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UNIVERSIDADE ANHANGUERA – UNIDERP CENTRO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA PÓLO: PAU DOS FERROS/RN CURSO: SERVIÇO SOCIAL DISCIPLINA: TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO E INDICADORES SOCIAIS PROFESSORA EAD: MARIA CLOTILDE BASTOS TUTORA PRESENCIAL: RENATA DE SOUZA CASTRO ADRIANA LUCENA MENDES DE LIMA - RA: 431007 FRANCISCO IUREMBERG MARTINS DE OLIVEIRA - RA: 430309 MARIA DILMA GOMES PINTO E SILVA - RA: 420430 VANUSA BEZERRA DE LIMA BRASIL – RA: 446971 TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO E INDICADORES SOCIAIS: AS DEFINIÇÕES DE POLÍTICAS PÚBLICAS, ORGANIZAÇÃO E FORMULAÇÃO. 1

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UNIVERSIDADE ANHANGUERA – UNIDERP

CENTRO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

PÓLO: PAU DOS FERROS/RN

CURSO: SERVIÇO SOCIAL

DISCIPLINA: TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO E INDICADORES SOCIAIS

PROFESSORA EAD: MARIA CLOTILDE BASTOS

TUTORA PRESENCIAL: RENATA DE SOUZA CASTRO

ADRIANA LUCENA MENDES DE LIMA - RA: 431007

FRANCISCO IUREMBERG MARTINS DE OLIVEIRA - RA: 430309

MARIA DILMA GOMES PINTO E SILVA - RA: 420430

VANUSA BEZERRA DE LIMA BRASIL – RA: 446971

TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO E INDICADORES SOCIAIS:

AS DEFINIÇÕES DE POLÍTICAS PÚBLICAS, ORGANIZAÇÃO E FORMULAÇÃO.

PAU DOS FERROS/RN

AGOSTO/2015

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Page 2: ATPS_TRATAMENTO

ADRIANA LUCENA MENDES DE LIMA - RA: 431007

FRANCISCO IUREMBERG MARTINS DE OLIVEIRA - RA: 430309

MARIA DILMA GOMES PINTO E SILVA - RA: 430420

VANUSA BEZERRA DE LIMA BRASIL – RA: 446971

TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO E INDICADORES SOCIAIS:

AS DEFINIÇÕES DE POLÍTICAS PÚBLICAS, ORGANIZAÇÃO E FORMULAÇÃO.

Trabalho apresentado no Curso de Serviço social da Universidade Anhanguera - UNIDERP, para complementação da avaliação da Disciplina: Tratamento da Informação e Indicadores Sociais, sobre a orientação daProfessora EAD: Maria Clotilde Bastos e da Tutora Presencial Renata de Souza Castro.

PAU DOS FERROS/RN

AGOSTO/2015

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Page 3: ATPS_TRATAMENTO

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 4  

2. AS PRINCIPAIS DEFINIÇÕES DE POLÍTICAS PÚBLICAS. . . . . . . . . . . . . . 4

2.1 Quadro-Síntese. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4

2.2 ESTUDO DE CASO EM POLÍTICAS PÚBLICAS. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .5

2.3 A IMPORTÂNCIA DAS POLÍTICAS PÚBLICAS. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .7

3. INDICADORES SOCIAIS. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .8

3.1ASPECTOS POPULACIONAIS NO BRASIL. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8

3.1.1 Crianças e Adolescentes. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9

3.1.2 Educação e Trabalho. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .10

3.1.3 Mortalidade Infantil. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10

3.1.4 Indicadores Sociais Mínimos. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12

3.1.5 Mercado de Trabalho. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12

3.1.6 Mobilidade Social. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .13

3.1.7 População Jovem. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14

3.2 QUADRO-SÍNTESE SOBRE OS INDICADORES SOCIAIS. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14

3.3 A RELAÇÃO ENTRE INDICADORES SOCIAIS E POLÍTICAS PÚBLICAS. 16

3.4 INDICADOR SOCIAL ESTUDADO - BREVE APRESENTAÇÃO. . . . . . . . . .17

3.5 INDICADOR SOCIAL ESTUDADO – INFORMAÇÕES. . . . . . . . . . . . . . . . . . .17

3.6 FORMULAÇÃO DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DENTRO DO CONTEXTO. 17

4. A ATUAÇÃO DO PROFISSIONAL EM SERVIÇO SOCIAL CONSIDERANDO A

POLÍTICA PÚBLICA FORMULADA. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .18

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .19

6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .20

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Page 4: ATPS_TRATAMENTO

1. INTRODUÇÃO

O presente trabalho trata-se de um Relatório Cientifico no qual tem como finalidade

apresentar as definições de políticas públicas a partir de indicadores sociais obtidos junto ao

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Inicia-se com um breve histórico de conceitos sobre políticas publicas e prossegue

com apresentação de estudo de caso sobre “Educação e Saúde”, Onde apontaremos uma

política pública paramelhoria deste campo, e também como será a intervenção do profissional

de Serviço Social junto as categoria buscando sua aceitação no mercado de trabalho.

A utilização dos indicadores sociais é de suma importância para a leitura e

monitoramento da realidade social, tendo também como meios de pesquisas os indicadores

IDH, Índice de Gini, Ethos de Responsabilidade Social, Indicadores Básicos para a Saúde no

Brasil e Indicadores de Educação no Brasil mostrando a relação entre os indicadores sociais e

as políticas públicas.

Deste modo, os indicadores sociais referem-se a um processo contínuo e dinâmico que

envolve ações de planejamento, execução e avaliação de serviços sociais e um compromisso

de construir respostas às necessidades sociais da população. Os indicadores sociais

possibilitam informações importantes, que nos permite avaliar aonde vamos, onde estamos e

de que forma seguir, em relação aos valores e alcance dos objetivos previamente

identificados.

Desta forma, para uma intervenção social crítica e positiva o Assistente Social

desenvolve metodologias de trabalho com famílias por meio do aprimoramento de

conhecimentos técnicos, habilidades e saberes que expressam um reconhecimento social do

trabalho profissional.

2. AS PRINCIPAIS DEFINIÇÕES DE POLÍTICA PÚBLICA.

2.1 Quadro-Síntese

Sabemos que políticas públicas correspondem a direitos assegurados

constitucionalmente ou que se afirmam graças ao reconhecimento por parte da sociedade e/ou

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Page 5: ATPS_TRATAMENTO

pelos poderes públicos enquanto novos direitos das pessoas, comunidades, coisas ou outros

bens materiais ou imateriais.

No texto estudado a autora Maria das Graças cita várias definições de políticas

publicas na visão de diversos autores, conforme exposto abaixo:

AUTOR PRINCIPAIS DEFINIÇÕES

Maria das Graças Rua (2012)

Compreendem o conjunto das decisões e ações

relativas à alocação imperativa de valores. Uma

política pública geralmente envolve mais do que

uma decisão e requer diversas ações

estrategicamente selecionadas para implementar as

decisões tomadas.

Tânia Bacelar (2012)

São ações que respondem a demandas sociais.

Contudo, municípios sozinhos não têm condições

de responder às imensas demandas sociais

herdadas. Daí a necessidade de pensar políticas

públicas de forma integrada, nos âmbitos federal,

estadual e municipal.

Fabio Konder Comparato (1993)As políticas públicas são programas de ação

governamental.

Salisbury (1995)

Políticas Públicas consiste em decisões autorizadas

ou sancionadas pelos atores governamentais, que

significa os resultados ou saídas de processos.

Bucci (2002, p.241),

Políticas Públicas podem ser entendidas como

programas de ação governamental visando a

coordenar os meios à disposição do Estado e as

atividades privadas para a realização de objetivos

relevantes e politicamente determinadas.

2.2 ESTUDO DE CASOEM POLÍTICAS PÚBLICAS

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Page 6: ATPS_TRATAMENTO

O Programa Bolsa Família - PBF é uma política pública sócio assistencial destinada às

famílias extremamente pobres, sob forma de transferência de renda. O programa abrange os

núcleos familiares mais pobres e, para obtê-la, é necessário o cumprimento de alguns

requisitos básicos.

Este programa do Governo Federal Brasileiro é hoje uma das políticas públicas mais

bem sucedidas no país, na luta contra o trabalho infantil, abrangendo um número significativo

de famílias em todo o território nacional.

Para ingressar a este programa social é necessário o cumprimento de alguns requisitos,

dentre eles se destaca a freqüência escolar da criança. Este requisito atua de maneira muito

eficaz em prol da família brasileira e também no que tange à erradicação do trabalho infantil,

pois a transferência da renda à família atua como uma alternativa suprindo a necessidade

desta prática indesejada.

Seguindo a premissa da difícil conciliação da dupla jornada (Trabalho-escola), o

estudante de 6 a 15 anos terá de comparecer a, pelo menos, 85% das aulas, enquanto que

alunos de 16 e 17 anos a frequência mínima que exige este programa é de 75%. Assim, o

abandono do trabalho torna-se mais rentável do que a deserção escolar, pois o não

cumprimento de algum requisito implica, automaticamente, na exclusão do benefício.

A política pública, em comento, atua de maneira efetiva na erradicação do trabalho

infantil, porém, a alta demanda acaba de certa maneira absorvendo os efeitos do programa,

tornando-o por si só, ainda, pouco significativo.

Visto nesta ótica, percebe-se que o combate ao trabalho infantil no Brasil tem

alcançado avanços nas últimas duas décadas, e com a implementação dessas políticas publicas

de enfrentamento ao trabalho infantil o número de crianças e adolescentes que trabalham vem

declinando continuamente. Em 2010, o Censo Demográfico do Instituto Brasileiro de

Geografia e Estatística (IBGE) aponta a existência de 1.598.569 crianças e adolescentes de 10

a 15 anos trabalhando, o que representa 7,7% do total de crianças nessa idade. Para esta faixa

etária, registra-se um decréscimo de 10,8% em comparação com os dados do Censo 2000,

quando havia 1.791.480 de crianças e adolescentes ocupados. A proporção de jovens com

idades entre 16 e 17 anos também foi reduzida em 15,7%.

Em 2011, com a finalidade de combater o trabalho infantil, foi criado o Plano

Nacional de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil e Proteção ao Adolescente

Trabalhador, fruto da Comissão Nacional de Erradicação do Trabalho Infantil (CONAETI),

sob coordenação do Ministério Público do trabalho e Emprego.

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Page 7: ATPS_TRATAMENTO

Assim, com o lançamento do o Plano Nacional de Prevenção e Erradicação do

Trabalho Infantil e Proteção ao Adolescente Trabalhador, o Estado brasileiro toma uma

postura severa em prol da erradicação desta prática.

Ressaltamos que os esforços do governo brasileiro estão se refletindo no

direcionamento das políticas públicas, gerando impactos importantes que vêm se somando

nesse processo de enfrentamento.

O fortalecimento da Política de Assistência Social, com aporte financeiro, técnico e

com avanço de pactuações, tem proporcionado um Sistema Único de Assistência Social

(SUAS) mais eficaz e eficiente, que se faz chegar às populações em vulnerabilidade e risco.

Um exemplo dessa realidade é a oferta, pelo MDS, de Equipes Volantes e Serviços

Especializados em Abordagem Social, para que os municípios tenham condições de ampliar a

busca ativa nos territórios, identificar situações de trabalho infantil e realizar

registros/atualizações no Cadastro Único, a fim de garantir a transferência de renda às

famílias com crianças e adolescentes retirados da situação de trabalho, inclusão das crianças e

adolescentes nos Serviços de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (SCFV) e no

acompanhamento familiar através dos Centros de Referência da Assistência Social (CRAS) e

Centros de Referência Especializado da Assistência Social (CREAS), bem como os demais

encaminhamentos a outras políticas públicas.

Neste cenário favorável para a realização de uma ruptura histórica em que o trabalho

infantil se constitua em passado, precisamos ser protagonistas de outra cultura e agentes de

uma nova realidade, na qual a criança, o adolescente e suas famílias tenham a proteção

integral garantida nos instrumentos legais assumidos pelo Brasil, acessando direitos e vivendo

em uma sociedade que avança em sua democratização.

2.3 A IMPORTÂNCIA DAS POLÍTICAS PÚBLICAS

As políticas públicas são de grande importância para o Sistema de Garantia de

Direitos e podem ser definidas como conjuntos de programas e atividades que norteiam ações

do poder público, desenvolvidas pelo Estado. Essas diretrizes buscam garantir e assegurar

determinados direitos previstos na Constituição e em leis, de forma difusa ou para certo

seguimento social, cultural, étnico ou econômico, em âmbito federal, estadual e municipal.

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Page 8: ATPS_TRATAMENTO

Elas são importantes para o desenvolvimento de um país, por suas diversidades e o

crescimento econômico. Dentro deste contexto procura - se observar os novos paradigmas

para a concretização de direitos sociais, que na maioria das vezes são concretizados nas

políticas publicas. E o Plano Nacional de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil e

Proteção ao Adolescente Trabalhador é um conjunto de diretrizes que agem por meio de leis,

estabelecendo conceitos, princípios, diretrizes e ações de prevenção e combate ao trabalho

infantil, assim como de assistência e garantia de direitos conforme normas e instrumentos

nacionais e internacionais do Sistema de Garantia dos Direitos das Crianças e dos

Adolescentes.

As políticas públicas procuram atender diversos interesses, muitas vezes antagônicos

da sociedade, visando atingir um interesse público comum, implantando metas que buscam a

efetivação dos direitos sociais. São direcionadas para o desenvolvimento social e também

econômico do país, é a tomada de decisões que faz o intermédio ou paralisa algum conflito

existente, possibilitando que um maior número de usuários possa participar do processo

socioeconômico para estabelecer valores importantes para o desenvolvimento de uma nação.

Contudo as políticas públicas possuem conceitos e resultados positivos, e isso fica

mais cristalino quando existe uma democratização que ofereça programas que são

descentralizados, onde haja participações tanto políticas quanto da sociedade, atendendo de

forma real as demandas existentes, assim os conflitos gerados pelo capitalismo se tornam

menos injustos e mais inclusivos, as políticas públicas é um “sistema” considerado igualitário

para as partes envolvidas.

As políticas públicas podem ser propostas não só pelo governo, mas também pela

sociedade. São formuladas geralmente por iniciativa dos poderes executivo ou legislativo,

com a participação ou não de entes públicos ou privados.

A participação da sociedade pode acontecer, por exemplo, mediante conselhos

municipais, estaduais e nacionais, audiências públicas, encontros e conferências setoriais, que

servem como forma de envolver os diversos seguimentos da sociedade em processo de

participação e controle social.

3. INDICADORES SOCIAIS

3.1 ASPECTOS POPULACIONAIS NO BRASIL

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3.1.1Crianças e Adolescentes

O Brasil possui uma população de 190 milhões de pessoas, dos quais 60 milhões têm

menos de 18 anos de idade, o que equivale a quase um terço de toda a população de crianças e

adolescentes da América Latina e do Caribe. São dezenas de milhões de pessoas que possuem

direitos e deveres e necessitam de condições para se desenvolverem com plenitude todo o seu

potencial.

Contudo, as crianças são especialmente vulneráveis às violações de direitos, à pobreza

e à iniquidade no País. Por exemplo, 29% da população vive em famílias pobres, mas, entre as

crianças, esse número chega a 45,6%. As crianças negras, por exemplo, têm quase 70% mais

chance de viver na pobreza do que as brancas; o mesmo pode ser observado para as crianças

que vivem em áreas rurais. Na região do Semiárido, onde vivem 13 milhões de crianças, mais

de 70% das crianças e dos adolescentes são classificados como pobres. Essas iniquidades são

o maior obstáculo para o alcance dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM) por

parte do País.

A taxa de sub-registro de nascimento caiu – de 30,3% (1995) para 8,9% (2008) – mais

ainda continua alta nas regiões Norte (15%) e Nordeste (20%).

Aproximadamente uma em cada quatro crianças de 4 a 6 anos estão fora da escola.

64% das crianças pobres não vão à escola durante a primeira infância. A desnutrição entre

crianças menores de 1 ano diminuiu em mais de 60% nos últimos cinco anos, mas ainda cerca

de 60 mil crianças com menos de 1 ano são desnutridas.

As crianças e os adolescentes são especialmente afetados pela violência. Mesmo com

os esforços do governo brasileiro e da sociedade em geral para enfrentar o problema, as

estatísticas ainda apontam um cenário desolador em relação à violência contra crianças e

adolescentes. A cada dia, 129 casos de violência psicológica e física, incluindo a sexual, e

negligência contra crianças e adolescentes são reportados, em média, ao Disque Denúncia

100. Isso quer dizer que, a cada hora, cinco casos de violência contra meninas e meninos são

registrados no País. Esse quadro pode ser ainda mais grave se levarmos em consideração que

muitos desses crimes nunca chegam a ser denunciados.

O País tem ainda o desafio de superar o uso excessivo de medidas de abrigo e de

privação de liberdade para adolescentes em conflito com a lei. Em ambos os casos, cerca de

dois terços dos internos são negros. Cerca de 30 mil adolescentes recebem medidas de

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Page 10: ATPS_TRATAMENTO

privação de liberdade a cada ano, apesar de apenas 30% terem sido condenados por crimes

violentos, para os quais a penalidade é amparada na lei.

3.1.2Educação e Trabalho

Atualmente, considera-se a educação um dos setores mais importantes para o

desenvolvimento de uma nação. É através da produção de conhecimentos que um país cresce,

aumentando sua renda e a qualidade de vida das pessoas. Embora o Brasil tenha avançado

neste campo nas últimas décadas, ainda há muito para ser feito. A escola (Ensino

Fundamental e Médio) ou a universidade tornaram-se locais de grande importância para a

ascensão social e muitas famílias tem investido muito neste setor.

Pesquisas na área educacional apontam que um terço dos brasileiros frequentam

diariamente a escola (professores e alunos). São mais de 2,5 milhões de professores e 53

milhões de estudantes matriculados em todos os níveis de ensino. Estes números apontam um

crescimento no nível de escolaridade do povo brasileiro, fator considerado importante para a

melhoria do nível de desenvolvimento de nosso país.

Uma outra notícia importante na área educacional diz respeito ao índice de

analfabetismo. O Censo de 2010 (IBGE) mostra uma queda no índice de analfabetismo em

nosso país nos últimos dez anos (2000 a 2010). Em 2000, o número de analfabetos

correspondia a 13,63% da população (15 anos ou mais de idade). Esse índice caiu para 9,6%

em 2010 e para 8,3 em 2013 (IBGE).. Ou seja, um grande avanço, embora ainda haja muito a

ser feito para a erradicação do analfabetismo no Brasil. Outro dado importante mostra que, em

2006, 97% das crianças de sete a quatorze anos frequentavam a escola.

Esta queda no índice de analfabetismo deve-se, principalmente, aos maiores

investimentos feitos em educação no Brasil nos últimos anos. Os Governos municipais,

estaduais e federais têm dedicado uma atenção especial a esta área. Programas de bolsa

educação tem tirado milhares de crianças do trabalho infantil para ingressarem nos bancos

escolares. Programas de Educação de Jovens e Adultos (EJAs) também tem favorecido este

avanço educacional. Tudo isto, aliado a políticas de valorização dos professores,

principalmente em regiões carentes, tem resultado nos dados positivos.

3.1.3Mortalidade Infantil 

10

Page 11: ATPS_TRATAMENTO

A taxa de mortalidade infantil é obtida por meio do número de crianças de um

determinado local (cidade, região, país, continente) que morrem antes de completar 1 ano, a

cada mil nascidas vivas. Esse dado é um aspecto de fundamental importância para avaliar a

qualidade de vida, pois, por meio dele, é possível obter informações sobre a eficácia dos

serviços públicos, tais como: saneamento básico, sistema de saúde, disponibilidade de

remédios e vacinas, acompanhamento médico, educação, maternidade, alimentação adequada,

entre outros.

Esse é um problema social que ocorre em escala global, no entanto, as regiões pobres

são as mais atingidas pela mortalidade infantil. Entre os principais motivos estão: a falta de

assistência e de orientação às grávidas, a deficiência na assistência hospitalar aos recém-

nascidos, a ausência de saneamento básico (desencadeando a contaminação de alimentos e de

água, resultando em outras doenças) e desnutrição.

Podemos acompanhar logo abaixo os dados da Taxa de Mortalidade Infantil por região

divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Ao analisarmos os dados, fica explícito que a região Nordeste, historicamente,

apresenta a maior média de óbitos de crianças. Políticas públicas mais igualitárias entre os

complexos regionais brasileiros fazem-se necessárias, com vistas a proporcionar infraestrutura

adequada para a população (saneamento ambiental), maiores investimentos em saúde,

redistribuição dos recursos hospitalares, subsídios para a alimentação, além do processo de

conscientização familiar.

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Page 12: ATPS_TRATAMENTO

3.1.4Indicadores Sociais Mínimos

Os indicadores sociais mínimos são meios utilizados para designar os países como

sendo: ricos (desenvolvidos), Em Desenvolvimento (economia emergente) ou pobres

(subdesenvolvidos). Com isso, organismos internacionais analisam os países segundo a:

expectativa de vida, taxa de mortalidade, taxa de mortalidade infantil, taxa de analfabetismo,

renda Nacional Bruta (RNB) per capita, baseada na paridade de poder de compra dos

habitantes; saúde; alimentação; condições médico-sanitárias; qualidade de vida e acesso ao

consumo, entre outros.

Ressaltamos que seguindo as recomendações da Comissão de Estatística das Nações

Unidas, o IBGE apresenta em seu site um sistema mínimo de Indicadores Sociais (ISM) com

informações atualizadas sobre os aspectos demográficos, anticoncepção, distribuição da

população por cor ou raça; informações atualizadas sobre trabalho e rendimento, educação e

condições de vida. Na elaboração do sistema foram consideradas as peculiaridades nacionais e

a disponibilidade de dados. Estes estão desagregados por região geográfica, visto que o

tamanho e a heterogeneidade do país reduzem a representatividade das médias nacionais, e

desagregados, também, em alguns casos, por sexo e cor. Os dados são provenientes de

pesquisas do IBGE, censitárias, por amostra e complementados por outras fontes nacionais.

3.1.5Mercado de Trabalho

No Brasil, o nível da ocupação das pessoas de 10 anos ou mais de idade (percentual de

pessoas ocupadas na população de 10 anos ou mais de idade) foi de 56,5% em 2004, sendo de

68,2% na população masculina e de 45,6% na feminina.

As populações ocupadas masculina e feminina se distribuem de forma bastante distinta

nos segmentos da atividade econômica. Perto de dois terços das mulheres ocupadas estavam

concentradas em quatro grupamentos de atividade (serviços domésticos; educação, saúde e

serviços sociais; agrícola; e comércio e reparação), sendo que o maior absorvia 17,1% e o

menor, 15,9%. Já na distribuição da população masculina, os quatro maiores grupamentos

(agrícola; comércio e reparação; indústria; e construção) reuniam quase 70% dos homens, mas

o maior detinha 24,5% e o menor, 10,6%.

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Page 13: ATPS_TRATAMENTO

Os empregados e trabalhadores domésticos, em conjunto, representavam 62,9% da

população ocupada, sendo que os empregados, isoladamente, constituíam mais da metade

(55,2%). A segunda maior parcela da população ocupada era formada pelos trabalhadores por

conta própria (22,0%). As categorias dos trabalhadores sem contrapartida de remuneração

(trabalhadores não remunerados, na produção para o próprio consumo e na construção para o

próprio uso) abrangiam 11,1% da população ocupada e os empregadores, 4,1%.

A distribuição por posição na ocupação em atividade agrícola é bastante distinta da

referente à atividade não agrícola. Em atividade agrícola, as participações dos empregados,

trabalhadores por conta própria, não remunerados e na produção para o próprio consumo

variaram de 19,1%, nesta última categoria, a 27,6%, na primeira. Já em atividade não

agrícola, os empregados e trabalhadores domésticos abrangiam 72,2% e os trabalhadores por

conta própria, 20,8%.

A participação dos empregados na população ocupada da Região Sudeste (63,4%) foi

a maior e a da Nordeste (44,3%), a menor. Já a participação dos trabalhadores por conta

própria foi mais elevada na Região Nordeste (27,4%) e mais baixa na Sudeste (18,6%).

No contingente dos empregados, a parcela do emprego registrado representava cerca

de dois terços, dos quais 55,0% eram de pessoas com carteira de trabalho assinada e 11,9%,

militares e funcionários públicos estatutários. Na população dos trabalhadores domésticos,

25,8% usufruíam os direitos assegurados pela carteira de trabalho assinada.

3.1.6Mobilidade Social no Brasil

A mobilidade social é um conceito estudado pela sociologia, que indica a possibilidade

de um indivíduo subir de classe social. Alguns autores afirmam que uma sociedade

estratificada é aquela onde não se verifica a mobilidade social. Em uma sociedade estruturada

dessa forma, um determinado indivíduo mantém a sua classe social independentemente das

circunstâncias.

A mobilidade social no Brasil tem crescido rapidamente nas últimas décadas, e

segundo dados do IBGE, de 1970 até 2000, aumentou para 63%. Apesar disso, não é possível

afirmar que a mobilidade social é sinônimo de igualdade social. A sensação que existe muitas

vezes no Brasil é que a classe média está desaparecendo, enquanto as classes alta e baixa

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Page 14: ATPS_TRATAMENTO

estão crescendo. O grande problema no Brasil é que a grande maioria sobre pouco na

"escada" social, enquanto uma pequena percentagem sobre muito.

O mercado de trabalho atual exige trabalhadores mais qualificados, o que implica uma

educação com mais qualidade e mais especializada. A falta de qualificação dos trabalhadores

funciona como um freio para a mobilidade social, porque indivíduos pouco qualificados estão

desempregados ou não conseguem empregos que permitam alcançar uma classe social mais

elevada. Assim, o investimento na educação e enriquecimento profissional da população é um

fator essencial para fomentar a mobilidade social e diminuir a desigualdade verificada

atualmente.

3.1.7População Jovem

Os pesquisadores do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) afirmam que o

Brasil terá o maior pico de população jovem entre 15 e 29 anos, em 2010, podendo chegar a

51 milhões nesta faixa etária. Em 2000, o país tinha 47 milhões de pessoas com essas idades

e essa característica é apontada como resultado da dinâmica demográfica nas décadas de 1970

e 1980, conhecida como “onda jovem”. Os dados foram analisados no livro Juventude e

Políticas Sociais no Brasil.

A caracterização de um país jovem pelos pesquisadores ocorreu pela proporção de

pessoas com menos de 15 anos na sociedade. Em 1920, era de 44,3% da população e as

pessoas na faixa etária de 15 a 29 anos representavam 28,2% da população. A partir de 1970,

por conta da queda da fecundidade, a proporção começou a diminuir. Em 2000, as crianças e

jovens representavam cerca de 58% da população.

O aumento da mortalidade entre os jovens ocorre por violência ou por acidentes e

suicídios. Em 2006, 77% das mortes entre homens de 15 a 29 anos tiveram essas causas. A

baixa fecundidade e a mortalidade de jovens são apontadas pelos pesquisadores como as

principais razões para a estabilização do crescimento de jovens no país.

3.2QUADRO-SÍNTESE SOBRE OS INDICADORES SOCIAIS

Os Indicadores Sociais são estatísticas sobre aspectos da vida de uma nação que, em

conjunto, retratam o estado social dessa nação e permitem conhecer o seu nível de

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Page 15: ATPS_TRATAMENTO

desenvolvimento social. Os Indicadores Sociais podem ser analíticos (constituídos de uma

única variável: esperança de vida ao nascer, taxa de alfabetização, escolaridade média, entre

outros) ou sintéticos (quando resultantes de uma composição de variáveis, como o IGH).

O quadro abaixo mostra as características e definições de alguns tipos de Indicadores

Sociais os quais podem apresentar a realidade social brasileira.

TIPO DE INDICADOR O QUE

INDICA?

PRINCIPAIS

CARACTERÍSTICAS

DEFINIÇÃO

IDH

Índice social

construído a partir

da combinação de

indicadores

simples,

relacionados a

saúde, educação e

renda.

Usado para medir e

avaliar o bem-estar de

uma população, como

por exemplo:

expectativa de vida,

alfabetização e o PIB

PER CAPTA.

Índice de

Desenvolvimento

Humano é uma

medida

comparativa,

usada para

classificar os

países pelo grau de

desenvolvimento

humano.

INDICE DE GINI

É utilizado para

calcular a

desigualdade na

distribuição de

renda, bem como

qualquer

desigualdade.

Tem a finalidade de

medir o grau de

concentração de renda

em um determinado

grupo, consiste em um

numero de 0 a 1, onde o

0é igualdade total e 1,

total de desigualdade de

renda.

É uma medida de

desigualdade,

representadas em

pontos percentuais

(é igual ao

coeficiente

multiplicado por

100).

INDICADOR ETHOS

DE

RESPONSABILIDADE

SOCIAL

Tem como foco

avaliar o quanto a

sustentabilidade e

a responsabilidade

social são

incorporadas nos

Inclusão de diversas

funcionalidades, como

diagnóstico da gestão,

planejamento, base para

relatórios de

sustentabilidades, entre

É uma ferramenta

que visa apoiar as

empresas na

incorporação da

sustentabilidade

empresarial (RES),

15

Page 16: ATPS_TRATAMENTO

negócios,

auxiliando a

definição de

estratégias

políticas.

outros. em estratégias de

negócios.

INDICADORRES

BÁSICOS PARA A

SAÚDE NO BRASIL

São medidas-

síntese que

contém

informações

relevantes sobre

determinados

atributos e

dimensões do

estado de saúde,

bem como do

desempenho do

sistema de saúde.

Prover matéria prima

essencial para a análise

de saúde,

disponibilidade de um

conjunto básico de

indicadores que

facilitam objetivos e

metas em saúde.

Indicador

desenvolvido para

facilitar a

quantificação e

avaliação das

informações

produzidas com a

finalidade em

saúde.

INDICADOR DE

EDUCAÇÃO NO

BRASIL

Usado para medir

habilidades

básicas na língua

pátria, matemática

e outros ramos da

ciência.

Discutir a qualidade

dos modelos a serem

implementados, que

melhor permitam

avaliar os avanços

educacionais.

São instrumentos

de aprimoramento

com informações

que permitam

diagnósticos

preciso sobre

como melhorar a

educação.

3.3 A RELAÇÃO ENTRE INDICADORES SOCIAIS E POLÍTICAS PÚBLICAS

O aparecimento e o desenvolvimento dos indicadores sociais estão ligados à

consolidação das atividades de planejamento do setor público ao longo do século XX.

As políticas públicas são os instrumentos utilizados pelo Estado para realizar intervenções na

16

Page 17: ATPS_TRATAMENTO

realidade social. Com estas intervenções espera-se que problemas existentes em certas

parcelas desta realidade sejam sanados ou ao menos minimizados.

Sendo assim, o que demanda a construção de políticas públicas, ou seja, a construção

de meios através dos quais o estado pode mobilizar recursos para realizar intervenções na

realidade social são os problemas existentes nesta realidade.

Na prática a gestão compartilhada de políticas públicas com a sociedade só ocorre

quando são criados mecanismos através dos quais são produzidas informações sobre o alcance

destas políticas e sobre os recursos investidos em sua criação e implementação. Portanto, o

elemento básico de uma gestão é a informação. Informação gera transparência e produz

racionalidade a respeito dos elementos que constituem a formatação de uma política.

3.4 INDICADOR SOCIAL ESTUDADO - BREVE APRESENTAÇÃO

O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) é a medida usada para classificar os

países pelo seu grau de desenvolvimento humano e para ajudar a classificar os paísescomo:

Desenvolvidos (muito alto), entre 0 e 0,499; em Desenvolvimento (médio e alto), de 0,500 a

0,799; e Subdesenvolvidos (baixo), quando maior ou igual a 0,800.

3.5 INDICADOR SOCIAL ESTUDADO – INFORMAÇÕES

O Indicador estudado é o IDH, com dados obtidos pelo IBGE de todas as regiões do

Brasil. Dados da evolução da educação entre: 1991 e 2010: População Adulta com ensino

fundamental concluído: passou de 30,1% para 54,9%; Crianças de 05 a 06 anos frequentando

a escola: passaram de 37,3% para 91,1%; Jovens de 11 a 13 anos nos anos finais do ensino

fundamental: passou de 36,8% para 84,9%; Jovens de 15 a 17 anos com ensino fundamental

completo: passou de 20% para 57,2%, ou seja 40% dos jovens nesta faixa ainda não têm

ensino fundamental completo; Jovens de 18 a 20 anos com ensino médio completo passaram

de 13% para 41% ou seja, a maioria destes jovens ainda não possui ensino médio completo.

3.6 FORMULAÇÃO DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DENTRO DO CONTEXTO

17

Page 18: ATPS_TRATAMENTO

Segundo dados do IBGE no período de 1991-2010 houve uma evolução na educação

em todas as regiões do Brasil, porém aproximadamente 60% dos jovens entre 18 e 20 anos

não possuem ensino médio.

A maioria dos jovens tem a oportunidade, porém não tem interesse ou incentivo da

família para continuar os estudos, visto que a escola continua com o mesmo método de

ensino, sem a evolução da tecnologia. Esses jovens estão sempre conectados a essas

tecnologias, e de posse desta informação, a proposta é levar, de maneira plena, a informática

para a sala de aula com computadores individuais onde o jovem teria um estímulo para ir à

escola, colaborando com a inserção digital.

Em um segundo momento, o terceiro ano do Ensino Médio, seriaimplantado na matriz

curricular uma disciplina direcionada aos conhecimentos e técnicas para o mercado de

trabalho. A aprendizagem o levará a pensar especificamente em uma profissão e quais os

métodos necessários para o seu desenvolvimento. É uma maneira de iniciar a formação

profissional e como consequência buscar o ensino superior.

O assistente social atuando dentro da escola, perante a dificuldade do aluno no ensino

fundamental interviria de forma direta com a família, focando na problemática, seja qual for

sua origem.

4. A ATUAÇÃO DO PROFISSIONAL EM SERVIÇO SOCIAL CONSIDERANDO A

POLÍTICA PÚBLICA FORMULADA

O desenvolvimento do ser humano é fortemente influenciado pela tecnologia, a qual

amplia o potencial humano. A tecnologia é cada vez mais inovadora e exigem das pessoas

novas maneiras de pensar e agir.

Na educação a “Tecnologia da Informação” já existe, porém de maneira escassa.

A política pública proposta, visa disponibilizar máquinas e equipamentos individuais que

acompanhem a tecnologia da internet a cada aluno, desde o ensino fundamental

proporcionando assim a inclusão digital. Para que se torne realidade, os orientadores dos

alunos têm que serem capacitados e constantemente reciclados para acompanhar os avanços

tecnológicos.

18

Page 19: ATPS_TRATAMENTO

O apoio dos profissionais de Serviço Social torna-se imprescindível, pois é através do

conhecimento das demandas, é que se pode direcionar para a execução da prática dentro desta

política.

Com a implantação da tecnologia desde o ensino fundamental, o Assistente Social

pode acompanhar o desenvolvimento do aluno e suas dificuldades, podendo assim intervir

junto à família suprindo suas necessidades, viabilizando em seufuturo a inserção no mercado

de trabalho, cada vez mais exigente.

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

O Presente trabalho foi de suma importância,pois através das pesquisas realizadas foi

possível a compreensão sobre a finalidade das políticas públicas existentes junto aos de

indicadores sociais onde a ferramenta utilizada para tal foi o site do Instituto Brasileiro de

Geografia Estatística – IBGE.

Desta forma, podemos concluirque as políticas públicas não podem ser elaboradas sem

o devido embasamento teórico-empírico, isto é, com fundamentos concretos na realidade

social e apreensão desta, de modo que o assistente social deve estar preparado para utilização

de ferramentas necessárias para sua ação e conseqüentemente, para a população a quem é

destinada essas políticas sociais.

As ações interventivas, em sua maioria, fazem parte de serviços sociais prestados por

meio de projeto e programas sociais, que devem ser geridos de forma a construir respostas

profissionais às demandas da população. Contudo, há muitas lacunas a se preencher e

deficiências a se corrigir. É evidente que após a conceituação dos Indicadores Sociais, torna-

se fácil perceber a importância dos mesmos para otrabalho do Assistente Social. A dificuldade

está em construí-los – ou ousando dizer – no compromisso dos profissionais com a superação

de práticas espontâneas, assistemáticas ou reprodutivas.

Observa-se, porém, que conhecer bem a realidade social a que se destina a política

pública não é uma condição suficiente para garantir o cumprimento dos objetivos a que ela se

destina. Os encaminhamentos de qualquer programa público dependem, necessariamente, de

decisões de natureza política. Mas não se deve resumir apenas em um simples sistema de

gerenciamento, mas supõe novas formas de organização de serviços e idéias, que relaciona

19

Page 20: ATPS_TRATAMENTO

dialeticamente o político, o econômico e o social, com articulações diversas em um único

objetivo; dar respostas eficientes, eficazes e efetivas às necessidades sociais.

6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BACELAR, Tânia. As políticas públicas no Brasil: heranças, tendências e desafios.

BACHRACH, P.; BARATZ, M. S. Two faces of power. American Political Science Review,

56, 1962.

CRUZ, Vicente Vagner: Repensando o Conceito de Política Pública.

FERNANDES, Antônio Sergio Araújo: Políticas Públicas: Definição, Evolução e o caso

Brasileiro.

IBGE, Instituto Brasileiro de Geografia Estatística: Censo 2010.

JANNUZZI, Paulo de Martino. Indicadores Sociais na Formulação e Avaliação de Políticas

Públicas. 2012. 

LUTOSA, Paulo Henrique: Políticas Públicas e Assistência Social

RUA, Maria das Graças. Análise de Políticas Públicas: conceitos básicos. 

SANTAGADA, Salvatore. Indicadores Sociais: contexto social e breve histórico.

 

TEIXEIRA, Elenaldo Celso: O Papel das Políticas Públicas no Desenvolvimento Local e na

Transformação da Realidade. 

RUA, Maria das Graças. Análise de Políticas Públicas: Conceitos Básicos. Brasília: Paralelo,

1998.

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