Auditor Fiscal Do Trabalho 2014 Economia Do Trabalho Aula 00

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    AULA 00: Introduo aos conceitos de Mercado de Trabalho

    SUMRIO PGINA 1. Funcionamento do mercado de trabalho 5

    2. Demanda por Trabalho 7 3. Oferta de Trabalho 17

    4. Equilbrio de Mercado 22 5. Uma abordagem matemtica do equilbrio de mercado 27

    6. Conceitos bsicos de elasticidade 31 Questes resolvidas 39

    Gabarito 44

    E a pessoal? Esto prontos para iniciarmos este curso de Economia do Trabalho para o concurso de Auditor Fiscal do Trabalho? Este concurso eu conheo muito bem, at porque sou AFT.

    - 0DVDILQDOGHFRQWDVTXHPpYRFrSURIHVVRU"

    Boa pergunta! Meu nome Jeronymo Marcondes Pinto e j tenho uma grande bagagem no que se refere a concursos pblicos. Sou Economista, Mestre e Doutor em Economia Aplicada pela Universidade de So Paulo (USP) e, atualmente, sou Auditor Fiscal do Trabalho (AFT), atuando na rea de planejamento e anlise econmica e estatstica da Secretaria de Inspeo do Trabalho (SIT MTE sede). J fiz muitos concursos, tendo sido aprovado em vrios, como Auditor Fiscal do Tesouro Estadual (SEFAZ\RS), Analista de Planejamento, Oramento e Finanas Pblicas (SEFAZ SP), Economista do MPU, Economista da Cmara Municipal de So Paulo, dentre muitos outros. Porm, j fui reprovado em concurso tambm!

    - 3URIHVVRUSRUTXHYRFrHVWiQRVFRQWDQGRGHUHSURYDo}HVLVVRQmRWHGLPLQXL"

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    Nosso cronograma de aulas ser o seguinte:

    Bom gente, quem fez a ltima prova foi a CESPE e ela um problema. Alm disso, teve uma novidade complicada: prova discursiva de Economia do Trabalho!

    $PLQKDLGHLDpGDUDYRFrVXPFHUWRDSURIXQdamento da parte terica, que sertestado, ao longo das aulas, com exerccios de provas anteriores da CESPE e de AFT. Este aprofundamento vai muito alm de um condicionamento para fazer exerccios da CESPE, pois a minha ideia familiariz-los com a teoria.

    AULA MATRIA DATA

    00 Introduo ao Mercado de Trabalho x

    01 Definies e conceitos aplicados ao mercado

    de trabalho 30/04/2014

    02 Demanda por Trabalho 30/05/2014

    03 Oferta de Trabalho 30/06/2014

    04 Diferenciao Compensatria e Equilbrio no

    Mercado de Trabalho 30/06/2014

    05 Capital Humano, Diferenciao e

    Segmentao no mercado de trabalho 30/07/2014

    06 Desemprego 30/07/2014

    07 Sindicatos e mercado de trabalho no Brasil 30/08/2014

    08 Simulado e tpicos principais 30/09/2014

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    Vai ser CESPE de novo, professor?

    Acho isso, praticamente, impossvel! Os Auditores Fiscais do Trabalho no gostaram nem um pouco do ltimo concurso. Se eu tivesse que chutar, diria que voltar a ser ESAF.

    Mas, fiquem tranquilos, ao final deste curso, vocs estaro prontos para a prova objetiva e discursiva de qualquer banca. Porm, uma coisa importante destacar: o meu estilo se caracteriza pelo seguinte: pragmatismo e informalidade.

    Pragmatismo porque costumo tentar ser o mais objetivo possvel, sempre com foco em editais de concurso pblico. Assim, o meu curso no ter um vis acadmico, sendo que o mesmo feito para quem quer passar em concurso pblico, ponto.

    Informalidade porque o presente curso no um livro texto. Afinal, quem quiser um livro texto bem formal basta ir livraria e comprar, no acha? O nosso diferencial no Estratgia Concursos ensinar da forma mais didtica possvel, evitando formalismos desnecessrios, como a demonstrao de um teorema, por exemplo. O meu objetivo que qualquer pessoa seja capaz de fazer uma prova de Estatstica tendo meu curso como base.

    Olha gente, o concurso de AFT um dos mais difceis do pas e, com certeza, esta dificuldade vem aumentando nos ltimos anos. H alguns anos, muita gente nem sabia o que era um AFT, hoje, devido a muitos fatores, a realidade outra. No ltimo concurso, o nmero de inscritos e a relao candidato\vaga foi maior no concurso de AFT do que de Auditor da Receita Federal!

    A carreira tem equiparao salarial com a Receita Federal, a SIT est investindo em desenvolvimento tecnolgico e de pessoal, existem grandes perspectivas com a Lei Orgnica do Fisco, que est sendo elaborada, e acabou de ser criada a Escola Nacional de Inspeo do Trabalho (ENIT). Ou seja, uma carreira em ascenso e que tende a se tornar mais forte e com um corpo funcional cada vez melhor. Quem

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    sabe, daqui a alguns concursos, no seja a ENIT que v organizar nossa prova...vai saber!

    Alm disso, posso destacar que se trata de uma carreira que traz muita gratificao pessoal! Diferente da maior parte dos empregos pblicos, ser AFT permite que voc modifique uma realidade. Quantas vezes eu sai de uma empresa e vi uma melhoria muito grande das condies de trabalho? Muitas! Trata-se de um trabalho no qual todo dia diferente do anterior, perfeito para quem no gosta de rotina.

    Agora, com relao prova. No concurso de 2009, houve uma mudana brusca no contedo de Economia do Trabalho com relao a 2006, que teve uma exigncia de matemtica muito elevada. O concurso de 2010 teve um contedo mais voltado para aspectos socioeconmicos da Economia do Trabalho. O ltimo concurso foi um choque, sendo que a banca cobrou aspectos que nem chegavam a ser parte intrnseca do edital e at pisou na bola em uma questo.

    Porm, o contedo deste curso ser dado de forma a abranger todas as possibilidades, tanto estilo prova 2013, 2010, como 2006. Ento, no fiquem preocupados, tudo ser abordado! Mas, se quiserem um chute, dem uma ateno especial s partes referentes s escolhas timas no mercado de trabalho, ok?

    Antes de iniciarmos, mais uma coisinha! Como eu j disse, meu estilo de aula mais voltado para o concurso mesmo! Voc j calculou quantas matrias voc ter de estudar para a prova? isso a! Umas 18 (conte direitinho que voc vai ver, h disciplinas escondidas dentro de um nico tpico do edital)! Lembrem-se, vocs no vo escrever uma tese de Doutorado, vocs vo prestar concurso! Vocs tm que saber o que cai em prova, ponto! Como economista e concurseiro, eu acredito na otimizao do tempo!

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    remunerao. Assim, vamos considerar o trabalho e o capital como insumos, que podem ser livremente comprados e vendidos no mercado, ok? Essa uma simplificao comum em todos os textos de Economia do Trabalho, mas, no se preocupem, logo vocs vo se familiarizar com as expresses.

    Vamos a uma definio? Mercado o local onde se encontram os vendedores e comparadores de determinados bens e servios. Segundo alguns autores, podemos classificar os mercados em que as empresas operam em 3:

    1) Mercado de Capitais: este o mercado onde as empresas compram o insumo deproduo capital. Ou seja, aqui que as empresas compram mquinas, equipamentos, terrenos e tudo mais necessrio para produzir seus produtos.

    2) Mercado de Trabalho: este o nosso foco de estudo, o mercado de trabalho! ESDUD TXH VHUYH" 2UD SDUD FRPSUDU WUDEDOKR Aqui as empresas negociam o salrio, as horas trabalhadas com os seus empregados ou potenciais empregados. Esta uma parte fundamental da deciso de quanto e o que produzir das empresas.

    3) Mercado de Produtos: este o mercado no qual as empresas fornecem seusprodutos aos consumidores. Assim, ao decidir o quanto e o que produzir, a empresa YDL DRV PHUFDGRV GH WUDEDOKR H FDSLWDO H FRPSUD D TXDQWLGDGH GH fatores de produo necessrios para tal empreitada, produz os bens e servios correspondentes e, aps isso, vende seu produto no Mercado de Produtos. Este ltimo composto de infinitos mercados, tais como os mercados de produo de algodo, de mveis, etc.

    'H QRYR 3DUHFH HVWUDQKR PHUFDGR 2OKD QmR p TXHH[LVWH XP VKRSSLQJ TXHtem lojas para cada tipo destes mercados. Assim, quando voc vai ao mercado e compra um desodorante, voc est compondo o mercado de produtos de cosmticos como consumidor. Mas, quando voc trabalha o dia inteiro na sua firma como contador, voc est no mercado de trabalho de contabilistas, vendendo sua fora de trabalho em troca de uma remunerao.

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    O primeiro se chama efeito escala. Este funciona assim, o aumento da taxa salarial, mantidas todas as demais variveis constantes, implica custos mais altos para as empresa e, assim, seria necessrio um aumento no preo dos produtos para compensar este gasto maior. Mas o consumidor, possivelmente, ir responder a este aumento de preos reduzindo sua quantidade demandada de produtos da empresa. Portanto, a empresa decidir reduzir sua produo, o que implica contratar menos trabalhadores. Veja que todo esse bl, bl, bl foi para concluirmos que um aumento de taxa salarial reduz a quantidade demandada de trabalho via efeito escala.

    O segundo efeito chama-se efeito substituio. Como ns vimos acima, as empresas utilizam dois tipos de fatores de produo: o capital e o trabalho, que so, em alguma medida, passveis de serem substitudos uns pelos outros, ok? A ideia deste efeito a seguinte: se a taxa salarial aumentar muito, mantidas todas as demais variveis constantes, vale a pena para o empresrio trocar trabalho por capital. Ou seja, se o trabalho ficar PXLWR FDUR R HPSUHViULR LUi SHQVDU QRVVDvale a SHQD HX GHL[DU GH HPSUHJDU [ WUDEDOKDGRUHV H FRPHoDU D XWLOL]DU \mquinas no lugar deles. Portanto, o efeito substituio vai no mesmo sentido do efeito escala, quanto maior a taxa salarial, menor ser a demanda por trabalho.

    Pessoal, o mesmo vale para uma reduo salarial. Perceba que se houver uma reduo salarial, os dois efeitos indicaro um aumento na demanda por trabalho. Faa um exerccio mental e tente entender isso!

    Mais uma coisinha, perFHEDTXHHPWRGDVDVGHILQLo}HVKiDH[SUHVVmRPDQWLGDVWRGDVDVGHPDLVYDULiYHLVFRQVWDQWHV (ou como chamado na economia, coeteris paribus, leia-VH FpWHULV SDULEXV). Ou seja, os efeitos que estamos explicando s tm validade direta se no h alteraes em outras variveis externas a este processo. Por exemplo, o aumento da taxa salarial pode ser acompanhado de um aumento ainda maior nos preos do capital! Se isso ocorrer, o efeito substituio pode no ter o sentido que explicamos acima, pois no valeria a pena trocar trabalho por capital, podendo invalidar nossas concluses!

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    Exerccio 1

    (Gestor Estadual 1999/alterada) Quando o custo de um fator de produo substituto do fator de produo X cai, tem-se que:

    a) A quantidade demandada de X permanece inalteradab) As quantidades demandadas do fator X e do bem substituto aumentamc) A quantidade demandada do fator X aumentad) A quantidade demanda do fator X caie) As quantidades do bem substituto e do fator X ficam inalterada

    Resoluo

    Alternativa (d). Veja que a reduo do preo de um bem substituto no condio suficiente para queda na demanda do bem em anlise, pois isso depende da magnitude dos efeitos escala e substituio. Somente quando este ltimo maior que tal afirmativa verdadeira. Portanto, sigam a instruo que eu dei acima, se no falar nada, efeitos substituio maior do que o efeito escala, ok?

    Exerccio 2

    (Gestor Estadual 1999/alterada) $V YDULiYHLV TXDQWLGDGH Gemandada de WUDEDOKRSRUXPDHPSUHVDHVDOiULRRIHUHFLGRVmR a) negativamente correlacionadasb) negativamente correlacionadas, tudo mais mantido constantec) positivamente correlacionadasd) no correlacionadas

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    Resoluo

    Alternativa (b). Ateno H[SUHVVmRWXGRPDLVPDQWLGRFRQVWDQWH,VVRpHVVHQFLDOpara argumentao! Em alguns casos, utilizada a expresso econmica coeteris paribus TXH VLJQLILFD D PHVPD FRLVD TXH WXGR PDLV PDQWLGRFRQVWDQWH

    Exerccio 3

    Se o capital e o trabalho so insumos complementares, a elevao do preo do capital afeta a demanda de trabalho de modo a: a) A curva de demanda deslocar para a esquerda b) A curva de demanda deslocar para a direita c) Haver reduo de preos d) Haver aumento de preos e) No acontecer nada

    Resoluo Se o capital e o trabalho so complementares, o efeito substituio no ir operar, pois no h como substituir um insumo pelo outro, s restando o efeito escala. O efeito escala ser no sentido de reduzir a quantidade produzida para um dado salrio, pois todos os custos da empresa sero maiores, deslocando a curva de demanda para a esquerda. Alternativa (a).

    Retornando.

    3. Oferta de Trabalho

    isso a pessoal! Se voc entendeu bem a seo anterior, agora ser mais fcil! Nesta seo iremos iniciar direto pelas propriedades da oferta de trabalho de mercado.

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    Pense comigo, quem oferta trabalho?

    -2VWUDEDOKDGRUHVSURIHVVRU

    Bom(a) garoto(a)! isso mesmo. Mas como se comporta a oferta do mercado de trabalho?

    Simples, quanto maior for a taxa salarial, tudo mais mantido constante, haver mais oferta de trabalho. Isso porque salrios maiores, coeteris paribus, incentivaro mais pessoas a ingressarem no mercado de trabalho.

    Na verdade, esta ideia esta intimamente relacionada com o conceito de salrio de reserva. O salrio de reserva o salrio abaixo do qual o trabalhador se recusar, ou sair do emprego em questo, ou seja, este o valor mnimo de salrio que deixa o trabalhador indiferente entre trabalhar e no trabalhar. Qualquer valor acima deste salrio gerar renda econmica para o trabalhador, isso , um excedente de utilidade no que se refere a trabalhar. Voltaremos a isso na aula de oferta de trabalho!

    Por exemplo, sabe aquele primo meio vagabundo na famlia? Um dos motivos que ele no quer trabalhar porque o salrio oferecido no suficiente para incentiv-lo a comear a trabalhar, porm, caso o salrio de mercado suba muito, pode ser que ele comece a achar interessante um emprego de 4 horas dirias, pois assim ele teria mais dinheiro para passear, etc. Portanto, aumentos no salrio de mercado tendem a incentivar as pessoas a entrar no mercado, portanto, aumentam a oferta de trabalho, coeteris paribus. Graficamente:

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    Voc tem ideia do porqu disso? Pense, se uma empresa oferecer um salrio abaixo do nvel usualmente fornecido pelo mercado, a mesma no conseguir atrair nenhum trabalhador para seus cargos. Entretanto, se a mesma pagar o salrio corrente de mercado, por ser uma empresa muito pequena com relao ao mercado, ela poder obter a quantidade que quiser de trabalhadores. Nesse diapaso, nenhuma empresa estar disposta a pagar mais do que o salrio de mercado, pois gastaria mais do que o necessrio para atrair os trabalhadores que so necessrios a sua produo.

    Voc entende que todas estas concluses so decorrentes do fato de a empresa representar uma parcela infinitesimal do mercado e no ter condies de influir no salrio de mercado? Na teoria econmica, uma empresa que tem um comportamento deste tipo considerada uma aceitadora de salrios, pois ela no tem condio de afetar seu valor, pelo fato de sua demanda ser muito pequena com relao ao mercado. Assim, essa seria uma empresa que se comporta como em um mercado competitivo.

    Esse no um assunto que merece muito aprofundamento, pois no muito cobrado em prova. S importante que vocs tenham noo de como uma empresa opera em um mercado competitivo em comparao com outros mercados. Voltaremos a este assunto em aulas posteriores.

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    5. Uma abordagem matemtica do equilbrio de mercado

    Pessoal, hora de forar a memria escolar e lembrar o que uma funo, ou melhor, uma funo linear. Funo uma relao entre duas variveis, como por exemplo:

    a) Vendas de uma empresa e gastos em propaganda; b) Aumento de peso de uma pessoa e quantidade de comida ingerida; c) Valor da conta de energia e nmero de equipamentos eltricos em uma casa.

    Se chamarmos a primeira varivel de cada item de y e a segunda de x, matematicamente, pode-se descrever tal relao como:

    y = f(x). 2 TXH TXHU GL]HU y funo de x RX TXH DV YHQGDV GH XPD HPSUHVD p XPDfuno da quantidade investida em propaganda. Pode-se afirmar que y depende de x, portanto, a nomenclatura usual chama y de varivel dependente ou explicada e x de varivel independente ou explicativa.

    Uma das formas de se expressar tal funo a partir de uma relao linear, tal como:

    y = 2 + 3x.

    Ou, genericamente, para qualquer valor que pudesse substituir 2 e 3 na equao acima:

    y [. Este um exemplo de uma funo linear, dado que o expoente de x 1. (lembrem-se que qualquer varivel elevada a 1 igual prpria varivel). Esta funo linear (lembrem-se da escola) uma reta. Se x estivesse elevado ao quadrado, seria uma parbola. Para que voc tenha certeza que isso uma reta, substitua alguns valores na primeira equao e os coloque em um grfico, voc ver que se trata de uma equao de reta.

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    -0DVSURIHVVRUGHTXHVHUYHWXGRLVVR"

    assim, vocs viram que as curvas de demanda e oferta de trabalho tratam-se de relaes algbricas que definem um valor de quantidade de trabalho (salrio) em funo do nvel de salrio (quantidade de trabalho) do mercado. Portanto, podemos definir uma funo que descreva tais curvas.

    A ttulo de exemplificao, podemos definir as curvas de demanda e oferta como funes lineares que expressam a relao entre a quantidade de trabalho e o salrio de mercado. Por exemplo, suponha: Sendo a quantidade demandada de trabalhadores no mercado, a quantidade ofertada e o nvel de salrio do mercado.

    Neste caso, qual o valor de salrio e quantidade de trabalhadores empregados no equilbrio de mercado. Lembrem-se: o equilbrio do mercado de trabalho ocorre quando a oferta igual demanda! O conceito de equilbrio deriva da fsica, seria o ponto no qual no h estmulos para sair de tal situao, coeteris paribus.

    Portanto, temos que no equilbrio: Substituindo as expresses acima: Isolando o nvel de salrios: Este o valor de equilbrio dos salrios. Substituindo em qualquer uma das primeiras equaes:

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    Exerccio 5

    Com base no exerccio anterior, a quantidade de equilbrio : a) 200 b) 300 c) 450 d) 800 e) 900

    Resoluo

    Substituindo o preo de equilbrio na equao de demanda: ? ? ? ? ? Alternativa (a)

    Exerccio 6

    (Economista Prefeitura de Porto Alegre 2012) Analisar as funes de demanda e oferta de mercado para determinado bem X, sendo P o preo do bem X, D a quantidade demandada do bem X e S a quantidade ofertada do bem X:

    Funo Demanda do bem X: D = 55 - 10P

    Funo Oferta do bem X: S = 5 + 15P

    Assinalar a alternativa que apresenta respectivamente o preo (P) e quantidade (Q) de equilbrio desse mercado: a) P = 5 e Q = 50. b) P = 4 e Q = 35. c) P = 2 e Q = 60. d) P = 2 e Q = 35

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    Resoluo

    De novo, s para treinar a tcnica. ? ? ? ? ? ? Substituindo na demanda: ? ? ? Alternativa (d)

    6. Conceitos bsicos de elasticidade

    Pessoal, j que falamos sobre as curvas de demanda e oferta de trabalho, precisamos abordar uma coisa muito comum de ser cobrada em prova que o conceito de elasticidade!

    Elasticidade tem a ver com sensibilidade da demanda ou da oferta de um bem com relao a variaes em seu preo ou na renda dos consumidores. No caso de Economia do trabalho vamos abordar, especificamente, as elasticidades das curvas de demanda e oferta de trabalho.

    A elasticidade-salrio da demanda () representa qual a variao percentual na demanda de trabalhadores por parte das empresas induzida por uma variao de 1% no salrio: ? ? Viram? O clculo deste indicador nos dar um valor negativo, j que as curvas de demanda de trabalho se inclinam para baixo. Porm, perceba que o que est em

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    anlise aqui no a direo da variao (negativa), mas a magnitude desta variao.

    Os economistas classificam a elasticidade em: ? ? ? Veja, se a elasticidade, em mdulo, for igual a 1 significa que uma variao de 1% no salrio impactar a quantidade demandada de trabalhadores em 1%. Agora, se a demanda for inelstica significa que uma variao de 1% no salrio gerar uma variao na quantidade demandada de trabalhadores de menos de 1%. J se a demanda for elstica, significa que uma variao de 1% no salrio gerar uma variao na quantidade demandada de trabalhadores de mais de 1%.

    O mesmo vale para a elasticidade-salrio da oferta, mas ressalta-se que o valor do indicador calculado tem sinal positivo para a maior parte dos casos (iremos tratar sobre casos em que oferta de trabalho pode no ser positiva na aula de oferta de trabalho). No caso: ? ? Sendo que representa a variao percentual na oferta de trabalho para uma variao de 1% no salrio de mercado. Tal com no caso anterior: ? ? ? Entenderam? No? Ento, vamos tentar explicar com grficos:

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    que a dos limpadores devido ao fato de ser mais fcil substituir um limpador do que um economista.

    Outra coisa que afeta a elasticidade da demanda a essencialidade do bem. Em uma corretora de aes, por exemplo, o economista deve, provavelmente, ser mais essencial do que o limpador de vidros, j que sem uma anlise econmica, o estabelecimento perde sua prpria razo de ser. Assim, neste caso, a demanda de trabalho por economistas tender a ser mais inelstica do que a dos limpadores!

    Claro, se fosse uma empresa de limpeza de vidro, a situao seria inversa, com a demanda de limpadores podendo ser mais inelstica do que a dos economistas, devido ao fato de este servio ser essencial atividade fim da empresa. Porm, atentem-se ao fato de que, mesmo assim, a demanda por economistas poderia ser mais inelstica, pois a dificuldade de substituio de um economista maior do que a de um limpador de vidro. Assim, a anlise tem de ser feita caso a caso.

    As caractersticas que definem a elasticidade da demanda/oferta de trabalho sero discutidas em aulas posteriores, mas, por hora, guarde alguns fatores que influenciam a elasticidade da demanda de um bem:

    - Quanto mais essencial o bem, mais inelstica ser sua demanda (lembrem-se, essencialidade um conceito relativo situao encontrada);

    - Quanto menos substitutos prximos o bem tiver, mais inelstica ser sua demanda;

    Dentre outros fatores que sero discutidos posteriormente.

    Essa anlise se aplica ao mercado de trabalho, pois a elasticidade-salrio da demanda est intimamente relacionada facilidade com que podemos conseguir um determinado tipo de mo de obra.

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    Resoluo

    Quando falamos em essencialidade de um bem, estamos falando na capacidade de que o mesmo traga utilidade para o consumidor. Portanto, quanto maior sua essencialidade, menos elstica ser sua demanda. Alternativa (d).

    Gente, eu s quero destacar que essa alternativa no est inteiramente correta, pois a essencialidade e a incapacidade de poder substituir um bem por outro no so, necessariamente, ligados quaQWLGDGH GH XWLOLGDGH TXH XP EHP IRUQHFH 3HODValternativas podemos chegar resposta, mas a pergunta est mal escrita!

    (Economista CEB 2010/alterada) Julgue os itens a seguir:

    Exerccio 8

    Quando a Elasticidade-preo da demanda (Epd) for maior do que 1, IEpd > 1I, a demanda inelstica.

    Resoluo

    Falsa! Quando a elasticidade-preo da demanda de um bem for maior que 1, em mdulo, a demanda ser elstica

    Exerccio 9

    A Elasticidade-preo da demanda (Epd) mede a sensibilidade da oferta a variaes no preo.

    Resoluo

    Olha a pegadinha! Falso, a Epd mede a sensibilidade da demanda a variaes no preo.

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    Exerccio 10

    Quando a Elasticidade-preo da demanda (Epd) for menor do que 1, I Epd < 1I, a demanda elstica.

    Resoluo

    Falso, Quando a Epd for menor que 1, em mdulo, a demanda ser inelstica.

    Exerccio 11

    (FUNRIO Economista/2010) Com relao sua elasticidade-preo, quando uma curva de demanda por um bem normal considerada elstica, correto afirmar que a) um aumento de 1% no preo do bem resulta numa diminuio daquantidade demanda por ele em menos de 1%. b) um aumento de 1% no preo do bem resulta numa diminuio daquantidade demanda por ele em mais de 1%. c) um aumento de 1% no preo do bem resulta num aumento da quantidadedemanda por ele em mais de 1%. d) um aumento de 1% no preo do bem resulta num aumento da quantidadedemanda por ele em menos de 1%. e) uma quantidade de demanda no alterada com a variao no preo dobem.

    Resoluo

    Fcil, Fcil! Alternativa (b).

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    Exerccio 12

    (COFECON 2010) Conforme o estudo da elasticidade-preo da procura (Epp),assinale a alternativa correta

    a) Quando a Elasticidade-preo da procura (Epp) for maior do que 1 (um), |Epp >1|, a procura inelstica. b) Quando a |Epp = 0|, for igual a 0 (zero), |Epp = 0|, a demanda elasticidade unitria. c) A Elasticidade-preo da procura (Epp) mede a variao percentual na quantidade demandada, dada uma variao percentual no preo do bem, coeteris paribus. d) Quando a Elasticidade-preo da procura (Epp) for menor do que 1 (um), |Epp < 1|, a demanda elstica. e) A Elasticidade-preo da procura (Epp) mede a sensibilidade da oferta a variaes no preo.

    Resoluo

    A alternativa (c) est correta, pois a prpria definio de elasticidade. Todos os outros erros j foram comentados nas questes acima.

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    Questes resolvidas

    Exerccio 1

    (Gestor Estadual - 1999) Quando o preo de um bem substituto do bem X cai, tem-se que:

    a) A quantidade demandada de X permanece inalterada b) As quantidades demandadas do bem X e do bem substituto aumentam c) A quantidade demandada do bem X aumenta d) A quantidade demanda do bem X cai e) As quantidades do bem substituto e do bem X ficam inalterada

    Exerccio 2

    (Gestor Estadual 1999/alterada $V YDULiYHLV TXDQWLGDGH GHPDQGDGD GHWUDEDOKRSRUXPDHPSUHVDHVDOiULRRIHUHFLGRVmR a) negativamente correlacionadas b) negativamente correlacionadas, tudo mais mantido constante c) positivamente correlacionadas d) no correlacionadas

    Exerccio 3

    Se o capital e o trabalho so insumos complementares, a elevao do preo do capital afeta a demanda de trabalho de modo a: a) A curva de demanda deslocar para a esquerda b) A curva de demanda deslocar para a direita c) Haver reduo de preos d) Haver aumento de preos e) No acontecer nada

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    Exerccio 4

    (Analista TJ/RO 2012 - alterada) A respeito das equaes de oferta Q = 100 + 5P e de demanda Q = 500 - 15P, qual o valor do preo de equilbrio?

    a) 10 b) 30 c) 40 d) 20 e) 80

    Exerccio 5

    Com base no exerccio anterior, a quantidade de equilbrio : a) 200 b) 300 c) 450 d) 800 e) 900

    Exerccio 6

    (Economista Prefeitura de Porto Alegre 2012) Analisar as funes de demanda e oferta de mercado para determinado bem X, sendo P o preo do bem X, D a quantidade demandada do bem X e S a quantidade ofertada do bem X:

    Funo Demanda do bem X: D = 55 - 10P

    Funo Oferta do bem X: S = 5 + 15P

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    Assinalar a alternativa que apresenta respectivamente o preo (P) e quantidade (Q) de equilbrio desse mercado: a) P = 5 e Q = 50.b) P = 4 e Q = 35.c) P = 2 e Q = 60.d) P = 2 e Q = 35

    Exerccio 7

    (Economista MAPA 2010) Com relao elasticidade-preo da demanda, quanto maior o grau de utilidade do produto para o consumidor, possvel dizer-se que:

    a) a demanda no se altera;b) mais elstica ser a demanda;c) a elasticidade-preo tender a 1;d) menos elstica ser sua demanda;e) a renda no influencia a demanda.

    (Economista CEB 2010/alterada) Julgue os itens a seguir:

    Exerccio 8

    Quando a Elasticidade-preo da demanda (Epd) for maior do que 1, IEpd > 1I, a demanda inelstica.

    Exerccio 9

    A Elasticidade-preo da demanda (Epd) mede a sensibilidade da oferta a variaes no preo.

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    Exerccio 10

    Quando a Elasticidade-preo da demanda (Epd) for menor do que 1, I Epd < 1I, a demanda elstica.

    Exerccio 11

    (FUNRIO Economista/2010) Com relao sua elasticidade-preo, quando uma curva de demanda por um bem normal considerada elstica, correto afirmar que a) um aumento de 1% no preo do bem resulta numa diminuio da quantidade demanda por ele em menos de 1%. b) um aumento de 1% no preo do bem resulta numa diminuio da quantidade demanda por ele em mais de 1%. c) um aumento de 1% no preo do bem resulta num aumento da quantidade demanda por ele em mais de 1%. d) um aumento de 1% no preo do bem resulta num aumento da quantidade demanda por ele em menos de 1%. e) uma quantidade de demanda no alterada com a variao no preo do bem.

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    Exerccio 12

    (COFECON 2010) Conforme o estudo da elasticidade-preo da procura (Epp),assinale a alternativa correta

    a) Quando a Elasticidade-preo da procura (Epp) for maior do que 1 (um), |Epp >1|, a procura inelstica. b) Quando a |Epp = 0|, for igual a 0 (zero), |Epp = 0|, a demanda elasticidade unitria. c) A Elasticidade-preo da procura (Epp) mede a variao percentual na quantidade demandada, dada uma variao percentual no preo do bem, coeteris paribus. d) Quando a Elasticidade-preo da procura (Epp) for menor do que 1 (um), |Epp < 1|, a demanda elstica. e) A Elasticidade-preo da procura (Epp) mede a sensibilidade da oferta a variaes no preo.

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    1 d 2 b 3 a 4 d 5 a 6 d 7 d 8 F 9 F 10 F 11 b 12 - c

    isso a galera! Hoje foi s uma introduo a alguns dos conhecimentos econmicos que sero teis ao longo do curso!

    Mandem dvidas!

    Um abrao [email protected]