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UNIVERSIDADE CASTELO BRANCO ESCOLA SUPERIOR DE GESTÃO E TECNOLOGIA “ATÉ QUE PONTO AS EMPRESAS BRASILEIRAS ESTÃO INVESTINDO NA QUALIFICAÇÃO DE PESSOAL?” CLEZIO HENRIQUE GOMES SIMONE DOS A. SOARES LARYSSA CRISTINA J.S. DA SILVEIRA JESSICA R. DE MIRANDA

Até Que Ponto as Empresas Brasileiras Estão Investindo Na Qualificação de Pessoal Artigo Do 1º Período

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Artigo sobre Qualificação nas Empresas.

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UNIVERSIDADE CASTELO BRANCO

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UNIVERSIDADE CASTELO BRANCO

ESCOLA SUPERIOR DE GESTO E TECNOLOGIA

AT QUE PONTO AS EMPRESAS BRASILEIRAS ESTO INVESTINDO NA QUALIFICAO DE PESSOAL?

CLEZIO HENRIQUE GOMES

SIMONE DOS A. SOARES

LARYSSA CRISTINA J.S. DA SILVEIRA

JESSICA R. DE MIRANDA

JULYANA N. DOS SANTOS

CARLA MONIQUE DOS S. OLIVEIRA

DOUGLAS DA S. SOARESRio de Janeiro, Jun. 2011.

CLEZIO HENRIQUE GOMES - 2011150270

SIMONE DOS A. SOARES - 2011101034

LARYSSA CRISTINA J.S. DA SILVEIRA - 2011150446JESSICA R. DE MIRANDA - 2011180214JULYANA N. DOS SANTOS - 2011180418CARLA MONIQUE DOS S. OLIVEIRA - 2011180210DOUGLAS DA S. SOARES 2011120666

AT QUE PONTO AS EMPRESAS BRASILEIRAS ESTO INVESTINDO NA QUALIFICAO DE PESSOAL?

Trabalho referente avaliao parcial A1 para a disciplina de Metodologia do Trabalho Cientfico e Profissional, Ministrada pela Professora Tnia Gama.Rio de Janeiro, Jun. 2011

SUMRIO

1. INTRODUO................................................................................................................01

2. REFERENCIAL TERICO.............................................................................................023. LEVANTAMENTO DE DADOS....................................................................................05 3.1 - EMPRESA PESQUISADA..............................................................................05 3.2 - QUESTIONRIO............................................................................................054. CONCLUSO..................................................................................................................085. REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS..............................................................................091. INTRODUOInvestimento em qualificao profissional necessrio a qualquer organizao hoje em dia, pois o mercado cada vez mais precisa de profissionais especializados devido globalizao. Com a chegada de novas tecnologias as empresas precisam de funcionrios que possam trabalhar em qualquer lugar. Vemos hoje que na Europa e nos Estados Unidos s empresas geralmente consideram qualificar seus colaboradores como investimento e no como custo. A atitude tomada por essas organizaes no s um meio de ter profissionais qualificados com a expertise necessria para seu crescimento financeiro, mas principalmente fidelizar essa mo de obra, evitando o custo de novas admisses e treinamentos para colocao de novos colaboradores. Segundo o artigo da revista online Matria Prima (fev 2011), os pases desenvolvidos j perceberam a importncia dos treinamentos, por isso os nmeros no exterior so no mnimo, trs vezes superiores aos do Brasil. Mas estamos tentando mudar essa nossa realidade. Segundo a Revista Exame (Edio 0762), uma pesquisa feita pela Empresa Boucinhas e Campos Consultores em 2009, trs quartos das empresas brasileiras j esto investindo na qualidade dos empregados. A maioria das empresas pesquisadas (231 no total) est focada em resultados tcnicos como aprimoramento de mo de obras, visando melhoria na lucratividade; mas 23% fazem isso como forma de benefcio aos seus profissionais. Nosso contato com a economia internacional sempre foi marcado pelas contradies. Nossa economia sempre sofreu influncias externas, o que impediu nosso prprio desenvolvimento econmico. Ainda se pensa no Brasil como mercado agrcola. Mudar esse paradigma de que funcionrios fazem parte do capital de uma organizao algo novo na histria do Brasil.

Verificamos que profissionais qualificados significam aumentos produtivos de qualidade, que leva ao aumento da lucratividade de forma geral, valorizando tanto PIB interno quanto externo.

O estudo sobre onde at que ponto as empresas brasileiras esto investindo na qualificao de pessoal necessrio no s para estudante, mas para demais profissionais da rea administrativa como administradores, gestores e empresrios. O estudo sobre esse tema leva reflexo de como melhorar a produo das empresas brasileiras tendo como um dos caminhos a qualificao profissional de seus colaboradores.2. REFERENCIAL TERICO.A qualificao profissional nas organizaes permite obter resultados para os indivduos, para suas equipes de trabalho e tambm para as instituies. Essa qualificao pode ocorrer de diversas formas, desde a contratao de estagirios e pessoas em primeiro emprego at aes de capacitao, como treinamentos em servio ou investimentos em cursos realizados dentro ou fora da organizao.

Quando uma organizao investe no aumento do grau de escolarizao dos seus colaboradores como o exemplo do Programa Educao do Trabalhador realizado pelo Servio Social da Indstria [SESI] tambm est oferecendo uma oportunidade de qualificao.

No h dvida de que educao e trabalho so conceitos inter-relacionados. A ligao da formao profissional com o sistema educacional tambm fundamental, porque o trabalho uma forma de insero na sociedade. As universidades e os cursos tcnicos so os dois principais elos entre educao e formao profissional, mas o debate atual sobre o tema mais abrangente e inclui tambm a educao bsica. No Brasil, a Lei de Diretrizes e Bases da Educao prev que a educao bsica precisa dar condies de o cidado progredir no trabalho: A educao bsica tem por finalidade desenvolver o educando, assegurar-lhe a formao comum indispensvel para o exerccio da cidadania e fornecer-lhe meios para progredir no trabalho e em estudos posteriores (Lei n. 9.394, 1996).

Na verdade, a educao para o trabalho vista como forma de promover maior eqidade social e menores discrepncias na acirrada luta por um espao no mercado de trabalho (Departamento Oportunidades de Qualificao Profissional no Brasil: Reflexes a partir de um Panorama Intersindical de Estatstica e Estudos Socioeconmicos [DIEESE], 1998). Se ela est ou no conseguindo cumprir essa sua funo integradora na sociedade, uma questo a ser debatida. Aranha (2001, p. 282) refora o papel transformador atribudo educao, quando analisa que ela tem sido entendida por governantes, empresrios, dirigentes e consultores de agncias internacionais como um dos aspectos essenciais na superao do subdesenvolvimento e na integrao dos pases perifricos competitividade do mercado internacional e na reduo do desemprego.

Segundo Bastos (2006), a qualificao profissional pode ser compreendida como poderosa explicao para o xito ou as restries das pessoas e mesmo dos pases em transitarem por esse cenrio turbulento de reestruturao produtiva e da globalizao. O autor defende a idia de que Indivduo, Escola, Empresa e Estado esto implicados no diagnstico e equacionamento dos desafios de qualificao que emergem na contemporaneidade. Para Bastos (2006), apesar da grande diversidade que marca os usos do conceito de qualificao, eles podem ser sintetizados em trs grandes concepes: (a) como um conjunto de caractersticas das rotinas de trabalho, expressa empiricamente como tempo de aprendizagem no trabalho ou por capacidades adquirveis por treinamento; (b) como decorrncia do grau de autonomia do trabalhador e, por isso, oposta ao controle gerencial; (c) como construo social complexa, contraditria e multideterminada.

As trs concepes apontadas por Bastos (2006) encontram-se presentes na prtica organizacional; porm, no presente estudo, ser considerada a concepo de qualificao profissional como construo social complexa, contraditria e multideterminada, sendo caracterizada no somente por aes de educao corporativa, mas tambm pelas experincias profissionais da pessoa, uma vez que, mesmo sem participar de nenhuma capacitao formal, a vivncia de um estgio, trabalho como aprendiz ou primeiro emprego tambm constituem oportunidades de qualificao.

Porm o fato de adotar essa definio mais abrangente para qualificao, incorporando aspectos como o trabalho aprendiz, no reduz a importncia e a forte ligao entre os conceitos de qualificao e treinamento. Aranha (2001) aponta como caractersticas da formao profissional, dada nas empresas, o carter funcional e a inteno de se atingir objetivos em curto prazo. Essa definio aproxima-se do conceito de T&D apresentado por Vargas (1996, p. 127): treinamento e desenvolvimento a aquisio sistemtica de conhecimentos capazes de provocar, a curto ou longo prazo, uma mudana na maneira de ser e de pensar do indivduo, atravs da internalizao de novos conceitos, valores ou normas e da aprendizagem de novas habilidades.

Alm disso, cumpre considerar que, confirmando a tendncia apontada na literatura de T&D de que a aprendizagem se torne um fenmeno mais aberto as empresas vm buscando outros espaos para o desenvolvimento da atividade formativa, tornando a formao um processo mltiplo, com nfase para a aprendizagem contnua. Em funo dessa busca pela aquisio e manuteno de competncias, nos ltimos anos, as organizaes tm investido cada vez mais em aes de TD&E.

Para as organizaes, no s por serem as reas mais diretamente relacionadas capacitao profissional ofertada pelas organizaes, mas tambm pela importncia da rea de TD&E para a competitividade das organizaes.

No caso do Brasil, a prpria Constituio Federal, em seus artigos 6 e 205, estabelece a educao e o trabalho como direitos sociais.

Art. 6o. So direitos sociais a educao, a sade, o trabalho, a moradia, o lazer, a segurana, a previdncia social, a proteo maternidade e infncia, a assistncia aos desamparados, na forma desta Constituio.

Art. 205. A educao, direito de todos e dever do Estado e da famlia, ser promovida e incentivada com a colaborao da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exerccio da cidadania e sua qualificao para o trabalho (Constituio da Repblica Federativa do Brasil, 1988).

No mundo das organizaes, as aes educacionais configuram-se como estratgia operacional na busca da qualidade e produtividade: polivalncia, enriquecimento das tarefas, aumento da responsabilidade dos trabalhadores (Aranha, 2001). Nesse sentido, a definio se aproxima muito das definies de Treinamento [T], Desenvolvimento [D] e Educao [E] adotadas nas organizaes.

Para Vargas (1996, p. 127), treinamento e desenvolvimento so a aquisio sistemtica de conhecimentos capazes de provocar, em curto ou longo prazo, uma mudana na maneira de ser e de pensar do indivduo, por meio da internalizao de novos conceitos, valores ou normas e da aprendizagem de novas habilidades.

A definio de Vargas para treinamento e desenvolvimento bastante ampla, permitindo a prpria a incluso de conceitos como educao e formao profissional. Se, por um lado, falta na definio de Oportunidades de Qualificao Profissional no Brasil uma ligao direta do processo de T&D com o mundo do trabalho, de forma a evidenciar o prprio objetivo do sistema de T&D, por outro a definio da autora apresenta um aspecto fundamental nesse processo: o estabelecimento da condio de que no basta haver aquisio sistemtica de conhecimentos (Vargas, 1996, p. 127), preciso que esses sejam capazes de provocar mudana na maneira de ser e de pensar do indivduo (p. 127). A definio de Vargas (1996) permite supor que, se no houver mudana, no h que se falar em T&D.3. LEVANTAMENTO DE DADOS.3.1. EMPRESA PESQUISADA.

Fundada em 1945, o Grupo Bimbo hoje uma das maiores empresas de panificao do mundo e lder no Continente Americano.

Desde 1980 O Grupo Bimbo, de origem Mexicana, uma empresa pblica que tem aes na bolsa Mexicana de valores e seu faturamento fora do Mxico representou 36% no ano de 2008, passando de 52% em 2009.

No Brasil desde 2001, quando assumiu duas tradicionais marcas Pullman e Plus Vita, a Bimbo do Brasil possui mais de 4300 colaboradores em 06 fbricas presentes nas regies Sudeste, Sul e Nordeste do Pas, contando com mais de 82000 pontos de venda.

Atualmente a Bimbo do Brasil lder nos principais segmentos de panificao do Pas. Produz alimentos como po de forma, bisnaguinhas, rocamboles, bolos, biscoitos, panettones, ente outros, de excelente qualidade que so levados diariamente para milhares de lares dos consumidores brasileiros.

3.2 QUESTIONRIO.1 Nome da empresa (localizao, municpio, bairro etc).

Bimbo do Brasil, atuante em todo territrio nacional, sendo 07 fbricas e 39 agncias de distribuio. No Rio de Janeiro situa-se no Bairro de Inhama.2 H quantos anos a empresa existe?

No dia 16 de maro de 2001, a Plus Vita Ltda. passa a ser uma empresa do Grupo Bimbo.3 Qual a principal atividade?

Industrializa e comercializa alimentos. lder no mercado e possui hoje uma variedade de produtos, desde o po de forma original a pes especiais, bolos e barrinhas.

4 Nmero de funcionrios?

4.300 colaboradores no Brasil.5 A empresa dividida em departamentos?

Sim, a empresa departamentalizada.6 Em quantos departamentos est estruturada a empresa?

Mais de 16 setores.7 Nmero de funcionrios qualificados pela empresa no perodo comprometido entre maro de 2010 a maro de 2011.

Mais de 4.300 colaboradores foram qualificados, a Bimbo do Brasil tem cursos internos de qualificao profissional, para todos os departamentos, alm de ter o programa de incentivo ao estudo, que dar oportunidade de os colaboradores se qualificarem externamente.8 Qual (is) o(s) setor(es) que mais qualificaram profissionais na empresa nesse perodo?

Nome do SetorNmero de profissionais qualificados

VendasCerca de 1500 colaboradores

ProduoCerca de 1000 colaboradores

ExpedioCerca de 800 colaboradores

LogsticaCerca de 500 colaboradores

CobranaCerca de 300 colaboradores

RHCerca de 200 colaboradores

9 Qual o percentual destinado pela empresa para qualificao dos seus profissionais nesse perodo?

4% do faturamento lquido da Bimbo do Brasil investido em qualificao dos colaboradores .10 A empresa percebeu o aumento da produtividade com a qualificao de seus profissionais?

A Bimbo no s percebeu o aumento da produtividade, como tambm acha que para empresa continuar crescendo e rentabilizando seu negcio, necessrio investir cada vez mais em profissionais altamente qualificados para conquistar seus objetivos e valorizar as pessoas que ali esto que so seu maior patrimnio.4. CONCLUSO.

Considerando a relao entre o porte das organizaes e os investimentos em oportunidades de qualificao o presente estudo confirma o achado de outras pesquisas. Diante dos achado da presente pesquisa podemos averiguar a realidade no discurso das praticas organizacionais. preciso discutir o perfil do trabalhador que estar recebendo a oportunidade de qualificao cabendo uma reflexo. Em sntese preciso que os atores sociais participantes do processo, trabalhadores, empresas e governo desenvolvam estratgias e mecanismos que permitam transformar em realidade o discurso de qualificao profissional presente nos debates organizacionais e sociais.REFERNCIAS BIBLIOGRFICASRevista Exame - Edio 0762 Funcionrio nota 10- Pg 20.Revista OnLine Matria Prima rea Recursos Humanos- Artigo: Falta de qualificao faz empresas investirem em treinamentos. http://www.revistamateriaprima.com.br/?UID=NewsShowID=394FRANCINI, Maria do Carmo de Souza Macena, Monografia: Mudanas e tendncias do mercado de trabalho.Modernizao e globalizao da economia http://ww.culturabrasil.pro.br/MOZART, Marcelo, Responsabilidade comercial nos dias de hoje http://www.administradores.com.br/informe-se/artigos/responsabilidade-comercial-nos-dias-de-hoje/html - Atualizado em 18 mar 2011.THOMPSON, Ligh L., O Negociador 3 Edio - Peason Capitulo 01 Paginas 03 e 05ARANHA, A. V. S. (2001). Formao profissional nas empresas: locus privilegiado da educao do trabalhador?. In S. M. Pimenta & M. L. Crrea (Orgs.). Gesto, trabalho e cidadania. Belo

Horizonte: Autntica Editora.

BASTOS, A. V. B. (2006). Trabalho e qualificao: questes conceituais e desafios postos pelo cenrio de reestruturao produtiva. In J. E. Borges-Andrade, G. S. Abbad, & L. Mouro (Orgs.).

Treinamento, desenvolvimento e educao em organizaes e trabalho:fundamentos para a

gesto de pessoas. Porto Alegre: Artmed.VARGAS, M. R. M. (1996). Treinamento e desenvolvimento: reflexes sobre seus mtodos. Revista de Administrao, 31(2), 126-136.

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