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Ata 11ª Reunião COGEP – outubro 2013 1 - 22
Ata da 11ª Reunião Ordinária do Comitê Gestor do Programa de
Divulgação da Qualificação dos Prestadores de Serviço na Saúde
Suplementar - COGEP
Às quatorze horas do dia quatorze de outubro de dois mil e treze, nesta cidade, à Rua
Teixeira de Freitas, nº 5, 2º andar, prédio do IHGB, auditório, realizou-se a 11ª reunião
ordinária do Comitê Gestor do Programa de Divulgação da Qualificação dos Prestadores de
Serviço na Saúde Suplementar - COGEP. A reunião foi coordenada por Gina Régnier,
Gerente de Avaliação da Qualidade Setorial/DIDES, com apoio de Raquel Lisboa,
Coordenadora da CQUALISS/GEAQS/DIDES, e contou com a presença dos seguintes
participantes: Ana Paula Nucci (SINOG); Lenira Costa (CFF); Polyanna Silva
(PROTESTE); Sheila Lemos (ENSP/Fiocruz); Tito Pereira Filho (CFO); Angelina
Carvalho (UNIDAS); João de Lucena Gonçalves (CNS); Virginia Rodarte e Jair Monaci
(ABRAMGE); Carlos Moura e Cyro Fonseca (CBR); Maria Eugênia Cury (Anvisa);
Wilson Shcolnik (SBPC/ML); Ivone de Oliveira e Eliel de Oliveira Larrubia (COFEN);
Cristina Gama Dias e Roberto Vellasco (FBH); Sergio Galvão (FENASAUDE); Rosemary
Nascimento (SBC/SBP); Valdirene Costa (CFFa); Eduardo Vieira Neto e Adriana
Cavalcanti (ANS). Convidado: Cesar Abicalaffe (Impacto).
Transcrição da reunião:
Raquel (ANS) – Boa tarde a todos, a todas. São duas e vinte, um bom horário para a gente
começar. Desculpem aí mais uma vez o atraso, mas é um tempinho de tolerância para que
todos se acomodem. Quem tá chegando de viagem... Lembrando que desde a reunião
passada, todas as nossas reuniões do COGEP estão sendo gravadas, por isso a gente está
usando um microfone. E para cada pergunta, para cada comentário, eu vou pedir que cada
um, antes de fazer a sua pergunta ou o seu comentário, se identifique. Agora no nosso site,
nós tínhamos sempre o relato da ata e agora nós vamos ter a transcrição da reunião na
íntegra. Então, é sempre bom a pessoa se identificar. Com isso, a gente tá levando um
pouquinho mais de tempo para colocar a ata no site. A ata da reunião passada, de agosto,
vai para o site essa semana, porque a transcrição leva um pouquinho de tempo para chegar,
a gente dá uma olhada e é grande. A nossa ata agora de seis páginas passou para trinta
páginas, mas de qualquer forma tá lá tudo registrado. Vamos dar início à nossa reunião.
numa posição assim um pouco desconfortável, Nossa 11ª reunião é a penúltima antes do
final do ano e, como sempre, eu vou passar para vocês o andamento dos nossos programas.
Principalmente, vou falar do programa da divulgação; o andamento dos subgrupos de
Ata 11ª Reunião COGEP – outubro 2013 2 - 22
trabalho; o encerramento da avaliação controlada, que foi o nosso estudo piloto nos
hospitais voluntários; e como será o preparo para a generalização do uso. Eu acho que a
maioria dos representantes gostaria de levar essa informação aos seus representados. Ao
final, eu vou discutir com o grupo a minuta de Instrução Normativa, pois esse é sempre um
compromisso do comitê gestor. O comitê gestor tem acesso à Instrução Normativa antes da
sua publicação. Então, eu vou passar para vocês, item a item, a Instrução Normativa, para
que, ao final desse mês, o grupo possa encaminhar sugestões. Porque ela vai fazer todo o
trajeto que tem que fazer um normativo dentro da Agência. Ela vai passar pela assessoria
normativa da nossa Diretoria e vai para a Procuradoria Geral para depois ser publicada. E,
quanto mais bem elaborada, quanto melhor estiverem os temas relativos à regulamentação
da RN nº 275/2011, mais rápido ela passa por esses trâmites. A partir da publicação dessa
Instrução Normativa, a gente pode dar início a essa fase de generalização do uso,
lembrando que, para hospitais, nós estamos trabalhando o QUALISS indicadores em
módulos, porque a avaliação dos prestadores tem que ser feita de acordo com o tipo. O
grupo de indicadores hospitalares foi o primeiro a começar e está mais adiantado. Ele vai
partir para a generalização do uso e todas essas regras vão estar contidas na Instrução
Normativa, que eu vou passar para o grupo ao final da reunião. Voltando então para o
andamento, nós temos o Programa da Divulgação. Eu apresentei esse slide na reunião
passada... Então, a IN nº 52/2013 foi publicada, contendo todas as regras para a divulgação,
todo o material das operadoras de plano de saúde. As operadoras com mais de 100 mil
vidas tiveram um prazo para divulgar no seu site, até 13 de setembro. O prazo já acabou. Já
o prazo para divulgação do material impresso é março de 2014, para todas as operadoras.
As menores também para o site é março de 2014. O processo de termos de compromisso
com as entidades acreditadoras está em andamento. Está andando tranquilo, isso é só um
retorno para o grupo, mas isso não faz a menor diferença agora no programa. Foi publicado
o FAQ, que nós entregamos na reunião passada, e através da busca na Central de
Atendimento de Prestadores, no site da ANS, todas aquelas perguntas estão cadastradas
para tentar facilitar principalmente as operadoras que estão fazendo a operacionalização de
divulgação no material. E agora, nós chegamos nessa fase aqui. Nós estamos fazendo a
verificação das conformidades em relação ao que está sendo divulgado pelas operadoras
grandes e o que está descrito no Manual para a divulgação dos atributos de qualificação. Eu
vou até mostrar alguns exemplos, mas o que a gente tem visto é que a maioria dos sites está
com inconformidades. Por isso, eu trago isso aqui para o grupo, onde estão os
representantes das operadoras, para que realmente leve para as operadoras, pois o Manual
foi construído em conjunto. Aqui no Comitê Gestor, nós criamos um subgrupo que foi
constituído por técnicos indicados pelas próprias entidades. Então, as pessoas que
compuseram esse grupo estavam relacionadas às áreas de divulgação das operadoras, pelo
menos é o que se espera. Nós construímos juntos... As operadoras durante a construção nos
mandaram protótipos. Nós alteramos a forma, inclusive de acordo com esses protótipos.
Nós mexemos em prazos, de acordo com as discussões nesse grupo e o que a gente vê é que
a discussão parece que não chegou na ponta, porque a maioria das operadoras não está
Ata 11ª Reunião COGEP – outubro 2013 3 - 22
fazendo, como deve ser feita, a divulgação dos atributos de qualificação. Nós ainda estamos
num período em que a gente tem tempo para tentar corrigir. Em março, quando a maioria
das operadoras, quando todas tiverem que divulgar, a gente espera que pelo menos as
grandes já estejam divulgando de forma correta. E o material impresso dá muito mais
trabalho e, se não for divulgado da forma correta, inclusive, pode acarretar prejuízo para as
operadoras porque, além da multa, ainda terão que refazer o material. E, digamos que o
prejuízo para a operadora não é bom para ninguém do sistema e os usuários ainda
desconhecem... É até bom ter aqui o representante dos usuários hoje... eles ainda
desconhecem a importância dessa divulgação. Mas até março, com certeza, nós da ANS
também vamos ter feito a divulgação para os usuários. E os usuários, sem dúvida, vão ser
os principais fiscais dessa divulgação. Então, eu peço, por favor, para os representantes das
operadoras, que levem aos seus representados a necessidade de adequação desse material
para que ele possa cumprir a sua função. Esse aqui é o modelinho que está lá no Manual.
Então, é só o modelinho do site para dar uma idéia de como deve ser feito. As informações
que devem constar estão dispostas aqui. O ícone está disposto dessa forma e também tem
um espaço regular entre eles. Pode ter prestador que não tenha qualificação, isso é normal.
Não há problema quanto a isso... E a legenda deve estar ao final do rolamento da página
para, justamente, orientar o entendimento do beneficiário que está procurando o seu
prestador. Eu trouxe alguns exemplos para mostrar como está sendo feito. Esse aqui, sem
levantar o nome nem nada de operadora, colocou na lista de cardiologia o “P”, que é de
pós-graduação, e está lá no Manual escrito, que é exceto para médicos. Então, a gente
coloca escrito “É exceto para médicos” e no site da operadora tem médico com pós-
graduação... Isso inclusive foi um acordo no grupo, foi um acordo com o CFM... Ao final,
aqui na barra de rolamento tinha legenda, então, ela ganhou nota razoável. Nessa aqui, eu
procurei em todos os prestadores e ninguém tem qualificação. Fui a várias páginas e não
tem a legenda, não tem qualificação... Na mesma página, em cardiologistas em Botafogo,
no Rio de Janeiro, eu acho muito pouco provável que ninguém tenha residência... que
ninguém tenha título de especialista em Botafogo, no Rio de Janeiro. Onde a gente trabalha,
onde a gente conhece... Esse aqui, digamos que está mais correto, porque colocou o ícone
no lugar certo, com a distância correta, especialista, residência, e abaixo, rolando os
campos, a gente consegue chegar na legenda. Mas não adequou ao conteúdo do que se pede
no material né. Então, aqui não tem o CRM do médico e informações que não estão
totalmente de acordo. Esse aqui não fez nada, absolutamente nada. A operadora aqui
simplesmente não fez nada. Nós estamos fazendo esse levantamento e vamos preparar um
ofício para todas as operadoras, para que adequem o seu material. Esse é um caso de multa,
porque ela realmente não fez absolutamente nada, não cumpriu o que está na Resolução
Normativa. Essas informações estão como elas já estariam no site, independente de ter
saído ou não a Instrução Normativa para a adequação do site. Em relação ao Programa de
Divulgação, era basicamente esse o recado que eu tinha para dar. Então, nós estamos
fazendo o levantamento e vamos preparar os ofícios para as operadoras. Eu peço que
aproveitemos esse fórum, que é justamente onde a gente pode escutar o setor, mas que o
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setor escute também e que faça a sua parte. Está previsto que nós vamos fazer uma
campanha para instrução do beneficiário, para que ele possa fazer esse tipo de fiscalização,
pois ele é, digamos assim, a parte mais interessada.
Roberto Velasco (FBH) - Eu acho que existe uma incongruência muito grande de datas,
porque eu, se fosse operadora, estaria “chiando”... Porque a operadora tem obrigação de,
até março, colocar os ícones de qualificação. Nós estamos notando, já há algum tempo, que
as entidades médicas, de uma forma geral, o Conselho, a AMB, elas praticamente se
retiraram e são contrárias à divulgação de qualquer tipo de qualificação. Quanto aos
hospitais, foi feito um programa em que se mostraram voluntários alguns hospitais. Quer
dizer, para a operadora, o que ela vai divulgar, se a maioria dos seus hospitais ainda não
tomou nem conhecimento do Programa de Qualificação. Então, eu acho que esses prazos,
ou eles têm que ser revistos ou então nós vamos criar uma situação muito desagradável de
punir uma operadora que praticamente não vai oferecer informações suficientes para poder
colocar no seu site. Está colocado aí que, no site, setembro foi o prazo para se divulgar.
Muito bem, mas para divulgar, é preciso que se receba a informação. E para se receber a
informação, é preciso que os médicos ou os hospitais tenham ciência do que se trata e
vejam a importância disso. Nós temos feito várias reuniões, pelo Brasil afora, a respeito
principalmente do TISS e nós divulgamos sempre o Programa de Qualificação. Mas fica
difícil conseguir isso de uma forma unânime em todo o país. Então, são essas duas coisas
que eu queria colocar. A impossibilidade da operadora divulgar aquilo que ela não recebe e
a resistência, principalmente por parte das entidades médicas, quanto a esse processo de
qualificação.
Raquel (ANS) – A primeira resposta em relação ao prazo. Essa Resolução Normativa foi
publicada em agosto de 2011 e nós estamos em setembro de 2013. Então, tem dois anos
que o mercado sabe que essa Resolução está em vigor, porque ela entrou em vigor naquela
época. No ano de 2012 todo, nós passamos trabalhando aqui com o representante das
operadoras de todas as modalidades e, inclusive, acatando diversas sugestões. O prazo de
setembro foi apenas para as operadoras com mais de 100 mil vidas, que têm uma condição
talvez mais fácil de melhorar, de transformar os seus processos. E nós estamos falando de
site, que se altera com mais facilidade do que o material impresso. Então, o material
impresso vai ter praticamente dois anos e meio, três anos, para que saia. O prazo, eu não
acredito que seja um problema para as operadoras. Outra questão, em relação às entidades
médicas, e você acompanhou a nossa discussão aqui desde 2008, no final nós já tínhamos
chegado a esse acordo. E o que o CFM solicitou nós acatamos, que foi retirar o “P” do
médico e também o CNA que seria aquele processo de acreditação médica. Então, os dois
pedidos do CFM foram acatados e as entidades médicas, infelizmente, se retiraram da
discussão, mas nós acatamos o que foi solicitado. Então, acredito que também não
tenhamos problema. Quanto à pessoa que está no seu consultório e desconhece o que se
passa na Agência reguladora, também houve tempo para essas operadoras fazerem essa
Ata 11ª Reunião COGEP – outubro 2013 5 - 22
comunicação. Inclusive, nós recebemos e vimos que várias operadoras encaminharam carta
aos prestadores, solicitando essa qualificação. Eu acredito que esses argumentos não são
empecilhos para que a situação estivesse melhor.
Virginia Rodarte (ABRAMGE) – Nós tivemos uma reunião para discutir com as
operadoras quais eram as dificuldades e o que a gente poderia fazer para auxiliar e entender
onde estava o maior problema do programa, porque ele já está em vigor. E primeiro, com
relação à questão do prazo, elas não tinham entendido que tinha que fazer um programa
pró-ativo nesse sentido de enviar correspondência para o prestador, porque a norma fala
que é obrigatório para quem tem rede própria e facultativo para os prestadores. Então se o
prestador...
Voz não identificada – São dois programas. Obrigatório para a rede própria é o segundo
programa, o da RN 275.
Virginia Rodarte (ABRAMGE) – Sim.
Raquel (ANS) – A divulgação da qualificação é obrigatória desde que o prestador permita.
Então, ele não é obrigado a entregar os seus documentos para que sejam divulgados, mas
desde que ele permita, a obrigação da operadora é de divulgar. Isso foi falado algumas
vezes aqui
Virginia Rodarte (ABRAMGE) – Sim, mas...
Raquel (ANS) – E assim, na norma, talvez a primeira leitura possa deixar dúvida, mas a
IN, a Instrução Normativa, é bem mais clara. E o manual diz como deve ser feito. A gente
recebe muita pergunta sobre o que está claramente escrito na norma. Eu tenho uma certa
dúvida se as pessoas lêem...
Virginia Rodarte (ABRAMGE) – Pois é Raquel, mas assim... Eu vim aqui trazer um
problema por ter operadoras de grande porte envolvidas. Já imagino que exista um
departamento mais preparado para fazer isso e mesmo assim eles têm dúvidas. Então, não
parece que a norma está tão clara quanto para quem vem participar do COGEP. E tem uma
outra questão que gerou bastante dúvida no manual, que é o slide anterior que você
apresentou, se você puder voltar nele... Daqui eu não consigo ler, mas a primeira lá é Maria
da Silva e o segundo é José João, não é isso? O José João, a especialidade dele tá
psiquiatria, mas ele não tem residência em psiquiatria. Então, como que é a operadora vai
poder divulgar este prestador, na especialidade de psiquiatria, se ele não tem o título e foi
excluída a possibilidade de qualquer outro título constar ali?
Raquel (ANS) – Mas no material antigo ele constava.
Virginia Rodarte (ABRAMGE) – Constava, mas antes não tinha essa vedação de que só
podia divulgar se ele tivesse o título. Então a dúvida era exatamente esse ponto do manual.
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Porque a operadora tem o seu credenciamento e ela sabe que às vezes a pessoa não tem o
título de especialista, mas...
Raquel (ANS) – Mas o “R” não é o título, é só a residência.
Virginia Rodarte (ABRAMGE) – Exato. E ali não tem residência. Então, se ele não tem
residência, como que eu posso colocá-lo na especialidade de psiquiatria?
Raquel (ANS) – Ele não fez da mesma forma que aparece... Eu vou apresentar para vocês a
Gina que é a nossa nova gerente...
Gina Régnier (ANS) – Boa tarde a vocês todos. Eu não falo muito alto, mas... O meu
nome é Gina Régnier e assumi recentemente a GAQS, que deixou de ser GERPS. Agora é
Gerência de Avaliação da Qualidade Setorial. Isso tem uma importância grande, porque o
foco agora da gerência é a qualidade. A norma já existe desde 2011, então, qualquer dúvida
que tivesse que ser tirada, o prazo foi dado para isso. Sobre o questionamento de ter um
profissional que está atendendo em psiquiatria e não tem residência ou não tem título de
especialista, a questão é justamente essa, ele deveria estar atendendo nessa especialidade?
Então, o foco da gente hoje é a qualidade da assistência que é prestada ao beneficiário dos
planos de saúde. As operadoras estão bastante reguladas, até alguns diriam que ainda falta
alguma coisa, ok. A gerência está vendo isso, mas a gente tem que prestar atenção à
qualidade e evoluir de alguma maneira. E o QUALISS é um passo que já está acontecendo
há algum tempo e que é muito importante nesse sentido para os prestadores. E está sendo
conduzido de uma maneira muito boa mesmo pela Raquel. Ela é a coordenadora do
QUALISS e isso por mérito dela, que é uma excelente profissional e eu já a conhecia,
porque eu já trabalho na agência. Eu já conhecia todo o trabalho que ela vinha
desenvolvendo e peço mais uma vez às operadoras atenção na hora de divulgar os atributos
da qualificação. Qual é a importância disso para a operadora? É simples, a operadora vende
planos de saúde. Quanto mais qualificada for a rede dela, melhor para ela. Não é
obrigatório para um profissional de saúde ou para um hospital ou uma clínica terem
atributos de qualificação. Isso não é obrigatório. Para quem não for a rede própria, não vai
ser obrigatório, para quem não quiser. Agora, será que isso é uma atitude inteligente? Será
que o médico vai concorrer com outro na mesma especialidade? Quem vocês acham que os
consumidores vão procurar na hora que abrir o livrinho? Vão procurar alguém que está
mais bem qualificado? Eu vou passar a palavra... Eu também peço desculpa já
antecipadamente, porque eu não vou poder ficar aqui durante toda a reunião, eu já tenho um
compromisso marcado, mas eu vim aqui prestigiar o COGEP por conta da Raquel.
Obrigada.
Raquel (ANS) – Obrigada Gina. O que eu estava falando... Deu para esclarecer a dúvida?
Porque assim, isso já era divulgado dessa forma e agora vai ser divulgado, digamos, da
forma certa. Quem tem aparece, quem não tem não aparece.
Ata 11ª Reunião COGEP – outubro 2013 7 - 22
Gina Régnier (ANS) – A dúvida que foi levantada é porque, como a resolução tirou a
possibilidade de colocar o médico sem ser com o título registrado no CRM, ou seja, pós-
graduação, mestrado ou o que for, o que fez a operadora ao credenciá-lo, permitir que ele
atuasse...
Raquel (ANS) – Então, ele vai ficar assim mesmo, sem atributo. Caso seja questionado, até
juridicamente, vocês tem esse argumento. Esse médico tem a pós-graduação, mas ele não
está divulgado diferenciadamente porque ele não tem o atributo.
Gina Régnier (ANS) – Ok, mas eu posso continuar divulgando ele mesmo sem ter
especialidade?
Raquel –(ANS) Pode, porque você já divulgava, no seu site já está assim, então...
Gina Régnier (ANS) – Ok.
Raquel (ANS) – Não muda muito. O Wilson tinha pedido...
Wilson Shcolnik (SBPC) – Obrigado, boa tarde. Em primeiro lugar, eu gostaria de
registrar aqui que essa notícia sobre a GERPS, que deixa de existir, para nós é um
retrocesso. Então, eu acho que esse não é um assunto para ser discutido, mas eu gostaria de
manter esse registro aqui na ata, por favor. Em segundo lugar, em relação ao programa,
esse ano na área de laboratórios, a gente está completando 15 anos do programa de
acreditação. Pelo menos do nosso, da Sociedade Brasileira de Patologia Clínica. Nós
consideramos que esse tempo é mais do que suficiente para sensibilizar os laboratórios e
para convencê-los que o caminho da qualidade também é possível. Sobretudo, aqui na área
da saúde suplementar. Nós cumprimentamos a ANS quando a Resolução 275/2011 saiu... A
nossa opinião é que as datas não devem ser mais prorrogadas. A gente tem conhecimento,
pelo menos aqui no Rio de Janeiro, a UNIMED e as Redes Bradesco mandaram cartas para
as suas redes. Pediram informações sobre a qualificação e isso demonstra que eles se
esforçaram em obter esses dados. Eu sei que os sites não mostraram, não refletem o que
está pedido na norma. E me perguntam exatamente qual vai ser o cronograma da ANS
diante desse quadro já que a norma está vigente, as datas já estão vigentes e existem multas
previstas. E, assim como a divulgação para o público. Costumam ser cobrados, porque os
laboratórios acreditados têm todo um interesse em ver essa divulgação pública, então, a
gente precisa dar uma satisfação.
Gina Régnier (ANS) – Wilson, eu fico muito triste de você considerar a troca de nome da
gerência... Foi só a troca do nome, porque, na verdade, as atribuições da GERPS foram
mantidas e foi dado um enfoque maior à qualidade na prestação dos serviços, ou seja, a
qualidade da rede. Então, na verdade, o nome GERPS é que morreu. Eu fico triste, porque
você gostava tanto desse nome... e assim, por considerar um retrocesso... Eu, pessoalmente,
já não gostava da sonoridade do nome. Mas assim, a mudança foi feita para dizer aquilo
Ata 11ª Reunião COGEP – outubro 2013 8 - 22
que a GERPS já fazia há anos e está totalmente mantido e ainda foi reforçado mais pelo
enfoque da qualificação no setor. E agora, eu vou passar a palavra para a Raquel responder
o restante da sua pergunta.
Wilson Shcolnik (SBPC) – Eu queria só comentar antes de você passar para a Raquel,
Gina, que eu sinto muito que você fique triste, mas a sensação que a gente tem, quando eu
lido entre os prestadores de serviços, no momento que a gente quer estimular a
qualificação... eu acho que, por outro lado, a gente tá tendo sérios problemas de encontrar a
qualificação... A gente fica numa situação de grande ansiedade, porque a gente via na
GERPS, que tinha no seu nome “relacionamento com os prestadores de serviços”, um canal
aberto. Se você aqui está nos garantindo que esse canal continua aberto, vamos reduzir esse
nível de ansiedade. Nós precisamos de medidas concretas, porque qualificação sem
contratualização, isso, na prática, não funciona, na vida real é incompatível.
Gina Régnier – Só para esclarecer, a gente tem já uma câmara técnica da contratualização
e, assim, o canal continua aberto de diálogo. Inclusive, para receber contribuições, tem uma
norma agora que está em consulta e é óbvio que não vai ser só consulta, a gente vai
continuar debatendo. Eu só não vou trazer a contratualização para cá, porque esse não é o
fórum para isso nesse momento.
Raquel (ANS) – Respondendo às suas perguntas. Primeiro, em relação ao prazo, esse prazo
foi concedido e nós consideramos que ele é suficiente. Não vamos mexer no prazo. A gente
está aqui no comitê gestor, onde a gente está tirando as dúvidas, onde tem os representantes
e com isso a gente espera que melhore a questão da qualidade da divulgação. Você falou...
Qual foi a segunda pergunta?
(intervenção feita fora do microfone)
Raquel (ANS) – Ah sim, então, cronograma de divulgação, mantido. O cronograma do
QUALISS Indicadores, eu vou passar a falar agora. A sua pergunta é sobre a divulgação
depois a...
Sergio Galvão (FENASAÚDE) – Eu comungo com o que foi dito da Raquel, pela maneira
que conduz o Programa. É absolutamente correta, não tenho nenhum reparo a isso e acho
que a grande maioria das operadoras tem todo interesse que isso avance. Não tenho
nenhuma dúvida disso. Agora, eu acho que a gente precisa cair no mundo real. O grande
problema é esse. Foram citados algumas operadoras que fizeram ações. A operadora na
qual sou diretor fez uma ação efetiva sobre isso, mas tem de tudo... Tinha algumas
operadoras que tinham essa informação e simplesmente pediram uma autorização para
divulgar. Tinha operadoras que não tinham nenhuma informação sobre a qualificação,
então, tem que pedir isso. E depende da boa vontade do médico, depende da boa vontade do
órgão de classe, de permitir isso, depende de uma série de coisas. E, mais do que isso,
talvez em Botafogo seja fácil, mas esse país é gigantesco. A gente tem que entender que, de
Ata 11ª Reunião COGEP – outubro 2013 9 - 22
repente, as operadoras que atendem em nível nacional têm demanda de atendimento em
todas as especialidades. No interior desse Brasil, boa parte dos municípios não tem nem
médico. Eu acho que tem um médico que, de repente, a qualificação dele não é a ideal. De
repente, mesmo que ele tenha, ele não tá disposto a mandar essa informação para a gente.
Então, eu acho que a gente precisa entender que existe o Brasil de Botafogo e existe o
Brasil, com todo o respeito, do interior de Tocantins, do interior do Pará... São realidades
inteiramente distintas e que precisam ser avaliadas. O compromisso, representando a
FENASAÚDE, que estou aqui, é levar para todas as operadoras da FENASAÚDE a
preocupação da Agência de que, aparentemente, algumas operadoras não fizeram isso. Mas
digo que, independente de prazo, a gente tem que entender que o fato da operadora ter feito
a menção para tentar atender, já tem que ser respeitado, porque depende de terceiros. A
gente não pode obrigar ninguém a nos autorizar lá do Tocantins, ou mesmo Botafogo, a
divulgar os seus dados.
Raquel (ANS) – Está certo. Acho que, em relação à questão do Brasil continental, a gente
entende essa diferença e provavelmente no site de Tocantins, com todo o respeito, talvez
você não tenha nenhum médico com “R”, ou com “E”. Pode ser que isso leve algum tempo,
mas o formato, talvez as grandes operadoras possam colocar...
Poliana Silva (PROTESTE) – Boa tarde a todos. Eu não poderia deixar de registrar aqui
que é lamentável a gente voltar aqui no COGEP para discutir prazo, acho que tivemos...
Raquel (ANS) – Não, está discutido.
Poliana Silva (PROTESTE) – A gente já falou muito sobre isso, já teve várias
considerações das operadoras, em reuniões anteriores, questionando os prazos, discutindo.
Eu acho que houve sim prazo suficiente para que houvesse pelo menos um trabalho inicial
para começarmos a ter esse tipo de informação e informações corretas. E aí, eu acho que
você não respondeu a questão, que foi feita Wilson, que é sobre a fiscalização efetiva da
ANS. Agora, o prazo foi setembro, a ANS já tem conhecimento que as grandes operadoras
não estão cumprindo a IN e o que vai ser feito? Vai ser fiscalizado, vai ser dado mais um
prazo para a adequação? O que pode ser feito e o que vai ser feito?
Sheila Lemos (ENSP/Fiocruz) – No COGEP, acho que desde o início, me lembro dessas
discussões desde o início de 2012, discutindo o Programa de Divulgação e o Programa de
Qualificação que são programas que se intercambiam, mas não são a mesma coisa. Eu acho
que, às vezes, a gente se confunde aqui um pouco quando fala de um e fala de outro. Então,
eu vou me ater aqui à questão do Programa de Divulgação. A minha dúvida é justamente
em relação a isso. Eu acho que nós tivemos aqui, cerca de um ano ou mais de discussão,
sobre o Programa de Divulgação e de Qualificação também. Eu acho que isso foi muito
discutido, os prazos, os tempos, a importância da divulgação da qualificação dos
profissionais. Eu me lembro que houve uma discussão aqui, logo no início, que algumas
Ata 11ª Reunião COGEP – outubro 2013 10 - 22
pessoas se colocavam contra a divulgação, porque ao contratar um prestador, não
necessariamente receberia essa qualificação do prestador e eu fiquei me perguntando, e até
citei isso como exemplo, eu como usuária, quando eu procuro lá e vejo que o João é
psiquiatra, eu espero chegar lá e ele ser um psiquiatra. Só que, às vezes, acontece que ele
não é um psiquiatra. Um psiquiatra não é um bom exemplo, mas... E isso é muito ruim para
mim que sou usuária. Por outro lado, se eu sou uma operadora e sou um órgão contratante...
Por isso, também a importância da contratualização. Isso tem que andar junto mesmo. Se eu
sou uma operadora e estou contratando um prestador, seja ele hospital ou prestador
individual, eu, como contratante, tenho que pedir a qualificação daquele prestador. Então,
como é que eu vou contratar um oftalmologista se ele é um clínico geral? Para ele fazer
oftalmologia, não posso. Então, eu tenho que exigir desse profissional sim, como
contratante. Como os concursos públicos exigem, a certificação da qualificação daquele
prestador. Só para fazer um pouco essa defesa, porque eu acho que foi amplamente
discutido aqui no COGEP. Então, de fato, não se coloca mais extensão de prazo. Agora,
obviamente que é um processo de mudança cultural e que há realidades e realidades, mas
nós estamos nas operadoras com mais de 100 mil vidas, portanto são operadoras mais
estruturadas. Suponha-se que, não, tudo bem, eu acho que tem que ter sim, mas veja...
(intervenção feita fora do microfone)
Sheila Lemos (ENSP/Fiocruz) – Pois é, mas aí vamos pensar o geral e as situações
específicas e eu acho que tem que ter flexibilidade para discutir. Agora, a minha pergunta
para vocês é a seguinte: você mostrou os sites e como é que estão. A operadora é obrigada a
prestar informação desde que o prestador informe para ela, mas ela não tem como cobrar do
prestador. Como é que você sabe por aqui, que a operadora, por exemplo, não colocou a
informação do José João, porque o José João se recusou. E aí se o José João se recusou, a
ANS não pode fazer nada. Então, essa informação você precisa ter, se não, você vai multar
uma operadora equivocadamente, porque você não pode multá-la por causa disso.
Raquel (ANS) – Eu acho que essa pergunta complementa a pergunta da Poliana e talvez
seja a dúvida da maioria das pessoas. De acordo com a RN 267/2011, nas penalidades, a
operadora só é passível de sanção e multa se ela deixar de fazer a divulgação da
qualificação do prestador. Então, nos casos que estão divulgados de forma errada, ela não é
passível de multa. Passível de multa é aquela última que não se deu ao trabalho de colocar
nada. No mais, nós vamos orientando principalmente os representantes, que façam a
divulgação corretamente. Eu acredito que quando o usuário for possuidor dessa informação,
ele mesmo vai ser o principal fiscal da Agência. Mas, de qualquer forma, nós estamos
construindo um sistema de informação que está praticamente pronto, com todas as
especificações, para ser entregue até fevereiro ou março de 2014, coincidindo com o final
do prazo. Com esse sistema, as operadoras vão ter que enviar da mesma forma que elas
colocam no livrinho e no site. Tem que chegar aqui. Então, de uma forma pró-ativa, a gente
vai saber quem está fazendo ou não a divulgação. Mas, como eu falei, eu acho que o
Ata 11ª Reunião COGEP – outubro 2013 11 - 22
conhecimento do programa pelo beneficiário também vai facilitar, porque tem duas formas
de pegar algum tipo de infração. Caso chegue uma denúncia do próprio prestador, quando
falar: “Eu mandei no material e não foi divulgado”, isso é passível de multa. Ou o próprio
beneficiário: “A minha operadora não está mostrando qual é a qualificação do médico que
eu estou procurando”. E, através do sistema, vai ficar mais fácil de fiscalizar, porque com
um Brasil desse tamanho, fiscalizar todos os livrinhos, não seria possível.
Rosemary Nascimento (Sociedade Brasileira de Citopatologia e Sociedade Brasileira
de Patologia Médica) - Eu queria tirar uma dúvida. Eu não estive aqui no momento da
discussão do CFM e da AMB, mas existe uma restrição no nosso código de ética, que o
médico não pode divulgar aquilo que ele não faz. Então, é muito simples, ninguém pode
constar ali como psiquiatra se não tem uma mínima residência em psiquiatria. Eu acho
claro e cristalino. Eu não estava nas discussões, mas eu fiquei um pouco sem saber que
desentendimento é esse, se é tão claro.
Raquel (ANS) – Pelo entendimento do CFM, o médico se forma generalista. Ele pode
atuar em qualquer área, mas, para divulgar, ele precisa ter uma especialização. Então, cabe
ao conselho fiscalizar o que tá sendo feito e a ANS fiscaliza a parte dela. Em relação ao
programa de Divulgação, alguém mais quer falar alguma coisa?
Virginia Rodarte (ABRAMGE) – Raquel, nessa discussão que nós tivemos, teve uma
outra dúvida, até desculpa se isso já foi tratado em outras reuniões... No caso das entidades
acreditadoras para hospitais, a norma fala que teria que apresentar o selo da acreditadora,
mas no manual, as três que constam, elas são as entidades avaliadoras e não as
acreditadoras. Existe algum motivo para ser a acreditadora e não a avaliadora?
Raquel (ANS) – Não, quem concede o certificado é a ONA ou o CBA ou o IQG. Mesmo
que elas sejam tratadas como entidades acreditadoras. Porque dentro da ONA, você tem
várias outras entidades acreditadoras. Mas consagradas aqui no Brasil, são essas três.
Inclusive, porque as três têm também a certificação da ISQua. A ONA faltava ter
certificação da ISQua e agora já tem. Então, são as três que são reconhecidas pela ANS,
porque são reconhecidas pela sociedade internacional que é a acreditadora das
acreditadoras. No caso da ONA, a divulgação é para o nível três, o que também foi
discutido no COGEP.
Ana Paula Nucci (SINOG) – Só para esclarecer, no caso da odontologia, vai seguir a
mesma linha então de divulgação do... O dentista, por exemplo, se ele é especialista, mas
ainda não registrou o título no conselho, eu continuo divulgando naquela especialidade
normalmente, mas a partir do momento que ele registrar o título no conselho, ele vai
aparecer com um “E”.
Raquel (ANS) – Exatamente. Quando ele tiver o atributo, ele vai ser divulgado com o
atributo. Se não, a divulgação é feita exatamente como ela vem sendo feita nesse período
Ata 11ª Reunião COGEP – outubro 2013 12 - 22
todo. Eu sabia que a divulgação ia tomar um pouquinho mais de tempo, porque está na hora
mesmo de ser discutida, para que, em março, a gente já possa ter sanado essas questões. Em
relação aos subcomitês, nós estamos chamando de subcomitês os subgrupos de trabalho. Eu
vou apresentar o andamento de cada um. No subcomitê de indicadores de SADT, nós
dividimos em sete subgrupos, porém três são os subgrupos que estão em andamento. Nós
abrimos frente de trabalho de acordo com aquilo que nós podemos dar continuidade. Então,
os laboratórios de análise clínicas começaram desde o final de 2011, início de 2012. Foram
quatro reuniões e vou apresentar a evolução desse grupo. O subgrupo de oncologia
começou um pouco depois, mas está se desenvolvendo também muito bem e já temos uma
cesta de indicadores. O subgrupo de anatomia patológica também. Esses três subgrupos
estão evoluindo muito bem. Falando em cronograma, eu vou apresentar o andamento de
cada um. Nós acreditamos que a fase de planejamento dos três subgrupos já esteja
acabando, porque os três já definiram uma cesta mínima de indicadores. A partir daí, nós
vamos entrar na fase de testes, que é a fase de avaliação controlada. Cada um com sua
especificidade. No subgrupo de análises clínicas, nós discutimos bastante a questão de qual
seria a unidade de avaliação. Uma vez que, o que importa ao beneficiário, é o nome que
aparece no livrinho, independentemente da marca que ele possa vir a ter. Então, eu estou
falando do laboratório “XYZ”, que se localiza naquela rua e ele vai ter ou não o “Q” como
atributo de qualificação. E não a rede toda, porque nós sabemos que tem várias redes de
laboratórios. Isso foi bastante discutido. Para que a gente chegue nessa unidade de
avaliação, a gente vai ter que cruzar o CNPJ com a marca e com a unidade de atendimento.
Porque é na unidade de atendimento que o beneficiário se sente atendido. É ali que ele vai
buscar a qualificação ou não. Essa unidade foi estratificada por volume de pacientes. Da
mesma forma que os indicadores hospitalares, nós vamos ter que fazer comparação de
laboratório, de acordo com o volume de atendimento. Os menores, os médios e os maiores.
Nesse momento, se optou em não avaliar as unidades intra-hospitalares. Quando você tiver
um laboratório exclusivamente dentro do hospital, ele não vai ser avaliado, porque o
hospital pode ser avaliado como um todo dentro do módulo hospitalar. Mas se, por acaso,
aquele hospital tiver na sua unidade, uma abertura para laboratório, um posto de coleta, ela
poderá fazer parte do QUALISS. Então, está em análise a primeira cesta dos indicadores
essenciais e nós já temos uma reunião marcada para o dia 22 de novembro, provavelmente
a gente, vá “bater o martelo” nessa cesta e começar a confecção das fichas. Essa, então, é a
cesta, seguindo a mesma lógica dos domínios de avaliação da qualidade, acesso, segurança
e centralidade no paciente. Nós colocamos dois indicadores por domínio, os que estão em
vermelho, eles podem vir a ser indicadores recomendáveis e os que estão em preto são
obrigatórios, são essenciais. Eu vou passar para o próximo, isso é só para dar uma idéia,
depois eu vou encaminhar a apresentação para quem está aqui. E o domínio efetividade,
eficiência e equidade também. Temos indicadores para cada um. O terceiro fica como
sendo um indicador recomendável. Já o subgrupo de oncologia teve cinco reuniões e foi
definida a estratificação por tipo de serviço. Quais vão ser os serviços que vão ser avaliados
e comparados separadamente. Então, foi definido no grupo que os serviços isolados de
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quimioterapia vão ser avaliados juntos, os isolados de rádio juntos e os serviços mistos vão
ser avaliados juntos. Também está em análise a primeira cesta de indicadores essenciais e
temos uma reunião para o dia 19 de novembro. E nós partimos inclusive para a confecção
das fichas desses indicadores. Provavelmente, eles estarão saindo da fase de planejamento
agora no ano de 2013. Esses são os indicadores definidos pelo grupo, também seguindo a
mesma lógica de domínios de avaliação com dois indicadores por domínio. O grupo de
anatomia patológica também já definiu a forma de avaliação do grupo, com quatro subáreas
que podem ser avaliadas. Elas vão ser avaliadas pelo mesmo conjunto de indicadores,
podendo se aplicar ou não àquela área de concentração. Não vai ser aplicado porte, só a
complexidade. Também não vai ser considerada a localização, porque em hospitais
separamos os que são de região metropolitana e os que não são de região metropolitana.
Também o grupo evolui bem. Já definimos uma primeira cesta de indicadores e inclusive os
participantes já começaram a confecção das fichas, como tive notícias essa semana. A
próxima reunião será em dezembro. Essa é a cesta de indicadores, lembrando que dois
serão obrigatórios e dois serão recomendáveis, para cada domínio.O subgrupo dos hospitais
avançou agora um pouco mais. Tivemos, no ano de 2012, seis reuniões. Nesse período, foi
definida a cesta dos indicadores. São 26 indicadores. As fichas técnicas foram
confeccionadas, são bastante detalhadas, e estão disponíveis no site da ANS desde
dezembro de 2012. Em janeiro de 2013 nós começamos a avaliar um grupo de hospitais
voluntários. Tivemos 66 hospitais inscritos e foi iniciada a avaliação controlada. Dessa
cesta de indicadores avaliados, nós fizemos seis ciclos de avaliação em hospitais
voluntários. Então, no ano de 2013, nós avançamos na questão da ponderação, da
pontuação desses indicadores. A partir do momento em que foram testados e se mostraram
exeqüíveis, nós podemos ver o desempenho desse grupo de hospitais voluntários e traçar,
através das medidas centrais, o que seria o benchmarking... o que fica abaixo e do que fica
acima e com isso nós obtemos a pontuação desses indicadores. Esse modelo de pontuação é
bem parecido com o que é feito na qualificação de operadoras aqui da ANS. A pontuação,
na reunião passada, eu apresentei como é feita, nos quadrinhos para cada indicador. Esse
quadrinho vai aparecer nas novas fichas dos indicadores. O Eduardo está trabalhando em
uma versão nova dessas fichas, junto com a pontuação. Isso vai formar o anexo da IN,
contendo as regras para a generalização do uso. Então, com a evolução, com a experiência
que se ganhou nesse grupo de voluntários, nós podemos montar novas fichas, já
considerando os ajustes necessários nos indicadores testados e já considerando a pontuação.
A partir daí, as regras do jogo para a entrada dos hospitais, tanto os que forem entrar de
forma voluntária quanto os que entrarem de forma obrigatória, já vão estar estabelecidas na
instrução normativa. Vou apresentar a minuta da IN para que este grupo possa fazer
considerações. Lembrando que, esse quadrinho aqui tem que estar na mente de todo mundo
que participa do COGEP. É o ciclo de vida dos indicadores, que nós estamos o tempo todo
discutindo. Esse aqui é dos indicadores hospitalares, que passaram pelo planejamento em
2012, foram testados em 2013, para, entre 2013 e 2014, entrar na fase de generalização do
uso. Aí, então, será aberto para os outros hospitais e para os hospitais da rede própria será
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obrigatório. Lembrando como foi a avaliação controlada, nós tivemos a adesão de 66
hospitais inscritos, sendo que, no formulário de estrutura, 59 efetivamente se inscreveram.
Nós tivemos uma variação de envio de dados, nos seis ciclos, de 48 a 59 hospitais. O que,
dentro da literatura que nós consultamos, está num patamar bem aceitável. A maioria dos
grupos que trabalha com indicadores nunca consegue obter 100% e nós ficamos sempre na
faixa de 80, 87, 89 %. Isso proporcionou um ganho de expertise de informação grande para
a nossa área técnica poder continuar o programa. Dos 26 indicadores, só dois precisaram de
ajustes. Na última reunião com o grupo de hospitais, nós discutimos exatamente os
indicadores com problemas e foram apresentadas algumas sugestões de solução. E nesse
novo versionamento das fichas, estamos incorporando as soluções para os indicadores que
tiveram algum tipo de problema.
Poliana Silva (PROTESTE) – Então, só para eu entender... Um dos que teve problema, o
“Tempo de espera em urgência e emergência”, você pode nos falar qual foi o tipo de
problema? O que solucionado pelo grupo?
Raquel (ANS) – Posso. Se vocês quiserem, eu posso entrar em detalhes neles todos, é só a
questão mesmo de tempo. A maioria das nossas emergências não está adequada para medir
esses tempos. Então, o tempo de espera na emergência não pode ser simplesmente uma
média de qualquer paciente que entra e que é atendido, porque não adianta eu comparar
quem chega com uma gripe com quem chega com um infarto. Então, isso já é, digamos
assim, um grau de dificuldade que esse indicador apresenta, porque, obrigatoriamente para
fazer esse indicador, o hospital precisa classificar o risco desse paciente. Então, ele precisa
ter um suporte de acolhimento, uma triagem que vá especificar. Então, tem que fazer o
somatório do tempo do momento que o paciente entra no hospital até o momento que o
paciente recebe o seu primeiro atendimento. Ou se ele faz a classificação por cinco, por
três, ou por quatro níveis de gravidade. E como a gente tem que padronizar exatamente esse
tempo, porque se não a gente não consegue medir, o problema desse indicador foi a
adaptação desses hospitais. Tem hospitais fazendo obra para conseguir atingir esse
indicador. Os que não conseguirem vão acabar não pontuando. Mas o que a gente espera?
Que o programa faça com que a maioria queira entrar e melhorar a sua pontuação. Então,
por exemplo, um hospital de São Paulo, até muito bom, está colocando um totem na entrada
para conseguir medir aquela entrada. Ele colocou a triagem e classificação de risco para
todo mundo e, no sistema dele de atendimento, ele consegue medir o primeiro horário de
atendimento. Assim, ele consegue separar os pacientes por risco e fazer o tempo de espera
para cada paciente. A gente acabou optando por manter como ele está. Nós estamos
melhorando as fichas, melhorando o entendimento, o que é cada tempo. Tem mais alguma
coisa que você queira falar?
Eduardo (ANS) – Quando você não tem um sistema de medição muito preciso, acaba que
otimiza esse tempo. Então, apareceram tempos de espera muito reduzidos e que nós
acreditamos que não sejam verdadeiros. Porque esses tempos de espera, na verdade, estão
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refletindo a ausência da contagem de tempo, desde que o paciente entra no hospital.
Especialmente, o tempo de espera entre a entrada no hospital e a classificação de risco, que
é problemático, porque a classificação de risco, em geral, é um enfermeiro que faz. Então, é
anotado um tempo. Mas o tempo entre a entrada e a classificação de risco é problemático.
Então, estávamos com tempos muito reduzidos, especialmente, para os pacientes não
graves. A gente espera, quer dizer, no paciente vermelho, a emergência propriamente dita,
que haja também uma dificuldade, porque o tempo vai... Ele acaba sendo o tempo que o
médico finalizou o procedimento e não o tempo que ele iniciou o procedimento. E como o
médico fica mais tempo com os pacientes mais graves, então acabou acontecendo isso.
Tivemos um tempo para um emergente muito alongado do que se esperava e o tempo para
os não graves muito reduzido. Que a gente sabe que não é a realidade. Que você deve saber
que não... Então, eu acho que isso é uma questão de ajuste, o indicador é bom.
(intervenção feita fora do microfone)
Eduardo (ANS) – É o tempo da entrada do paciente no hospital. Para os pacientes
emergentes, que entram de ambulância, que passam direto, podemos até ter um tempo
imediato, que até a meta é um tempo imediato, mas eu acho que isso nós vamos resolver de
uma forma fácil. O problema está nos pacientes não graves, de marcar esse tempo da
entrada dele através da obtenção da senha na entrada, alguma coisa nesse sentido... Para
que seja contado esse tempo até a triagem, porque o que está... Se você contar a triagem
como tempo zero, você vai ter um tempo diminuído, o tempo de espera fica diminuído,
porque da triagem vai logo para... Então, essa contagem, e a Raquel citou um... Eles estão
dando várias soluções. Eu acho que o que tem de positivo é que os hospitais estão
encontrando soluções.
Raquel (ANS) – Exatamente. Teve um hospital que colocou a triagem na frente de tudo.
Então, ele começa a contar exatamente na hora que o paciente entra. Aí, depende um pouco
do volume, da localização... Cada um está buscando o seu ajuste, mas o que a gente fez
com a ficha técnica foi deixar bem claro onde tem que ser marcado o tempo de entrada e o
tempo de atendimento.
Eduardo (ANS) – Exato.
Raquel (ANS) – Bom. É o último slide. Só lembrar que esse “Q”, que é o nosso atributo de
qualificação do QUALISS, não vai ser recebido quando da entrada no programa, mas caso
o prestador que entre no programa tenha uma pontuação mínima que nós estamos
calculando com a média que foi feita desse grupo avaliado. Aí então, os ajustes dos
indicadores eu já falei, o novo versionamento da ficha eu já falei... Estamos fazendo um
novo formulário para facilitar a vida dos prestadores que participaram como voluntários.
Também foi bom que nós testamos o formulário de envio de dados e nós estamos
melhorando esse formulário. E falta a publicação da IN, que nós vamos ver a minuta depois
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do cafezinho. Agora, vamos fazer uma pausa para o café. Para não acabar muito tarde, essa
é a minuta da IN que vai regulamentar a RN 275/2011. Como a gente já fez com outros
normativos, antes deles seguirem os trâmites normais para a publicação, a gente faz uma
leitura no COGEP e depois eu encaminho a vocês os tópicos, para poderem ser feitas as
considerações. Eu acho que um prazo para que a gente não perca muito tempo com a
publicação seria até o final de outubro. A gente vai lendo e podem ser feitas as
considerações ao longo... Desculpa, esse número treze está errado. Ela ainda está sem
número, pois não foi publicada. Ela regulamenta a RN 275/2011, em especial, no que tange
ao monitoramento da qualidade assistencial dos prestadores de serviços hospitalares. Então,
cada módulo referente aos subgrupos vai ter uma instrução normativa. É claro que todas
vão seguir o mesmo modelo, que o programa está sendo construído da mesma forma para
todos, com as especificidades de acordo com o tipo de prestador. Então, essa é dos hospitais
que tão partindo para o estágio E3 do ciclo de vida dos indicadores, do Programa de
Monitoramento da Qualidade dos Prestadoras de Serviços e na Saúde Suplementar,
QUALISS da ANS. A ementa, a gente não precisa ler, é só o que está relacionado, aos
artigos que ela está regulamentando da RN 275/2011, que seria o sete, o oito e o nove.
Disposições preliminares, essa instrução normativa regulamenta a RN 275, de 1º de
novembro de 2011, em especial no que tange... É praticamente o que está lá em cima.
Artigo segundo: “Serão disciplinadas nessa IN os seguintes componentes do Programa de
Monitoramento da Qualidade dos Prestadoras de Serviços na Saúde Suplementar,
QUALISS, especificamente, para os prestadores de serviços hospitalares. Aí, esses incisos
trazem exatamente o que vai ser regulamentado nessa IN. As fichas técnicas dos
indicadores hospitalares, contendo as suas fontes de dados, bem como a metodologia a ser
empregada e a periodicidade do envio dos dados. O sistema de informação de obtenção dos
dados necessários para o cálculo dos indicadores. Inciso três: “os critérios a serem
utilizados para o cálculo da pontuação dos indicadores no programa”. Quatro: “os prazos e
meios pelos quais os prestadores poderão enviar os questionamentos aos resultados
preliminares”, lembrando que na RN 275/2011, está previsto que o prestador tem um prazo
para rever o dado que encaminhou. No nosso período de testes dos indicadores, a gente não
contabilizou esse tempo, mas no processo da generalização do uso, entra a regra que já está
estabelecida na RN 275/2011. Os mecanismos de auditoria, que sempre foram um
questionamento desse grupo, os dados enviados pelos prestadores de serviços hospitalares e
a divulgação pública dos resultados dos indicadores. Então, são seis incisos que vão ser
tratados. Estarão obrigados a apresentar as informações necessárias para o programa
QUALISS, os prestadores de serviços hospitalares pertencentes à rede própria das
operadoras de plano de saúde. Os demais prestadoras hospitalares que compõem as redes
assistenciais das operadoras poderão participar do programa voluntariamente. “São
requisitos para a inclusão dos prestadores hospitalares no programa QUALISS. Primeiro, é
integrar a rede assistencial da saúde suplementar. Segundo, possuir instalações físicas
específicas, destinadas à acomodação de pacientes para a permanência por um período
mínimo de 24 horas. Terceiro, ter licença de funcionamento atualizada e emitida por órgão
Ata 11ª Reunião COGEP – outubro 2013 17 - 22
da vigilância sanitária e quarto, constituir legalmente e manter ativas as seguintes
comissões... Todas essas comissões foram discutidas no COGEP e elas já estão
regulamentadas por outros órgãos que são os responsáveis. Então, a Comissão de Controle
de Infecção Hospitalar, inclusive, é por uma lei; Comissão de Ética Médica, se possuir mais
de 15 médicos em seu corpo clínico, Resolução do CFM 1.657/2002; Comissão de Revisão
de Prontuário, que é regulamentada pela Resolução do CFM 1.638/2002; e Comissão de
Revisão de Óbitos. A Comissão de Revisão de Óbitos é regulamentada por alguns
conselhos regionais, o CFM não tem uma norma. Quinto: realizar o Censo Hospitalar
Diário, de acordo com a Portaria Ministerial nº 312/2002. Seis: Possuir no mínimo 20 leitos
no total e possuir prontuário único, conforme Resolução também do CFM. Parágrafo único:
para efeitos da IN, poderá ser solicitada a documentação comprobatória dos requisitos
definidos neste artigo aos prestadores participantes do programa a qualquer tempo. Artigo
4º: “Para obtenção do Atributo de Qualificação - Participação no Programa QUALISS da
ANS, descrito na alínea “c”, do inciso I, do artigo 5º, da RN 267/2011, o prestador de
serviço hospitalar deverá atingir uma pontuação mínima, especificada no anexo desta IN”.
Das Disposições Gerais. Do sistema de informação utilizado para o cálculo dos
indicadores: “o envio dos dados necessários para o cálculo dos indicadores do estágio de
generalização do uso (E.3) do programa QUALISS, especificamente, para os prestadores
hospitalares, será feito por meio de um formulário eletrônico, que é o FormSUS,
disponibilizado ao prestador por meio da internet e com acesso restrito por um login e uma
senha para cada hospital. Essa ferramenta é a que nós estamos usando, que usamos nessa
fase de avaliação controlada. Ela funciona muito bem porque nós temos um projeto de um
sistema de um software que já está em construção, mas que não vai dar tempo de ficar
pronto até a generalização do uso. Como a ferramenta nos atende muito bem e o banco de
dados do DATASUS também não tem limite de informação, a gente vai continuar usando.
Dos critérios a serem utilizados para o cálculo da pontuação dos indicadores e para
avaliação. A ANS usará critério de arredondamento padronizado para os resultados dos
indicadores e de suas respectivas pontuações, assim como dos resultados finais obtidos pelo
prestador hospitalar. Receberá zero no resultado do indicador o prestador que: em qualquer
domínio apresentar inconsistência dos dados necessários ao calculo do respectivo
indicador; não atingir o desempenho esperado para cada indicador especifico, de acordo
com a tabulação definida na ficha técnica dos indicadores, que vai estar descrita no anexo;
deixar de enviar os dados referentes aos indicadores por meio do formulário eletrônico, nos
prazos estabelecidos nessa IN. Serão avaliados os prestadores que efetivamente enviarem
seus dados para cálculo dos indicadores por no mínimo 80% das competências no período.
Esse período, nós vamos discutir lá embaixo, pode ser um período avaliativo de seis meses
a um ano. A maioria dos programas que nós observamos, tanto que foi até trazido pelo
Henri da última vez, faz a divulgação em um ano. Então, provavelmente, a gente vai
manter, o prestador que enviar mais de 80% vai ter o seu dado divulgado. Caso ele não
envie ou envie menos de 80%, ele não vai ter o seu dado contabilizado. Dos prazos e meios
pelos quais o prestador hospitalar poderá enviar os questionamentos aos resultados
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preliminares. Esse artigo 9º foi tirado exatamente como está na RN 275/2011. Os dados
brutos e outras informações necessárias ao cálculo dos indicadores serão previamente
disponibilizadas pela ANS de forma individualizada ao próprio prestador para que esse
possa realizar as devidas correções, que entender pertinentes, reencaminhando os dados e as
informações corrigidas à ANS, com as devidas justificativas. Depois de disponibilizados os
resultados preliminares, os prestadores hospitalares terão 15 dias para enviar esses
questionamentos, devendo remetê-los, exclusivamente, por meio do endereço eletrônico
indicado. O prestador deverá enviar os questionamentos somente por intermédio do
endereço eletrônico mencionado no caput, identificando seu número de identificação no
sistema QUALISS e a ANS analisará a pertinência da justificativa para as correções
realizadas, informando ao prestador o acatamento ou a rejeição. As respostas também serão
enviadas exclusivamente por e-mail. Os mecanismos de auditoria dos dados enviados pelos
prestadores de serviço. Dentro de tudo que nós discutimos, é o que já existe de consenso e
algumas questões ainda estão para serem discutidas. Os prestadores de serviços hospitalares
participantes do QUALISS poderão ter os seus dados referentes aos indicadores
hospitalares auditados a qualquer tempo ao longo de cada ciclo de avaliação. A
metodologia de auditoria é definida pela ANS com a anuência do COGEP e será aplicada
por uma terceira parte. Então, nós vamos ter uma terceira parte aplicando, não é a ANS que
vai fazer auditoria. Serão mecanismos de deflagração de auditoria em prestadores de
serviços as evidências apontadas pelo sistema de informação do programa sobre
inconformidades e inconsistência dos dados para compor os indicadores. Cada indicador do
programa terá um roteiro de avaliação para inspeção local. As instituições auditadas
deverão disponibilizar aos auditores toda documentação comprobatória necessária. O
quarto e o quinto parágrafos estão em discussão. Pode ser que haja custo para os hospitais
auditados e a auditoria poderá ser feita por meio de uma amostra aleatória ou em todos os
hospitais participantes antes da divulgação dos resultados. Está sendo pensada a forma de
contratação pela Agência de uma entidade especializada em auditoria, que tenha idoneidade
para fazer esse tipo de trabalho. Por conta disso, a gente não sabe se vai haver ou não algum
custo financeiro para os hospitais auditados e se nós vamos fazer por meio de uma amostra
ou talvez em todos os hospitais, antes da divulgação. Isso vai depender do termo da
referência que nós estamos preparando. Da divulgação pública dos resultados. A ANS
promoverá a divulgação pública dos resultados assistenciais obtidos com o cálculo dos
indicadores por meio do seu portal na internet. A periodicidade da divulgação poderá ser, aí
a dúvida que eu coloquei, semestral ou anual. Porém, os dados serão enviados mensalmente
à ANS. A divulgação pública dos resultados do QUALISS será feito nos mesmos moldes
da divulgação dos resultados do Programa de Qualificação de Operadoras. Das disposições
finais. As fichas técnicas dos indicadores hospitalares e a metodologia estatística de
pontuação dos indicadores para obtenção do Atributo de Qualificação “Q” estão definidos
no anexo desta IN. Para efeitos de comparação dos resultados dos indicadores será utilizada
uma classificação por porte, complexidade e localização geográfica do prestador de serviço
hospitalar. Essa classificação encontra-se no anexo da IN que é a mesma classificação que
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foi feita pelo grupo. O anexo vai estar disponível para consulta, cópia e download no site da
ANS. A IN entra em vigor na publicação. Está aberto para o grupo se manifestar.
Wilson Shcolnik (SBPC) – Raquel, dois pontos me chamaram atenção. Você mencionou
que os hospitais terão 15 dias para efetuar as correções de cálculos nos indicadores que
forem considerados inconsistentes ou com possibilidades de erros pela ANS. Mas você não
mencionou nada sobre a estrutura que a ANS dispõe para realizar essas análises dos dados.
Porque nos primeiros, estou entendendo, as inconsistências devem ser identificadas pelo
sistema, mas já a do nove, que vai ser feita depois, vai ser feita por técnicos da ANS. Em
que prazo? Então, essa é a minha primeira dúvida. A segunda diz respeito às penalidades
eventuais que possam ser impostas aos hospitais diante de inconsistências verificadas
periodicamente ou de forma reincidente nas auditorias.
Raquel (ANS) – Você tem razão Wilson. Na verdade, faltou colocar outros artigos
referentes à auditoria quando houver alguma infração ou alguma inconsistência dos dados.
Tinha sido pensado, mas eu acabei não colocando aqui, que existem dois tipos de
problemas que podem ser encontrados. Um é um erro incidental e outro é a fraude. Então,
tem que ter dois tipos de penalidades ou de consequências. Provavelmente, se for detectada
fraude, aquele prestador não vai ser divulgado. Esse é simples. Na questão de erro por uma
inconsistência, pode ser que ele seja penalizado só na pontuação daquele indicador. Então,
são essas duas situações que estão sendo pensadas para, digamos assim, algum tipo de
penalidade. Em relação ao prazo para devolutiva da ANS, não foi colocado
propositalmente, porque, no formato que nós recebemos, a gente consegue devolver, mas
essa análise leva um pouquinho mais de tempo. Talvez a gente tenha que passar dos 15
dias. Talvez seja para o próximo mês, mas o importante é que não vai ser divulgado algum
erro que tenha sido detectado por ele na primeira avaliação. É, sem dúvida a IN nem vai
poder ser publicada se não tiver definido esse prazo, porque a própria Procuradoria Geral
vai perguntar.
Maria Eugênia Cury (Anvisa) – Boa tarde. No inicio, quando coloca quais são as
comissões que as instituições têm que apresentar obrigatoriamente, não seria o caso de
incluir aí a questão do núcleo de segurança do paciente que passou a ser obrigatoriedade
agora com a Portaria do MS?
Raquel (ANS) – É, bem lembrado.
Maria Eugênia Cury (Anvisa) – Uma sugestão: que o núcleo apareça porque ele passou a
ser obrigatório agora.
Raquel (ANS) – Exatamente.
Maria Eugênia Cury (Anvisa) – E já tem o prazo. Na RDC que regulamenta isso, o prazo,
senão me engano, foi de 150 dias para que ele entrasse em vigor...
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Raquel (ANS) – Mas Maria Eugênia, aproveitando que você está a par de todo o Programa,
nós colocamos como obrigatório a Comissão de Infecção Hospitalar, a Comissão de
Prontuários, que elas podem ser, inclusive, aproveitadas para ser o núcleo, não é?
Maria Eugênia Cury (Anvisa) – Sim.
Raquel (ANS) – Pode ser que haja uma coincidência dessas duas comissões?
Maria Eugênia Cury (Anvisa) – Pode. Isso depende de cada instituição. A instituição das
comissões fica a cargo da instituição saber como que ela tem que se estruturar. O que ela
precisa é estruturar.
Raquel (ANS) – E já está regulamentada em RDC?
Maria Eugênia Cury (Anvisa) – Já. A RDC deixa aberta a forma como isso vai ser feito.
Não tem regra fixada, cada instituição pode fazer da maneira que quiser. Agora, existem
tarefas, responsabilidades, que esse núcleo tem que cumprir.
Raquel (ANS) – Poderia não ter na outra comissão.
Maria Eugênia Cury (Anvisa) – Qualquer que seja a estrutura que a instituição venha a
pensar, ela tem que ser uma estrutura que seja passível de cumprir aquelas tarefas que estão
definidas.
Pessoa não identificada – Duas dúvidas, Raquel. Primeiro, nos hospitais especializados,
quais serão os critérios de qualificação? Serão os mesmos? Serão adaptáveis? Segundo, se
você for fazer um rateio de custo de auditoria com os hospitais, na minha opinião, você vai
inviabilizar a adesão. Então, eu sou contra o rateio de custos, que está em vermelho ali. E
quanto aos hospitais especializados, maternidades, por exemplo, hospitais especializados
em ortopedia, você estabeleceu já um parâmetro ali de 20 leitos. Tudo bem, mas eu tenho
hospitais especializados com mais de 20 leitos. Eles poderão ser qualificados? Como? De
que forma?
Raquel (ANS) – É. Dentro da classificação dos hospitais, mesmo pegando só por porte e
complexidade, dentro do nosso estudo piloto nós tínhamos tanto maternidade quanto
hospitais oncológicos e eles acabaram sendo selecionados para alta complexidade e
acabaram sendo comparados. Mas a gente deixou espaço na hora do preenchimento para
que se coloque hospitais especializados. Como a gente vai ter um ano de avaliação, se esses
hospitais especializados não se enquadrarem no grupo de avaliação, eles vão ser retirados.
Esse cuidado a gente está tendo. Mas você tem razão de perguntar porque não está escrito.
Provavelmente, no manual, quando a gente colocar a classificação que foi definida pelo
grupo, a gente pode colocar uma observação que “não cabendo na qualificação, ele vai ser
avaliado separadamente”. Em relação ao rateio, é uma questão que está sendo discutida em
nível gerencial. Eu argumentei da mesma forma que você, porque eu imagino que, ouvindo
Ata 11ª Reunião COGEP – outubro 2013 21 - 22
e participando do grupo esse tempo todo, eu já imaginava. Mas, por outro lado, foram
colocados outros argumentos, que até fazem sentido. Por exemplo, o Programa QUALISS
não é um programa de acreditação. Ele é um programa muito mais simples. Mas o hospital
precisa ter algum tipo de estrutura para coletar informações corretamente, avaliar essas
informações, para fazer uso dessas informações. Por conta disso, se o hospital paga para ter
um certificado de acreditação, ele poderia também ter um custo para ter o seu selinho
QUALISS. Apesar do QUALISS não ser uma certificação, ele vai diferenciar esse hospital
no livrinho do convênio. Então, é a discussão que está posta, mas eu acho que só depois que
nós tivermos definido a entidade que vai fazer, porque nós estamos tentando fazer com
entidades públicas para não ter conflito de interesses, é que a gente vai poder trazer esse
dado aqui.
Pessoa não identificada – Eu acredito, Raquel, que comercialmente será muito importante
para o hospital ter o selo de qualificação, obviamente, só que o processo de acreditação é
um processo caro, mas qualquer despesa para o hospital já repercute e fala contra a adesão
a uma coisa que ele vai ganhar no futuro...
Raquel (ANS) – Mas ele pode não ter, digamos assim, capacidade para arcar com o custo
de uma acreditação e ter para uma auditoria do QUALISS... São medidas diferentes, mas
isso não está definido...
Pessoa não identificada – Estamos falando do Brasil todo...
Raquel (ANS) – Alguém mais? Não?
Eduardo (ANS) – Queria falar só uma questão. Não seria interessante também colocar os
critérios de exclusão na norma? Os critérios de inclusão são claros, mas os de exclusão...
Raquel (ANS) – Tem razão. Inclusive nós temos até os critérios de exclusão definidos, mas
não foram colocados na norma.
Eduardo (ANS) – Não foram colocados, porque, às vezes, como ele mesmo disse, o
hospital pode entrar nos critérios de inclusão, mas não são os hospitais que nós queremos
avaliar agora. Me lembrei, especificamente, dos hospitais psiquiátricos e as instituições de
longa permanência, de pacientes terminais...
Wilson Shcolnik (SBPC) – Eu só queria complementar o que o Eduardo falou. Se por um
lado é importante constar da IN os critérios de exclusão, importante também é que constem
da divulgação pública. Porque o usuário precisa ter conhecimento que esses hospitais que
constam como excluídos não estão sendo avaliados.
Raquel (ANS)– Mais algum? Não? Bom, então a gente pode encerrar a reunião. Os
assuntos que nós trouxemos já foram tratados. Eu vou encaminhar a apresentação e os
tópicos. Vou deixar o prazo até 31 de outubro para encaminhar sugestões. Na apresentação
Ata 11ª Reunião COGEP – outubro 2013 22 - 22
tem o e-mail: [email protected] . Muito obrigada mais uma vez pela
participação de todos. FIM DA REUNIÃO.