ATENÇÃO FARMACÊUTICA: PREVENINDO ERROS DE MEDICAÇÃO EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA

Pedrosa Netto, Pedro Paulo; Cruz, Roberta Souza; Mello, Bruno Licy Gomes de

Palavras-Chave: Erros de medicação. Intervenção Farmacêutica. Atenção Farmacêutica. Equipe multidisciplinar.

INTRODUÇÃO

Diversos estudos têm demonstrado significativa redução do número de erros de medicação em instituições nas quais farmacêuticos realizaram intervenções junto ao corpo clínico [1, 2,

3].O presente trabalho tem como objetivo confirmar a

importância, a necessidade e as vantagens da Atenção Farmacêutica na prevenção de erros de medicação em Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

1. NUNES, P. H. C., et al. Intervenção farmacêutica e prevenção de eventos adversos. Revista Brasileira de Ciências Farmacêuticas. v. 44, n.4, 2008

2. CALABRESE, A. D., et al. Medication administration errors in adult patients in the ICU. Intensive Care Medicine. v. 27, n. 10, p. 1592-1598, Out 2001.

3. KUCUKARSLAN, S.N., et al. Pharmacists on rounding teams reduce preventable adverse drug events in hospital general medicine units. Archives of Internal Medicine. v. 163, n. 17, p. 2014-2018, set 2003.

4. LEAPE, L.L., et al. Pharmacist participation on physician rounds and adverse drug events in the intensive care unit. Jama, v. 282, n. 3, p. 267-270, jul 1999.

Os resultados obtidos possibilitaram confirmar que a presença do farmacêutico clínico na EMTI reduz a ocorrência de erros de medicação no cuidado do paciente crítico.

Neste estudo são expostas as intervenções farmacêuticas (IF) realizadas a partir da análise técnica das prescrições médicas e discussão junto à Equipe Multidisciplinar de Terapia Intensiva (EMTI) do Hospital do Câncer de Muriaé, Fundação Cristiano Varella. Realizou-se um estudo retrospectivo a partir do qual foram classificadas e analisadas as IF realizadas entre abril de 2010 e fevereiro de 2011. As prescrições foram elaboradas em módulo específico do sistema informatizado de gestão hospitalar institucional, analisadas pelo farmacêutico clínico e, quando necessário, realizada a intervenção. As IF foram registradas em planilha própria e estratificadas em 10 itens de avaliação.

No período estudado foram analisadas 987 prescrições médicas geradas a partir de 377 pacientes internados, sendo necessárias 146 IF. As intervenções mais frequentes (Figura 1) foram em relação à indicação (17,8%), à dose (15,7%), ao diluente (15,1%), à via de administração (14,4%) e à duplicidade de itens prescritos (13,7%). Todas as IF foram aceitas e as prescrições foram alteradas conforme a discussão multidisciplinar. Leape e colaboradores (1999) obtiveram resultados semelhantes, no qual quase todas as IF foram aceitas pelos médicos.

FIGURA 1 – Intervenções Farmacêuticas mais frequentes

MATERIAL E MÉTODOS

RESULTADOS E DISCUSSÃO

CONCLUSÃO

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

IndicaçãoDose Diluente

Via de administração

Duplicidade

0.00%

2.00%

4.00%

6.00%

8.00%

10.00%

12.00%

14.00%

16.00%

18.00%

20.00%

17.80%

15.70%15.10%

14.40%13.70%

Cadastrada junto ao Ministério da Saúde como Centro de Alta Complexidade em Oncologia – CACONAvenida Cristiano Ferreira Varella, nº 555 – Bairro Universitário – Muriaé – Minas Gerais – Tel.: (32) 3729-7000 – www.fcv.org.br