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ed 41 boletim - advocef.org.br · Carlos Pinotti Filho (REJUR/Londrina)|2º Tesoureiro: Patrícia Raquel Caires ... Alegria e tristeza O ... Beatriz Nogueira Reis Silva JURIR/BH 05/06/2006

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EDITORIAL

ASSOCIAÇÃO NACIONAL DOS ADVOGADOS DA CAIXA ECONÔMICA FEDERAL

DIRETORIA EXECUTIVA|Presidente: Altair Rodrigues de Paula (REJUR/Londrina)|Vice-Presidente: Silvio do Lago Padilha (REJUR/Belo Horizonte)|1º Tesoureiro: JoséCarlos Pinotti Filho (REJUR/Londrina)|2º Tesoureiro: Patrícia Raquel Caires Jost Guadanhim (REJUR/Londrina)|1º Secretário: Marisa Alves Dias Menezes (JURIR/SãoPaulo)|2º Secretário: Henrique Chagas (REJUR/Presidente Prudente)|Diretor Regional Norte: Liana Cunha Mousinho Coelho (JURIR/Belém)|Diretor Regional Nordes-te: Maria dos Prazeres de Oliveira (JURIR/Recife)|Diretor Regional Sudeste: Sonia Lucia dos Santos Lopes (JURIR/Rio de Janeiro)|Diretor Regional Centro-Oeste:Gustavo Adolfo Maia Junior (JURIR/Brasília)|Diretor Regional Sul: Mariano Moreira Júnior (JURIR/Florianópolis)

REPRESENTANTES JURÍDICOS 2006/2007|JURIR/AJ: Paula Giron Margalho; JURIR/BU: Henrique Chagas; JURIR/BE: Renato Lobato de Moraes; JURIR/BH: Simone Solangede Castro Rachid; JURIR/BR: Luciano Caixeta Amâncio; JURIR/CP: Flávia Elisabete de Oliveira Fidalgo Souza Karrer; JURIR/CG: Cleonice José da Silva Herculano; JURIR/CB: Gustavo Eduardo Reis de Siqueira; JURIR/CT: Jayme de Azevedo Lima; JURIR/FL: Marcelo Oscar Silva Santos; JURIR/FO: Adonias Melo de Cordeiro; JURIR/GO: IvanSérgio Vaz Porto; JURIR/JP: Fábio Romero de Souza Rangel; JURIR/ME: Carlos André Canuto de Araújo; JURIR/MN: Alcefredo Pereira de Souza; JURIR/NA: Carlos Robertode Araújo; JURIR/PO: Jaques Bernardi; JURIR/PV: Cláudia Elisa de Medeiros Teixeira; JURIR/RE: Paulo Melo de Almeida Barros; JURIR/RJ: Leonardo Faustino Lima;JURIR/SA: Jair Oliveira Figueredo Mendes; JURIR/SL: Samarone José Lima Meireles; JURIR/SP: Marisa Alves Dias Menezes; JURIR/TE: Renato Cavalcante de Farias;JURIR/VT: Rodrigo Sales dos Santos; DIJUR/GERID: Edson Pereira da Silva; GEAJU: Elisia Souza Xavier; GETEN: Frederico Gazolla Rodrigues Rennó; REJUR/CV: RoseliAparecida Bettes; REJUR/JF: Josiane Mendes Gomes Dias Pinto; REJUR/JM: Carlos Eduardo Leite Saboya; REJUR/LD: Daniela Pazinatto; REJUR/MR: José Irajá deAlmeida; REJUR/NH: Aline de Lima Riccardi; REJUR/NT: Daniel Burkle Ward; REJUR/PF: Renato Moreira Dorneles; REJUR/RP: Sandro Endrigo de Azevedo Chiaroti; REJUR/SM: Clarissa Pires da Costa; REJUR/SR: Cleusa Maria de Jesus Arado Venâncio; REJUR/UB: Luciola Parreira Vasconcelos; REJUR/VR: Aldir Gomes Selles.

CONSELHO DELIBERATIVO|Membros Efetivos: Darli Bertazzoni Barbosa (Londrina), Renato Luiz Harmi Hino (Curitiba), Isabella Gomes Machado (Brasília), LuisFernando Miguel (Porto Alegre) e Bruno Vicente Becker Vanuzzi (Porto Alegre)|Membros Suplentes: Luciano Paiva Nogueira (Belo Horizonte), Marcelo DutraVictor (Belo Horizonte) e Alfredo Ambrósio Neto (Goiânia).

CONSELHO FISCAL|Membros Efetivos: Paulo Roberto Soares (Brasília), Rogério Rubim de Miranda Magalhães (Belo Horizonte) e Julio Cézar Hofman (Maceió)|MembrosSuplentes: Ivan Sérgio Vaz Porto (Goiânia) e Éber Saraiva de Souza (Cuiabá).

CONSELHO EDITORIAL|Altair Rodrigues de Paula e Roberto Maia|Jornalista responsável: Mário Goulart Duarte (Reg. Prof. 4662) – E-mail: [email protected] Gráfico: Marcelo Torrecillas|Editoração eletrônica: José Roberto Vazquez Elmo|Capa: Eduardo Furasté|Ilustrações: Ronaldo Selistre|Tiragem: 1.200exemplares Impressão: Gráfica Almeida|Periodicidade: mensal

Endereço em Brasília/DF: SBS, Quadra 2, Lote 1, BL S, Sala 1205|Edifício Empire Center|CEP 70070-100|Fone (61) 3224-3020|E-mail: [email protected]ária: Priscila Christiane da Silva.

Endereço em Londrina/PR: Rua Santa Catarina, 50 / sala 602|CEP 86.010-470|Fone (43) 3323-5899|E-mail: [email protected]|Secretárias: Tatiane StabileDantas Buzinaro e Ivete Augusta Pereira|Auxiliar Administrativa: Thaís Bender.

0800 400 8899 O Boletim da Advocef é distribuído aos advogadosda CAIXA e a entidades associativas.www.advocef.org.br | Discagem Gratuita

2 Maio | 2007

Congresso, união e força

Como denúncia pelapolítica remuneratória, aADVOCEF permanecerá

divulgando os equívocospraticados na condução da

matriz salarial de seusquadros profissionais

Mais uma edição do já consolidado Con-gresso dos advogados da CAIXA se apro-

xima de sua realização.Na edição que se antecipa ao XIII Con-

gresso e como já é praxe desde alguns anos, oBoletim traz uma resenha do tanto que serádebatido pelos delegados democraticamenteeleitos pelos advogados de todo o país, junta-mente com os representantes regionais, inte-grantes da diretoria da ADVOCEF, convidadose demais participantes.

As principais linhas de discussão que de-verão pautar o evento desfilam pelas páginasque seguem, servindo à antecipação dos de-bates nas bases, de modo a ter-se uma ampli-ação prévia dos posicionamentos a serem de-fendidos pelos congressistas, sempre em bus-ca de alternativas e decisões que revelem aexpressão majoritária dos que integram nossacorporação.

Pela primeira vez realizada no mês de maio,em cumprimento à deliberação aprovada emBelém por ocasião da edição anterior, esteCongresso revela desde seu nascedouro o acer-to da mudança.

Isto porque a nova data proporciona a pré-via discussão acerca de temas de relevo, in-clusive em relação à data-base dos trabalha-dores da CAIXA, constituindo um importanteavanço na formulação de proposições especí-

ficas dos advogados, para integrá-las à cam-panha salarial em construção para o ano.

Também por força desta mudança, alte-rou-se a data de lançamento e distribuição daRevista de Direito da ADVOCEF.

Em sua quarta edição e com número re-corde de artigos publicados, a Revista demons-tra a consolidação de um projeto que envolveum dos pilares do movimento associativo: dar

a conhecer uma categoria por todas as suasfacetas, mostrando suas capacidades indivi-duais e valorizando cada integrante como eloentre todos os integrantes de um grupo.

Também a partir desta edição, e de oraem diante de forma eventual, o Boletim ofere-ce um novo quadro para apreciação e análisede seus leitores.

Abre-se a partir daqui mais um espaço noveículo mensal, para acolher opiniões de umConvidado, que submete seus posicionamentose teses aos olhos dos advogados da CAIXA. Oquadro pretende mostrar aos nossos leitoresfatos, pontos de vista ou experiências que te-nham relação com a realidade que vivenciamos,de modo a ampliar e qualificar nossa intersecçãocom o mundo.

Em sua segunda inserção, o Quadro dePessoal continua informando acerca dos in-gressos nos quadros da Associação e, infeliz-mente, os desligamentos dos muitos advoga-dos que abandonam a área jurídica da CAIXA ebuscam outras carreiras mais valorizadas oucom maiores perspectivas de crescimento.

Como denúncia pela política remunera-tória aplicada à carreira técnica, a ADVOCEFpermanecerá ecoando e divulgando os equí-vocos praticados na condução da matriz sala-rial de seus quadros profissionais.

Com o Congresso como pano de fundo,revelam-se nas páginas seguintes, uma vezmais, os pendores literários de dois cronistasda casa que, somados aos autores do artigodeste mês no encarte Juris Tantum, mostramcomo é possível valorizar o coletivo a partirdos valores de cada um de nós.

Diretoria Executiva da ADVOCEF

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Maio | 2007 3

De março até 9 de maio, 11 advogados saíram da CAIXA

Alegria e tristezaO representante da ADVOCEF Luciano

Caixeta Amâncio expressou sua ale-gria pelo sucesso de um grande amigo eprofissional, Igor Felipe Guskow. Ao mes-mo tempo, sentiu "tristeza por ver maisum colega trocar a CAIXA por uma dasdemais carreiras da advocacia pública, fatocada vez mais corriqueiro".

Sua unidade, o JURIR/Brasília, foi umadas 11 a registrar a saída de profissionaisentre março e maio de 2007. "Com isso,vejo cada vez mais complicada a missãorepassada pela direção desta empresa deque devemos praticar 'a melhor advocaciapública do país'", disse Luciano.

Também com um "misto de tristeza ealegria", o advogado Victor Jen Ou infor-mou seu desligamento do JURIR/São Pau-lo. "O ingresso em uma nova carreiracheia de desafios e remuneração melhormuitas vezes não parece compensar o fatode estar deixando um ambiente de traba-lho bastante agradável, em particular secomparado com outras carreiras, e princi-palmente amigos", disse Victor. Ele setransferiu para a Procuradoria Geral da Fa-zenda Nacional, que oferece uma remu-neração 100% superior à da CAIXA.

Victor diz que leva da empresa muitasamizades e "a iniciativa de manter umestoque de doces e salgadinhos, que sem-pre serviu para atrair as pessoas à minhasala para conversas agradáveis".

Para passar no concurso, em março de2006, seguiu esta receita: disciplina fér-rea para reservar um período fixo de estu-do diário e passar o fim de semana fazen-do resumos. Além disso, exercício físico eum pouco de lazer.

Em 2 de maio, após 24 anos e 7 mesesde serviços prestados à CAIXA, chegou omomento da aposentadoria anunciado pelo

próprio advogado Luiz Carlos Krammer, daREJUR/Passo Fundo: "Não poderia deixar deregistrar o conjunto de emoções que me do-minam: a expectativa do que virá, a certe-za do dever cumprido e a saudade que le-varei de todos". Ele agradeceu aos colegaspelo convívio harmonioso "e, acima de tudo,proveitoso" para a sua carreira.

Nome Lotação Admissão Desligamento DestinoBeatriz Nogueira Reis Silva JURIR/BH 05/06/2006 23/03/2007 Procuradoria do Banco Desenv. MGWaldemiro Francisco Júnior GEAJU 20/05/2002 26/03/2007 Estudos no exteriorMauro Henrique Chaves JURIR/SL 03/03/2006 26/03/2007 Defensoria Pública EstadualSandra Tereza C. de Souza JURIR/CG 04/11/2005 30/03/2007 Preparação para concursoBruno Becker REJUR/NH 03/10/2005 18/04/2007 Tabelião no MTValdir Malanche Júnior JURIR/PV 07/01/2005 26/04/2007 PGFNLuiz Carlos Krammer REJUR/PF 04/10/1982 02/05/2007 AposentadoriaEduardo Cado Soares REJUR/SM 04/12/2006 02/05/2007 PGFNVictor Jen Ou JURIR/SP 10/10/2005 04/05/2007 PGFNIgor Felipe Guskow JURIR/BR 10/01/2005 07/05/2007 PGFN

Vladimir Augusto Koenig JURIR/BE 17/08/2006 09/05/2007 Defensoria Pública Estadual

Igor Guskow:mais um

procurador daPGFN

O número de associados da ADVOCEFno Rio Grande do Sul voltou a atingir,

em março, 100% do quadro de advoga-dos. A marca foi restabelecida com afiliação de dois advogados na REJUR/San-ta Maria e um na REJUR/Novo Hambur-go. Eduardo Soares acabou se desligandoda unidade de Santa Maria, em maio,constituindo outro registro histórico da eva-são de advogados da CAIXA.

A representante da ADVOCEF em NovoHamburgo comemorou os 100%. "Preci-samos de uma Associação robusta, quepossa contar com a participação do maiornúmero possível de advogados", disse Ali-ne Riccardi. "Somente assim a ADVOCEFrefletirá, verdadeiramente, os desejos dacategoria e terá melhores condições derepresentar os nossos interesses."

Em Santa Maria, a representanteClarissa Pires da Costa já vinha "pressio-

Cem por cento ADVOCEFnando" os colegas. "Em umaocasião, cheguei ao ponto deme apropriar de uma foto 3X4de um deles, para associá-lo'compulsoriamente', intentono qual não logrei êxito, evi-dentemente", conta aadvogada.

Brincadeira à parte,Clarissa fez campanha pelaADVOCEF. "Fortalecê-la sónos trará benefícios", pregouaos colegas. "Não é à toa queconseguimos grandes vitórias,como, por exemplo, o recebi-mento de nossos honorários."

Das 65 unidades jurídicasexistentes no país, apenas 21(32%) não têm a totalidadedos advogados filiados àADVOCEF.

Santa Maria: Livia Camargo e Eduardo Soares,com Clarissa (no centro)

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4 Maio | 2007

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Próxima bombaSegundo o jornalista AlexandreOltramari, da revista Veja, o ministrodo STF Joaquim Barbosa presideinquérito que apura o envolvimentode ministros do STJ em atividadesilícitas. "Ele nega a investigação.Mas ela existe - e pode ser a próximabomba a estourar no colo da Justiça",garante o jornalista.

Sucessão no TRF-4Pela terceira vez em18 anos de criação, o

TRF da 4ª Regiãoserá presidido por

uma mulher. Adesembargadora

Silvia Maria Goraiebtomará posse em 21de junho, sucedendo

a desembargadoraMaria Lúcia Luz

Leiria. A precursora, no biênio 1997-1999, foi a atualpresidente do STF, Ellen Gracie.

Congresso e metaOs integrantes da Comissão do XIII Congresso trabalham dedicadospara cumprir a meta de "fazer um Congresso maravilhoso einesquecível para todos os colegas, a exemplo do que vimosencontrando nos excelentes encontros anteriores". Osorganizadores, em Belém, são os advogados Julio Cezar Hofman,Alynne Rocha, Everaldo Lyra de Almeida e André Canuto.

Decisão heideggerianaMinistro do STF Eros Grau, autor do romance "Triângulo noPonto", em entrevista a Ricardo Noblat e Tânia Fusco: "Ashistórias que você escreve estão marcadas por uma pré-compreensão heideggeriana. Quer dizer: você compreende omundo a partir das suas referências. Isso é importante em tudo.Na hora que você olha aqueles caras [ministros de tribunais]decidindos. Um, por exemplo, passou pelo Colégio Salesiano e porisso concede ou não concede o habeas corpus pedido [Eros foialuno salesiano]. Outro levou uma vida mais dura quando eracriança. É por causa de coisas que se passaram lá atrás que se dáuma decisão com maior ou menor amplitude."

Clique najurisprudência

Já está funcionando, no sitedo STJ, o serviço

"Jurisprudência emDestaque". Com um cliqueno nome de cada ministro,acessa-se a sua relação de

acórdãos, ordenados por datade decisão. Constam

também a classe e o númerodo processo, além de um

resumo da matéria tratada.

Crime hediondoO ministro do STJ César Asfor Rocha vaiocupar uma das 15 cadeiras do Conselho

Nacional de Justiça. Como corregedor, composse marcada para 14 de junho, ele deve

conduzir a sindicância aberta no Conselhopara apurar a participação de magistrados noesquema de venda de sentenças à máfia dos

caça-níqueis. O que ele pensa do assunto:"Comparo um magistrado mercador de

sentença a quem comete um crime hediondo".

Desistência de processosNos meses de fevereiro e março, os advogados

da CAIXA examinaram 1.408 processos queaguardavam distribuição no STJ e desistiramde recorrer em 278 deles (19,8%). Entre oscritérios de desistência, estão os recursos

contra decisões que já possuem jurisprudência,ações abrangidas pelas Súmulas

Administrativas de Dispensa do DeverRecursal, da própria CAIXA, e ações de

créditos a receber inferiores a R$ 10 mil.(Fonte: STJ)

Primeiras súmulasO STF aprovou os cinco primeiros temas de súmulas vinculantes,

que agora aguardam a aprovação do Pleno. São os seguintes:1. Cofins - Base de cálculo. Conceito de receita bruta; 2. Cofins -

Majoração da alíquota; 3. FGTS - Correção das contas vinculadas.Desconsideração do acordo firmado pelo trabalhador; 4. Loterias ebingos - Regras de exploração. Sistemas de consórcios e sorteios.

Matérias de competência legislativa exclusiva da união; 5. Processoadministrativo no âmbito do TCU - Observância do devidoprocesso legal, contraditório e ampla defesa do interessado.

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Maio | 2007 5

Ouço mas duvido"Penso, logo duvido", escreveu o desembargador aposentado

Américo Masset Lacombe em artigo publicado no site Migalhas.Ele entende que a fórmula do filósofo René Descartes ("Penso,logo existo") fica expressa melhor assim. "É a dúvida que nos

leva a um exame mais acurado dos fatos", comenta. "Portanto,duvido de quase tudo que foi dito a respeito da operação

Hurricane. Possivelmente alguns acusados serão justamentecondenados. Mas devemos perguntar: como será a vida dos que

forem inocentados a partir de toda a pirotecnia midiática queacabamos de assistir?"

Nada contraInformações cadastrais parafinanciamento não geram

dano moral. A decisão é doSTJ, que por unanimidade

julgou improcedentepedido de indenizaçãopelas (más) referências

bancárias prestadas pelaCAIXA.

O TRF da 5ª Região já haviadecidido que "a mera

menção à existência decheques devolvidos,

débitos decorrentes do usodo cheque especial e

outros, naturalmente, nãoafronta a cláusula

constitucional que assegurao sigilo bancário".

(Fonte: STJ, 24/04/2007.)

As emoções de Roberto Carlos

Adeus, sossegoO presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia, nãopretende apenas processar o comentarista ArnaldoJabor por ter chamado os deputados de canalhas.Segundo o Blog do Noblat, Chinaglia propôs aosdemais deputados que também processem, em seusEstados, o comentarista da Rede Globo. "Assim, Jabornão terá mais sossego. Terá que viajar constantementepara os 27 estados para responder ao processo",comenta Ricardo Noblat.

1. A advogada da editora, RosaBrandão Bicker, explica por que foifeito o acordo: "a Justiça brasileira,

diferentemente da Justiça norte-americana, por exemplo, não

privilegia a liberdade de expressão".Ela conta que foi feita ampla

pesquisa de jurisprudência nostribunais estaduais e no STJ, "não

havendo sequer um processoenvolvendo livro com jurisprudência

pacificada a favor de autor".

2. Diante do juiz, o autor Paulo César Araújotinha a impressão de que a condenação já

havia sido decidida. Depois de celebrado oacordo, o juiz e os promotores foram tirar

fotos com Roberto Carlos. A informação é dojornal O Globo.

3. "O estarrecedor é que a censura nãodecorreu de um ato autoritário, costurado àsescondidas da Justiça. Foi selado dentro de umtribunal! Na presença de um juiz! E promotor!Será que um juiz pode promover um acordoque fere um direito constitucional? Criamos acensura legal? A Ditadura judiciária?"Comentário do jornalista André Petry, da Veja.

4. O advogado de Roberto Carlos, Marco AntonioBezerra Campos, se diz surpreendido com odesconhecimento da Constituição brasileira e do

Código Civil. "Ambos garantem a proteção à honra, àprivacidade e à imagem das pessoas, sejam eles famosos ouanônimos", diz. "Será que quem está escrevendo contra oprocesso movido por Roberto Carlos ou contra o acordofirmado está explícita e publicamente abrindo mão daproteção constitucional de sua privacidade, honra ouimagem?"

O cantor e compositor Roberto Carlos, a editora Planeta e o historiador Paulo Cesar de Araújo entraram emacordo para tirar a biografia "Roberto Carlos em Detalhes" das livrarias. Mas a discussão continua:

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6 Maio | 2007

A recente divulgação de pesquisas cien-tíficas sobre o nível de aquecimento

global despertou a atenção da sociedadeinternacional e parece ter catalisado a su-peração do velho paradigma de que a pre-ocupação ambiental implica em obstáculoao desenvolvimento econômico. Ressurgea preocupação com o desenvolvimento sus-tentável, usualmente definido como aque-le que atende às necessidades do presen-te, sem comprometer a possibilidade desatisfação de necessidades das geraçõesfuturas. Nesse contexto, a variávelambiental é um dos principais compo-nentes de um modelo de desenvolvi-mento realmente sustentável.

O papel a ser desempenhado pelas ins-tituições financeiras na questão ambientalnão pode estar adstrito à burocrática verifi-cação de licenças e estudos de impactoambientais dos empreendimentos. A ne-cessidade de reformulação das relaçõesentre o capital e a natureza, imposta peloagravamento da situação climática de nossoplaneta, impõe uma atuação mais vigoro-sa e incisiva do sistema financeiro, por suaatuação propulsora do desenvolvimento.

No plano internacional, algumas inicia-tivas já estão sendo tomadas há algum tem-po. O Programa das Nações Unidas para oAmbiente (UNEP) firmou parceria com re-presentantes do sistema financeiro paradiscutir o tema, resultando na criaçãodo grupo "Iniciativa Financeira" (UNEP-FI). Em 1992, foi firmada a DeclaraçãoInternacional dos Bancos sobre Meio Am-biente e Desenvolvimento Sustentável, re-conhecendo que "o desenvolvimento sus-tentável depende de uma interação positi-va entre o desenvolvimento econômico esocial, e a salvaguarda do ambiente, a fimde equilibrar a satisfação dos interesses dasgerações atuais e futuras".

No Brasil, o governo federal criou o Pro-tocolo Verde, instrumento criado para in-duzir bancos e órgãos públicos a incorpo-rar a questão ambiental como critério deanálise de concessão de créditos e benefí-

CONVIDADO

Sistema financeiro e meio-ambiente:reflexões sobre a atuação do CMN

e do Banco CentralFabiano Jantalia (*)

cios fiscais. Contudo, a atuação das insti-tuições financeiras na questão ambientalainda é fruto de iniciativas pontuais, relaci-onadas à política de responsabilidade soci-al de cada banco, sendo, portanto, insufi-cientes para impor resultados apreciáveisà coletividade. As descobertas recentes nosmostram que chegou a hora de o estadobrasileiro atuar de forma mais incisiva, re-gulamentando diretamente ou induzindoo direcionamento dos recursos do SFN, de

baixar regulamentação sobre o tema, po-dendo, por exemplo, estabelecer parâmetrospara direcionamento do crédito para os pro-jetos ambientais; fixar a obrigatoriedade decontratação de avaliação de risco econtratação de seguro ambiental como re-quisito de financiamento de determinadasatividades, garantindo assim a reparação dedanos eventualmente causados; ou estabe-lecer patamares de taxa de juros para o fi-nanciamento de medidas de reflorestamen-

to e recuperação do solo.O Banco Central também tem mui-

to a contribuir, tanto no planonormativo, quanto na fiscalização. Isto

poderia se dar com a adoção de medidascomo a redução do recolhimento compul-sório dos bancos que emprestem recursosa projetos de prevenção ou recuperaçãode danos ambientais ou com a inclusão,na regulamentação sobre risco, de disposi-ções específicas sobre o risco ambiental,introduzindo-o no processo de supervisãobancária, ao lado dos demais fatores derisco atualmente monitorados.

Estes são apenas alguns dos muitos ins-trumentos que já podem ser prontamenteempregados pelo CMN e pelo Banco Cen-tral em prol do meio-ambiente, por já es-tarem contemplados na Lei n.º 4.595/64.

O rol de competências conferidas a essesentes revela que já existem condiçõesjurídicas para viabilizar uma atuaçãopró-ativa das estruturas de regulaçãodo sistema financeiro nacional, alinhan-

do-o com as premissas formuladas pelaONU na matéria, sem comprometer a livreiniciativa do setor.

Com essas iniciativas, dentre muitasoutras, o CMN e o BACEN dariam passoslargos para seu engajamento na questãoambiental, contribuindo fortemente paraconciliação dos interesses das geraçõespresentes e futuras e para a preservaçãode nosso ecossistema, servindo de exem-plo para o mundo.

(*) Procurador do Banco Centraldo Brasil em Brasília (DF).

modo a que a variável ambiental seja defato contemplada em seu funcionamento.

Numa análise preliminar, é possível con-cluir que o ordenamento jurídico brasileirooferece condições para uma atuação posi-tiva do Conselho Monetário Nacional e doBanco Central nessa seara. Em instânciasuperior, o CMN, no exercício das compe-tências que lhe são conferidas sobretudopelo art. 4º da Lei n.º 4.595/64, poderia

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Maio | 2007 7

O evento de MaceióOs assuntos discutidos

nas unidades jurídicas vãocomo sempre para o Con-gresso da ADVOCEF que,este ano, será realizado emMaceió, nos dias 24 a 27de maio. Os advogadosquestionam a carreira, rei-vindicam melhores condi-ções de trabalho, buscama representação políticaideal. Muitas idéias saem delá melhores, aperfeiçoadasno debate democrático, econtinuam, depois, nos co-rações e mentes dos pro-fissionais.

Até que sejam imple-mentadas, as propostasvoltam às unidades, são denovo debatidas, já agora

XIII CONGRESSO DA ADVOCEF

O advogado André Pires Godinho, doJURIR/Rio de Janeiro, quer que se

corrija a distorção ocorrida na implanta-ção da unificação das carreiras jurídicas.Ele adverte que a promoção de algunsadvogados para pleno e sênior vai ferir aisonomia futuramente.

"Exemplificando: um colega com seisanos de CAIXA sênior ganha X e um co-lega não promovido, nos mesmos seisanos, ganhará X - 40%." Na verdade,segundo Godinho, o percentual varia epode chegar a valores mais altos. Eleaponta o mesmo problema em relaçãoaos advogados do PCS 98.

O advogado Mário Luis Manozzo,do JURIR/Porto Alegre, enviou à DIJUR,em janeiro de 2007, um pedido de

Carreira jurídicaA unificação, as distorções e as reivindicações dos advogados

flexibilização dos requisitos para os ad-vogados plenos que não foram promo-

vidos. No documento, subscrito por vá-rios colegas, ele alega que os advoga-dos não preenchem a condição de tem-po porque a promoção para pleno foiefetivada mais de um ano depois deterem completado as exigências.

Uma alternativa para corrigir a si-tuação dos advogados plenos admiti-dos em 2003 e 2004, que Manozzoenvia ao Congresso, é a concessão dedeltas para os não promovidos.

O representante da REJUR/Niterói,Daniel Ward, diz não perceber nenhu-ma preocupação da ADVOCEF em re-lação aos advogados que não conse-guiram a promoção de júnior para ple-no. "No Jurídico do Rio de Janeiro, háum grande número de advogados que,

Marcelo Santos: igualdade tambémnas vantagens

com o status da aprova-ção conferido pela cate-goria. No ano seguintepodem voltar ao Con-gresso, aprimoradas, etudo recomeça.

"Além do caráter ofi-cial e legal, os Congres-sos oferecem o clima paratodas as discussões, des-de as relativas à carreiraprofissional até as queenvolvem simplesmente orelacionamento fraternoentre colegas", diz o pre-sidente da ADVOCEF,Altair Rodrigues de Paula.

Confira, nas matériasa seguir, um pouco dasidéias enviadas ao XIIICongresso.

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8 Maio | 2007

devido a um pequeno lapso temporal(para um grupo, uma semana; paraoutro, pouco mais de um mês), está,em termos salariais, afastado do outrogrupo de referência mais próxima em,pasmem!, mais de sete anos."

Igualdade das vantagensO advogado Marcelo Oscar Silva San-

tos, do JURIR/Fortaleza, propõe submeterà Assembléia da FENADV a equiparaçãodos advogados. Ele diz que, uma vez que

Marcelo Victor: os itens daCONTRAF-CUT

a CAIXA teve interesse em aprovar um pla-no unificado de carreira e outro de benefí-cios da FUNCEF, "enquadrando em umamesma planilha tanto os advogados novoscomo os antigos, que haja igualdade detratamento no que tange às vantagens".

Celso de Oliveira Júnior, do JURIR/BeloHorizonte, propõe que se constitua umgrupo de trabalho para que a DIJUR bus-que, na SUPES, a ampliação da conces-são de ATS (Adicional de Tempo de Servi-ço) a todos os advogados.

Marcelo Dutra Victor, do JURIR/BeloHorizonte, quer a inclusão desse e maisos seguintes pontos na pauta de reivindi-cações: promoção anual por merecimen-to e licença-prêmio para os empregadosdo PCS 98. Victor ressalta que os itensconstam da Campanha da CONTRAF-CUT.

O advogado Arquimedes Bucar, doJURIR/Fortaleza, se manifesta contrário àatuação de advogados da CAIXA em fa-vor de empresas privadas. Cita o caso daCaixa Seguros. "Além do fato de estar-mos sendo obrigados a atuar em favorde empresas totalmente divorciadas da

estrutura da CAIXA, tem o fato de nãoestarmos sendo remunerados em abso-lutamente nada por isso", aponta. Suaproposta é consultar o Tribunal de Con-tas da União e propor ação na Justiça doTrabalho.

O advogado José Linhares Prado Neto,da GETEN, propõe acrescentar ao RH 053a expressão "vedada a demissão sem jus-ta causa". A intenção é proteger o em-pregado público concursado, "conformereza o artigo 37, caput, da CF".

O advogado José Mo-rone, da VITER, propõe alterações no ca-

pítulo XIII do Estatuto daADVOCEF, para criar subco-missões eleitorais nos JURIR eo cargo de representante nasREJUR. Deseja, além disso, ainstituição do voto eletrônicoe espaço neste Boletim paraas chapas concorrentes nacampanha eleitoral.

O advogado CleucimarValente Firmiano, do JURIR/Campinas, pretende que aspropostas de alteração doEstatuto sejam subscritas porno mínimo três advogados.A exceção ficaria para osmembros da Diretoria Executiva e do Con-selho Deliberativo da ADVOCEF e dos re-presentantes regionais.

Cleucimar quer também que as pro-postas rejeitadas pelo Congresso só

Meios e normas de representação da categoria

Ordem política

possam ser reapresentadas se subscri-tas por no mínimo 5% dos advogadoscom direito a honorários. Sua intençãoé extinguir as propostas individuais econferir a prerrogativa aos membros

Celso Júnior: ATS para todosos advogados

eleitos da ADVOCEF. Aseu ver, isso vai estimu-lar o debate prévio epropiciar maior segu-rança jurídica às deci-sões dos Congressos.

Os advogados Nata-nael Lobão Cruz e PauloMelo de Almeida Barros,do JURIR/Recife, pro-põem a inclusão de umparágrafo ao artigo 5º doEstatuto, impedindo deconcorrer a cargo da Di-retoria e do ConselhoDeliberativo o associadoque tiver cargo comissio-nado na CAIXA, excetoos da carreira técnica. A

idéia é evitar o conflito de interesses.

As tarefas do presidenteO advogado Octavio Caio Couto e Sil-

va, do JURIR/Rio de Janeiro, quer a cria-

Delegação do Rio de Janeiro: Éder López, Octavio Caio, Leonardo Kataoka,Sérgio Fuks e Gryecos Loureiro

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Maio | 2007 9

O advogado Luciano Caixeta Amân-cio, do JURIR/Brasília, envia para o

Congresso a questão da compensação dehonorários de sucumbência recíproca noFGTS. Existe "clara divergência entre cre-dores e devedores", diz Luciano, pois "oscredores dos honorários, quanto aos índi-ces excluídos, são os advogados da CAI-XA, e o devedor, quanto aos índices defe-ridos, é o Fundo, impossibilitando a com-pensação".

"No entanto, institucionalmente, comodefendemos os interesses do FGTS emjuízo, não podemos sustentar esseposicionamento de forma individual",acrescenta.

O tema também preocupa a advogadaEverly Dombeck Floriani, do JURIR/Curitiba, que trabalha na área de Habita-ção. Ela diz que é comum haver compen-sação de honorários nos casos em que éproferida sentença de parcial procedên-cia da ação. "Pelo que entendo que, nes-tes casos, seria interessante se estudar apossibilidade de cobrar os honorários daprópria CAIXA ou EMGEA", afirma.

Especialista no tema, o advogado Mar-celo Pessôa, do JURIR/Cuiabá, conclama queos advogados da CAIXA têm direito de agir,

“inclusive judicial-mente, por umacontraprestaçãopecuniária advindada EMGEA, quenão se confundecom os honoráriosadvocatícios de sucumbência que efetiva-mente já são repassados em virtude das vi-tórias nas ações representadas peloscausídicos da CEF”. Marcelo, que publicourecentemente um artigo sobre o assunto nosite da ADVOCEF, acrescenta que “parale-lamente, a entidade precisa mobilizar a ca-tegoria e atuar administrativamente paraentabular um acordo com a EMGEA depagamento de honorários convencionais (re-muneração específica)". Na verdade, co-menta, a categoria trabalha para duas em-presas públicas – "atividade ampliada eimposta unilateralmente" – e só recebe deuma.

O advogado Darli Barbosa, da REJUR/Londrina, propõe incluir um parágrafo aoartigo 26 do Regulamento, para que orateio dos honorários recebidos através deações judiciais propostas pela ADVOCEFseja realizado entre todos os advogadosparticipantes na época.

Darli diz que há "uma inadequaçãodo Regulamento de Honorários com o ins-tituto legal da representação processualque precisa ser aparada", em relação àsdatas de rateio. "A persistir esta situação,num futuro próximo a ADVOCEF terá queresponder a dezenas de ações, por todo oBrasil, propostas pelos advogados que re-alizavam atividades jurídicas no âmbito daCEF na data da ação."

Hoje, segundo Darli, a ADVOCEF pos-sui apenas três ações representando to-dos os advogados em atividade na CAI-XA. São estas:

- Ação 01210-2003-06-10-00-0 - ajui-zada em novembro de 2003 - referente aquatro acordos realizados pela EMGEA;

- Ação 00553-2006-005-10-00-3 - ajui-zada em maio de 2006 - referente aostermos de Adesão do FGTS;

- Ação 00511-2006-006-10-00-9 - ajui-zada em maio de 2006 - referente a com-

Salário justoA arrecadação e o rateio dos

honorários advocatícios

ção de vice-presidências para as futurasdiretorias da ADVOCEF. Uma hipótese éconferir atribuições específicas às atuaisDiretorias Regionais. "Tem se verificadoque o presidente de nossa Associação écobrado acerca de uma quantidade

Louise Silva: os procuradoresda CAIXA

Delegação de Curitiba: Moacyr Fachinello, Leandro Moraes,Everly Floriani e Jayme Lima

infindável de assuntos, e muitas vezes ainsatisfação dos associados decorre exclu-sivamente em função da impossibilidadehumana para o desempenho de tantas ta-refas", justifica.

A solução encontrada pela advogadaChristiane Barozi Porto, da GEAJU, é ver apossibilidade de se obter dedicação exclu-siva para o presidente. Nessa condição,entende que haveria maior comprometi-mento e independência perante a CAIXA.

Sergio Luís Fuks, do Rio de Janeiro,pensa numa espécie de Comissão Nacio-nal de Recuperação de Honorários, paraque a ADVOCEF, auxiliada pela Comis-são de Honorários, cobre verbas devidaspela CAIXA.

A advogada Louise Silva, do JURIR/Belém, propõe que os advogados da CAI-XA passem a ser denominados "procu-radores". Ela acha que o termo deixa cla-ro o caráter público da atividade dos pro-

fissionais da CAIXA. "Aliás, também visaa nos aproximar ainda mais da carreirados procuradores federais, o que podefacilitar equiparação salarial em relaçãoa esses."

José Morone: espaço para aschapas concorrentes

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10 Maio | 2007

O XIII Congresso Nacional daADVOCEF acontece durante uma As-

sembléia Geral Ordinária que vai deliberarsobre prestação de contas da Diretoria ealterações no Estatuto e no Regulamentode Honorários dos advogados da CAIXA.

Haverá também uma Assembéia Ge-ral Extraordiária, convocada pela FENADV,para elaborar a pauta de reivindicaçõesda categoria no acordo coletivo.

Será lançada a 4ª edição da Revistade Direito da ADVOCEF, com 12 artigos Autores da Revista

Alaim Giovani Fortes StefanelloAlfredo Ambrósio NetoAndré Luís de Sousa Miranda CardosoBruno Queiroz OliveiraCarlos Alberto Simões de TomazÉder Maurício Pezzi LópezGuilherme DieckmannIzabel Urquiza Godoi AlmeidaJulio Cezar HofmanLeonardo de Menezes CurtyMarcelo Oscar Silva SantosWilson de Souza Malcher

Mais da pauta

pensação de honorários nas ações doFGTS.

As ações referente ao FGTS foram ex-tintas e serão propostas novamente, quan-do todos os advogados em atividade se-rão representados pela ADVOCEF.

A natureza da verbaA advogada Christiane Barozi Porto, da

GEAJU, quer que a ADVOCEF contrateparecer sobre a natureza dessa verba "que

a questão do cálculo dos honorários feitopela GIPRO/São Paulo nas ações do SFH.Ela diz que nos acordos, desprezando osnormativos, a GIPRO invariavelmente co-bra um valor fixo de R$ 500,00. Explicaque há a questão das incidências passa-das, quando, além dos 5% sobre o valordo acordo na ação principal ("regra nun-ca observada pela GIPRO"), teriam de sercobrados mais R$ 500,00 para cada umadas demais ações

Yolanda Zabaleta: cálculo doshonorários em São Paulo

hoje chamamos de 'honorários'". Ela en-tende que a ADVOCEF não se enquadracomo "segunda fonte pagadora". Assim,"parece razoável" que a verba, recebidaem razão de acordo feito com a CAIXA,homologado judicialmente, seja conside-rada indenizatória, isenta de tributação.

O advogado Ney de Oliveira Rodrigues,do JURIR/Curitiba, relata que, nos contratosdo Financiamento Estudantil, a agência re-cebe apenas os honorários de 5%, mesmoque o juiz fixe em 10%. "Ora, este percentual,ao que consta, se refere apenas àquelasações de conhecimento, em que não hajahonorários determinados pelo Judiciário",contesta. "Se o devedor não discutiu essepercentual, data venia não cabe à CEF redu-zir o percentual fixado em juízo, em gestoda popular 'cortesia com o chapéu alheio'".

Ney Rodrigues entende que se deve re-sistir, exigindo que seja pago o percentualfixado pelo juiz. A aplicação dos 5% deveficar para os casos de não haver indica-ção judicial, "como aliás ficou expressono nosso acordo com a CEF".

A advogada Yolanda Fortes y Zabaleta,do JURIR/São Paulo, quer que se enfrente

Ney Rodrigues: cortesia como chapéu alheio

Veja quem são os autores da quarta edição da Revista de Direito da ADVOCEF:

de advogados da CAIXA e tiragem de1.800 exemplares, que serão distribuídosna área jurídica da CAIXA, nos órgãosdo Judiciário e bibliotecas jurídicas detodo o país.

Neste volume, também participam ex-advogados da empresa. Na segunda par-te da Revista, uma seção de jurisprudên-cia apresenta julgados de ações em que

atuaram advogados da CAIXA eacórdãos de interesse para as empresaspúblicas. (Veja no quadro a relação deautores.)

Outros assuntos a serem discutidos noXIII Congresso tratam do anteprojeto daLei Orgânica da AGU e da criação de en-tidade em defesa dos associados daFUNCEF.

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Maio | 2007 11CRÔNICA

Fazendo acontecerLeandro Cabral Moraes (*)

Foi mais ou menos assim: há uns28.500 anos, em uma manhã gelada

de uma planície européia, seres humanos,que naquela época não eram tantos e, por-tanto, tinham que se proteger da morte sem-pre iminente, se reuniram à volta de umafogueira e começaram aplanejar a melhor formade caçar mamutes.

Um neandertal disseque deviam unir forças,outro aduziu que as ar-mas de cada grupo deataque podiam ser dife-rentes, um terceiro ale-gou que era melhor bus-car animais cansados ouferidos pra facilitar as coi-sas. Esse foi o primeirocongresso de que se temnotícia.

Guardadas as propor-ções, esse tipo de reunião, que tem comobase a comunicação de idéias diversas ecomo objetivo, em última análise, a melhoriada forma de sobrevivência de determinadacategoria, se estende até os dias de hoje.

No meu primeiro ano como advogadoda CAIXA, participei do Congresso daADVOCEF em Brasília. Embora me sentissemeio deslocado, peixe fora d'água, me en-cantei com tudo que envolve esse tipo deevento.

Não falo apenas das discussões em as-sembléia, ânimos exaltados na defesa de

idéias e ideais. O encontro, no sentido maisabrangente do termo, se dá nos laços deamizade e companheirismo criados, nasconversas de café da manhã, no sentimen-to de que cada participante não está sozi-nho com seus problemas do dia-a-dia.

Os advogados e advogadas, quetêm como ofício a prevenção e resoluçãode problemas alheios, se unem para discu-tir suas próprias dificuldades e as possíveis

de atuação da categoria, é uma oportuni-dade de ver, em um mesmo ambiente, co-legas de todo o país. Na discussão de cadamatéria, ouvir "uais", "ó xentes" e "tchês".

Cada Congresso deixa no coração osentimento de que estamos fazendo o que

é possível e, às vezes, até mais.Representar nas reuniões colegasque confiaram procuração aos seusdelegados, usar do direito de veze voz, expor a opinião através depropostas ou votos é fazer a de-

mocracia acontecer e construirnosso futuro.

Num momento em que asrelações entre a CAIXA eseus empregados de carrei-

ra profissional estão visivel-mente arranhadas, temos

a oportunidade de mos-trar nosso posiciona-mento frente às maze-las de nossa atuação.Cabe a cada um dosadvogados da CAIXA,associados ou não, de-cidir o quê, como e

quando deve ser feito.Que os sonhos de cada um de nós se

realizem ou que, pelo menos, tenhamos acerteza de não tê-los abandonado. No tra-balho, como em tudo na vida, é o que de-sejamos.

(*) Advogado da CAIXAem Curitiba/PR.

soluções. Se duas cabeças pensam melhorque uma, o que dizer de mais de 100 men-tes pensando com um mesmo foco?

Desde aquela minha primeira experiên-cia, não perdi nenhum Congresso da nossaAssociação. Rio, Rio Quente, Natal (que te-nho orgulho de ter ajudado a organizar),Belo Horizonte, Belém.

Além da importância de traçar os rumos

O Juris Tantum foi uma espécie delaboratório de método para mim",

disse Fabiano Jantalia, autor de artigos pu-blicados recentemente no jornal Valor Eco-nômico e na revista Consultor Jurídico. Ex-advogado da CAIXA, hoje no Banco Cen-tral, Fabiano lembrava seu início como ar-ticulista e um dos principais colaborado-res do encarte do Boletim da ADVOCEF."Afinal, redigir petições é bem diferente.Boa parte das causas se ganha mesmo éno contato pessoal com os julgadores,como a sustentação oral."

Do Juris ao Valor"

Fabiano:sem medode dizer oque pensa

Com o tempo, diz ele, acaba-se fir-mando um estilo. "Daí em diante, a mo-tivação é que passa a importar. Por isso éque sempre escrevo sobre algo que meintriga. Digo com toda a certeza: escrevopara me convencer."

Concluído o artigo, Fabiano selecionaos veículos. "Falo com os editores, mos-tro o meu trabalho e pronto. Lá vai ele."Ele estimula os colegas que pretendamfazer o mesmo. Garante que quem estu-da não deve ter medo de revelar o quepensa.

Com um texto inédito, Fabiano inau-gura a coluna Convidado, na página 6.

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12 Maio | 2007

Ano VI | Nº 051 Maio | 2007

CRÔNICA

Congresso “pai d´égua”Éder Maurício Pezzi López (*)

Que o Congresso da ADVOCEF éum espaço de debates, discus-

sões e mobilização, isso é ponto pací-fico. Mas há um fenômeno paraleloque chama particularmente a aten-ção: o intercâmbio lingüístico que in-variavelmente ocorre entre os parti-cipantes. Por favor, não me entendammal; não me refiro àquela eventualtroca que alguns colegas solteiros aca-bam fazendo, também de certa for-ma lingüística, mas àque-la que se denota na for-ma de falar e expressaridéias.

Por exemplo, aprimeira coisa queouvi quando che-gamos a Belémdo Pará, noúltimo Con-gresso, foi alguém di-zer que em tal lugar ti-nha um forró "paid´égua". Fiquei uns 30segundos tentando ima-ginar o que isso queriadizer. Seria um forró re-gado a alguma bebidaexótica, só para quemera "pau d´água", ouseria apenas um localacidentado e distante,no qual só se pudessechegar de "égua"?

Felizmente algum co-lega de Minas, se nãome engano, fez a per-gunta e aprendi que"pai d´égua" significaalgo bom, algo bacana.É o mesmo que "arre-tado", explicou uma co-lega de Pernambuco. "Não se avexeque você logo, logo entende tudo.Não se aperreie, homem!" Ah, o meuintercâmbio estava só começando, eera para eu não me "apressar" e nãome "preocupar". Bom, depois des-sas, senti-me plenamente autorizadoa soltar um "bah, trilegal", lá do sul.Fiquei esperando alguém perguntar

alguma coisa, mas acho que ficoumeio óbvio que algo que é "tri" émuito mais do que legal. É "trilegal".

Por falar em gauchês, tenho ex-perimentado algumas dificuldadesaqui no Rio de Janeiro, para onde peditransferência há oito meses. Alguns"perrengues", diriam meus colegasdaqui, que têm sido meus instruto-res eventuais de "carioquês". A pro-pósito, esses mesmos colegas têm fei-

to questão de gentilmente compar-tilhar comigo seu repertório de pia-das de gaúcho, todas elas sempreexaltando a virilidade do bravo ho-mem do sul, é claro. Por essa razão,no supermercado, tenho tido o má-ximo de cuidado para pedir "pãofrancês", ao invés do popular pão"cacetinho" de Porto Alegre. No cam-

po da comunicação, minhas maioresdificuldades têm sido o emprego dasexpressões "já é" e "já era". Umaquer dizer "sim"; a outra, "não",acho que nessa ordem. Para não dei-xar dúvida, quando a resposta é afir-mativa, tenho preferido utilizar o in-confundível "demorô", se possívelpronunciado com uma certa marra,tipo "aí, demorô". Mas o pior mes-mo são as palavras iguais com senti-

dos diferentes. Outrodia entrei num botecoem Laranjeiras, pediuma "torrada", eaprendi que aqui noRio esse conceito não

engloba presuntoe queijo. Foi sócom manteiga

mesmo. Dapróxima eupeço misto

quente.Apesar das dificul-

dades de comunica-ção, é muito legal verque nos Congressostem-se a oportunidadede vivenciar a plura-lidade da nossa Asso-

ciação e a di-versidade dopovo dessenosso país-c o n t i n e n t e ,de tantas lín-guas. Certa-

mente o próximo en-contro será tambémuma aula de dialetosalagoanos e pernam-bucanos, que perme-

arão as histórias e anedotas desses Es-tados tão ricos culturalmente. Porfalar nisso, se por acaso em algum in-tervalo alguém ouvir alguma piada decarioca, por favor, me mande. Elasserão muito bem-vindas.

(*) Advogado da CAIXAno Rio de Janeiro/RJ.