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ASSOCIAÇÃO JUINENSE DE ENSINO SUPERIOR DO VALE DO JURUENA - AJES INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DO VALE DO JURUENA - ISE ESPECIALIZAÇÃO EM GESTÃO ESCOLAR, 8,5 O papel do Coordenador Pedagógico na gestão escolar, sob a ótica da LDB 9394/96. Preponente: Aleuda Silva Moreira Rodrigues Orientador: Ms Cézar Afonso Borges Juina - MT Dezembro de 2006

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ASSOCIAÇÃO JUINENSE DE ENSINO SUPERIOR DO VALE DO JURUENA -

AJES

INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DO VALE DO JURUENA - ISE

ESPECIALIZAÇÃO EM GESTÃO ESCOLAR,

8,5

O papel do Coordenador Pedagógico na gestão escolar, sob a ótica da LDB 9394/96.

Preponente: Aleuda Silva Moreira Rodrigues

Orientador: Ms Cézar Afonso Borges

Juina - MT Dezembro de 2006

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ASSOCIAÇÃO JUINENSE DE ENSINO SUPERIOR DO VALE DO JURUENA - AJES

INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DO VALE DO JURUENA - ISE

ESPECIALIZAÇÃO EM GESTÃO

O papel do Coordenador Pedagógico na gestão escolar, sob a ótica da LDB 9394/96.

Preponente: Aleuda Silva Moreira Rodrigues Orientador: Prof. Ms. Cézar Afonso Borges

“Trabalho apresentado como exigência parcial para a obtenção do titulo de Especialização em Gestão Escolar”,

Juina - MT Dezembro de 2006

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ASSOCIAÇÃO JUINENSE DE ENSINO SUPERIOR DO VALE DO JURUENA - AJES

INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DO VALE DO JURUENA - ISE

ESPECIALIZAÇÃO EM GESTÃO, ESCOLAR

Banca Examinadora

Orientador

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ASSOCIAÇÃO JUINENSE DE ENSINO SUPERIOR DO VALE DO JURUENA - AJES

INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DO VALE DO JURUENA - ISE

ESPECIALIZAÇÃO EM GESTÃO ESCOLAR

Termo de Aprovação

Autor do Trabalho

Nome do Orientador

Nota/ Conceito

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Agradeço a Deus por ter me dado saúde, inteligência e

força de vontade para aprender sempre.

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SUMÁRIO

Introdução __________________________________________________________________ 09

Capítulo I ___________________________________________________________________11

Concepção histórica da Coordenação escolar _____________________________________ 11

Diferença entre gestão e administração __________________________________________ 11

Capítulo II __________________________________________________________________ 18

O papel da coordenação deve ser exercido por um docente? _________________________ 18

Capitulo III __________________________________________________________________22

O papel do coordenador no que tange à organização do trabalho burocrático na escola.__22

- Conhecimento de administração escolar ____________________________________22

- Conhecimento de leis ____________________________________________________22

- O coordenador é quem direciona os trabalhos de construção do currículo escolar _22

Considerações finais __________________________________________________________30

O papel da Coordenação Pedagógica. ____________________________________________30

Referências Bibliográficas _____________________________________________________33

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RESUMO

Este estudo é uma pesquisa bibliográfica desenvolvida na área de gestão Escolar, onde foi

enfocado o papel do Coordenador pedagógico, sendo analisadas múltiplas funções exercidas por ele

no âmbito escolar: como detentor do papel de desenvolver e implementar ações pedagógica que

viabilizem a qualidade no desempenho do processo de ensino – aprendizagem, como organizador

do processo educativo, sendo mediador entre professor – aluno; como propiciador da formação

continuada dos profissionais da educação; como o orientador na construção do currículo escolar;

como articulador na elaboração do Projeto Pedagógico da escola. O presente trabalho foi dividido

em quatro capítulos. No primeiro capitulo contextualizo a concepção histórica da coordenação

pedagógica escolar, apontando as diferenças entre Administração e Gestão Escolar, no segundo

capitulo e feito uma reflexão sobre os curso de pedagogia na formação do profissional da educação,

indagando, se a coordenação pedagógica pode ser exercida por um docente, no terceiro capitulo é

exposto o papel do coordenador pedagogo na gestão escolar. No quarto capitulo abordo as

competências da coordenação escolar. Objetivando buscar conhecimento aprofundado a sobre o

papel do coordenador pedagógico na gestão escolar, verificando o que a ele compete neste papel.

Palavra - chave: Gestão Escolar, Coordenação Pedagógica, Competências, Ação Coletiva,

Formação Continuada, Currículo, Projeto Pedagógico.

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INTRODUÇÃO

Este trabalho foi desenvolvido no sentido de atender a uma exigência acadêmica e curricular do

curso de Pós -Graduação em Gestão Escolar da Associação Juinense de Ensino Superior do Vale do

Juruena - AJES. Instituto Superior de Educação do Vale do Juruena – ISE/ Juína/ MT. Este trabalho

de conclusão do curso tem como o objetivo à investigação por meio de uma pesquisa bibliografia,

sobre o papel do Coordenador Pedagógico dentro da Gestão escolar. No primeiro capitulo abordei o

assunto Administração e Gestão Escolar fazendo uma comparação entre as duas, constatando que

surge uma nova redefinição do papel da escola, onde é priorizada a formação competente dos seus

alunos para que eles sejam capazes de enfrentar as mudanças de um mundo globalizado, podemos

verificar que o conceito de gestão surge contrapondo o de administração escolar por abranger uma

série de concepções não abarcadas por este outro, podendo se citar a democratização do processo de

construção social da escola e realização do seu trabalho, mediante a organização de seu projeto

político pedagógico, o compartilhamento do poder realizado pela tomada de decisões de forma

coletiva, a compreensão da questão dinâmica e conflitiva e contraditória das relações interpessoais

da organização, o entendimento dessa organização como uma entidade viva dinâmica, demandando

uma atuação especial de liderança e articulação a compreensão de que a mudança de processos

educacionais, envolve mudanças nas relações sociais praticadas na escola e nos sistemas de ensino.

Assim, surge a necessidade de um Gestor competente, que busque estar atualizado com as

mudanças no âmbito escolar, que saiba resolver os conflitos, como planejar e implementar o projeto

pedagógico de sua escola, e também criar alternativas de gestão, promovendo a integração escola-

comunidade. No segundo capitulo constatei que há uma falta de identidade nos curso de pedagogia.

O coordenador pedagógico pode ser um docente, desde que este tenha um bom domínio de

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conhecimento especializado nessa área, por os outros campos de atuação escolar contem

peculiaridade que requer conhecimento e habilidades especificas. No terceiro capitulo, exponho o

papel do coordenador pedagógico na Gestão Escolar, fazendo referencias as suas funções. No

quarto capitulo abordo as competências da Coordenação Escolar. Articulando com a Direção,

propondo a implementação de medidas e ações que contribuam para o desenvolvimento da

qualidade de ensino e o sucesso escolar dos alunos.

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Capitulo I

A Concepção histórica da Coordenação Escolar

Diferença entre Gestão e Administração

Na historia da humanidade, as escolas aparecem muito séculos antes que surgisse

uma instancia de administração centralizada com a função de dirigir, planejar, coordenar,

supervisionar e controlar as atividades educativas. Com o passar do tempo, essas tarefas deram

lugar a órgãos próprios que, por sua vez, se fragmentavam em diversas secções igualmente

especializados, a multiplicação de instancia administrativa foi justificada com o argumento de que

esses órgãos eram necessários a criação ou condições para o bom desempenho das funções

educativas da escola. Em termos gerais, a direção das escolas pode ser classificada em dois tipos – a

centralizada, todas as direções que afetam o funcionamento da escola e as atividades pedagógicas

são tomada exclusivamente pela direção. Aos demais funcionários só cabem obedecer. Essa forma

de direção é também conhecida como autoritária ou ditatorial. Na participativa as decisões

importantes, são fruto de elaboração coletiva com todos os envolvidos ou com seus representantes.

Ela envolve a participação de todos que direta ou indiretamente estão envolvidos com a vida da

escola. Essa forma de direção também é designada com democrática. Em principio a administração

participativa é sempre melhor que a centralizada, por basear-se no conhecimento e na experiência

de vários participantes a administração participativa tende a ser mais eficiente. Seu maior mérito,

porém consiste em fazer com que todos se sintam responsável pelo bom funcionamento da escola

pois a participação, cria co- responsabilidades. Segundo Paro (1997):

“A participação Democrática não se dá espontaneamente;

sendo antes um processo histórico de construção coletiva; coloca-se a

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17 necessidade de se preverem mecanismos institucionais que não apenas

viabilizem, mas também incentivem praticas participativas dentro da escola

publica. Isso parece tanto mas necessário quanto mais consideramos nossa

sociedade, com tradição de autoritarismo, poder altamente concentrado e de

exclusão de divergências nas discussões e decisões”.

A administração escolar tem por objetivo garantir a formação competente de seus alunos

para que se tornem cidadãos participativos da sociedade e a gestão escolar oferece oportunidade

para que seus alunos possam aprender para compreender a vida, a sociedade e a si mesmos. Sua

organização é viva caracterizada por uma rede de relações de todos os elementos que nela atuam ou

interferem. O papel do diretor na administração é o de guardião e gerente de operações

estabelecidas em órgãos centrais é também responsável em repassar supervisionar, dirigir o fazer

escolar de acordo com as normas propostas pelo sistema de ensino. Segundo RODRIGUES:

“É como se dissesse que a escola reproduz no seu interior, as formas de

decisão dos processos centralizados e autoritários da sociedade brasileira,

ela reproduz isso do ponto de vista administrativo, na medida em que a

decisão administrativa da escola está centralizada no dirigente, do diretor

da escola, que faz uso de sua competência para administrar sem ouvir

apropria comunidade”.

Neste papel para ser um bom diretor terá que ser o cumpridor pleno dessas obrigações, de

modo a garantir que a escola não fuja ao estabelecido em âmbito central ou em hierarquia superior.

Na Gestão o diretor é o gestor da dinâmica social, mobilizador, articulador da diversidade para dar-

lhe consistência e unidade; é responsável em promover transformações de relações de poder de

práticas e da organização escolar, para ser um bom diretor tem visão da escola inserida em uma

comunidade, a média, longo prazo, com horizontes largos, compartilhar do poder realizado pela

tomada de decisões de forma coletiva. Na administração escolar a equipe pedagógica, funcionários,

pais e alunos, comunicação são subordinados a uma administração por comandos e controle,

centrada na autoridade é distanciada da implementação das ações. “a democratização vai acontecer

quando a participação nos processos decisórios no âmbito da escola ou no próprio sistema sofrer a

participação de outros elementos, hoje excluídos”.(Rodrigues, 1989,p.45). Já na Gestão estes não

apenas fazem parte do ambiente cultural, mas o formam e o constroem, pelo seu modo de agir, de

sua interação depende a identidade da escola na comunidade.

Na administração as tensões, conflitos, contradições eram eliminadas ou abafadas;

na gestão as tensões, conflitos, contradições e incertezas, são vistas como condições e

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oportunidades de crescimento e transformação. “ Uma escola democrática é aquela que

compreende e permite o conflito, que é capaz de administra-lo. Nesse sentido, não se desenvolve

nela atos que abafam ou elimina as diferenças existentes.” (Rodrigues, 1989,p.61) Na

administração há um descompromentimento de pessoas, em qualquer nível de ação, pelos resultados

finais, ao contrário na gestão há um ambiente participativo criando uma visão de conjunto da escola

onde há responsabilidade. Na administração a sociedade considera a educação como

responsabilidade exclusiva da escola, na gestão esta não é mais indiferente ao que acontece na

escola, a sociedade exige que a escola seja competente e dispõe –se a contribuir.

No decorrer da década de 1980, aprofundou se o processo e democratização política

da sociedade brasileira, e aumentou a pressão paras que o diretor revelasse sua face de educador,

chegando-se a questionar a direção da escola por um só individuo. Tem –se buscado por uma gestão

autônoma com condições para melhorar a qualidade de ensino, em meados da década de 1980, se

apresentaram as novas tendências relativas especialmente á gestão Escolar e as medidas para

assegurar a qualidade de ensino. As tendências atuais do debate educacional expressam de maneira

bem clara a mudança do cenário socioeconômico dos últimos anos, a primazia da qualidade de

ensino passou a integrar a agenda dos políticos como meio para alcançar a competitividade de

produção nacional no mercado mundial desenvolvimento de uma cidadania apta a operar o mundo

globalizado.

A globalização dos mercados e o desenvolvimento de novas tecnologias criaram

necessidade de dar um novo significado a organização escolar para que a escola seja eficiente e

democrática no processo de formação do novo cidadão, o cidadão da era globalizada. Dessa forma a

redefinição do papel do Estado na educação, sem suas funções dirigistas e centralizadora, tem

buscado segundo discurso político educacional, a criação de condições para que as praticas

inovadoras não sejam impedidas ou condenadas são fracasso pela burocratização. Uma vez

definindo ao papel o Estado, as políticas educativas devem voltar-se par a gestão institucional

responsável à descentralização a profissionalização e o desempenho dos educadores, o

compromisso financeiro da sociedade com a educação, a capacidade e o esforço científico-

tecnológico e a cooperação regional e nacional.

Houve um debate político-educacional entre políticos e intelectuais, alertando sobre

as inconsistências e suposições do potencial democrático das tendências que o Estado tem

demonstrado neste fim de século em relação à educação e às conseqüentes implicações dessas

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tendências nos modelos de gestão escolar em curso. Neste sentido, a década de 1980, fase em que

a lógica de mercado e seu caráter de seletividade tendem a ser institucionalizados, omite uma

realidade social na qual a desigualdade está profundamente arraigada. Neste debates gerou-se a

necessidade de se firmar acordos entre vários setores sociais para que sejam efetuadas reformas

estruturais nas instituições sociais e políticas. Implicando na educação pública um novo modelo de

gestão que tem como proposta reestruturar o sistema por intermédio da descentralização financeira

e administrativa, dar autonomia a instituições escolares e responsabilizá-las pelos resultados

educativos. A inovação vem acompanhada de políticas voltadas para a compressão das

desigualdades extremas. Esse debate se expressou, entre outros espaços, nos longos debates entre

diversos setores e entidades civis e em negociação com o Congresso Nacional que antecederam a

promulgação, em 1996, da Lei de Diretrizes e Bases, Lei nº 9394/96- LDB.

As mudanças propostas e definidas na legislação acompanham a tendência

hegemônica mundial anteriormente explicitada e destacam três aspectos principais :

descentralização administrativa, participação da sociedade civil e autonomia crescente dos sistemas

e das escolas públicas. Hoje há o consenso sobre a necessidade de transformar as estruturas e

dinâmicas da gestão das escolas para que elas recuperam a capacidade de transmitir uma cultura

significativa e contribuam para recriar e desenvolver a capacidade de alcançar eficácia financeira e

democratização política. Segundo Paro, quando falamos de gestão da escola não estamos pensando

apenas em uma determinada organização e na racionalização do trabalho da escola para alcançar

determinados resultados, ou seja na produção institucional da escola, referimos também a uma

renovação dos dispositivos de controle que garantam níveis mais altos de governabilidade, se refere

às relações de poder no interior do sistema educativo e da instituição escolar e ao caráter regulador

do estado e da sociedade o âmbito educacional.

È limitado compreender a gestão escolar apenas como responsável pela realização

eficiente dos objetivos institucionais da escola. Sua decomposição em diferentes âmbitos de

atuação, o financeiro, o administrativo e o pedagógico, pode ser útil do ponto de vista analítico, mas

fragmenta o complexo processo dessa gestão.

“ Esse processos procuram estimular a participação de diferentes pessoas e

articula aspectos financeiros, pedagógicos e administrativos para atingir um

objetivo especifico: promover um educação de qualidade que abranja os

processos formativos que se desenvolve na vida familiar na convivência

humana, no trabalho, nas instituições de ensino e pesquisa, nos movimentos

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20 sociais e organizacionais da sociedade civil e nas manifestações

culturais”. ( Lei de Diretrizes e Base da Educação Nacional nº 9394/96, art.

1º).

Corre-se o risco de não visualizar a influencia da gestão escolar nos diferentes

aspectos que constituem o cotidiano da escola e a instituição em totalidade. Há uma vasta literatura

que discute a estreiteza da visão economicista da gestão escolar que reduz a uma atividade

administrativa. Das diferentes perspectivas de analise, tenta-se resgatar a especificidade da

instituição escolar e a necessidade de entender a gestão escolar com base em seus fins pedagógicos.

No campo da pesquisa sobre a administração escolar – sendo administração definida como

utilização nacional dos recursos para a realização de determinados fins, destaca-se a necessidade de

fazer penetrar os objetivos pedagógicos nas formas de alcançá-los.

A gestão escolar não se esgota no âmbito da escola. Ela está estreitamente vinculada

à gestão do sistema educativo. A instituição escolar, através de sua pratica, traduz a norma que

define uma modalidade político-institucional a ser adotada para o trabalho na escola. Essa norma

que afeta a pratica escolar, ao mesmo tempo, é afetada por ela faz parte de uma definição político

educativa mais ampla de organização e financiamento do sistema educativo. Essa perspectiva de

análise nos permite diferenciar, pelo menos, três instancias na constituição da gestão escolar: a

normativa, as relações e praticas na escola e a gestão escolar concreta.

O novo modelo de gestão escolar faz questão de propor a construção de instituições

autônomas com capacidade de tomar decisões, elaborar projetos institucionais vinculados às

necessidades e aos interesses de sua comunidade, administrar de forma adequada os recursos

materiais e escolher as estratégias que lhe permitam chegar aos resultados desejados e que, em

seguida, serão avaliados pelas autoridades centrais.

A escola tem enfrentado novas demandas, no contexto de uma sociedade que se

democratiza e se transforma, vivemos em uma época de mudanças, no âmbito escolar essa mudança

de paradigma é marcada por uma forte tendência á adoção de concepções e praticas interativas,

participativas e democráticas, caracterizados por movimentos dinâmicos e globais. Em meio a esta

mudança, não apenas a escola desenvolve essa consciência, como a própria sociedade cobra que o

faça. A escola se encontra hoje, no centro das atenções da sociedade, isto porque se reconhece que a

educação na sociedade globalizada e econômica centrada no conhecimento constitui grande valor

estratégico para o desenvolvimento de qualquer sociedade, assim como condição importante para

qualidade de vida das pessoas.

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São demandadas mudanças urgentes na escola, a fim de que garanta formação

competente de seus alunos, de modo que sejam capazes de enfrentar criativamente e criticamente,

os problemas cada vez mais complexos da sociedade. Todo esse movimento tem alterado o sentido

e concepção de educação, de escola, e da relação escola/sociedade, tem desenvolvido um esforço

especial de gestão, isto e, de organização da escola, assim como de articulação de seu talento,

competência e energia humana de recursos e processo com vistas promoção de experiências de

formação de seus alunos, capazes de transforma-los em cidadãos participativos da sociedade. As

escolas ao serem vistas como organizações vivas, caracterizadas por rede de relações entre todos os

elementos que atuam ou interferem direto ou indiretamente, a sua direção demanda um novo

enfoque de organizações e é esta necessidade que a gestão escolar procura responder. A escola e

seus dirigentes se defrontam com a necessidade de desenvolver novos conhecimentos, habilidades,

e atitudes para o não dispõem mais de modelos e sim de concepções. “ O diretor deve ter uma

função técnica e uma função política e se tornar não apenas um administrador de normas, mas o

líder do processo pedagógico. (Rodrigues, 1993 ,p.79).

Um novo paradigma se emergiu se desenvolvem sobre a educação, a escola e

sua gestão, muda-se a fundamentação teórica metodológica para orientação e compreensão do

trabalho da direção da escola, passa a ser entendida como um processo de equipe, associado a uma

ampla demanda social por participação. Esse paradigma é marcado, por uma mudança de

consciência a respeito da realidade e da relação das pessoas na mesma, se assim não fosse, seria

apenas uma mudança de modelos. Essa mudança de consciência esta associada à substituição do

enfoque de administração pelo de gestão. O conceito de gestão surge contrapondo o de

administração escolar por abranger uma série de concepções não abarcadas por este outro, podendo

se citar a democratização do processo de construção social da escola e realização do seu trabalho,

mediante a organização de seu projeto político pedagógico, o compartilhamento do poder realizado

pela tomada de decisões de forma coletiva, a compreensão da questão dinâmica e conflitiva e

contraditória das relações interpessoais da organização, o entendimento dessa organização como

uma entidade viva dinâmica, demandando uma atuação especial de liderança e articulação a

compreensão de que a mudança de processos educacionais envolve mudanças nas relações sociais

praticadas na escola e nos sistemas de ensino.

O movimento pelo aumento da competência da escola, exige maior

competência de sua gestão, em vista do que a formação dos gestores passa a ser uma necessidade,

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um desafio para os sistemas de ensino. Sabe-se que em geral, a formação básica dos dirigentes

escolares não assenta sobre uma área especifica de atuação e que mesmo quando estes profissionais

a têm, ela tende a ser livresca e conceitual, uma vez que esta é em geral característica dos cursos

superiores na área social. A formação inicial, em nível superior, de gestores escolares esteve desde a

reforma do ensino de pedagogia, afeta a este âmbito, de formação mediante oferta da habilitação em

administração escolar. O MEC propunha na década de 70, que todos os cargos de diretor de escola

viessem a ser ocupados por profissionais formados neste curso. No entanto na década de 80 e a

introdução da prática de eleição para esse cargo, diminuiu acentuadamente a procura desses cursos

que, por faltas de alunos, tornaram-se inviável. No contexto das instituições de ensino superior, o

que se observa é um a oferta insuficiente de oportunidades para a formação inicial de gestores

escolares. Com este fato recaem sobre os sistemas de ensino a tarefa e a responsabilidade de

promover, organizar, realizar cursos de capacitação para a preparação de diretores escalares, como

atualmente acontece nas escolas estaduais, o governo esta ofertando aos seus diretores e

coordenadores o curso Progestão, com intuito de capacitá-los a exercer suas atribuições na escola.

“A SEDUC implanta o Progestão com finalidade de fortalecer a gestão da

escola, de modo que possa melhorar o seu desempenho, a qualidade de seus

serviços e acima de tudo, contribuir para o desenvolvimento de um perfil de

liderança democrática, comprometida eticamente com a construção de um

novo modelo de gestão para escola, com vistas a sua melhoria nas dimensões

pedagógicas, administrativas, financeira, jurídica relacional e que também,

possa orientar o gestor no acompanhamento da mudanças educacionais”.(

Luzardo, 2002, p.19)

A atualidade exige nova postura profissional, não se pode mais esperar que os

dirigentes escolares aprendam em serviço, pelo ensaio e erro, sobre como resolver conflitos e atuar

convenientemente em situações de tensão, como planejar e implantar o projeto político pedagógico

da escola, como promover a integração escola comunidade, como criar novas alternativas de gestão,

como realizar negociações, como planejar e coordenar reuniões eficazes para a realização das ações

pedagógicas, etc. A responsabilidade educacional exige profissionalismo.

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Capitulo II

O papel de coordenação deve ser exercido por um docente?

Há uma falta de identidade nos cursos de pedagogia, estes foram criados com um triplo

objetivo, formar pesquisadores e pessoal qualificado para refleti sobre o sistema educacional,

preparar professores aptos a lecionar as matérias pedagógicas que fazem parte do currículo das

escolas normais e capacitar o pessoal especializado para a gestão do sistema escolar como:

administradores, orientadores, supervisores escolares. O curso de Pedagogia quando foi criado em

1939, destinava a formar bacharéis (técnicos em educação) e licenciados num esquema chamado

3+1, com blocos separados para o bacharelado e a licenciatura. O parecer nº 251/62 estabeleceu par

o curso de pedagogia o encargo de formar professores para os cursos normais e profissionais

destinados às funções não docentes, do setor educacional, técnicos de educação ou especialistas de

educação. No parecer nº 252/69 definiu-se a estrutura curricular do curso de pedagogia, que vigorou

até a promulgação da LDB de 1996, este parecer estabelecia que, a função do curso era formar

professores para o ensino normal e especialista para as atividades de orientação, administração,

supervisão, inspeção no âmbito da escola e dos sistemas escolares, permitia também ao licenciado

exercer o magistério nas séries iniciais, dentro das habilitações para o ensino normal. O currículo

Mínimo compreendia um aparte comum a todas as habilitações outra diversificada em função da

habilitação especifica escolhida pelo aluno.

Na década de 80, iniciou se com iniciativa de movimentos de educadores, um debate

nacional sobre a formação de pedagogos e professores, com base na critica da legislação vigente e

na realidade contatada nas instituições formadoras, a conferencia brasileira de educação, abre –se o

debate nacional sobre curso de pedagogia e os cursos de licenciatura. Até hoje não se chegou a uma

solução razoável para os problemas da formação dos educadores, nem no âmbito oficial nem no

âmbito das instituições universitárias. Os pesquisadores da área, já apontavam em meados dos anos

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80, a necessidade de se superar a fragmentação das habilitações no espaço escolar, propendo

superação das habilitações e especializações pela valorização do pedagogo escolar. Atualmente a

atuação do Ministério da Educação e do CNE na regulamentação da LDB 9394/96 tem provocado a

mobilização dos educadores de todos os níveis de ensino para discutir a formação de profissionais

da educação. Atualmente na LDB nº 9.394/96, no artigo 62, estabelece que a formação dos

docentes para educação fundamental e para a educação infantil far-se-á em nível superior .

Os autores Libâneo e Pimenta são a favor de um curso especifico de pedagogia onde teria

dois campos: um teórico e outro de atuação profissional; no capo teórico destinaria –se a formação

de profissionais que desejassem aprimorar a reflexão e pesquisa sobre a educação e o ensino da

pedagogia; e no campo de atuação profissional destinaria a preparação de pesquisadores,

planejadores, especialista, em avaliação, gestores de sistemas e da escola, coordenadores

pedagógicos ou de ensino, comunicadores especializados para as atividades escolares e extra-

escolares, animadores culturais, de especialistas em educação, a distancia, de educadores de adultos

no campo da formação continuada, etc.

O desenvolvimento da ciência, o aparecimento de novos condicionantes do rendimento escolar

dos alunos, e a busca de uma escola mais compatível com as características de nossa época

implicam a formação continuada do professor. A verdadeira formação continua se dá quando juntos

profissionais da educação se dispõem a construir consensos éticos sobre o que educar num contexto

democrático. As escolas hoje formam e capacitam estudantes para aquisição de novas competências

em função de novos saberes que surgem e que exigem um novo tipo de profissional. O professor é

um facilitador do acesso do aluno ao conhecimento e a sua valorização como profissional está

associada as áreas de conhecimento com as quase ele lida. Seu desenvolvimento profissional

corresponde ao curso superior somado ao conhecimento acadêmico ao longo da vida.

O papel do coordenador pedagógico deve ser exercido por um docente, desde que sete

tenha curso de pedagogia com habilitação para as atividades de orientação, administração,

supervisão escolar, que ele tenha também experiência como professor, porque isto irá auxilia-lo nas

questões, aluno professor, recorrente no cotidiano escolar. A atuação do pedagogo escolar é

imprescindível na ajuda aos professores no aprimoramento do seu desempenho na sala de aula

(conteúdos, métodos técnicas, formas de organização de classe), na análise e compreensão das

situações de ensino com base nos conhecimentos teóricos, ou seja, na vinculação entre as áreas do

conhecimento pedagógico e o trabalho de sala de aula. A organização administrativa, curricular e

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coordenação das atividades pedagógicas didáticas dos professores, são tarefas complexas que

requer habilidades e conhecimento e especializados, tanto quanto se requer por parte dos

professores conhecimento especializado da matéria que leciona. É certo que o professor deve ser

um profissional competente e comprometido com seu trabalho, com visão de conjunto do processo

de trabalho escolar. Deseja-se um profissional capaz de pensar, planejar e executar o seu trabalho e

não apenas um sujeito habilidoso para executar o que outros concebem.

Obviamente todo pode ser um bom administrador escolar, um bom supervisor de ensino,

desde que tenha o domínio de conhecimento especializado nessa área. Tanto a administração

escolar como a supervisão e outros campos de trabalho contem peculiaridade teórica e práticas que

requer conhecimentos e habilidades especificas. As teorias da aprendizagem e do desenvolvimento

humano, do currículo, do processo de conhecimento, da linguagem a didática, implica níveis de

aprofundamento teórico que o currículo de uma Licenciatura não comporta. A presença do

pedagogo escolar torna-se, pois uma exigência dos sistemas de ensino e da realidade escolar, tendo

em vista melhorar a qualidade da oferta de ensino para a população.

Quando se atribuem ao pedagogo as tarefas de coordenar e prestar assistência pedagógica

– didático ao professor não se está se supondo que ele deva ter domínio dos conteúdos, métodos de

todas as matérias. Sua contribuição vem dos campos do conhecimento implicados no processo

educativo-docente, operando uma intersecção entre a teoria pedagógica e os conteúdos, métodos de

ensino, entre o conhecimento pedagógico e a sala de aula. O pedagogo entra naquelas situações em

que a atividade doente extrapola o âmbito especifico da matéria de ensino, na definição de objetivos

educativos, nas explicações psicológicas, nas peculiaridades do processo de ensino e aprendizagem,

na detecção no uso de técnicas e recursos de ensino, etc. O pedagogo entra, também na coordenação

do plano pedagógico e planos de ensino da articulação horizontal e vertical dos conteúdos, das

composições de turmas, das reuniões de estudos, conselho de classe, etc.

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Capitulo III

O papel do coordenador no que tange à organização do trabalho burocrático na escola.

- Conhecimento de administração escolar

- Conhecimento de leis

- O coordenador é quem direciona os trabalhos de construção do currículo escolar

Segundo a revista Nova Escola, o coordenador pedagógico assume seu papel para somar

junto com a direção escolar, a construção de uma instituição democrática, sendo assim, é inerente

ao seu trabalho: Participar ativamente da elaboração e discussão da proposta pedagógica; estar

atualizado com pesquisa e bibliografia para orientar os professores na busca de soluções; garantir

tempo e espaço na semana para discussão sobre a prática docente e relações com os alunos; ser

organizador do processo de educação continuada da equipe; ouvir as queixas dos docentes e criar

uma rotina de reflexão coletiva sobre as possíveis soluções; planejar e avaliar em conjunto as

ações didáticas; organizar estudos e leituras que possam levar o professor a ter autonomia sobre a

sua docência. A competência essencial deste profissional está relacionada a sua articulação com a

equipe docente.

De acordo com a Lei complementar nº 206 de 29/12/94 que a dispõe alterações na

Lei complementar nº 50 de 1º de outubro de 1998, que rege a Plano de Carreira dos Profissionais

da educação básica do estado de mato grosso, publicada no Diário Oficial de 22//03/05 p. 01 e 02,

o coordenador pedagógico tem sua função composta das seguintes atribuições:

1. investigar o processo de construção de conhecimento e desenvolvimento do educando;

2. criar estratégias de atendimento educacional complementar e integrada às atividades

desenvolvidas nas turmas;

3. proporcionar diferentes vivências visando o resgate da auto–estima, a integração no

ambiente escolar e a construção dos conhecimentos onde os alunos a apresentam

dificuldades;

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4. participar das reuniões pedagógicas planejando, junto com os demais professores, as

intervenções necessárias a cada grupo de alunos, bem como as reuniões com os pais e

conselho de classe;

5. coordenar o planejamento e a execução das ações pedagógicas da Unidade Escolar;

6. articular a elaboração participativa do Projeto Pedagógico da Escola;

7. coordenar , acompanhar e avaliar o projeto pedagógico na Unidade Escolar;

8. acompanhar o processo de implantação das diretrizes da Secretaria de Estado de Educação

relativas à avaliação de aprendizagem e currículo, orientando e intervindo junto aos

professores e alunos quando solicitado e/ou necessário;

9. coletar, analisar divulgar os resultados de desempenho dos alunos, visando a correção e

intervenção no planejamento pedagógico;

10. desenvolver e coordenar sessões de estudos nos horários de hora –atividade, viabilizando a

atualização pedagógica em serviço;

11. coordenar e acompanhar as atividades nos horários de hora-atividade na unidade escolar;

12. analisar/avaliar junto com os professores as causa s da evasão e repetência propondo ações

para superação;

13. propor planejar ações de atualização e aperfeiçoamento de professores e técnicos, visando a

melhoria de desempenho profissional;

14. divulgar e analisar, junto a comunidade Escolar, documentos e diretrizes emanadas pela

Secretaria de Educação e pelo Conselho Estadual de Educação, buscando implementa-los n

a Unidade escolar atendendo ás peculiaridades regionais;

15. coordenar a utilização plena dos recursos da TV Escola pelos professores, onde não houver

um técnico em multimeios didáticos;

16. propor e incentivar a realização de palestras, encontros e similares com grupos de alunos e

professores sobre temas relevantes para a formação integral e desenvolvido da cidadania;

17. propor, em articulação com a Direção, a implantação e implementação de medidas e ações

que contribuem para promover a melhoria da qualidade de ensino e o sucesso escolar dos

alunos;

O coordenador pedagógico tem um papel relevante na orientação sobre os

instrumentos e recursos de trabalhos eficazes, a fim de facilitar o desempenho do professores em

sala de aula e contribuir para a aprendizagem dos alunos. A interação entre o coordenador

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pedagógico e o diretor é essencial para organização das funções educativa da escola, pois

viabiliza a implementação de ações voltadas para a obtenção de níveis crescentes de qualidade no

processo ensino –aprendizagem, por essa razão, ele presta assessoria pedagógica a direção e o

subsidia com informações importantes para atender às necessidades da escola e promover o bem –

estar de professores e aluno, numa relação de confiança e respeito. “a qualidade da atuação da

escola não pode depender somente da vontade de um ou de outro professor. É preciso a participação

conjunta dos profissionais (orientadores, supervisores, professores polivalentes e especialista) para a

tomada de decisões sobre aspectos da pratica didática, bem como sua execução “ (PCNs) 1997

p.105.

A sua atuação como assessor, é indispensável que o coordenador pedagógico apresente

proficiência na observação, identificação e analise de problemas, mediante capacidade de

julgamento e postura critica - reflexiva para que integrando o conhecimento técnico de que dispõe

com essas habilidades possa propor soluções eficazes para o diretor.

O coordenador pedagógico também é responsável pelo acompanhamento do processo de

aprendizagem das turmas de alunos, por isso coordena o Conselho de Classe avaliando os

resultados do desempenho dos alunos e propondo melhoria no aproveitamento deste para os

professores, com a finalidade de que este alcance o sucesso escolar. O conselho de Classe é uma das

instancia formalmente instituída na escola, responsável pelo processo coletivo de avaliação da aprendizagem do aluno.

Dele participam os diversos professores de uma determinada turma e ainda o orientador educacional, supervisor

pedagógico e um representante da secretaria da escola ( Dalben, 1994 p.16)

Propõe também aos professores soluções e alternativas de ação na resolução de

problemas identificando, como também confere a eficácia dos métodos e estratégias aplicados, no

processo aprendizagem das turmas. Segundo Dalben (1994 p.178)

“o Conselho de Classe é um dos poucos organismos na escola, talvez o único,

que permite a discussão do trabalho pedagógico em sua especificidade, de

forma espontânea e natural, já que discute o próprio resultado do aluno, a

própria relação que tem sido estabelecido professor e aluno, professor e

conteúdo num momento de análise e decisão para tomada de novos rumos

desse mesmo processo”.

O coordenador pedagógico tem o papel de desenvolver e implementar ações

pedagógicas que viabilizem a qualidade no desempenho do processo ensino-aprendizagem. Sua

competência é articula-se com a equipe docente, orientando as praticas educacionais e estimulando

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a utilização de metodologias diversificadas de ensino que potencializem a capacidade de

aprendizagem dos alunos, verificada nos processos avaliativos. Segundo os PCNs 1997 p.84, “a

avaliação é um elemento integrador entre a aprendizagem e o ensino; conjunto de ações cujo

objetivo é o ajuste e a orientação da intervenção pedagógica para que o aluno aprenda da melhor

forma; conjunto de ações que busca obter informações sobre o que foi aprendido e com; elemento

de continua reflexão para o professor sobre sua pratica educativa; instrumento que possibilidade ao

aluno tomar consciência de seus avanços, dificuldades e possibilita ação que ocorre durante toso

processo de ensino e aprendizagem”.

O Trabalho do coordenador pedagógico deve desencadear o acompanhamento da ação

docente, privilegiando a reflexão do docente enquanto pesquisador de sua própria prática sendo, o

mediador de um trabalho coletivo. Faz também parte de seu trabalho a formação continuada dos

docentes, proporcionando, incentivando a pratica de estudos que contribuem para a apropriação de

conhecimento do corpo docente. Segundo Augusto (2006). Mais do que resolver problemas de emergência

e explicar as dificuldades de relacionamento ou aprendizagem dos alunos, seu papel é ajudar na formação dos

professores”.

A formação continuada não significa apenas cursos ou seminários realizados fora da

escola. É também importante a oferta de oportunidades de desenvolvimento profissional dentro da

escola, no âmbito escolar. Ao construir e desenvolver um programa de formação continuada, alguns

pressupostos precisam ser considerados: articulação entre trabalho individual e coletivo, integração

teoria e prática, e valorização dos conhecimentos e práticas dos participantes, clareza quanto o

ponto de partida e de chegada. O eixo que integra esses pressupostos deve sempre ser o

desenvolvimento do projeto pedagógico da escola.

A formação continuada é essencial, é importante pela sua natureza, ela se constrói

cotidianamente pelo exercício da docência e do trabalho na escola. Na escola a capacitação define-

se como formação continua no trabalho. È um processo que se instala por meio de seminários,

pequenos cursos, por estudos coletivo e sistemático, reuniões para troca de experiências, reflexões

sobre problemas encontrados em sala de aula, tomados de decisões em relação ao ensino

aprendizagem. Esse processo requer um acompanhamento, que pode ser feito pelo coordenador, ele

como articulador do trabalho pedagógico a ser desenvolvido no cotidiano escolar deve ser um

pesquisador na sua área de atuação. Segundo Christov (2002 p.9) “um programa de educação continuada

se faz necessário para atualizarmos nossos conhecimentos para analisarmos as mudanças em nossa pratica , bem como

par atribuirmos direções especifica a esta mudança”.

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A formação continuada esta relacionada ao desenvolvimento do profissional da

educação que tem direito como individuo, de atualizar-se permanentemente, para um bom

desempenho em seu trabalho. Os artigos 63, inciso II e 67, inciso V da LDB transcritos a seguir

enfatizam que o processo formativo de vê ser continuo. Isso significa dizer que o conhecimento

humano, em qualquer área está em continua transformação e construção. Todos sofremos o impacto

da s mudanças tecnológica, econômicas e sociais, que exigem uma adaptação às novas formas de

vida e trabalho. Para nossa satisfação pessoal e competência profissional, necessitamos de

atualização freqüente e permanente.

Art.67- Os sistemas superiores de educação manterão.

III- programas de educação continuada para os profissionais de educação do diversos níveis.

Art. 67 – Os sistemas de ensino promoverão a valorização dos profissionais da educação,

assegurando – lhe, inclusive nos termos dos estatutos e dos planos de carreira do magistério

publico:

V – período reservado a estudos, planejamento e avaliação incluídos na carga de trabalho.

O Coordenador Pedagógico para pensar soluções para os desafios cotidianos vividos

na escola, deve ter conhecimento de leis, pois é necessário conhecer a legislação educacional, para

uma ação mais eficaz em seu trabalho. A reflexão sobre a função social da escola nos remete tanto

a constituição com a LDB, porque os fins da educação brasileira estão definidas nestas leis. Na

constituição estão expressos os princípios da Republica Federativa do Brasil; os direitos e as

garantias fundamentais dos cidadãos; as formas de organização do Estado e dos Poderes

(Legislativo, Executivo e Judiciário) a ordem econômica, financeira e social. Encontra-se também

na constituição as principais determinações gerais sobre educação (capitulo III, seção I, antigos

205 a 214). A LDB nº 9394/96 (Lei de Diretrizes e Bases Nacionais), complementa a constituição

reiterando os dispositivos constitucionais em seus Títulos introdutórios (Da Educação, dos

Princípios e fins da Educação Nacional e Do Direto à Educação e do dever de Educar – Artigos 1º

a 8º) definindo as principais orientações para a organização da educação nacional e para a

educação escolar em seus diferentes níveis.

Uma escola voltada para o pleno desenvolvimento do educando valoriza a transmissão

do conhecimento, mas também enfatiza outros aspectos; as formas de convivência entre as

pessoas; o respeito às diferenças, a cultura escolar, as diferentes aprendizagem requeridas ao

cidadão do século XXI, incorpora um importante principio definido pela constituição e pela LDB,

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“a igualdade de condições para o acesso e permanência na escola” (constituição art. 206 I e

LDB, art. 3º I,). Este dispositivo destaca um aspecto central da função social da escola, a

democratização do saber. A lei máxima do nosso sistema educacional reflete um processo e um

projeto político para a educação brasileira, LDB 9394/96. A LDB reconhece na escola um

importante espaço educativo e nos profissionais da educação uma competência técnica e política

que os habilita a participar da elaboração do seu Projeto Pedagógico. Esta lei delega aos sujeitos

que fazem a escola a tarefa de elaboração da proposta pedagógica, no art 12 – os estabelecimentos

de ensino, respeitado as normas comuns e as do seu sistema terão a incumbência de: I – elabora e

executar sua proposta pedagógica (...) VII – informar os pais e responsáveis sobre a freqüência e o

rendimento dos alunos, bem como sobre a execução de sua proposta pedagógica.

O Coordenador Pedagógico articula a elaboração participativa do Projeto Pedagógico da

Escola,todos os segmentos da escola (gestores, alunos, professores, funcionários e pais),

trabalhando coletivamente a escola precisa preocupar-se em atender as nessecidades especificas da

comunidade na qual está inserida, planejando deu trabalho a médio e a longo prazo com finalidade

de construir uma identidade própria. O coletivo da escola estrutura o seu trabalho visando

assegurar, acima de tudo, o sucesso dos alunos e o atendimento das necessidades educativas de sua

comunidade. O projeto Pedagógico é concebido como o instrumento teórico–metodológico que a e

escola elabora, de forma participativa, com a finalidade de apontar a direção e o caminho que vai

percorrer para realizar, da melhor maneira possível, sua função educativa. É o instrumento que

possibilita a escola, inovar sua prática pedagógica, na medida em apresenta novos caminhos para

as situações que precisam ser modificadas. Deve ser planejado de forma processual e gradativo,

cumprindo dua função social por meio de ações a curto, médio e longo prazo.

Como principio do Projeto Pedagógico a gestão democrática entende que todos os

envolvidos no trabalho escolar devem não apenas saber como a escola funciona, mas também

participar na definição dos seus rumos. O Progeto Pedagógico torna-se fundamental para a escola

por ser o elemento norteador da organização do seu trabalho, visando ao sucesso na aprendizagem

dos alunos, pois é a finalidade maior da escola como instituição Social.

O Projeto Pedagógico visa a qualidade de ensino, a escola precisa assegurar um plano de

qualidade para todos seus alunos, a busca da qualidade pressupõe também o princípio da gestão

democrática, como orientador da construção de uma escola que valorize as relações estabelecidas

pelos indivíduos em seu cotidiano, o princípio de qualidade de ensino se relaciona a outro, o da

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organização curricular, que deseja adotar, visando assegurar uma aprendizagem, voltada para as

necessidades e o sucesso do aluno, outro principio é a valorização dos profissionais da educação,

reconhecendo que a qualidade de ensino esta intimamente relacionada, a adequada formação dos

seus profissionais em dois níveis a formação inicial e continuada.

O Projeto Pedagógico, apresenta também diretrizes pare a elaboração do regimento

escolar orientando a estruturação e funcionamento da escola de acordo com seus objetivos,

garantindo um clima de convivência democrática.

Coordenador também é responsável pelo direcionamento do trabalho na construção do

currículo escolar, a elaboração da proposta curricular da escola, contextualizada na discussão de

um projeto educativo, deve ser um processo, que deve contar com a participação de toda a equipe

pedagógica, buscando um comprometimento de todos, com o trabalho realizado, com os

propósitos discutidos, com a adequação as características sociais e culturais em que a escola esta

inserida. A principal função da escola é ajudar os alunos a construir conhecimentos, formas de

pensar e sentir mais elaborada assim como valores sociais.

O currículo escolar oferecido ao aluno passa por várias instancias de elaboração, temos a

LDB possuem prioridades estabelecidas para a política educacional, leis, diretrizes e orientação

sobre conteúdos a serem ensinados, que visando à formação básica do cidadão, dispõe para a

escola qual o ensino ela deve promover. Na LDB são indicados elementos que devem constituir os

currículos do Ensino fundamental e Médio, além da LDB contamos com os outros subsídios para

definição do currículo a ser adotado em nossas escolas: as Diretrizes Curriculares Nacionais, os

Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs). As Diretrizes Curriculares Nacionais são definidas

pelo Conselho Nacional de Educação, formado por um grupo de profissionais ligados a àrea. Elas

servem como base e referência para a construção de currículo de cada escola. Os parâmetros

Curriculares Nacionais (PCNs) são elaborados pelo MEC e posto a disposição da escola, visando

a melhoria da educação em todo país. Assim o currículo definido em cada sistema e em cada

escola deve atender às Diretrizes Curriculares Nacionais e pode orientar –se pelos parâmetros

Curriculares Nacionais (PCNs), adequando-se e respeitando a realidade educacional e a

peculiaridade sociocultural da clientela que atende.

A LDB, as Diretrizes Curriculares Nacionais e os parâmetros Curriculares Nacionais

(PCNs), sugerem um currículo formal, estas são um conjunto de prescrições estabelecidas

oficialmente, que servirá de parâmetro par a organização o currículo formal. O currículo formal

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precisa se organizado, se adequar a realidade de cada escola, articulando-se as necessidades dos

alunos, as opções dos professores, a distribuição das disciplinas no quadro curricular, a divisão do

tempo diário para as aulas, as matéria e recursos disponíveis. O currículo reelaborado no âmbito

escolar, transforma-se assim no currículo real que não pode ser entendido como simples seleção

de informações prontas a serem repassadas para o aluno, o currículo real deve servir de ferramenta

para os alunos compreender o mundo se seus conhecimentos forem apropriados ativamente por

meio de um ensino bem ministrado. O currículo pode ser formal quando refere ao currículo

estabelecido pelos sistemas de ensino, é expresso em diretrizes curriculares, objetivos , conteúdo,

as áreas ou disciplina de estudo, trás propostas prescritas institucionalmente as conjuntas

diretrizes como os Parâmetros Curriculares Nacionais; e o currículo real que se materializa dentro

de sala de aula com professores e alunos a cada dia em decorrência de um projeto pedagógico s

dos planos de ensino. Isso exige que o coordenador pedagógico, enquanto condutor no processo

de construção do currículo possibilitando que a equipe escolar, planeje como o currículo real será

implantado, de modo a conduzir sem tropeços a aprendizagem e, conseqüentemente o sucesso

escolar. Para que o aluno possa compreender o que se passa no mundo onde vivemos e

compreender as formas de agir e atuar neste mundo. Sacristan (1999 p.61) afirma que:

“O currículo é a ligação entre a sociedade exterior á escola e a educação;

entre o conhecimento e a cultura herdada e a aprendizagem dos alunos,

entre a teoria (idéia , suposições e aspirações) e a pratica possível,

determinadas condições”.

O currículo não deve ser fragmentado em disciplinas estanque, deve ser adotada na

medida do possível uma perspectiva interdisciplinar quer facilite a compreensão do conhecimento

como um todo integrado e inter-relacionado. O currículo escolar tem ação direta ou indireta na

formação e desenvolvimento do aluno. Podemos considerar que o currículo se refere a uma

realidade histórica, cultural e socialmente determinada, e se reflete em procedimentos didáticos,

administrativos que condiciona sua prática e teorização.

Segundo Rodrigues, 1989, p.68.)“O currículo é o instrumento através do qual a escola vai preparar

o individuo para o exercício da cidadania”. O Currículo de uma escola é uma produção social,

fruto de um processo de luta de interesses entre atores de diversos contextos, o currículo de certa

forma, reflete os conhecimentos considerados necessários pela sociedade e pelo coletivo da

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escola, em função das demandas do mundo do trabalho e dinâmica da sociedade, temos que

inovar nossa pratica pedagógica, no sentido de possibilitar ao aluno aprender os procedimentos

necessários para adquirir, organizar e interpretar e produzir informações. Uma proposta curricular

que se proponha formar o sujeito consciente ativo, deve reorganizar suas atividades deve

privilegiar o desenvolvimento da capacidade de auto-expressão, tendo o diálogo como

componente pedagógico básico de sua prática educativa.

O coordenador pedagógico para subsidiar seu trabalho de orientação na construção do

currículo deve ter conhecimento dos PCN (Parâmetros Curriculares Nacionais). Os Parâmetros

Curriculares Nacionais constituem o Primeiro Nível de concretização curricular são uma

referencia nacional para o ensino fundamental; (...) tem como função subsidiar a elaboração ou a

revisão curricular dos Estrados e Municípios, dialogados com a proposta e experiências já

existentes, incentivando a discussão pedagógica interna da escola e a elaboração de projetos

educativos, assim como servir de material de reflexão para a prática de professores (p.36).

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Considerações finais

O papel da Coordenação Pedagógica.

Compete a coordenação pedagógica, o serviço de planejamento, organização,

coordenação e avaliação da s atividades pedagógicas da Unidade escolar.

Para que a escola seja capaz de promover tanto o desenvolvimento como a aprendizagem

de seus alunos, ela precisa se organizar, isso implica em um compromisso dos membros da equipe

escolar com a clientela que freqüenta escola. A Coordenação pedagógica é um segmento que

colabora para a construção do projeto pedagógico da escola, junto com o gestor, fazendo um

trabalho compartilhado na construção coletiva, que traduz valores assumidos por um objetivo em

comum. A Coordenação pedagógica é responsável pelo Pedagógico da escola, tem em seu papel a

mobilização do trabalho coletivo, a articulação do processo de elaboração e desenvolvimento do

projeto pedagógico da escola. A coordenação Pedagógica em seu trabalho deve ter uma visão

global das situações vivenciada no cotidiano escolar, sendo a mediadora do relacionamento ente

professor e aluno, e para que haja desenvolvimento e aprendizagem é preciso cada professor com

deferentes formas de atuar de a sua cota de trabalho levando os alunos e mesmo os docentes a

sentir que existem coesões de idéias e responsabilidade compartilhadas,

Faz parte de sua competência a investigação do processo de construção do conhecimento e

desenvolvimento do educando, criando estratégias de atendimento educacional para complementar

e integrar às atividades desenvolvidas nas turmas, proporcionar diferentes vivências, visando o

resgate da auto–estima, a integração no ambiente escolar e a construção dos conhecimentos onde os

alunos apresentam dificuldades acompanha o processo pedagógico a fim de obter resultados

positivos na melhoria do ensino aprendizagem. A coordenação pedagógica também organiza as

reuniões pedagógicas, para junto com os demais professores, planejar as intervenções necessárias a

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cada grupo de alunos, durante os conselhos de classe. Coordena o planejamento e a execução das

ações pedagógica e a intervenção no planejamento pedagógico, visando a correção, auxiliando o

docente a superar suas dificuldades de maneira positiva, estimulando-o a buscar novos caminhos de

pesquisa, para criar novos recursos de ensino. Organiza também as reuniões com os pais para

informa-los do rendimento, divulgando os resultados do desempenho dos alunos. Coordenação

pedagógica faz o elo de ligação entre alunos, famílias, professores e direção.

A coordenação Pedagógica na escola é fundamental na orientação, articulação e elaboração

do Projeto Pedagógico da Escola, acompanhando e avaliando, buscando a participação coletiva dos

outros segmentos da escola. È o condutor da Construção do Currículo, orientando e intervindo

junto aos professores, buscando implantar um processo eficaz da avaliação da aprendizagem.

Analisando e avaliando, junto com os professores as causas da evasão e repetência propondo ações

para superação.

É de suma necessidade o desenvolvimento da formação continuada dos profissionais da

educação viabilizando a atualização pedagógica em serviço, propondo o planejamento das ações de

atualização e aperfeiçoamento de professores e técnicos, visando a melhoria de desempenho

profissional. Faz a articulação com a Direção, propondo a implantação e implementação de

medidas e ações que contribuam para promover a melhoria da qualidade de ensino e o sucesso

escolar dos alunos. Como Apoio Pedagógico acompanha de perto o trabalho de rendimento escolar

atentando para uma boa relação professor aluno, lançando mão de recursos que visa sempre trazer

para a equipe docente/discente o que há de mais novo na educação através de reuniões, capacitações

docente.

A coordenação pedagógica é co-responsável pela construção de uma equipe escolar, coesa,

engajada, e sobretudo convicta da viabilidade operacional das prioridades consensualmente

assumidas e formalizadas na proposta pedagógica da escola.

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