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    O nvel das questes de Atualidades do Cespe alto, com assertivas bem

    elaboradas, contextualizadas e raramente pontuais. Por outro lado, o nvel dos

    candidatos tambm est muito elevado, de modo que todas as disciplinas so

    importantes. Atualidades pode fazer a diferena! Se voc gabaritar a disciplinae acertar todas as questes, conquistar preciosos pontos em relao

    concorrncia.

    E eu estou aqui para lhe preparar para gabaritar a disciplina de

    Atualidades. Sim, disso que estamos falando. Voc quer e voc pode gabaritar

    a disciplina.

    Como professor fao uma permanente anlise do que as bancas estocobrando. Assim, preparo um curso abrangente, mas cirrgico, com os

    contedos que realmente caem e com os que tm probabilidade de cair.

    Veja estas questes da prova da Fundao Universidade de Braslia (FUB).

    A prova foi aplicada em 13 de outubro de 2013.

    Em sesso realizada no incio de outubro de 2013, o Tribunal Superior

    Eleitoral (TSE) indeferiu a proposta de criao do partido poltico RedeSustentabilidade, capitaneada por Marina Silva. Com relao a esse

    assunto, julgue os itens subsecutivos.

    49 - Se Marina Silva conseguisse se candidatar Presidncia da

    Repblica nas eleies de 2014, seria a segunda vez que ela

    concorreria a esse cargo.

    50 - O TSE reconheceu a autenticidade das 500 mil assinaturas de apoio

    de eleitores proposta de criao do novo partido, mas informou que

    elas foram apresentadas fora do prazo legal e, por isso, rejeitou essa

    proposta.

    A sesso do TSE, que rejeitou a criao da Rede Sustentabilidade ocorreu

    em 03 de outubro de 2013, exatos dez dias antes da realizao da prova. O

    Cespe muito rpido no gatilho, est em cima da notcia. Como j disse, no

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    apostila, de modo que voc poder resolv-las antes de iniciar a leitura da

    teoria.

    Na parte terica seremos objetivos, todavia, sem deixar de fora nenhum

    contedo e sem esquecer dos detalhes cobrados pelo Cespe. Vamos ver as

    pegadinhas e as cascas de banana que so colocadas para escorregarmos na

    questo. Tambm vou usar vrias figuras, tabelas, grficos e mapas de forma a

    sintetizar e esquematizar o contedo. Grave bem eles.

    Ao final de cada aula voc contar com um completo resumo, o

    Memorex. Por fim, quero lhe dizer que as nossas apostilas so grandes, mas

    no se preocupe, no h contedo em excesso. A grande maioria das pginas

    so de exerccios. Exemplo: Nesta aula demonstrativa temos 102 exerccios

    comentados, sendo 57 da banca Cespe.

    Sem mais delongas, vamos aos estudos, porque o nosso objetivo que

    voc tenha um excelente desempenho na disciplina de Atualidades.

    Para isso, alm de estudar, voc no pode ficar com nenhuma dvida.

    Portanto, no as deixe para depois. Surgindo a dvida, no hesite em contatar-

    me no nosso Frum.

    Estou aqui neste curso, muito motivado, caminhando junto com voc,

    procurando passar o melhor conhecimento para a sua aprendizagem e sempre

    disposio no Frum de Dvidas.

    timos estudos e fiquem com Deus!

    Namast!

    Forte Abrao.

    Professor Leandro Signori

    [email protected]

    Tudo posso naquele que me fortalece.

    (Filipenses 4:13)

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    BIBLIOGRAFIA DO CURSO

    ATUALIDADES. Revista. Editora Abril.

    BARBIERI, Jos Carlos. Gesto ambiental empresarial. Editora Saraiva, 2011.

    BARBOSA, Alexandre de Freitas. O Mundo Globalizado. 4 ed. So Paulo:Contexto, 2010.

    BECKER, Berta.A Geopoltica na virada do milnio. Logstica e desenvolvimentosustentvel. In: CASTRO, I. E. Et at. (Orgs) Geografia. Conceitos e Temas.Editora Bertrand Brasil, 2000.

    _____.Manual do Candidato Geografia.FUNAG, 2010.

    CARVALHO, Bernardo de Andrade.A Globalizao em Xeque: incertezas para osculo XXI. So Paulo: Atual, 2000.

    CIA. The World Factbook. CIA, 2013.

    IBGE. Brasil em nmeros- volume 21 IBGE, 2013

    _____. Censo Agropecurio. IBGE, 2006.

    MAGNOLI, Demtrio. O mundo contemporneo: os grandes acontecimentosmundiais da guerra fria aos nossos dias. Editora Atual, 2013.

    _____. Geografia para o ensino mdio. Editora Atual, 2013.PEARSON Academia. Gesto ambiental. Pearson, 2011.

    PINSK, Jaime (org.). O Brasil no Contexto: 1987 - 2007. So Paulo: Contexto,2007.

    QUEIROZ, F.M.R. e GONALVES, M.B. Fundamentos de sociologia. Braslia:2009

    RIBEIRO, Wagner Costa. A Ordem Ambiental Internacional. So Paulo:Contexto, 2010.

    ROSS, J.S. (org). Geografia do Brasil. Edusp, 2011.

    SFB. Florestas do Brasil em resumo. SFB, 2013.

    VESENTINI, J. William. Novas geopolticas. So Paulo: Ed. Contexto, 2000.

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    Sumrio

    1.

    Origens e caractersticas globalizao

    1.1 Consequncias da globalizao2.

    Neoliberalismo e Consenso de Washington

    3. Blocos econmicos

    4. O mundo em crise

    4.1Os Estados Unidos na origem da crise

    4.2A crise atinge a Europa

    5. Recuperao a passos lentos

    5.1 Economia norte-americana

    5.2Zona do Euro

    5.3Emergentes

    6. Comrcio Internacional

    7. A China

    8. Organizaes e grupos internacionais

    8.1 FMI e Banco Mundial8.2 OCDE

    8.3 Brics, a fora dos emergentes

    8.4 G-20

    8.5 G-8 e G-7

    9. Memorex

    10. Questes comentadas

    11. Questes propostas

    12. Questes comentadas na parte terica

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    A caracterstica central desse perodo globalizante a interdependnciaentre os atores econmicos globais governos, empresas e movimentossociais. Cabe destacar que o desmantelamento do sistema socialista foiimportante fator que contribuiu para a globalizao e a expanso mundial do

    capitalismo. A derrocada dos regimes comunistas, a partir de 1989, fez comque as antigas naes socialistas se integrassem ao mercado global capitalistanos anos subsequentes.

    1.1 Consequncias da globalizao

    A produo e o comrcio mundial crescem com a globalizao. Mas ariqueza concentra-se num pequeno grupo de pases, e isso refora adesigualdade entre as naes.

    A reduo das tarifas de importao um dos motivos que explicam essaconcentrao de renda. Beneficiou muito mais os produtos exportados pelosmais ricos. Os mais pobres no tm conseguido exportar produtos agrcolaspara os mais ricos, pois estes subsidiam a produo interna.

    Em perodos de crise econmica, os resultados da globalizao sodramticos para os pases pobres, pois geram um custo social altssimo.Ocorre o barateamento da mo de obra, o aumento do desemprego e daexcluso social. Outra conseqncia da globalizao o aumento da

    migraode pessoas dos pases pobres para os pases ricos.

    A globalizao no beneficiou a todos. A riqueza concentra-se nas mosde poucos. Os grupos com rendimentos mais elevados tornaram-se muito maisricos e as desigualdades sociais aumentaram.

    O grfico abaixo mostra 58 anos de comrcio mundial. H um crescimento

    enorme das exportaes dos EUA e da Europa em relao ao resto do mundo. Ocrescimento da sia , sobretudo, de Japo e China. Note que a desigualdadese acentua com a globalizao (anos 1990). Os pases ricos concentram avenda de tecnologia de ponta, com alto valor agregado, e os pases pobres, avenda de matrias-primas.

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    Fonte:OMC

    Hora de comear a praticar!

    1) (CESPE/TCU/2008 AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO) Aoapresentar a perspectiva local como inferior perspectiva global, comoincapaz de entender, de explicar e, em ltima anlise, de tirar proveitoda complexidade do mundo contemporneo, a concepo globalatualmente dominante tem como objetivo fortalecer a instaurao deum nico cdigo unificador de comportamento humano, e abre o

    caminho para a realizao do sonho definitivo de economias globais deescala. Como resultado deste processo, o "modelo econmico" alcanasua perfeio, que no somente descrever o mundo, masefetivamente govern-lo. E esta a essncia mesma do paradigmamoderno de desenvolvimento e de progresso, cujo estgio supremo deperfeio a globalizao representa.

    Fica claro que a escala no poderia ser melhor ou maior do que sendoglobal e somente neste nvel que a sua primazia e universalidade sofinalmente afirmadas, junto com a certeza de que jamais poderia surgiralguma alternativa vivel ao sistema ideologicamente dominante

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    fundado no livre mercado, dada a ausncia de qualquer cultura ousistema de pensamento alternativo.

    Se virmos o fenmeno da globalizao sob esta luz, creio que nopoderemos escapar da concluso de que o processo totalmente

    coerente com as premissas da ideologia econmica que tm seafirmado como a forma dominante de representao do mundo aolongo dos ltimos 100 anos, aproximadamente.

    A globalizao no , portanto, um acontecimento acidental ou umexcesso extravagante, mas uma extenso simples e lgica de um"argumento". Parece realmente muito difcil conceber um resultadofinal que fizesse mais sentido e fosse mais coerente com as basesideolgicas sobre as quais est fundado. Em suma, a globalizao

    representa a realizao acabada e a perfeio do projeto demodernidade e de seu paradigma de progresso.

    G. Muzio. A globalizao como o estgio de perfeio do paradigmamoderno: uma estratgia possvel para sobreviver coerncia doprocesso.

    Trad. Lus Cludio Amarante. In: Francisco de Oliveira e Maria Clia Paoli(Org.).

    Os sentidos da democracia. Polticas do dissenso e hegemonia global.

    2. ed. Petrpolis - RJ: Vozes; Braslia: NEDIC, 1999, p. 138-9 (comadaptaes).

    Tendo o texto apresentado como referncia inicial e considerandoaspectos marcantes da realidade econmica e poltica mundialcontempornea, julgue o item que se segue.

    Sob o ponto de vista econmico, a globalizao dos dias atuais decorrncia de um longo processo histrico, impulsionado, a partir daRevoluo Industrial, pela expanso imperialista e neocolonialista

    iniciada em meados do sculo XIX.COMENTRIOS:

    O atual perodo de globalizao, no qual vivemos, possui razes naRevoluo Industrial, na expanso imperialista e neocolonialista iniciada emmeados do sculo XIX.

    A industrializao do continente Europeu marcou um intenso processo deexpanso econmica. O crescimento dos parques industriais e o acmulo decapitais fizeram com que as grandes potncias econmicas da Europa

    buscassem a ampliao de seus mercados e procurassem maiores quantidades

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    de matria-prima disponveis a baixo custo. Nesse contexto, a partir do sculoXIX, essas naes buscaram explorar regies na frica, sia e Oceania,dominando povos e territrios e implantando colnias, em um processoconhecido como neocolonialismo.

    O imperialismo nada mais do que a poltica de expanso e dominaoterritorial, econmica e cultural de um pas sobre outros ou sobre uma ou vriasregies geogrficas. O imperialismo contemporneo pode tambm serdenominado de neocolonialismo, por possuir muitas semelhanas com ocolonialismo dos sculos XV a XIX. O fim da Segunda Guerra Mundial (1945)marca o incio da descolonizao da frica, sia e Oceania e o incio daglobalizao moderna.

    Gabarito: Certo

    2. Neoliberalismo e Consenso de Washington

    OConsenso de Washingtonconsiste em linhas gerais, em uma cartilhaterica que define as diretrizes que a globalizao deve seguir, sob a ideologianeoliberal. O neoliberalismo prega que o funcionamento da economia deve serentregue s leis de mercado. Segundo seus defensores, a presena do Estadona economia inibe o setor privado e freia o desenvolvimento.

    Entre os princpios formadores da ideologia neoliberal, detalhados noConsenso de Washington e presentes na globalizao econmica, destacam-se:

    a) Liberdade de mercado: Consiste na eliminao de todos osdispositivos que atrapalhem o livre funcionamento dos investimentos e docomrcio, tais como excesso de impostos, de leis e de regras que inibam astransaes financeiras ou limitem fuses e incorporaes de empresas.

    b) Mnima participao do Estado na economia: Traduz a crena deque o Estado ineficiente, atrapalha o livre funcionamento dos mercados,administra mal os recursos e, ao no se modernizar no mesmo ritmo das

    empresas privadas, suas empresas geram menos lucros e ofertam produtos depior qualidade. Por isso, essas empresas devem ser privatizadas (vendidas paraparticulares), incentivando a concorrncia, barateando preos e melhorando aqualidade dos servios e das mercadorias.

    c) Reduo de subsdios e gastos sociais por parte dos governos:O Estado desperdia muito dinheiro com direitos sociais, como sade,educao, aposentadorias, amparo aos desempregados entre outros. Istoprovoca aumento de impostos, que sero pagos pela sociedade, a fim de gerar

    recursos destinados assistncia aos mais pobres. Na viso neoliberal, a

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    manuteno desses gastos do Estado significa premiar os fracassados e punircom impostos os competentes.

    d) Livre circulao de capitais:Visa garantir a livre entrada e sada decapitais em qualquer pas e permitir que o mesmo dinheiro seja aplicado e

    remunerado em operaes financeiras, como, por exemplo, na bolsa de valores,e no somente na produo ou na gerao de empregos.

    e) Flexibilizao do mercado de trabalho: A doutrina neoliberalentende que essa medida dinamiza a economia e possibilita que os empresriosinvistam na produo e ampliem a oferta de empregos. Com a flexibilizao,pode-se contratar e demitir livremente os empregados e reduzir o dispndio dasempresas com seus funcionrios.

    f) Abertura dos mercados internos para produtos estrangeiros:

    Significa a eliminao de qualquer protecionismo econmico. Em outraspalavras, nenhum pas deve coibir a livre concorrncia, e a melhor maneirapara garanti-la preservar a competio entre as empresas,independentemente de sua origem nacional ou estrangeira. Quem vai definirqual a melhor mercadoria a ser adquirida o prprio consumidor, que aindaser beneficiado com uma maior variedade de artigos ofertados e a preos cadavez mais baixos e acessveis.

    2)(FCC/PREFEITURA DE SO PAULO/2007 AUDITOR FISCAL)Considere o texto para responder questo.

    Avalia o "Financial Times" que o "livre comrcio a maior vtima daeleio" nos EUA, apontando "uma tendncia em particular, onacionalismo econmico". Os que venceram senadores republicanos emOhio, Virgnia e Missouri fizeram campanha "contra o livre comrcio" ea exportao de empregos, inclusive os "acordos comerciais" com oMxico e Amrica Central.

    O "Miami Herald" informa, porm, que a ameaa democrtica sobretudo aos acordos bilaterais com a Colmbia e Peru, que aindaprecisam de aprovao no Congresso. Nada contra as preferncias aoBrasil.

    a avaliao tambm do jornal "Valor", ontem em destaque, "Vitriademocrtica facilita a renovao do Sistema Geral de Preferncias".

    (Folha de So Paulo,10 de novembro de 2006, p. A7)

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    Com base no contexto do sistema capitalista contemporneo, corretoafirmar que a tendncia e a campanha a que o texto se refere esto emdesacordo com

    a) a poltica do protecionismo e a do Estado de Bem- Estar Social.

    b) a doutrina neoliberal e os princpios da globalizao econmica.

    c) o princpio de soberania e o ideal de autodeterminao dos povos.

    d) os ideais democrticos e os princpios de estatizao da economia.

    e) a ideologia mercantilista e a doutrina econmica desenvolvimentista.

    COMENTRIOS:

    Os trechos acima transcritos referem-se ao nacionalismo econmico,

    contrariedade ao livre comrcio, realizao de acordos bilaterais e renovao doSistema Geral de Preferncias norte-americano. So temas que esto emdesacordo com a doutrina neoliberal e os princpios da globalizao econmica.

    O neoliberalismo prope a reduo da participao do Estado naeconomia. J o livre comrcio prope a eliminao das barreiras (tarifas,impostos, etc.) que impedem a livre circulao de mercadorias pelo mundo.

    A globalizao econmica tem como caractersticas a crescenteinterdependncia entre agentes econmicos e sistemas econmicos nacionais,crescimento significativo dos fluxos internacionais de bens, servios e capital eo acirramento da concorrncia internacional. O nacionalismo econmico e acontrariedade ao livre comrcio so obstculos ao desenvolvimento dessemodelo de globalizao.

    Vejamos as demais alternativas:

    a) Errada. O protecionismo fundamenta-se na adoo de medidaseconmicas que favorecem as atividades econmicas internas de determinadopas em detrimento da concorrncia estrangeira. Por sua vez, o Estado deBem-Estar Social uma ideologia em que o Estado atua fortemente comoagente da promoo (protetor e defensor) social e organizador da economia.

    c) Errada. O princpio de soberania determina que um Estado nacional superior a todas as outras pessoas no mbito interno: as normas e deciseselaboradas pelo Estado prevalecem sobre as emanadas de grupos sociaisintermedirios como famlia, escola e igreja, por exemplo. Determina ainda queos Estados nacionais so iguais entre si no mbito internacional. Pelo ideal daautodeterminao dos povos, um Estado nacional no sofrer intervenoestrangeira nas suas decises, ou seja, a sua soberania ser respeitada.

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    d) Errada. Os ideais democrticos referem-se supremacia dos cidadospara tomar decises polticas importantes, direta ou indiretamente, por meio derepresentantes eleitos forma mais usual. Pelos princpios da estatizao daeconomia, o Estado atua diretamente e fortemente na atividade econmica,

    sendo proprietrio dos meios de produo como terra, fbricas, etc.e) Errada. O Mercantilismo desenvolveu-se na Europa entre o sculo XV e ofinal do sculo XVIII e caracterizou-se por uma forte interveno do Estado naeconomia. Por sua vez, o de desenvolvimentismo um tipo de polticaeconmica onde o estado tem participao ativa como base da economia.

    Gabarito: B

    3.

    Blocos econmicosA globalizao neoliberal ampliou largamente a formao de blocos

    econmicos. So organizaes criadas por pases, para promover a integraoeconmica, o crescimento e a competitividade internacional dos pases-membros. Sob a economia globalizada, ajudam a abrir as fronteiras de cadanao ao livre fluxo de capitais, ao reduzir barreiras alfandegrias, prticasprotecionistas e regulamentaes nacionais.

    Existem quatro modelos bsicos de bloco econmico:

    - rea de livre-comrcio -Impostos, tarifas ou taxas de importao soeliminados de boa parte ou de todas as mercadorias e servios para promover ointercmbio entre pases-membros. Exemplo: NAFTA

    - Unio aduaneira uma rea de livre comrcio, na qual, alm deabrir o mercado interno, os pases-membros definem regras para o comrciocom naes de fora do bloco. A tarifa externa comum adotada para boaparte ou a totalidade dos servios e mercadorias provenientes de outrospases, ou seja, todos cobram os mesmos impostos, taxas e tarifas deimportao de terceiros.

    - Mercado comum - uma unio aduaneira na qual, alm demercadorias e servios, capital e trabalhadores tambm podem circularlivremente e se engajar em atividades econmicas em qualquer dos pases-membros. Ex. MERCOSUL e Comunidade Andina.

    - Unio econmica e monetria o estgio final de integraoeconmica entre pases. Os membros adotam uma moeda comum e a mesmapoltica de desenvolvimento. A Unio Europeia o nico bloco a atingir esseestgio de integrao.

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    A formao de blocos econmicos acelerou o comrcio mundial. Antes,qualquer produto importado chegava ao consumidor com valorsignificativamente mais alto, em razo das taxaes impostas ao cruzar aalfndega. Os acordos entre os pases reduziram, e em alguns casos acabaram,

    com essas barreiras comerciais, processo conhecido como liberalizaocomercial.

    Vejamos os principais blocos econmicos regionais, ou melhor, aquelesque caem nas provas.

    Unio Europeia Unio econmica e monetria, com 28 pasesmembros. O Euro, moeda nica do bloco no adotada por todos os pases.Zona do Euro 18 pases: Alemanha, ustria, Blgica, Chipre, Eslovquia,Eslovnia, Espanha, Estnia, Finlndia, Frana, Grcia, Holanda, Irlanda, Itlia,

    Luxemburgo, Malta, Pases Baixos e Portugal. O Reino Unido NO faz parte daZona do Euro, a sua moeda a libra esterlina.

    ALCA - Proposta pelos Estados Unidos em 1994, no chegou a seconstituir como um bloco econmico. A proposta de formao de umarea de Livre Comrcio integrada por todos os pases americanos, exceto Cuba.Aps sucessivas discusses em torno da formao do bloco econmico, aCpula das Amricas de 2005, realizada na Argentina, marca o fracasso doacordo, deixando as negociaes em suspenso.

    NAFTA rea de livre comrcio, integrada por Estados Unidos, Canad eMxico.

    MERCOSUL Mercado comum, integrado por Brasil, Argentina, Uruguai,Paraguai e Venezuela. O Paraguai estava suspenso do bloco, desde junho de2012. Porm, retornou ao bloco em dezembro de 2013, quando ocongresso paraguaio aprovou a entrada da Venezuela como membro pleno dobloco regional. A Bolvia possui o status de Estado Associado estando, desdedezembro de 2012, em processo de adeso ao bloco econmico. Chile, Peru,Colmbia e Equador, tambm possuem o status de Estados Associados, porm,

    no esto em processo de adeso. A Guiana e o Suriname so Estados comdireito de participao nas reunies do Mercosul.

    O bloco negocia h mais de uma dcada um acordo de livre comrcio coma Unio Europeia. Nos ltimos meses as negociaes avanaram, pormvoltaram a ficar em compasso de espera. O motivo a Argentina, pas emdificuldades e econmicas, que no consegue aproximar-se da oferta deliberalizao de 90% do comrcio do bloco com a Unio Europeia.

    Comunidade Andina Mercado comum, integrado por Bolvia,

    Colmbia, Equador e Peru.

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    Aliana do Pacfico - Associao formada em 2012, por Mxico, Peru,Colmbia e Chile para estabelecer gradualmente o livre comrcio entre seusmembros e entre eles e os pases asiticos banhados pelo Oceano Pacfico. ACosta Rica entrou no bloco em maio de 2013. O grupo adota polticas

    econmicas neoliberais e tem o apoio dos Estados Unidos.Unio Econmica Euroasitica (UEE) Mais novo bloco econmico do

    mundo, formalizado em 29 de maio, em Astana, capital do Cazaquisto.Integrado pela Rssia, Cazaquisto e Belarus. As ex-repblicas soviticas daArmnia e Quirguisto, pases muito pobres, esto em processo de adeso.

    Os trs Estados comprometem-se a garantir a livre circulao deprodutos, servios, capitais e trabalhadores, alm de aplicar uma polticasemelhante em domnios chaves da economia: energia, indstria, agricultura,

    transportes. Os signatrios dispem de um quinto dos recursos mundiais de gse quase 15% dos de petrleo.

    A Ucrnia participou das negociaes para a formao da UnioEuroasitica at a deposio do presidente Viktor Yanukovich em fevereirodeste ano. O estopim da deposio de Yanukovich foi justamente a suadesistncia em assinar um acordo de associao e livre-comrcio com a UnioEuropeia, em prol da participao na Unio Euroasitica.

    3) (FCC/DPE SP/2013 AGENTE DE DEFENSORIA PBLICA) Osurgimento e a expanso do Mercosul esto relacionados ao contextoda globalizao. Na atualidade, este bloco econmico tem sidodestacado na imprensa por um conjunto de fatos polticos de granderelevncia. Sobre o Mercosul so feitas as seguintes afirmaes:

    I. Aps o impeachmentque destituiu o presidente paraguaio, os demaismembros do Mercosul suspenderam a participao do Paraguai nasreunies do bloco.

    II. A integrao da Venezuela ao bloco permanece suspensa devido oposio do Uruguai e s restries polticas da Argentina.

    III. A Bolvia foi recentemente convidada a integrar o bloco comomembro pleno e para isso dever promover acertos em sua economia.

    Est correto o que se afirma APENAS ema) I.b) I e II.c) I e III.

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    d) II.e) III.

    COMENTRIOS:

    I Certa. O Paraguai foi suspenso do Mercosul em razo do impeachmentrelmpago do ento presidente Fernando Lugo, em 22 de junho de 2012. Obloco considerou o impedimento antidemocrtico, que feriu a clusulademocrtica da organizao.

    II Errada. A entrada da Venezuela no Mercosul havia sido ratificada porUruguai, Argentina e Brasil. Faltava a ratificao do Paraguai, cuja deliberaoestava pendente de aprovao no senado paraguaio, de maioria conservadora,que era contra. Com o Paraguai suspenso do bloco, foi possvel a deciso finalde ingresso da Venezuela, o que ocorreu na cpula extraordinria do bloco, em

    31 de julho de 2012.

    III Certa.Em 07 de dezembro de 2012, a Bolvia assinou Protocolo de Adesoao MERCOSUL, ou seja, alm de convidado, o pas est em tratativas paraingressar como Estado-Parte. O Protocolo a primeira etapa do processo, quecostuma levar anos, pois envolve questes tcnicas e jurdicas at a suaconcluso, entre elas, ajustes que os bolivianos tero que fazer na economia dopas.

    Gabarito: C

    4. O mundo em crise

    A economia global encontra-se na mais grave crise desde a GrandeDepresso de 1929. Iniciada em 2008, a crise no d sinais de que est pertode terminar. Sua expresso mais visvel agora o alto endividamento pblicoque afeta dois dos principais motores da economia mundial: a Unio Europeia(UE) e os Estados Unidos (EUA).

    O exemplo mais dramtico de como o rombo corroeu as economiasnacionais ocorre na Grcia. Um dos pases menos desenvolvidos da zona doeuro, o pas teve que recorrer UE e ao Fundo Monetrio Internacional (FMI)para obter recursos para enfrentar seu gigantesco dficit oramentrio. Alm daGrcia, a crise atingiu com bastante fora Portugal, Itlia, Irlanda, Espanha emais recentemente o Chipre, provocando temor de contaminao generalizadana Unio Europeia.

    4.1 Os Estados Unidos na origem da crise

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    Os clientes davam como garantia suas casas, mas o mercado imobilirioentrou em crise no ano de 2007. Os clientes no conseguiam mais pagar osseus emprstimos e se tornaram inadimplentes em massa e os derivativos setornaram difceis de serem negociados a qualquer preo, desencadeando um

    efeito domin, que balanou o sistema bancrio internacional, a partir deagosto de 2007.

    Gabarito: Certo

    4.2 A crise atinge a Europa

    Se a crise espalhou-se pelo mundo, logicamente que ela tambm atingiua Europa. Da mesma forma que os Estados Unidos, os governos europeus

    gastaram trilhes de dlares em dinheiro pblico para ajudar empresas ebancos em dificuldades. Isso ampliou muito as dvidas dos pases que, emalguns casos, j eram bastante grandes.

    O endividamento pblico elevado problemtico para a zona do europorque as naes tm a economia interligada e so obrigadas a seguirparmetros rgidos de inflao, juros, dvida pblica e dficit oramentrio. Odficit deve ficar abaixo de 3% do PIB e a dvida nacional em at 60% do PIB,regras que formam oPacto de Estabilidadedo euro.

    O Pacto fundamental para manter a moeda nica, uma vez que ospases no podem adotar medidas, tais como imprimir mais papel-moeda.Quem manda no euro o Banco Central Europeu (BCE), nico que podeimprimir papel-moeda. Um desequilbrio econmico-fiscal maior em qualquernao pe em risco o euro.

    Desde o incio da crise da dvida, os governos europeus buscam equilibraras contas nacionais com planos de austeridade (ou de ajuste). A receita dessesplanos a mesma nos diferentes pases: aumento de impostos e corte degastos, sobretudo em benefcios sociais e com o funcionalismo pblico.

    So medidas que empobrecem a populao, limitam o crescimentoeconmico e ampliam o desemprego, e levam multides s ruas em protesto.Enfraquecidos por estas reformas, vrios dirigentes deixaram o poder, porperder sua sustentao parlamentar ou por derrotas eleitorais.

    Para tudo! Voc deve estar se perguntando por que governos dediferentes pases com diferentes orientaes polticas aplicam a mesma polticaeconmica? Primeiro porque so membros da Unio Europeia, que uma unioeconmica e monetria. Como j dissemos, as naes tem que atingir metas

    econmicas e fiscais comuns.

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    Em segundo lugar, os pases em crise esto sob presso de um entechamado troika, formada pela Comisso Europeia (CE), pelo Fundo MonetrioInternacional (FMI) e pelo Banco Central Europeu. ela quem dita as regras do

    jogo e impe as medidas de austeridade para adequar as economias aos

    padres do euro.Em 2008, houve retrao do PIB da zona do euro. Em 2012, com nova

    retrao do PIB, a zona do euro entrou oficialmente em recesso. Nesse mesmoano o desemprego foi recorde. A crise afetou mais fortemente economias maisfrgeis, como Portugal e Grcia, mas tambm atingiu Espanha e Itlia.Entre 2010 e 2012, cinco pases recorreram a emprstimos da Unio Europeia(UE): Grcia, Espanha, Portugal,Irlandae Chipre.

    A Grcia, que foi o primeiro pas da zona do euro seriamente atingidopela crise da dvida, entrou em recesso no ano de 2009. Para que mantivesseo pagamento das suas dvidas, a troika aprovou dois pacotes de emprstimosemergenciais ao pas. Em troca, os gregos foram obrigados a adotar uma amplareforma com aumento de impostos, privatizaes, cortes de direitostrabalhistas, demisses de servidores e reduo das aposentadorias e dossalrios.

    As medidas provocaram uma revolta social no pas, com greves eprotestos. Essa poltica acelerou o declnio econmico nacional, levou a umdesemprego recorde e o pas no atingiu as metas estipuladas pela troika. Acrise derrubou o ento primeiro ministro George Papandreou no fim de 2011.No ano seguinte o pas ameaa deixar a zona do euro.

    Em abril de 2014, a Grcia volta ao mercado financeiro mundial. Depois

    de uma ausncia de quatro anos, o pas vende ttulos da divida soberana.

    A Unio Europeia composta de 28 pases, dos quais 18 integram a zonado euro, no qual compartilham uma moeda nica e, como consequncia, rgidoscontroles externos sobre suas economias nacionais.

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    A Unio Europeia (UE) enfrenta a mais grave crise de sua histria,provocada pela elevada dvida pblica em pases da zona do euro. Essa crisecomea em naes perifricas do bloco, sobretudo Grcia, Irlanda ePortugal, que recebem socorro financeiro da UE e do FMI. Em 2012, a Grciachega beira do calote da dvida e quase deixa a zona do euro. A crise

    contamina economias poderosas, como Itlia e Espanha. Essa ltima recebeauxlio financeiro para salvar os bancos. Em 2013, a crise atinge o Chipre.

    5) (CESPE/CNJ/2013 ANALISTA JUDICIRIO) A China tem investidoUS$ 250 bilhes por ano no que economistas chamam de capitalhumano. Assim como os Estados Unidos da Amrica (EUA) ajudaram aconstruir uma classe mdia no final dos anos 40 e incio dos anos 50 dosculo passado, usando um programa para educar veteranos da

    segunda guerra mundial, o governo chins emprega recursos para

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    educar milhes de jovens que se mudam das reas rurais para ascidades. O objetivo disso transformar o sistema atual, em que umaelite minscula, altamente educada, supervisiona vastos exrcitos detrabalhadores rurais e de operrios de fbricas pouco qualificados.

    O Globo, 18/1/2013, p. 30 (com adaptaes).

    Tendo o texto acima como referncia inicial, e considerando a crescenteimportncia da China no cenrio global contemporneo, julgue o item.

    A Unio Europeia atravessa acentuada crise, que atinge sobretudopases como Grcia, Espanha e Portugal. O abandono do euro comomoeda nica por esses pases foi deciso tomada no auge da crise como objetivo de tentar impedir o colapso das demais economias do bloco.

    COMENTRIOS:

    A Unio Europeia (UE) enfrenta a mais grave crise de sua histria,provocada pela elevada dvida pblica em pases da Zona do Euro (18 dos 28pases da UE). A crise teve incio em naes perifricas do bloco Grcia,Irlanda e Portugal, contaminando economias poderosas, como Itlia e Espanha.

    O endividamento pblico elevado problemtico para a Zona do Euro,pois os pases tm a economia interligada e so obrigados a seguir parmetrosrgidos de inflao, juros, dvida pblica e dficit oramentrio. O dficit deveficar abaixo de 3% do PIB e a dvida nacional em at 60% do PIB, regras queformam o Pacto de Estabilidade. Este fundamental para manter a moedanica, j que um desequilbrio maior em qualquer nao pe em risco o euro.

    Quando muito endividados e sem condies de pagar as suas dvidas,uma das alternativas adotadas pelos pases a emisso de papel-moeda parahonrar os seus compromissos, medida que no pode ser adotada na Zona doEuro, pois quem manda na moeda o Banco Central Europeu (BCE).

    Portugal e Grcia ameaaram abandonar a Zona do Euro, sendo que aUnio Europeia cogitou da possibilidade do segundo ter que deixar a unio

    monetria. Porm, ningum saiu. Todos os 18 pases, que a integram,permanecem tendo o euro como moeda oficial.

    Gabarito: Errado

    5. Recuperao a passos lentos

    Passados seis anos do estouro da bolha imobiliria nos Estados Unidos,em 2008, a economia mundial continua no atoleiro. Institutos de pesquisa e

    entidades multilaterais revisaram, nos ltimos meses do ano passado, as

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    projees de crescimento para 2013 e 2014. Os nmeros variam, mas tm umsentido comum: a economia mundial deve ter um crescimento modesto,devido principalmente ao desempenho mais contido dos emergentes.

    O crescimento do PIB mundial no deve atingir a marca dos 3% em 2013,

    mas se prev que chegue a 3,5% em 2014 ainda longe dos mais de 5%registrados nos anos anteriores crise. Os estudos so unnimes: qualquercrescimento depende mais do desempenho das economias avanadas comdestaque para a dos Estados Unidos do que dos mercados emergentes, cujaatividade desacelera.

    5.1 Economia norte-americana

    Na avaliao das instituies, a retomada do crescimento mundial estarsob a batuta da maior economia do planeta, os EUA. Portanto, os maiores riscos recuperao vm exatamente desse pas. Ainda que devagar, ele terminou2013 com indicativos de que a vida comea a voltar ao eixo: o mercadoimobilirio se recupera; a capacidade ociosa da indstria ainda alta, mas oconsumo interno se aquece, com o aumento do crdito; a taxa de desempregocaiu de 10% em outubro de 2009 para pouco mais de 7% no mesmo ms de2013.

    Ainda assim, a economia dos Estados Unidos preocupa por causa do alto

    nvel de endividamento pblico. Em poucos anos, a dvida pblica norte-americana explodiu. Subiu de 9,3 trilhes de dlares em 2007 para 16,7trilhes em 2013 praticamente a 100% do PIB do pas corroendo ooramento.

    Em 2013, um impasse no Congresso sobre a votao do novo oramentofederal leva paralisao de servios pblicos nos Estados Unidos a partir deprimeiro de outubro. A origem da crise no est relacionada situaoeconmica norte-americana, nem com a crise de 2008. A causa foi oacirramento da oposio dos parlamentares do Partido Republicano, quecontrolam a Cmara Federal, em relao ao governo do democrata BarackObama.

    Os deputados do Partido Republicano exigiam a suspenso do programade sade do governo federal Obamacare - como condio para aprovar ooramento para o ano seguinte e a elevao do teto da dvida pblica. Sem aelevao, o pas iniciaria um calote a seus credores.

    Nas duas primeiras semanas de outubro, ocorre a paralisao de serviosno essenciais, como museus e parques nacionais. No dia dezesseis, vspera doprazo final, foi fechado um acordo vlido por apenas dois meses, quando

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    recomeam as negociaes. O mesmo problema j havia ocorrido em 2012 epode voltar a acontecer em 2014.

    5.2 Zona do EuroA Unio Europeia saiu da recesso econmica em 2013, dando os

    primeiros passos, ainda tmidos, para superar a crise mais sria de sua histria.O Produto Interno Bruto (PIB) da zona do euro voltou a crescer em meados de2013, aps um prolongado declnio de 18 meses. Mas o ritmo lento daexpanso insuficiente para solucionar os problemas: a taxa recorde dedesemprego e a dvida pblica da zona do euro, que continua alta em vriospases.

    A taxa de desemprego est muito alta: mais de 12%, em mdia. Emalguns pases, a situao muito mais grave: na Grcia e na Espanha, mais deum quarto da populao economicamente ativa est parada.

    Outro fantasma que assombra a Europa o risco da deflao, que existequando h queda de preos e de salrios. Em janeiro de 2014, a inflaochegou ao nvel mais baixo em quatro anos (0,7%, bem abaixo da meta de2%). Deflao indica fragilidade econmica e perigosa: empresas econsumidores adiam gastos, o que reduz a arrecadao e agrava os problemasfiscais.

    O desdobramento poltico mais recente da crise na Europa o avano departidos polticos eurocticos que sacodem o mundo poltico do bloco. Naseleies do parlamento europeu maio de 2014 - os partidos pr-Europacontinuaram com maioria, mas viram o crescimento dos eurocticos da extremadireita nacionalista e da esquerda e extrema esquerda. Pela extrema direitadestacam-se a Frente Nacional na Frana, o Partido da Independncia do ReinoUnido (Ukip), Jobbik na Hungria e o Aurora Dourada na Grcia. No campo daesquerda e extrema esquerda destaca-se o Siriza, tambm da Grcia.

    A extrema direita contrria ao livre trabalho e a livre circulao depessoas e considera os imigrantes como os responsveis por problemas comodesemprego e baixo crescimento econmico nos seus pases. A extremaesquerda bastante crtica a perda da soberania dos pases sobre a moedanacional, uma vez que adotaram o euro, e em algumas decises econmicas, jque esto submetidas s regras do bloco.

    5.3 Emergentes

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    As economias emergentes incluindo os Brics (Brasil, Rssia, ndia, Chinae frica do Sul) entraram numa nova fase: continuam crescendo, mas nocom o mesmo flego. O alto preo das commodities no mercado internacionalalavancou um crescimento rpido dos emergentes na primeira dcada do sculo

    XXI. Alm de apresentarem taxas significativas de crescimento, essaseconomias passaram bem pelos problemas criados pela crise em 2009 e 2010.

    No entanto, a crise global terminou por afetar a todos, por causa daqueda no comrcio internacional. O terremoto que atingiu os mercadosfinanceiros levou reduo dos investimentos nos emergentes. Hoje, ocrescimento mdio do PIB dessas economias est trs pontos percentuaisabaixo do registrado em 2010. So trs os principais fatores que refreiam ocrescimento dos emergentes:

    a queda no preo do petrleo e outras commodities; o recuo no comrcio internacional;

    os gargalos de infraestrutura internos.

    Esses trs fatores afetam principalmente a China. A reduo no ritmo decrescimento chins, de 10% para cerca de 7% nos prximos anos, no preocupante, pois se mantm uma expanso forte. Com ela, o gigante asiticocontinuar na posio de lder econmico mundial.

    No entanto, essa desacelerao afeta os pases da sia e os demaisemergentes, exportadores de matria-prima para a indstria chinesa. A ndiatambm deve crescer menos entre 2013 e 2014.

    Na Amrica Latina, o avano tmido e o cenrio nebuloso. O Mxico,dependente dos EUA, deve seguir de perto o desempenho da economia norte-americana. O Brasil tem tido suas previses de crescimento regularmenterebaixadas. No fim de 2013, as instituies financeiras e econmicasinternacionais apontavam para uma expanso em torno de 2,5% em 2013 e2014.

    6. Comrcio Internacional

    O comrcio internacional nunca foi to intenso, mas as exportaes dospases ricos cresceram muito mais do que as dos pases pobres nas ltimasdcadas. Atualmente, apenas dez pases (dos 195 do planeta) monopolizammais da metade de todo o comrcio internacional. Veja o grfico abaixo.

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    Dez pases tm mais da metade do comrcio mundial

    O nmero acima de cada barra representa quanto do comrcio mundial opas faz. Entre as dez principais naes, oito so ricas. O Brasil cresceu para umpatamar de 1,3% do comrcio mundial - era cerca de 1,1% -, resultado de 15

    anos de esforo para ampliar as exportaes.

    Fonte:OMC

    Um dos instrumentos desse crescimento foi a criao da OrganizaoMundial do Comrcio (OMC), em 1995, com o objetivo de abrir as economiasnacionais, eliminar o protecionismo (quando um pas impe taxas pararestringir a importao de produtos e proteger a produo interna) e facilitar olivre trnsito de mercadorias.

    A OMC funciona com rodadas de discusso sobre temas, que chegam aofinal quando se fecham os acordos. A Rodada Doha, aberta em 2001 (comprazo previsto at 2006), entrou num impasse no resolvido at hoje. Os pasesricos querem maior acesso de seus produtos aos pases em desenvolvimento.

    Esses, por sua vez, buscam restringir as vantagens econmicas, como ossubsdios (auxlio financeiro), que os pases ricos do a seus agricultores, e nose chega a um acordo.

    Em 2013, o brasileiro Roberto Azevdo (no erro de acentuao... assim mesmo que se escreve o sobrenome... rs) assumiu como diretor-geral daOMC. Para chegar ao principal cargo da entidade, contou com o apoio dosdemais Brics (China, Rssia, ndia e frica do Sul) e de pases africanos, esuperou outros oito candidatos em escolhas sucessivas. O seu grande desafio retirar a OMC do atoleiro em que caiu h sete anos, quando as negociaes daRodada Doha entraram em um impasse.

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    Sob o comando de Azevdo, a OMC alcanou em dezembro de 2013, oprimeiro acordo global da histria da organizao. O acordo compreende trspilares: agricultura, com um compromisso de reduzir os subsdios sexportaes; a ajuda ao desenvolvimento, que prev uma iseno crescente

    das tarifas alfandegrias para os produtos procedentes dos pases menosdesenvolvidos, e a facilitao de intercmbios, com a reduo da burocracia nasfronteiras.

    6) (CESPE/MDIC/2014 AGENTE ADMINISTRATIVO) A OrganizaoMundial do Comrcio (OMC) fechou, em Bali, o primeiro acordo emquase vinte anos e, com isso, evitou que a Europa e os Estados Unidosda Amrica se lanassem apenas em negociaes regionais sem a

    participao dos pases emergentes. O entendimento abre caminhopara a injeo de 1 trilho de dlares na economia mundial aodesbloquear processos aduaneiros. Segundo economistas, tambmdeve criar 21 milhes de postos de trabalho.

    O Estado de S.Paulo, 8/12/2013, capa (com adaptaes).

    Considerando o texto acima e os mltiplos aspectos que ele suscita,julgue o item seguinte.

    O comrcio internacional pea-chave na economia globalizada dos

    dias de hoje, de modo que obstculos diversos interpostos a sua plenarealizao trazem, em geral, resultados negativos para os pases,especialmente em relao a aspectos econmicos e sociais.

    COMENTRIOS:

    O comrcio internacional, pea-chave da economia globalizada, nunca foito intenso como nos dias atuais. Contudo, o vertiginoso crescimento das trocasnas ltimas dcadas no significou uma melhoria geral dos aspectoseconmicos e sociais para a maioria dos pases do mundo. O comrcio

    internacional enfrenta muitos obstculos como as barreiras tarifrias e notarifrias e os esquemas protecionistas dos pases. As naes pobres e emdesenvolvimento so as mais prejudicadas.

    Gabarito: Certo

    7. A China

    A civilizao chinesa tem mais de quatro mil anos. Aps um longo perodo

    imperial e uma breve repblica, uma revoluo liderada pelo Partido Comunista

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    Chins (PCCh), de Mao Ts-tung, deu origem Repblica Popular da China, em1949. O pas foi reorganizado nos moldes comunistas.

    Com a morte de Mao, em 1976, a China implementou um modelo, aindavigente, chamado por seus dirigentes de socialismo de mercado. Trata-se de

    uma combinao de caractersticas do socialismo (no qual as empresas e aterra so propriedade do Estado) com aspectos do capitalismo (a presena deempresas privadas, sobretudo multinacionais, em algumas reas do pas).

    No final da dcada de 1970, o pas comeou a abrir parte de sua produopara as multinacionais, com a criao de Zonas Econmicas Especiais. Osinvestimentos estrangeiros e a abundncia de mo de obra mal remuneradaalavancaram as exportaes, pois os produtos so baratos. Em trs dcadas, aChina deixou de ser um pas pobre e agrrio e tornou-se uma potncia

    econmica. O pas atualmente responde por mais de 10% do PIB mundial e,em 2011, passou a ser a segunda maior economia do planeta, atrs apenas dados Estados Unidos.

    Apesar do vertiginoso crescimento econmico, o pas convive comproblemas que causam instabilidade ao atual modelo poltico-econmico:significativa desigualdade social, corrupo, degradao ambiental e crescentedescontentamento popular. Em 2009, a China tornou-se o principal parceirocomercial e destino das exportaes do Brasil, superando os Estados Unidos,principal parceiro brasileiro durante anos.

    O pas se tornou o maior consumidor de recursos energticos do mundo. tambm o maior poluidor e, mais recentemente, o que mais investe emfontes de energia renovveis. Aps dez anos sob o comando de Hu Jintao, aChina trocou seus principais dirigentes em 2013, assumindo Xi Jinping comopresidente e Li Keqiang como primeiro ministro.

    J sob o comando de Xi Jinping, o pas anunciou reformas que estosendo consideradas as mudanas mais importantes desde o incio das reformaseconmicas, em 1976. As mudanas so abrangentes. Entre as de maior

    impacto est a flexibilizao da poltica do filho nico, em vigor desde 1979.Agora, os casais que moram em regies urbanas podero ter dois filhos, desdeque um dos cnjuges seja filho nico. Anteriormente, era necessrio que ambosfossem filhos nicos para poderem ter o segundo filho.

    Outras importantes modificaes so o fim dos campos de trabalhoforado para o cumprimento de penas e a diminuio dos crimes sujeitos pena de morte. A China o pas que mais condena criminosos morte.

    No campo econmico, prev-se que a iniciativa privada ter papel

    decisivo na alocao de recursos, enquanto o governo atuar como regulador.

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    Haver tambm permisso para mais investimentos privados nas empresasestatais, que devem perder privilgios e ser expostas concorrncia domercado.

    A China uma ditadura que reprime a liberdade de expresso e viola os

    direitos humanos. No entanto, h uma resistncia interna, e diversosdissidentes desafiam o regime. O ativista Liu Xiaobo ganhou o Prmio Nobel daPaz em 2010 por sua luta em favor dos direitos humanos. O advogado ChenGuangcheng e o artista Ai Weiwei tambm so perseguidos por suas crticasao governo.

    7) (UEPA/SEFAZ PA/2013 FISCAL DE RECEITAS ESTADUAIS) A China a nao mais populosa do mundo, a quarta mais extensa, a segunda

    maior economia e a mais antiga e contnua civilizao, representando oepicentro da sia. A rapidez com que tem se modernizado e suaeconomia crescido, com formas peculiares em termos polticoeconmicos, esto alterando a correlao de foras no mundo.

    VISENTINI, P. F. China, potencia emergente: piv da transformao mundial. InBRICs: as potncias emergentes. Vozes, RJ, 2013. (Com adaptaes)

    Tomando o Texto como referncia marque a alternativa correta.

    a) A civilizao chinesa evoluiu ao longo de sua histria para um estado

    descentralizado, tendo como sistema econmico o socialismo eorientao religiosa fundamentalista.

    b) A geografia da China marcada pela homogeneidade entre Norte eSul e seus caractersticos campos de arroz que permanecem alagadospor quase todo o ano.

    c) No perodo ps-guerra a China manteve estreita relao com aCoria do Sul, pois necessitava de ajuda econmica e militar.d) A Repblica Popular da China continua afirmando sua insero

    mundial, apesar das fragilidades de suas instituies, poltico-sociaisinternas e sua moeda.

    e) A China tem estreitado relaes com os pases vizinhos,consolidando sua ascendncia na sia, ao mesmo tempo em que vemsubstituindo os EUA em parcerias comerciais regionais.

    COMENTRIOS:

    a) Incorreta. A partir de 1949, at o presente, implantou-se na China umregime centralizado, sob o comando do Partido Comunista Chins (PCCh) e

    tendo como sistema econmico o socialismo. O regime no possui nenhuma

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    orientao religiosa. Na China, o governo permite um grau limitado de liberdadereligiosa, porm a tolerncia oficial s estendida aos membros deorganizaes religiosas aprovadas pelo Estado e no para aqueles que soadeptos de outras religies. Boa parte da populao agnstica e no professa

    nenhuma crena religiosa.b) Incorreta. O relevo da China variado e complexo, com planaltos,plancies, depresses, chapadas, serras, cordilheiras, etc. O pas fsico, social,econmico e culturalmente muito diversificado.

    c)Incorreta.No perodo ps-Guerra e nos dias atuais a China mantm estreitarelao com a Coria do Norte, pas que necessita da ajuda econmica e militarchinesa.

    d)Incorreta.O que no h na China a democracia, todavia isso no significa

    que as instituies poltico-sociais so frgeis. A moeda chinesa o Yuan forte e estvel.

    e)Correta.A China uma potncia econmica mundial, o segundo maior PIBdo mundo. O pas tem estreitado relaes com os pases vizinhos, consolidandosua ascendncia na sia, ao mesmo tempo em que vem substituindo os EstadosUnidos em parcerias comerciais regionais.

    Gabarito: E

    8. Organizaes e grupos internacionais

    Galera, vou tratar somente das organizaes e grupos internacionaisrelacionados ao tema da economia internacional. Os organismos internacionaisrelacionados poltica internacional, sero estudados na prxima aula.

    8.1 FMI e Banco Mundial

    OFundo Monetrio Internacional (FMI) uma organizao financeiracriada para promover a estabilidade monetria e financeira no mundo eoferecer emprstimos a juros baixos a pases em dificuldades financeiras. Osemprstimos so concedidos em troca do comprometimento dos pases commetas, como equilbrio fiscal, reforma tributria, desregulamentao,privatizao e concentrao de gastos pblicos em educao, sade einvestimento em infraestrutura, entre outras polticas que so denominadascomo Consenso de Washington.

    O Banco Mundial tem como objetivo oferecer financiamento e

    assistncia tcnica a pases para promover seu desenvolvimento econmico.

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    Criado em 1944 e composto de duas instituies o Banco Internacional para aReconstruo e o Desenvolvimento (Bird) e a Associao Internacional deDesenvolvimento (ADI) , o Banco Mundial formado por 188 pases-membros(incluindo o territrio do Kosovo). Iniciou suas atividades auxiliando na

    reconstruo dos pases da Europa e da sia aps a II Guerra Mundial.

    8.2 OCDE

    A Organizao para a Cooperao e o Desenvolvimento Econmico(OCDE) articula polticas de educao, sade, emprego e renda entre os pasesricos. Fundada em 1961, substitui a Organizao Europeia para a CooperaoEconmica, criada em 1948 no quadro do Plano Marshall.

    Membros da OCDE: Alemanha, Austrlia, ustria, Blgica, Canad, Chile,Coreia do Sul, Dinamarca, Eslovquia, Eslovnia, Espanha, Estados Unidos,Estnia, Finlndia, Frana, Grcia, Holanda, Hungria, Irlanda, Islndia, Israel,Itlia, Japo, Luxemburgo, Mxico, Noruega, Nova Zelndia, Polnia, Portugal,Reino Unido, Repblica Tcheca, Sucia, Sua e Turquia. O Brasil no membro da OCDE.

    8.3 Brics, a fora dos emergentes

    A sigla BRIC foi criada em 2001 pelo economista britnico Jim ONeill e serefere aos quatro mais importantes pases emergentes: Brasil, Rssia, ndiae China. O estudo que cunhou a expresso especula que em 2050 o grupopoder constituir a maior fora econmica mundial, superando a UnioEuropeia.

    Em 2009, Brasil, Rssia, ndia e China formalizaram um grupodiplomtico para discusso de iniciativas econmicas e posies polticasconjuntas, que realiza reunies anuais de seus chefes de Estado. Em 2011, africa do Sul, a maior economia da frica, foi convidada e passou a integrar o

    grupo.

    Os cinco pases dos BRICS tm caractersticas comuns: so pases comindstria e economia em expanso, seu mercado interno est crescendo eincluindo milhes de novos consumidores. Dois deles possuem as maioreseconomias de seu continente: China e frica do Sul. Quatro possuem territriosextensos e entre os maiores do mundo: Brasil, Rssia, China e ndia.

    Tambm ancoram a economia desses pases importantes fatores para ocomrcio internacional. A Rssia rica em recursos energticos e fornece

    petrleo, gs e carvo Unio Europeia. O Brasil grande exportador de

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    minrios, como a frica do Sul, e o maior exportador mundial de alimentos.China e ndia esto se tornando os maiores fabricantes e exportadores deprodutos industriais na globalizao.

    Aps a recente desacelerao dos BRICS, Jim O'Neill identificou outros

    quatro pases Mxico, Indonsia, Nigria e Turquia que, segundo ele,tambm podem se tornar gigantes econmicos nas prximas dcada. Paraesses pases, o economista criou a sigla MINT.

    O Brasil sediar, nos dias 15 e 16 de julho, a VI Cpula dos BRICS. Oevento que acontece em Fortaleza a segunda cpula ocorrida no Pas. Sob olema 'Crescimento Inclusivo: solues sustentveis', os representantes doscinco pases buscaro reforar o compromisso com a incluso social e odesenvolvimento sustentvel dos pases sem abandonar a caminho docrescimento, Na pauta tambm est a finalizao dos detalhes para a criao deum banco de fomento prprio.

    O banco dos Brics nascer com um capital inicial de US$ 50 bilhes, valor

    para o qual cada pas contribuir com um quinto. A criao do banco nosignifica que os pases membros do grupo no vo mais participar e nem que oseu banco ir competir com o Banco Mundial. O banco dos BRICS se colocacomo mais uma alternativa de fomento ao desenvolvimento e estar aberto aqualquer pas do mundo.

    Alm da criao do banco de desenvolvimento conjunto, os BRICSdebatero a criao de um Acordo de Reservas de Contingncia (CRA, na siglaem ingls), uma espcie de fundo de estabilizao econmica que poderepassar recursos a pases em crise, com dificuldades em seu balano de

    pagamentos ou que sofrem ataques especulativos.

    8) (CESPE/PM CE/2014 PRIMEIRO TENENTE) No novo mapa dariqueza no Brasil, as cidades mdias avanam e as capitais perdemespao. Apesar dessa tendncia, a riqueza continua concentrada nopas. A renda gerada por apenas seis municpios So Paulo, Rio deJaneiro, Braslia, Curitiba, Belo Horizonte e Manaus responde por umquarto de toda a riqueza no pas.

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    O Globo, 18/12/2013, p. 23 (com adaptaes).

    Com base no fragmento de texto acima e nos diversos aspectos queenvolvem o tema por ele abordado, julgue o item que se segue.

    Brasil, Rssia, ndia e China, pases do chamado BRICs, apresentamrealidade econmica equivalente, caracterizada por ampla capacidadede produo e de participao no mercado mundial.

    COMENTRIOS:

    Os pases dos BRICS so as principais economias emergentes do mundo.Porm, no possuem realidade econmica equivalente. Como exemplo, aindstria responde por 47% do PIB da China, 37% do PIB da Rssia, 28% doPIB do Brasil e da frica do Sul e 26% do PIB da ndia (dados de 2012). Apenas

    por esse dado, vemos que as economias dos pases do BRICS so diferenciadas.Gabarito: Errado

    9) (IADES/METR DF/2014 NVEL SUPERIOR) Emergente da vez,pas latino, localizado na Amrica do Norte, levanta debates nosmercados a respeito do crescimento econmico em 2014. Um pas queest "fazendo a lio de casa", na expresso preferida do mercado; quedeve se beneficiar diretamente da recuperao da economia americana

    nos prximos anos e que est menos atrelado desacelerao chinesa;e que por isso se tornou a menina dos olhos dos analistas de AmricaLatina.

    Disponvel em http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2014/14/2/2014_crescimento, com adaptaes

    Com relao as informaes apresentadas, assinale a alternativa queindica o pas a que o texto se refere.

    (A) Mxico

    (B) Argentina

    (C) Brasil

    (D) Chile

    (E) Venezuela

    COMENTRIOS:

    A questo pode ser resolvida com conhecimentos geogrficos. A assertivarefere-se a pas latino localizado na Amrica do Norte. S h um pas latino naAmrica do Norte, o Mxico.

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    Porm, o importante desta questo voc saber que o Mxico faz partedos MINT, pases que comeam a ser as novas vedetes mundiais entre osemergentes.

    Gabarito: A

    8.4 G-20

    O G-20 (Grupo dos Vinte) foi criado como consequncia da crisefinanceira asitica de 1997. Os seus membros representam 90% do PIBmundial, 80% do comrcio global e dois teros da populao mundial. Discutemedidas para promover a estabilidade financeira mundial, alcanar crescimentoe desenvolvimento econmico sustentvel. Aps a ecloso da crise financeira

    mundial, tornou-se o mais importante frum internacional de pases para odebate das questes polticas e econmicas globais.

    Os membros do G-20 so Argentina, Austrlia, Brasil, China, Canad,Frana, Alemanha, ndia, Indonsia, Itlia, Japo, Coreia do Sul, Mxico,Rssia, Arbia Saudita, frica do Sul, Turquia, Estados Unidos, Reino Unido eUnio Europeia. Veja que a Unio Europeia no um pais, um blocoeconmico. Contudo, membro do G-20.

    8.3 G-8 e G-7O G-8 o grupo formado pelos sete pases mais ricos (G-7 - Estados

    Unidos, Canad, Frana, Reino Unido, Alemanha, Itlia e Japo) e pela Rssia.O G-8 tem sua relevncia reduzida desde a ecloso da crise econmicainternacional a partir de 2008, que atingiu seus integrantes com fora.

    Em represlia a anexao da Crimeia, a Rssia foi excluda do G-8. Acpula que ocorreria na cidade russa de Sochi, em junho, foi transferida paraBruxelas e no teve a presena da Rssia. Com a excluso da Rssia, o G-7

    (grupo dos sete pases mais ricos) voltou a existir.

    10) (VUNESP/TJ SP/2009 OFICIAL DE JUSTIA) Conforme ficoudecidido no ltimo encontro do G-20, as autoridades internacionaisesto elaborando uma srie de micro e macrorreformas preventivaspara aumentar a resilincia no s das instituies financeiras, mas detodo o sistema financeiro, ao estender a superviso a todas asinstituies, produtos e atividades financeiras relevantes.

    (Nouriel Roubini, www.cartacapital.com.br, 26.06.2009)

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    Sobre o G-20, correto afirmar que

    a) composto pelo grupo das sete naes mais desenvolvidas do mundomais a Rssia, alm dos pases emergentes mais ricos.

    b) um organismo informal, dirigido pelo BRIC Brasil, Rssia, ndia eChina e defensor do liberalismo econmico e poltico.

    c) apoiador da forte presena do Estado na economia e compostoapenas pelas naes europias, pelo Canad e pelos Estados Unidos.

    d) um rgo especial da ONU, ligado ao Banco Mundial, que tem comoprincipal atribuio regrar o comrcio internacional.

    e) uma organizao supranacional, composta por naesrepresentantes de cada continente e gestora dos parasos fiscais.

    COMENTRIOS:

    Criado em 1999 para ampliar o G-8 [G-7 (grupo dos pases mais ricos domundo) + Rssia], o Grupo dos 20 (G-20) rene as naes desenvolvidas, asmaiores emergentes e a Unio Europeia. Possui membros de todos oscontinentes. Aps a ecloso da crise financeira mundial, tornou-se o maisimportante frum internacional de pases para o debate das questes polticas eeconmicas globais.

    Membros do G-20: frica do Sul, Alemanha, Arbia Saudita, Argentina,

    Austrlia, Brasil, Canad, China, Coreia do Sul, Estados Unidos, Frana, ndia,Indonsia, Itlia, Japo, Mxico, Reino Unido, Rssia, Turquia e Unio Europeia.

    Gabarito: A

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    GlobalizaoGlobalizao no um fenmeno recente. Sua origem remonta as

    grandes navegaes e ao colonialismo europeu dos sculos XV e XVI.

    O desenvolvimento do mercantilismo gerou grande quantidade deriquezas para alguns pases e a grande burguesia europeia. Essas riquezas,mais o ouro e prata vindo das minas da Amrica forneceram a base para aRevoluo Industrial no fim do sculo XVIII.

    A Revoluo Industrial desenvolveu o trabalho assalariado e o mercado

    consumidor. Descobertas cientficas e as invenes provocaram grandeexpanso dos setores industrializados e possibilitaram a exportao de produtosmundo afora.

    Em fins do sculo XIX, comeam a surgir s corporaes multinacionais,industriais e financeiras, que vo se reforar e crescer durante o sculo XX. Omercado mundializa-se e alcana todos os continentes.

    A partir dos anos 1990, acentua-se a integrao da economia global pormeio da revoluo tecnolgica, especialmente no setor de telecomunicaes.

    Revoluo tecnolgica possibilitou veloz circulao do capital pelo globo.Cadeias produtivas se espalharam pelo mundo, com empresas transferindo-separa pases com menor custo de produo.

    Globalizao atual um processo em curso, nova fase do capitalismofinanceiro, comandada pelos pases ricos e por grandes empresastransnacionais.

    Caracterstica central da globalizao atual:

    Interdependncia entre os atores econmicos globais governos,

    empresas e movimentos sociais.

    Desmantelamento do sistema socialista foi importante fator quecontribuiu para a globalizao e a expanso mundial do capitalismo.

    Produo e o comrcio mundial crescem com a globalizao. A riquezaconcentra-se num pequeno grupo de pases, o que refora a desigualdadeentre as naes. Os grupos com rendimentos mais elevados tornaram-semuito mais ricos e as desigualdades sociais aumentaram.

    Consenso de Washington consiste em cartilha terica que define asdiretrizes que a globalizao deve seguir, sob a ideologia neoliberal.

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    Caractersticas do neoliberalismo: liberdade de mercado, mnimaparticipao do Estado na economia, reduo de subsdios e gastos sociais porparte dos governos, livre circulao de capitais, flexibilizao do mercado detrabalho e abertura dos mercados internos para produtos estrangeiros

    Blocos econmicos

    Blocos econmicos so organizaes criadas por pases, para promover aintegrao econmica, o crescimento e a competitividade internacional dospases-membros.

    Existem quatro modelos bsicos de bloco econmico:

    rea de livre-comrcio - em que h reduo ou eliminao de tarifas

    alfandegrias entre os pases-membros.Unio aduaneira pases-membros definem regras para o comrcio

    com naes de fora do bloco. Adoo da tarifa externa comum.

    Mercado comum permite a livre circulao de capitais, servios epessoas.

    Unio econmica e monetria os pases adotam uma nica moeda ea mesma poltica de desenvolvimento.

    Principais blocos econmicos:Unio Europeia unio econmica e monetria, Crocia entrou no bloco

    em junho de 2013. Euro, moeda nica do bloco adotada por 17 dos 28 pases.

    ALCA - No chegou a se constituir como um bloco econmico,negociaes esto suspensas desde 2005.

    NAFTA rea de livre comrcio, integrada por Estados Unidos, Canad eMxico.

    MERCOSUL mercado comum, integrado por Brasil, Argentina, Uruguai,

    Paraguai e Venezuela. Paraguai suspenso do bloco retornou em dezembro de2013.

    Comunidade Andina mercado comum, integrado por Bolvia,Colmbia, Equador e Peru.

    Aliana do Pacfico - Associao formada por Mxico, Peru, Colmbia eChile para estabelecer gradualmente o livre comrcio entre seus membros e ospases asiticos banhados pelo Oceano Pacfico.

    Unio Euroasitica Bloco econmico formalizado em 29 de maio de2014. Integrado por Rssia, Kazaquisto e Belarus.

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    Crise econmica mundial

    A atual crise econmica mundial se iniciou em setembro de 2008, com oestouro da bolha imobiliria nos Estados Unidos. Sua origem foi o farto crditoimobilirio oferecido nos anos anteriores. Com as taxas de juros norte-americanas num patamar muito baixo, os bancos fizeram emprstimos de longoprazo a clientes sem boa avaliao como pagadores chamados de subprime.

    O crdito fcil intensificou a procura por imveis, que tiveram os preoselevados. Mais tarde, o governo norte-americano subiu os juros para combatera inflao. Com isso, as prestaes dos financiamentos ficaram mais caras emuitos compradores pararam de pagar.

    Os imveis (garantias dos emprstimos) foram retomados pelos bancos,que os colocavam venda, para cobrir os emprstimos no pagos. O aumento

    da oferta fez os preos dos imveis carem. Mesmo com a venda, os bancos noconseguiam recuperar o prejuzo. A quebra do banco Lehman Brothers, marcoda crise, provocou um efeito domin no mercado financeiro mundial.

    A crise econmica atingiu duramente a Unio Europeia. Afetou com maiorintensidade, os pases da zona do euro, com elevada dvida pblica. O pas maisatingido foi a Grcia. Outros pases bastante afetados foram: Portugal, Irlanda,Itlia, Espanha e Chipre.

    Como condio para receber ajuda econmica, medidas de austeridade

    so adotadas pelos pases em crise. O objetivo o cumprimento de metasoramentrias e de limite de endividamento estabelecidos pela Unio Europeia.Incluem privatizaes, reduo do servio pblico, corte de direitos sociais,congelamento de salrios e aumento de impostos, entre outras medidas. Temcomo efeito direto o aumento do desemprego, a reduo do poder aquisitivo dapopulao e a desacelerao da economia, provocando protestos populares queenfraquecem ou derrubam os governos.

    Em 2013-2014, a economia mundial dever ter um crescimento modesto,

    devido principalmente ao desempenho mais contido dos emergentes. Segundoanalistas, o crescimento econmico depende mais do desempenho daseconomias avanadas com destaque para a dos Estados Unidos do que dosmercados emergentes, cuja atividade desacelera.

    Comrcio internacional

    Nas ltimas dcadas, as exportaes dos pases ricos cresceram muitomais do que as dos pases pobres. Dez pases monopolizam mais da metade de

    todo o comrcio internacional.

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    A Organizao Mundial do Comrcio foi fundada em 1995 pararegulamentar o comrcio mundial nos moldes da globalizao. A Rodada Doha,aberta em 2001 para negociar o comrcio internacional, entrou em umimpasse, opondo pases ricos aos emergentes. O brasileiro Roberto Azevdo foi

    eleito em 2013 o diretor-geral da organizao.Sob o comando de Azevdo, a OMC alcanou em dezembro de 2013, o

    primeiro acordo global da histria da organizao. O acordo compreende trspilares: agricultura, com um compromisso de reduzir os subsdios sexportaes; a ajuda ao desenvolvimento, que prev uma iseno crescentedas tarifas alfandegrias para os produtos procedentes dos pases menosdesenvolvidos, e a facilitao de intercmbios, com a reduo da burocracia nasfronteiras.

    China

    No fim da dcada de 1970, a China deu incio a reformas que converteramo pas, agora, na segunda maior economia do mundo. Investimentosestrangeiros e abundncia de mo de obra barata foram decisivos no processode expanso.

    Apesar do vertiginoso crescimento econmico, o pas convive comproblemas que causam instabilidade ao atual modelo poltico-econmico:

    significativa desigualdade social, corrupo, degradao ambiental e crescentedescontentamento popular.

    Em 2009, a China tornou-se o principal parceiro comercial e destino dasexportaes do Brasil, superando os Estados Unidos, principal parceirobrasileiro durante anos.

    O pas se tornou o maior consumidor de recursos energticos, o maiorpoluidor do mundo e o que mais investe em fontes de energia renovveis. AChina uma ditadura que reprime a liberdade de expresso e viola os direitos

    humanos. No entanto, h uma resistncia interna, e diversos dissidentesdesafiam o regime.

    Organizaes e grupos internacionais

    FMI

    Tem como objetivos a promoo da cooperao econmica internacional,o comrcio internacional, o emprego e a estabilidade cambial. Cada pasmembro possui uma cota de participao no fundo. Quanto maior a cota, maioro poder de voto do membro associado. Os pases desenvolvidos so os maiorescotistas; por essa razo, so eles que gerenciam o organismo.

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    Banco Mundial

    Atualmente, busca investir em iniciativas contra a pobreza em pases emdesenvolvimento atravs de emprstimos concedidos. As decises do banco sotomadas por meio de votos que so definidos de acordo com o volume de

    colaborao e contribuio para o banco, vindos de cada pas. Os EstadosUnidos detm o poder de veto diante de todas as decises tomadas dentro dainstituio, j que o maior acionista.

    OCDE

    Organizao de cooperao e desenvolvimento econmico. Tem comoobjetivo alinhar polticas visando potencializar o crescimento econmico, bemcomo colaborar com o desenvolvimento dos pases membros. O Brasil no membro da OCDE.

    G-20

    O G-20 (Grupo dos Vinte) foi criado como consequncia da crisefinanceira asitica de 1997. Discute medidas para promover a estabilidadefinanceira mundial, alcanar crescimento e desenvolvimento econmicosustentvel. Aps a ecloso da crise financeira mundial, tornou-se o mais

    importante frum internacional de pases para o debate das questes polticas eeconmicas globais.

    G-8 e G-7

    Grupo formado pelos sete pases mais ricos (Estados Unidos, Canad,Frana, Reino Unido, Alemanha, Itlia e Japo) e pela Rssia. As decises dogrupo sempre tiveram grande influncia sobre os caminhos que o mundodeveria seguir. O G-8 tem sua relevncia reduzida desde a ecloso da crise

    econmica internacional a partir de 2008, que atingiu seus integrantes comfora. Em represlia a anexao da Crimeia, a Rssia foi excluda do G-8. Coma excluso da Rssia, o G-7 (grupo dos sete pases mais ricos) voltou a existir.

    Brics

    Rene os principais pases emergentes - Brasil, Rssia, ndia e China,mais a frica do Sul. Os cinco pases tm caractersticas comuns: indstria eeconomia em expanso e mercado interno crescente com a incluso milhes denovos consumidores.

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    Questes Comentadas

    1) (CESPE/CNJ/2013 ANALISTA JUDICIRIO) A China tem investidoUS$ 250 bilhes por ano no que economistas chamam de capitalhumano. Assim como os Estados Unidos da Amrica (EUA) ajudaram aconstruir uma classe mdia no final dos anos 40 e incio dos anos 50 dosculo passado, usando um programa para educar veteranos dasegunda guerra mundial, o governo chins emprega recursos paraeducar milhes de jovens que se mudam das reas rurais para ascidades. O objetivo disso transformar o sistema atual, em que umaelite minscula, altamente educada, supervisiona vastos exrcitos detrabalhadores rurais e de operrios de fbricas pouco qualificados.

    O Globo, 18/1/2013, p. 30 (com adaptaes).Tendo o texto acima como referncia inicial, e considerando a crescenteimportncia da China no cenrio global contemporneo, julgue o item.

    Em sua arrancada para promover o desenvolvimento econmico, aChina demonstra ter compreendido uma das exigncias centrais daatual economia globalizada, qual seja, o domnio do conhecimentocomo condio essencial para bem situar-se em um cenrio econmicoaltamente competitivo e impulsionado por incessantes inovaes

    tecnolgicas.

    COMENTRIOS:

    Como j comentamos na assertiva anterior, no mundo globalizado, ainovaoe o conhecimentopassaram a ser considerados, as principais fontesde crescimento econmico. Tornaram-se fatores determinantes decompetitividade nas estratgias de desenvolvimento das naes.

    O domnio da inovao e do conhecimento muito bem compreendidopela China, que deixou de ser um pas majoritariamente produtor e exportadorde produtos industriais de baixa tecnologia e/ou qualidade. Desde 1978,quando iniciou sua reforma econmica, a China vem reduzindo rapidamente suadistncia em relao aos pases de economia avanada. O pas tem como metaelevar as despesas com pesquisa e desenvolvimento para 2,5% do PIB em2020, acima da mdia do grupo dos pases avanados, que de 2,1% do PIB.

    O pas investe pesadamente em capital humano, em todos os nveiseducacionais do pas, bem como em educao e treinamento no exterior e na

    construo da infraestrutura de cincia e tecnologia. Desde meados dos anos

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    1990foram criados mais de 100 laboratrios nacionais em reas selecionadasde pesquisa bsica e inmeros parques cientficos e tecnolgicos.

    Gabarito: Certo

    2) (CESPE/DPF/ 2012 - AGENTE DA POLCIA FEDERAL) Ossemicondutores so o ponto fraco da indstria brasileira de altatecnologia. A produo local muito limitada. No ano passado, foramimportados 5,1 bilhes de dlares em semicondutores, um crescimentode 14% em relao a 2010. Com o avano dos mercados decomputadores e de celulares, e com a eletrnica sendo embarcada nosmais diversos tipos de equipamentos, a tendncia que essa conta svenha a aumentar.

    O Estado de S.Paulo, 15/1/2012, p. B12 (com adaptaes).

    Tendo o texto acima como referncia e considerando as caractersticasessenciais do atual estgio de desenvolvimento da economia mundial,

    julgue os itens.

    O domnio do conhecimento mostra-se fundamental para a produo deriquezas e, ao impulsionar constantes inovaes tecnolgicas, amplia acapacidade produtiva e ajuda a promover a ampliao dos mercadosconsumidores, em meio a um contexto de acirrada competio emescala global.

    COMENTRIOS:

    Vejam com este tipo de questo se repete. Entra prova, sai prova e oCespe segue perguntando sobre inovao e conhecimento!

    Desde meados dos anos 70 a economia mundial vive um processo detransio de um paradigma produtivo e tecnolgico baseado na produo

    inflexvel de bens padronizados de massa para um novo paradigma de produoflexvel de bens diferenciados. Neste paradigma emergente, a informao e oaprendizado passam a desempenhar um novo e estratgico papel,caracterizando o que se costuma chamar de economia do conhecimento.

    A reestruturao produtiva acompanhada por uma forte intensificaoda competio em todos os nveis. A capacidade de desenvolver atividadesintensivas na rea do conhecimento mostra-se fundamental para a produo deriquezas, impulsionando inovaes tecnolgicas, ampliando a capacidadeprodutiva e contribuindo para promover a expanso dos mercadosconsumidores, em um contexto de acirrada competio global.

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    Gabarito: Certo

    3) (CESPE/STJ/2012 TCNICO JUDICIRIO) Relatrio sobre emprego

    no mundo, divulgado pela Organizao Internacional do Trabalho(OIT), diz que alarmante a situao global do trabalho e que no hsinais de recuperao em um futuro prximo. O organismo prev queuma nova fase, ainda mais problemtica, na crise global de empregosainda est por vir. Uma das razes que os pases ricos tomarammedidas buscando a austeridade fiscal a qualquer custo e realizaramdrsticas reformas trabalhistas. Em consequncia, acabaram caindo nachamada armadilha da austeridade uma espcie de crculo viciosono qual um baixo crescimento gera o aumento da volatilidade,

    contrao do crdito, reduo de investimentos e perda de empregos.O Globo, 30/4/2012, p. 19 (com adaptaes).

    Tendo o texto acima como referncia inicial e considerando a amplitudedo tema por ele abordado, julgue o item seguinte.

    A constituio de blocos econmicos, a exemplo da Unio Europeia e doMERCOSUL, caracterstica marcante do atual estgio da economiamundial, a globalizao, marcada pela ampliao da capacidadeprodutiva, dos mercados e da competitividade entre os agentes

    econmicos mundiais.

    COMENTRIOS:

    A globalizao a mundializao da economia, do comrcio, dosmercados, da produo, do capital, que ultrapassa fronteiras nacionais e osespaos geogrficos, em favor de uma lgica econmica que venha a gerardividendos financeiros em todo o globo. Os agentes da globalizao so osfluxos econmicos que atravessam as fronteiras nacionais e criam um espao

    mundial de transaes.

    Trata-se de um perodo de crescimento da produo e do comrciomundiais. As cadeias produtivas se espalharam pelo globo, com empresastransferidas (relocalizadas) para pases com menor custo de produo (salrio,impostos, etc.). Acirra-se a competio entre as empresas e entre governos. Osmercados nacionais integram-se e emergem os blocos econmicossupranacionais, como a Unio Europeia, NAFTA e MERCOSUL.

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    Porm, no se pode afirmar que um processo eminentemente comercialou ainda um fenmeno puramente econmico-financeiro. A sua abrangncia muito ampla, evidenciando-se no campo econmico, poltico, social e cultural.

    Gabarito: Certo

    4) (FUB/CESPE/2013 ASSISTENTE EM ADMINISTRAO) Cinco anosaps a crise global estourar, e com o fim dos estmulos economia dosEstados Unidos da Amrica (EUA), economistas alertam que, hoje, osmais vulnerveis s turbulncias econmicas so os pases emergentes.Por outro lado, novos documentos divulgados pela TV revelam que aAgncia de Segurana Nacional dos EUA usou seu aparato para levantarinformaes sobre a PETROBRAS.

    Tendo o texto acima como referncia inicial e considerando os mltiplosaspectos que envolvem os temas por ele abordados, julgue os itens quese seguem.

    As crises na economia contempornea so cclicas e tendem a estendergeograficamente seus efeitos devido globalizao dos tempos atuais.

    COMENTRIOS:

    No capitalismo as crises so cclicas. Na globalizao moderna, com aeconomia mundial interligada, uma crise econmica pode se estendergeograficamente e os seus efeitos serem sentidos em todo o globo.

    Gabarito: Certo

    (CESPE/TCU/2008 AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO) Aoapresentar a perspectiva local como inferior perspectiva global, comoincapaz de entender, de explicar e, em ltima anlise, de tirar proveito

    da complexidade do mundo contemporneo, a concepo globalatualmente dominante tem como objetivo fortalecer a instaurao deum nico cdigo unificador de comportamento humano, e abre ocaminho para a realizao do sonho definitivo de economias globais deescala. Como resultado deste processo, o "modelo econmico" alcanasua perfeio, que no somente descrever o mundo, masefetivamente govern-lo. E esta a essncia mesma do paradigmamoderno de desenvolvimento e de progresso, cujo estgio supremo deperfeio a globalizao representa.

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    Fica claro que a escala no poderia ser melhor ou maior do que sendoglobal e somente neste nvel que a sua primazia e universalidade sofinalmente afirmadas, junto com a certeza de que jamais poderia surgiralguma alternativa vivel ao sistema ideologicamente dominante

    fundado no livre mercado, dada a ausncia de qualquer cultura ousistema de pensamento alternativo.

    Se virmos o fenmeno da globalizao sob esta luz, creio que nopoderemos escapar da concluso de que o processo totalmentecoerente com as premissas da ideologia econmica que tm seafirmado como a forma dominante de representao do mundo aolongo dos ltimos 100 anos, aproximadamente.

    A globalizao no , portanto, um acontecimento acidental ou um

    excesso extravagante, mas uma extenso simples e lgica de um"argumento". Parece realmente muito difcil conceber um resultadofinal que fizesse mais sentido e fosse mais coerente com as basesideolgicas sobre as quais est fundado. Em suma, a globalizaorepresenta a realizao acabada e a perfeio do projeto demodernidade e de seu paradigma de progresso.

    G. Muzio. A globalizao como o estgio de perfeio do paradigmamoderno: uma estratgia possvel para sobreviver coerncia doprocesso.

    Trad. Lus Cludio Amarante. In: Francisco de Oliveira e Maria Clia Paoli(Org.).

    Os sentidos da democracia. Polticas do dissenso e hegemonia global.2. ed. Petrpolis - RJ: Vozes; Braslia: NEDIC, 1999, p. 138-9 (comadaptaes).

    Tendo o texto apresentado como referncia inicial e considerandoaspectos marcantes da realidade econmica e poltica mundialcontempornea, julgue o item que se segue.

    5) O expressivo desenvolvimento cientfico-tecnolgico verificado nasegunda metade do sculo XX foi decisivo para a ampliao dacapacidade produtiva e para a circulao de mercadorias e de capitais,caractersticas essenciais da economia global do tempo presente.

    COMENTRIOS:

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    A segunda metade do sculo XX conheceu um expressivodesenvolvimento cientfico-tecnolgico, que possibilitou um rpido avano daglobalizao. As novas tecnologias desenvolvidas permitem rapidez noprocessamento e na transmisso de informaes. O que antes levava dias, ou

    semanas, para ir de um continente a outro, passou a chegar instantaneamente.A produo passou a conhecer expressivos aumentos da produtividade e daquantidade de bens, resultado dos avanos tecnolgicos como a informtica,robtica e automao.

    Esses avanos foram decisivos para a circulao de mercadorias e decapitais pelo mundo, caractersticas essenciais da economia global atual.

    Gabarito: Certo

    6) A eliminao do espao de manobra dos Estados nacionais,acompanhada da dissoluo dos organismos multilaterais, a maisevidente caracterstica poltica da atualidade, razo pela qual asgrandes corporaes econmicas ditam as regras e monopolizam opoder mundial.

    COMENTRIOS:

    Essa questo foi p