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1 AUDITOR E ANALISTA FISCAL Disciplina: Legislação Tributária Professor: Alessandro Spilborghs Aula: 01 Monitor: Caroline MATERIAL DE APOIO - MONITORIA Índice I. Anotações II. Lousas III. Exercícios I. ANOTAÇÕES IMPOSTOS - Imposto de renda - imposto sobre produtos industrializados * Encontrados na CF, no CTN e em seus regulamentos Tema da aula Competência federal para impostos Imposto de Renda Critérios orientadores Renda e Proventos. Conceito Disponibilidade econômica e jurídica Acréscimo patrimonial 1º CAPÍTULO – CARACTERÍSTICAS DO TRIBUTO Gênero - Art. 3º, CTN Art. 3º Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada. - Prestação pecuniária - Compulsória - Cobrada em moeda corrente nacional - Que não constitua sanção de ato ilícito - Instituída em lei

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AUDITOR E ANALISTA FISCAL

Disciplina: Legislação Tributária

Professor: Alessandro Spilborghs

Aula: 01

Monitor: Caroline

MATERIAL DE APOIO - MONITORIA

Índice

I. Anotações

II. Lousas

III. Exercícios

I. ANOTAÇÕES

IMPOSTOS

- Imposto de renda

- imposto sobre produtos industrializados

* Encontrados na CF, no CTN e em seus regulamentos

Tema da aula

Competência federal para impostos

Imposto de Renda

Critérios orientadores

Renda e Proventos. Conceito

Disponibilidade econômica e jurídica

Acréscimo patrimonial

1º CAPÍTULO – CARACTERÍSTICAS DO TRIBUTO

Gênero - Art. 3º, CTN

Art. 3º Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se

possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante

atividade administrativa plenamente vinculada.

- Prestação pecuniária

- Compulsória

- Cobrada em moeda corrente nacional

- Que não constitua sanção de ato ilícito

- Instituída em lei

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- Cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada

Espécies - CF/88 (são 5) – encontradas no texto da CF/88

Possui peculiaridades

- Impostos

- Taxas

- Contribuições de melhoria

- Empréstimos Compulsórios

- Contribuições especiais

IMPOSTO – Características

Art. 16, CTN

Art. 16. Imposto é o tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação

independente de qualquer atividade estatal específica, relativa ao contribuinte.

O imposto será cobrado independentemente do este federado oferecer algo em troca

Ex: imposto de renda declarado e recolhido (Mas por que você pagou IR? O que a União lhe ofereceu em

troca para que diante dessa oferta pagasse o IR? A União não ofereceu nada em troca. Imposto independe

de contraprestação estatal. Pagamos imposto simplesmente porque praticamos um fato gerador. Fato

gerador qualquer, no caso, do IR, o fato gerador seria auferir renda ou proventos de qualquer natureza. O

ente federado não precisa fazer nada em troca para lhe obrigar a recolher este tributo).

Art. 167, IV, CF

Art. 167. São vedados:

(..)

IV - a vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou despesa, ressalvadas a

repartição do produto da arrecadação dos impostos a que se referem os arts. 158 e 159,

a destinação de recursos para as ações e serviços públicos de saúde, para manutenção e

desenvolvimento do ensino e para realização de atividades da administração tributária,

como determinado, respectivamente, pelos arts. 198, § 2º, 212 e 37, XXII, e a prestação

de garantias às operações de crédito por antecipação de receita, previstas no art. 165, §

8º, bem como o disposto no § 4º deste artigo.

A arrecadação de impostos (federais, estaduais ou municipais), por regra, NÃO pode ter destinação

específica.

Ex: Nota de um jornal dizendo que parte da arrecadação do IR foi destinada a custear determinadas

despesas dos jogos olímpicos. Isso fere frontalmente o texto da CF.

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O dinheiro dos impostos serve para abastecer os cofres públicos. Abastecidos os cofres públicos, aí sim o

ente federado irá usar o dinheiro onde achar melhor, de acordo com o seu plano governamental. Isso é

uma preocupação de direito financeiro.

#SELIGA

Art. 16, CTN faz alusão ao FATO GERADOR dos impostos e a regra fixada por este dispositivo é

conhecido como PRINCÍPIO DA NÃO VINCULAÇÃO (não pode estar vinculado a nenhuma

contraprestação estatal);

Art. 167, IV, CF faz referência ao PRODUTO DA ARRECADAÇÃO dos impostos. A regra desse

dispositivo é conhecida como PRINCÍPIO DA NÃO AFETAÇÃO;

Geralmente há confusão com o princípio da não vinculação.

Cuidado! A arrecadação dos impostos não pode estar vinculada a nenhum órgão, fundo ou despesa. Essa

afirmativa está correta. Mas está relacionada com o princípio da não afetação (e não ao princípio da

vinculação).

2º CAPÍTULO – COMPETÊNCIAS DA UNIÃO

Tipos de competência – Modalidades (5)

Competência Tributária é um tema previsto pela CF, mas cuidado! Isso não significa dizer que é a CF quem

institui os tributos, porque o papel da CF é determinar qual será a competência tributária, entregando o

exercício da competência para cada um dos entes federados.

A CF distribui competência.

A CF outorga feixes de competência para cada um dos entes federados (União, Estados, Distrito Federal e

Municípios).

Dica: Territórios Federais não são entes federados, ou seja, não possuem competência tributária

Privativa: impostos

Comum: taxas e contribuições de melhoria

Especial: contribuições especiais e empréstimos compulsórios

Residual

Extraordinária

As competências residual e extraordinária foram atribuídas à União

Competência Federal para Impostos:

Para impostos, a União possui 3 modalidades de competência

Extraordinária: art. 154, II, CF

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Residual: art. 154, I, CF

Ordinária: art. 153, CF

COMPETÊNCIA RESIDUAL

Art. 154, I, CF

Art. 154. A União poderá instituir:

I - mediante lei complementar, impostos não previstos no artigo anterior, desde que sejam

não-cumulativos e não tenham fato gerador ou base de cálculo próprios dos discriminados

nesta Constituição;

A União poderá instituir impostos residuais (são novos impostos), desde que observados 3 requisitos:

Por Lei Complementar

Não cumulativos (representa um princípio)

Não podem copiar fato gerador ou base de cálculo dos impostos já existentes

Ex: Há algum tempo atrás, instituíram a CPMF que era provisória e durou mais de uma década. Era uma

contribuição, mas antes pensaram em instituir um imposto provisório sobre movimentação financeira,

porém não deu certo porque não se adequava a esses 3 requisitos, além de não poder ter destinação

específica. CPMF era destinada à saúde. Foi então, que optaram pela instituição de uma contribuição que

poderia ter destinação específica.

COMPETÊNCIA EXTRAORDINÁRIA

Art. 154, II, CF – instituição de imposto extraordinário de guerra pela União

Guerra externa ou sua iminência (hipótese que enseja a sua instituição – cuidado! Guerra civil não

pode ensejar a instituição desse imposto)

Imposto Extraordinário

Compreendido ou não na competência federal (situações de relevância ou urgência e sob

circunstâncias que eventualmente estão na esfera de outros entes federados)

Suprimido cessadas as causas de sua instituição (se a guerra acaba, o imposto não poderá mais ser

cobrado)

Art. 76, CTN – O imposto será suprimido gradativamente (aos poucos) no prazo máximo de cinco anos

contados da data da celebração da paz (ou seja, após a celebração da paz, ainda é possível a cobrança do

imposto extraordinário de guerra, por exemplo, era cobrado sob uma alíquota de 5% e aos poucos essas

alíquotas vão sendo reduzidas até cessarem)

Art. 76. Na iminência ou no caso de guerra externa, a União pode instituir,

temporariamente, impostos extraordinários compreendidos ou não entre os referidos nesta

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Lei, suprimidos, gradativamente, no prazo máximo de cinco anos, contados da celebração

da paz.

COMPETÊNCIA ORDINÁRIA

É a competência para os sete impostos federais

Art. 153, CF

Art. 153. Compete à União instituir impostos sobre:

I - importação de produtos estrangeiros;

II - exportação, para o exterior, de produtos nacionais ou nacionalizados;

III - renda e proventos de qualquer natureza;

IV - produtos industrializados;

V - operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos ou valores mobiliários;

VI - propriedade territorial rural;

VII - grandes fortunas, nos termos de lei complementar.

3º CAPÍTULO – LEGISLAÇÃO SOBRE O IMPOSTO DE RENDA

Visão geral: Legislação do IR deve comportar o texto da CF, do CTN e a legislação extravagante

CTN basicamente trabalha com as informações de fato gerador, base de cálculo e contribuintes do IR.

COMPETÊNCIA RESIDUAL COMPETÊNCIA EXTRAORDINÁRIA

Tipo Lei Complementar

* Não se admite medida

provisória para temas

reservados à lei

complementar

Tipo de lei Lei Ordinária

* Medida Provisória só pode ser usada

se cumpridos os requisitos de

relevância e urgência

Observa as 2 anterioridades

Não observa anterioridade

Deve ser não cumulativo

Não precisa ser não cumulativo

Não pode copiar fato gerador

e base de cálculo de outros

impostos

Pode copiar fato gerador e base de

cálculo de outros impostos

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A legislação extravagante diz respeito à outras leis e infralegais (leis ordinárias de IR pessoa física, IR

pessoa jurídica, além do regulamento do IR que é um decreto – ato infralegal).

Constituição Federal

Campo de incidência

Limitações ao poder de tributar

Repartição de receitas (parte da arrecadação do IR é repartida)

Código Tributário Nacional

Fato gerador – art. 43

Base de cálculo – art. 44

Contribuintes – art. 45 (fala também de responsáveis)

Legislação extravagante

Leis Ordinárias para IR pessoa física/ pessoa jurídica

Decretos regulamento do IR (Decreto 3.000) – norma infralegal

Normas complementares – norma infralegal – servem para complementar o que está no decreto e

na lei

#SELIGA

Legislação tributária compreende um conjunto que envolve (art. 96, CTN)

Leis

Tratados e convenções internacionais

Decretos

Normas complementares

Art. 96. A expressão "legislação tributária" compreende as leis, os tratados e as convenções

internacionais, os decretos e as normas complementares que versem, no todo ou em parte,

sobre tributos e relações jurídicas a eles pertinentes.

“que versem no todo ou em parte” significa dizer que para uma lei ser classificada como lei tributária, a

legislação inteira não precisa tratar de tributo. Se tiver apenas um dispositivo, já poderá ser qualificada.

Normas complementares estão no art. 100 do CTN

Art. 100. São normas complementares das leis, dos tratados e das convenções

internacionais e dos decretos:

I - os atos normativos expedidos pelas autoridades administrativas; (ex: portarias,

instruções normativas)

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II - as decisões dos órgãos singulares ou coletivos de jurisdição administrativa, a que a lei

atribua eficácia normativa; (decisão administrativa precisa ter eficácia normativa atribuída

por lei)

III - as práticas reiteradamente observadas pelas autoridades administrativas; (ex: usos

e costumes)

IV - os convênios que entre si celebrem a União, os Estados, o Distrito Federal e os

Municípios. (ex: acordos firmados entre os entes federados – os principais que temos no

país dizem respeito à permuta de informações em mútua fiscalização – os que a União

firma com os Estados sobre nota fiscal)

4º CAPÍTULO – BASE CONSTITUCIONAL DO IMPOSTO DE RENDA

Constituição Federal

Campo de incidência – art. 153, III, CF

Limitações ao poder de tributar – art. 150 a 152, CF

Repartição da receita – art. 157 ao 162, CF

Todas essas informações estão catalogadas na CF no capítulo chamado de Sistema Tributário Nacional.

Porém, há uma informação que não é de natureza tributária, mas que denota uma regra de direito

financeiro, ainda que localizada no Sistema Tributário Nacional: o tema de repartição de receitas.

Dica: Repartição de receitas ainda que seja uma regra de direito financeiro, pode cair na prova de tributário,

porque o sistema tributário nacional é o direito tributário em suas principais linhas.

Campo de incidência

Art. 153, III, CF

Compete à União instituir imposto sobre:

Rendas

e

Proventos

Um não exclui o outro. O imposto de renda abarca uma hipótese em que se tributa renda e proventos. A

CF não deu toda a liberdade para que o legislador venha a definir o que seja renda ou provento. Ela tem

uma ideia inicial do que pode ser tributado.

NÃO INCIDÊNCIA (imunidade)

ART. 153, § 2º, II, CF – atenção

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Não incidirá, nos termos e limites fixados em lei, sobre rendimentos provenientes de aposentadoria e

pensão, pagos pela previdência social da U/E/DF/M, a pessoa com idade superior a 65 anos, cuja renda

total seja constituída, exclusivamente, de rendimentos do trabalho.

Se é uma regra de não incidência definida pela CF, trata-se de imunidade. Ocorre que este dispositivo foi

revogado.

Uma imunidade representa muitas vezes uma verdadeira cláusula pétrea, porque perfaz uma garantia

individual do contribuinte. E se são direitos fundamentais, sequer por emenda constitucional, essas

informações poderiam ser alteradas ou suprimidas.

Cuidado! Nem todas a imunidades são qualificadas em um patamar de cláusulas pétreas.

#SELIGA nº 01

IMUNIDADE. ART. 153, § 2º, II DA CF/88. REVOGAÇÃO PELA EC Nº 20/98. POSSIBILIDADE. 1. Mostra-se

impertinente a alegação de que a norma art. 153, § 2º, II, da Constituição Federal não poderia ter sido

revogada pela EC nº 20/98 por se tratar de cláusula pétrea. 2. Esta norma não consagrava direito ou

garantia fundamental, apenas previa a imunidade do imposto sobre a renda a um determinado grupo social.

Sua supressão do texto constitucional, portanto, não representou a cassação ou o tolhimento de um direito

fundamental e, tampouco, um rompimento da ordem constitucional vigente. 3. Recurso extraordinário

conhecido e improvido.

(RE 372600, Relator(a): Min. ELLEN GRACIE, Segunda Turma, julgado em 16/12/2003, DJ 23-04-2004 PP-

00040 EMENT VOL-02148-12 PP-02337 RTJ VOL-00192-03 PP-01062)

Cuidado! Essa imunidade foi revogada, mas isso não significa que incide IR sobre rendimentos provenientes

de aposentadoria e pensão.

#SELIGA nº 02

Lei 7.713/88

Art. 6º Ficam isentos do imposto de renda os seguintes rendimentos percebidos por pessoas físicas:

XV - os rendimentos provenientes de aposentadoria e pensão, de transferência para a reserva remunerada

ou de reforma pagos pela Previdência Social da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios,

por qualquer pessoa jurídica de direito público interno ou por entidade de previdência privada, a partir do

mês em que o contribuinte completar 65 (sessenta e cinco) anos de idade, sem prejuízo da parcela isenta

prevista na tabela de incidência mensal do imposto, até o valor de:

i) R$ 1.903,98 (mil, novecentos e três reais e noventa e oito centavos), por mês, a partir do mês de abril

do ano-calendário de 2015;

* Trata-se de um benefício fiscal que não encontrava mais amparo na CF e hoje encontra-se na lei.

Atualmente é uma isenção.

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PRINCÍPIOS GERAIS E ESPECÍFICOS

Gerais - porque valem para todos os tributos

Específicos – restringem-se ao IR

EXPLÍCITOS (na CF)

LEGALIDADE

IGUALDADE

ANTERIORIDADE

IRRETROATIVIDADE

NÃO CONFISCO

UNIFORMIDADE DA TRIBUTAÇÃO

IMPLÍCITOS

CAPACIDADE CONTRIBUTIVA

NÃO VINCULAÇÃO

NÃO AFETAÇÃO

LEGALIDADE

Todo e qualquer tributo dependem de lei (relacionado ao conceito de tributo)

Art. 150, I, CF

IR

instituição tributo lei ordinária (não é a CF ou o CTN)

majoração (mudanças de alíquota ou da base de cálculo) tributo lei ordinária

fixação isenção (revogação) lei ordinária

Art. 150, §6º, CF

Art. 150.

(...)

§ 6º Qualquer subsídio ou isenção, redução de base de cálculo, concessão de crédito

presumido, anistia ou remissão, relativos a impostos, taxas ou contribuições, só poderá

ser concedido mediante lei específica, federal, estadual ou municipal, que regule

exclusivamente as matérias acima enumeradas ou o correspondente tributo ou

contribuição, sem prejuízo do disposto no art. 155, § 2.º, XII, g. (Redação dada pela

Emenda Constitucional nº 3, de 1993)

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“lei específica” = isenções só poderão ser concedidas pelo ente federado que tiver competência para instituir

o tributo (seja para conceder, seja para revogar).

IGUALDADE

Art. 150, II, CF

Art. 150.

(...)

II - instituir tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem em situação

equivalente, proibida qualquer distinção em razão de ocupação profissional ou função por

eles exercida, independentemente da denominação jurídica dos rendimentos, títulos ou

direitos;

Essa é a velha regra que diz que os iguais deverão ser tratados igualmente e os desiguais, desigualmente

na medida de sua desigualdade.

Só que também um legislador não pode fazer distinção em razão do cargo ou função exercida. Certa vez,

os magistrados receberam pela própria União um benefício para que sobre parte dos seus rendimentos não

recairia o IR (subsídio, por exemplo). No caso, era a verba de remuneração. O STF derrubou essa isenção,

porque ofendia a isonomia. Os magistrados só tinham direito ao benefício em razão do cargo que exerciam.

EMENTA: RECURSO EXTRAORDINÁRIO. CONSTITUCIONAL. TRIBUTÁRIO. REMUNERAÇÃO DE

MAGISTRADOS. IMPOSTO DE RENDA SOBRE A VERBA DE REPRESENTAÇÃO. ISENÇÃO. SUPERVENIÊNCIA

DA PROMULGAÇÃO DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988. ISONOMIA TRIBUTÁRIA. INSUBSISTÊNCIA DO

BENEFÍCIO. 1. O artigo 150, inciso II, da Constituição Federal, consagrou o princípio da isonomia tributária,

que impede a diferença de tratamento entre contribuintes em situação equivalente, vedando qualquer

distinção em razão do trabalho, cargo ou função exercidos. 2. Remuneração de magistrados. Isenção do

imposto de renda incidente sobre a verba de representação, autorizada pelo Decreto-lei 2.019/83.

Superveniência da Carta Federal de 1988 e aplicação incontinenti dos seus artigos 95, III, 150, II, em face

do que dispõe o § 1º do artigo 34 do ADCT-CF/88. Consequência: Revogação tácita, com efeitos imediatos,

da benesse tributária. Recurso extraordinário não conhecido.(RE 236881, Relator(a): Min. MAURÍCIO

CORRÊA, Segunda Turma, julgado em 05/02/2002).

IRRETROATIVIDADE

Art. 150, III, “a”, CF

Art. 105, CTN

CF

Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União,

aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:

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(...)

III - cobrar tributos:

a) em relação a fatos geradores ocorridos antes do início da vigência da lei que os houver

instituído ou aumentado;

Ex:

Estamos em agosto de 2016

Prestei serviços ao longo do ano, estando, portanto, sujeito ao ISS sob a alíquota de 4%

No início de agosto, o município de SP majorou a alíquota de ISS para 5%

Será que o município pode cobrar referente aos fatos geradores praticados antes de agosto, uma diferença

de 1%?

NÃO. O princípio da segurança jurídica (sobre princípio) protege essa situação com o princípio da

irretroatividade.

Modificar o passado é algo que não pode acontecer de jeito nenhum.

CTN

Art. 105. A legislação tributária aplica-se imediatamente aos fatos geradores futuros e aos

pendentes, assim entendidos aqueles cuja ocorrência tenha tido início mas não esteja

completa nos termos do artigo 116.

É verdade que é impossível aplicar a legislação tributária imediatamente a um fato gerador futuro, porém

essa afirmativa é correta.

Fato gerador pendente é aquele cuja ocorrência se iniciou, mas ainda não se completou.

Ex:

- Do dia 1º de janeiro até 31 de dezembro de 2016 é o ano base;

- Acumulou mais renda no 1º semestre;

- Ocorrerão vários fatos geradores ao longo do ano;

- O fato gerador do IR é conhecido como complexo ou complexivo, ou seja tem como termo inicial o dia 1º

de janeiro e como termo final, o dia 31 de dezembro;

- Se em 1 de julho a alíquota mínima era de 7,5% e foi majorada para 10% (cuidado! Não será aplicado de

julho em diante, mas será aplicado a todo fato gerador);

- Nesse caso, a legislação tributária deve ser aplicada imediatamente (alcançará todo o ano base de 2016);

#SELIGA

SÚMULA 584, STF

Ao imposto de renda calculado sobre os rendimentos do ano-base, aplica-se a lei vigente no exercício

financeiro em que deve ser apresentada a declaração.

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Está dizendo que sobre os rendimentos de 2016 será aplicada legislação de 2017, ou seja que retroage.

Existem 2 tipos de retroatividades (atividades para o passado)

- Retroatividade própria – foi abertamente proibida pela CF no art. 150, III, “a”

- Retroatividade imprópria – relacionada aos fatos geradores pendentes (art. 105, CTN)

De 2013/2014 até agora, no julgamento do RE 587.008 e Resp 419.814, trazem claramente novas

informações no sentido de que eles demonstram um entendimento que tem prevalecido na nossa

jurisprudência. Nunca se admitiu a retroatividade própria, mas também não se admite a retroatividade

imprópria (também chamada de falsa, retrospectividade).

Ver o voto da Ministra Ellen Gracie

A súmula 584 do STF é válida.

Agora, se perguntarem qual é a atual orientação do STJ. Pode responder que essa súmula 584 do STF não

é válida, porque não se admite a retroatividade própria nem a imprópria.

ANTERIORIDADE

Art. 150, III, “b” (anual) e “c” (nonagesimal), CF

Art. 150, §1º, CF

Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União,

aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:

(...)

III - cobrar tributos:

(...)

b) no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou

aumentou; ANTERIORIDADE ANUAL

c) antes de decorridos noventa dias da data em que haja sido publicada a lei que os instituiu

ou aumentou, observado o disposto na alínea b; ANTERIORIDADE NONAGESIMAL/

NOVENTENA/ MÍNIMA/ QUALIFICADA

Tributo majorado – observa-se as 2 anterioridades

Tributo reduzido – não se observa as 2 anterioridades

O princípio da anterioridade assegura ao contribuinte um determinado período de tempo para que o

contribuinte possa se preparar para pagar um tributo mais caro. Agora, quando o tributo é reduzido, não

precisa haver essa preparação (quem pode mais, pode menos).

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Art. 150, §1º, CF

Art. 150.

(...)

§ 1º A vedação do inciso III, b (ANUAL), não se aplica aos tributos previstos nos arts. 148,

I, 153, I, II, IV e V; e 154, II; e a vedação do inciso III, c (NONAGESIMAL), não se aplica

aos tributos previstos nos arts. 148, I, 153, I, II, III e V; e 154, II, nem à fixação da base

de cálculo dos impostos previstos nos arts. 155, III, e 156, I.

IR está no art. 153, III, CF

O IR não está sujeito à anterioridade nonagesimal, mas precisa aguardar o exercício financeiro seguinte

Ex:

Suponha que o IR tenha sido majorado no dia 01/08/2016

Não precisa observar a noventena

Mas está sujeito à anterioridade anual, o que significa que essa nova alíquota do IR só poderá ser cobrada

a partir do dia 01/01/2017

Imagine que o IR seja majorado no dia 31/12/2016

Não precisa observar a noventena

Mas está sujeito à anterioridade anual, o que significa que o exercício financeiro seguinte será 01/01/2017

Isso significa dizer que se a ESAF perguntar se existe a possibilidade de uma nova alíquota de IR ser exigida

no dia seguinte à sua majoração? A resposta é afirmativa. Caso o IR seja majorado no dia 31 de dezembro

de determinado ano.

NÃO CONFISCO

Art. 150, IV, CF

Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União,

aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:

(...)

IV - utilizar tributo com efeito de confisco;

Não dá para definir o que é ou não confisco pela alíquota.

Identificação do confisco – ADI 2010

Será determinado confisco toda vez que houver uma ofensa/ limitação à dignidade da pessoa humana, à

prática processual ou à livre iniciativa.

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Depende, portanto, da análise particular de cada caso. O que pode ser confisco para uma pessoa pode não

ser para outra. É subjetivo.

Verifica-se o efeito confiscatório não só pela cobrança isolada do tributo, mas pela cobrança conjunta de

vários tributos que isoladamente não representariam confisco, mas que reunidos tornariam insuportável a

carga tributária para o contribuinte (cobrança conjunta = pertencentes a um mesmo ente federado cobrados

em um mesmo período de tempo).

UNIFORMIDADE DA TRIBUTAÇÃO

Art. 151, III, CF

Art. 151. É vedado à União:

(...)

II- tributar a renda das obrigações da dívida pública dos Estados, do Distrito Federal e dos

Municípios, bem como a remuneração e os proventos dos respectivos agentes públicos, em

níveis superiores aos que fixar para suas obrigações e para seus agentes;

Só restringe tributos federais.

A União pode tributar a renda das obrigações da dívida pública dos Estados, do Distrito Federal e dos

Municípios, bem como a remuneração e os proventos de servidores estaduais e municipais.

O que não pode é ao tributar a renda das dívidas públicas estaduais e municipais e a remuneração e os

proventos dos servidores estaduais e municipais, tributar em níveis superiores àqueles que são utilizados

para dívidas públicas federais e para servidores públicos federais.

Títulos públicos Estaduais/ Municipais deve ser igual aos Federais

Servidores públicos Estaduais/ Municipais deve ser igual aos Federais

REPARTIÇÃO DE RECEITAS ADVINDAS DO IR

Art. 157, I, CF – Estados/ DF

Art. 158, I, CF – Municípios

Art. 157. Pertencem aos Estados e ao Distrito Federal:

I - o produto da arrecadação do imposto da União sobre renda e proventos de qualquer

natureza, incidente na fonte, sobre rendimentos pagos, a qualquer título, por eles, suas

autarquias e pelas fundações que instituírem e mantiverem;

Art. 158. Pertencem aos Municípios:

I - o produto da arrecadação do imposto da União sobre renda e proventos de qualquer

natureza, incidente na fonte, sobre rendimentos pagos, a qualquer título, por eles, suas

autarquias e pelas fundações que instituírem e mantiverem;

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A União não pode cobrar IR de nenhum ente federado, em razão da imunidade recíproca.

Esses dispositivos informam que pertencem ao Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, 100% do IR

que eles arrecadam como fonte pagadora de rendimentos.

Um Estado membro tem vários funcionários públicos. Imagine que é uma pessoa jurídica de direito público.

Pense nele como uma empresa. São fonte pagadora dos funcionários públicos. Eles retêm na fonte uma

determinada parcela do IR que o funcionário público deveria pagar. Trata-se de uma retenção que é

obrigada a eles, porém a arrecadação dessa retenção não precisa ser repassada à União. O dinheiro fica

com eles na integralidade. É uma forma de repartir a arrecadação.

E se os Estados, DF ou Municípios promoverem essa retenção em um valor maior do que o devido ou se

retenção ocorrer em um valor que não estaria sujeito ao IR. Quem devolve esse dinheiro? O IR é tributo

federal, mas e se a retenção foi feita pelo Estado?

Neste caso, o pedido de restituição deverá ser feito ao Estado, apesar de ser imposto federal. Deve ser

solicitado ao ente federado que fez a retenção de modo equivocado e a ação de restituição tramitará na

justiça estadual.

Súmula 447, STJ

Súmula 447 - Os Estados e o Distrito Federal são partes legítimas na ação de restituição

de imposto de renda retido na fonte proposta por seus servidores.

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II. LOUSAS

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III. EXERCÍCIOS

1. (2012 - ESAF - Receita Federal - Auditor Fiscal da Receita Federal) Tendo por base a legislação

do Imposto de Renda sobre Pessoa Jurídica (IRPJ), assinale a opção incorreta.

a) As filiais, sucursais, agências ou representações no País das pessoas jurídicas com sede no exterior

sujeitam-se à incidência do Imposto de Renda sobre Pessoas Jurídicas (IRPJ).

b) A prestação de serviços intelectuais, inclusive os de natureza científica, artística ou cultural, em caráter

personalíssimo ou não, com ou sem designação de quaisquer obrigações a sócios ou empregados da

sociedade prestadora de serviços, quando por esta realizada, sujeita-se à incidência do Imposto de Renda

das Pessoas Jurídicas (IRPJ).

c) As sociedades cooperativas de consumo, que tenham por objeto a compra e fornecimento de bens aos

consumidores, não se sujeitam à incidência do Imposto de Renda das Pessoas Jurídicas (IRPJ).

d) O espólio não se sujeita à incidência do Imposto de Renda das Pessoas Jurídicas (IRPJ).

e) As sociedades coligadas e controladas, com sede no exterior, que tenham as respectivas pessoas jurídicas

controladoras residentes ou domiciliadas no Brasil, não são sujeitos passivos do Imposto de Renda sobre

Pessoas Jurídicas (IRPJ).

GABARITO: C

2. (2014 - ESAF - Receita Federal - Auditor Fiscal da Receita Federal) Caracteriza omissão de

receita, e não mera presunção de omissão de receita, constituindo prova suficiente para o

lançamento do Imposto de Renda em desfavor da pessoa jurídica:

a) falta de emissão de nota fiscal ou documento equivalente por ocasião da efetivação das vendas de

mercadorias.

b) falta de escrituração de pagamentos efetuados.

c) manutenção de obrigações já pagas registradas no passivo.

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d) divergência entre a quantidade de matéria-prima registrada na entrada e a soma da quantidade de

mercadorias registradas na saída com os produtos em estoque.

e) diferença de valores no confronto entre a movimentação bancária contabilizada e a receita auferida

registrada.

GABARITO: A

3. (2012 - ESAF - PGFN - Procurador da Fazenda Nacional) Sobre o Imposto sobre a Renda e

Proventos de qualquer Natureza, julgue os itens a seguir, para então assinalar a opção que

corresponda às suas respostas.

I. Como renda deve-se entender a aquisição de disponibilidade de riqueza nova, na forma de um acréscimo

patrimonial, ao longo de um determinado período de tempo.

II. Tanto a renda quanto os proventos de qualquer natureza pressupõem ações que revelem mais-valias,

isto é, incrementos na capacidade contributiva.

III. Limitações temporais ou quantitativas com relação às despesas e provisões não necessariamente

guardam estrita compatibilidade com a teoria do acréscimo patrimonial e com a atividade do contribuinte.

IV. Embora haja diversas teorias que se destinem a delinear o conceito de renda, em todas prevalece a

ideia de que haja a necessidade de seu confronto com o conjunto de desembolsos efetivados relativamente

ao conjunto das receitas.

V. Pode-se afirmar, a partir de alguns julgados do Supremo Tribunal Federal, que o conceito

legalista/fiscalista de renda, assim considerado aquilo que a legislação do imposto de renda estabelecer que

é, está ultrapassado.

Estão corretos apenas os itens:

a) II, IV e V.

b) I, II e III.

c) II, III, IV e V.

d) I, II, IV e V.

e) todos os itens estão corretos.

GABARITO: D