Atividades e atos Atividades e atos administrativosadministrativos

Aula 21Aula 21

DesapropriaçãoDesapropriação

CF, art. 5º., XXIVCF, art. 5º., XXIV

““A lei estabelecerá o procedimento A lei estabelecerá o procedimento para desapropriação por para desapropriação por necessidade ou necessidade ou utilidade públicautilidade pública, ou , ou por por interesse socialinteresse social, mediante , mediante justa justa e prévia indenização em dinheiroe prévia indenização em dinheiro, , ressalvados os casos previstos nesta ressalvados os casos previstos nesta Constituição”Constituição”

CF/88CF/88

Art. 182. (...)         Art. 182. (...)         § 3º - As desapropriações de imóveis § 3º - As desapropriações de imóveis

urbanos serão feitas com prévia e urbanos serão feitas com prévia e justa indenização em dinheiro. justa indenização em dinheiro.

DesapropriaçãoDesapropriação Supressão da propriedade privada pelo Supressão da propriedade privada pelo

EstadoEstado

Pressupostos:Pressupostos:

=> utilidade ou necessidade pública=> utilidade ou necessidade públicaDecreto-lei 3365/41Decreto-lei 3365/41

=> interesse social=> interesse socialLei 4.132/62Lei 4.132/62

DefiniçãoDefinição

““Do ponto de vista teórico, pode-se dizer que Do ponto de vista teórico, pode-se dizer que desapropriação é o procedimento através do desapropriação é o procedimento através do qual o Poder Público compulsoriamente qual o Poder Público compulsoriamente despoja alguém de uma propriedade e a despoja alguém de uma propriedade e a adquire, mediante indenização, fundado em adquire, mediante indenização, fundado em um interesse público. Trata-se, portanto, de um interesse público. Trata-se, portanto, de um sacrifício de direito imposto ao um sacrifício de direito imposto ao desapropriado”.desapropriado”.

(CABM, (CABM, Curso de direito administrativoCurso de direito administrativo, 21ª ed., , 21ª ed., p. 821). p. 821).

Outras formas de Outras formas de desapropriaçãodesapropriação

Exceções à regra geral:Exceções à regra geral:

Desapropriação urbanística Desapropriação urbanística sancionatória sancionatória

Desapropriação rural de imóvel que Desapropriação rural de imóvel que descumpre função socialdescumpre função social

Desapropriação confiscatóriaDesapropriação confiscatória

Desapropriação Desapropriação sancionatória urbanísticasancionatória urbanística

Art. 182, Art. 182, §4º, III, CF§4º, III, CF

§ 4º - É facultado ao Poder Público municipal, mediante § 4º - É facultado ao Poder Público municipal, mediante lei específica para área incluída no plano diretor, exigir, lei específica para área incluída no plano diretor, exigir, nos termos da lei federal, do nos termos da lei federal, do proprietário do solo urbano proprietário do solo urbano não edificado, subutilizado ou não utilizadonão edificado, subutilizado ou não utilizado, que , que promova seu adequado aproveitamento,      sob pena, promova seu adequado aproveitamento,      sob pena, sucessivamente, de:sucessivamente, de:(…)(…)III - III - desapropriação com pagamento mediante títulos da desapropriação com pagamento mediante títulos da dívida pública de emissão previamente aprovada pelo dívida pública de emissão previamente aprovada pelo Senado FederalSenado Federal, com prazo de resgate de até dez anos, , com prazo de resgate de até dez anos, em parcelas anuais, iguais e sucessivas, assegurados o em parcelas anuais, iguais e sucessivas, assegurados o valor real da indenização e os juros legais.valor real da indenização e os juros legais.

Ver art. 8º da Lei 10.257/01Ver art. 8º da Lei 10.257/01

Desapropriação ruralDesapropriação rural Art. 184Art. 184        

Art. 184. Compete à Art. 184. Compete à UniãoUnião desapropriar por desapropriar por interesse social, interesse social, para fins de reforma agráriapara fins de reforma agrária, , o o imóvel rural que não esteja cumprindo sua imóvel rural que não esteja cumprindo sua função socialfunção social, mediante prévia e justa , mediante prévia e justa indenização em títulos da dívida agrária, com indenização em títulos da dívida agrária, com cláusula de preservação do valor real, cláusula de preservação do valor real, resgatáveis no prazo de até vinte anos, a resgatáveis no prazo de até vinte anos, a partir do segundo ano de sua emissão, e cuja partir do segundo ano de sua emissão, e cuja utilização será definida em lei. utilização será definida em lei.

Ver Lei 8.629/93 e LC 76/93Ver Lei 8.629/93 e LC 76/93

Desapropriação Desapropriação confiscatóriaconfiscatória

Art. 243, CF/8Art. 243, CF/8

Art. 243. As glebas de qualquer região do País onde forem Art. 243. As glebas de qualquer região do País onde forem localizadas culturas ilegais de plantas psicotrópicas serão localizadas culturas ilegais de plantas psicotrópicas serão imediatamente expropriadasimediatamente expropriadas e especificamente destinadas e especificamente destinadas ao assentamento de colonos, para o cultivo de produtos ao assentamento de colonos, para o cultivo de produtos alimentícios e medicamentosos, alimentícios e medicamentosos, sem qualquer indenização sem qualquer indenização ao proprietário ao proprietário e sem prejuízo de outras sanções previstas e sem prejuízo de outras sanções previstas em lei. em lei. Parágrafo único. Todo e qualquer bem de valor econômico Parágrafo único. Todo e qualquer bem de valor econômico apreendido em decorrência do tráfico ilícito de apreendido em decorrência do tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins será confiscado e reverterá entorpecentes e drogas afins será confiscado e reverterá em benefício de instituições e pessoal especializados no em benefício de instituições e pessoal especializados no tratamento e recuperação de viciados e no aparelhamento tratamento e recuperação de viciados e no aparelhamento e custeio de atividades de fiscalização, controle, e custeio de atividades de fiscalização, controle, prevenção e repressão do crime de tráfico dessas prevenção e repressão do crime de tráfico dessas substâncias.substâncias.

RE 543974 / MG RE 543974 / MG EMENTA: RECURSO EXTRAORDINÁRIO. CONSTITUCIONAL. EMENTA: RECURSO EXTRAORDINÁRIO. CONSTITUCIONAL. EXPROPRIAÇÃO. GLEBAS. CULTURAS ILEGAIS. PLANTAS EXPROPRIAÇÃO. GLEBAS. CULTURAS ILEGAIS. PLANTAS PSICOTRÓPICAS. ARTIGO 243 DA CONSTITUIÇÃO DO PSICOTRÓPICAS. ARTIGO 243 DA CONSTITUIÇÃO DO BRASIL. INTERPRETAÇÃO DO DIREITO. LINGUAGEM DO BRASIL. INTERPRETAÇÃO DO DIREITO. LINGUAGEM DO DIREITO. LINGUAGEM JURÍDICA. ARTIGO 5º, LIV DA DIREITO. LINGUAGEM JURÍDICA. ARTIGO 5º, LIV DA CONSTITUIÇÃO DO BRASIL. O CHAMADO PRINCÍPIO DA CONSTITUIÇÃO DO BRASIL. O CHAMADO PRINCÍPIO DA PROPORCIONALIDADE. 1. PROPORCIONALIDADE. 1. Gleba, no artigo 243 da Gleba, no artigo 243 da Constituição do Brasil, só pode ser entendida como a Constituição do Brasil, só pode ser entendida como a propriedade na qual sejam localizadas culturas ilegais de propriedade na qual sejam localizadas culturas ilegais de plantas psicotrópicas. O preceito não refere áreas em que plantas psicotrópicas. O preceito não refere áreas em que sejam cultivadas plantas psicotrópicas, mas as glebas, no seu sejam cultivadas plantas psicotrópicas, mas as glebas, no seu todotodo. 2. A gleba expropriada será destinada ao assentamento . 2. A gleba expropriada será destinada ao assentamento de colonos, para o cultivo de produtos alimentícios e de colonos, para o cultivo de produtos alimentícios e medicamentosos. 3. A linguagem jurídica corresponde à medicamentosos. 3. A linguagem jurídica corresponde à linguagem natural, de modo que é nesta, linguagem natural, linguagem natural, de modo que é nesta, linguagem natural, que se há de buscar o significado das palavras e expressões que se há de buscar o significado das palavras e expressões que se compõem naquela. Cada vocábulo nela assume que se compõem naquela. Cada vocábulo nela assume significado no contexto no qual inserido. O sentido de cada significado no contexto no qual inserido. O sentido de cada palavra há de ser discernido em cada caso. No seu contexto e palavra há de ser discernido em cada caso. No seu contexto e em face das circunstâncias do caso. Não se pode atribuir à em face das circunstâncias do caso. Não se pode atribuir à palavra qualquer sentido distinto do que ela tem em estado de palavra qualquer sentido distinto do que ela tem em estado de dicionário, ainda que não baste a consulta aos dicionários, dicionário, ainda que não baste a consulta aos dicionários, ignorando-se o contexto no qual ela é usada, para que esse ignorando-se o contexto no qual ela é usada, para que esse sentido seja em cada caso discernido. sentido seja em cada caso discernido.

RE 543974 / MGRE 543974 / MGA interpretação/aplicação do direito se faz não apenas a A interpretação/aplicação do direito se faz não apenas a partir de elementos colhidos do texto normativo [mundo partir de elementos colhidos do texto normativo [mundo do dever-ser], mas também a partir de elementos do do dever-ser], mas também a partir de elementos do caso ao qual será ela aplicada, isto é, a partir de dados caso ao qual será ela aplicada, isto é, a partir de dados da realidade [mundo do ser]. 4. O direito, qual ensinou da realidade [mundo do ser]. 4. O direito, qual ensinou CARLOS MAXIMILIANO, deve ser interpretado CARLOS MAXIMILIANO, deve ser interpretado "inteligentemente, não de modo que a ordem legal "inteligentemente, não de modo que a ordem legal envolva um absurdo, prescreva inconveniências, vá ter a envolva um absurdo, prescreva inconveniências, vá ter a conclusões inconsistentes ou impossíveis". 5. O conclusões inconsistentes ou impossíveis". 5. O entendimento suf ragado no acórdão recorrido não pode entendimento suf ragado no acórdão recorrido não pode ser acolhido, conduzindo ao absurdo de expropriar-se ser acolhido, conduzindo ao absurdo de expropriar-se 150 m2 de terra rural para nesses mesmos 150 m2 150 m2 de terra rural para nesses mesmos 150 m2 assentar-se colonos, tendo em vista o cultivo de assentar-se colonos, tendo em vista o cultivo de produtos alimentícios e medicamentosos. 6. Não produtos alimentícios e medicamentosos. 6. Não violação do preceito veiculado pelo artigo 5º, LIV da violação do preceito veiculado pelo artigo 5º, LIV da Constituição do Brasil e do chamado "princípio" da Constituição do Brasil e do chamado "princípio" da proporcionalidade. Ausência de "desvio de poder proporcionalidade. Ausência de "desvio de poder legislativo" Recurso extraordinário a que se dá legislativo" Recurso extraordinário a que se dá provimento.provimento. 9dj 28.05.2009) 9dj 28.05.2009)

CompetênciaCompetência

Para legislar sobre desapropriação: Para legislar sobre desapropriação: é privativa da Uniãoé privativa da União

Art. 22, CF/88. Compete Art. 22, CF/88. Compete privativamente à União legislar privativamente à União legislar sobre:sobre:

(...)(...)

      II - desapropriação;II - desapropriação;

Desapropriação por Desapropriação por utilidade públicautilidade pública

Decreto-lei 3.365/41Decreto-lei 3.365/41   Art. 2Art. 2oo  Mediante declaração de utilidade pública,  Mediante declaração de utilidade pública,

todos os bens poderão ser desapropriados pela União, todos os bens poderão ser desapropriados pela União, pelos Estados, Municípios, Distrito Federal e pelos Estados, Municípios, Distrito Federal e Territórios.Territórios.(...)(...)§ 2§ 2oo  Os bens do domínio dos Estados, Municípios,  Os bens do domínio dos Estados, Municípios, Distrito Federal e Territórios poderão ser Distrito Federal e Territórios poderão ser desapropriados pela União, e os dos Municípios pelos desapropriados pela União, e os dos Municípios pelos Estados, mas, em qualquer caso, ao ato deverá Estados, mas, em qualquer caso, ao ato deverá preceder autorização legislativa.preceder autorização legislativa.

Art. 3Art. 3oo  Os concessionários de serviços públicos e os  Os concessionários de serviços públicos e os estabelecimentos de caráter público ou que exerçam estabelecimentos de caráter público ou que exerçam funções delegadas de poder público poderão promover funções delegadas de poder público poderão promover desapropriações mediante autorização expressa, desapropriações mediante autorização expressa, constante de lei ou contrato.constante de lei ou contrato.

Casos de utilidade Casos de utilidade públicapública

Art. 5Art. 5oo  Consideram-se casos de utilidade pública:  Consideram-se casos de utilidade pública:a) a segurança nacional;a) a segurança nacional;b) a defesa do Estado;b) a defesa do Estado;c) o socorro público em caso de calamidade;c) o socorro público em caso de calamidade;d) a salubridade pública;d) a salubridade pública;e) a criação e melhoramento de centros de população, seu e) a criação e melhoramento de centros de população, seu abastecimento regular de meios de subsistência;abastecimento regular de meios de subsistência;f) o aproveitamento industrial das minas e das jazidas f) o aproveitamento industrial das minas e das jazidas minerais, das águas e da energia hidráulica;minerais, das águas e da energia hidráulica;g) a assistência pública, as obras de higiene e decoração, g) a assistência pública, as obras de higiene e decoração, casas de saúde, clínicas, estações de clima e fontes casas de saúde, clínicas, estações de clima e fontes medicinais;medicinais;h) a exploração ou a conservação dos serviços públicos;h) a exploração ou a conservação dos serviços públicos;ii) a abertura, conservação e melhoramento de vias ou ) a abertura, conservação e melhoramento de vias ou logradouros públicos; a execução de planos de urbanização; o logradouros públicos; a execução de planos de urbanização; o parcelamento do solo, com ou sem edificação, para sua parcelamento do solo, com ou sem edificação, para sua melhor utilização econômica, higiênica ou estética; a melhor utilização econômica, higiênica ou estética; a construção ou ampliação de distritos industriais; construção ou ampliação de distritos industriais; (Redação dada pela Lei nº 9.785, de 1999)(Redação dada pela Lei nº 9.785, de 1999)

Casos de utilidade Casos de utilidade públicapública

j) o funcionamento dos meios de transporte coletivo;j) o funcionamento dos meios de transporte coletivo;k) a preservação e conservação dos monumentos k) a preservação e conservação dos monumentos

históricos e artísticos, isolados ou integrados em históricos e artísticos, isolados ou integrados em conjuntos urbanos ou rurais, bem como as medidas conjuntos urbanos ou rurais, bem como as medidas necessárias a manter-lhes e realçar-lhes os aspectos necessárias a manter-lhes e realçar-lhes os aspectos mais valiosos ou característicos e, ainda, a proteção de mais valiosos ou característicos e, ainda, a proteção de paisagens e locais particularmente dotados pela paisagens e locais particularmente dotados pela natureza; natureza;

l) a preservação e a conservação adequada de arquivos, l) a preservação e a conservação adequada de arquivos, documentos e outros bens moveis de valor histórico ou documentos e outros bens moveis de valor histórico ou artístico; artístico;

m) a construção de edifícios públicos, monumentos m) a construção de edifícios públicos, monumentos comemorativos e cemitérios;comemorativos e cemitérios;

n) a criação de estádios, aeródromos ou campos de pouso n) a criação de estádios, aeródromos ou campos de pouso para aeronaves;para aeronaves;

o) a reedição ou divulgação de obra ou invento de natureza o) a reedição ou divulgação de obra ou invento de natureza científica, artística ou literária;científica, artística ou literária;

p) os demais casos previstos por leis especiaisp) os demais casos previstos por leis especiais

Procedimento da Procedimento da desapropriação por desapropriação por utilidade públicautilidade pública

Art. 6Art. 6oo  A declaração de utilidade pública far-se-á  A declaração de utilidade pública far-se-á por decreto do Presidente da República, Governador, por decreto do Presidente da República, Governador, Interventor ou Prefeito.Interventor ou Prefeito.

Art. 7Art. 7oo  Declarada a utilidade pública, ficam as  Declarada a utilidade pública, ficam as autoridades administrativas autorizadas a penetrar autoridades administrativas autorizadas a penetrar nos prédios compreendidos na declaração, podendo nos prédios compreendidos na declaração, podendo recorrer, em caso de oposição, ao auxílio de força recorrer, em caso de oposição, ao auxílio de força policial.policial.Àquele que for molestado por excesso ou abuso de Àquele que for molestado por excesso ou abuso de poder, cabe indenização por perdas e danos, sem poder, cabe indenização por perdas e danos, sem prejuízo da ação penal.prejuízo da ação penal.

Art. 8Art. 8oo  O Poder Legislativo poderá tomar a iniciativa  O Poder Legislativo poderá tomar a iniciativa da desapropriação, cumprindo, neste caso, ao da desapropriação, cumprindo, neste caso, ao Executivo, praticar os atos necessários à sua Executivo, praticar os atos necessários à sua efetivação.efetivação.

ProcedimentoProcedimento

Duas etapasDuas etapas

Fase declaratória: Fase declaratória: O ato que declara um bem de utilidade O ato que declara um bem de utilidade

pública para fins de desapropriação tem pública para fins de desapropriação tem natureza declaratória ou constitutiva?natureza declaratória ou constitutiva?

Fase executória: processo amigável Fase executória: processo amigável ou judicialou judicial

Conseqüências da Conseqüências da declaração de utilidade declaração de utilidade

públicapública Permissão às autoridades públicas para penetrar no Permissão às autoridades públicas para penetrar no

prédio, inclusive com força policial, se necessárioprédio, inclusive com força policial, se necessário

Início da contagem do prazo de caducidade do ato Início da contagem do prazo de caducidade do ato declaratóriodeclaratório 5 anos para declaração de utilidade pública (art. 5 anos para declaração de utilidade pública (art.

10 DL 3365/41)10 DL 3365/41) 2 anos para declaração de interesse social (art. 2 anos para declaração de interesse social (art.

3º, L 4132/62)3º, L 4132/62)

Indicação do estado em que se encontra o bem, para Indicação do estado em que se encontra o bem, para fins de indenização => realização de benfeitorias fins de indenização => realização de benfeitorias úteis só com prévia autorização, sob pena de não úteis só com prévia autorização, sob pena de não serem indenizáveis (art. 26, §1º, DL 3365/41)serem indenizáveis (art. 26, §1º, DL 3365/41)

Decreto-lei 3365/41Decreto-lei 3365/41

Art. 26. No valor da indenização, que Art. 26. No valor da indenização, que será contemporâneo da avaliação, não será contemporâneo da avaliação, não se incluirão os direitos de terceiros se incluirão os direitos de terceiros contra o expropriado. contra o expropriado.

§ 1º Serão atendidas as benfeitorias § 1º Serão atendidas as benfeitorias necessárias feitas após a necessárias feitas após a desapropriação; as úteis, quando feitas desapropriação; as úteis, quando feitas com autorização do expropriante. com autorização do expropriante.

(...)(...)

STF – Súmula 23STF – Súmula 23

“VERIFICADOS OS PRESSUPOSTOS LEGAIS PARA O LICENCIAMENTO DA OBRA, NÃO O IMPEDE A DECLARAÇÃO DE UTILIDADE PÚBLICA PARA DESAPROPRIAÇÃO DO IMÓVEL, MAS O VALOR DA OBRA NÃO SE INCLUIRÁ NA INDENIZAÇÃO, QUANDO A DESAPROPRIAÇÃO FOR EFETIVADA.”

DL 3365/41DL 3365/41

Art. 10.  A desapropriação deverá Art. 10.  A desapropriação deverá efetivar-se mediante efetivar-se mediante acordoacordo ou intentar- ou intentar-se se judicialmentejudicialmente, dentro de , dentro de cinco anoscinco anos, , contados da data da expedição do contados da data da expedição do respectivo decreto e findos os quais este respectivo decreto e findos os quais este caducará. caducará. 

    Neste caso, somente decorrido Neste caso, somente decorrido um anoum ano, , poderá ser o mesmo bem objeto de nova poderá ser o mesmo bem objeto de nova declaração. declaração.

Parágrafo único. (...).Parágrafo único. (...).

Fase executóriaFase executória

Desapropriação “amigável”: partes Desapropriação “amigável”: partes chegam a um acordo sobre a chegam a um acordo sobre a indenização na via administrativaindenização na via administrativa

Desapropriação judicial: poder Desapropriação judicial: poder público ou o seu delegatário público ou o seu delegatário ingressa em juízo para que esse ingressa em juízo para que esse determine o valor da indenizaçãodetermine o valor da indenização

Algumas peculiaridades da Algumas peculiaridades da ação de desapropriaçãoação de desapropriação

Art. 9Art. 9oo  Ao Poder Judiciário é vedado, no  Ao Poder Judiciário é vedado, no processo de desapropriação, decidir se se processo de desapropriação, decidir se se verificam ou não os casos de utilidade pública. verificam ou não os casos de utilidade pública.

Art. 20. A contestação só poderá versar sobre Art. 20. A contestação só poderá versar sobre vício do processo judicial ou impugnação do vício do processo judicial ou impugnação do preço; qualquer outra questão deverá ser preço; qualquer outra questão deverá ser decidida por ação direta.decidida por ação direta.

Estes dispositivos são constitucionais?Estes dispositivos são constitucionais?

Valor da indenizaçãoValor da indenização

Art. 27.  O juiz indicará na sentença os Art. 27.  O juiz indicará na sentença os fatos que motivaram o seu convencimento e fatos que motivaram o seu convencimento e deverá atender, especialmente, à estimação deverá atender, especialmente, à estimação dos bens para efeitos fiscais; ao preço de dos bens para efeitos fiscais; ao preço de aquisição e interesse que deles aufere o aquisição e interesse que deles aufere o proprietário; à sua situação, estado de proprietário; à sua situação, estado de conservação e segurança; ao valor venal conservação e segurança; ao valor venal dos da mesma espécie, nos últimos cinco dos da mesma espécie, nos últimos cinco anos, e à valorização ou depreciação de anos, e à valorização ou depreciação de área remanescente, pertencente ao réu. área remanescente, pertencente ao réu.

Possibilidade de imissão Possibilidade de imissão provisória na posseprovisória na posse

PressupostosPressupostos

UrgênciaUrgência

Depósito do preço arbitrado, na forma Depósito do preço arbitrado, na forma da leida lei

Decreto-lei 3365/41 Decreto-lei 3365/41

Art. 15. Se o expropriante alegar Art. 15. Se o expropriante alegar urgênciaurgência e e depositar quantia arbitrada de conformidade com o depositar quantia arbitrada de conformidade com o art. 685 do Código de Processo Civil, o juiz mandará art. 685 do Código de Processo Civil, o juiz mandará imiti-lo provisoriamente na posse dos bens. [atual imiti-lo provisoriamente na posse dos bens. [atual 802 CPC]802 CPC]

Art. 33. (...)Art. 33. (...)

§ 2º O desapropriado, ainda que discorde do preço § 2º O desapropriado, ainda que discorde do preço oferecido, do arbitrado ou do fixado pela sentença, oferecido, do arbitrado ou do fixado pela sentença, poderá levantar até 80% (oitenta por cento) do poderá levantar até 80% (oitenta por cento) do depósito feito para o fim previsto neste e no art. 15, depósito feito para o fim previsto neste e no art. 15, observado o processo estabelecido no art. 34. observado o processo estabelecido no art. 34. (Incluído pela Lei nº 2.786, de 1956)(Incluído pela Lei nº 2.786, de 1956)

Súmula 164 - STFSúmula 164 - STF

“NO PROCESSO DE DESAPROPRIAÇÃO, SÃO DEVIDOS JUROS COMPENSATÓRIOS DESDE A ANTECIPADA IMISSÃO DE POSSE, ORDENADA PELO JUIZ, POR MOTIVO DE URGÊNCIA.”

Decreto-lei 3365/41Decreto-lei 3365/41

Art. 29.  Efetuado o pagamento ou a Art. 29.  Efetuado o pagamento ou a consignação, expedir-se-á, em favor do consignação, expedir-se-á, em favor do expropriante, mandado de imissão de expropriante, mandado de imissão de posse, valendo a sentença como título posse, valendo a sentença como título hábil para a transcrição no registro de hábil para a transcrição no registro de imóveis.imóveis.

Art. 33.  O depósito do preço fixado por Art. 33.  O depósito do preço fixado por sentença, à disposição do juiz da causa, sentença, à disposição do juiz da causa, é considerado pagamento prévio da é considerado pagamento prévio da indenização.indenização.

Súmula - STJSúmula - STJ Súmula 12 - EM DESAPROPRIAÇÃO, SÃO Súmula 12 - EM DESAPROPRIAÇÃO, SÃO

CUMULAVEIS JUROS COMPENSATORIOS E CUMULAVEIS JUROS COMPENSATORIOS E MORATORIOS.MORATORIOS.

Súmula 113 - OS JUROS COMPENSATORIOS, NA Súmula 113 - OS JUROS COMPENSATORIOS, NA DESAPROPRIAÇÃO DIRETA, INCIDEM A PARTIR DESAPROPRIAÇÃO DIRETA, INCIDEM A PARTIR DA IMISSÃO NA POSSE, CALCULADOS SOBRE O DA IMISSÃO NA POSSE, CALCULADOS SOBRE O VALOR DA INDENIZAÇÃO, CORRIGIDO VALOR DA INDENIZAÇÃO, CORRIGIDO MONETARIAMENTE.MONETARIAMENTE.

Súmula 70 - OS JUROS MORATORIOS, NA Súmula 70 - OS JUROS MORATORIOS, NA DESAPROPRIAÇÃO DIRETA OU DESAPROPRIAÇÃO DIRETA OU INDIRETA,CONTAM-SE DESDE O TRANSITO EM INDIRETA,CONTAM-SE DESDE O TRANSITO EM JULGADO DA SENTENÇA. JULGADO DA SENTENÇA.

Caso geradorCaso gerador

Desapropriação indiretaDesapropriação indireta FatoFato administrativo pelo qual o Estado se administrativo pelo qual o Estado se

apropria de bem particular, sem observância apropria de bem particular, sem observância dos requisitos da de utilidade pública e da dos requisitos da de utilidade pública e da indenização préviaindenização prévia

Art. 35, DL 3365/41.  Os bens expropriados, Art. 35, DL 3365/41.  Os bens expropriados, uma vez incorporados à Fazenda Pública, não uma vez incorporados à Fazenda Pública, não podem ser objeto de reivindicação, ainda que podem ser objeto de reivindicação, ainda que fundada em nulidade do processo de fundada em nulidade do processo de desapropriação. Qualquer ação, julgada desapropriação. Qualquer ação, julgada procedente, resolver-se-á em perdas e danos.procedente, resolver-se-á em perdas e danos.

REsp 727404 / SPREsp 727404 / SP

STJSTJ

Súmula 114 - OS JUROS Súmula 114 - OS JUROS COMPENSATORIOS, NA COMPENSATORIOS, NA DESAPROPRIAÇÃO INDIRETA, DESAPROPRIAÇÃO INDIRETA, INCIDEM A - PARTIR DA INCIDEM A - PARTIR DA OCUPAÇÃO, CALCULADOS SOBRE OCUPAÇÃO, CALCULADOS SOBRE O VALOR DA INDENIZAÇÃO, O VALOR DA INDENIZAÇÃO, CORRIGIDO MONETARIAMENTE.CORRIGIDO MONETARIAMENTE.

RetrocessãoRetrocessão Código CivilCódigo Civil

““Art. 519. Se a coisa expropriada para fins de Art. 519. Se a coisa expropriada para fins de necessidade ou utilidade pública, ou por necessidade ou utilidade pública, ou por interesse social, não tiver o destino para que interesse social, não tiver o destino para que se desapropriou, ou não for utilizada em obras se desapropriou, ou não for utilizada em obras ou serviços públicos, caberá ao expropriado ou serviços públicos, caberá ao expropriado direito de preferência, pelo preço atual da direito de preferência, pelo preço atual da coisa.”coisa.”

Em caso de tredestinação lícita, não cabe Em caso de tredestinação lícita, não cabe retrocessãoretrocessão