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ASSOCIAÇÃO JUINENSE DE ENSINO SUPERIOR DO VALE DO JURUENA AJES INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DO VALE JURUENA ISE ESPECIALIZAÇÃO EM GESTÃO ESCOLAR 8,5 A TECNOLOGIA COMO FERRAMENTA DE TRABALHO NA GESTÃO ESCOLAR Alessandra Patrícia da Silva Campos Orientador: Prof. Ilso Fernandes do Carmo VÁRZEA GRANDE/2010

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ASSOCIAÇÃO JUINENSE DE ENSINO SUPERIOR DO VALE DO JURUENA –

AJES

INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DO VALE JURUENA – ISE

ESPECIALIZAÇÃO EM GESTÃO ESCOLAR

8,5

A TECNOLOGIA COMO FERRAMENTA DE TRABALHO NA GESTÃO ESCOLAR

Alessandra Patrícia da Silva Campos

Orientador: Prof. Ilso Fernandes do Carmo

VÁRZEA GRANDE/2010

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AJES

INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DO VALE JURUENA – ISE

ESPECIALIZAÇÃO EM GESTÃO ESCOLAR

A TECNOLOGIA COMO FERRAMENTA DE TRABALHO NA GESTÃO ESCOLAR

Alessandra Patrícia da Silva Campos

Orientador: Prof. Ilso Fernandes do Carmo

“Monografia apresentada como exigência

parcial para a obtenção do título de

Especialização em Gestão Escolar.”

VÁRZEA GRANDE 2010

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ASSOCIAÇÃO JUINENSE DE ENSINO SUPERIOR DO VALE DO JURUENA –

AJES

INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DO JURUENA - ISE

ESPECIALIZAÇÃO EM GESTÃO ESCOLAR

BANCA EXAMINADORA

_____________________________________

_____________________________________

_____________________________________

ORIENTADOR

Prof. Ilso Fernandes do Carmo

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À minha família, pelo apoio e

compreensão, oferecidos de modo tão

espontâneo durante a elaboração deste

trabalho, bem como ao longo do curso de

pó-graduação.

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AGRADECIMENTO

Sou grato ao meu orientador, Ilso Fernandes, graças à sua parceria, pude

vivenciar minhas próprias etapas de leitura e escrita, durante o processo de pesquisa

acadêmica. Obrigado pelas sugestões, além da paciência e incentivo na confecção deste

trabalho.

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O que não se aprende na juventude,

Na idade madura se ignora.

Cassiodoro,

século V

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RESUMO

Este texto apresenta os desafios impostos ao gestor escolar na implantação de um processo de

mudança nas organizações escolares que buscam se adequar aos novos padrões da sociedade atual, por meio da

inovação e de práticas de gestão participativa. O presente trabalho aborda também a importância da inserção das

novas tecnologias no ambiente escolar, propiciando o aumento da competitividade, através de soluções

inovadoras na gestão e no processo de ensino-aprendizagem. Este estudo teve como objetivo discutir a atuação

da gestão escolar na busca pela mudança organizacional da escola para que a mesma proporcione um ensino de

alto nível aos alunos. A metodologia utilizada foi a pesquisa bibliográfica em livros, periódicos e sites da

internet. No entanto, para que a mudança organizacional da escola ocorra é preciso investir na transformação das

atitudes dos profissionais de educação da instituição, com o objetivo de que os mesmos passem a encarar a

inovação como um desafio e sintam-se estimulados pela motivação pessoal e, assim, se tornem capazes de ir

além dos seus próprios limites. A escola e seus profissionais devem cada vez mais investir em conhecimento e

socializá-lo para que a organização escolar aumente sua capacidade de criar e de inovar. Nesse sentido, o gestor

escolar deve atuar como líder, ou seja, formar pessoas que o acompanhem em suas tarefas e prepará-las para

serem abertas às transformações. Assim, as práticas pedagógicas e administrativas dos profissionais da escola

precisam ser orientadas para estratégias participativas, como forma de garantir uma educação formal contínua e

de qualidade aos alunos.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO.......................................................................................................................08

1. A INFORMÁTICA NA EDUCAÇÃO............................................................................10

1.1- A tecnologia e o processo de ensino e aprendizagem...................................................14

1.1.1 Resultados da investigação..............................................................................................15

2. EXPERIÊNCIAS EM ANÁLISE...................................................................................21

2.1- Comunidade Virtual de Aprendizagem de Matemática..................................................22

3. RESULTADOS ALCANÇADOS PELAS PROFESSORAS PESQUISADAS..........25

CONCLUSÃO.........................................................................................................................27

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..................................................................................29

ANEXOS..................................................................................................................................30

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INTRODUÇÃO

A informática é uma tecnologia que nasceu para fazer cálculos muito rápidos,

em grande quantidade. Surgiu com o objetivo de ajudar o comércio, a indústria,

principalmente a bélica, a fazerem seus megacálculos.

Os Estados Unidos só conseguiram lançar a bomba atômica sobre Nagasaki

porque tiveram o aporte dos computadores para fazer os complexos cálculos exigidos pela

tarefa.

Embora tenha nascido para fazer os cálculos de guerra e para atender as

necessidades das indústrias, hoje a informática evoluiu e foi apropriada para outros setores da

economia.

Essa revolução certamente não deixou de afetar a educação.

Diariamente, deparamo-nos com jornais, revistas ou livros que apresentam

através de quadros, tabelas, relatos e gráficos as transformações que a tecnologia vem fazendo

na educação.

A utilização das novas tecnologias de informação e comunicação, como

ferramenta, traz uma enorme contribuição para a prática escolar em qualquer nível de ensino.

Informática na educação é hoje uma das áreas mais fortes da tecnologia educacional.

De acordo com BEARD (1991:86 ):

“Hoje é consenso que as novas tecnologias de informação e comunicação

podem potencializar a mudança do processo de ensino e de aprendizagem e

que, os resultados promissores em termos de avanços educacionais

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relacionam-se diretamente com a idéia do uso da tecnologia a serviço da

emancipação humana, do desenvolvimento da criatividade, da autocrítica,

da autonomia e da liberdade responsável.”

Entre as novas tecnologias, o computador ocupa um lugar de destaque pelo poder

de processamento de informação que possui.

Neste contexto, o computador não pode ser visto como “modismo”, mas como

uma ferramenta que poderá contribuir no processo da aprendizagem.

Dentro desta perspectiva, a formação dos educadores deve favorecer uma reflexão

sobre a relação entre teoria e prática e proporcionar a experimentação de novas alternativas

pedagógicas.

Isso não significa jogar fora as velhas práticas, mas sim, apropriar-se das novas,

ressignificando-as, promovendo a transformação necessária.

Nos últimos anos, a utilização da informática na educação vem crescendo

consideravelmente.

Esta utilização tem permitido a criação de várias experiências de aprendizagem.

O resultado dessas experiências evidencia a grande versatilidade da informática na

educação.

Buscando tal versatilidade realizou-se uma experiência com professores da Escola

Gonçalo Botelho de Campos.

Esta experiência envolveu duas professoras e seus alunos que participaram na

construção de um software educacional referente à miscigenação das cores, de forma que os

mesmos puderam fazer críticas e sugestões com relação a intuitividade do mesmo. Buscou-se

através dessa experiência clarear algumas questões, como: Até que ponto um aluno interage

com o software? Qual é o papel da informática na educação? Qual o papel do professor?

Para melhor compartilhar os dados e aprendizagens que o processo da pesquisa

promoveu junto aos responsáveis, este relatório final se encontra dividido em diferentes

momentos. Inicia-se com a Identificação do projeto e equipe de pesquisadores, Resumo e

Sumário para seguir, no primeiro item, Introdução, com o objeto da pesquisa. O próximo

item, capítulo I, trata da metodologia proposta e a que foi utilizada com as devidas

justificativas das mudanças sofridas para logo em seguida descrever algumas experiências em

que as tecnologias informáticas foram usadas para desenvolver ambientes de aprendizagem

que considero inovadores. O capítulo II trata de experiências pesquisadas e o III capítulo

mostrará o resultado das atividades realizadas ao longo do processo da pesquisa com duas

professoras da Escola Gonçalo Botelho de Campos.

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1 A INFORMÁTICA NA EDUCAÇÃO.

O uso da informática pelas escolas cresce a cada dia, tanto na área

administrativa quanto na área pedagógica.

Seu uso adequado oportuniza o desenvolvimento e a organização na construção

do pensamento, bem como, desperta o interesse e a curiosidade dos alunos, elementos

fundamentais para a construção do conhecimento.

“Pesquisas desenvolvidas no Brasil e no Exterior (Carraher, 1996; Carraher

& Schliemann, 1992; Valentin, 1995; Spauding & Lake, 1992; Santarosa,

1995; dentre outros) informam que escolas que utilizam computadores no

processo de ensino-aprendizagem apresentam melhorias nas condições de

estruturação do pensamento do aluno com dificuldades de aprendizagem,

compreensão e retenção. Colaboram, também, para melhor aprendizagem de

conceitos matemáticos já que o computador pode constituir-se num bom

gerenciador de atividades intelectuais, desenvolverem a compreensão de

conceitos matemáticos, promover o texto simbólico capaz de desenvolver o

raciocínio sobre idéias matemáticas abstratas, além de tornar a criança mais

consciente dos componentes superiores do processo de escrita” (ALVES,

1982:43).

Para que a educação utilize a informática de maneira qualitativa, são

imprescindíveis que se articule quatro aspectos: o computador, o software educativo, o

professor e o aluno.

Estes aspectos interagindo-se trazem benefícios incalculáveis na formação do

aluno. Vamos analisar cada um:

A) O COMPUTADOR

A utilização do computador na educação pode acontecer de duas maneiras.

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Uma é fazer aquilo que o professor faz tradicionalmente, ou seja, passar a

informação para o aluno.

Outra é usá-lo como um instrumento que auxilia na construção do

conhecimento e, portanto, ser um recurso com o qual o aluno possa criar pensar e manipular a

informação.

Na primeira maneira encontramos uma concepção de aprendizagem

behaviorista, em que a aplicação pedagógica do computador é usada como uma máquina de

ensinar.

Assim o computador é quem ensina o aluno, e, portanto assume o papel de

máquina de ensinar, ao invés de papel ou livro, é usado o computador.

Porém se analisarmos a segunda maneira iremos encontrar uma concepção

construtivista, em que o conhecimento não é transmitido.

Ele é construído progressivamente por meio de ações que se transformam.

Segundo PIAGET (1972, p.14) “A inteligência surge de um processo evolutivo

no qual muito fator deve ter tempo para encontrar seu equilíbrio.”

Nesse caso o computador pode ser visto como uma ferramenta pedagógica para

criar um ambiente interativo que proporcione ao aluno, investigar, levantar hipóteses,

pesquisar, criar e assim construir seu próprio conhecimento.

Segundo FONSECA, (2001) o computador trabalha com representações

virtuais de forma coerente e flexível, possibilitando, assim, a descoberta e a criação de novas

relações.

Basicamente, os autores BEARD (1991:102) e OLIVEIRA (1996:76)

consideram sete aspectos importantes no computador:

“1. Dispõe suas informações de forma clara, objetiva e lógica, facilitando a

autonomia do usuário, favorecendo a exploração espontânea.

2. Exige também que o usuário tenha consciência do que quer, se organize e

informe de modo ordenado o que quer fazer, digitando corretamente.

3. Dá um retorno extremamente rápido e objetivo do processo em

construção, favorecendo a autocorreção, a inserção da “desordem” na

ordem global.

4. Trabalha com uma disposição espacial das informações, que pode ser

controlada continuamente pela criança através de seu campo perceptivo

visual, apoiando o raciocínio lógico.

5. Trabalha com imagens e textos de forma combinada, ativando os dois

hemisférios cerebrais.

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6. Através de recursos de multimídia, pode combinar imagens pictóricas ou

gráficas, numa infinidade de cores e formas, com sons verbais e/ou musicais,

com movimentos, criando uma verdadeira trama de combinações possíveis,

integrando a percepção, em suas múltiplas formas, ao raciocínio e à

imaginação, de forma fluente, pessoal e cheia de vida.

7. O computador também é apontado como um facilitador do

desenvolvimento natural da expressão simbólica da criança no uso de

caracteres gráficos, fator importante tanto na fase da alfabetização, quanto

no desenvolvimento posterior do processo da leitura e da escrita.

Assim o computador pode ser um aliado no processo educativo dos alunos. Ele

pode se tornar um catalisador de mudanças, contribuindo com uma nova forma de aprender.

Por meio dele, cria-se a possibilidade do aluno aprender “brincando”, construindo seu próprio

conhecimento, sem ser punido por seus erros. Além disso, o professor ao se utilizar do

computador, pode transformar o ensino tradicional em aprendizagem contínua, facilitando o

diálogo, a troca e a valorização das potencialidades e das habilidades de cada aluno. Professor

e aluno tornam-se parceiros nesta incessante busca do aprender.

B) O SOFTWARE EDUCATIVO

Os softwares educacionais vêm entrando no mercado mundial de forma muito

acelerada. Inúmeros países como Inglaterra, França e EUA, entre outros, desenvolveram

projetos de uso do microcomputador em educação e, conseqüentemente necessitaram

desenvolver produtos de software específicos para suas necessidades. O mesmo tem ocorrido

no Brasil, onde diversos projetos de pesquisa vêm sendo desenvolvidos não só relacionados

ao uso do microcomputador em sala de aula como, também, ao desenvolvimento de software

para os mais diversos conteúdos programáticos.

Os softwares devem oportunizar uma maior interação entre o aluno, o professor

e o ambiente de aprendizagem. Porém nem todos os softwares que encontramos no mercado

oferecem qualidade. Há softwares cujos resultados são bastante óbvios. São tão predefinidos

que o aluno não possui outra alternativa senão a de seguir um único caminho para atingir o

resultado esperado. Ele propõe caminhos e resultados únicos substituindo, portanto aquele

professor tradicional.

Pode-se afirmar que o sucesso de um software depende não apenas da forma

como foi concebido, mas principalmente pelo modo de utilização do professor. A escolha de

um software é associada à proposta pedagógica do professor. Parafraseando SETTE et al.

(1999, p.26), almeja-se que um software apresente as seguintes características:

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• Explore a criatividade, a iniciativa e a interatividade, propiciando ao aluno a postura ativa

diante da máquina e do sistema;

• Desperte a curiosidade;

• Incentive o trabalho cooperativo e interdisciplinar;

• Estimule ou não a competitividade (de acordo com a linha pedagógica adotada) nas diversas

dimensões (com relação aos colegas, ao computador, a si próprio etc.);

• Estimule a reflexão, o raciocínio, a compreensão de conceitos;

• Ressalte a importância do processo em vez do resultado obtido (ganhar ou perder, certo ou

errado);

• Encoraje o alcance dos objetivos propostos, evitando-se as tentativas irrefletidas sobre o

processo e levando-se em consideração a dimensão tempo;

• Provoque mudanças desejáveis no processo ensino/aprendizagem;

• Propicie a construção do conhecimento;

• Contemple aspectos de linguagem (faixa etária, gênero, ambiente...);

• Considere aspectos socioculturais, éticos, pedagógicos etc.;

• Estimule o aluno a propor e resolver problemas.

Desta forma o uso adequado do software oportuniza o desenvolvimento e a

organização do pensamento, bem como, desperta o interesse e a curiosidade, dos alunos

aspectos fundamentais para a construção do conhecimento.

C) PROFESSOR

Muitos educadores estão preocupados com a substituição do professor pela

máquina. Isto não é real, pois antes da tecnologia vem a metodologia, a filosofia educacional

que da direção a escola, e o papel do professor é fundamental neste processo. Porém ele deixa

de ser o centro das atenções e passa a assumir a função de mediador nas atividades

desenvolvidas. O professor não deve mais ser mero transmissor de conteúdos, mas sim, um

orientador, um facilitador da aprendizagem. A escola que pretende fazer o aluno pensar,

estimular as suas capacidades, criar oportunidades de utilizar os seus talentos, respeitando os

diversos modos de aprender, não precisa mais do professor que decide o que deve ser

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aprendido e ensinado. Precisa, sim, do professor parceiro, aprendiz, que, junto com seus

alunos, pesquisa, debate e descobre o novo.

A verdadeira função do professor não deve ser a de ensinar, mas sim a de criar

condições de aprendizagem. De acordo com FONSECA (2001, p.2):

“É preciso lembrar que os computadores são ferramentas como quaisquer

outras. Uma ferramenta, sozinha, não faz o trabalho. É preciso um

profissional, um mestre no ofício, que a manuseie, que a faça fazer o que ele

acha que é preciso fazer. É preciso, antes da escolha da ferramenta, um

desejo, uma intenção, uma opção. Havendo isto, até a mais humilde sucata

pode transformar-se em poderosa ferramenta didática. Assim como o mais

moderno dos computadores ligado à Internet. Não havendo, é este que vira

sucata”.

A formação do professor precisa ser encarada como um processo permanente.

As escolas que hoje estão formando os novos educadores necessitam ter como objetivo formar

um cidadão que esteja preparado para trabalhar no mundo atual, que seja crítico, tenha

condições de criar e principalmente, de se autodesenvolver.

D) ALUNO

O papel do aluno é utilizar o computador como uma ferramenta que contribui

para o seu desenvolvimento no momento atual e no futuro. O aluno deixa de ser passivo para

se tornar ativo no seu processo ensino aprendizagem. Ele passa a desenvolver competências e

habilidades, como ter autonomia, pensar, criar, aprender e pesquisar.

Na visão de FISCHER (2000, p. 39):

“A criança tem o computador como um grande aliado no processo de

construção do conhecimento porque quando digitam suas idéias, ou o que

lhes é ditado, não sofrem frente aos erros que cometem. Como o programa

destaca as palavras erradas, elas podem autocorrigir-se continuamente,

aprendendo a controlar suas impulsividades e vibrando em cada palavra

digitada sem erro. Neste contexto, podemos perceber que o errar não é um

problema, que não acarreta a vergonha nem a punição, pelo contrário, serve

para refletir e para encontrar a direção lógica da solução.”

Como vimos, o computador é um recurso que as crianças gostam, entretanto, é

necessário acompanhar o seu uso criticamente, para que se evitem os exageros e prejuízos à

sua formação. O computador não pode substituir as brincadeiras como: a boneca, o carrinho, o

futebol, o esconde-esconde, o faz de conta, e outras brincadeiras essenciais para uma vida

saudável.

1.1 A TECNOLOGIA E O PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZAGEM

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Nesta parte gostaria de descrever, com a brevidade necessária a um artigo,

algumas experiências em que as tecnologias informáticas foram usadas para desenvolver

ambientes de aprendizagem que considero inovadores. Mas antes quero referir os resultados

mais conclusivos da investigação no domínio da tecnologia educativa e o que hoje em dia se

considera ser as características de uma aprendizagem efetiva.

1.1.1RESULTADOS DA INVESTIGAÇÃO

De acordo com os autores VYGOTSY, L (1989), PIAGET (1972,), FONSECA

(2001), a investigação tem demonstrado que a estratégia de acrescentar a tecnologia às

atividades já existentes na escola e nas salas de aula, sem nada alterar nas práticas habituais de

ensinar, não produz bons resultados na aprendizagem dos estudantes. Esta tem sido, contudo,

uma das estratégias mais usadas.

E compreende-se por que. Existem várias razões. Enunciarei as duas que

considero mais importantes.

A primeira prende-se com a falta proficiência que a maioria dos professores

manifesta no uso das tecnologias, mormente as computacionais.

Vários estudos, entre eles, do autor ALVES, (1982:43) têm revelado que a

maioria dos professores considera que os dois principais obstáculos ao uso das tecnologias

nas práticas pedagógicas são a falta de recursos e de formação.

A segunda razão, segundo os autores ALVES (1982:43), BEARD (1991:102) e

OLIVEIRA (1996:76), prende-se com o fato da integração inovadora das tecnologias

exigirem um esforço de reflexão e de modificação de concepções e práticas de ensino, que

grande parte dos professores não está disponível para fazer.

Alterar estes aspectos não é tarefa fácil, pois é necessário esforço, persistência

e empenhamento.

O problema reside em que alguns professores têm uma concepção romântica

sobre os processos que determinam a aprendizagem e a construção de conhecimento e

concomitantemente do uso das tecnologias no ato de ensinar e aprender.

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Pensam que é suficiente colocar os computadores com algum software ligados

à Internet nas salas de aula que os alunos vão aprender e as práticas se vão alterar. Sabemos

que não é assim.

Como já referi, os resultados mais conclusivos do imenso esforço de

investigação que acompanhou a introdução em grande escala das tecnologias computacionais

no ensino (sobretudo a partir dos anos 80) mostram que acrescentar estes recursos às

atividades já existentes nas escolas não produz efeitos positivos visíveis na aprendizagem dos

alunos, na dinâmica da classe e no empenhamento do professor VYGOTSY (1989:123).

Existem autores, como BEARD (1991:102) e OLIVEIRA (1996:76) que

consideram que os Mediam Educativos por si só nunca influenciarão o desempenho dos

estudantes. Os efeitos positivos só se verificam quando os professores acreditam e se

empenham de “corpo e alma” na sua aprendizagem e domínio e desenvolvem atividades

desafiadoras e criativas, que explorem ao máximo as possibilidades oferecidas pelas

tecnologias.

E para isto, segundo BEARD (1991:102) é necessário que

“os professores as usem com os alunos: a) como novos formalismos para

tratar e representar a informação; b) para apoiar os alunos a construir

conhecimento significativo; c) para desenvolver projetos, integrando (e não

acrescentando) criativamente as novas tecnologias no currículo.”

Analisemos brevemente cada um destes aspectos.

Considerar que os professores deveria usar as ferramentas informáticas como

novos formalismos para tratar e representar a informação implica primeiro perceber que a

linguagem escrita, o sistema decimal e as operações aritméticas elementares, a lógica das

classes e das relações (sistemas de classificação), os gráficos… são Sistemas Convencionais

de Representação e Tratamento da Informação, residindo aí todo o seu poder comunicacional

e de tratamento dos conhecimentos (VYGOTSY, L (1989), PIAGET (1972) e FONSECA

(2001).

Estes sistemas, no mundo alfabetizado e pós industrializado em que vivemos,

devem ser aprendidos e dominados com alguma perícia até ao final do 1º Ciclo, quando as

crianças têm entre 9 e 10 anos, continuando a sua aprendizagem até muito mais tarde, para

adquirirem uma certa mestria.

Aspecto interessante é que a aprendizagem destes sistemas modifica de forma

radical o modo como as crianças percepcionam o mundo e a si próprias (estamos a referir-nos

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principalmente à autoconsciência), quer dizer, interferem no seu percurso natural de

desenvolvimento VYGOTSY (1989:123), amplificando-o FONSECA, (2001).

O desenvolvimento cognitivo segue um padrão que se caracteriza precisamente

pelo progressivo domínio das representações simbólicas (onde a linguagem e a escrita são

determinantes), do tratamento das relações (gerando sistemas de categorias, classes e suas

relações) e do tratamento das dimensões (número, aritmética e mais tarde a álgebra).

Parece existir uma sintonia entre o desenvolvimento das funções psicológica

superiores VYGOTSY (1989:123) e os sistemas convencionais de tratamento e representação

da informação.

O que acontece é que os sistemas informáticos, considerados como novos

formalismos para tratar e representar a informação, ancorados nos sistemas convencionais,

vão modificar o modo como as crianças estão habituadas a aprender e também amplificar o

seu desenvolvimento cognitivo.

Alguns exemplos: os processadores de texto alteram o modo como as crianças

estavam habituadas a escrever; estas precisam não só de aprender as convenções e

procedimentos da escrita no papel como os procedimentos e funções de um editor de texto.

O mesmo se poderá dizer face aos programas de desenho, de gráficos, de bases

de dados. Alteram o modo de conceber o desenho, de pensar um gráfico, de classificar as

coisas, pois assentam em formalismos diferentes dos tradicionais. Exigem novas

aprendizagens e aumentam as antigas.

O que acontece na maioria das escolas é que os professores pensam que estas

aprendizagens se fazem por transferência analógica, não necessitando de uma aprendizagem

mais estruturada e formal, o que tem levado a alguns dissabores.

Mas se o professor dominar estas novas ferramentas poderá apoiar os alunos a

explorar as potencialidades destes novos sistemas de tratamento e representação da

informação. A escrita pode exprimir- se de um modo mais flexível e plástico quando se usa

um processador de texto.

Fazer e transformar gráficos podem ser uma atividade compensadora.

E o que dizer da construção de bases de dados sobre quase todos os tópicos que

se possam imaginar? As mudanças nos modos de aprender e de organizar cognitivamente a

informação não serão visíveis de imediato, pois todos os processos de mudança mental são

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lentos, levam gerações. Mas a aprendizagem de certos sistemas simbólicos e seus

formalismos interfere, quer dizer, deixa “marca” na organização mental e mesmo cerebral,

como teorizaram VYGOTSKY (1989) e as investigações no domínio das neurociências estão

a comprovar ALVES, (1982:43).

Com estes novos sistemas de tratamento e representação da informação e de

comunicação, os professores podem desenvolver com os alunos atividades que favoreçam a

aquisição de conhecimentos disciplinares significativos. Para que isto aconteça é necessário

ter em consideração que a aprendizagem é um processo (re) construtivo, cumulativo, auto-

regulado, intencional e também situado e colaborativo.

A aprendizagem é um processo re (construtivo), o que significa que os alunos

constroem os novos conhecimentos com base nas estruturas e representações já adquiridas

sobre os fenômenos em estudo e que devem estar cognitiva e afetivamente envolvidos no

processamento da nova informação. Uma aprendizagem efetiva deve exigir esforço e manter

os alunos empenhados na realização das tarefas.

Para isso, deve ser feita com um nível ótimo de incerteza VYGOTSY

(1989:123) quer dizer, não deve evitar a crise do pensamento. (PIAGET, 1972:54).

Os professores devem ter o cuidado de não impor a sua estrutura e estilo de

pensamento aos alunos, mas antes criar situações, problemas, exercícios e projetos que

conduzam os alunos para níveis superiores de conhecimento.

Uma aprendizagem cumulativa implica que os novos conhecimentos são

adquiridos com base nas aprendizagens realizadas anteriormente. (PIAGET, 1972:60).

Todas as disciplinas exigem este saber prévio.

Há, contudo, algumas que são mais cumulativas do que outras. É o caso da

matemática e também, em certa medida, da física. Nesta o principal problema parece advir da

dificuldade em modificar as concepções que os alunos desenvolveram para explicar diferentes

fenômenos, antes de iniciar o seu estudo científico. Estes conceitos espontâneos estão muitas

vezes em contradição com os aceites pela comunidade científica e, na maioria das vezes,

dificultam mais do que facilitam a aprendizagem posterior. (OLIVEIRA,1996:76).

A aprendizagem ser auto-regulada significa que os professores devem apoiar

os alunos a desenvolver estratégias de aprendizagem de modo a adquirirem hábitos de estudo

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e de trabalho intelectual, e ainda padrões de correção do seu próprio trabalho, de modo a

progressivamente se irem autonomizando da tutela do professor. (VYGOTSY, 1989).

A aprendizagem ser orientada para determinados objetivos implica que o

conhecimento, por parte dos alunos, das finalidades ou metas a atingir em cada situação de

aprendizagem, facilita o processo de construção de conhecimento, pois imprime-lhe uma

intencionalidade e direção. (SETTE, 2001).

Tem ainda a vantagem de motivar os alunos para alcançar os objetivos

enunciados, garantindo uma maior capacidade de vencer os obstáculos que se encontram em

qualquer processo de aprendizagem. (ALVES, 1982:43).

Existe hoje uma tendência para considerar que uma aprendizagem efetiva deve

ainda ser situada e colaborativa. Enquanto as características anteriores não me levantam

dúvidas, estas duas não estão ainda inteiramente comprovadas pelos resultados da

investigação. Contudo, são características importantes da aprendizagem, sobretudo dos

ambientes informatizados que atualmente se podem modelar com recurso aos computadores e

à Internet.

A aprendizagem ser situada significa que o seu sentido advém do contexto

onde foi realizada. São os contextos que facilitam ou, pelo contrário, dificultam a aplicação

dos conhecimentos. As pessoas aprendem não só com o que lhes é diretamente ensinado, mas

também, desenvolvem ainda padrões de participação em comunidades de prática,

apropriando-se progressivamente do discurso, dos saberes e do discurso próprio de cada

comunidade, dos seus recursos e até identidades VYGOTSY, PIAGET, FONSECA, entre

outros).

Ora, a criação de comunidades de prática e de comunidades de aprendizagem

está hoje facilitada pelo recurso à Internet.

Dizer que a aprendizagem é colaborativa significa que esta se faz em contextos

de práticas sociais que implicam a colaboração entre iguais e destes com os adultos que, em

princípio, se tornam os tutores que modelam progressivamente determinados conhecimentos e

atitudes. A aprendizagem é aqui considerada, sobretudo um processo de interação social que

deveria ser promovido pelos professores. Por exemplo, o desenvolvimento das estruturas

cognitivas, sobretudo do pensamento formal, depende, em grande medida, da descentrarão

cognitiva, i.e., de se ser capaz de cooperar com os outros, quer dizer, realizar operações em

comum, ouvindo os argumentos e contra-argumentando. (ALVES, (1982:43), BEARD

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(1991:102), OLIVEIRA (1996:76), PIAGET (1972:54), PIAGET (1972:60), VYGOTSY

(1989:123)

A Internet pode facilitar esta aprendizagem colaborativa, se o professor criar

projetos onde alunos (e outros adultos) possam realizar atividades, resolver problemas em

cooperação e participar em tarefas comuns. Mas nem todas as aprendizagens se fazem de

modo colaborativo e nem todos os estudantes gostam e aprendem nestes ambientes. Cerca de

vinte por cento dos estudantes universitários preferem trabalhar e aprender sozinhos.

(BEARD (1991:102) e OLIVEIRA (1996:76).

Como vemos não é suficiente introduzir os computadores e a Internet nas

escolas para se começarem a obter resultados positivos na aprendizagem dos alunos. É ainda

necessário refletir sobre o que a torna efetiva e modificar a organização dos espaços e das

atividades curriculares de modo a que estas novas ferramentas possam apoiar a aquisição de

conhecimento disciplinar significativo. Embora a aprendizagem dos alunos seja a variável que

considero mais importante quando se introduzem as tecnologias no ensino, outras existem que

não devemos menosprezar.

Por exemplo, o contributo que o uso das tecnologias nas práticas educativas

dos professores pode dar para uma maior literacia tecnológica de estudantes e docentes, a

motivação que geram, as redes de relações que criam, etc. Tudo aspectos que me parecem

muito importantes quando as tecnologias são integradas e não só acrescentadas às atividades

curriculares.

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2. EXPERIÊNCIAS EM ANÁLISE

As quatro experiências que vou referir permitem ilustrar o que acabei de dizer.

Por falta de espaço, apenas descreverei uma e de um modo muito sumário.

Os leitores interessados podem consultar as obras que estão referenciadas na

bibliografia. Uma foi desenvolvida pela autora no âmbito da investigação conducente ao grau

de doutoramento e designa-se “Concepção de um ambiente de aprendizagem. Logo em meio

escolar: efeitos na cognição e nos conhecimentos geométricos de crianças de 9-10 anos.”

Duas foram realizadas por estudantes do mestrado em Ciências da Educação,

área de especialização em Tecnologias Educativas. Uma tem como título “Comunidade

Virtual de Aprendizagem de Matemática: uma experiência com alunos do 10º ano de

escolaridade” OLIVEIRA (1996:76), e a outra se intitula Integrar a teoria e a prática através

de um fórum de discussão: um estudo de investigação-ação aplicado à enfermagem da

criança e do adolescente. OLIVEIRA (1996:76)

A última das experiências referidas foi desenvolvida no contexto da preparação

da monografia de licenciatura e designa-se de Projeto Prom@tic ALVES, (1982:43).

Foi publicado um artigo que descreve esta experiência BEARD (1991:102) e

que se encontra disponível on-line em: http://www.leeds.

ac.uk/educol/documents/00002194.htm.

Baseando-se nos modelos apresentados, trouxemos para nossa realidade

partindo de um questionário de pesquisa com alguns professores (as) do 3º Ciclo com o

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intuito de compreendermos a visão que eles (as) possuem ao uso das tecnologias como

ferramenta educacional.

1.1 COMUNIDADE VIRTUAL DE APRENDIZAGEM DE MATEMÁTICA

Esta experiência foi desenvolvida durante o ano letivo de 2004/2005, com uma

turma do 10º ano de escolaridade, por Ricardo Inácio, na altura estudante do mestrado em

tecnologias educativas. A experiência tem tido continuidade.

O principal objetivo foi conceber desenvolver e avaliar um ambiente virtual de

aprendizagem de matemática (ava). visou ainda estudar os fatores que influenciam positiva e

negativamente o desenvolvimento de uma comunidade virtual de aprendizagem (cva) em

meio escolar, funcionando como complemento e não como substituto das aulas presenciais.

A análise dos efeitos deste ambiente nos resultados escolares e nas abordagens

à aprendizagem dos estudantes foi outro dos objetivos. O ambiente virtual de aprendizagem

(ava) baseou-se na www e funcionou como um meio de apoio à aprendizagem dos alunos nos

três temas que compõem o programa da disciplina de matemática: geometria no plano e no

espaço I, funções I e estatística. a construção deste ambiente virtual, como o autor refere,

“caracterizou-se como sendo um processo lento, de caráter evolutivo e faseado.” (BEARD,

1991:102).

A concepção e construção da página demorou nove meses e passou por várias

fases. refiro apenas as mais importantes: (a) elaboração de um guião tipo cinematográfico

(storyboards), que constou da realização de desenhos e tabelas, com referência às cores,

fontes, textos, barras de navegação, disposição de conteúdos e ferramentas de comunicação;

(b) desenvolvimento da página, conciliando diversas linguagens de programação; (c)validação

da ava, feita por especialistas, quer do ponto de vista técnico quer do conteúdo matemático;

(d) apresentação da ava aos estudantes, explicando como iria funcionar e quais os seus

objetivos.

Os conteúdos desta ava são muitos e variados, mas, do meu ponto de vista, o

mais interessante é a conjugação dos diversos conteúdos e atividades matemáticas, com

atividades de comunicação síncrona e assíncrona e ainda atividades sociais.

As ferramentas disponibilizadas foram usadas pelos estudantes, uns mais do

que outras, havendo ainda estudantes mais participativos e outros menos, como é habitual em

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qualquer ambiente, seja ele presencial ou virtual. o papel do professor na dinamização deste

ambiente foi determinante, não só no que se refere ao processo de ensino e aprendizagem,

mas ainda na construção de uma verdadeira comunidade virtual de aprendizagem de

matemática. transformar um ambiente numa comunidade virtual não é tarefa fácil, pois esta se

caracteriza por ser um grupo de pessoas que partilham conhecimentos, interesses e objetivos

num domínio específico, podendo desenvolver laços de amizade através do ciberespaço,

(OLIVEIRA,1996:76).

As ava’s têm também durabilidades diversas, dependendo de vários fatores.

contudo, o papel do dinamizado é fundamental para que o “tempo de vida” de uma ava seja

mais longo. a que estamos a descrever durou um ano letivo, embora o professor continue a

experiência com a nova turma do 10º ano.

Os resultados mais salientes deste estudo são: (1) perceber que é possível

conceber, desenvolver e utilizar comunidades virtuais de aprendizagem no ensino secundário,

ao serviço dos alunos e da inovação dos métodos de ensino, sobretudo numa disciplina que

muitos consideram difícil e onde existe muito insucesso; (2) análise dos fatores facilitadores e

inibidores da construção de uma cva, contribuindo para a compreensão da vida destas

comunidades; (3) maior interesse de grande parte dos alunos pela disciplina, embora os que

mais usaram e aproveitaram este ambiente tenham sido os estudantes que já à partida estavam

predispostos para estudar e valorizavam mais o desempenho acadêmico; (4) existência de uma

correlação positiva e significativa entre a freqüência da ava e as classificações dos alunos

(r=0,715; p<.05); (5) os estudantes com uma abordagem profunda à aprendizagem antes da

experiência (pré-teste) passaram a usar com mais freqüência estratégias típicas desta

abordagem, tendo a diferença entre o pré e o pós teste sido significativa (p<.5); já os

estudantes com uma abordagem superficial não alteraram significativamente as suas

estratégias de aprendizagem do pré para o pós-teste (p>.05). embora a ava tenha contribuído

para que a maior parte dos estudantes se tenha interessado mais pela disciplina de matemática,

os resultados sumariamente descritos parecem querer dizer que, neste como noutros domínios,

são os estudantes mais motivados, empenhados e que mais valorizam a aprendizagem e o

sucesso acadêmico os que mais proveito tiram dos meios e recursos postos à sua disposição.

os que têm mais dificuldades, desmotivados e que não valorizam tanto o desempenho

acadêmico usam pouco os recursos que lhes são disponibilizados. esta tendência foi designada

por BEARD (1991:102).

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Para estes alunos devem ser concebidos ambientes mais estruturados e

direcionados para superar as dificuldades apresentadas. ora este não era o objetivo principal

da experiência descrita.

Como referi anteriormente, penso que a introdução e uso das tecnologias da

informação e comunicação no ensino não devem ser só avaliados tendo como referência os

efeitos que têm sobre a aprendizagem e os resultados acadêmicos dos alunos. esta é uma entre

muitas variáveis a ter em conta, embora considere ser a mais importante. outras que também

me parecem relevantes são: o contributo para uma maior literária tecnológica de docentes e

alunos; um maior interesse dos estudantes pelas disciplinas que usam recursos tecnológicos de

um modo inovador e criativo; uma modificação dos métodos e estratégias de ensino dos

professores, dando-lhes uma sensação positiva de domínio das tecnologias que são

valorizadas na sociedade numa dada época e por conseqüência um maior sentido de pertença

a essa mesma sociedade.

Iniciamos então, subsidiados por estes estudos, o primeiro momento com os

professores (as) que foi buscar curso de formação para manusear, conhecer e posteriormente,

utilizar os instrumentos tecnológicos como recursos didáticos nas práticas de sala de aula.

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RESULTADOS ALCANÇADOS PELAS PROFESSORAS PESQUISADAS

De acordo com as professoras pesquisadas, o software livre está centro do

debate sobre o controle e o uso da informação no momento que esta última passa a ser um

bem fundamental para a garantia e conquista de direitos. A defesa do caráter público da

informação e a busca por construção de conhecimentos coletivos em rede colocam os

princípios do software no centro do debate da construção de políticas públicas que tenham a

desigualdade digital como alvo de enfrentamento.

No interior desse processo, a educação da escola Gonçalo Botelho torna-se um

ator fundamental para a diminuição dessa desigualdade, pois ela pode não apenas garantir o

acesso a computadores e internet a uma grande parcela da população brasileira, mas propiciar

uma apropriação crítica das novas tecnologias. Isso significa tratar a tecnologia não como

algo exterior aos sujeitos que dela se utilizam, mas como parte de um esforço de construção

de ferramentas úteis ás mais diversas atividades.

As soluções proprietárias vigentes no interior de uma lógica capitalista que

qualifica a informação como produtos reafirmam a desigualdade tecnológica o que tem se

somado à lógica da desigualdade social.

A informação se reifica apenas como mercadoria. Ao se tornar mercadoria a

informação é vivenciada como uma coisa não identificada como produto de qualidades

humanas. Os sujeitos a vivenciam como algo misterioso da qual não fazem parte. Ainda que o

software livre também esteja dentro da lógica do mercado, a abertura de seu do código fonte

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possibilita uma relação mais ativa com as novas tecnologias para quem dela se utiliza acordo

com seus interesses.

Desse modo, uma educação tecnológica, pois é isso que as professoras

pesquisadas, propõem como alternativa torna os princípios e as utilizações de software livres

imprescindíveis para a diminuição da desigualdade digital.

O fetichismo da mercadoria é um fenômeno característico da sociedade

capitalista, uma forma que penetra em todas as esferas da vida e influencia diretamente as

relações entre os homens.

O que é específico deste processo é o predomínio da coisa, do objeto sobre o

sujeito; é a inversão entre a verdade do processo pelo que ele aparenta ser em sua forma

imediata. (BEARD, 1991:102). A racionalidade produtiva do capitalismo avançado promove

a eliminação das propriedades qualitativas dos homens e destrói a mediação entre o

trabalhador e produto de seu próprio trabalho. (BEARD, 1991:102).

A análise das entrevistas realizadas revelou que adoção do software livre pela

Secretaria de Estado de Educação teve como motivadores, os custos econômicos dessa

tecnologia e a identificação com os princípios do software livre como mais adequados á

educação. Em níveis superiores da hierarquia institucional pode-se perceber um grande

esforço para que os programas de código aberto fossem implementados e ajustados aos

interesses pedagógicos, pelo menos num primeiro momento. Outro ponto a ser destacado foi a

significativa presença do e-Proinfo no que se referiu a criar alternativas iniciais para o

desenho e montagem de laboratórios funcionando como catalisador e disseminador de

experiência importantes, como a do TICs (Aprendendo e Ensinando com as Tecnologias de

Informação e Comunicação).

No cotidiano dos professores, diferentes desigualdades técnicas na execução do

projeto como problemas com conectividade, exigência de burocratização excessiva para a

prestação de assistência técnica às escolas, dificuldades com a execução das Libertas

principalmente quanto a incompatibilidade com alguns aplicativos foram relacionadas como

características do software livre. Podemos apontar que um debate mais intensivo no tocante

aos programas de código aberto e uma formação técnica mais apropriada ao professores

poderiam construir uma relação mais ativa e positiva quanto ao uso desses softwares.

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CONCLUSÃO

Do ponto de vista metodológico, o educador precisa aprender a equilibrar

processos de organização e de “provocação” na sala de aula. Uma das dimensões

fundamentais do ato de educar é ajudar a encontrar uma lógica dentro do caos de

informações que temos organizá-las numa síntese coerente, mesmo que momentânea,

compreendê-las. Compreender é organizar, sistematizar, comparar, avaliar, contextualizar.

Uma segunda dimensão pedagógica procura questionar essa compreensão, criar uma tensão

para superá-la, para modificá-la, para avançar para novas sínteses, outros momentos e formas

de compreensão. Para isso, o professor precisa questionar, criar tensões produtivas e provocar

o nível da compreensão existente.

No planejamento didático, predomina uma organização fechada e rígida

quando o professor trabalha com esquemas, aulas expositivas, apostilas, avaliação tradicional.

O professor que “dá tudo mastigado” para o aluno, de um lado, facilita a compreensão; mas,

por outro, transfere para o aluno, como um pacote pronto, o conhecimento de mundo que ele

tem.

Predomina a organização aberta e flexível no planejamento didático, quando o

professor trabalha a partir de experiências, projetos, novos olhares de terceiros: artistas,

escritores... etc. Em qualquer área de conhecimento, podemos transitar entre uma organização

inadequada da aprendizagem e a busca de novos desafios, sínteses. Há atividades que

facilitam a má organização, e outras, a superação dos métodos conservadores. O relato de

experiências diferentes das do grupo ou, uma entrevista polêmica podem desencadear novas

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questões, expectativas, desejos. E há também relatos de experiências ou entrevistas que

servem para confirmar nossas idéias, nossas sínteses, para reforçar o que já conhecemos.

Precisamos saber escolher aquilo que melhor atende ao aluno e o traz para uma

contemporaneidade.

Há professores que privilegia a organização questionadora, o questionamento,

a superação de modelos e não chegam às sínteses, nem mesmo parciais provisórias. Vive no

incessante fervilhar de provocações, questionamentos, novos olhares. Nem o sistematiza dor

nem o questionador podem prevalecer no conjunto. É importante equilibrar organização e

inovação; sistematização e superação.

O uso efetivo da tecnologia nas escolas, nomeadamente nas salas de aula e no

desenvolvimento de ambientes virtuais de aprendizagem, é ainda um privilégio de alguns

docentes e alunos. As variáveis que parecem ter mais influência neste processo são múltiplas,

como vimos, mas penso que umas sólidas formações técnicas e pedagógicas dos professores

bem como o seu empenho pessoal são determinantes.

Percebe-se através da pesquisa realizada que a maior problemática é mesmo a

falta de experiência e conhecimento com o uso dos recursos tecnológico, daí, então pensamos

em buscar um curso de formação continuada a fim de contribuir para a prática dessa

atividade.

Hoje, grande parte, ou todos os professores (as) estão se capacitando para que

no decorrer deste ano possam levar este recurso atraente para sua prática pedagógica, com

segurança e eficácia.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ALVES, Rubem. Sobre o poder e o saber. O Estado de São Paulo, São Paulo, 17 jan. 1982.

BEARD, Ruth M. Como a criança pensa. 9. ed. São Paulo: Iberas, 1991.

FISCHER, J,. O computador e a aprendizagem. Disponível em: www.aescola.com. Acesso

em 13 dez. 2000.

FONSECA, Lúcio. Tecnologia na escola. 2001. In:

http://www.aescola.com.br/aescola/seções/20tecnologia/2001/04/0002. Acesso em: 05 jun.

2001.

OLIVEIRA, V. B.. Informática em psicopedagogia. São Paulo: SENAC, 1996.

OLIVEIRA, V. B. & FISCHER, M. C. A microinformática como instrumento de

construção simbólica. In: OLIVEIRA, V. B.. Informática em psicopedagogia. São Paulo:

SENAC, 1996.

PIAGET, Jean. A epistemologia genética. Rio de Janeiro: Vozes, 1972.

SETTE, S. S.; AGUIAR, M. A.; SETTE, J. S. A. Formação de professores em informática na

educação: um caminho para mudanças. Brasília: Ministério da Educação, 1999. (Coleção

informática para a mudança na educação).

SETTE, S. S. et al. Formação de professores em informática na educação. In:

http://www.proinfo.gov.br. Acesso em: 08 jun. 2001.

VYGOTSY, L. et al., Pensamento e linguagem. São Paulo: Martins Fontes, 1989.

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ANEXOS

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QUESTIONÁRIO SOBRE A TECNOLOGIA EDUCACIONAL COMO FERRAMENTA

DE TRABALHO NAS SÉRIES DO 7º,8º E 9º ANO DO CICLO

1ª) QUAL SERIA A CAUSA DA RESISTENCIA DOS PROFESSORES AO USO DA

TECNOLOGIA DE COMUNICAÇÃO E INFORMAÇÃO COMO ISNTRUMENTO DE

TRABALHO?(WORD,POWER POINT,INTERNET ENTRE OUTROS).

2ª) COMO SE PODE ( A ESCOLA OU A GESTÃO) MOTIVAR OS PROFESSORES A

UTILIZAREM A TECNOLOGIA (COMPUTADOR) COMO INSTRUMENTO DE

TRABALHO?

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RESPOSTAS DOS PROFESSORES CONSELHEIROS DAS TURMAS:

Profª. Ione Rodrigues Conselheira das 7ª série

1ª) Pergunta: “Falta de oferta da Instituição de ensino ao meio tecnológico, vejo como a

maior dificuldade dos professores ao uso.”

2ª) Pergunta: “ Buscando para a escola, profissionais capacitados para a Capacitação de

professores.Hoje vivemos no mundo da tecnologia, se não adaptarmos à este mundo,

ficaremos defasados, para trás.”

Profª Roseni Conselheira das 7ª série

1ª) Pergunta: “ A resistência de alguns professores se dá por vários motivos:

- Acham que essa tecnologia é um bicho de sete- cabeça e que a cada momento ela

passa por mudanças.

- É uma ferramenta de difícil manuseio (um mundo desconhecido).

- Muitos sente dificuldade, até então porque não tiveram essa disciplina na sua base

de formação.

- Nesse ensino aprendizado não existe meio termo ou você acerta ou você erra.Devem

ter como meta que é com os erros que se chegam a perfeição.

- Muitos professores não tem tempo, lecionam os 2 períodos chegando alguns até 3

períodos, porque exige tempo e dedicação pois a base dessa aprendizagem é a prática.

- A maioria dos professores não tem o computador em casa.

-As Tarifas de manutenção são altas.

-Os Computadores que existem nas escolas não são exclusivo acesso dos professores e

alunos.As vezes não tem todos os acessórios, o necessário para realizarem um trabalho

completo.”

2ª) Pergunta: “ As escolas devem fazer projetos e encaminhar aos Órgãos

competentes, solicitando mais professores especializados nesta área.

-Ampliar o números de salas e computadores.

-Abrir linha de crédito e desconto para professores.

-A Escola ser facilitador desse meio de aquisição desta importantíssima

ferramenta.Professores com taxas mínimas de manutenção. (provedores).

-Os Cursos dados (oferecidos) sejam de maior hora/aula.

-O professor que se empenhar receberá porcentagem em cima do seu salário.

-Cada escola deveriam ter em seu currículo (planejamento) (PPP) uma hora

todos os dias para que os professores pudessem ter acesso e sanar as dúvidas.

-Todas as escolas tivessem todos os acessórios para que o ensino fosse

completo.Aparelhos modernos ,com isso os professores se sentiram motivados e

participaram.

Profª Maria Sebastiana de Campos Neta Conselheira

1ª) Pergunta: “Insegurança à aquilo que ainda parece novo na escola, oferta de espaço

adequado e organizado no laboratório; para uso exclusivo; equipamentos em estado

precário.”

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2ª) Pergunta: “Na verdade seria uma questão de a maioria dos professores terminarem

a formação continuada e as escola ou os gestores organizarem o espaço exclusivo para

esse trabalho ser organizado.Muitos professores já orientam os alunos para pesquisas

só que os trabalhos estão sendo realizados fora do âmbito escolar (laboratório de

informática).Quando os alunos procuram o laboratório da escola o mesmo ou está

fechado ou com problema, ou a sala está sendo usada para outros fins.”

Profª Nadja Aparecida Gomes

1ª)Pergunta: “Por não saber usar, preguiça,desinteresse.”

2ª )Pergunta: “Investir em treinamento capacitando os professores para que saibam

usar a tecnologia.”