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ASSOCIAÇÃO NACIONAL DOS ADVOGADOS Presentes aos … · 4 Agosto | 2009 O JURIR/Curitiba é o maior arrecadador de ho-norários por advogado. Já em valores absolutos, a maior arrecadação

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Conselho Editorial:Conselho Editorial:Conselho Editorial:Conselho Editorial:Conselho Editorial: Davi Duarte, Bruno Vanuzzi, Carlos Alberto R. de Castro Silva, Roberto Maia, GryecosAttom V. Loureiro, Anna Claudia de Vasconcellos e Júlio Vítor Greve|JorJorJorJorJornalista responsável:nalista responsável:nalista responsável:nalista responsável:nalista responsável: Mário GoulartDuarte (Reg. Prof. 4662) - E-mail: [email protected]. PPPPProjeto gráfico:rojeto gráfico:rojeto gráfico:rojeto gráfico:rojeto gráfico: Eduardo Furasté|EditoraçãoEditoraçãoEditoraçãoEditoraçãoEditoraçãoeletrônica:eletrônica:eletrônica:eletrônica:eletrônica: José Rober to Vazquez Elmo|Capa e contracapa:Capa e contracapa:Capa e contracapa:Capa e contracapa:Capa e contracapa: Eduardo Furasté|Ilustrações:Ilustrações:Ilustrações:Ilustrações:Ilustrações: RonaldoSelistre|Tiragem:Tiragem:Tiragem:Tiragem:Tiragem: 1.100 exemplares| Impressão: Impressão: Impressão: Impressão: Impressão: Gráfica Pallotti|PPPPPeriodicidade:eriodicidade:eriodicidade:eriodicidade:eriodicidade: Mensal.A ADVOCEF em Revista é distribuída aos advogados da CAIXA, a entidades associativas e a instituições deensino e jurídicas.

Agosto | 20092

wwwwwwwwwwwwwww.advocef.advocef.advocef.advocef.advocef.org.br – Discagem gratuita 0800..org.br – Discagem gratuita 0800..org.br – Discagem gratuita 0800..org.br – Discagem gratuita 0800..org.br – Discagem gratuita 0800.647647647647647.....88998899889988998899

ASASASASASSOCIAÇÃO NACIONAL DOSSOCIAÇÃO NACIONAL DOSSOCIAÇÃO NACIONAL DOSSOCIAÇÃO NACIONAL DOSSOCIAÇÃO NACIONAL DOS ADVOGADOSADVOGADOSADVOGADOSADVOGADOSADVOGADOSDA CAIXA ECONÔMICA FEDERDA CAIXA ECONÔMICA FEDERDA CAIXA ECONÔMICA FEDERDA CAIXA ECONÔMICA FEDERDA CAIXA ECONÔMICA FEDERALALALALAL

DIRETORIA EXECUTIVDIRETORIA EXECUTIVDIRETORIA EXECUTIVDIRETORIA EXECUTIVDIRETORIA EXECUTIVAAAAA 2008-20102008-20102008-20102008-20102008-2010PPPPPresidente: residente: residente: residente: residente: Davi Duarte (Porto Alegre)Vice-PVice-PVice-PVice-PVice-Presidente: residente: residente: residente: residente: Bruno Vicente Becker Vanuzzi (Porto Alegre)1º Secretário:1º Secretário:1º Secretário:1º Secretário:1º Secretário: Ricardo Gonçalez Tavares (Porto Alegre)2º Secretário: 2º Secretário: 2º Secretário: 2º Secretário: 2º Secretário: José Carlos Pinotti Filho (Londrina)1º T1º T1º T1º T1º Tesoureiro:esoureiro:esoureiro:esoureiro:esoureiro: Fernando da Silva Abs da Cruz (Novo Hamburgo)2º2º2º2º2º TTTTTesoureiro: esoureiro: esoureiro: esoureiro: esoureiro: Mariano Moreira Júnior (Florianópolis)Diretor de ArDiretor de ArDiretor de ArDiretor de ArDiretor de Articulação e Rticulação e Rticulação e Rticulação e Rticulação e Relacionamento Institucional:elacionamento Institucional:elacionamento Institucional:elacionamento Institucional:elacionamento Institucional:

Carlos Alberto Regueira de Castro Silva (Recife)arararararticulacao@advocefticulacao@advocefticulacao@advocefticulacao@[email protected]

Diretor de Comunicação:Diretor de Comunicação:Diretor de Comunicação:Diretor de Comunicação:Diretor de Comunicação:Roberto Maia (Porto Alegre)comunicacao@advocefcomunicacao@advocefcomunicacao@advocefcomunicacao@[email protected]

Diretor de Honorários:Diretor de Honorários:Diretor de Honorários:Diretor de Honorários:Diretor de Honorários:Gryecos Attom Valente Loureiro (Volta Redonda)honorarios@advocefhonorarios@advocefhonorarios@advocefhonorarios@[email protected]

Diretor de Negociação:Diretor de Negociação:Diretor de Negociação:Diretor de Negociação:Diretor de Negociação:Anna Claudia de Vasconcellos (Florianópolis)negociacao@advocefnegociacao@advocefnegociacao@advocefnegociacao@[email protected]

DiretorDiretorDiretorDiretorDiretor de de de de de P P P P Prerrerrerrerrerrogativas:rogativas:rogativas:rogativas:rogativas:Júlio Vitor Greve (Brasília)prerrogativas@advocefprerrogativas@advocefprerrogativas@advocefprerrogativas@[email protected]

REPRESENTREPRESENTREPRESENTREPRESENTREPRESENTANTES ANTES ANTES ANTES ANTES REGIONAISREGIONAISREGIONAISREGIONAISREGIONAISElisia Sousa Xavier (Brasília)|Júlio Vitor Greve (Brasília)| Laer tNascimento Araujo (Aracaju)|Patrick Ruiz Lima (Belém) |Helena DisciniSilveira (Belo Horizonte)|Juliana Varella Barca de Miranda Porto(Brasília)|Henrique Chagas (Presidente Prudente)|Eber Saraiva deSouza (Cuiabá)|Alfredo de Souza Briltes (Campo Grande)|CarlosHenrique Bernardes Castello Chiossi (Campinas)|Jayme de AzevedoLima (Curitiba)|Edson Maciel Monteiro (Florianópolis)|Adonias Melode Cordeiro (Fortaleza)|Ivan Sérgio Vaz Porto (Goiânia)| Leopoldo VianaBatista Junior (João Pessoa)|Dioclécio Cavalcante de Melo Neto(Maceió)|Alcefredo Pereira de Souza (Manaus)|Carlos Roberto deAraújo (Natal)|Marcelo Quevedo do Amaral (Porto Alegre)|Melissa dosSantos Pinheiro (Porto Velho)|Pedro Jorge Santana Pereira (Recife)|Márcio Miranda de Souza (Rio de Janeiro)|Jair Oliveira FigueiredoMendes (Salvador)|Enio Leite Alves da Silva (São Luís)|Roland GomesPinheiro da Silva (São Paulo)|Renato Cavalcante de Farias (Teresina)|Angelo Ricardo Alves da Rocha (Vitória)|Renato Luiz Ottoni Guedes(Cascavel)|Rodrigo Trezza Borges (Juiz de Fora)| Altair Rodrigues dePaula (Londrina)|José Irajá de Almeida (Maringá)| Clarissa Pires daCosta (Novo Hamburgo)|Daniel Burkle Ward (Niterói)|Luis GustavoFranco (Passo Fundo)|Sandro Endrigo de Azevedo Chiaroti (RibeirãoPreto)|Flávia Elisabete de Oliveira Fidalgo Souza Karrer (São José dosCampos)|Fábio Radin (Santa Maria)| Antonio Carlos Origa Junior (SãoJosé do Rio Preto)|Luciola Parreira Vasconcelos (Uberlândia)|AldirGomes Selles (Volta Redonda).CONSELHO DELIBERCONSELHO DELIBERCONSELHO DELIBERCONSELHO DELIBERCONSELHO DELIBERAAAAATIVOTIVOTIVOTIVOTIVOMembros efetivos:Membros efetivos:Membros efetivos:Membros efetivos:Membros efetivos: Patrícia Raquel Caires Jost Guadanhim(Londrina), Marcelo Dutra Victor (Belo Horizonte), Renato Luiz HarmiHino (Curitiba), Laert Nascimento Araújo (Aracaju) e Henrique Chagas(Presidente Prudente).Membros suplentes: Membros suplentes: Membros suplentes: Membros suplentes: Membros suplentes: Arcinélio de Azevedo Caldas (Campos dosGoytacazes), Daniele Cristina Alaniz Macedo (São Paulo) e MariaEliza Nogueira da Silva (Brasília).CONSELHO FISCALCONSELHO FISCALCONSELHO FISCALCONSELHO FISCALCONSELHO FISCALMembros efetivos:Membros efetivos:Membros efetivos:Membros efetivos:Membros efetivos: Rogério Rubim de Miranda Magalhães (BeloHorizonte), Alfredo Ambrósio Neto (Goiânia) e Liana Cunha MousinhoCoelho (Belém).Membros suplentes:Membros suplentes:Membros suplentes:Membros suplentes:Membros suplentes: Fábio Romero de Souza Rangel (João Pessoa)e Sandro Cordeiro Lopes (Rio de Janeiro).Endereço em Brasília/DF:Endereço em Brasília/DF:Endereço em Brasília/DF:Endereço em Brasília/DF:Endereço em Brasília/DF:SBS, Quadra 2, Bloco Q, Lote 3, Sala 1410 | Edifício João CarlosSaad | CEP 70070-120 | Fone (61) 3224-3020E-mail: [email protected] | Auxiliar administrativo: PriscilaChristiane da Silva.Endereço em PEndereço em PEndereço em PEndereço em PEndereço em Pororororor to Alegre/RS:to Alegre/RS:to Alegre/RS:to Alegre/RS:to Alegre/RS:Rua Siqueira Campos, 940 / 201 | Centro | CEP 90010-000Fones (51) 3286-5366 e (51) 3221-7936Gerente Administrativo: Fernando Paust Jonson | Auxiliares Administra-tivos: Elisabeth Maria Vazquez Elmo (Administrativo), Lisandra deAndrade Pereira (Financeiro) e Rafael Martins Dias (Secretaria).

| Editorial

Para a Semana do Advogado2009, a ADVOCEF preparou eanuncia nesta edição a primeiraparte de uma série de novidadesdedicadas aos advogados a elavinculados.

Iniciamos pela instalação deuma nova sede em Brasília, frutode investimento de administraçãoanterior da entidade. Localizadaem ponto estratégico da CapitalFederal, a nova Casa do Advoga-do da CAIXA situa-se em prédiomoderno, abrigando instalaçõesfuncionais e que melhor atende-rão aos interesses de seus asso-ciados.

Com inauguração prevista parao dia 15 de agosto, data de funda-ção da entidade, inicia-se com estesólido marco um novo ciclo de atu-ação da Associação, que completa17 anos de existência.

Esta edição noticia tambéma contratação de um gerente ad-ministrativo para sua Secretariaem Porto Alegre. A medida inte-gra um planejado processo deaprimoramento do apoio adminis-trativo prestado pelo quadro fun-cional da entidade, conferindouma visão mais profissional e qua-lificada ao atendimento dos asso-ciados.

Iniciamos uma série de ma-térias envolvendo a arrecadaçãode honorários. Considerado pormuitos como prioridade absolutaa ser tratada, o tema está mere-cendo da Diretoria da Associaçãoum especial acompanhamento. Anova Cartilha de Honorários, atu-alizada e condensada por umaequipe de dedicados associados,

Presentes aos advogadoscapitaneados pela Diretoria de Ho-norários, é anúncio que concreti-za o início de novos tempos no tra-to do assunto.

O incremento na arrecadaçãodos honorários, contabilizados erateados mensalmente pelaADVOCEF entre todos os profissi-onais da ativa, é bandeira que seergue em proveito e benefício con-creto da crescente valorização dosprofissionais representados pelaentidade.

No campo institucional, diver-sas pequenas grandes batalhasestão sendo travadas e bem-suce-didas no cotidiano. A introduçãode pleitos específicos dos advoga-dos nas pautas reivindicatóriasdas entidades confederativas,para o Acordo Coletivo deste ano.O acolhimento de reivindicaçõespor formas mais abrangentes e in-teligentes de compensação dosdias de nossa histórica greve, re-sultado de intenso e silencioso tra-balho da ADVOCEF junto aosgestores das áreas envolvidas.

São pequenas e significativasmostras de como é possível tra-balhar cada vez mais e melhor emfavor de boas causas, imbuídos deespírito de combatividade e con-ciliação permanentes.

Estes são alguns presentesdedicados aos advogados, para opresente e para o futuro desta ca-tegoria com um passado de lutase glórias.

Um feliz Dia do Advogado atodos.

DireDireDireDireDiretttttoria Exoria Exoria Exoria Exoria Executivecutivecutivecutivecutiva daa daa daa daa daADADADADADVVVVVOCEFOCEFOCEFOCEFOCEF

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| Prédio da sede da ADVOCEF:dos mais valorizados de Brasília

| Mudança

Endereço na CapitalADVOCEF anuncia inauguração da nova sede em Brasília

Está pronta a nova sede da ADVOCEFem Brasília, localizada no SBS Quadra2, Bloco Q, Lote 3, sala 1410, no edifí-cio João Carlos Saad. Com 62 metrosquadrados de área útil, oferece espaçoconfortável para reuniões, incluindo asde grupos de trabalho, que antes tinhamque ser realizadas em outros ambientes,como hotéis, com os custos decorren-tes. "A par disso, a permanente valoriza-ção imobiliária em Brasília assegura quese tratou de um investimento com retor-no garantido", afirma o presidente daADVOCEF, Davi Duarte.

A nova sede foi adquirida na admi-nistração de Altair Rodrigues de Paula,que presidiu a ADVOCEF em duas ges-tões consecutivas, de 2004 a 2008. En-tendendo que a entidade não poderiaprescindir de um endereço permanen-te em Brasília e que as sedes nas loca-lidades de lotação dos presidentes se-riam transitórias, a Diretoria optou por

vender o imóvel que possuíaem Porto Alegre e alugar salasem Londrina para a sede pro-visória. A autorização foi con-cedida no XI Congresso, emGoiás, em 2005.

Altair informa que a Associ-ação, ao adquirir o imóvel ain-da em construção, anteviu maisdo que oferecer uma nova sedepara a categoria. Graças a umaboa negociação, aquela Direto-ria adquiriu a sala em condi-ções muito favoráveis, propici-ando à entidade colher os fru-tos de uma grande valorizaçãopatrimonial para o investimen-to. Colaboraram na procura peloimóvel ideal os advogadosGustavo Maia (hoje no TribunalSuperior do Trabalho), IsabelaGomes Machado (GEAJU) eNeiva Fátima Pereira (DIJUR).Também ajudaram no processoo diretor de Prerrogativas, JúlioGreve, e a secretária Priscila daSilva.

Três ambientesO diretor de Articulação, Carlos Cas-

tro, saudou a "visão futurística" da Direto-ria liderada por Altair, que adquiriu a novasede em um dos mais modernos prédiosda Capital Federal. Castro também distin-

| Da nova sede vê-se o prédio da CAIXA... ...e o prédio do Jurídico de Brasília

guiu o trabalho de José Carlos Izidro Ma-chado, do JURIR/Brasília, responsável pelareforma e decoração da sede.

Izidro explica que a sala foi trans-formada em três ambientes, constituin-do uma recepção, salas de reuniões,uma copa e duas estações de trabalho.

O piso em cerâmica foi subs-tituído por porcelanato. Umaarquiteta projetou os móveise armários. Na recepção,um painel em madeira mos-tra o nome da Associaçãoem relevo. Um projetoluminotécnico realçou o am-biente. Segundo Izidro, a salaé de grande importância paraa ADVOCEF, "seja para bemrepresentar a grandeza daentidade, seja para abrigar asfrequentes reuniões que têmocorrido em Brasília para tra-tar de interesses dos associ-ados".

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O JURIR/Curitiba é omaior arrecadador de ho-norários por advogado. Jáem valores absolutos, amaior arrecadação perten-ce ao JURIR/São Paulo.Esses são os destaques doestudo realizado pela Co-missão de Honorários doJURIR/Porto Alegre a res-peito da arrecadação daverba, em 2008, nos cin-co maiores Jurídicos daCAIXA. Divulgando a pes-quisa, os advogados gaú-chos pretendem estimulara arrecadação no Estado,reconhecendo que precisam melhorar suaposição atual de quarto lugar no rankingnacional.

O presidente da ADVOCEF, Davi Duarte,acha que mesmo em São Paulo a arreca-

Unidades de São Paulo e Paraná mostram como arrecadar mais

| Honorários

Lições dos maiores

O JURIR/São Paulo tem se mantido nosúltimos anos como o maior arrecadador dehonorários entre todas as unidades jurídi-cas da CAIXA. O gerente jurídico da unida-de, Sílvio Travagli, observa que o trabalhocompreende a Grande São Paulo e partedo litoral paulista, onde atua a REJUR/San-tos. O interior do Estado é coberto pelosJurídicos de Campinas e Bauru, que têmarrecadações computadas em separado.

Sílvio Travagli dá a sua interpretaçãopara a performance da unidade:

"O resultado satisfatório doJURIR/Paulo pode ser justificadopor uma série de fatores, dentreos quais a força econômica da região e ogrande número de habitantes, em razão doque, consequentemente, temos o maior nú-mero de agências (374) e de Superinten-dências de Negócios (9), além de 14 Ge-rências de Filial e 28 Representações Re-gionais. Isso acarreta, sem dúvida, enormevolume de demandas judiciais. Mas ape-nas estes fatores não explicariam o bomresultado constantemente obtido peloJURIR/SP.

dação de honorários está aquém do possí-vel, considerando que o Estado abriga asmaiores indústrias e é o maior manancialde empréstimos e relações econômicas emgeral. "Têm eles, a meu ver, melhores e

maiores recursos paratudo. Inclusive maioresdevedores. A mina é lá enão no Nordeste ou noNorte", raciocina o presi-dente.

Em 15 de agosto de2009, em Brasília, aADVOCEF lança a campa-nha nacional Arrecadar +,para aumentar o controledo sistema pelos advoga-dos da CAIXA. Na data,será apresentada a ediçãorevisada da Cartilha deHonorários, que orienta eprega o envolvimento de

todos no aprimoramento dos processos dearrecadação.

Veja a seguir a posição de represen-tantes das unidades do Paraná e de SãoPaulo.

Estamos certos de que a atuação denossos advogados tem sido fundamentalpara o sucesso na arrecadação dos hono-rários. O empenho e a combatividade dagrande maioria dos profissionais resultamem uma postura aguerrida que tem como

retorno o sucesso na obtenção de honorá-rios - e, isso convém também seja assina-lado, sem qualquer prejuízo ou detrimentoà sempre prioritária defesa da CAIXA e deseus interesses.

Conveniente salientar, também, quetemos conseguido solucionar de formasatisfatória a empenhada defesa dos jus-tos e devidos honorários com eventuaisconflitos gerados por postura intransigen-te e excepcional de um ou outro membrodo Judiciário que busca afastar a cabívelcobrança. A propósito, as regras processu-ais e os normativos que regulam a matériaoferecem o necessário suporte à nossa atu-ação."

Engajamento do pessoal

A advogada Gisela BizarraMorone tem opinião sobre otema, embora frise que saiu do

Consultivo há apenas um mês e quepouco atuou no Contencioso do JURIR/

São Paulo, onde trabalha há dois anos. Elaacredita que a grande concentração de ar-recadação no Jurídico paulista derive doContencioso de SFH (contratoshabitacionais em geral) e o resultadosatisfatório decorra da participaçãoengajada do pessoal da Coordenadoria noprojeto Conciliação, "uma espécie de

SÃO PAULO: Tamanho e competência

Agosto | 2009 5

As razões para o sucesso na arreca-dação de honorários no Paraná podem serlocalizadas logo após a edição do atualEstatuto da OAB e da Advocacia, de acor-do com o advogado Renato Hino, doJURIR/Curitiba. Ele afirma que os advoga-dos do Estado foram possivelmente os pri-meiros a exigir, "de forma intransigente",o pagamento dos honorários nos acordosrealizados pela CAIXA, antes ainda danormatização da matéria. "Foram períodosdifíceis, com muito desgaste no relacio-namento com as áreas negociais, masque resultaram na situação atual, naqual a cobrança de honoráriosadvocatícios nos acordos se tornoupraxe para os gerentes dos pontosde venda."

"Vigilância e cuidado com oque é nosso", segundo Renato, éa atitude necessária para cada ad-vogado e para a ADVOCEF, noacompanhamento, paraincrementar a arrecadação. Ela lamen-ta que, para muitos, a arrecadação dehonorários ainda não tenha recebido aatenção merecida.

Renato Hino observa que alguns Es-tados possuem arrecadação mínima."Será que naqueles Estados não há acor-dos e não se recupera créditos para a CAI-XA?" Ele prega uma ação efetiva daADVOCEF nesses casos, com visita ao lo-cal, se necessário.

O FGTS, uma incógnita

Renato Hino acha que a ADVOCEF po-deria elaborar ações conjuntas com a CAI-XA. É preciso, por exemplo, melhorar ascondições de trabalho dos advogados daárea de recuperação de créditos, para quepossam absorver no mínimo as demandas

novas, evitando a terceirização. "Todos osprocessos da área ficariam sob a respon-sabilidade de advogado interno desde oinício e, se necessário, haveria apenas aterceirização de atos." Isso garantiria o di-reito à arrecadação integral pela ADVOCEF.

Outra sugestão abrange os contratoshabitacionais, onde se poderia dar prefe-rência à execução judicial ao invés daextrajudicial. Renato acrescenta: "Salvo

engano, não há controle quanto ao repas-se dos honorários devidos nas adjudicaçõese arrematações, vez que são exigíveis ape-nas após a venda do bem."

O advogado cita os honorários do FGTS,"uma verdadeira incógnita, já que não te-mos nenhum acompanhamento sobre suaarrecadação e dependemos, integralmen-te, de ações das GIFUG". Renato questio-na: "Será que eles nos têm repassado cor-retamente tudo o que temos direito? Comose dá o recebimento dos honorários nosparcelamentos? Eles são cobrados no iní-cio, durante ou somente nas parcelas finaisdo acordo? Está correto esse procedimen-

to? Afinal, por que a arrecadação de hono-rários nas execuções fiscais do FGTS éinexpressiva?"

Renato pergunta também se não esta-ria na hora de uma auditoria independentenos repasses de honorários, nas áreas co-mercial e do FGTS.

Seguir as normas

O ex-presidente da ADVOCEF, DarliBertazzoni Barbosa, da REJUR/Londrina,diz que o feito registrado no Paraná não énovidade e se deve ao elevado grau deconscientização dos advogados. "Procura-mos não baixar processos com pendênci-as de cobrança de honorários e sempreacompanhamos os acordos para que os ho-norários não deixem de ser arrecadados",

explica.Para uma arrecadação mais

efetiva, segundo Darli, bastaria queos colegas se conscientizassem econtrolassem com rigor a cobran-

ça. "Em resumo seria, na verdade, darcumprimento ao Regulamento de Hono-

rários e à Cartilha de Honorários."Alaim Stefanello, gerente jurídico do

JURIR/Curitiba, acredita que os mutirões doSFH contribuíram muito para a arrecada-ção no Paraná. Pensa que é igualmenterelevante a atuação incansável dos advo-gados. "É importante cobrar todos os valo-res referentes a honorários com efetividadee com o mesmo zelo com que defendemosos interesses da CAIXA."

Para aumentar a arrecadação, Alaimacha que a ADVOCEF deveria contratar umaempresa para efetuar pesquisa de bens,pois todos os dias muitos processos sãoextintos na cobrança de honorários por fal-ta de localização de patrimônios ou dospróprios devedores.

PARANÁ: Rigor na cobrança

'mutirão' em caráter permanente, com umaatuação muito bem organizada e empenha-da da GICOT e GICOP". Segundo Gisela,além de proporcionar agilidade na soluçãodos processos, o trabalho expõe aos juízesaqueles casos em que o mutuário utiliza oJudiciário apenas para protelar a resoluçãodo contrato.

O resultado obtido no JURIR/São Pau-lo é satisfatório ou pode ser melhor? Gisela:"A CAIXA é vencedora em muitas ações,obtendo condenação dos mutuários nos

honorários de sucumbência, que restamfrustrados com o deferimento de justiçagratuita. Uma parte talvez pudesse ser re-vertida, mas não temos condições de im-pugnar todos os casos ou mesmo de efetu-ar pesquisas para demonstrar a ausênciaou modificação das condições financeirasque justificaram o benefício, de modo aefetuar a cobrança ao mutuário".

Além disso, acrescenta a advogada, hácasos de "interpretação" equivocada do MNAE 061, por integrantes das áreas

operacionais, que podem diminuir os ho-norários. "São casos pontuais, mas quedevem ser enfrentados pelos advogados edevidamente cientificados à ADVOCEF."

Para uma arrecadação mais efetiva dehonorários, Gisela sugere como passo im-portante identificar as unidades em queseja notória a baixa arrecadação. Um tra-balho conjunto da ADVOCEF e DIJUR pode-ria avaliar, por exemplo, se hádescumprimento do Normativo, "porqueisso inclusive expõe a CAIXA a risco".

Agosto | 20096

Davi Duarte (*)A ADVOCEF lança a campanha Arre-cadar +, com vigência a partir de setem-bro de 2009, objetivando ampliar a efici-ência do serviço jurídico e trazer à CAIXAo resultado da atuação judicial de seusadvogados na recuperação de créditos evalores.

É um marco significativo na história daADVOCEF, porquanto representa a soma deesforços entre a entidade, associados eCAIXA. Da conjugação de esforços teremosuma arrecadação mais vultosa, com refle-xos positivos no lucro da Empresa e no re-passe da verba honorária.

Importa, igualmente, que consigamosregistrar e divulgar as melhores práticas,consubstanciadas em formas e modos cri-ativos e eficientes utilizados na atuaçãodiária, e que apresentem um diferenciadoe positivo resultado na arrecadação de va-

Há determinados procedimentos que, seseguidos pontualmente pelos advogados,podem aumentar a arrecadação de honorá-rios. A dica é dos membros da Comissão deHonorários do JURIR/Porto Alegre, respon-sáveis pela revisão da Cartilha de Honorári-os da ADVOCEF, editada originalmente em2003. O diretor de Honorários, Gryecos Lou-reiro, informa que não houve alterações deconteúdo, mas adequações de texto, aten-dendo a algumas prioridades de hoje.A Cartilha está no Guia Normativo 2009.

A comissão é formada pelos advogadosAlessandro Maciel, Álvaro Sérgio WeilerJunior, Dione Lima da Silva, Jaques Bernardi,Karin Wietzke Brodbeck, Marcelo Machadode Assis Berni e Marcelo Quevedo doAmaral.

Gryecos elogiou o trabalho do grupo e,cumprindo deliberação da última reuniãoda Diretoria, em 11/07/2009, encaminhou

O que é necessário para garantir a arrecadação de honorárioscópia aos presidentes de comissões de ho-norários, para recolher contribuições.

Segundo a equipe revisora, a Cartilhapropõe um conjunto de ações paraconscientizar os colegas da importância defiscalizar e cooperar na arrecadação. A equi-pe ressalta que é essencial, por exemplo,preencher corretamente as DLE's, além deexigi-las nos acordos e enviá-las ao Apoiopara contabilização. "Nesse trabalho, quantomaior o envolvimento de cada um dos cole-gas, maior será o resultado positivo colhidopor todos", ressalta a Comissão.

Na atualização da Cartilha os advoga-dos enfatizam questões polêmicas como aincidência de "honorários em ações em queincide a assistência judiciária gratuita", "oshonorários em processos extintos/arquiva-dos", "os recebimentos de valores em exe-cuções de terceiro" e os "honorários por acor-dos em cobrança de débitos condominiais".

lores; na autoestima dos profissionais e navalorização que a CAIXA precisa concluir.

Arrecadar + é mais um jeito de forta-lecer a atuação jurídica da CAIXA, gerarresultados mais expressivos, na recupera-ção de recursos e de honorários, e de co-locar em evidência o positivo esforço queo quadro de advogados da Empresa, ori-entado pela ADVOCEF, tem condições epode realizar.

Arrecadar + é fazer agora o possível eapresentar ao administrador o que aindafalta para arrecadar ainda mais, com me-nor dispêndio. É, também, uma forma depremiar o esforço e a dedicação dos Jurídi-cos que, em determinado tempo, apresen-tarem um crescimento na arrecadação.

(*) President(*) President(*) President(*) President(*) Presidente da ADe da ADe da ADe da ADe da ADVVVVVOCEFOCEFOCEFOCEFOCEF

| Artigo

Arrecadar mais

| Lançamento

| Davi Duarte: campanha paraconjugar esforços

Agosto | 20096

Foto

: Gui

na

Cartilha atual

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| Comunicação

Rede de opiniõesCampeão de acessos, o Fórum da ADVOCEF mostrou seu valor na greve

Máxima importância, essencial, in-dispensável, primordial - todos os adje-tivos são dirigidos ao Fórum, a áreamais utilizada do site da ADVOCEF du-rante a greve dos profissionais da CAI-XA. Os advogados ouvidos contribuírampara os 225.311 acessos registradosapenas no período de 1º de abril a 22de junho deste ano. Somente em junho,a página apresentou 81.659 acessos.Se se precisar de mais referências, oadvogado João Amilcar Valle Aboud re-sume: "Ainda bem que o Fórum exis-te".

Hamilton Esequiel de Resende, doJURIR/Belo Horizonte, acha que oFórum foi importante para a trans-missão de informações e, prin-cipalmente, como espaço dediscussão dos temas "quenos afligiram durante omovimento e nos afli-gem na carreira".Foi praticamenteapresentado à fer-ramenta durante agreve. Chegou a postar um tópico. "Gos-tei tanto que continuo acessando, paraespiar (coisa de mineiro) o que os cole-gas andam pensando."

Alfredo de Souza Briltes, do JURIR/Campo Grande, chegou ao Fórum já "nocalor dos fatos", quando se manifestousobre as posições dos colegas. Para ele,essa possibilidade de participação de-mocrática contribuiu para o enriqueci-mento do debate e para a reflexão da

categoria, servindo também como fon-te de informações dos bastidores deBrasília. "Com certeza vou continuaracessando o Fórum da ADVOCEF e par-ticipando ativamente dos debates."

Adonias Melo de Cordei-ro, do JURIR/Fortaleza, utilizouo Fórum para passar o tempo eexpressar ideias. Nele também fezpesquisas e se inteirou sobre asreuniões e eventos sindicais.

Para Dioclecio Cavalcante de MeloNeto, do JURIR/Maceió, o Fórum serviucomo um "termômetro" para identificaras opiniões e decisões das outras ba-ses sobre os rumos da greve.

Fofocas e desabafo"Ferramenta indispensável!",

conceitua Daniele Macedo, do JURIR/São Paulo. "Um espaço absolutamentedemocrático de grande importância,muito embora a maioria dos advogadosainda relute em utilizá-lo."

Indispensável como canal de expres-são, como meio de articulação entre oscolegas, como contraponto de opiniões,

endossa Dione Lima da Sil-va, do JURIR/Porto Alegre.Ele nota que os assuntospostados são variados etodos de interesse da ca-tegoria, "inclusive oscontos de nosso bri-lhante romancista, Dr.Nicodemos".

O 2º secretárioda ADVOCEF, JoséCarlos Pinotti Filho,não acreditava nosucesso doFórum, nem ofrequentava se-

guido antes da greve. Hoje consideraque é um grande instrumento de trocade ideias e experiências. "Acredito quetodos os pontos de vista devem ser ava-liados visando construir uma Associa-ção mais forte e democrática, mas creioque em alguns momentos o Fórum setransformou em um canal de instigaçãoà revolta, fofocas e desabafo, o que nãodeixa de ter seu valor social e pessoal,como uma espécie de catarse escritado descontentamento que assolou al-guns colegas com o fim da greve."

Marcelo Dutra Victor, do JURIR/Belo Horizonte, manteve o Fórum infor-mado com as notícias publicadas sobrea greve. No mesmo espaço procurou"respeitosamente" debater todos os tó-picos, mesmo que suas opiniões fossemconflitantes "com aqueles que pregama intransigência e não admitem os ris-cos da judicialização, apregoando-acomo a melhor forma de resolução dosconflitos".

O mais lidoConfira alguns dados fornecidos pelos advogados a respeito do Fórum:

A maioria dos advogados consultava o Fórum antes da greve e lia todos osassuntos.

Antes da greve, 50% dos advogados postavam comentários, 50% apenas liam. Durante a greve, a grande maioria postou comentários. Depois da greve, a maioria vai continuar acessando o Fórum. Sugestões dos advogados: aumentar a capacidade/velocidade do Fórum, ins-tituir mediador e introduzir recursos facilitadores, como mecanismo de busca.

Agosto | 20098

O tom das conversasPelo "privilégio" de estar em Brasília,

Marcos Ulhoa Dani, da GETEN, pôdeacompanhar a greve in loco, compare-cendo às audiências do TST e às reuni-ões à frente do prédio da Matriz. Pro-curava as informações oficiais do siteda ADVOCEF e no blog do movimento."Outra importante fonte foi o nosso re-presentante, Dr. Júlio Greve, quedisponibilizava informações para todosda unidade que haviam lhe remetido en-dereço particular de e-mail."

Marcos salienta que, no curso dagreve, o Fórum se tornou um instrumen-to "dúbio", veiculando muitas informa-ções desconectadas da realidade. Viu-se forçado a participar da discussão.Por outro lado, por militar perante o TST,teve uma abertura maior com os advo-gados que assessoraram a Associação,podendo ter uma visão mais clara dasperspectivas de um julgamento no tri-bunal. "Com lastro nestas informações,tentei colaborar tecnicamente, e namedida de minhas limitações, para quea categoria pudesse ter informaçõesmais claras acerca do que estava acon-tecendo em Brasília."

Marcos Dani diz que o desgastepara quem atua na área trabalhista ésempre maior em assuntos da catego-ria. Há uma "pecha" de que o profissio-nal estaria sempre "trabalhando para ooutro lado". Durante o movimento, ten-tou, de forma isenta, descrever o qua-dro jurídico que se apresentava. "Era ummomento importante e penso que nãopoderia me esquivar de tal responsabi-

lidade, até por estar muito próximo dosacontecimentos." Mas o sacrifício foiexcessivo e não pretende mais partici-par do Fórum, no formato atual.

Dioclecio Cavalcante chegou a fa-zer comentários durante a greve, mas

se sentiu inibido, pelo "tom" das con-versas. "Preferi me reservar, apesar deestar acompanhando atentamente asdiscussões. Em alguns casos, preferifalar diretamente com os colegas, pormeio de telefone."

João Aboud declara que não temtempo para continuar participando. "Te-nho prazos demais para atender. Épena."

Mediação para osexcessos

A despeito da impor tância doFórum, o advogado Marcos Dani perce-beu que o espaço se tornou um campode ataques pessoais e informações quenão correspondiam à realidade. "OFórum é um direito do associado, toda-via, como todo direito, não é absoluto",afirma. Por isso, avalia que a Associa-ção deveria repensá-lo, e introduzir ouso de um moderador.

Origens da ferramentaO Fórum do site da ADVOCEF foi

criado na administração de LuísFernando Miguel, do JURIR/Porto Ale-gre, responsável por duas gestões, de1998 a 2002. "Naquela época vivía-mos uma relação conturbada com aadministração da Empresa, na buscado reconhecimento de direitos decor-rentes da Lei nº 8.096/94", lembraMiguel. Enquanto a ADVOCEF se co-municava com os advogados desdeum endereço externo, os associadosrespondiam pelo e-mail da CAIXA. Daí,surgiu o receio de retaliação contraesses colegas, incluindo apuraçãosumária, por uso inadequado dosmeios internos de comunicação. Foiquando Miguel lembrou que tinha vis-to a ferramenta em outro site.

No início, e durante muito tempo,o sistema foi pouquíssimo utilizado,devido principalmente à falta de há-bito e à demora para carregar a pági-na. Depois de assinado o acordo coma CAIXA, pouca gente se dispunha apostar assuntos, tudo contribuindopara desestimular o uso.

Expressão da democraciaMiguel viu com satisfação a utili-

zação do Fórum no movimento, per-mitindo a interação entre os advoga-dos em todo o país. Acha que é preci-so investir na evolução da ferramen-ta, para que os associados continu-em expressando suas opiniões, semcensuras e sem limites, "por certo quedevidamente identif icados, tudocomo expressão máxima da democra-cia que deve imperar na nossa Asso-ciação".

Na administração de AltairRodrigues de Paula (duas gestões, de2004 a 2008) surgiu o mecanismoque remete o comentário, após cadaacesso, para o início da página. Altairtentou também incluir a participaçãoda Diretoria da ADVOCEF em questõesque necessitem de esclarecimento.Indicou para isso um dos diretores,mas a tarefa acabou não sendo reali-zada. "Talvez eu não tenha esclareci-do de forma correta a minha preten-são", admite.

Foto

: Gui

na

| No Congresso Nacional: manifestações agendadas no Fórum

Agosto | 2009 9

| Recursos Repetitivos

O diretor jurídico Antonio Carlos Ferreira contestou notíciapublicada pela revista Consultor Jurídico, segundo a qual, "na últi-ma sessão da 2ª Seção do STJ, a Caixa Econômica Federal tentou,mas não conseguiu manobrar para impedir o julgamento de umrecurso". A nota, publicada em 30 de junho na Coluna do Haidar,afirma que grandes empresas que sempre recorreram "até nãomais poder" de repente passaram a fazer acordos para evitar queos recursos sejam julgados pela Lei de Recursos Repetitivos.

Segundo Antonio Carlos, que elaborou mensagem de pro-testo publicada pela revista, o procedimento da CAIXA na ses-são mencionada decorreu da desistência da ação por parte doautor, em primeira instância, devidamente homologada pelo

Versão da CAIXATitular da DIJUR contesta nota publicada na Consultor Jurídico

juiz. "Tal procedimento foi adotado por lealdade processual (art.14, I e II do CPC) e tão somente com intuito de evitar nulidadesprocessuais futuras", afirmou o diretor, observando ainda queas teses discutidas naquele processo têm jurisprudência favo-rável à CAIXA.

Classificando de "absurda e descabida a informação",Antonio Carlos acrescentou em sua resposta: "O respeito àlealdade e à ética são indeclináveis e pautam a conduta e aatuação da CAIXA e de seus advogados, em juízo e fora dele,razão pela qual a instituição lamenta e repudia os erros deinformação e de avaliação contidos na matéria, ocorrênciasque não se coadunam com a qualidade dessa revista".

Com ele está de acordo o advogadoLeandro Clementoni da Cunha, doJURIR/Belo Horizonte, que sugere tam-bém a adoção de regras de conduta.Nesse novo Fórum, Leandro explica quedeve ser possível fazer edições, citações,encadeamento de mensagens,visualização de quem está online, e quepermita uma quantidade maior de aces-sos simultâneos. "O desempenho do ser-vidor deixou a desejar durante o movi-mento paredista."

O ex-presidente da ADVOCEF, AltairRodrigues de Paula, quer que, numa pró-xima negociação, seja criado espaço es-pecífico para veicular os assuntos do mo-vimento, evitando o uso de áreas total-mente desligadas do tema.

André Pires Godinho, da REJUR/SãoJoão do Meriti, diz que a interface pode-ria mudar para um estilo "messageboard", com tópicos e indicações atravésde ícones. Pede que se impossibilite apostagem anônima e que se introduza afigura de mediador. Segundo Hamilton deResende, a mediação evitaria a repetiçãode assuntos e puniria "aqueles que per-dem a linha nas discussões mais acalo-radas".

Daniele Macedo acha que o Fórumpoderia contar com um campo "procura",para selecionar rapidamente a informa-

Diante do computadorHamiltHamiltHamiltHamiltHamilton Eseqon Eseqon Eseqon Eseqon Esequiel de Ruiel de Ruiel de Ruiel de Ruiel de Resende, do JURIR/Belo Horizontesende, do JURIR/Belo Horizontesende, do JURIR/Belo Horizontesende, do JURIR/Belo Horizontesende, do JURIR/Belo Horizonteeeee

"Só faço uma obser-vação, em sentido nega-tivo, quanto ao fato deque alguns se sentem li-vres e corajosos para, di-ante do monitor do com-putador, na solidão doquarto ou do escritório,destilarem impropérioscontra outros colegas emesmo contra a Empre-sa, sem medir asconsequências, esque-cendo-se que são advo-gados e que devem agirsob o pálio da razão.

O contraditório é ine-rente à nossa profissão,não pode ser usado comodesculpa para oachincalhe e nem parasemear a discórdia ranco-rosa. Não podemos es-quecer, ainda, que a Em-presa é uma ficção jurídi-ca e que deve ser preser-vada. Se temos algumacrítica a fazer, devemosfazê-la contra seusgestores, devendo preser-var a imagem da CAIXA,

que presta relevantes serviços ao país."

Agosto | 2009 9

ção desejada, e ter sua capacidade ex-pandida, para evitar os travamentos e im-possibilidades de acesso que causarammuito desconforto durante a greve.

João Aboud sugere que os represen-tantes da ADVOCEF participem das dis-cussões, mantendo contato direto com osassociados. "Durante a greve, senti mui-

to a falta das manifestações da Diretoria.Ficávamos especulando, sem saber real-mente o que estava acontecendo."

Segundo a ADVOCEF, o site está sen-do reformulado e um novo Fórum e de-mais áreas serão apresentados em bre-ve aos associados, com um novo padrãovisual, mais harmônico.

Agosto | 200910

| Cena Jurídica

O vice-presidente doConselho Federal da OAB,Vladimir Rossi Lourenço,prestou homenagem aoDia do Advogado,comemorado em 11 deagosto, discursando naCâmara dos Deputados.Em sessão de 7 deagosto, exaltou a funçãosocial do advogado e sua

importância à Justiça e à democracia. Leiatrechos do discurso, publicado no site da OAB.

Sem a coragem"É de dizer: sem os advogados, sem a coragem dos advogados,sem o desassombro dos advogados, o que seria do nosso país?

Façamos, em exercício conjectural, o desenho da históriarecente deste país, imaginando-o desprovido de figuras como

Rui Barbosa, Pontes de Miranda, Raimundo Faoro, HelenoFragoso, Seabra Fagundes, Evandro Lins e Silva e tantos outros.

Seríamos um povo desfibrado, sem identidades, passivo eeterno sucumbente dos desmandos do poder."

Portas do céu"No dia que eu morrer, quero ser velado no

Tribunal do Júri, envolto em minha beca. Pois foicom ela, neste lugar, que me fiz digno da

condição humana, aqui vivi plenamente. Com abeca sinto-me protegido, porque sempre me

vestiu a alma, o espírito, a beca do advogado, abeca sagrada, repositório do meu suor, de

minha lágrimas, de minha pureza e ingenuidadecurtidas no sofrimento. Por isso mesmo, sei queno dia do juízo final, estando com ela vestido,

tenho certeza de que se ela foi capaz deresgatar inocentes, abrindo as portas das

prisões, também ela será capaz de me abrir asportas do céu". (Citado de Valdir Troncoso Perez,

advogado criminalista brasileiro.)

Cisco irremovível"O advogado é a antítese do poder. O advogado não manda,não determina, não impõe. O advogado pede, requer, suplica,solicita. No entanto, quando o poder se hipertrofia e o abusose torna regra, eis que surge o advogado como o único apedir, a requerer, a suplicar o fim dos desmandos. Isto porqueele é autenticamente independente. Seu estímulo é a própriaconvicção. Seu superior é a própria consciência. Escravo daética, o advogado é livre, é o verdadeiro profissional liberal.É o advogado o cisco irremovível dos olhos dos poderosos queabusam do poder. É o advogado a voz legal do acusado."

Toga sem nome"Advogado excelente é aquele de quem, terminados os

debates, o juiz já não lembra dos gestos, nem da cara, nem donome, lembrando-se apenas dos argumentos que, saídos de

uma toga sem nome, tiveram a virtude de fazer triunfar a causado cliente." (Citado de Piero Calamandrei, jurista italiano.)

Presentes de aniversarianteOutros "presentes aos associados" foramanunciados pela ADVOCEF, que comemora17 anos de existência, em 15 de agosto. Nessadata, inaugura a nova sede em Brasília, conquistade todos os associados. A ADVOCEF prometeu,ainda, uma série de surpresas para breve.

Pauta unificadaA ADVOCEF anunciou a unificação das reivindicações dos

profissionais da CAIXA com as dos demais empregados. Estashaviam sido aprovadas no Encontro de São Paulo, em 4 de agosto.

Posteriormente, ADVOCEF e ANEAC encaminharam a sua pauta.A reunião com a Contec, que garantiu a encampação das propostas

dos profissionais da CAIXA, aconteceu em 7 de agosto, com aparticipação do diretor de Articulação da ADVOCEF, Carlos Castro.

Dia do Advogado da CAIXANo Dia do Advogado, em 11 de agosto, a ADVOCEF prestou homenagemà categoria da CAIXA com uma série de providências. Disponibilizou,no site (arquivos/palestras/palestra1), a íntegra da palestra proferida noXV Congresso da ADVOCEF em Aracaju, pelo deputado José EduardoCardozo, presidente da Frente Parlamentar em Defesa da AdvocaciaPública. No mesmo endereço, incluiu a versão atualizada da Cartilha deHonorários, essencial para consulta sobre a arrecadação da verba.

Guia NormativoA ADVOCEF também enviou, a cada

advogado, um exemplar personalizadodo Guia Normativo 2009, contendo a

Cartilha e outras informações a respeitoda Associação e da arrecadação de

honorários, realizada e distribuída porela mensalmente.

|Piero Calamandrei

Dia do Advogado

Agosto | 2009 11

| Cena Jurídica

Planos econômicos1. 2.

Clássico da modaCom influência do noticiário, circulana internet trecho de um clássicodo jurista Rui Barbosa:"De tanto ver triunfar as nulidades,de tanto ver prosperar a desonra, detanto ver crescer a injustiça, detanto veragigantarem-seos poderes nasmãos dos maus,o homem chegaa desanimar davirtude,a rir-se dahonra, a tervergonhade ser honesto".

Ministros do Supremo TribunalFederal não descartam a concessão

de uma liminar que paralise todasas ações judiciais

sobre a correção dascontas durante os

planos econômicos,até que o tribunal

decida como fazer ocálculo. Os

correntistasdefendem que a

remuneração deveria ser calculadade acordo com os índices vigentes

antes dos planos. As diferençaschegam a 44,8%, como no caso do

Plano Collor 1. No Plano Verão, aperda é estimada em 16,65%.

A discussão não é com o governo,mas com os bancos, que aplicaramretroativamente a regra dos planos

econômicos, conformedisse à Folha de S. Paulo agerente jurídica do Idec(Instituto Brasileiro deDefesa do Consumidor),Karina Grou. A Febraban, noentanto, argumenta que osbancos apenas cumpriramas determinações do

governo. Segundo o jornal, o BancoCentral teme que o impacto dessas açõespossa levar à quebra de grandes bancos,entre eles a CAIXA. As estimativas dasperdas dos poupadores variam de R$ 29bilhões a R$ 120 bilhões.

Justiça no TwitterTextos de até 140 caracteres vêm

mantendo superinformados osinternautas sobre as atividades da

comunidade jurídica. É o Twitter,espécie de microblog que é a

sensação do momento no mundovirtual. Já conquistou adeptos como a

Defensoria Pública, a Secretaria daJustiça e da Defesa da Cidadania, a

Procuradoria do Estado e o MinistérioPúblico Federal, apenas em São

Paulo. Segundo a revista ConsultorJurídico, existem mais de 700

advogados utilizando a ferramenta,além de várias outras instituições em

todo o país.

Restrições aos recursosFoi aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania da Câmara

Federal o Projeto de Lei 3778/08, do deputado Paes Landim (PTB-PI), querestringe os agravos de instrumento dirigidos ao STF e ao STJ quando um juiz ou

tribunal de instância inferior recusam os recursos extraordinário e especial. Oprojeto transforma os agravos de instrumento em agravos comuns, para serem

analisados antes pelo próprio juiz que negou o recurso. Se o agravo for negado, oadvogado poderá recorrer. Se for julgado manifestamente inadmissível, o

agravante pagará multa de até 10% do valor corrigido da causa.

Restrições aos recursos 2De 2006 a 2007, os agravos de instrumento representaram 51% dos processosavaliados pelo STJ e custaram R$ 73,3 milhões - que somam 43,8% do gastototal do tribunal com processos. Segundo estudo do STJ citado pelo deputado, onúmero de agravos de instrumento cresceu 886% de 1994 a 2007, tornando-seuma "anomalia jurídica", quando foram criados para ser uma exceção. A médiade aceitação dos agravos no STJ é de apenas 18%. Como levam de quatro a seismeses para serem apreciados, Paes Landim acha que são utilizadosprincipalmente para atrasar a conclusão dos processos. (Fonte: Câmara Federal.)

Vantagem do TRTO engenheiro Carlos Antônio Silva Oliveira assumiu no TRT/GO, em 5/8/2009.

"Infelizmente o TRT se mostrou mais vantajoso que a CEF", comunicou aoscolegas. O representante do JURIR/Goiânia junto à ADVOCEF, Ivan Sérgio Porto,

destacou a atuação do colega da Engenharia na recente mobilização dosprofissionais da CAIXA. "Realmente a situação é esta: todos os profissionais

amamos a Empresa a quem vendemos nossa força de trabalho, mas nãopodemos, nem por isso, ficar acomodados à desvalorização que nos é imposta.Talvez um dia nossos gestores atentem para o fato de que a maior beneficiária

da valorização de seus profissionais será a própria Empresa."

FUNCEF de aniversárioA FUNCEF completou, em 1º de agostode 2009, 32 anos de existência. Criada

em 1977, com base na leinº 6.435, possui hoje 103.214

associados, sendo 73.810 participantesda ativa e 29.404 assistidos (23.130aposentados e 6.274 pensionistas). Opresidente da ADVOCEF, Davi Duarte,

enviou mensagem de saudação,estimando que continuem avançando os

projetos de democratização etransparência, "elementos essenciais àgarantia de um futuro melhor para os

nossos colegas".

|Rui Barbosa

Agosto | 200912

| Vale a Pena Saber

Não é incomum termos decisões que julgam desfavora-velmente as impugnações/embargos da CAIXA, onde não hámais providências a serem feitas nos autos que não a conver-são do valor existente da conta garantia dos embargos/impugnação para a conta do fundista. Diante de uma decisãodessa natureza é possível a utilização da apelação, porquenão existe mais atos executivos a serem praticados. Nessesentido é recente decisão monocrática do Des. HenriqueHerkenhoff oriunda do Tribunal Regional da Terceira Região.Vejamos: "Trata-se de agravo de instrumento interposto pelaCaixa Econômica Federal - CEF, contra decisão do Juízo Fede-ral da 3ª Vara de Campinas/SP, que não recebeu recurso deapelação interposto de decisão que rejeitou a impugnação,nos termos do artigo 475, §3º, do Código de Processo Civil. Aagravante sustenta que a decisão que resolveu a impugnaçãoimportou a extinção da execução e, portanto, cabível o recur-so de apelação, a teor do §3º, segunda parte, do artigo 475-M, do Código de Processo Civil. Pede a concessão de efeitosuspensivo. É o relatório. Decido. Dispõe o §3º do artigo 475-M

SFH. FCVS. Equívoco da CAIXA. Quitação do imóvel. STJ"Na espécie, a mutuária adquiriu um imóvel da CEF e pagou, jun-

tamente com as prestações, as parcelas referentes ao Fundo de Com-pensação e Variação Salarial (FCVS). Ao término do pagamento, exigiua quitação do imóvel e a respectiva baixa da hipoteca incidente sobreele. A CEF, então, recusou-se à quitação, dizendo que o contrato nãoera submetido ao FCVS, que estava fora daquele limite. O máximo quea mutuária poderia fazer era receber o seu dinheiro de volta, não aquitação. Inicialmente, o Min. Relator destacou que o recurso inter-posto pela alínea c permite a adoção de soluções análogas aos casossemelhantes. A existência de erro inescusável, em razão do preparotécnico dos agentes da CEF que atuam na área de financiamento,impõe ao agente financeiro arcar com as consequências econômicasadvindas de eventual equívoco quando da elaboração das cláusulascontratuais. In casu, o erro quanto à previsão de cobertura pelo FCVS,mercê de o valor financiado exceder o limite regulamentar encartadona Circular n. 1.214/1987, item 15; Resolução n. 1.361/1987 doBacen, bem como a indevida cobrança das parcelas relativas ao FCVSjuntamente com a prestação e o seguro, decorreu de equívoco dosagentes da CEF, que, evidentemente, não pode se valer da própriatorpeza para afastar o benefício de cobertura do saldo devedor peloFCVS, em razão da presunção de boa fé dos mutuários, reafirmada,no caso concreto, pelo adimplemento das prestações do contrato demútuo habitacional. Diante disso, a Turma, por maioria, deu provimentoao recurso para aplicar à hipótese o entendimento adotado por esteSuperior Tribunal em casos análogos, a fim de reconhecer o direitodos recorrentes à quitação do imóvel nos moldes da Lei n. 10.150/2000, bem como à respectiva baixa da hipoteca incidente sobre oimóvel. (STJ, REsp 972.890 DF, Primeira Turma, Rel. Min. Luiz Fux,julgado em 16/jun/2009).

Cabimento de apelação de decisão que julga impugnação/embargos em caso envolvendo FGTS

Procuração. Autenticação. STJ"A cópia de procuração e a de substabelecimento juntadas aosautos, independentemente de autenticação, à falta de impugnaçãoda parte contrária, tem presunção juris tantum (art. 365 do CPC,Lei n. 10.352/2001 e Lei n. 11.382/2006). (STJ, EREsp 1.015.275RS, Corte Especial, Rel. Min. Luiz Fux, julgado em 17/jun/2009).

CAIXA. Exploração de jogos de bingo. TRF 41. À Caixa Econômica Federal incumbe o ônus de autorizar e fisca-lizar a realização dos jogos de bingo, bem como de decidir sobre aregularidade das prestações de contas, nos termos do art. 2.º daLei n.º 9.981/00. 2. Nenhum óbice há que seja exigida pela CEF acomprovação da regularidade fiscal das entidades desportivasautorizadas à prática de jogos de bingo, uma vez que no exercíciode suas atribuições legais, como condição para a autorização daatividade". (TRF 4, AC 2001.71.08.003572-0 RS, Primeira Turma,Relator Joel Ilan Paciornik, DJe 14/jul/2009)

Cessão de crédito. Quem adquiriu não respondepor obrigações do cedente. TRF 4

1. A aplicação do art. 940, do CC/2002, depende da comprovaçãoda má-fé por parte do credor. 2. Tratando-se de execução de sen-tença condenando ao pagamento de honorários advocatícios,lançada em ação em que sucumbente o Banco Meridional do Bra-sil, que cedeu contratualmente seus ativos à CEF, resta patente ailegitimidade passiva dessa para o feito, uma vez que sua relaçãocom o banco se reduz em mera operação de aquisição de créditos,inexistindo relação com as obrigações assumidas anteriormente àliquidação". (TRF 4, AC 2004.71.10.001532-1 RS, Terceira Turma,Relatora Maria Lúcia Luz Leiria, DJe 22/jul/2009)

do Código de Processo Civil que: §3º. A decisão que resolver aimpugnação é recorrível mediante agravo de instrumento, salvoquando importar extinção da execução, caso em que caberáapelação. O Juízo de 1º grau rejeitou a impugnação ao cum-primento da sentença adotando determinada cifra para finsde satisfação da execução e determinando que a Caixa Eco-nômica Federal-CEF promova o crédito dos valores na contavinculada do autor. Ao depois, ordenou o arquivamento dosautos. Essa decisão tem o caráter de equivalente processualda extinção da execução, ainda que, sob o aspecto formal,não tenha assim se apresentado nos autos, devendo ser im-pugnada através de recurso de apelação, a teor do artigo 475-M, §3º, segunda parte, do Código de Processo Civil. Com taisconsiderações e nos termos do artigo 557, § 1º-A, do Códigode Processo Civil, DOU PROVIMENTO ao agravo de instrumen-to e determino ao juiz da causa que, superada a questão rela-tiva ao não recebimento do recurso, analise os demais pres-supostos recursais da apelação da agravante." (TRF 3, AG2009.03.00.022257-5 SP, Segunda Turma, DJe 29/jul/2009).

| Vale a Pena Saber

Agosto | 2009 13A coluna Vale a Pena Saber pode ser acessada, na íntegra, no site da ADVOCEF (menu Publicações).

ELABORAÇÃOELABORAÇÃOELABORAÇÃOELABORAÇÃOELABORAÇÃO

Giuliano D'Andrea, da REJUR/Ribeirão Preto([email protected])

e Jefferson Douglas Soares, do JURIR/Campinas([email protected]).

Colaboraram: Carlos Henrique Bernardes C. Chiossi e CleucimarValente Firmiano, ambos do JURIR/Campinas.

Sugestões dos colegas são bem-vindas.

Aspectos controvertidos da ação civil pública - 2.ed.Autor: João Batista de Almeida. Editora: RT. Páginas: 238.De extrema utilidade, a obra traz os principais aspectos con-

trovertidos da ação civil pública em todos os casos em que se podelançar mão dela. O autor discorre de forma objetiva sobre o tema,não se furtando de apresentar uma teoria geral das ações civilpúblicas e, em seguida, pontuar os principais aspectos polêmicos,tais como competência, legitimação, pedido e objeto, responsabili-dade civil do réu, honorários periciais, coisa julgada, dentre outrasquestões. O livro apresenta-se como ótimo manual para quem lida,frequentemente, com esse tipo de ação.

A Constituição Federal prevê, em dois momentos, a criação dosjuizados especiais. No art. 24, X, e no art. 98, I, no qual também seestabelece que será responsável pelas causas de menor complexi-dade, sendo regido pelo princípio da oralidade e com procedimentosumariíssimo. A Lei 9.099/95 regula o procedimento dos juizadosespeciais estaduais; e a Lei 10.259/01 versa sobre os juizados es-peciais federais.

É com base na orientação constitucional de que os juizados,criados para o julgamento e execução de causas de menor comple-xidade, devem ser pautados pelos procedimentos oral esumariíssimo, e também com fundamento nos princípios insculpidosno art. 2°, da Lei 9.099/95, que se pode traçar a finalidade dosjuizados especiais. Os princípios que regem os juizados são aoralidade, a simplicidade, a informalidade, a economia processual,a celeridade e a busca da conciliação e transação. Em apertada sín-tese, podemos dizer que a oralidade visa à simplificação e àceleridade dos processos que tramitam no juizado. Por consequência,culmina na economia processual. A oralidade parte do pressupostode que atos reduzidos a termo serão apenas os estritamente essen-ciais para o andamento do feito. A informalidade, como princípio,significa a realização da justiça de forma simples e objetiva, conclu-são que se tira do art. 13 da Lei 9.099/95. Na mesma linha está oprincípio da simplicidade, que nada mais significa do que a utiliza-ção de um rito mais simples, menos formal e extenso, que possa serfacilmente compreendido pelo leigo e que traga resultado mais célere.Pela economia processual temos que com os juizados deve-se atin-gir o resultado pretendido com o mínimo de "esforço processual",assim como mínimo deverá ser o ônus econômico e pouco deveráser o tempo gasto para solução da controvérsia posta em juízo.

Tais princípios contribuem para o alcance de outro princípiobasilar, o da celeridade. A própria Constituição prevê a celeridadecomo garantia fundamental (art. 5°, LXXVIII). Por fim, a conciliação etransação, como fundamento e princípio dos juizados especiais,contribuem para a efetiva realização dos demais princípios.

Com efeito, todos os estudos acerca dos juizados especiais co-locam o acesso à justiça como seu fim maior, primordial.

Alguns autores, analisando a fundo o escopo dos juizados espe-ciais, não só concluem que sua existência se deu para ampliar oacesso à justiça, como asseveram a facilitação desse acesso aopúblico de baixa renda. Essa é a opinião de Cândido Rangel

Finalidade dos juizados especiaisDinamarco (Instituições de processo civil, vol. 3. 6ª. ed. São Paulo:Malheiros, 2009. P. 801): "os juizados especiais cíveis... foram insti-tuídos com o objetivo explícito de criar meios para diminuir alitigiosidade contida, concorrendo para a redução dos conflitos quenão chegam ao Poder Judiciário e que por isso constituem fatoresde crescente insatisfação pessoal das pessoas e possível deteriora-ção de suas relações. A ideia de implantá-los partiu da observaçãode que o público de baixa renda não vem aos órgãos ordinários dajurisdição como as pessoas mais dotadas, seja em razão das suaspróprias deficiências econômicas, seja por um temor reverencial ine-rente à sua condição humilde".

Não há dúvida de que a ampliação do acesso à justiça, nos juizadosespeciais, tenha como pano de fundo a intenção especial de facilitar asolução de conflitos pelos menos favorecidos. Bem por isso, dentrodos princípios que norteiam os juizados, como a simplicidade einformalidade, muitos acentuam a intenção de tornar mais claro eacessível o processo, do ponto de vista didático, a essa camada dasociedade. A criação dos juizados especiais buscou superar obstácu-los ao acesso à justiça que desde há muito eram discutidos. A títulode ilustração, encontramos nas lições de Mauro Cappelletti e BryantGarth (Acesso à Justiça. Porto Alegre: SAFe, 1998) que a "possibilida-de das partes", os recursos financeiros, a aptidão para reconhecerum direito e propor ação ou sua defesa sempre foram percalços aoacesso à justiça a serem urgentemente superados.

Joel Dias Figueira Júnior (et Fernando da Costa Tourinho Neto.Juizados Especiais Estaduais Cíveis e Criminais, 5ª ed. São Paulo:Saraiva, 2007. p. 44) consegue resumir, de forma louvável, a finali-dade dos juizados especiais. Leciona o autor que "essa nova formade prestar jurisdição significa, antes de tudo, um avanço legislativode origem eminentemente constitucional, que vem dar guarida aosantigos anseios de todos os cidadãos, especialmente aos da popu-lação menos abastada, de uma justiça apta a proporcionar uma pres-tação de tutela simples, rápida, econômica e segura, capaz de levarà liberação da indesejável litigiosidade contida. Em outros termos,trata-se, em última análise, de mecanismo hábil na ampliação doacesso à ordem jurídica justa".

Em suma temos que, a partir da adoção de princípios que bus-cam a solução célere das controvérsias postas em juízo, a finalida-de última, primordial, dos juizados especiais é ampliar o acesso aoPoder Judiciário para que se alcance a efetiva justiça.

Agosto | 200914

| Vantagem

Parcerias em vigorADVOCEF firma convênios com a Ford e a Brasil TelecomJá está em vigor o convênio entre a

ADVOCEF e a Ford, que concede aos associa-dos descontos de até 17% para aquisição deveículos. Foi assinado também planocorporativo de telefonia móvel com a BrasilTelecom, conforme divulgado no XV Congres-so da ADVOCEF. No entanto, em razão de pro-blemas operacionais decorrentes da compradesta operadora pela Oi, e da consequenteintegração entre os dois sistemas, a ADVOCEFviu-se obrigada a aguardar pelas soluções paraestender o serviço aos associados. Segundoo 1º secretário da entidade, Ricardo GonçalezTavares, a expectativa é de que tudo estejaresolvido nos próximos dias.

Convênio com a FordDe acordo com a consultora de Vendas da

Central Ford Empresas, Cleide Santos de Sou-za, estes são os procedimentos para o associa-do da ADVOCEF utilizar o convênio:

1º - Fornecer à Central de Relacionamen-to Ford Empresas os dados completos paracadastro entrando em contato com a Centralatravés dos telefones (11) 4174 3929 ou

de financiamento, prazo de pagamento e en-trega do veículos) será informada pelo Distri-buidor através de sua área de Venda Direta.

4º - Entregar a relação de documentos so-licitada para o Distribuidor Ford (cópia do CPFe RG, cópia do holerite, cópia da identificaçãofuncional e/ou declaração da empresa e o Ter-mo de Compromisso de Inalienabilidade en-tregue pelo Distribuidor Ford preenchido e as-sinado (acordo que o adquirente se compro-mete a permanecer com o veículo no prazode seis meses, no mínimo).

5º - O Distribuidor Ford colocará a cotaçãodo veículo no Sistema Ford Empresas e confir-mará o pedido assim que a Central de Relacio-namento aprovar a documentação.

6º - Quando o valor do veículo for faturado,o Distribuidor Ford entregará o boleto para pa-gamento.

7º - Após a identificação do pagamento, oveículo adquirido é liberado do pátio damontadora (São Bernardo do Campo-SP ouCamaçari-BA, dependendo do modelo) e trans-portado até o Distribuidor Ford para entrega.

A Ford ressalta que o veículo diretamentede fábrica está em produção e, por isso, o pra-zo para pagamento e entrega pode variar. Deve-se consultar o Distribuidor Ford. Para saber oconteúdo de cada catálogo, consulte o sitewww.ford.com.br e vá à área Monte o Seu.

(11) 4174 3900, das 8h às 18h, de segunda asexta-feira.

2º - Escolher o veículo. A Central de Re-lacionamento informará o preço com des-conto para pagamento à vista e, havendointeresse, deve-se escolher o DistribuidorFord para ser atendido.

3º - A intenção de compra é enviada aoDistribuidor Ford e toda a negociação (taxas

Agosto | 200914

| Greve

Compensação de jornadaADVOCEF encaminha plano alternativo à DIJUR

A CAIXA indicou que é favorável ao planode compensação de jornada sugerido pelopresidente da ADVOCEF, Davi Duarte, que pre-vê a utilização dos sábados para o trabalho.A Diretoria Jurídica e a área de Recursos Hu-manos exigem, em contrapartida, a apresen-tação de planejamento, que deve ser aprova-do por cada gestor.

A ADVOCEF encaminhou a sugestão há al-gumas semanas, atendendo proposições envi-adas por associados. Segundo Davi, a DIJURse empenhou para viabilizar a medida, vistacomo forma de abreviar o tempo de compensa-ção e afastar o pagamento em dinheiro.

Entre outras vantagens, Davi garante queo procedimento gerará maior lucro à CAIXA,pela recuperação de valores; agilizará o cur-so de processos; reduzirá a necessidadede novas intervenções no processo edesmobilizará valores no balanço, com impac-to positivo no lucro da CAIXA.

Outra sugestão feita é a realização de cur-sos, por meio da Universidade CorporativaCAIXA, em expediente diverso do que é cum-prido na Empresa, cujas horas de duração jáestão previstas. Resultados esperados: me-lhor capacitação dos profissionais; possibili-dade de cumprimento da jornada; reduçãode stress, com maximização do resultado.

Davi ressalta que, como aos profissionaisnão se aplica o controle do ponto, a liberaçãodeve ser mantida também nessa fase.

O melhor controleAlém de outras razões, o presidente jus-

tifica o pedido por ser "extremamentedesgastante" trabalhar dez horas diariamen-te. Frisa que não há impedimento algum, porausência de previsão no Acordo Comple-mentar ao ACT/2008/09, "porque o que nãoestá proibido é permitido". De qualquer for-ma, acrescenta, "caso seja esse o

dificultador, nada obsta aditar o ACT parainserir tal regra".

O presidente chama a atenção para otrabalho intelectual realizado pelos profissio-nais, cujas peculiaridades devem ser avalia-das, pois "o simples e direto cumprimento dejornada não se mostra o melhor controle".

O pleno exercício da liberdade de expres-são, conclui o presidente, "constitui mecanis-mo inteligente para a empresa obter maiorganho, resultante da recíproca cooperação".

| Davi:mecanismo

paracooperação

recíproca

Agosto | 2009 15

| Sugestões

Hora de profissionalizarADVOCEF investe na organização administrativa interna

O novo profissional contratado pelaADVOCEF, Fernando Paust Jonson, 52anos, assume com a missão de introdu-zir de vez uma gerência administrativana entidade. Há 14 anos na área de Re-cursos Humanos, com grande experiên-cia na implantação de sistemas de ges-tão e planejamento estratégico, Jonsonreconhece que vive um novo desafio, emuma empresa diferenciada. "Se por umlado não há concorrência, e a institui-ção não tem fins lucrativos, por outro háclientes exigentes,cultos, com ca-pacidade deanálise críti-ca de tudoquanto forfeito ou dei-xar de serfeito."

Fernandodeve cumpriro projeto da Di-retoria de profis-sionalizar aADVOCEF. O presi-dente Davi Duarte en-tende que não se atingirá onovo patamar apenas com o traba-lho de associados e dirigentes. "A CAIXAtem nos absorvido e cada vez mais a ve-locidade nos consome." Lembra que asnegociações com a CAIXA ocuparam umlongo tempo, atrapalhando o focogerencial. "Por outro lado, não podemosmais ficar apenas rateando honoráriose cuidando do trato administrativo puro,eis que a ADVOCEF, para ocupar o seudevido lugar, precisa debater os temasde interesse da categoria, da Empresa edo país, juntamente com outras entida-des." Segundo Davi, um exemplo dessaevolução é a Associação dos Delegadosde Polícia do RS, que discute propostapara se transformar em sindicato.

Pauta de longo cursoDavi diz que a ideia de profissio-

nalização das atividades administrati-

vas da ADVOCEF foi amadurecida nasdificuldades vividas com a transferên-cia da sede de Londrina para Porto Ale-gre. "A complexidade das rotinas e for-mas de controle bastante aperfeiçoa-das na gestão dos companheiros DarliBarbosa e Altair de Paula exige muitocuidado e trabalho meticuloso."

Em janeiro de 2009, a Diretoriapreparou uma pauta de longo cursopara a ADVOCEF. "Logo a seguir esse

tema nos foi trazido pelo Dr. Ângelo,de Vitória, e finalmente foi aprovada asua concretização, no Congresso deAracaju, sob o t í tulo de PlanoPlurianual da ADVOCEF." A contrataçãode Fernando Jonson, através daconsultoria Fundatec, se encaixou nes-se perfil. "É o começo da viabilizaçãoe garantia de organização administra-tiva que a ADVOCEF precisa manter." Aestrutura será aperfeiçoada com a par-ceria de uma assessoria contábil, vi-sando a estabelecer um f luxooperacional e de controle facilitado, re-sultando em maior eficiência e menordesgaste.

Primeiros resultadosFernando Jonson afirma que

ADVOCEF deve ser vista como realmen-te é, uma entidade duradoura. "As Di-retorias são eleitas, fazem o seu melhore rigorosamente todos trabalharam paraque a instituição chegasse onde está."Até que chega a hora de troca deparadigmas. O gerente ressalta que asações dos diretores têm de seguir umplanejamento de longo prazo, transcen-

dendo seu mandato. Nesse curso, ocrescimento do patrimônio deve

exigir avaliações de re-inves-timentos, com aplicaçõesque lhe dêem maior solidez.

Jonson avisa que osprimeiros resultadosserão sentidos apenaspela Diretoria, pois amudança será lenta egradual, negociadacom todos os membros

e aplicada nos pro-cessos internos.

Os resulta-dos chega-

rão ao as-sociadoquandoele per-

ceber quep o d e r áe n c a m i -

nhar a maio-ria dos procedi-

mentos pelo site, que terá um menor emais qualificado tempo de resposta.São serviços como capacitar a adesão,trocar o endereço, incluir o e-mail par-ticular, extrair o extrato para Impostode Renda, consultar os números da ar-recadação e estorno, consultar desem-penhos por JURIR. "Quando pudermosprovocar melhorias nas consistênciasde dados da CEF, negociando com elesde forma madura e profissional, tere-mos atingido outra parte do nosso ob-jetivo."

Agosto | 200916

| Saída

Valeu a penaAdvogado sai da CAIXA para a Defensoria Pública de São Paulo

Novos associadosNovos associadosNovos associadosNovos associadosNovos associados Confira quem são os novos filiados da ADVOCEF, inscritos entre10/11/2008 e 03/08/2009.

Nome Lotação Data FiliaçãoRafael Gonçalves de Senna Conceição BR/DF 10/11/2008Ismael Geraldo Acunha Sole Filho PO/RS 28/01/2009Anderson Chicória Jardim BU/SP 05/02/2009Helena Sirimarco Moreira Guedes GETEN 30/04/2009Adam Luiz Alves Barra GEAJU 30/04/2009Luis Fernando Barbosa Pasquini CG/MS 30/04/2009Miriam Rocha Soares RE/PE 04/05/2009Mauricio de Oliveira Ramos GEAJU 15/05/2009Camila Modena SP/SP 14/07/2009Aurelio Henrique de Figueiredo JP/PB 16/07/2009Alexandre Christian de Jesus Noleto TE/PI 16/07/2009Miguel Tadeu Lopes Luz GO/GO 28/07/2009

| Comunicação

Entre a advocacia da CAIXA e aDefensoria Pública, o advogado GiulianoD'Andrea, ex-REJUR/Ribeirão Preto e umdos responsáveis pela coluna Vale a PenaSaber, da Revista da ADVOCEF, optou peloideal antigo. "Mesmo assim a decisão foidifícil", explica o agora defensor público doEstado de São Paulo, que também gostavade seu trabalho na Empresa. Na Defensoria,perceberá um salário parecido com o daCAIXA, sem rateio de honorários.

Giuliano ingressou na CAIXA em maiode 2005. Formado pela Universidade deRibeirão Preto, é autor do livro "Noções deDireito da Criança e do Adolescente", pu-blicado pela editora OAB/SC. Ao lado docolega Jefferson Douglas Soares, do JURIR/Campinas, mantém nesta REVISTA um es-paço de divulgação de julgados, comentá-rios e informações jurídicas de interesse dosprofissionais da CAIXA.

O trabalho prosseguirá, segundoGiuliano, sem nenhuma dificuldade, poismantém o contato com os colegas e o mes-mo interesse pelos temas jurídicos. "A co-luna também foi um projeto profissionalmuito importante meu e do Dr. Jefferson,que, felizmente, teve apoio da ADVOCEF eboa acolhida dos demais colegas."

"A CAIXA perde um valoroso e incansá-vel advogado e a Defensoria de São Paulo

ganha um obstinado defensor por vocação",testemunha Jefferson. "O Dr. Giuliano é umgrande sujeito e amigo de primeira hora quetive na CAIXA, tem bom coração."

O diretor de Comunicação da ADVOCEF,Roberto Maia, atesta que o colega Giulianodemonstrou seu espírito participativo, vi-brante e solidário para com os interessesda categoria. "De forma positiva e atuante,tem contribuído para a valorização do co-nhecimento científico, com uma visão quetranscende os interesses individuais e va-loriza o coletivo."

Interesses da sociedadeRicardo Valentim Nassa, do JURIR/

Campinas, comenta que Giuliano deixarásaudades, como profissional e figura hu-mana. Destaca nele qualidades como sen-so de justiça, solidariedade, equilíbrio, pon-deração, caráter e posição firme. "A reali-zação de ser advogado da CEF foi vencidapor um sonho maior, de poder se dedicaraos mais carentes, sobretudo às criançase adolescentes, sendo questão menor ofato de que irá perceber vencimentos me-nores na Defensoria Pública do Estado."

Giuliano diz que a convivência com oscolegas, advogados ou não, representaramum grande aprendizado, por seu caráter ededicação. Lembra que a CAIXA é respon-

sável por projetos sociais de extrema rele-vância. "Nos deparamos com questões ju-rídicas muitas vezes complexas e defende-mos interesses que, em última análise, nãose resumem em benefício do banco e simda própria sociedade, já que, no mais dasvezes, as discussões refletem no patrimôniopúblico."

Giuliano não esquece dos colegas dasáreas meio, "profissionais com profundoconhecimento técnico que, de forma qua-se anônima, são os grandes responsáveispela boa defesa dos interesses da CAIXA".

Na despedida, deixa sua gratidão aoscolegas, que contribuíram com seu cresci-mento, inclusive pessoal. "Deixo meus agra-decimentos, também, aos amigos daADVOCEF, que muito tem feito pelos asso-ciados e, sem dúvida, ajuda a fortalecer acategoria."

| Giuliano: defensor público por vocação

Agosto | 2009 17

| Revista de Direito

O que há para lerA 8ª RD circula em todo o Brasil; a 9ª está em preparo

Está pronto o cronograma para a 9ªedição da Revista de Direito da ADVOCEF,com lançamento previsto para novembrode 2009, em Brasília. Os artigos para pu-blicação serão recebidos até 21 de setem-bro, para que sejam revisados até outubrode 2009.

Enquanto isso, a Revista de Direito nº8, lançada no Congresso de Aracaju, circu-la nos gabinetes e bibliotecas de todo oBrasil, sendo lida por advogados, magistra-dos e operadores do Direito em geral.

Veja quem são os autores e o que elesescrevem nessa edição.

Alessandro Borghetti. Ex-advogadoda CAIXA no Rio Grande do Sul, atualmen-te oficial registrador em Rio Grande,Alessandro trata do direito real dopromitente comprador (incluído nonovo Código Civil), para entender seualcance dentro do ramo imobiliário.A necessidade de registro do instru-mento contratual e o direito de pos-tular a adjudicação compulsória (comenorme controvérsia) são alguns dostemas discutidos.

Eduardo Henrique Videres deAlbuquerque. Advogado da CAIXA naParaíba, retoma antiga discussão sobre apossibilidade de se dar cumprimento, atra-vés de atos constritivos, às sentenças me-ramente declaratórias, principalmente apósa modificação introduzida pela Lei 11.232,de 22/12/2005. O estudo compara os ar-gumentos utilizados pela doutrina que seposiciona a favor e contra a possibilidadede execução das sentenças declaratórias.

Elga Lustosa de Moura Nunes. Se-gundo a advogada da CAIXA em Brasília, areforma do Código de Processo Civil produ-ziu alterações substanciais na sistemáticaprocessual. "A norma do art. 219, § 5º doCPC, implementada para garantir a dura-ção razoável do processo, instituída pelaEC. 45/04, contém algo antes inimaginável:a pronúncia de ofício da prescrição, alçan-do este instituto à categoria de norma deordem pública."

Iliane Rosa Pagliarini e JussaraNasser Ferreira. A relevância dos princí-pios negociais no descumprimento do con-

trato é o tema das advogadas Iliane (REJUR/Umuarama) e Jussara (professora naUnipar). Elas traçam a trajetória do contra-to, destacando as modificações mais sig-nificativas em relação aos pactos. "Do con-junto transformador emerge a nova feiçãodo contrato, redefinido pela própria com-plexidade das relações sociais de massa,competente e suficiente para enfrentar aexpansão econômica e as mais variadasintermitências decorrentes da faticidadenegocial", resumem as autoras.

João Pedro Silvestrin. O artigo do ex-advogado da CAIXA, hoje desembargadordo TRT da 4a Região, aborda o fenômenoda transferência do empregado como alte-ração do contrato de trabalho. Pretendeestimular a discussão sobre a possibilida-de de implementação por mero ato unila-teral do empregador e estabelecer pressu-postos à validade do ato, com ênfase aoinstrumento de resistência do empregado.

Juliana Varella Barca de MirandaPorto. "O amicus curiae no recurso extra-ordinário" é o tema da advogada, que tra-balha em Brasília. Ela afirma que, com acriação do instituto da repercussão geral,"que repercute na sociedade como umtodo", a figura do amicus curiae surge comoelemento imprescindível de legitimação dademocracia representativa - "ou melhor,participativa".

Karin Wietzke Brodbeck. Aadvogada da CAIXA no Rio Grande do Sulescreve sobre a aplicação do Código de De-fesa do Consumidor aos contratos de ser-viços advocatícios, controvertida na juris-prudência. "Com efeito, impõe-se a aplica-ção harmônica dos dispositivos constantesno Estatuto da Advocacia e do Código deDefesa do Consumidor", comenta.

Lenymara Carvalho. O artigo daadvogada de Brasília procura demonstraras posições doutrinárias e a tendência dajurisprudência, especialmente do Supre-mo Tribunal Federal, quanto ao cabimen-to de ação rescisória em caso de decisãoque, à época do trânsito em julgado, pos-suía interpretação controvertida nos tribu-nais, sendo posteriormente definida peloSTF. Sua intenção é rediscutir o tema, con-siderando o papel exercido pelo Supremocomo órgão maior de interpretação cons-titucional.

Lucas Ventura Carvalho Dias. O ad-vogado do JURIR/Recife analisa a Súmula393 do Tribunal Superior do Trabalho,descrevendo sua aplicação prática e asimplicações do Princípio da AmplaDevolutividade no Processo do Traba-lho.

Marcelo Quevedo do Amaral. Deacordo com o advogado de Porto Ale-

gre, a semelhança de algumas modalida-des do direito de vizinhança com as limita-ções administrativas e as servidões gerareflexos diretos na atividade registral. Emseu artigo, afirma que os chamados direi-tos de vizinhança onerosos impõem ônusexcepcionais ao imóvel em razão do inte-resse público, mediante indenização ao seuproprietário. Apesar da grande semelhan-ça, o advogado diz que os conceitos de ser-vidão, direito de vizinhança e limitação ad-ministrativa não se confundem.

Wilson Malcher. O advogado, que tra-balha na CAIXA do Rio Grande do Sul, afir-ma que o processo monitório espanhol e obrasileiro possuem a mesma baselegislativa, o procedimento d'ingiuzione ita-liano, de cognição fundada na prova docu-mental unilateralmente apresentada pelocredor. Segundo Malcher, o procedimentomonitório brasileiro é consequência domovimento de "reforma do Código de Pro-cesso Civil", e o espanhol, da Ley deEnjuiciamiento Civil, de 2000, quando che-gou a ser considerado como a panaceiapara a tutela do crédito.

Agosto | 200918

"Há momentos em que silenciar é mentir." (Unamuno)

| Artigo

Depois da greveA reconciliação com o trabalho após

51 dias parados é um processo que re-quer uma reflexão de molde pessoal, masgeneroso, já que se trata de um retornoapós uma greve com vistas à formalizaçãode acordo comprometido pela CAIXA aofim da greve dos bancários de 2008.Como a administração não quis cumpri-lo, desrespeitou cláusula pétrea consti-tucional que co-manda condutade equilíbrio soci-al para a paz e aevolução das rela-ções, ficamossem alternativa.No caso, a situa-ção artificialmen-te criada deman-dava enfrenta-mento, daí porque os profissio-nais da CAIXA seviram obrigadosao sacrifício daparalisação, sim-plesmente porqueficou impossívelcontinuar sem orespeito devido auma regra de di-reito público.

O administra-dor dirigente veiopraticando ao longo de décadas em des-respeito ao equilíbrio nas suas relaçõescom as carreiras profissionais e, equivo-cadamente, em confronto com elemen-tares cânones de direito público, promo-veu a gestação do movimento de greve,procedimento inédito, traumático, que re-jeitou o trato sem dignidade nas relaçõesformais com a Empresa, e pela falta dascondições de trabalho. Recusamos a con-tinuação do labor sem a devida revisão eadequação de novas condições, buscan-do encetar um diálogo direcionado aoequilíbrio e ao bom senso, ainda não al-

Jorge Paulo Schlemm Neto (*)cançado como devido, mas que virá, se-não veremos!

No caso, a preparação e a execuçãoda greve foram resultantes de um proces-so bem liderado, de longa maturação ecuidadosamente detalhado, preparado econstruído, consonante com as respon-sabilidades das categorias profissionais.De se registrar a atitude legal, respeitosa

e eficiente das gerências e coordenações- houve exceções, diante da evidente le-gitimidade do movimento paredista, queteve apoio direto das seccionais e do Con-selho Federal da OAB, dos sindicatos, dosconselhos regionais e de outros órgãosrepresentativos das classes.

A legitimidade das reivindicaçõesdesatendidas foi nosso ponto de encon-tro e de partida. E esteve sempre tão bemfundamentada e clara que o próprio Ju-diciário promoveu, ostensivamente, umasolução por acordo direto numa proposi-ção para resgatar a Empresa de outro

vexame, felizmente. A administração daCAIXA, que vinha inoperante e semcriatividade, viu-se obrigada a rever aposição inicial intransigente quando,equivocada, ainda não havia propostonada aceitável. O imenso e ácido fossoconstruído nas relações contratuais tra-

balhistas entrea Empresa eas carreirasprofissionaislevou a admi-nistração a re-conhecer asfalhas e forma-lizar o primeiroacordo.

É semprebom lembrarque ainda so-mos - fomosdurante a gre-ve e seremosnum futurobreve - obriga-dos a lidarcom pessoas,ainda sinistra-mente operan-do às escondi-das, que crê-em tudo po-

der, tudo saber, tudo entender e tudo re-solver como se fora gesto magnânimo,como naquele encontro do senhor sen-tado na cadeira e o escravo de joelhos eolhos baixos. Lamentavelmente semprehaverá os empenhados em empatar so-luções, que nós experientes do lavor pró-prio bem conhecemos e sabemos enfren-tar, mas transitar e lidar em tal cenário édifícil e doloroso, porque a pretensão le-gítima tem que confrontar o atentado quequer "legitimar" o falso, aquela facedespossuída de conteúdo e autoridade.Não falo da autoridade castrense, mas a

| Categoria vota pelo fim da greve, em Brasília

Foto

: Gui

na

Agosto | 2009 19

de quem tem que saber o seu ofício, seupapel e sua missão, mas se apresentamdesprovidas de grandeza. Nesses termos,nunca haverá equilíbrio entre a adminis-tração pública e a reivindicação dos ser-vidores e empregados enquanto se insis-tir praticar à distância dos conceitos bá-sicos do que seja administrar coisa pú-blica, sem a regência de princípios dedireito público e pelo bem comum - masé por onde se tem de ir muitas vezes nes-te país.

Nossa greve confirmou a assertivade que estamos no controle porque so-mos os permanentes, os que conhecemas navegações da barca de há muito, osque melhor conhecem as necessidadese como supri-las durante o percurso emanter o curso. Os temporários, ospassantes vêm com as mensagens docondottieri e as traduzem para dizercomo será a administração da polis, paraindicar a trajetória, mas quem executae controla somos nós, e de tal não po-demos esquecer nunca, enquanto traba-lhamos para ou com o poder público,conforme o contrato social vigente, osprincípios e a lei.

Como é próprio em todo movimen-to de massa, os resultados alcançadoscom a modificação acordada dacontraprestação não foram satisfatori-amente atingidos. Ficaram muitoaquém do necessário, mas, e por contada eficiência das lideranças legitimas,num processo cuidadoso e bem funda-mentado, deixamos de ser dispersos enos encontramos no caminho, noventapor cento dos advogados, engenheiros,arquitetos, médicos, psicólogos, econo-mistas, contadores, pedagogos, quími-cos físicos, atletas, sábios... Movidosapenas pela rejeição à indignidade, re-presentada pelo tratamento desrespei-toso, os baixos salários numa empresafederal do Estado, uma vergonha!

E foi assim que, reunidos pelo res-gate imperioso das condições indispen-sáveis, demos início ao processo e, so-mente porque estivemos unidos contrao despropósito bojudo e repleto de in-dignidade, ganhamos! Menos do que odevido, bem certo, mas, porque comotambém não somos uma unanimidadeburra, temos entre nós humanos, masdemasiado pouco humanos, medrosos,tímidos, dissociados carreiristas, oportu-

nistas, despreparados pela e para a luta,espíritos arrefeçados e prisioneiros, ouainda com o umbilical cordão pendentedo amor materno, nove por cento quenão aderiram prejudicando muito, masficaram com os resultados. Sempre naslides fatais há os heróis que se ofere-cem em sacrifício - há quem diga que sesuicidam. Os covardes fogem, os traido-res se bandeiam quando oportuno e osvenais se dão a troco das imundas moe-das; a vantagem é que ficaram visíveispara nossos devidos cuidados. Depoisrevê-los e ainda conviver é difícil, massejamos tolerantes porque a experimen-tação, mesmo nas mediocridades, tam-bém ensina.

Em países pobres e mal cuidadoscomo o nosso, sem boas escolas, ondeas teses da grandeza e crescimento são

rotuladas como privilégio ou ditas "dosafortunados", ou daqueles xingados de"cultos", a administração pública, via deregra, fica inerte e desbussolada quan-do servidores preparados, plenos do le-gado de diuturno e minucioso trabalhoexecutado em longa fila de serviços pres-tados, experientes de anos decorridos ecom íntimo conhecimento de seus afaze-res, bacharéis, pós-graduados, doutoresetc., reclamam das condições dacontraprestação de seus contratos ou dascondições de trabalho. O administradorfica como o caçador de preguiça e depéssima pontaria. O que dispõe para amesa é o "não", porque é incapaz de olharà frente e acima, propor o novo que vaireconstruir e restaurar sua liderança. Cla-ramente, no nosso caso e ao final dasnegociações, os profissionais não ganha-ram o que os fariam sentir que o futurodas relações de trabalho na empresa se

tornou promissor. Certamente não che-gamos em tal lugar, e neste momento ésempre bom lembrar e repetir Nemer IbnEl Barud - "Sonhei que o cervo ileso pe-dia perdão ao caçador frustrado." -, por-que breve teremos que retomar juntos omesmo caminho.

A desorientação da administraçãopública e a sua conhecida incompetên-cia para oferecer uma propostaauspiciosa ou de superação mantém noespelho o padrão cego, infelizmente ain-da como regra majoritária, e lamentavel-mente conservadora, de forte caráterpersecutório, um olhar obtuso e deleté-rio que não tem escrúpulos ao ameaçar,porque a administração se sente submis-sa quando vai ao encontro da reivindica-ção, ignorando o conteúdo que inspiroua paralisação, porque, insegura, não co-nhece seu poder e mistura tudo.

Se não ganhamos o que nos é devi-do, lembremos - ganhamos menos do quese queria e mais do que se ofereceu, aotérmino de 51 dias da primeira greve ex-clusivamente das carreiras profissionais,a mais longa da história da CAIXA. E ga-nhamos o precioso Bem que ainda nãohavíamos provado, a união e a exibiçãode força em alerta, a exibição pujante dopoder legítimo de quem sabe, e que obri-gou ao outro apear do burro empacado,fumar um palheiro, cuspir, conversar,dejetar e vomitar, chorar, negociar, ceder,acordar e, principalmente, constatar oóbvio; o controle reside na autoridade dosque têm direitos.

A insatisfação e a frustração que nosficaram agora são da mesma natureza dapena que já pagávamos antes da greve,a inércia por tanto tempo enquanto esva-íam-se direitos, mas a autoconfiançarenascida e legitimada pelo resultado -greve com adesão massiva e participa-ção equilibrada do Poder Judiciário, quepromoveu a solução por acordo, as con-cessões que não se queria fazer de inícioe se fez no final - nos manda agir sempreque for necessário.

A experiência angariada desses tem-pos difíceis e indigestos da greve nos põemais fortes pari passu com uma próximapostulação mais objetiva, mais segura,mais corajosa, certamente...

(*) A(*) A(*) A(*) A(*) Advdvdvdvdvogado da CAIXAogado da CAIXAogado da CAIXAogado da CAIXAogado da CAIXAno Rio de Janeirno Rio de Janeirno Rio de Janeirno Rio de Janeirno Rio de Janeiro/RJ.o/RJ.o/RJ.o/RJ.o/RJ.

"Nossa greveconfirmou a assertiva

de que estamos nocontrole porque somos

os permanentes."