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Audiência Pública - SP Cláudio Augusto Vieira da Silva Coordenador Geral do SINASE 14 de Maio de 2013

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Audiência Pública - SP

Cláudio Augusto Vieira da SilvaCoordenador Geral do SINASE

14 de Maio de 2013

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Século XX Barbárie Ameaça à sobrevivência da humanidade

Câmaras de gás;Bomba atômica; Tiranias e outros

Pós Guerra Declaração Universal dos Direitos Humanos - 1948 Instrumentos internacionais de direitos humanos, com

os seus mecanismos de proteção

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1966 – O Pacto Internacional dos Direitos Civis e Políticos 1966 – O Pacto Internacional dos Direitos Econômicos, Sociais

e Culturais

Estes dois documentos dão sequência à Declaração Universal e compõem a CARTA INTERNACIONAL DOS

DIREITOS HUMANOSNa medida em que os Estados Nacionais ratificam estes documentos, comprometem-se tanto internacionalmente

quanto no seu âmbito interno, tornando-os efetivos no seu ordenamento jurídico

Page 4: Audiência Pública - SP Cláudio Augusto Vieira da Silva Coordenador Geral do SINASE 14 de Maio de 2013

Declaração dos Direitos da Criança em 1959 Ano Internacional da Criança em 1979 Convenção das Nações Unidas sobre os Direitos da Criança

em 1989 As Regras Mínimas das Nações Unidas para Administração da

Justiça de Menores – Regras de Beijing 29/11/85 As Regras Mínimas das Nações Unidas para a proteção dos

jovens privados de liberdade - 14/12/90 Diretrizes das Nações Unidas para a prevenção da

delinquência juvenil -Diretrizes de Riad 14/12/90

Page 5: Audiência Pública - SP Cláudio Augusto Vieira da Silva Coordenador Geral do SINASE 14 de Maio de 2013

Convenção NÃO DISCRIMINAÇÃO – Art. 2º INTERESSE SUPERIOR DA CRIANÇA – Art. 3º SOBREVIVÊNCIA E DESENVOLVIMENTO – Art. 6º PARTICIPAÇÃO – Art. 12

Mobilização Social Movimento pelos Direitos Humanos de Crianças e Adolescentes Proposta de Atendimentos Alternativos Criação do MNMMR – 1985 Pastorais Processo Constituinte – emenda constitucional Aprovação da Constituição de 1988 Mobilização para construir o ECA Aprovação do ECA - 1990

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Implantação dos Planos NacionaisSINASE

PNCFC

Enfrentamento à Violência e Exploração Sexual

Implantação/Consolidação dos órgãos de controle social (Conselhos dos Direitos e Conselhos Tutelares)

Orçamento Público para ações permanente

Superação da Concepção

NeomenoristaJudicialização das relações

sociais

Criminalização da pobreza

Culpabilização das famílias

Desqualificar o Sistema de Garantia dos Direitos

Eventismo

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7

Número de homicídios contra adolescentes ¹

¹ Homicídios na adolescência no Brasil. IHA 2009 – 2010. Org. Doriam Borges e Ignacio Cano. Observatório de Favelas. Rio de Janeiro,

2012.

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Fórum Brás - SP2011

10

500

1000

1500

2000

2500

3000

Roubo Majorado

Tráfico de Entor-pecentes

Furto

Receptação

Roubo

Porte de Arma

Uso de Entorpecentes

Estupro

Homicídio

Latrocínio

2012

10

500

1000

1500

2000

2500

Roubo Majorado

Tráfico de Entorpecentes

Furto

Receptação

Roubo

Porte de Arma

Uso de Entorpecentes

Estupro

Homicídio

Latrocínio

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Violência no Brasil: um problema que tem idade, cor/raça e território

• Em 2010, morreram no Brasil 49.932 pessoas vítimas de homicídio, ou seja, 26,2

a cada 100 mil habitantes.

• 70,6% das vítimas eram negras.

• Em 2010, 26.854 jovens entre 15 e 29 foram vítimas de homicídio, ou seja, 53,5%

do total.

• 74,6% dos jovens assassinados eram negros.

• 91,3% das vítimas de homicídio eram do sexo masculino.

• Aproximadamente 70% dos homicídios contra jovens negros concentraram-se

em apenas 132 municípios brasileiros.

Fonte: MS/SVS/DASIS - Sistema de Informações sobre Mortalidade – SIM. Dados preliminares de 2010

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2007 2008 2009 2010 2011 20120

5,000

10,000

15,000

20,000

25,000

30,000

35,000

40,000

45,000

36,470 36,06638,124 37,432 38,208 39,444

3,244 3,102 3,064 2,956 3,370 4,298

1° TRIMESTRE

TOTAL DE PESSOAS PRESAS TOTAL DE ADOLESCENTES APREENDIDOS

ANOS

2007 2008 2009 2010 2011 20120

5,000

10,000

15,000

20,000

25,000

30,000

35,000

40,000

45,000

36,461 37,086 38,313 36,77739,223

41,803

3,407 2,769 3,142 3,129 3,928 4,740

2° TRIMESTRE

TOTAL DE PESSOAS PRESAS TOTAL DE ADOLESCENTES APREENDIDOS

ANOS

TOTAL DE PRESOS/APREENDIDOS

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2007 2008 2009 2010 2011 20120

5,000

10,000

15,000

20,000

25,000

30,000

35,000

40,000

45,000

34,453 34,81838,663

35,70838,844

41,005

3,330 2,710 3,317 3,444 3,834 4,519

3° TRIMESTRE

TOTAL DE PESSOAS PRESAS

TOTAL DE ADOLESCENTES APREENDIDOS

ANOS

2007 2008 2009 2010 2011 20120

5,000

10,000

15,000

20,000

25,000

30,000

35,000

40,000

45,000

35,817

30,081

39,111

33,50136,761

39,445

3,323 2,450 3,212 3,286 3,808 4,271

4° TRIMESTRE

TOTAL DE PESSOAS PRESAS

TOTAL DE ADOLESCENTES APREENDIDOS

ANOS

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AL ES PB PA DF PE AP BA GO SE RO MT RJAM

Brasil MS RR CE RN MA TO PRMG RS SP AC SC PI

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

Taxas de homicídios entre brancos e negros por UF (2010)Brancos Negros

Maiores taxas de homicídios contra negros: Alagoas, Espírito Santo, Paraíba, Pará, Distrito Federal e Pernambuco

Fonte: SIM/Datasus/Ministério da Saúde

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São os jovens negros, com baixa escolaridade, os mais atingidos pela violência

Menos d

e 1 1 a

4 5 a

9

10 a 14

15 a 19

20 a 24

25 a 29

30 a 34

35 a 39

40 a 44

45 a 49

50 a 54

55 a 59

60 a 64

65 a 69

70 a 74

75 a 79

Mais de 8

0 0

1000

2000

3000

4000

5000

6000

7000

80007437

2483

Homicídios por faixa etária, cor/raça (2010 - Dados preliminares)

Pretos e Pardos Brancos e Amarelos

Nenhuma 1 a 3 anos 4 a 7 anos 8 a 11 anos 12 anos e mais0

1000

2000

3000

4000

5000

6000

7000

8000

55

613

2394

1457

257382

2936

7304

2879

372

Homicídios entre jovens (15 a 29 anos) por escolaridade, cor/raça 2010. Dados preliminares

Brancos e Amarelos Pretos e Pardos

Fonte: SIM/Datasus/Ministério da Saúde

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ATOS INFRACIONAIS

Tráfico de drogas41,6%

Roubo Qualificado38,9%

Roubo Simples5,2%

Furto1,9%

Descumprimento de Medida Judicial

1,8%

Roubo Qualificado Tentado1,8%

Latrocínio0,9% Furto Qualificado

0,9%

DEMAIS ATOS6,7%

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Descontinuidade Politico- Administrativa

Insanidade

InsalubridadeInsegurança

OS TRÊS “IS”

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PLANO DECENAL

EIXOS TÍTULOS AÇÕES

Eixo 1 Gestão 7

Eixo 2 Qualificação do Atendimento 11

Eixo 3 Direito à Participação 3

Eixo 4 Sistema de Justiça e Segurança 5

Eixo 5, 6, 7, 8,... Políticas Setoriais DVS

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AÇÕES ESTRATÉGICASÁREA AÇÃO

Infraestrutura 1- Implementação de novas unidades do Sinase para desativação das impróprias (novas obras)2- Implementação de NAIS (novas obras e/ou funcionamento)3- Acompanhamento de convênios e execução, referente a ampliação e reforma das Unidades 4- Monitoramento e fiscalização das obras

Formação 1- Universalização das Escolas do SINASE2- Parametrização do Sistema (Segurança, Pedagógico, Gestão, Fluxo de Atendimento nas Unidades)3- Plano Decenal4- Avaliação do SINASE

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ÁREA AÇÃO

Articulação Institucional 1- Coordenação da Comissão Intersetorial2- Grupo de Trabalho no âmbito da Carta de Estratégias3- Apoio a Fóruns e Redes

Adequação das Políticas Básicas 1- Assegurar escolarização e profissionalização aos adolescentes2- Adequação da lei do Aprendiz3- Qualificação do Meio Aberto – Documento conjunto MDS/SDH4- Qualificação das ações de saúde nos sistemas socioeducativos5- Regulamentação da profissão de socioeducador

Gestão da Informação 1- Efetivação do SIPIA/SINASE

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ÁREA AÇÃO

Sistema de Justiça e Segurança 1- Integração do Serviço de Segurança Pública no Atendimento Inicial2- Estruturação e Fortalecimento dos Núcleos Especializados nas Defensorias Públicas

Cofinanciamento 1- Levantamento dos custos em todos os sistemas estaduais

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Atos Infracionais – 1º Trimestre

RR RS SP MT MG CE0

0.1

0.2

0.3

0.4

0.5

0.6

0.7

0.8

TRÁF

ICO

ENT

ORP

ECEN

TES

TRÁF

ICO

ENT

ORP

ECEN

TES

TRÁF

ICO

ENT

ORP

ECEN

TES

TRÁF

ICO

ENT

ORP

ECEN

TES

TRÁF

ICO

ENT

ORP

ECEN

TES

TRÁF

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ORP

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ROUB

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HOM

ICÍD

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IO

HOM

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IO

ROUB

O M

AJO

RADO

ROUB

O M

AJO

RADO

Page 22: Audiência Pública - SP Cláudio Augusto Vieira da Silva Coordenador Geral do SINASE 14 de Maio de 2013

Eu ouço as vozeseu vejo as cores

eu sinto os passosde outro Brasil que vem aí

mais tropicalmais fraternal

mais brasileiro.

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O mapa desse Brasil em vez das cores dos Estadosterá as cores das produções e dos trabalhos.

Os homens desse Brasil em vez das cores das três raçasterão as cores das profissões e regiões.

As mulheres do Brasil em vez das cores boreaisterão as cores variamente tropicais.

Todo brasileiro poderá dizer: é assim que eu quero o Brasil,todo brasileiro e não apenas o bacharel ou o doutor

o preto, o pardo, o roxo e não apenas o branco e o semibranco.

Page 24: Audiência Pública - SP Cláudio Augusto Vieira da Silva Coordenador Geral do SINASE 14 de Maio de 2013

Qualquer brasileiro poderá governar esse Brasil Lenhador, Lavrador, Pescador, Vaqueiro, Marinheiro

Funileiro, Carpinteiro contanto que seja digno do governo do Brasil,

que tenha olhos para ver pelo Brasil, ouvidos para ouvir pelo Brasil, coragem de morrer pelo Brasil,

ânimo de viver pelo Brasil, mãos para agir pelo Brasil,

mãos de escultor que saibam lidar com o barro forte e novo dos Brasis

Page 25: Audiência Pública - SP Cláudio Augusto Vieira da Silva Coordenador Geral do SINASE 14 de Maio de 2013

mãos de engenheiro que lidem com ingresias e tratores europeus e

norte-americanos a serviço do Brasil mãos sem anéis (que os anéis não deixam o homem criar nem

trabalhar) mãos livres, mãos criadoras

mãos fraternais de todas as cores mãos desiguais que trabalham por um Brasil

sem Azeredos sem Irineus

sem Maurícios de Lacerda.

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Sem mãos de jogadores nem de especuladores nem de mistificadores.

Mãos todas de trabalhadores, pretas, brancas, pardas, roxas, morenas,

de artistas, de escritores,de operários, de lavradores,

de pastores, de mães criando filhos, de pais ensinando meninos,

de padres benzendo afilhados,

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de mestres guiando aprendizes, de irmãos ajudando irmãos mais moços,

de lavadeiras lavando, de pedreiros edificando, de doutores curando, de cozinheiras cozinhando,

de vaqueiros tirando leite de vacas chamadas comadres dos homens.

Mãos brasileiras brancas, morenas, pretas, pardas, roxas

TropicaisSindicais

Fraternais.

Page 28: Audiência Pública - SP Cláudio Augusto Vieira da Silva Coordenador Geral do SINASE 14 de Maio de 2013

Eu ouço as vozes

eu vejo as cores

eu sinto os passos

desse Brasil que vem aí.Gilberto Freyre, 1926