em pacientes com

patologias parenquimatosas, puras, de pouca

gravidade e/ou no processo de desmame. É

uma técnica utilizada com a finalidade de

aumentar a capacidade residual, funcional,

pulmonar e melhorar a oxigenação arterial,

com poucos efeitos sobre as trocas do CO2. A

aplicação de CPAP pode ser feita inclusive

em pacientes extubados, através de máscaras

acopladas a dispositivos mecânicos especiais.

Os ciclos espontâneos podem ser auxiliados

por alguns dispositivos que permitam uma

ventilação muito similar à ventilação em ar

ambiente, ou mesmo serem auxiliados por

certo nível de pressão contínua de vias aéreas

(CPAP) ou pressão de suporte;

PSV Pressão de suporte

Consiste na aplicação de níveis pré-

determinados de pressão positiva e constante

nas vias aéreas do doente, apenas durante a

fase inspiratória. O paciente recebe um

incremento de pressão durante a inspiração

pelo fornecimento de um alto fluxo

inspiratório de gás. O objetivo do

fornecimento dessa pressão seria reduzir o

trabalho dos músculos inspiratórios

(preservando a musculatura respiratória),

mas, ficando ainda a cargo do doente o

controle do tempo, fluxo e volume

inspiratórios, assim como da própria

frequência respiratória. É um modo

obrigatoriamente assistido, onde o ventilador

necessita reconhecer o início de uma

inspiração espontânea para ativar a pressão

de suporte;

VAPSV

Ventilação com

pressão de suporte e

volume garantido

A utilização da PSV, em doentes graves e

instáveis, pode ser problemática. A

ventilação alveolar, nessa modalidade, é

consequência de diversas variáveis, entre elas

do esforço muscular do doente e da

impedância do sistema respiratório. Situações

de instabilidade do drive ventilatório ou de

alterações súbitas na impedância do sistema

respiratório, ou mesmo situações em que um

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rígido controle da PaCO2 é necessário (como

em casos com hipertensão intracraniana

associada) são condições de uso limitado da

PSV. Numa tentativa de se evitar tais

deficiências, desenvolveu-se uma técnica de

ventilação, que combina a pressão de suporte

e a ventilação ciclada a volume num mesmo

ciclo respiratório, chamada VAPSV.

Funcionando através de um sistema de

circuitos paralelos, ao mesmo tempo em que

o paciente recebe uma pressão de suporte

com fluxo livre por umas das vias do

circuito, oferece-se um fluxo quadrado e fixo

pela outra via. Portanto, com essa

abordagem, pode-se estender as vantagens da

PSV a situações clínicas instáveis, quando a

ventilação ciclada por volume proporciona a

segurança de uma ventilação alveolar

mínima. TABELA 02 – TIPOS DE VENTILAÇÃO MECÂNICA Fonte: Pádua e Martinez (2001)

Quando o paciente com asma grave não responde à terapêutica medicamentosa, intervenção

imediata e esforços para promover adequada oxigenação e ventilação por meio de Ventilação

Não Invasiva (VNI) ou Ventilação Mecânica Invasiva por pressão positiva devem ser

realizados. Estes pacientes têm uma propensão para desenvolver severa limitação ao fluxo de

ar, tornando difícil exalar o gás inspirado, o que leva a hiperinsuflação dinâmica, também

referida como pressão expiratória final positiva intrínseca (auto-PEEP ou PEEPI). Logo, um

dos mais importantes princípios da ventilação mecânica na crise de asma aguda grave é

utilizar estratégias que reduzam a probabilidade de potencializar estas complicações

(FREIRE, 2003, p. 33).

A VNI foi inicialmente aplicada na epidemia de poliomielite (1930 a 1950), utilizando a

ventilação por pressão negativa, que consistia na aplicação de pressão subatmosférica externa

ao tórax simulando a inspiração, ocorrendo a expiração de forma passiva. Nos anos 40 e 50,

com o desenvolvimento da VNI por pressão positiva, a VNI por pressão negativa foi perdendo

o seu lugar, mas só a partir da década de 80, com a introdução do CPAP (continuos positive

airway pressure) para tratamento da síndrome de apneia obstrutiva do sono (SAOS), esta

técnica começou a ser mais divulgada (FERREIRA et al 2009, p. 656).

A utilização da VNI na asma está ainda numa fase muito precoce, sendo a evidencia cientifica

pouco clara, com base em estudos inconclusivos e alguns contraditórios. Poucos são os

estudos referentes a essa modalidade, pois esses são com realizados com amostras de reduzida

dimensão, não controlados e não randomizados. Em comum os doentes apresentavam cansaço

muscular, refletido pela hipercapnia, parecendo este ser um fator preditivo de sucesso para

VNI. Outros estudos são necessários para criar suporte cientifico evidente e clarificar o papel

da hipercapnia como condicionante de sucesso (FERREIRA et al 2009, p. 660).

Conforme Schettino (2007, p. 249): a VNI pode ser utilizada em conjunto com o tratamento

medicamentoso convencional para o cuidado de pacientes selecionados com exacerbação

aguda e grave da asma. O sucesso no tratamento da agudização, fez com que o seu uso fosse

também tentado no tratamento da exacerbação da asma.

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Esses mesmos autores indicam para estudos de Meduri et al., com 17 pacientes com

exacerbação aguda de asma e relataram que a intubação foi necessária em apenas três desses

casos. Já, para Travaglia (2010), os resultados da utilização da VNI se mostram muito

favoráveis no tratamento da insuficiência respiratória, no edema pulmonar, e na DPOC

agudizada, entretanto, na exacerbação da asma o tratamento ainda é incerto (Schettino, 2007,

p. 253).

4 Metodologia

A pesquisa terá como embasamento teórico do método dialético. Severino (2007, p. 116)

coloca que, “a dialética vê a reciprocidade sujeito e objeto eminentemente como uma

interação social que vem se transformando ao longo do tempo histórico”.

Minayo (2010, p, 21) aponta, que a pesquisa qualitativa “trabalha com o universo de

significados, motivos, aspirações, crenças, valores e atitudes, o que corresponde a um espaço

dos processos e dos fenômenos que não podem ser reduzidos à operacionalização de

variáveis”.

Segundo Gil (2008, p. 65) pontua que “a principal vantagem da pesquisa bibliográfica reside

no fato de permitir aí investigar a cobertura de uma gama de fenômenos muito mais ampla do

que aquele que poderia pesquisar diretamente”. Os dados necessários para a análise do

problema foram obtidos através da pesquisa bibliográfica variada tais como: Constituição

Federal, Leis, Regulamentos e através de pesquisa bibliográfica referente ao tema, como

livros, artigos, monografias, entre outros.

5 Resultados e discussões

O método não invasivo melhora a ventilação alveolar por criar gradiente de pressão

transpulmonar sem a necessidade de uma via aérea artificial. O benefício associado com a

utilização da VNI resulta primariamente da redução do uso da ventilação pulmonar mecânica

com intubação intratraqueal. Os sistemas invasivos como cateteres intravasculares e tubos

intratraqueais são fatores de risco para infecção intra-hospitalar.

A VNI tem reduzido o uso da ventilação pulmonar mecânica (VPM) invasiva se mostrando

melhor em relação a taxa de mortalidade, já em relação ao tempo de internação hospitalar, não

há diferença significativa. Conforme Dias e Duarte (2011), por ser uma técnica com baixas

taxas de complicações, a VNI pode e deve ser iniciada precocemente; a sua falha, também

deve ser reconhecida precocemente. O conhecimento das técnicas e a motivação da equipe

são pontos fundamentais para o sucesso da VNI.

Parreira e Carvalho (2008, p. 07) analisaram o papel do fisioterapeuta no manuseio da CPAP

dentro da UTI, que presta assistência a pacientes adultos. Especificamente, o papel do

fisioterapeuta é variável de uma instituição à outra e apresenta basicamente três faces:

observação/avaliação do paciente (dados clínicos e laboratoriais), aplicação da técnica

(escolha da modalidade ventilatória, ajustes do ventilador e interface) e acompanhamento da

evolução do paciente (necessidade de realizar ajustes e a decisão de interromper ou finalizar a

ventilação não invasiva).

Ressalta-se também a necessidade de explicação da técnica ao paciente que irá recebê-la, pois

nem todos se adaptam a este recurso; a pressão inicial deve ser em torno de 5 cm H2O,

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ajustando a máscara facial manualmente a princípio, para promover conforto e segurança, até

atingir um nível em torno de 20 a 25 cm H2O, a fim de se evitar possível distensão gástrica.

Assim, o sucesso da técnica que utiliza a VNI implica na abordagem, orientação e manuseio

correto do procedimento para que se possam obter os resultados satisfatórios e plenos.

6 Considerações finais

Após a realização desse estudo, podemos chegar a uma conclusão de que a VNI aplicada de

forma correta em doentes acometidos pela asma é segura, e atua com eficácia na prevenção de

intubação endotraqueal em pacientes complicações respiratórias mais graves. Segundo esse

estudo os pacientes internados em hospitais submetidos ao tratamento com ventilação

mecânica não invasiva com pressão positiva são beneficiados pela redução do tempo de

internação quando comparados com os outros sob terapia convencional.

Menor tempo de internação hospitalar e diminuição da mortalidade podem ser atribuídos à

ausência de intubação orotraqueal, que consequentemente reduz os riscos de infecções e

diminuição do tempo de desmame, trazendo benefícios nas diversas causas de insuficiência

respiratória aguda.

Os objetivos do tratamento da VNI são:

- Ajudar na remoção de secreções fortalecendo musculatura expiratória;

- Obter relaxamento do pescoço, cintura escapular e músculos torácicos superiores;

- Ensinar ao paciente o controle respiratório;

- Manter a mobilidade do pescoço, cintura escapular, coluna torácica e tórax, educar a

consciência postural, manter ou melhorar a tolerância aos exercícios;

- Encorajar um estilo de vida ativo e completo.

Embora o diagnóstico da asma possa vir a levar uma pessoa, inevitavelmente, ao uso de

medicamentos para controle de sua condição, há várias maneiras de sua família ajudar a

reduzir os sintomas: evitando alérgenos, temperatura do quarto, fumaça de cigarro.

A abordagem multidisciplinar vigorosa e intensificada em centros de tratamento intensivo em

paciente portadores de asma agudizada é um aspecto que deve ser bem analisado, avaliando

com cautela os risco-benefício, visando um rápido estabelecimento clínico do paciente, além

de fortalecer as orientações a exacerbações.

A fisioterapia tem dia-após-dia, adquirindo espaço e desenvolvendo meios de abordagens em

diversos segmentos na área de saúde e, portanto, é certo que com o desenvolver dos estudos

intensificados realizados no Brasil e no mundo, alguns dos conceitos aqui aplicados, apesar de

atualizados, já possam ter sofrido alguma alteração.

Portanto, é de fundamental importância uma educação continuada a respeito de sua utilização,

pois nem todos pacientes são elegíveis a este tratamento. Pode-se afirmar que, os objetivos do

presente estudo foram alcançados por encontrar evidências da eficácia do método da VNI,

mostrando vantagens quando aplicada de forma correta, com exceção de alguns casos onde

não são indicadas para ventilação mecânica.

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