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Ata 11ª Reunião COGEP – outubro 2013 1 - 22 Ata da 11ª Reunião Ordinária do Comitê Gestor do Programa de Divulgação da Qualificação dos Prestadores de Serviço na Saúde Suplementar - COGEP Às quatorze horas do dia quatorze de outubro de dois mil e treze, nesta cidade, à Rua Teixeira de Freitas, nº 5, 2º andar, prédio do IHGB, auditório, realizou-se a 11ª reunião ordinária do Comitê Gestor do Programa de Divulgação da Qualificação dos Prestadores de Serviço na Saúde Suplementar - COGEP. A reunião foi coordenada por Gina Régnier, Gerente de Avaliação da Qualidade Setorial/DIDES, com apoio de Raquel Lisboa, Coordenadora da CQUALISS/GEAQS/DIDES, e contou com a presença dos seguintes participantes: Ana Paula Nucci (SINOG); Lenira Costa (CFF); Polyanna Silva (PROTESTE); Sheila Lemos (ENSP/Fiocruz); Tito Pereira Filho (CFO); Angelina Carvalho (UNIDAS); João de Lucena Gonçalves (CNS); Virginia Rodarte e Jair Monaci (ABRAMGE); Carlos Moura e Cyro Fonseca (CBR); Maria Eugênia Cury (Anvisa); Wilson Shcolnik (SBPC/ML); Ivone de Oliveira e Eliel de Oliveira Larrubia (COFEN); Cristina Gama Dias e Roberto Vellasco (FBH); Sergio Galvão (FENASAUDE); Rosemary Nascimento (SBC/SBP); Valdirene Costa (CFFa); Eduardo Vieira Neto e Adriana Cavalcanti (ANS). Convidado: Cesar Abicalaffe (Impacto). Transcrição da reunião: Raquel (ANS) Boa tarde a todos, a todas. São duas e vinte, um bom horário para a gente começar. Desculpem aí mais uma vez o atraso, mas é um tempinho de tolerância para que todos se acomodem. Quem tá chegando de viagem... Lembrando que desde a reunião passada, todas as nossas reuniões do COGEP estão sendo gravadas, por isso a gente está usando um microfone. E para cada pergunta, para cada comentário, eu vou pedir que cada um, antes de fazer a sua pergunta ou o seu comentário, se identifique. Agora no nosso site, nós tínhamos sempre o relato da ata e agora nós vamos ter a transcrição da reunião na íntegra. Então, é sempre bom a pessoa se identificar. Com isso, a gente tá levando um pouquinho mais de tempo para colocar a ata no site. A ata da reunião passada, de agosto, vai para o site essa semana, porque a transcrição leva um pouquinho de tempo para chegar, a gente dá uma olhada e é grande. A nossa ata agora de seis páginas passou para trinta páginas, mas de qualquer forma tá lá tudo registrado. Vamos dar início à nossa reunião. numa posição assim um pouco desconfortável, Nossa 11ª reunião é a penúltima antes do final do ano e, como sempre, eu vou passar para vocês o andamento dos nossos programas. Principalmente, vou falar do programa da divulgação; o andamento dos subgrupos de

Ata da 11ª Reunião Ordinária do Comitê Gestor do Programa ... · no material né. Então, aqui não tem o CRM do médico e informações que não estão totalmente de acordo

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Ata 11ª Reunião COGEP – outubro 2013 1 - 22

Ata da 11ª Reunião Ordinária do Comitê Gestor do Programa de

Divulgação da Qualificação dos Prestadores de Serviço na Saúde

Suplementar - COGEP

Às quatorze horas do dia quatorze de outubro de dois mil e treze, nesta cidade, à Rua

Teixeira de Freitas, nº 5, 2º andar, prédio do IHGB, auditório, realizou-se a 11ª reunião

ordinária do Comitê Gestor do Programa de Divulgação da Qualificação dos Prestadores de

Serviço na Saúde Suplementar - COGEP. A reunião foi coordenada por Gina Régnier,

Gerente de Avaliação da Qualidade Setorial/DIDES, com apoio de Raquel Lisboa,

Coordenadora da CQUALISS/GEAQS/DIDES, e contou com a presença dos seguintes

participantes: Ana Paula Nucci (SINOG); Lenira Costa (CFF); Polyanna Silva

(PROTESTE); Sheila Lemos (ENSP/Fiocruz); Tito Pereira Filho (CFO); Angelina

Carvalho (UNIDAS); João de Lucena Gonçalves (CNS); Virginia Rodarte e Jair Monaci

(ABRAMGE); Carlos Moura e Cyro Fonseca (CBR); Maria Eugênia Cury (Anvisa);

Wilson Shcolnik (SBPC/ML); Ivone de Oliveira e Eliel de Oliveira Larrubia (COFEN);

Cristina Gama Dias e Roberto Vellasco (FBH); Sergio Galvão (FENASAUDE); Rosemary

Nascimento (SBC/SBP); Valdirene Costa (CFFa); Eduardo Vieira Neto e Adriana

Cavalcanti (ANS). Convidado: Cesar Abicalaffe (Impacto).

Transcrição da reunião:

Raquel (ANS) – Boa tarde a todos, a todas. São duas e vinte, um bom horário para a gente

começar. Desculpem aí mais uma vez o atraso, mas é um tempinho de tolerância para que

todos se acomodem. Quem tá chegando de viagem... Lembrando que desde a reunião

passada, todas as nossas reuniões do COGEP estão sendo gravadas, por isso a gente está

usando um microfone. E para cada pergunta, para cada comentário, eu vou pedir que cada

um, antes de fazer a sua pergunta ou o seu comentário, se identifique. Agora no nosso site,

nós tínhamos sempre o relato da ata e agora nós vamos ter a transcrição da reunião na

íntegra. Então, é sempre bom a pessoa se identificar. Com isso, a gente tá levando um

pouquinho mais de tempo para colocar a ata no site. A ata da reunião passada, de agosto,

vai para o site essa semana, porque a transcrição leva um pouquinho de tempo para chegar,

a gente dá uma olhada e é grande. A nossa ata agora de seis páginas passou para trinta

páginas, mas de qualquer forma tá lá tudo registrado. Vamos dar início à nossa reunião.

numa posição assim um pouco desconfortável, Nossa 11ª reunião é a penúltima antes do

final do ano e, como sempre, eu vou passar para vocês o andamento dos nossos programas.

Principalmente, vou falar do programa da divulgação; o andamento dos subgrupos de

Ata 11ª Reunião COGEP – outubro 2013 2 - 22

trabalho; o encerramento da avaliação controlada, que foi o nosso estudo piloto nos

hospitais voluntários; e como será o preparo para a generalização do uso. Eu acho que a

maioria dos representantes gostaria de levar essa informação aos seus representados. Ao

final, eu vou discutir com o grupo a minuta de Instrução Normativa, pois esse é sempre um

compromisso do comitê gestor. O comitê gestor tem acesso à Instrução Normativa antes da

sua publicação. Então, eu vou passar para vocês, item a item, a Instrução Normativa, para

que, ao final desse mês, o grupo possa encaminhar sugestões. Porque ela vai fazer todo o

trajeto que tem que fazer um normativo dentro da Agência. Ela vai passar pela assessoria

normativa da nossa Diretoria e vai para a Procuradoria Geral para depois ser publicada. E,

quanto mais bem elaborada, quanto melhor estiverem os temas relativos à regulamentação

da RN nº 275/2011, mais rápido ela passa por esses trâmites. A partir da publicação dessa

Instrução Normativa, a gente pode dar início a essa fase de generalização do uso,

lembrando que, para hospitais, nós estamos trabalhando o QUALISS indicadores em

módulos, porque a avaliação dos prestadores tem que ser feita de acordo com o tipo. O

grupo de indicadores hospitalares foi o primeiro a começar e está mais adiantado. Ele vai

partir para a generalização do uso e todas essas regras vão estar contidas na Instrução

Normativa, que eu vou passar para o grupo ao final da reunião. Voltando então para o

andamento, nós temos o Programa da Divulgação. Eu apresentei esse slide na reunião

passada... Então, a IN nº 52/2013 foi publicada, contendo todas as regras para a divulgação,

todo o material das operadoras de plano de saúde. As operadoras com mais de 100 mil

vidas tiveram um prazo para divulgar no seu site, até 13 de setembro. O prazo já acabou. Já

o prazo para divulgação do material impresso é março de 2014, para todas as operadoras.

As menores também para o site é março de 2014. O processo de termos de compromisso

com as entidades acreditadoras está em andamento. Está andando tranquilo, isso é só um

retorno para o grupo, mas isso não faz a menor diferença agora no programa. Foi publicado

o FAQ, que nós entregamos na reunião passada, e através da busca na Central de

Atendimento de Prestadores, no site da ANS, todas aquelas perguntas estão cadastradas

para tentar facilitar principalmente as operadoras que estão fazendo a operacionalização de

divulgação no material. E agora, nós chegamos nessa fase aqui. Nós estamos fazendo a

verificação das conformidades em relação ao que está sendo divulgado pelas operadoras

grandes e o que está descrito no Manual para a divulgação dos atributos de qualificação. Eu

vou até mostrar alguns exemplos, mas o que a gente tem visto é que a maioria dos sites está

com inconformidades. Por isso, eu trago isso aqui para o grupo, onde estão os

representantes das operadoras, para que realmente leve para as operadoras, pois o Manual

foi construído em conjunto. Aqui no Comitê Gestor, nós criamos um subgrupo que foi

constituído por técnicos indicados pelas próprias entidades. Então, as pessoas que

compuseram esse grupo estavam relacionadas às áreas de divulgação das operadoras, pelo

menos é o que se espera. Nós construímos juntos... As operadoras durante a construção nos

mandaram protótipos. Nós alteramos a forma, inclusive de acordo com esses protótipos.

Nós mexemos em prazos, de acordo com as discussões nesse grupo e o que a gente vê é que

a discussão parece que não chegou na ponta, porque a maioria das operadoras não está

Ata 11ª Reunião COGEP – outubro 2013 3 - 22

fazendo, como deve ser feita, a divulgação dos atributos de qualificação. Nós ainda estamos

num período em que a gente tem tempo para tentar corrigir. Em março, quando a maioria

das operadoras, quando todas tiverem que divulgar, a gente espera que pelo menos as

grandes já estejam divulgando de forma correta. E o material impresso dá muito mais

trabalho e, se não for divulgado da forma correta, inclusive, pode acarretar prejuízo para as

operadoras porque, além da multa, ainda terão que refazer o material. E, digamos que o

prejuízo para a operadora não é bom para ninguém do sistema e os usuários ainda

desconhecem... É até bom ter aqui o representante dos usuários hoje... eles ainda

desconhecem a importância dessa divulgação. Mas até março, com certeza, nós da ANS

também vamos ter feito a divulgação para os usuários. E os usuários, sem dúvida, vão ser

os principais fiscais dessa divulgação. Então, eu peço, por favor, para os representantes das

operadoras, que levem aos seus representados a necessidade de adequação desse material

para que ele possa cumprir a sua função. Esse aqui é o modelinho que está lá no Manual.

Então, é só o modelinho do site para dar uma idéia de como deve ser feito. As informações

que devem constar estão dispostas aqui. O ícone está disposto dessa forma e também tem

um espaço regular entre eles. Pode ter prestador que não tenha qualificação, isso é normal.

Não há problema quanto a isso... E a legenda deve estar ao final do rolamento da página

para, justamente, orientar o entendimento do beneficiário que está procurando o seu

prestador. Eu trouxe alguns exemplos para mostrar como está sendo feito. Esse aqui, sem

levantar o nome nem nada de operadora, colocou na lista de cardiologia o “P”, que é de

pós-graduação, e está lá no Manual escrito, que é exceto para médicos. Então, a gente

coloca escrito “É exceto para médicos” e no site da operadora tem médico com pós-

graduação... Isso inclusive foi um acordo no grupo, foi um acordo com o CFM... Ao final,

aqui na barra de rolamento tinha legenda, então, ela ganhou nota razoável. Nessa aqui, eu

procurei em todos os prestadores e ninguém tem qualificação. Fui a várias páginas e não

tem a legenda, não tem qualificação... Na mesma página, em cardiologistas em Botafogo,

no Rio de Janeiro, eu acho muito pouco provável que ninguém tenha residência... que

ninguém tenha título de especialista em Botafogo, no Rio de Janeiro. Onde a gente trabalha,

onde a gente conhece... Esse aqui, digamos que está mais correto, porque colocou o ícone

no lugar certo, com a distância correta, especialista, residência, e abaixo, rolando os

campos, a gente consegue chegar na legenda. Mas não adequou ao conteúdo do que se pede

no material né. Então, aqui não tem o CRM do médico e informações que não estão

totalmente de acordo. Esse aqui não fez nada, absolutamente nada. A operadora aqui

simplesmente não fez nada. Nós estamos fazendo esse levantamento e vamos preparar um

ofício para todas as operadoras, para que adequem o seu material. Esse é um caso de multa,

porque ela realmente não fez absolutamente nada, não cumpriu o que está na Resolução

Normativa. Essas informações estão como elas já estariam no site, independente de ter

saído ou não a Instrução Normativa para a adequação do site. Em relação ao Programa de

Divulgação, era basicamente esse o recado que eu tinha para dar. Então, nós estamos

fazendo o levantamento e vamos preparar os ofícios para as operadoras. Eu peço que

aproveitemos esse fórum, que é justamente onde a gente pode escutar o setor, mas que o

Ata 11ª Reunião COGEP – outubro 2013 4 - 22

setor escute também e que faça a sua parte. Está previsto que nós vamos fazer uma

campanha para instrução do beneficiário, para que ele possa fazer esse tipo de fiscalização,

pois ele é, digamos assim, a parte mais interessada.

Roberto Velasco (FBH) - Eu acho que existe uma incongruência muito grande de datas,

porque eu, se fosse operadora, estaria “chiando”... Porque a operadora tem obrigação de,

até março, colocar os ícones de qualificação. Nós estamos notando, já há algum tempo, que

as entidades médicas, de uma forma geral, o Conselho, a AMB, elas praticamente se

retiraram e são contrárias à divulgação de qualquer tipo de qualificação. Quanto aos

hospitais, foi feito um programa em que se mostraram voluntários alguns hospitais. Quer

dizer, para a operadora, o que ela vai divulgar, se a maioria dos seus hospitais ainda não

tomou nem conhecimento do Programa de Qualificação. Então, eu acho que esses prazos,

ou eles têm que ser revistos ou então nós vamos criar uma situação muito desagradável de

punir uma operadora que praticamente não vai oferecer informações suficientes para poder

colocar no seu site. Está colocado aí que, no site, setembro foi o prazo para se divulgar.

Muito bem, mas para divulgar, é preciso que se receba a informação. E para se receber a

informação, é preciso que os médicos ou os hospitais tenham ciência do que se trata e

vejam a importância disso. Nós temos feito várias reuniões, pelo Brasil afora, a respeito

principalmente do TISS e nós divulgamos sempre o Programa de Qualificação. Mas fica

difícil conseguir isso de uma forma unânime em todo o país. Então, são essas duas coisas

que eu queria colocar. A impossibilidade da operadora divulgar aquilo que ela não recebe e

a resistência, principalmente por parte das entidades médicas, quanto a esse processo de

qualificação.

Raquel (ANS) – A primeira resposta em relação ao prazo. Essa Resolução Normativa foi

publicada em agosto de 2011 e nós estamos em setembro de 2013. Então, tem dois anos

que o mercado sabe que essa Resolução está em vigor, porque ela entrou em vigor naquela

época. No ano de 2012 todo, nós passamos trabalhando aqui com o representante das

operadoras de todas as modalidades e, inclusive, acatando diversas sugestões. O prazo de

setembro foi apenas para as operadoras com mais de 100 mil vidas, que têm uma condição

talvez mais fácil de melhorar, de transformar os seus processos. E nós estamos falando de

site, que se altera com mais facilidade do que o material impresso. Então, o material

impresso vai ter praticamente dois anos e meio, três anos, para que saia. O prazo, eu não

acredito que seja um problema para as operadoras. Outra questão, em relação às entidades

médicas, e você acompanhou a nossa discussão aqui desde 2008, no final nós já tínhamos

chegado a esse acordo. E o que o CFM solicitou nós acatamos, que foi retirar o “P” do

médico e também o CNA que seria aquele processo de acreditação médica. Então, os dois

pedidos do CFM foram acatados e as entidades médicas, infelizmente, se retiraram da

discussão, mas nós acatamos o que foi solicitado. Então, acredito que também não

tenhamos problema. Quanto à pessoa que está no seu consultório e desconhece o que se

passa na Agência reguladora, também houve tempo para essas operadoras fazerem essa

Ata 11ª Reunião COGEP – outubro 2013 5 - 22

comunicação. Inclusive, nós recebemos e vimos que várias operadoras encaminharam carta

aos prestadores, solicitando essa qualificação. Eu acredito que esses argumentos não são

empecilhos para que a situação estivesse melhor.

Virginia Rodarte (ABRAMGE) – Nós tivemos uma reunião para discutir com as

operadoras quais eram as dificuldades e o que a gente poderia fazer para auxiliar e entender

onde estava o maior problema do programa, porque ele já está em vigor. E primeiro, com

relação à questão do prazo, elas não tinham entendido que tinha que fazer um programa

pró-ativo nesse sentido de enviar correspondência para o prestador, porque a norma fala

que é obrigatório para quem tem rede própria e facultativo para os prestadores. Então se o

prestador...

Voz não identificada – São dois programas. Obrigatório para a rede própria é o segundo

programa, o da RN 275.

Virginia Rodarte (ABRAMGE) – Sim.

Raquel (ANS) – A divulgação da qualificação é obrigatória desde que o prestador permita.

Então, ele não é obrigado a entregar os seus documentos para que sejam divulgados, mas

desde que ele permita, a obrigação da operadora é de divulgar. Isso foi falado algumas

vezes aqui

Virginia Rodarte (ABRAMGE) – Sim, mas...

Raquel (ANS) – E assim, na norma, talvez a primeira leitura possa deixar dúvida, mas a

IN, a Instrução Normativa, é bem mais clara. E o manual diz como deve ser feito. A gente

recebe muita pergunta sobre o que está claramente escrito na norma. Eu tenho uma certa

dúvida se as pessoas lêem...

Virginia Rodarte (ABRAMGE) – Pois é Raquel, mas assim... Eu vim aqui trazer um

problema por ter operadoras de grande porte envolvidas. Já imagino que exista um

departamento mais preparado para fazer isso e mesmo assim eles têm dúvidas. Então, não

parece que a norma está tão clara quanto para quem vem participar do COGEP. E tem uma

outra questão que gerou bastante dúvida no manual, que é o slide anterior que você

apresentou, se você puder voltar nele... Daqui eu não consigo ler, mas a primeira lá é Maria

da Silva e o segundo é José João, não é isso? O José João, a especialidade dele tá

psiquiatria, mas ele não tem residência em psiquiatria. Então, como que é a operadora vai

poder divulgar este prestador, na especialidade de psiquiatria, se ele não tem o título e foi

excluída a possibilidade de qualquer outro título constar ali?

Raquel (ANS) – Mas no material antigo ele constava.

Virginia Rodarte (ABRAMGE) – Constava, mas antes não tinha essa vedação de que só

podia divulgar se ele tivesse o título. Então a dúvida era exatamente esse ponto do manual.

Ata 11ª Reunião COGEP – outubro 2013 6 - 22

Porque a operadora tem o seu credenciamento e ela sabe que às vezes a pessoa não tem o

título de especialista, mas...

Raquel (ANS) – Mas o “R” não é o título, é só a residência.

Virginia Rodarte (ABRAMGE) – Exato. E ali não tem residência. Então, se ele não tem

residência, como que eu posso colocá-lo na especialidade de psiquiatria?

Raquel (ANS) – Ele não fez da mesma forma que aparece... Eu vou apresentar para vocês a

Gina que é a nossa nova gerente...

Gina Régnier (ANS) – Boa tarde a vocês todos. Eu não falo muito alto, mas... O meu

nome é Gina Régnier e assumi recentemente a GAQS, que deixou de ser GERPS. Agora é

Gerência de Avaliação da Qualidade Setorial. Isso tem uma importância grande, porque o

foco agora da gerência é a qualidade. A norma já existe desde 2011, então, qualquer dúvida

que tivesse que ser tirada, o prazo foi dado para isso. Sobre o questionamento de ter um

profissional que está atendendo em psiquiatria e não tem residência ou não tem título de

especialista, a questão é justamente essa, ele deveria estar atendendo nessa especialidade?

Então, o foco da gente hoje é a qualidade da assistência que é prestada ao beneficiário dos

planos de saúde. As operadoras estão bastante reguladas, até alguns diriam que ainda falta

alguma coisa, ok. A gerência está vendo isso, mas a gente tem que prestar atenção à

qualidade e evoluir de alguma maneira. E o QUALISS é um passo que já está acontecendo

há algum tempo e que é muito importante nesse sentido para os prestadores. E está sendo

conduzido de uma maneira muito boa mesmo pela Raquel. Ela é a coordenadora do

QUALISS e isso por mérito dela, que é uma excelente profissional e eu já a conhecia,

porque eu já trabalho na agência. Eu já conhecia todo o trabalho que ela vinha

desenvolvendo e peço mais uma vez às operadoras atenção na hora de divulgar os atributos

da qualificação. Qual é a importância disso para a operadora? É simples, a operadora vende

planos de saúde. Quanto mais qualificada for a rede dela, melhor para ela. Não é

obrigatório para um profissional de saúde ou para um hospital ou uma clínica terem

atributos de qualificação. Isso não é obrigatório. Para quem não for a rede própria, não vai

ser obrigatório, para quem não quiser. Agora, será que isso é uma atitude inteligente? Será

que o médico vai concorrer com outro na mesma especialidade? Quem vocês acham que os

consumidores vão procurar na hora que abrir o livrinho? Vão procurar alguém que está

mais bem qualificado? Eu vou passar a palavra... Eu também peço desculpa já

antecipadamente, porque eu não vou poder ficar aqui durante toda a reunião, eu já tenho um

compromisso marcado, mas eu vim aqui prestigiar o COGEP por conta da Raquel.

Obrigada.

Raquel (ANS) – Obrigada Gina. O que eu estava falando... Deu para esclarecer a dúvida?

Porque assim, isso já era divulgado dessa forma e agora vai ser divulgado, digamos, da

forma certa. Quem tem aparece, quem não tem não aparece.

Ata 11ª Reunião COGEP – outubro 2013 7 - 22

Gina Régnier (ANS) – A dúvida que foi levantada é porque, como a resolução tirou a

possibilidade de colocar o médico sem ser com o título registrado no CRM, ou seja, pós-

graduação, mestrado ou o que for, o que fez a operadora ao credenciá-lo, permitir que ele

atuasse...

Raquel (ANS) – Então, ele vai ficar assim mesmo, sem atributo. Caso seja questionado, até

juridicamente, vocês tem esse argumento. Esse médico tem a pós-graduação, mas ele não

está divulgado diferenciadamente porque ele não tem o atributo.

Gina Régnier (ANS) – Ok, mas eu posso continuar divulgando ele mesmo sem ter

especialidade?

Raquel –(ANS) Pode, porque você já divulgava, no seu site já está assim, então...

Gina Régnier (ANS) – Ok.

Raquel (ANS) – Não muda muito. O Wilson tinha pedido...

Wilson Shcolnik (SBPC) – Obrigado, boa tarde. Em primeiro lugar, eu gostaria de

registrar aqui que essa notícia sobre a GERPS, que deixa de existir, para nós é um

retrocesso. Então, eu acho que esse não é um assunto para ser discutido, mas eu gostaria de

manter esse registro aqui na ata, por favor. Em segundo lugar, em relação ao programa,

esse ano na área de laboratórios, a gente está completando 15 anos do programa de

acreditação. Pelo menos do nosso, da Sociedade Brasileira de Patologia Clínica. Nós

consideramos que esse tempo é mais do que suficiente para sensibilizar os laboratórios e

para convencê-los que o caminho da qualidade também é possível. Sobretudo, aqui na área

da saúde suplementar. Nós cumprimentamos a ANS quando a Resolução 275/2011 saiu... A

nossa opinião é que as datas não devem ser mais prorrogadas. A gente tem conhecimento,

pelo menos aqui no Rio de Janeiro, a UNIMED e as Redes Bradesco mandaram cartas para

as suas redes. Pediram informações sobre a qualificação e isso demonstra que eles se

esforçaram em obter esses dados. Eu sei que os sites não mostraram, não refletem o que

está pedido na norma. E me perguntam exatamente qual vai ser o cronograma da ANS

diante desse quadro já que a norma está vigente, as datas já estão vigentes e existem multas

previstas. E, assim como a divulgação para o público. Costumam ser cobrados, porque os

laboratórios acreditados têm todo um interesse em ver essa divulgação pública, então, a

gente precisa dar uma satisfação.

Gina Régnier (ANS) – Wilson, eu fico muito triste de você considerar a troca de nome da

gerência... Foi só a troca do nome, porque, na verdade, as atribuições da GERPS foram

mantidas e foi dado um enfoque maior à qualidade na prestação dos serviços, ou seja, a

qualidade da rede. Então, na verdade, o nome GERPS é que morreu. Eu fico triste, porque

você gostava tanto desse nome... e assim, por considerar um retrocesso... Eu, pessoalmente,

já não gostava da sonoridade do nome. Mas assim, a mudança foi feita para dizer aquilo

Ata 11ª Reunião COGEP – outubro 2013 8 - 22

que a GERPS já fazia há anos e está totalmente mantido e ainda foi reforçado mais pelo

enfoque da qualificação no setor. E agora, eu vou passar a palavra para a Raquel responder

o restante da sua pergunta.

Wilson Shcolnik (SBPC) – Eu queria só comentar antes de você passar para a Raquel,

Gina, que eu sinto muito que você fique triste, mas a sensação que a gente tem, quando eu

lido entre os prestadores de serviços, no momento que a gente quer estimular a

qualificação... eu acho que, por outro lado, a gente tá tendo sérios problemas de encontrar a

qualificação... A gente fica numa situação de grande ansiedade, porque a gente via na

GERPS, que tinha no seu nome “relacionamento com os prestadores de serviços”, um canal

aberto. Se você aqui está nos garantindo que esse canal continua aberto, vamos reduzir esse

nível de ansiedade. Nós precisamos de medidas concretas, porque qualificação sem

contratualização, isso, na prática, não funciona, na vida real é incompatível.

Gina Régnier – Só para esclarecer, a gente tem já uma câmara técnica da contratualização

e, assim, o canal continua aberto de diálogo. Inclusive, para receber contribuições, tem uma

norma agora que está em consulta e é óbvio que não vai ser só consulta, a gente vai

continuar debatendo. Eu só não vou trazer a contratualização para cá, porque esse não é o

fórum para isso nesse momento.

Raquel (ANS) – Respondendo às suas perguntas. Primeiro, em relação ao prazo, esse prazo

foi concedido e nós consideramos que ele é suficiente. Não vamos mexer no prazo. A gente

está aqui no comitê gestor, onde a gente está tirando as dúvidas, onde tem os representantes

e com isso a gente espera que melhore a questão da qualidade da divulgação. Você falou...

Qual foi a segunda pergunta?

(intervenção feita fora do microfone)

Raquel (ANS) – Ah sim, então, cronograma de divulgação, mantido. O cronograma do

QUALISS Indicadores, eu vou passar a falar agora. A sua pergunta é sobre a divulgação

depois a...

Sergio Galvão (FENASAÚDE) – Eu comungo com o que foi dito da Raquel, pela maneira

que conduz o Programa. É absolutamente correta, não tenho nenhum reparo a isso e acho

que a grande maioria das operadoras tem todo interesse que isso avance. Não tenho

nenhuma dúvida disso. Agora, eu acho que a gente precisa cair no mundo real. O grande

problema é esse. Foram citados algumas operadoras que fizeram ações. A operadora na

qual sou diretor fez uma ação efetiva sobre isso, mas tem de tudo... Tinha algumas

operadoras que tinham essa informação e simplesmente pediram uma autorização para

divulgar. Tinha operadoras que não tinham nenhuma informação sobre a qualificação,

então, tem que pedir isso. E depende da boa vontade do médico, depende da boa vontade do

órgão de classe, de permitir isso, depende de uma série de coisas. E, mais do que isso,

talvez em Botafogo seja fácil, mas esse país é gigantesco. A gente tem que entender que, de

Ata 11ª Reunião COGEP – outubro 2013 9 - 22

repente, as operadoras que atendem em nível nacional têm demanda de atendimento em

todas as especialidades. No interior desse Brasil, boa parte dos municípios não tem nem

médico. Eu acho que tem um médico que, de repente, a qualificação dele não é a ideal. De

repente, mesmo que ele tenha, ele não tá disposto a mandar essa informação para a gente.

Então, eu acho que a gente precisa entender que existe o Brasil de Botafogo e existe o

Brasil, com todo o respeito, do interior de Tocantins, do interior do Pará... São realidades

inteiramente distintas e que precisam ser avaliadas. O compromisso, representando a

FENASAÚDE, que estou aqui, é levar para todas as operadoras da FENASAÚDE a

preocupação da Agência de que, aparentemente, algumas operadoras não fizeram isso. Mas

digo que, independente de prazo, a gente tem que entender que o fato da operadora ter feito

a menção para tentar atender, já tem que ser respeitado, porque depende de terceiros. A

gente não pode obrigar ninguém a nos autorizar lá do Tocantins, ou mesmo Botafogo, a

divulgar os seus dados.

Raquel (ANS) – Está certo. Acho que, em relação à questão do Brasil continental, a gente

entende essa diferença e provavelmente no site de Tocantins, com todo o respeito, talvez

você não tenha nenhum médico com “R”, ou com “E”. Pode ser que isso leve algum tempo,

mas o formato, talvez as grandes operadoras possam colocar...

Poliana Silva (PROTESTE) – Boa tarde a todos. Eu não poderia deixar de registrar aqui

que é lamentável a gente voltar aqui no COGEP para discutir prazo, acho que tivemos...

Raquel (ANS) – Não, está discutido.

Poliana Silva (PROTESTE) – A gente já falou muito sobre isso, já teve várias

considerações das operadoras, em reuniões anteriores, questionando os prazos, discutindo.

Eu acho que houve sim prazo suficiente para que houvesse pelo menos um trabalho inicial

para começarmos a ter esse tipo de informação e informações corretas. E aí, eu acho que

você não respondeu a questão, que foi feita Wilson, que é sobre a fiscalização efetiva da

ANS. Agora, o prazo foi setembro, a ANS já tem conhecimento que as grandes operadoras

não estão cumprindo a IN e o que vai ser feito? Vai ser fiscalizado, vai ser dado mais um

prazo para a adequação? O que pode ser feito e o que vai ser feito?

Sheila Lemos (ENSP/Fiocruz) – No COGEP, acho que desde o início, me lembro dessas

discussões desde o início de 2012, discutindo o Programa de Divulgação e o Programa de

Qualificação que são programas que se intercambiam, mas não são a mesma coisa. Eu acho

que, às vezes, a gente se confunde aqui um pouco quando fala de um e fala de outro. Então,

eu vou me ater aqui à questão do Programa de Divulgação. A minha dúvida é justamente

em relação a isso. Eu acho que nós tivemos aqui, cerca de um ano ou mais de discussão,

sobre o Programa de Divulgação e de Qualificação também. Eu acho que isso foi muito

discutido, os prazos, os tempos, a importância da divulgação da qualificação dos

profissionais. Eu me lembro que houve uma discussão aqui, logo no início, que algumas

Ata 11ª Reunião COGEP – outubro 2013 10 - 22

pessoas se colocavam contra a divulgação, porque ao contratar um prestador, não

necessariamente receberia essa qualificação do prestador e eu fiquei me perguntando, e até

citei isso como exemplo, eu como usuária, quando eu procuro lá e vejo que o João é

psiquiatra, eu espero chegar lá e ele ser um psiquiatra. Só que, às vezes, acontece que ele

não é um psiquiatra. Um psiquiatra não é um bom exemplo, mas... E isso é muito ruim para

mim que sou usuária. Por outro lado, se eu sou uma operadora e sou um órgão contratante...

Por isso, também a importância da contratualização. Isso tem que andar junto mesmo. Se eu

sou uma operadora e estou contratando um prestador, seja ele hospital ou prestador

individual, eu, como contratante, tenho que pedir a qualificação daquele prestador. Então,

como é que eu vou contratar um oftalmologista se ele é um clínico geral? Para ele fazer

oftalmologia, não posso. Então, eu tenho que exigir desse profissional sim, como

contratante. Como os concursos públicos exigem, a certificação da qualificação daquele

prestador. Só para fazer um pouco essa defesa, porque eu acho que foi amplamente

discutido aqui no COGEP. Então, de fato, não se coloca mais extensão de prazo. Agora,

obviamente que é um processo de mudança cultural e que há realidades e realidades, mas

nós estamos nas operadoras com mais de 100 mil vidas, portanto são operadoras mais

estruturadas. Suponha-se que, não, tudo bem, eu acho que tem que ter sim, mas veja...

(intervenção feita fora do microfone)

Sheila Lemos (ENSP/Fiocruz) – Pois é, mas aí vamos pensar o geral e as situações

específicas e eu acho que tem que ter flexibilidade para discutir. Agora, a minha pergunta

para vocês é a seguinte: você mostrou os sites e como é que estão. A operadora é obrigada a

prestar informação desde que o prestador informe para ela, mas ela não tem como cobrar do

prestador. Como é que você sabe por aqui, que a operadora, por exemplo, não colocou a

informação do José João, porque o José João se recusou. E aí se o José João se recusou, a

ANS não pode fazer nada. Então, essa informação você precisa ter, se não, você vai multar

uma operadora equivocadamente, porque você não pode multá-la por causa disso.

Raquel (ANS) – Eu acho que essa pergunta complementa a pergunta da Poliana e talvez

seja a dúvida da maioria das pessoas. De acordo com a RN 267/2011, nas penalidades, a

operadora só é passível de sanção e multa se ela deixar de fazer a divulgação da

qualificação do prestador. Então, nos casos que estão divulgados de forma errada, ela não é

passível de multa. Passível de multa é aquela última que não se deu ao trabalho de colocar

nada. No mais, nós vamos orientando principalmente os representantes, que façam a

divulgação corretamente. Eu acredito que quando o usuário for possuidor dessa informação,

ele mesmo vai ser o principal fiscal da Agência. Mas, de qualquer forma, nós estamos

construindo um sistema de informação que está praticamente pronto, com todas as

especificações, para ser entregue até fevereiro ou março de 2014, coincidindo com o final

do prazo. Com esse sistema, as operadoras vão ter que enviar da mesma forma que elas

colocam no livrinho e no site. Tem que chegar aqui. Então, de uma forma pró-ativa, a gente

vai saber quem está fazendo ou não a divulgação. Mas, como eu falei, eu acho que o

Ata 11ª Reunião COGEP – outubro 2013 11 - 22

conhecimento do programa pelo beneficiário também vai facilitar, porque tem duas formas

de pegar algum tipo de infração. Caso chegue uma denúncia do próprio prestador, quando

falar: “Eu mandei no material e não foi divulgado”, isso é passível de multa. Ou o próprio

beneficiário: “A minha operadora não está mostrando qual é a qualificação do médico que

eu estou procurando”. E, através do sistema, vai ficar mais fácil de fiscalizar, porque com

um Brasil desse tamanho, fiscalizar todos os livrinhos, não seria possível.

Rosemary Nascimento (Sociedade Brasileira de Citopatologia e Sociedade Brasileira

de Patologia Médica) - Eu queria tirar uma dúvida. Eu não estive aqui no momento da

discussão do CFM e da AMB, mas existe uma restrição no nosso código de ética, que o

médico não pode divulgar aquilo que ele não faz. Então, é muito simples, ninguém pode

constar ali como psiquiatra se não tem uma mínima residência em psiquiatria. Eu acho

claro e cristalino. Eu não estava nas discussões, mas eu fiquei um pouco sem saber que

desentendimento é esse, se é tão claro.

Raquel (ANS) – Pelo entendimento do CFM, o médico se forma generalista. Ele pode

atuar em qualquer área, mas, para divulgar, ele precisa ter uma especialização. Então, cabe

ao conselho fiscalizar o que tá sendo feito e a ANS fiscaliza a parte dela. Em relação ao

programa de Divulgação, alguém mais quer falar alguma coisa?

Virginia Rodarte (ABRAMGE) – Raquel, nessa discussão que nós tivemos, teve uma

outra dúvida, até desculpa se isso já foi tratado em outras reuniões... No caso das entidades

acreditadoras para hospitais, a norma fala que teria que apresentar o selo da acreditadora,

mas no manual, as três que constam, elas são as entidades avaliadoras e não as

acreditadoras. Existe algum motivo para ser a acreditadora e não a avaliadora?

Raquel (ANS) – Não, quem concede o certificado é a ONA ou o CBA ou o IQG. Mesmo

que elas sejam tratadas como entidades acreditadoras. Porque dentro da ONA, você tem

várias outras entidades acreditadoras. Mas consagradas aqui no Brasil, são essas três.

Inclusive, porque as três têm também a certificação da ISQua. A ONA faltava ter

certificação da ISQua e agora já tem. Então, são as três que são reconhecidas pela ANS,

porque são reconhecidas pela sociedade internacional que é a acreditadora das

acreditadoras. No caso da ONA, a divulgação é para o nível três, o que também foi

discutido no COGEP.

Ana Paula Nucci (SINOG) – Só para esclarecer, no caso da odontologia, vai seguir a

mesma linha então de divulgação do... O dentista, por exemplo, se ele é especialista, mas

ainda não registrou o título no conselho, eu continuo divulgando naquela especialidade

normalmente, mas a partir do momento que ele registrar o título no conselho, ele vai

aparecer com um “E”.

Raquel (ANS) – Exatamente. Quando ele tiver o atributo, ele vai ser divulgado com o

atributo. Se não, a divulgação é feita exatamente como ela vem sendo feita nesse período

Ata 11ª Reunião COGEP – outubro 2013 12 - 22

todo. Eu sabia que a divulgação ia tomar um pouquinho mais de tempo, porque está na hora

mesmo de ser discutida, para que, em março, a gente já possa ter sanado essas questões. Em

relação aos subcomitês, nós estamos chamando de subcomitês os subgrupos de trabalho. Eu

vou apresentar o andamento de cada um. No subcomitê de indicadores de SADT, nós

dividimos em sete subgrupos, porém três são os subgrupos que estão em andamento. Nós

abrimos frente de trabalho de acordo com aquilo que nós podemos dar continuidade. Então,

os laboratórios de análise clínicas começaram desde o final de 2011, início de 2012. Foram

quatro reuniões e vou apresentar a evolução desse grupo. O subgrupo de oncologia

começou um pouco depois, mas está se desenvolvendo também muito bem e já temos uma

cesta de indicadores. O subgrupo de anatomia patológica também. Esses três subgrupos

estão evoluindo muito bem. Falando em cronograma, eu vou apresentar o andamento de

cada um. Nós acreditamos que a fase de planejamento dos três subgrupos já esteja

acabando, porque os três já definiram uma cesta mínima de indicadores. A partir daí, nós

vamos entrar na fase de testes, que é a fase de avaliação controlada. Cada um com sua

especificidade. No subgrupo de análises clínicas, nós discutimos bastante a questão de qual

seria a unidade de avaliação. Uma vez que, o que importa ao beneficiário, é o nome que

aparece no livrinho, independentemente da marca que ele possa vir a ter. Então, eu estou

falando do laboratório “XYZ”, que se localiza naquela rua e ele vai ter ou não o “Q” como

atributo de qualificação. E não a rede toda, porque nós sabemos que tem várias redes de

laboratórios. Isso foi bastante discutido. Para que a gente chegue nessa unidade de

avaliação, a gente vai ter que cruzar o CNPJ com a marca e com a unidade de atendimento.

Porque é na unidade de atendimento que o beneficiário se sente atendido. É ali que ele vai

buscar a qualificação ou não. Essa unidade foi estratificada por volume de pacientes. Da

mesma forma que os indicadores hospitalares, nós vamos ter que fazer comparação de

laboratório, de acordo com o volume de atendimento. Os menores, os médios e os maiores.

Nesse momento, se optou em não avaliar as unidades intra-hospitalares. Quando você tiver

um laboratório exclusivamente dentro do hospital, ele não vai ser avaliado, porque o

hospital pode ser avaliado como um todo dentro do módulo hospitalar. Mas se, por acaso,

aquele hospital tiver na sua unidade, uma abertura para laboratório, um posto de coleta, ela

poderá fazer parte do QUALISS. Então, está em análise a primeira cesta dos indicadores

essenciais e nós já temos uma reunião marcada para o dia 22 de novembro, provavelmente

a gente, vá “bater o martelo” nessa cesta e começar a confecção das fichas. Essa, então, é a

cesta, seguindo a mesma lógica dos domínios de avaliação da qualidade, acesso, segurança

e centralidade no paciente. Nós colocamos dois indicadores por domínio, os que estão em

vermelho, eles podem vir a ser indicadores recomendáveis e os que estão em preto são

obrigatórios, são essenciais. Eu vou passar para o próximo, isso é só para dar uma idéia,

depois eu vou encaminhar a apresentação para quem está aqui. E o domínio efetividade,

eficiência e equidade também. Temos indicadores para cada um. O terceiro fica como

sendo um indicador recomendável. Já o subgrupo de oncologia teve cinco reuniões e foi

definida a estratificação por tipo de serviço. Quais vão ser os serviços que vão ser avaliados

e comparados separadamente. Então, foi definido no grupo que os serviços isolados de

Ata 11ª Reunião COGEP – outubro 2013 13 - 22

quimioterapia vão ser avaliados juntos, os isolados de rádio juntos e os serviços mistos vão

ser avaliados juntos. Também está em análise a primeira cesta de indicadores essenciais e

temos uma reunião para o dia 19 de novembro. E nós partimos inclusive para a confecção

das fichas desses indicadores. Provavelmente, eles estarão saindo da fase de planejamento

agora no ano de 2013. Esses são os indicadores definidos pelo grupo, também seguindo a

mesma lógica de domínios de avaliação com dois indicadores por domínio. O grupo de

anatomia patológica também já definiu a forma de avaliação do grupo, com quatro subáreas

que podem ser avaliadas. Elas vão ser avaliadas pelo mesmo conjunto de indicadores,

podendo se aplicar ou não àquela área de concentração. Não vai ser aplicado porte, só a

complexidade. Também não vai ser considerada a localização, porque em hospitais

separamos os que são de região metropolitana e os que não são de região metropolitana.

Também o grupo evolui bem. Já definimos uma primeira cesta de indicadores e inclusive os

participantes já começaram a confecção das fichas, como tive notícias essa semana. A

próxima reunião será em dezembro. Essa é a cesta de indicadores, lembrando que dois

serão obrigatórios e dois serão recomendáveis, para cada domínio.O subgrupo dos hospitais

avançou agora um pouco mais. Tivemos, no ano de 2012, seis reuniões. Nesse período, foi

definida a cesta dos indicadores. São 26 indicadores. As fichas técnicas foram

confeccionadas, são bastante detalhadas, e estão disponíveis no site da ANS desde

dezembro de 2012. Em janeiro de 2013 nós começamos a avaliar um grupo de hospitais

voluntários. Tivemos 66 hospitais inscritos e foi iniciada a avaliação controlada. Dessa

cesta de indicadores avaliados, nós fizemos seis ciclos de avaliação em hospitais

voluntários. Então, no ano de 2013, nós avançamos na questão da ponderação, da

pontuação desses indicadores. A partir do momento em que foram testados e se mostraram

exeqüíveis, nós podemos ver o desempenho desse grupo de hospitais voluntários e traçar,

através das medidas centrais, o que seria o benchmarking... o que fica abaixo e do que fica

acima e com isso nós obtemos a pontuação desses indicadores. Esse modelo de pontuação é

bem parecido com o que é feito na qualificação de operadoras aqui da ANS. A pontuação,

na reunião passada, eu apresentei como é feita, nos quadrinhos para cada indicador. Esse

quadrinho vai aparecer nas novas fichas dos indicadores. O Eduardo está trabalhando em

uma versão nova dessas fichas, junto com a pontuação. Isso vai formar o anexo da IN,

contendo as regras para a generalização do uso. Então, com a evolução, com a experiência

que se ganhou nesse grupo de voluntários, nós podemos montar novas fichas, já

considerando os ajustes necessários nos indicadores testados e já considerando a pontuação.

A partir daí, as regras do jogo para a entrada dos hospitais, tanto os que forem entrar de

forma voluntária quanto os que entrarem de forma obrigatória, já vão estar estabelecidas na

instrução normativa. Vou apresentar a minuta da IN para que este grupo possa fazer

considerações. Lembrando que, esse quadrinho aqui tem que estar na mente de todo mundo

que participa do COGEP. É o ciclo de vida dos indicadores, que nós estamos o tempo todo

discutindo. Esse aqui é dos indicadores hospitalares, que passaram pelo planejamento em

2012, foram testados em 2013, para, entre 2013 e 2014, entrar na fase de generalização do

uso. Aí, então, será aberto para os outros hospitais e para os hospitais da rede própria será

Ata 11ª Reunião COGEP – outubro 2013 14 - 22

obrigatório. Lembrando como foi a avaliação controlada, nós tivemos a adesão de 66

hospitais inscritos, sendo que, no formulário de estrutura, 59 efetivamente se inscreveram.

Nós tivemos uma variação de envio de dados, nos seis ciclos, de 48 a 59 hospitais. O que,

dentro da literatura que nós consultamos, está num patamar bem aceitável. A maioria dos

grupos que trabalha com indicadores nunca consegue obter 100% e nós ficamos sempre na

faixa de 80, 87, 89 %. Isso proporcionou um ganho de expertise de informação grande para

a nossa área técnica poder continuar o programa. Dos 26 indicadores, só dois precisaram de

ajustes. Na última reunião com o grupo de hospitais, nós discutimos exatamente os

indicadores com problemas e foram apresentadas algumas sugestões de solução. E nesse

novo versionamento das fichas, estamos incorporando as soluções para os indicadores que

tiveram algum tipo de problema.

Poliana Silva (PROTESTE) – Então, só para eu entender... Um dos que teve problema, o

“Tempo de espera em urgência e emergência”, você pode nos falar qual foi o tipo de

problema? O que solucionado pelo grupo?

Raquel (ANS) – Posso. Se vocês quiserem, eu posso entrar em detalhes neles todos, é só a

questão mesmo de tempo. A maioria das nossas emergências não está adequada para medir

esses tempos. Então, o tempo de espera na emergência não pode ser simplesmente uma

média de qualquer paciente que entra e que é atendido, porque não adianta eu comparar

quem chega com uma gripe com quem chega com um infarto. Então, isso já é, digamos

assim, um grau de dificuldade que esse indicador apresenta, porque, obrigatoriamente para

fazer esse indicador, o hospital precisa classificar o risco desse paciente. Então, ele precisa

ter um suporte de acolhimento, uma triagem que vá especificar. Então, tem que fazer o

somatório do tempo do momento que o paciente entra no hospital até o momento que o

paciente recebe o seu primeiro atendimento. Ou se ele faz a classificação por cinco, por

três, ou por quatro níveis de gravidade. E como a gente tem que padronizar exatamente esse

tempo, porque se não a gente não consegue medir, o problema desse indicador foi a

adaptação desses hospitais. Tem hospitais fazendo obra para conseguir atingir esse

indicador. Os que não conseguirem vão acabar não pontuando. Mas o que a gente espera?

Que o programa faça com que a maioria queira entrar e melhorar a sua pontuação. Então,

por exemplo, um hospital de São Paulo, até muito bom, está colocando um totem na entrada

para conseguir medir aquela entrada. Ele colocou a triagem e classificação de risco para

todo mundo e, no sistema dele de atendimento, ele consegue medir o primeiro horário de

atendimento. Assim, ele consegue separar os pacientes por risco e fazer o tempo de espera

para cada paciente. A gente acabou optando por manter como ele está. Nós estamos

melhorando as fichas, melhorando o entendimento, o que é cada tempo. Tem mais alguma

coisa que você queira falar?

Eduardo (ANS) – Quando você não tem um sistema de medição muito preciso, acaba que

otimiza esse tempo. Então, apareceram tempos de espera muito reduzidos e que nós

acreditamos que não sejam verdadeiros. Porque esses tempos de espera, na verdade, estão

Ata 11ª Reunião COGEP – outubro 2013 15 - 22

refletindo a ausência da contagem de tempo, desde que o paciente entra no hospital.

Especialmente, o tempo de espera entre a entrada no hospital e a classificação de risco, que

é problemático, porque a classificação de risco, em geral, é um enfermeiro que faz. Então, é

anotado um tempo. Mas o tempo entre a entrada e a classificação de risco é problemático.

Então, estávamos com tempos muito reduzidos, especialmente, para os pacientes não

graves. A gente espera, quer dizer, no paciente vermelho, a emergência propriamente dita,

que haja também uma dificuldade, porque o tempo vai... Ele acaba sendo o tempo que o

médico finalizou o procedimento e não o tempo que ele iniciou o procedimento. E como o

médico fica mais tempo com os pacientes mais graves, então acabou acontecendo isso.

Tivemos um tempo para um emergente muito alongado do que se esperava e o tempo para

os não graves muito reduzido. Que a gente sabe que não é a realidade. Que você deve saber

que não... Então, eu acho que isso é uma questão de ajuste, o indicador é bom.

(intervenção feita fora do microfone)

Eduardo (ANS) – É o tempo da entrada do paciente no hospital. Para os pacientes

emergentes, que entram de ambulância, que passam direto, podemos até ter um tempo

imediato, que até a meta é um tempo imediato, mas eu acho que isso nós vamos resolver de

uma forma fácil. O problema está nos pacientes não graves, de marcar esse tempo da

entrada dele através da obtenção da senha na entrada, alguma coisa nesse sentido... Para

que seja contado esse tempo até a triagem, porque o que está... Se você contar a triagem

como tempo zero, você vai ter um tempo diminuído, o tempo de espera fica diminuído,

porque da triagem vai logo para... Então, essa contagem, e a Raquel citou um... Eles estão

dando várias soluções. Eu acho que o que tem de positivo é que os hospitais estão

encontrando soluções.

Raquel (ANS) – Exatamente. Teve um hospital que colocou a triagem na frente de tudo.

Então, ele começa a contar exatamente na hora que o paciente entra. Aí, depende um pouco

do volume, da localização... Cada um está buscando o seu ajuste, mas o que a gente fez

com a ficha técnica foi deixar bem claro onde tem que ser marcado o tempo de entrada e o

tempo de atendimento.

Eduardo (ANS) – Exato.

Raquel (ANS) – Bom. É o último slide. Só lembrar que esse “Q”, que é o nosso atributo de

qualificação do QUALISS, não vai ser recebido quando da entrada no programa, mas caso

o prestador que entre no programa tenha uma pontuação mínima que nós estamos

calculando com a média que foi feita desse grupo avaliado. Aí então, os ajustes dos

indicadores eu já falei, o novo versionamento da ficha eu já falei... Estamos fazendo um

novo formulário para facilitar a vida dos prestadores que participaram como voluntários.

Também foi bom que nós testamos o formulário de envio de dados e nós estamos

melhorando esse formulário. E falta a publicação da IN, que nós vamos ver a minuta depois

Ata 11ª Reunião COGEP – outubro 2013 16 - 22

do cafezinho. Agora, vamos fazer uma pausa para o café. Para não acabar muito tarde, essa

é a minuta da IN que vai regulamentar a RN 275/2011. Como a gente já fez com outros

normativos, antes deles seguirem os trâmites normais para a publicação, a gente faz uma

leitura no COGEP e depois eu encaminho a vocês os tópicos, para poderem ser feitas as

considerações. Eu acho que um prazo para que a gente não perca muito tempo com a

publicação seria até o final de outubro. A gente vai lendo e podem ser feitas as

considerações ao longo... Desculpa, esse número treze está errado. Ela ainda está sem

número, pois não foi publicada. Ela regulamenta a RN 275/2011, em especial, no que tange

ao monitoramento da qualidade assistencial dos prestadores de serviços hospitalares. Então,

cada módulo referente aos subgrupos vai ter uma instrução normativa. É claro que todas

vão seguir o mesmo modelo, que o programa está sendo construído da mesma forma para

todos, com as especificidades de acordo com o tipo de prestador. Então, essa é dos hospitais

que tão partindo para o estágio E3 do ciclo de vida dos indicadores, do Programa de

Monitoramento da Qualidade dos Prestadoras de Serviços e na Saúde Suplementar,

QUALISS da ANS. A ementa, a gente não precisa ler, é só o que está relacionado, aos

artigos que ela está regulamentando da RN 275/2011, que seria o sete, o oito e o nove.

Disposições preliminares, essa instrução normativa regulamenta a RN 275, de 1º de

novembro de 2011, em especial no que tange... É praticamente o que está lá em cima.

Artigo segundo: “Serão disciplinadas nessa IN os seguintes componentes do Programa de

Monitoramento da Qualidade dos Prestadoras de Serviços na Saúde Suplementar,

QUALISS, especificamente, para os prestadores de serviços hospitalares. Aí, esses incisos

trazem exatamente o que vai ser regulamentado nessa IN. As fichas técnicas dos

indicadores hospitalares, contendo as suas fontes de dados, bem como a metodologia a ser

empregada e a periodicidade do envio dos dados. O sistema de informação de obtenção dos

dados necessários para o cálculo dos indicadores. Inciso três: “os critérios a serem

utilizados para o cálculo da pontuação dos indicadores no programa”. Quatro: “os prazos e

meios pelos quais os prestadores poderão enviar os questionamentos aos resultados

preliminares”, lembrando que na RN 275/2011, está previsto que o prestador tem um prazo

para rever o dado que encaminhou. No nosso período de testes dos indicadores, a gente não

contabilizou esse tempo, mas no processo da generalização do uso, entra a regra que já está

estabelecida na RN 275/2011. Os mecanismos de auditoria, que sempre foram um

questionamento desse grupo, os dados enviados pelos prestadores de serviços hospitalares e

a divulgação pública dos resultados dos indicadores. Então, são seis incisos que vão ser

tratados. Estarão obrigados a apresentar as informações necessárias para o programa

QUALISS, os prestadores de serviços hospitalares pertencentes à rede própria das

operadoras de plano de saúde. Os demais prestadoras hospitalares que compõem as redes

assistenciais das operadoras poderão participar do programa voluntariamente. “São

requisitos para a inclusão dos prestadores hospitalares no programa QUALISS. Primeiro, é

integrar a rede assistencial da saúde suplementar. Segundo, possuir instalações físicas

específicas, destinadas à acomodação de pacientes para a permanência por um período

mínimo de 24 horas. Terceiro, ter licença de funcionamento atualizada e emitida por órgão

Ata 11ª Reunião COGEP – outubro 2013 17 - 22

da vigilância sanitária e quarto, constituir legalmente e manter ativas as seguintes

comissões... Todas essas comissões foram discutidas no COGEP e elas já estão

regulamentadas por outros órgãos que são os responsáveis. Então, a Comissão de Controle

de Infecção Hospitalar, inclusive, é por uma lei; Comissão de Ética Médica, se possuir mais

de 15 médicos em seu corpo clínico, Resolução do CFM 1.657/2002; Comissão de Revisão

de Prontuário, que é regulamentada pela Resolução do CFM 1.638/2002; e Comissão de

Revisão de Óbitos. A Comissão de Revisão de Óbitos é regulamentada por alguns

conselhos regionais, o CFM não tem uma norma. Quinto: realizar o Censo Hospitalar

Diário, de acordo com a Portaria Ministerial nº 312/2002. Seis: Possuir no mínimo 20 leitos

no total e possuir prontuário único, conforme Resolução também do CFM. Parágrafo único:

para efeitos da IN, poderá ser solicitada a documentação comprobatória dos requisitos

definidos neste artigo aos prestadores participantes do programa a qualquer tempo. Artigo

4º: “Para obtenção do Atributo de Qualificação - Participação no Programa QUALISS da

ANS, descrito na alínea “c”, do inciso I, do artigo 5º, da RN 267/2011, o prestador de

serviço hospitalar deverá atingir uma pontuação mínima, especificada no anexo desta IN”.

Das Disposições Gerais. Do sistema de informação utilizado para o cálculo dos

indicadores: “o envio dos dados necessários para o cálculo dos indicadores do estágio de

generalização do uso (E.3) do programa QUALISS, especificamente, para os prestadores

hospitalares, será feito por meio de um formulário eletrônico, que é o FormSUS,

disponibilizado ao prestador por meio da internet e com acesso restrito por um login e uma

senha para cada hospital. Essa ferramenta é a que nós estamos usando, que usamos nessa

fase de avaliação controlada. Ela funciona muito bem porque nós temos um projeto de um

sistema de um software que já está em construção, mas que não vai dar tempo de ficar

pronto até a generalização do uso. Como a ferramenta nos atende muito bem e o banco de

dados do DATASUS também não tem limite de informação, a gente vai continuar usando.

Dos critérios a serem utilizados para o cálculo da pontuação dos indicadores e para

avaliação. A ANS usará critério de arredondamento padronizado para os resultados dos

indicadores e de suas respectivas pontuações, assim como dos resultados finais obtidos pelo

prestador hospitalar. Receberá zero no resultado do indicador o prestador que: em qualquer

domínio apresentar inconsistência dos dados necessários ao calculo do respectivo

indicador; não atingir o desempenho esperado para cada indicador especifico, de acordo

com a tabulação definida na ficha técnica dos indicadores, que vai estar descrita no anexo;

deixar de enviar os dados referentes aos indicadores por meio do formulário eletrônico, nos

prazos estabelecidos nessa IN. Serão avaliados os prestadores que efetivamente enviarem

seus dados para cálculo dos indicadores por no mínimo 80% das competências no período.

Esse período, nós vamos discutir lá embaixo, pode ser um período avaliativo de seis meses

a um ano. A maioria dos programas que nós observamos, tanto que foi até trazido pelo

Henri da última vez, faz a divulgação em um ano. Então, provavelmente, a gente vai

manter, o prestador que enviar mais de 80% vai ter o seu dado divulgado. Caso ele não

envie ou envie menos de 80%, ele não vai ter o seu dado contabilizado. Dos prazos e meios

pelos quais o prestador hospitalar poderá enviar os questionamentos aos resultados

Ata 11ª Reunião COGEP – outubro 2013 18 - 22

preliminares. Esse artigo 9º foi tirado exatamente como está na RN 275/2011. Os dados

brutos e outras informações necessárias ao cálculo dos indicadores serão previamente

disponibilizadas pela ANS de forma individualizada ao próprio prestador para que esse

possa realizar as devidas correções, que entender pertinentes, reencaminhando os dados e as

informações corrigidas à ANS, com as devidas justificativas. Depois de disponibilizados os

resultados preliminares, os prestadores hospitalares terão 15 dias para enviar esses

questionamentos, devendo remetê-los, exclusivamente, por meio do endereço eletrônico

indicado. O prestador deverá enviar os questionamentos somente por intermédio do

endereço eletrônico mencionado no caput, identificando seu número de identificação no

sistema QUALISS e a ANS analisará a pertinência da justificativa para as correções

realizadas, informando ao prestador o acatamento ou a rejeição. As respostas também serão

enviadas exclusivamente por e-mail. Os mecanismos de auditoria dos dados enviados pelos

prestadores de serviço. Dentro de tudo que nós discutimos, é o que já existe de consenso e

algumas questões ainda estão para serem discutidas. Os prestadores de serviços hospitalares

participantes do QUALISS poderão ter os seus dados referentes aos indicadores

hospitalares auditados a qualquer tempo ao longo de cada ciclo de avaliação. A

metodologia de auditoria é definida pela ANS com a anuência do COGEP e será aplicada

por uma terceira parte. Então, nós vamos ter uma terceira parte aplicando, não é a ANS que

vai fazer auditoria. Serão mecanismos de deflagração de auditoria em prestadores de

serviços as evidências apontadas pelo sistema de informação do programa sobre

inconformidades e inconsistência dos dados para compor os indicadores. Cada indicador do

programa terá um roteiro de avaliação para inspeção local. As instituições auditadas

deverão disponibilizar aos auditores toda documentação comprobatória necessária. O

quarto e o quinto parágrafos estão em discussão. Pode ser que haja custo para os hospitais

auditados e a auditoria poderá ser feita por meio de uma amostra aleatória ou em todos os

hospitais participantes antes da divulgação dos resultados. Está sendo pensada a forma de

contratação pela Agência de uma entidade especializada em auditoria, que tenha idoneidade

para fazer esse tipo de trabalho. Por conta disso, a gente não sabe se vai haver ou não algum

custo financeiro para os hospitais auditados e se nós vamos fazer por meio de uma amostra

ou talvez em todos os hospitais, antes da divulgação. Isso vai depender do termo da

referência que nós estamos preparando. Da divulgação pública dos resultados. A ANS

promoverá a divulgação pública dos resultados assistenciais obtidos com o cálculo dos

indicadores por meio do seu portal na internet. A periodicidade da divulgação poderá ser, aí

a dúvida que eu coloquei, semestral ou anual. Porém, os dados serão enviados mensalmente

à ANS. A divulgação pública dos resultados do QUALISS será feito nos mesmos moldes

da divulgação dos resultados do Programa de Qualificação de Operadoras. Das disposições

finais. As fichas técnicas dos indicadores hospitalares e a metodologia estatística de

pontuação dos indicadores para obtenção do Atributo de Qualificação “Q” estão definidos

no anexo desta IN. Para efeitos de comparação dos resultados dos indicadores será utilizada

uma classificação por porte, complexidade e localização geográfica do prestador de serviço

hospitalar. Essa classificação encontra-se no anexo da IN que é a mesma classificação que

Ata 11ª Reunião COGEP – outubro 2013 19 - 22

foi feita pelo grupo. O anexo vai estar disponível para consulta, cópia e download no site da

ANS. A IN entra em vigor na publicação. Está aberto para o grupo se manifestar.

Wilson Shcolnik (SBPC) – Raquel, dois pontos me chamaram atenção. Você mencionou

que os hospitais terão 15 dias para efetuar as correções de cálculos nos indicadores que

forem considerados inconsistentes ou com possibilidades de erros pela ANS. Mas você não

mencionou nada sobre a estrutura que a ANS dispõe para realizar essas análises dos dados.

Porque nos primeiros, estou entendendo, as inconsistências devem ser identificadas pelo

sistema, mas já a do nove, que vai ser feita depois, vai ser feita por técnicos da ANS. Em

que prazo? Então, essa é a minha primeira dúvida. A segunda diz respeito às penalidades

eventuais que possam ser impostas aos hospitais diante de inconsistências verificadas

periodicamente ou de forma reincidente nas auditorias.

Raquel (ANS) – Você tem razão Wilson. Na verdade, faltou colocar outros artigos

referentes à auditoria quando houver alguma infração ou alguma inconsistência dos dados.

Tinha sido pensado, mas eu acabei não colocando aqui, que existem dois tipos de

problemas que podem ser encontrados. Um é um erro incidental e outro é a fraude. Então,

tem que ter dois tipos de penalidades ou de consequências. Provavelmente, se for detectada

fraude, aquele prestador não vai ser divulgado. Esse é simples. Na questão de erro por uma

inconsistência, pode ser que ele seja penalizado só na pontuação daquele indicador. Então,

são essas duas situações que estão sendo pensadas para, digamos assim, algum tipo de

penalidade. Em relação ao prazo para devolutiva da ANS, não foi colocado

propositalmente, porque, no formato que nós recebemos, a gente consegue devolver, mas

essa análise leva um pouquinho mais de tempo. Talvez a gente tenha que passar dos 15

dias. Talvez seja para o próximo mês, mas o importante é que não vai ser divulgado algum

erro que tenha sido detectado por ele na primeira avaliação. É, sem dúvida a IN nem vai

poder ser publicada se não tiver definido esse prazo, porque a própria Procuradoria Geral

vai perguntar.

Maria Eugênia Cury (Anvisa) – Boa tarde. No inicio, quando coloca quais são as

comissões que as instituições têm que apresentar obrigatoriamente, não seria o caso de

incluir aí a questão do núcleo de segurança do paciente que passou a ser obrigatoriedade

agora com a Portaria do MS?

Raquel (ANS) – É, bem lembrado.

Maria Eugênia Cury (Anvisa) – Uma sugestão: que o núcleo apareça porque ele passou a

ser obrigatório agora.

Raquel (ANS) – Exatamente.

Maria Eugênia Cury (Anvisa) – E já tem o prazo. Na RDC que regulamenta isso, o prazo,

senão me engano, foi de 150 dias para que ele entrasse em vigor...

Ata 11ª Reunião COGEP – outubro 2013 20 - 22

Raquel (ANS) – Mas Maria Eugênia, aproveitando que você está a par de todo o Programa,

nós colocamos como obrigatório a Comissão de Infecção Hospitalar, a Comissão de

Prontuários, que elas podem ser, inclusive, aproveitadas para ser o núcleo, não é?

Maria Eugênia Cury (Anvisa) – Sim.

Raquel (ANS) – Pode ser que haja uma coincidência dessas duas comissões?

Maria Eugênia Cury (Anvisa) – Pode. Isso depende de cada instituição. A instituição das

comissões fica a cargo da instituição saber como que ela tem que se estruturar. O que ela

precisa é estruturar.

Raquel (ANS) – E já está regulamentada em RDC?

Maria Eugênia Cury (Anvisa) – Já. A RDC deixa aberta a forma como isso vai ser feito.

Não tem regra fixada, cada instituição pode fazer da maneira que quiser. Agora, existem

tarefas, responsabilidades, que esse núcleo tem que cumprir.

Raquel (ANS) – Poderia não ter na outra comissão.

Maria Eugênia Cury (Anvisa) – Qualquer que seja a estrutura que a instituição venha a

pensar, ela tem que ser uma estrutura que seja passível de cumprir aquelas tarefas que estão

definidas.

Pessoa não identificada – Duas dúvidas, Raquel. Primeiro, nos hospitais especializados,

quais serão os critérios de qualificação? Serão os mesmos? Serão adaptáveis? Segundo, se

você for fazer um rateio de custo de auditoria com os hospitais, na minha opinião, você vai

inviabilizar a adesão. Então, eu sou contra o rateio de custos, que está em vermelho ali. E

quanto aos hospitais especializados, maternidades, por exemplo, hospitais especializados

em ortopedia, você estabeleceu já um parâmetro ali de 20 leitos. Tudo bem, mas eu tenho

hospitais especializados com mais de 20 leitos. Eles poderão ser qualificados? Como? De

que forma?

Raquel (ANS) – É. Dentro da classificação dos hospitais, mesmo pegando só por porte e

complexidade, dentro do nosso estudo piloto nós tínhamos tanto maternidade quanto

hospitais oncológicos e eles acabaram sendo selecionados para alta complexidade e

acabaram sendo comparados. Mas a gente deixou espaço na hora do preenchimento para

que se coloque hospitais especializados. Como a gente vai ter um ano de avaliação, se esses

hospitais especializados não se enquadrarem no grupo de avaliação, eles vão ser retirados.

Esse cuidado a gente está tendo. Mas você tem razão de perguntar porque não está escrito.

Provavelmente, no manual, quando a gente colocar a classificação que foi definida pelo

grupo, a gente pode colocar uma observação que “não cabendo na qualificação, ele vai ser

avaliado separadamente”. Em relação ao rateio, é uma questão que está sendo discutida em

nível gerencial. Eu argumentei da mesma forma que você, porque eu imagino que, ouvindo

Ata 11ª Reunião COGEP – outubro 2013 21 - 22

e participando do grupo esse tempo todo, eu já imaginava. Mas, por outro lado, foram

colocados outros argumentos, que até fazem sentido. Por exemplo, o Programa QUALISS

não é um programa de acreditação. Ele é um programa muito mais simples. Mas o hospital

precisa ter algum tipo de estrutura para coletar informações corretamente, avaliar essas

informações, para fazer uso dessas informações. Por conta disso, se o hospital paga para ter

um certificado de acreditação, ele poderia também ter um custo para ter o seu selinho

QUALISS. Apesar do QUALISS não ser uma certificação, ele vai diferenciar esse hospital

no livrinho do convênio. Então, é a discussão que está posta, mas eu acho que só depois que

nós tivermos definido a entidade que vai fazer, porque nós estamos tentando fazer com

entidades públicas para não ter conflito de interesses, é que a gente vai poder trazer esse

dado aqui.

Pessoa não identificada – Eu acredito, Raquel, que comercialmente será muito importante

para o hospital ter o selo de qualificação, obviamente, só que o processo de acreditação é

um processo caro, mas qualquer despesa para o hospital já repercute e fala contra a adesão

a uma coisa que ele vai ganhar no futuro...

Raquel (ANS) – Mas ele pode não ter, digamos assim, capacidade para arcar com o custo

de uma acreditação e ter para uma auditoria do QUALISS... São medidas diferentes, mas

isso não está definido...

Pessoa não identificada – Estamos falando do Brasil todo...

Raquel (ANS) – Alguém mais? Não?

Eduardo (ANS) – Queria falar só uma questão. Não seria interessante também colocar os

critérios de exclusão na norma? Os critérios de inclusão são claros, mas os de exclusão...

Raquel (ANS) – Tem razão. Inclusive nós temos até os critérios de exclusão definidos, mas

não foram colocados na norma.

Eduardo (ANS) – Não foram colocados, porque, às vezes, como ele mesmo disse, o

hospital pode entrar nos critérios de inclusão, mas não são os hospitais que nós queremos

avaliar agora. Me lembrei, especificamente, dos hospitais psiquiátricos e as instituições de

longa permanência, de pacientes terminais...

Wilson Shcolnik (SBPC) – Eu só queria complementar o que o Eduardo falou. Se por um

lado é importante constar da IN os critérios de exclusão, importante também é que constem

da divulgação pública. Porque o usuário precisa ter conhecimento que esses hospitais que

constam como excluídos não estão sendo avaliados.

Raquel (ANS)– Mais algum? Não? Bom, então a gente pode encerrar a reunião. Os

assuntos que nós trouxemos já foram tratados. Eu vou encaminhar a apresentação e os

tópicos. Vou deixar o prazo até 31 de outubro para encaminhar sugestões. Na apresentação

Ata 11ª Reunião COGEP – outubro 2013 22 - 22

tem o e-mail: [email protected] . Muito obrigada mais uma vez pela

participação de todos. FIM DA REUNIÃO.