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DIREITO DO TRABALHO ESAF – QUESTÕES PROFESSORA: DEBORAH PAIVA Prof. Deborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 1 Queridos alunos, Sejam todos bem-vindos ao nosso curso! As questões da aula de hoje já foram objeto de nossa aula demonstrativa! A partir de nossa segunda aula as questões serão diferentes e não terão sido objeto de nossa aula demonstrativa.Tendo em vista que vocês já estudaram a aula demonstrativa, resolvi postar aqui a prova comentada do concurso de AFT 2010! Vamos ao estudo, então! Aula 01: Relação de Trabalho e Relação de Emprego. A Figura Jurídica do Empregado e do Empregador. Terceirização no Direito do Trabalho: trabalho temporário, cooperativas e prestação de serviços. Contratos Especiais de Trabalho: Trabalho Rural (Lei n.º 5.889, de 08/06/73 e Decreto n.º 73.626 de 12/02/74); Trabalho Temporário (Lei n.º 6.019, de 03/01/74 e Decreto n.º 73.841, de 13/03/74); Trabalho Portuário (Lei 9.719, de 27/11/98); 1.1 Questões de Prova: 1. (ESAF- Juiz do Trabalho Substituto - TRT 7ª Região – 2005) A onerosidade, enquanto requisito imprescindível à configuração da relação de emprego, há que ser avaliada sob a óptica do prestador dos serviços. Em tal circunstância, afigura-se relevante investigar a real intenção das partes, especialmente do trabalhador, para verificar se a onerosidade que permeou o vínculo objetivou a percepção de contraprestação. 2. (ESAF- Juiz do Trabalho Substituto - TRT 7ª Região – 2005)O vínculo subordinante que se estabelece entre o prestador de serviços e seu tomador, na relação de emprego, é qualificado como sendo uma subordinação jurídica. Pela doutrina atual, essa subordinação é avaliada sob uma perspectiva objetiva, atuando sobre o modo da realização da prestação e não sobre a pessoa do prestador de serviços. 3. (ESAF- Juiz do Trabalho Substituto - TRT 7ª Região – 2005) Em contraposição ao que estabelece a lei ao conceituar o empregador doméstico, a Consolidação das Leis do Trabalho consagra a finalidade lucrativa como elemento indissociável da noção de empregador comum. 4. (ESAF- Juiz do Trabalho Substituto - TRT 7ª Região – 2005) A solidariedade proporcionada pela existência do grupo econômico pode ser conceituada como dual, ou seja, ao tempo em que consagra a solidariedade passiva das empresas, permite o reconhecimento da existência de empregador único. Assim, consoante jurisprudência prevalente no Tribunal Superior do Trabalho, a prestação de serviços a mais de uma empresa do mesmo grupo, durante a mesma jornada de trabalho, não caracteriza a coexistência de mais de um contrato de trabalho, salvo ajuste em contrário.

Aula 01- Relação de trabalho e emprego

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Queridos alunos,

Sejam todos bem-vindos ao nosso curso! As questões da aula de hoje já foram objeto de nossa aula demonstrativa!

A partir de nossa segunda aula as questões serão diferentes e não terão sido objeto de nossa aula demonstrativa.Tendo em vista que vocês já estudaram a aula demonstrativa, resolvi postar aqui a prova comentada do concurso de AFT 2010!

Vamos ao estudo, então!

Aula 01: Relação de Trabalho e Relação de Emprego. A Figura Jurídica do Empregado e do Empregador. Terceirização no Direito do Trabalho: trabalho temporário, cooperativas e prestação de serviços. Contratos Especiais de Trabalho: Trabalho Rural (Lei n.º 5.889, de 08/06/73 e Decreto n.º 73.626 de 12/02/74); Trabalho Temporário (Lei n.º 6.019, de 03/01/74 e Decreto n.º 73.841, de 13/03/74); Trabalho Portuário (Lei 9.719, de 27/11/98);

1.1 Questões de Prova:

1. (ESAF- Juiz do Trabalho Substituto - TRT 7ª Região – 2005) A onerosidade, enquanto requisito imprescindível à configuração da relação de emprego, há que ser avaliada sob a óptica do prestador dos serviços. Em tal circunstância, afigura-se relevante investigar a real intenção das partes, especialmente do trabalhador, para verificar se a onerosidade que permeou o vínculo objetivou a percepção de contraprestação.

2. (ESAF- Juiz do Trabalho Substituto - TRT 7ª Região – 2005)O vínculo subordinante que se estabelece entre o prestador de serviços e seu tomador, na relação de emprego, é qualificado como sendo uma subordinação jurídica. Pela doutrina atual, essa subordinação é avaliada sob uma perspectiva objetiva, atuando sobre o modo da realização da prestação e não sobre a pessoa do prestador de serviços.

3. (ESAF- Juiz do Trabalho Substituto - TRT 7ª Região – 2005) Em contraposição ao que estabelece a lei ao conceituar o empregador doméstico, a Consolidação das Leis do Trabalho consagra a finalidade lucrativa como elemento indissociável da noção de empregador comum.

4. (ESAF- Juiz do Trabalho Substituto - TRT 7ª Região – 2005) A solidariedade proporcionada pela existência do grupo econômico pode ser conceituada como dual, ou seja, ao tempo em que consagra a solidariedade passiva das empresas, permite o reconhecimento da existência de empregador único. Assim, consoante jurisprudência prevalente no Tribunal Superior do Trabalho, a prestação de serviços a mais de uma empresa do mesmo grupo, durante a mesma jornada de trabalho, não caracteriza a coexistência de mais de um contrato de trabalho, salvo ajuste em contrário.

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5. (ESAF- Juiz do Trabalho Substituto - TRT 7ª Região – 2005) O contrato estabelecido entre as empresas de serviços temporários e a tomadora ou cliente deverá ser obrigatoriamente escrito, exigência que também se aplica ao contrato celebrado entre, a empresa de serviços temporários se cada um dos assalariados postos à disposição da empresa tomadora dos serviços.

6. (ESAF- Juiz do Trabalho Substituto - TRT 7ª Região – 2005) Justifica-se a celebração de contrato de trabalho temporário para atender à necessidade transitória de substituição de seu pessoal regular e permanente ou a acréscimo extraordinário de serviços, devendo a duração desse contrato não exceder três meses, facultada uma prorrogação, por idêntico prazo, por convenção das partes.

7. (ESAF- Juiz do Trabalho Substituto - TRT 7ª Região – 2005) Entre os direitos conferidos aos trabalhadores temporários destaca-se a remuneração equivalente à percebida pelos empregados de mesma categoria da empresa tomadora ou cliente.

8. (ESAF- Advogado – IRB – 2004) São titulares da relação de emprego: o pequeno empreiteiro contratado para a execução de serviços de reforma residencial, sem o auxílio de terceiros e o trabalhador avulso, qualificado como chapa, que manterá relação de emprego quando seus serviços forem solicitados com habitualidade pela mesma pessoa natural ou jurídica.

9. (ESAF – Auditor Fiscal do Trabalho/2006) O trabalho temporário não é considerado terceirizado porque a relação justrabalhista de que participa é bilateral.

10. (ESAF – Juiz do Trabalho/2005) Por força de regra estabelecida na lei que disciplina o vínculo de emprego rural, sempre que uma ou mais empresas, embora tendo cada uma delas personalidade jurídica própria, estiverem sob a direção, controle ou administração de outra, ou ainda quando, mesmo guardando cada uma sua autonomia, integrem grupo econômico ou financeiro rural, serão responsáveis solidariamente nas obrigações decorrentes da relação de emprego.

11. (ESAF - Técnico Judiciário - TRT - 7ª Região – 2003) De acordo com a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), considera-se empregador a empresa, individual ou coletiva, que, dividindo os riscos da atividade econômica com seus prestadores, com a concessão de gratificação de participação nos lucros e resultados, admite e remunera a prestação pessoal de serviços.

12. (ESAF – Procurador da Fazenda Nacional – 2007) A teoria dos fins da empresa define o trabalhador eventual como sendo aquele prestador de serviços que não se vincula especificamente a apenas um tomador de serviços, mas oferecendo sua força de trabalho de modo concomitante e indiscriminado a vários tomadores.

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13. (ESAF - Procurador da Fazenda Nacional – 2007) Via de regra, na prestação de serviços de forma autônoma, o prestador assume os riscos inerentes à prestação laborativa, daí porque pode-se afirmar que tal panorama constitui simples conseqüência contratual, e não requisito essencial da relação.

14. (ESAF – Procurados da Fazenda Nacional – 2007) A prestação de serviços de forma autônoma pode ser pactuada mediante cláusula de severa pessoalidade. A par disso, tem-se que tal circunstância resulta prejudicada a total ausência de subordinação por parte do prestador de serviço.

15. (ESAF – Auditor Fiscal do Trabalho– 2003) Considera-se empregador as associações recreativas que, mesmo não objetivando lucro, contratam trabalhadores avulsos.

16. (ESAF – Auditor Fiscal do Trabalho – 2003) Não é considerada empregada a costureira que presta serviços em seu domicílio a determinada empresa de confecção, comparecendo uma vez por semana à sede da empresa, tendo seu trabalho controlado em razão das cotas de produção estabelecidas e da qualidade das peças produzidas.

17. (ESAF – Auditor Fiscal do Trabalho – 2006) Considerando o regime próprio a que é submetido o policial militar, mesmo que preenchidos os requisitos legais, não é viável o reconhecimento de vinculo de emprego com empresa privada, especialmente porque a concomitância de prestação de serviços pode dar ensejo a certa penalidade disciplinar.

18. (ESAF – Auditor Fiscal do Trabalho – 2003) Não é considerado empregado o trabalhador que presta serviços como mordomo em determinada residência familiar, deforma pessoal, contínua e onerosa.

19. (ESAF – Auditor Fiscal do Trabalho – 2006) A figura sucessória trabalhista faz operar a imediata e automática assunção dos contratos trabalhistas pelo novo empregador, então, o novo titular passa a responder pelas repercussões presentes e futuras dos contratos de trabalho transferidos, ressalvando-se, porém, as passadas, cujas hipóteses tenham-se consolidado ao tempo em que se fazia presente o antigo titular do empreendimento.

20. (ESAF – Auditor Fiscal do Trabalho – 2006) Independentemente da permanência dos traços concernentes à subordinação jurídica, o empregado eleito para ocupar cargo de diretor tem o contrato de trabalho suspenso, motivo pelo qual não há cômputo do período em questão como tempo de serviço. --------------------------------------------------------------------------------------- 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10. 11. 12. 13. 14. 15. 16. 17. 18. 19. 20.

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1.2. Questões de Prova Comentadas:

A onerosidade significa vantagens recíprocas. A vantagem do empregado é receber o pagamento pelo seu trabalho e a vantagem do empregador é receber a prestação de serviços realizada pelo empregado.

Poderemos resumir da seguinte forma: A toda prestação de trabalho corresponde uma contraprestação pecuniária ou in natura.

Portanto, a onerosidade do contrato de trabalho configura-se através do pagamento em dinheiro (prestação pecuniária) ou em utilidades (in natura).

Diz a assertiva que “ A onerosidade para ser considerada como requisito da relação de emprego deverá ser avaliada sob a óptica do prestador de serviços, sendo relevante investigar a real intenção das partes, especialmente do trabalhador, para verificar se a onerosidade que permeou o vínculo, objetivou a percepção de contraprestação”.

Por real intenção do prestador de serviços devemos entender se ele presta os serviços com a intenção apenas de receber o pagamento ou se há outra intenção por traz disto, conforme vocês poderão observar nas explicações abaixo.

A onerosidade pode ser enfocada sob dois aspectos: o objetivo e o subjetivo. O primeiro reflete o tipo de trabalho executado e não o pagamento que dele deriva. Já o segundo refere-se ao fato do trabalho ser executado em troca de subsistência, ou seja, em troca do salário.

O aspecto objetivo ocorrerá quando mesmo que não haja interesse do prestador de serviços no pagamento, ou seja, a intenção de trabalhar por dinheiro ocorre de fato a contraprestação. O aspecto subjetivo ocorrerá quando o trabalho é aceito pelo prestador de serviços em troca de dinheiro.

Exemplificando: Mário é médico, sempre considerou o Hospital XX um péssimo hospital para trabalhar, mas ele não é bem sucedido na profissão, e por esta razão aceita trabalhar no Hospital XX, apenas porque o salário é muito bom.

1. (ESAF- Juiz do Trabalho Substituto - TRT 7ª Região – 2005) A onerosidade, enquanto requisito imprescindível à configuração da relação de emprego há que ser avaliada sob a óptica do prestador dos serviços. Em tal circunstância, afigura-se relevante investigar a real intenção das partes, especialmente do trabalhador, para verificar se a onerosidade que permeou o vínculo objetivou a percepção de contraprestação.

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Criei também um exemplo, para enquadrar a empregada doméstica no aspecto objetivo, ou seja, ela não trabalhará em troca de dinheiro. Ex: Maria trabalhava para a família de Josefina há 20 anos, tendo praticamente criado os três filhos da patroa. Acontece que Maria ganhou na “megasena” e não precisaria trabalhar mais como doméstica. Como ela gostava muito da família de Josefina, preferiu continuar trabalhando apesar de não precisar do dinheiro.

A assertiva tratou da onerosidade que é um dos requisitos da relação de emprego. Observem que a banca abordou entendimentos doutrinários mais complexos sobre o tema que não são abordados pelas outras bancas. Digo isto porque ela refere-se à classificação da onerosidade sobre o aspecto objetivo e subjetivo da onerosidade, que foram explicados acima, o que não observei nas questões da FCC e da CESPE.

Pelo acima exposto, concluímos que a assertiva está correta.

Quanto à subordinação ser considerada jurídica não há novidades. A novidade que temos nesta questão é quanto à classificação da subordinação em objetiva e subjetiva. A subordinação subjetiva existia no trabalho escravo e na servidão, quando a pessoa do trabalhador estava sujeita ao amo ou ao senhor feudal.

O legislador trabalhista adotou o enfoque objetivo da subordinação que atua no modo como o serviço é prestado e não na pessoa do trabalhador. Sendo assim, é possível a contratação de trabalhadores em domicílio e de serviços externos, uma vez que a subordinação não recai na pessoa do trabalhador, mas na forma como o serviço é prestado.

Resumindo: A subordinação jurídica poderá, então, ser objetiva ou subjetiva. Considera-se subjetiva a subordinação quando recai sobre a pessoa do empregado e objetiva quando recai sobre os serviços executados pelo trabalhador.

A assertiva está correta.

2. (ESAF- Juiz do Trabalho Substituto - TRT 7ª Região – 2005) O vínculo subordinante que se estabelece entre o prestador de serviços e seu tomador, na relação de emprego, é qualificado como sendo uma subordinação jurídica. Pela doutrina atual, essa subordinação é avaliada sob uma perspectiva objetiva, atuando sobre o modo da realização da prestação e não sobre a pessoa do prestador de serviços.

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O empregador comum também não precisará ter finalidade lucrativa para configurar o vínculo de emprego, porque o parágrafo 1º do art. 2º da CLT dispõe que as entidades sem fins lucrativos equiparam-se a empregador quando contratarem trabalhadores como empregados.

Art. 2º da CLT - Considera-se empregador a empresa, individual ou coletiva, que, assumindo os riscos da atividade econômica, admite, assalaria e dirige a prestação pessoal de serviço.

§ 1º - Equiparam-se ao empregador, para os efeitos exclusivos da relação de emprego, os profissionais liberais, as instituições de beneficência, as associações recreativas ou outras instituições sem fins lucrativos, que admitirem trabalhadores como empregados.

§ 2º - Sempre que uma ou mais empresas, tendo, embora, cada uma delas, personalidade jurídica própria, estiverem sob a direção, controle ou administração de outra, constituindo grupo industrial, comercial ou de qualquer outra atividade econômica, serão, para os efeitos da relação de emprego, solidariamente responsáveis a empresa principal e cada uma das subordinadas.

Sendo assim, para a CLT ter finalidade lucrativa não é um elemento indispensável para que seja configurada a relação de emprego em relação ao empregado comum.

Já em relação ao empregado doméstico se o seu empregador tiver finalidade lucrativa, ele não será considerado empregado doméstico, mas sim empregado comum (empregado celetista).

Exemplificando: Ana é empregada doméstica de Alzira, porém a sua empregadora vender “quentinhas” para os empregados de uma grande empresa que fica ao lado de sua casa. Ana é quem faz a comida. Ora Alzira está tendo lucro com os serviços desempenhados por Ana, logo ela será considerada empregada celetista e não empregada doméstica.

Portanto, a assertiva está errada.

3. (ESAF- Juiz do Trabalho Substituto - TRT 7ª Região – 2005) Em contraposição ao que estabelece a lei ao conceituar o empregador doméstico, a Consolidação das Leis do Trabalho consagra a finalidade lucrativa como elemento indissociável da noção de empregador comum.

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A primeira parte da assertiva menciona a teoria do Empregador Único que prevaleceu na doutrina para determinar a responsabilidade solidária do grupo econômico, pelo adimplemento das obrigações trabalhistas (solidariedade passiva).

É importante lembrar que a responsabilidade solidária será em relação ao adimplemento das obrigações trabalhistas, mas caso o pedido do empregado seja a assinatura de CTPS, quem deverá assiná-la será o tomador direto de seus serviços.

A segunda parte da questão refere-se à Súmula 129 do TST que fala do grupo econômico, estabelecendo que quando ocorrer a prestação de serviços a mais de uma empresa do mesmo grupo econômico, durante a mesma jornada de trabalho não será considerada a coexistência de mais de um contrato de trabalho.

É importante lembrar que a Súmula 129 menciona a possibilidade de ocorrer ajuste entre as partes estabelecendo a coexistência de mais de um contrato de trabalho.

Súmula 129 do TST A prestação de serviços a mais de uma empresa do mesmo grupo econômico, durante a mesma jornada de trabalho, não caracteriza a coexistência de mais de um contrato de trabalho, salvo ajuste em contrário.

Portanto está correta a assertiva.

4. (ESAF- Juiz do Trabalho Substituto - TRT 7ª Região – 2005) A solidariedade proporcionada pela existência do grupo econômico pode ser conceituada como dual, ou seja, ao tempo em que consagra a solidariedade passiva das empresas, permite o reconhecimento da existência de empregador único. Assim, consoante jurisprudência prevalente no Tribunal Superior do Trabalho, a prestação de serviços a mais de uma empresa do mesmo grupo, durante a mesma jornada de trabalho, não caracteriza a coexistência de mais de um contrato de trabalho, salvo ajuste em contrário.

5. (ESAF- Juiz do Trabalho Substituto - TRT 7ª Região – 2005) O contrato estabelecido entre as empresas de serviços temporários e a tomadora ou cliente deverá ser obrigatoriamente escrito, exigência que também se aplica ao contrato celebrado entre, a empresa de serviços temporários se cada um dos assalariados postos à disposição da empresa tomadora dos serviços.

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A Lei 6019/74 autoriza a intermediação de mão-de-obra para atender a necessidade transitória de substituição de pessoal regular e permanente do tomador de serviços, bem como no caso de acréscimo extraordinário de serviços.

Somente quando atendidas as duas hipóteses do art. 2º da Lei 6.019/74 que será permitida a celebração de contrato temporário.

Art. 2º da Lei 6019/74 - Trabalho temporário é aquele prestado por pessoa física a uma empresa, para atender à necessidade transitória de substituição de seu pessoal regular e permanente ou à acréscimo extraordinário de serviços.

A assertiva abordou os artigos 9º e 11º da Lei 6.019/74,abaixo transcritos, que estabelecem que o contrato estabelecido entre as empresas de serviços temporários e a tomadora ou cliente deverá ser obrigatoriamente escrito, exigência que também se aplica ao contrato celebrado entre a empresa de serviços temporários em relação a cada um dos assalariados postos à disposição da empresa tomadora dos serviços. Portanto está correta a assertiva.

Art. 9º da Lei 6019/74 O contrato entre a empresa de trabalho temporário e a empresa tomadora de serviço ou cliente deverá ser obrigatoriamente escrito e dele deverá constar expressamente o motivo justificador da demanda de trabalho temporário, assim como as modalidades de remuneração da prestação de serviço.

Art. 11 da Lei 6019/74 - O contrato de trabalho celebrado entre empresa de trabalho temporário e cada um dos assalariados colocados à disposição de uma empresa tomadora ou cliente será, obrigatoriamente, escrito e dele deverão constar, expressamente, os direitos conferidos aos trabalhadores por esta Lei.

Parágrafo único. Será nula de pleno direito qualquer cláusula de reserva, proibindo a contratação do trabalhador pela empresa tomadora ou cliente ao fim do prazo em que tenha sido colocado à sua disposição pela empresa de trabalho temporário.

6. (ESAF- Juiz do Trabalho Substituto - TRT 7ª Região – 2005) Justifica-se a celebração de contrato de trabalho temporário para atender à necessidade transitória de substituição de seu pessoal regular e permanente ou a acréscimo extraordinário de serviços, devendo a duração desse contrato não exceder três meses, facultada uma prorrogação, por idêntico prazo, por convenção das partes.

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Art. 10 da lei 6.019/74 O contrato entre a empresa de trabalho temporário e a empresa tomadora ou cliente, com relação a um mesmo empregado, não poderá exceder de três meses, salvo autorização conferida pelo órgão do Ministério do Trabalho e Previdência Social, segundo instruções a serem baixadas pelo Departamento Nacional de Mão-de-Obra.

Transcreverei a assertiva e destacarei em vermelho o erro da assertiva: Justifica-se a celebração de contrato de trabalho temporário para atender à necessidade transitória de substituição de seu pessoal regular e permanente ou a acréscimo extraordinário de serviços, devendo a duração desse contrato não exceder três meses, facultada uma prorrogação, por idêntico prazo, por convenção das partes.

Observaram acima que o erro está apenas na expressão “por convenção das partes”, uma vez que o art. 10 da Lei 6.019/74 estabelece 3 meses com possibilidade de prorrogação por autorização do Ministério do Trabalho.

Portanto está incorreta a assertiva.

Ainda sobre trabalho temporário, apesar de não ter sido objeto desta questão, vale a pena relembrar o art. 12 da referida lei, pois ele é muito abordado em provas de concursos.

O art. 12 trata dos direitos do trabalhador temporário. É importante frisar que apesar do art. 12 não mencionar o FGTS, o trabalhador temporário terá direito ao FGTS, uma vez que a Lei 8.036/90 prevê tal direito.

Não há direito ao aviso prévio quando ocorrer a terminação do contrato de trabalho temporário.

Art. 12 da Lei 6019/74 Ficam assegurados ao trabalhador temporário os seguintes direitos:

a) remuneração equivalente à percebida pelos empregados de mesma categoria da empresa tomadora ou cliente, calculados à base horária, garantida, em qualquer hipótese, a percepção do salário mínimo regional;

b) jornada de oito horas, remuneradas as horas extraordinárias não excedentes de duas, com acréscimo de 20% (vinte por cento);

c) férias proporcionais, nos termos do artigo 25 da Lei nº 5107, de 13 de setembro de 1966;

d) repouso semanal remunerado;

e) adicional por trabalho noturno;

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f) indenização por dispensa sem justa causa ou término normal do contrato, correspondente a 1/12 (um doze avos) do pagamento recebido; (em desuso, vale a indenização pelo FGTS)

g) seguro contra acidente do trabalho;

h) proteção previdenciária nos termos do disposto na Lei Orgânica da Previdência Social, com as alterações introduzidas pela Lei nº 5.890, de 8 de junho de 1973 (art. 5º, item III, letra "c" do Decreto nº 72.771, de 6 de setembro de 1973).

§ 1º - Registrar-se-á na Carteira de Trabalho e Previdência Social do trabalhador sua condição de temporário.

§ 2º - A empresa tomadora ou cliente é obrigada a comunicar à empresa de trabalho temporário a ocorrência de todo acidente cuja vítima seja um assalariado posto à sua disposição, considerando-se local de trabalho, para efeito da legislação específica, tanto aquele onde se efetua a prestação do trabalho, quanto a sede da empresa de trabalho temporário.

É importante mencionar que o trabalhador temporário é empregado da empresa de trabalho temporário que pode ser física ou jurídica urbana e que quando houver falência da empresa prestadora ou intermediadora do trabalho temporário a tomadora responderá solidariamente.

Art. 16 da Lei 6019/74 - No caso de falência da empresa de trabalho temporário, a empresa tomadora ou cliente é solidariamente responsável pelo recolhimento das contribuições previdenciárias, no tocante ao tempo em que o trabalhador esteve sob suas ordens, assim como em referência ao mesmo período, pela remuneração e indenização previstas nesta Lei.

Art. 18 da Lei 6019/74 É vedado à empresa do trabalho temporário cobrar do trabalhador qualquer importância, mesmo a título de mediação, podendo apenas efetuar os descontos previstos em Lei.

Parágrafo único. A infração deste artigo importa no cancelamento do registro para funcionamento da empresa de trabalho temporário, sem prejuízo das sanções administrativas e penais cabíveis.

7. (ESAF- Juiz do Trabalho Substituto - TRT 7ª Região – 2005) Entre os direitos conferidos aos trabalhadores temporários destaca-se a remuneração equivalente à percebida pelos empregados de mesma categoria da empresa tomadora ou cliente.

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De fato o trabalhador temporário terá direito terá direito a receber a remuneração equivalente a percebida pelos empregados da mesma categoria, conforme o art. 12 da lei 6.019/74, comentado na questão anterior. A assertiva está correta.

Art. 12 da Lei 6019/74 Ficam assegurados ao trabalhador temporário os seguintes direitos:

a) remuneração equivalente à percebida pelos empregados de mesma categoria da empresa tomadora ou cliente, calculados à base horária, garantida, em qualquer hipótese, a percepção do salário mínimo regional;

A pessoa física que exerce por conta própria determinada atividade é o trabalhador autônomo que se diferencia da figura do empregado, por trabalhar de forma autônoma sem a subordinação jurídica que é inerente à relação de emprego.

Portanto, o pequeno empreiteiro não pode ser considerado empregado, mas sim trabalhador autônomo quando trabalhar sem subordinação e correndo os riscos do negócio (alteridade).

Ao passo que o chapa é aquele, por exemplo, que descarrega caminhões, e não poderá ser considerado um trabalhador avulso, porque ele é um trabalhador eventual. Portanto está incorreta a assertiva.

O trabalhador temporário é considerado empregado da empresa prestadora de serviços e será permitida a terceirização de atividade fim sem descaracterizar a intermediação de mão-de-obra realizada através da empresa interposta (Súmula 331, I do TST). Sendo, portanto terceirizado, a relação da qual ele participa será trilateral.

8. (ESAF- Advogado – IRB – 2004) São titulares da relação de emprego: o pequeno empreiteiro contratado para a execução de serviços de reforma residencial, sem o auxílio de terceiros e o trabalhador avulso, qualificado como chapa, que manterá relação de emprego quando seus serviços forem solicitados com habitualidade pela mesma pessoa natural ou jurídica.

9. (ESAF – Auditor Fiscal do Trabalho/2006) O trabalho temporário não é considerado terceirizado porque a relação justrabalhista de que participa é bilateral.

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É bom esclarecer o termo relação justrabalhista, ele significa dizer que é uma relação cujo direito a ser assegurado às partes envolvidas é o direito do trabalho. E a relação bilateral é uma relação entre duas pessoas, por exemplo, empregado e empregador. Já a relação trilateral ocorrerá quando existir uma terceira pessoa entre eles, como, por exemplo, a terceirização.

Portanto está incorreta a assertiva.

O art. 3º, parágrafo 2º da Lei 5.889/73 estabelece a possibilidade de formação de grupo econômico no meio rural bem como a responsabilidade solidária de todas as empresas integrantes do grupo econômico. Observem que esta questão não é difícil porque abrange apenas a interpretação literal do artigo mencionado.

Portanto está correta a assertiva.

Observem que o art. 2º da CLT fala assumindo os riscos da atividade econômica e não dividindo como estabelece a assertiva. Portanto está incorreta a assertiva.

Art. 2º da CLT - Considera-se empregador a empresa, individual ou coletiva, que, assumindo os riscos da atividade econômica, admite, assalaria e dirige a prestação pessoal de serviço.

§ 1º - Equiparam-se ao empregador, para os efeitos exclusivos da relação de emprego, os profissionais liberais, as instituições de beneficência, as associações recreativas ou outras instituições sem fins lucrativos, que admitirem trabalhadores como empregados.

10. (ESAF – Juiz do Trabalho/2005) Por força de regra estabelecida na lei que disciplina o vínculo de emprego rural, sempre que uma ou mais empresas, embora tendo cada uma delas personalidade jurídica própria, estiverem sob a direção, controle ou administração de outra, ou ainda quando, mesmo guardando cada uma sua autonomia, integrem grupo econômico ou financeiro rural, serão responsáveis solidariamente nas obrigações decorrentes da relação de emprego.

11. (ESAF - Técnico Judiciário - TRT - 7ª Região – 2003) De acordo com a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), considera-se empregador a empresa, individual ou coletiva, que, dividindo os riscos da atividade econômica com seus prestadores, com a concessão de gratificação de participação nos lucros e resultados, admite e remunera a prestação pessoal de serviços.

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§ 2º - Sempre que uma ou mais empresas, tendo, embora, cada uma delas, personalidade jurídica própria, estiverem sob a direção, controle ou administração de outra, constituindo grupo industrial, comercial ou de qualquer outra atividade econômica, serão, para os efeitos da relação de emprego, solidariamente responsáveis a empresa principal e cada uma das subordinadas.

A teoria que prevaleceu para determinar o que seja o trabalho não-eventual é a teoria dos fins da empresa e ela caracteriza-se por considerar como trabalho não-eventual aquele que for prestado em caráter contínuo, não esporádico e permanente, no qual o empregado insere-se nos fins sociais desenvolvidos pela empresa.

Assim, a bilheteira de um cinema do interior será considerada trabalhadora não-eventual, mesmo que trabalhe apenas nos finais de semana, na hipótese do cinema somente funcionar nos finais de semana. Este é o clássico exemplo que a doutrina cita para definir a teoria dos fins da empresa.

Trabalhador eventual é a pessoa física que presta serviços ocasionalmente a uma ou mais empresas sem relação de emprego. Portanto as normas da CLT não se aplicam a ele.

Gostaria de chamar a atenção de vocês para o fato da banca estar indicando mais uma vez o caminho errado e dificultando um raciocínio jurídico sobre o tema. Observem que a teoria dos fins da empresa não conceitua o trabalhador eventual, apesar de a forma como a assertiva foi redigida nos deixar em dúvida quanto a isso.

Portanto está incorreta esta assertiva.

12. (ESAF – Procurador da Fazenda Nacional – 2007) A teoria dos fins da empresa define o trabalhador eventual como sendo aquele prestador de serviços que não se vincula especificamente a apenas um tomador de serviços, mas oferecendo sua força de trabalho de modo concomitante e indiscriminado a vários tomadores.

13. (ESAF - Procurador da Fazenda Nacional – 2007) Via de regra, na prestação de serviços de forma autônoma, o prestador assume os riscos inerentes à prestação laborativa, daí porque pode-se afirmar que tal panorama constitui simples conseqüência contratual, e não requisito essencial da relação.

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O que distingue o trabalhador autônomo do empregado é a subordinação jurídica na prestação dos serviços e não o simples fato da assunção dos riscos inerentes à prestação de serviços. Por isso, a assunção dos riscos é conseqüência e não requisito.

Assim, está correta a assertiva.

A pessoalidade é uma coisa e a subordinação é outra, o fato do trabalhador ter que prestar os seus serviços de forma pessoal, ou seja, não podendo fazer-se substituir por outrem não significa que ele estará subordinado ao tomador de seus serviços.

Através de um exemplo vocês poderão entender melhor, observem.

Exemplificando: José é um pintor renomado e foi contratado pela empresa XXX para pintar as sua sede, no ato da contratação foi combinado, que ele deveria pintar pessoalmente as instalações da empresa não podendo delegar a ninguém tal tarefa. Porém, ele poderia decidir o dia em que pintaria e a cor que quisesse utilizar, bem como a marca da tinta.

Sendo assim, não há subordinação apesar de haver pessoalidade na prestação dos serviços de José.

Portanto a assertiva está incorreta.

Os profissionais liberais e as associações recreativas são equiparados ao empregador para os efeitos da relação de emprego quando admitirem trabalhadores como empregados, segundo o parágrafo 1º do art. 2º da CLT.

Art. 2º CLT Considera-se empregador a empresa, individual ou coletiva, que assumindo os riscos da atividade econômica, admite, assalaria e dirige a prestação pessoal de serviços.

14. (ESAF – Procurados da Fazenda Nacional – 2007) A prestação de serviços de forma autônoma pode ser pactuada mediante cláusula de severa pessoalidade. A par disso, tem-se que tal circunstância resulta prejudicada a total ausência de subordinação por parte do prestador de serviço.

15. (ESAF – Auditor Fiscal do Trabalho– 2003) Considera-se empregador as associações recreativas que, mesmo não objetivando lucro, contratam trabalhadores avulsos.

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Parágrafo 1º Equipara-se ao empregador, para os efeitos exclusivos da relação de emprego, os profissionais liberais, as instituições de beneficência, as associações recreativas ou outras instituições sem fins lucrativos, que admitirem trabalhadores como empregados.

Porém, os trabalhadores avulsos não são considerados empregados, porque possuem relação de trabalho e não de emprego com o tomador dos serviços.

Trabalho Avulso é aquele que é prestado por uma pessoa física sem vínculo empregatício, de natureza urbana ou rural, a diversas empresas, sendo sindicalizado ou não, com interferência obrigatória do Sindicato profissional ou do órgão gestor de mão-de-obra.

Portanto a assertiva está incorreta.

A costureira tendo o seu trabalho controlado em razão das cotas de

produção e qualidade das peças está subordinada à empresa de confecção, sendo, portanto empregada.

Trata-se da figura do trabalhador a domicílio prevista no art. 6º da CLT. Portanto a assertiva está incorreta.

Art. 6º da CLT Não se distingue entre o trabalho realizado no estabelecimento do empregador e o executado no domicílio do empregado, desde que esteja caracterizada a relação de emprego.

De acordo com a Súmula 386 do TST, o policial militar terá o vínculo de emprego reconhecido com a empresa privada. Está incorreta a assertiva.

16. (ESAF – Auditor Fiscal do Trabalho – 2003) Não é considerada empregada a costureira que presta serviços em seu domicílio a determinada empresa de confecção, comparecendo uma vez por semana à sede da empresa, tendo seu trabalho controlado em razão das cotas de produção estabelecidas e da qualidade das peças produzidas.

17. (ESAF – Auditor Fiscal do Trabalho – 2006) Considerando o regime próprio a que é submetido o policial militar, mesmo que preenchidos os requisitos legais, não é viável o reconhecimento de vinculo de emprego com empresa privada, especialmente porque a concomitância de prestação de serviços pode dar ensejo a certa penalidade disciplinar.

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Súmula 386 do TST - POLICIAL MILITAR. RECONHECIMENTO DE VÍNCULO EMPREGATÍCIO COM EMPRESA PRIVADA. Preenchidos os requisitos do art. 3º da CLT, é legítimo o reconhecimento de relação de emprego entre policial militar e empresa privada, independentemente do eventual cabimento de penalidade disciplinar prevista no Estatuto do Policial Militar.

Esta assertiva traz a figura do empregado doméstico, cujo trabalho está previsto no art. 1º da Lei 5.859/72, sendo considerado empregado quando prestar serviços com a presença dos elementos caracterizadores da relação de emprego.

Art. 1º da Lei 5.859/72 Ao empregado doméstico, assim considerado aquele que presta serviços de natureza contínua e de finalidade não lucrativa à pessoa ou a família no âmbito residencial desta.

O mordomo será considerado empregado doméstico quando prestar serviços, com a presença dos requisitos da relação de emprego, à família no âmbito residencial dela.

Podemos citar outros exemplos de empregados domésticos, como a babá, o motorista, o jardineiro, o piloto de avião e de helicóptero, etc.

Lembrem-se que a presença dos requisitos da relação de emprego e a finalidade não lucrativa do empregador com os serviços prestados pelo empregado doméstico é que caracterizarão a relação de emprego entre as partes.

Está incorreta a assertiva.

A figura sucessória trabalhista faz operar a imediata e automática assunção dos contratos trabalhistas pelo novo empregador, então, o novo titular passa a responder pelas repercussões presentes, passadas e futuras dos contratos de trabalho transferidos.

18. (ESAF – Auditor Fiscal do Trabalho – 2003) Não é considerado empregado o trabalhador que presta serviços como mordomo em determinada residência familiar, de forma pessoal, contínua e onerosa.

19. (ESAF – Auditor Fiscal do Trabalho – 2006) A figura sucessória trabalhista faz operar a imediata e automática assunção dos contratos trabalhistas pelo novo empregador, então, o novo titular passa a responder pelas repercussões presentes e futuras dos contratos de trabalho transferidos, ressalvando-se, porém, as passadas, cujas hipóteses tenham-se consolidado ao tempo em que se fazia presente o antigo titular do empreendimento.

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A Sucessão de empresas ou sucessão trabalhista ou alteração subjetiva do contrato de trabalho é a figura regulada nos artigos 10 e 448 da CLT. Incorreta a assertiva.

Art. 10 da CLT - Qualquer alteração na estrutura jurídica da empresa não afetará os direitos adquiridos por seus empregados.

Art. 448 da CLT - A mudança na propriedade ou na estrutura jurídica da empresa não afetará os contratos de trabalho dos respectivos empregados.

Os principais requisitos para configurar a sucessão trabalhista são: a) que uma unidade econômica- jurídica seja transferida de um para outro titular; b) que não haja solução de continuidade na prestação de serviços pelo obreiro.

Quando permanecer a subordinação jurídica do empregado eleito diretor de Sociedade, o tempo de serviço deste período será computado, em que pese o fato do contrato de trabalho estar suspenso.

Para responder esta assertiva com acerto, o candidato deveria ter o conhecimento da Súmula 269 do TST.

Incorreta a assertiva

Súmula 269 do TST O empregado eleito para ocupar cargo de diretor tem o respectivo contrato de trabalho suspenso, não se computando o tempo de serviço desse período, salvo se permanecer a subordinação jurídica inerente à relação de emprego.

---------------------------------------------------------------------------------------- Gabarito:

1. Certa 2. Certa 3. Errada 4. Certa 5. Certa 6. Errada 7. Certa 8. Errada 9. Errada 10. Certa 11. Errada 12. Errada 13. Certa 14. Errada 15. Errada 16. Errada 17. Errada 18. Errada 19. Errada 20. Errada

----------------------------------------------------------------------------------------

20. (ESAF – Auditor Fiscal do Trabalho – 2006) Independentemente da permanência dos traços concernentes à subordinação jurídica, o empregado eleito para ocupar cargo de diretor tem o contrato de trabalho suspenso, motivo pelo qual não há cômputo do período em questão como tempo de serviço.

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1.3. Prova Comentada:

Questão 16: Marque a opção correta. a) Em face da cláusula constitucional da não-discriminação, a possibilidade de ajuste tácito, consensual e não solene para a formação do contrato de emprego, e respectiva projeção dos seus efeitos, estende-se a todos os ofícios e profissões. b) O contrato de trabalho tem natureza jurídica essencialmente privada, salvo quando o Estado é um dos sujeitos pactuantes, em face das prerrogativas processuais que lhe confere a legislação brasileira. c) O menor de 18 anos, conforme previsto na Constituição, não pode, em razão da sua incapacidade, prestar serviços, nem receber por eles, em período noturno ou em circunstâncias perigosas ou insalubres. d) É possível reconhecer-se a condição de empregado, com cômputo do tempo de serviço, ao eleito para ocupar cargo de diretor quando, a despeito da nova posição ocupada na estrutura hierárquica da empresa, ainda se fizerem presentes os traços característicos da subordinação jurídica. e) Para a configuração do grupo econômico, ou do chamado “empregador único”, que atrai a hipótese de responsabilidade solidária pelos créditos trabalhistas, é necessário a prova do nexo relacional entre as empresas, nos formatos previstos pelo Direito Comercial e pelo Direito Empresarial, como no caso dos consórcios, holdings e pool de empresas.

Comentários: a) Incorreta. Isto porque há contratos especiais de trabalho que deverão ser obrigatoriamente escritos, como, por exemplo, o contrato do atleta, do artista e do aprendiz (art. 428 da CLT). b) Incorreta. O contrato de trabalho sempre terá a natureza jurídica de direito privado. c) Incorreta. O trabalho do menor de 18 anos em condições insalubres, perigosas ou em horário noturno é considerado um trabalho proibido, uma vez que a CF/88 veda este tipo de trabalho. Isto não significa que quando o empregado prestar trabalho nestas condições, ele deixará de receber por ele. É importante a distinção entre trabalho ilícito e trabalho proibido, uma vez que o trabalho ilícito possui objeto ilícito (apontador de jogo de bicho, por exemplo) e por isso, o trabalhador não receberá por ele. d) Correta. A assertiva segue o entendimento sumulado do TST.

Súmula 269 O empregado eleito para ocupar cargo de diretor tem o respectivo contrato de trabalho suspenso, não se computando o tempo de serviço desse período, salvo se permanecer a subordinação jurídica inerente à relação de emprego. e) Incorreta. Não há necessidade de prova da relação entre as empresas nos formatos do direito comercial ou empresarial.

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Questão 17: Assinale a opção correta. a) Constituem requisitos para a caracterização da relação de emprego a pessoalidade e a exclusividade na prestação dos serviços. b) O afastamento do empregado nos dias em que estiver comprovadamente realizando provas de exame vestibular para ingresso em estabelecimento de ensino superior ou quando tiver que comparecer em juízo gera a interrupção do contrato de trabalho. c) A partir do afastamento do serviço para tratamento de saúde, em face de doença ou de acidente, independentemente de guardar relação de causalidade com os serviços prestados, o empregado tem o respectivo contrato de trabalho suspenso. d) A subordinação que define e caracteriza a existência da relação de emprego é a econômica, fundada no reconhecimento jurídico-institucional da hipossuficiência material do trabalhador. e) A suspensão do empregado por prazo superior a 30 dias consecutivos, fundamentada em punição disciplinar, não prejudica a fluência do contrato de trabalho.

Comentários: a) Incorreta. A exclusividade não é requisito da relação de emprego. Os requisitos da relação de emprego são: a pessoalidade, a onerosidade, a alteridade, a não- eventualidade, a subordinação jurídica e que o trabalho seja prestado por uma pessoa física. b) Correta. (art. 473, VII e VIII da CLT) c) Incorreta. Os primeiros 15 dias de afastamento do empregado configuram a interrupção do contrato de trabalho. Somente a partir do 16º dia de afastamento é que o contrato de trabalho ficará suspenso. d) Incorreta. A subordinação é jurídica. A subordinação econômica ou técnica não são requisitos da relação de emprego. e) Incorreta. A suspensão do empregado por mais de 30 dias consecutivos importará em rescisão injusta do contrato de trabalho (art. 474 da CLT).

Questão 18: Assinale a opção correta. a) É equiparada ao empregador rural, a pessoa física ou jurídica que, de forma habitual, em caráter profissional, e por conta de terceiros, execute serviços de natureza agrária, mediante utilização do trabalho de outrem. b) A legislação trabalhista estabelece expressamente a possibilidade de distinções relativas à espécie de emprego e à condição de trabalhador e entre o trabalho intelectual, técnico e manual. c) De acordo com a jurisprudência do Tribunal Superior do Trabalho, é ilícito o desconto salarial do trabalhador frentista, referente à devolução de cheques sem fundos, ainda quando deixa de observar as recomendações previstas em instrumento coletivo, tendo em vista que o desconto descaracterizaria a alteridade própria da figura do empregador.

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d) De acordo com a jurisprudência do Tribunal Superior do Trabalho, a prestação de serviços a mais de uma empresa do mesmo grupo econômico, durante a mesma jornada de trabalho, caracteriza a coexistência de mais de um contrato de trabalho. e) Não se equipara ao empregador rural a pessoa física ou jurídica, proprietária ou não, que explore atividade industrial em estabelecimento agrário não compreendido na Consolidação das Leis do Trabalho.

Comentários: a) Correta. A referida lei traz o conceito de empregador rural como sendo a pessoa física ou jurídica, proprietária ou não que explore atividade agroeconômica, em caráter permanente ou temporário, diretamente ou através de prepostos. No seu art. 4º ela traz o conceito de empregador rural equiparado.

Art. 3º da Lei 5.889/7 Considera-se empregador, rural, para os efeitos desta Lei, a pessoa física ou jurídica, proprietário ou não, que explore atividade agro-econômica, em caráter permanente ou temporário, diretamente ou através de prepostos e com auxílio de empregado.

§ 1º Inclui-se na atividade econômica, referida no "caput" deste artigo, a exploração industrial em estabelecimento agrário não compreendido na Consolidação das Leis do Trabalho.

Art. 4º da Lei 5.889/73 Equipara-se ao empregador rural, a pessoa física ou jurídica que, habitualmente, em caráter profissional, e por conta de terceiros, execute serviços de natureza agrária, mediante utilização do trabalho de outrem.

b) Incorreta. Isto porque o parágrafo único do art. 3º a CLT proíbe a distinção entre as espécies de emprego, a condição de trabalhador e entre o trabalho intelectual, técnico e manual.

c) Incorreta. A OJ 251 permite o desconto salarial do frentista que recebeu cheques sem fundos quando este não observar recomendações previstas em instrumento coletivo.

OJ 251 da SDI - 1 do TST É lícito o desconto salarial referente à devolução de cheques sem fundos, quando o frentista não observar as recomendações previstas em instrumento coletivo.

d) Incorreta. A assertiva afrontou a Súmula 129 do TST ao afirmar que será considerado mais de um contrato de trabalho.

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Súmula 129 do TST A prestação de serviços a mais de uma empresa do mesmo grupo econômico, durante a mesma jornada de trabalho, não caracteriza a coexistência de mais de um contrato de trabalho, salvo ajuste em contrário.

e) Incorreta. O parágrafo 1º do art. 3º da Lei 5.889/73 estabelece que a equiparação da pessoa física ou jurídica, proprietária ou não, que explore atividade industrial em estabelecimento agrário não compreendido na CLT ao empregador rural.

Questão 19: Marque a opção correta. a) Acaso o trabalhador, durante a semana, não observe os requisitos da frequência, faltando injustificadamente ao serviço, e da pontualidade, por iniciar ou terminar o expediente fora do horário estabelecido, perderá o direito ao descanso semanal e à sua respectiva remuneração. b) Na hipótese de empregados com jornada de seis horas, em razão de cumprirem turnos ininterruptos de revezamento, iniciado o expediente às 23h e encerrado às 7h 30min, o direito ao adicional noturno se circunscreve ao período compreendido entre 22h e 5h, e, quanto às horas extras, deverão ser computadas a partir de 5 horas. c) Quando o empregado exerce a função de vigilante, na condição de “folguista”, não tem direito à jornada reduzida de 6(seis) horas, mesmo que trabalhe em vários turnos durante a semana, isso porque a natureza do seu serviço não equivale ao conceito de turno ininterrupto de revezamento, motivo pelo qual as horas extras só poderão ser computadas a partir da 8ª (oitava diária) e 44ª (quadragésima quarta) semanal. d) O motorista de caminhão que cumpre jornada predominantemente externa não é destinatário das regras pertinentes à limitação da jornada de trabalho, ainda que sofra rígido controle de horário pelo empregador, porque, nesse caso, há apenas a adoção de postura discricionária por parte do contratante dos serviços. e) Observando a alteração legislativa promovida em 1994 (Lei n. 8.966), versando sobre os empregados que não estão abrangidos pelas normas de limitação da jornada de trabalho (art. 62 da CLT), não mais se considera requisito essencial à configuração do exercício de gerência a prova do encargo de gestão, com investidura por meio de mandato legal.

Comentários: a) Incorreta. Porque o art. 6º da Lei 605/49 estabelece que o empregado que não tiver freqüência e pontualidade durante a semana perderá o direito à remuneração do repouso semanal remunerado, mas não perderá a folga.

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b) Incorreta. O adicional noturno é aplicável às prorrogações do horário noturno, de acordo com o art. 73, §5º, da CLT, bem como com o entendimento sumulado do TST (Súmula 60 do TST).

Súmula 60 do TST I - O adicional noturno pago com habitualidade integra o salário do empregado para todos os efeitos. II- Cumprida integralmente a jornada no período noturno e prorrogada esta, devido é também o adicional quanto às horas prorrogadas.

c) Incorreta. Para o enquadramento da jornada do empregado nos turnos ininterruptos de revezamento não importa a atividade em si, nem se ela é ininterrupta. A alternância de turnos pelo empregado, que trabalha no turno da manhã, no da tarde e no turno da noite é que caracterizará o trabalho em turnos ininterruptos de revezamento. Neste sentido, a OJ nº 360 do TST.

OJ 360 da SDI-1 do TST Turno ininterrupto de revezamento. Dois turnos. Horário diurno e noturno. Caracterização. Faz jus à jornada especial prevista no art. 7º XIV da CF\88 o trabalhador que exerce as suas atividades em sistema de alternância de turnos, ainda que em dois turnos de trabalho, que compreendam no todo ou em parte, o horário diurno e o noturno, pois submetido à alternância de horário prejudicial à saúde, sendo irrelevante que a atividade da empresa se desenvolva de forma ininterrupta.

d) Incorreta. O motorista somente é dispensado do controle de jornada, na forma do art. 62, I, da CLT. Quando existir um controle efetivo pelo empregador, este controle deverá ser documentado mediante controle de ponto.

e) Correta. A Lei nº 8.966/1994 alterou o art. 62, II, da CLT, passando a doutrina a entender que a exceção legal veiculada pelo dispositivo prescinde do poder de representação. Portanto, para que o empregado se enquadre na exceção do art. 62, II, da CLT, basta que tenha poderes de gestão, sendo dispensado o poder de representação.

Questão 20: Assinale a opção correta. a) A duração normal do trabalho poderá ser acrescida de horas suplementares, em número não excedente de duas, mediante acordo escrito ou tácito entre empregador e empregado, ou por contrato coletivo de trabalho. b) Os empregados sob o regime de tempo parcial poderão prestar horas extras desde que haja prévia autorização do Ministério do Trabalho.

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c) Os estabelecimentos com mais de dez trabalhadores terão obrigatoriamente sistema de anotação da hora de entrada e de saída, em registro manual, mecânico ou eletrônico, devendo haver diariamente assinalação do período de repouso, a cargo do trabalhador. d) Não serão descontadas nem computadas como jornada extraordinária as variações de horário no registro de ponto não excedentes de cinco minutos, observado o limite máximo de dez minutos diários. e) De acordo com a jurisprudência do Tribunal Superior do Trabalho, a concessão do intervalo para repouso e alimentação, dentro de cada turno, ou o intervalo para descanso semanal, descaracteriza o sistema de turnos ininterruptos de revezamento previsto na Constituição.

Comentários: a) Incorreta. Segundo o art. 59, caput da CLT o acordo de prorrogação de jornada deve ser necessariamente escrito.

b) Incorreta. Os empregados sob o regime de tempo parcial (art. 58-A da CLT) jamais poderão prestar horas extras (art. 59, §4º, da CLT), sendo que inexiste a possibilidade de autorização do MTE para tal.

c) Incorreta. Não há necessidade de que o empregado assinale diariamente o intervalo intrajornada. O horário de repouso (intervalo intrajornada) deve ser apenas pré-assinalado (art. 74, §2º, da CLT),

d) Correta. (art. 58, §1º, da CLT).

e) Incorreta. A assertiva afrontou a Súmula nº 360 do TST, observem:

Súmula 360 do TST A interrupção do trabalho destinada a repouso e alimentação, dentro de cada turno, ou o intervalo para repouso semanal, não descaracteriza o turno de revezamento com jornada de 6 (seis) horas previsto no art. 7º, XIV, da CF/1988.

Questão 21: Certo empregado celebrou, com o respectivo empregador, acordo escrito de compensação de jornada. Entretanto, após a pactuação, o acordo foi reiteradamente descumprido, diante da prestação habitual de horas extras, inclusive acima do limite previsto no acordo, sem que houvesse qualquer compensação de horário. Considerando as normas relativas à jornada de trabalho, à situação hipotética descrita e a jurisprudência do Tribunal Superior do Trabalho, assinale a opção correta. a) O acordo de compensação de jornada poderia ter sido firmado tacitamente entre empregado e empregador, o que não afetaria sua validade.

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b) A prestação habitual de horas extras descaracteriza o acordo de compensação de horário, tendo o empregado direito ao pagamento como horas extraordinárias das que ultrapassarem a duração semanal normal. c) É requisito de validade do acordo de compensação de jornada a previsão de que, em caso de não-compensação das horas excedentes, o empregado terá direito a percebê-las com o adicional de no mínimo 75% (setenta e cinco por cento) do valor da hora normal de trabalho. d) O acordo individual de compensação de horário é inválido, exigindo a legislação pertinente à celebração via convenção ou acordo coletivo de trabalho. e) Em caso de força maior para atender à realização ou conclusão de serviços inadiáveis, poderá o empregador exigir horas extras do empregado, além do limite legal, contratual ou convencional, desde que haja previsão nesse sentido em convenção ou acordo coletivo de trabalho.

Comentários: a) Incorreta. O acordo de compensação de jornada deve ser firmado expressamente, e por escrito, conforme art. 59, §2º, da CLT.

b) Correta. É o que diz o inciso IV da Súmula 85 do TST.

Súmula 85 do TST IV. A prestação de horas extras habituais descaracteriza o acordo de compensação de jornada. Nesta hipótese, as horas que ultrapassarem a jornada semanal normal deverão ser pagas como horas extraordinárias e, quanto àquelas destinadas à compensação, deverá ser pago a mais apenas o adicional por trabalho extraordinário.

c) Incorreta. O art. 59, §§ 2º e 3º, da CLT estabelece que as horas não compensadas deverão ser pagas como extraordinárias, mas não há menção a adicional superior ao mínimo legal, que é de 50%.

d) Incorreta. Porque a Súmula 85, II do TST estabelece que é válido o acordo de compensação ajustado de forma individual.

Súmula 85 do TST I. A compensação de jornada de trabalho deve ser ajustada por acordo individual escrito, acordo coletivo ou convenção coletiva. II. O acordo individual para compensação de horas é válido, salvo se houver norma coletiva em sentido contrário. III. O mero não-atendimento das exigências legais para a compensação de jornada, inclusive quando encetada mediante acordo tácito, não implica a repetição do pagamento das horas excedentes à jornada normal diária, se não dilatada a jornada máxima semanal, sendo devido apenas o respectivo adicional.

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IV. A prestação de horas extras habituais descaracteriza o acordo de compensação de jornada. Nesta hipótese, as horas que ultrapassarem a jornada semanal normal deverão ser pagas como horas extraordinárias e, quanto àquelas destinadas à compensação, deverá ser pago a mais apenas o adicional por trabalho extraordinário.

É importante lembrar que foi inserido o inciso V na súmula 85 do TST.

e) Incorreta. As horas extras podem ser compulsoriamente exigidas pelo empregador, independentemente de qualquer acordo prévio ou previsão em norma coletiva, nos termos do art. 61, caput, da CLT.

Questão 22: Assinale a opção correta. a) A legislação considera trabalho em regime de tempo parcial aquele cuja duração não exceda a vinte horas semanais. b) De acordo com a jurisprudência do Tribunal Superior do Trabalho, inexistindo instrumento coletivo fixando jornada diferente, o empregado horista submetido a turno ininterrupto de revezamento tem jus ao pagamento apenas do adicional das horas extraordinárias trabalhadas além da 6ª diária. c) O adicional noturno, inclusive quando pago com habitualidade, detém natureza indenizatória, tendo em vista que tem por objetivo compensar o desgaste do trabalhador que se ativa em horário biologicamente destinado a descanso. d) O tempo despendido pelo empregado até o local de trabalho e para o seu retorno, por qualquer meio de transporte, não será computado na jornada de trabalho, salvo quando, tratando-se de local de difícil acesso ou não servido por transporte público, o empregador fornecer a condução. Para esse fim, considera-se de difícil acesso o local de trabalho quando há mera insuficiência de transporte público. e) Para os empregados que trabalham por dia, semana, quinzena ou mês, a remuneração do repouso semanal corresponderá à de um dia de serviço, computadas as horas extraordinárias habitualmente prestadas.

Comentários: a) Incorreta. O artigo 58-A da CLT considera como trabalho a tempo parcial aquele cuja duração não poderá exceder a 25 horas semanais.

b) Incorreta. A OJ 275 da SDI – 1 do TST estabelece que o empregado horista que estiver submetido a turnos ininterruptos de revezamento fará jus ao pagamento das horas trabalhadas acrescidas além da sexta, bem como do respectivo adicional.

c) Incorreta. O adicional noturno tem natureza salarial e não indenizatória como menciona a assertiva.

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d) Incorreta. A Súmula 90, III do TST estabelece que a mera insuficiência de transporte público não enseja o pagamento das horas in itinere.

Súmula 90 TST III- A mera insuficiência de transporte público não enseja o pagamento de “horas in itinere”.

e) Correta. (art. 7º, “a”, da Lei nº 605/1949) A Súmula 172 do TST estabelece que as horas extras habitualmente prestadas serão computadas no cálculo do repouso semanal remunerado.

Questão 23: Assinale a opção correta. a) Para o cálculo das férias, deve ser considerada a média dos salários fixos apurada durante o período aquisitivo, com integração, também, pela média duodecimal, de outras parcelas de caráter salarial recebidas habitualmente. b) Pode-se considerar “salário normativo” tanto o menor parâmetro (valor) definido para certa categoria profissional, por meio de sentença normativa ou de convenção ou de acordo coletivo de trabalho, como a equivalência de remuneração entre o trabalhador temporário e os empregados da mesma categoria da empresa tomadora dos serviços temporários. c) São características do salário: o caráter alimentar e forfetário, a disponibilidade relativa, a irrenunciabilidade, a periodicidade, a intermitência, a tendência à determinação autônoma e a pós-numeração. d) Tanto no cálculo das férias como da gratificação natalina, deve ser considerada a integração, pela média, das gorjetas, porquanto, embora pagas por terceiros, compõem a remuneração do trabalhador. e) O décimo terceiro salário é direito de todo empregado, incluindo os trabalhadores domésticos e os rurícolas, mas não é devido no caso dos safristas informalmente contratados e na hipótese de rescisão contratual por culpa recíproca.

Comentários: a) Incorreta. Porque afronta o art. 142 da CLT.

b) Incorreta. A assertiva está errada em sua parte final, uma vez que a equivalência da remuneração entre o trabalhador temporário e os empregados da mesma categoria da empresa tomadora dos serviços temporários denomina-se “salário equitativo”, segundo o jurista Maurício Godinho Delgado.

c) Incorreta. Porque a disponibilidade relativa não é característica do salário. A lei estabelece mecanismos de proteção ao salário, de forma que sequer o próprio trabalhador pode dispor de seu direito ao salário.

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d) Correta. Porque tanto as férias quanto o décimo terceiro são calculados sobre a remuneração, e não sobre o salário do empregado. (art. 142 da CLT e o art. 1º, §1º, da Lei nº 4.090/1962).

e) Incorreta. O décimo terceiro salário é devido aos safristas e, em caso de culpa recíproca é devido o décimo terceiro salário proporcional, reduzido à metade (Súmula 14 do TST).

Súmula 14 do TST Reconhecida a culpa recíproca na rescisão do contrato de trabalho (art. 484 da CLT), o empregado tem direito a 50% (cinqüenta por cento) do valor do aviso prévio, do décimo terceiro salário e das férias proporcionais.

Questão 24: Assinale a opção incorreta. a) O trabalhador transferido, por ato unilateral do empregador, para local mais distante de sua residência, tem direito a suplemento salarial correspondente ao acréscimo da despesa de transporte. b) Observado o princípio protetivo, na hipótese de coexistência de dois regulamentos da empresa, cujas cláusulas revoguem ou alterem vantagens deferidas, o empregado poderá optar, com efeitos ex nunc, por um deles, mas sua desistência será retratável, acaso se comprove que a escolha ocorreu sobre normas menos favoráveis. c) As faltas ou ausências decorrentes de acidente do trabalho não são consideradas para os efeitos de duração de férias, salvo se o trabalhador tiver percebido da Previdência Social prestações de acidente do trabalho ou de auxílio doença por mais de seis meses, embora descontínuos. d) A remuneração percebida pelo empregado à época da propositura da ação na Justiça do Trabalho serve de base de cálculo para as férias não concedidas no tempo oportuno. e) A contribuição para o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) incide sobre a remuneração mensal devida ao empregado, inclusive adicionais eventuais.

Comentários: a) Correta. O empregado transferido por ato unilateral do empregador, para local mais distante de sua residência, tem direito a suplemento salarial correspondente ao acréscimo da despesa de transporte (Súmula 29 TST)

Súmula 29 do TST Empregado transferido, por ato unilateral do empregador, para local mais distante de sua residência, tem direito a suplemento salarial correspondente ao acréscimo da despesa de transporte.

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b) Incorreta. (Súmula 51 do TST).

Súmula 51 do TST I - As cláusulas regulamentares, que revoguem ou alterem vantagens deferidas anteriormente, só atingirão os trabalhadores admitidos após a revogação ou alteração do regulamento. II - Havendo a coexistência de dois regulamentos da empresa, a opção do empregado por um deles tem efeito jurídico de renúncia às regras do sistema do outro.

c) Correta. (art. 130, c/c o art. 131, III, c/c o art. 133, IV da CLT).

d) Correta. A Súmula 7 do TST estabelece como base de cálculo para as férias indenizadas a remuneração devida ao empregado na época da reclamação ou quando ocorrer extinção do contrato.

Súmula 7 do TST A indenização pelo não-deferimento das férias no tempo oportuno será calculada com base na remuneração devida ao empregado na época da reclamação ou, se for o caso, na da extinção do contrato.

e) Correta (Súmula 63 do TST).

Súmula 63 do TST A contribuição para o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço incide sobre a remuneração mensal devida ao empregado, inclusive horas extras e adicionais eventuais.

Questão 25: Acerca do instituto das férias, é correto afirmar: a) a depender da livre conveniência do empregador e da necessidade do trabalho, serão as férias concedidas sem dois períodos, um dos quais não poderá ser inferior a 10 (dez) dias corridos. b) o abono de férias concedido na forma da lei, bem como o decorrente de cláusula do contrato de trabalho, do regulamento empresarial, de convenção ou acordo coletivo de trabalho integrarão a remuneração do empregado, independentemente do valor e para todos os fins. c) independentemente do tempo de serviço, havendo cessação do contrato de trabalho, qualquer que seja sua causa, será devido ao empregado a remuneração em dobro correspondente ao período de férias cujo direito tenha adquirido. d) a concessão das férias suspende o contrato de trabalho, de forma que o período respectivo não é computado como tempo de serviço. e) poderão ser concedidas férias coletivas a todos os empregados de uma empresa ou de determinados estabelecimentos ou setores, e os empregados contratados há menos de 12 (doze) meses gozarão, na oportunidade, férias proporcionais, iniciando-se, então, novo período aquisitivo.

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Comentários: a) Incorreta. Porque as férias devem ser concedidas, em regra, em um único período (art. 134 da CLT). Apenas excepcionalmente admite-se a concessão em dois períodos, quando então é correto dizer que um deles não poderá ser inferior a 10 dias corridos.

Art. 134 da CLT As férias serão concedidas por ato do empregador, em um só período, nos 12 (doze) meses subseqüentes à data em que o empregado tiver adquirido o direito.

§ 1º - Somente em casos excepcionais serão as férias concedidas em 2 (dois) períodos, um dos quais não poderá ser inferior a 10 (dez) dias corridos.

§ 2º - Aos menores de 18 (dezoito) anos e aos maiores de 50 (cinqüenta) anos de idade, as férias serão sempre concedidas de uma só vez.

b) Incorreta. Porque o abono de férias tem natureza indenizatória, desde que limitado ao valor correspondente a vinte dias do salário, razão pela qual não integra a remuneração do empregado para quaisquer fins. (art. 144 da CLT).

c) Incorreta. As férias somente são devidas em dobro quando vencidas (art. 146 da CLT). As férias serão consideradas vencidas quando não forem concedidas nos doze meses a contar do término do período aquisitivo.

Período aquisitivo de férias são os doze meses de vigência do contrato de trabalho, no qual o empregado adquirirá o direito às férias.

Art. 137 da CLT Sempre que as férias forem concedidas após o prazo de que trata o art. 134, o empregador pagará em dobro a respectiva remuneração.

§ 1º - Vencido o mencionado prazo sem que o empregador tenha concedido as férias, o empregado poderá ajuizar reclamação pedindo a fixação, por sentença, da época de gozo das mesmas.

§ 2º - A sentença dominará pena diária de 5% (cinco por cento) do salário mínimo da região, devida ao empregado até que seja cumprida.

§ 3º - Cópia da decisão judicial transitada em julgado será remetida ao órgão local do Ministério do Trabalho, para fins de aplicação da multa de caráter administrativo.

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É importante destacar, embora não tenha sido abordada nesta questão, a Súmula 81 do TST que estabelece que quando os dias de férias forem gozados após o período legal de concessão o empregador deverá remunerar em dobro apenas o tempo que ultrapassar o período concessivo.

Súmula 81 do TST Os dias de férias gozados após o período legal de concessão deverão ser remunerados em dobro.

d) Incorreta. As férias configuram hipótese de interrupção contratual, em que não há prestação de serviço, mas há remuneração e contagem do tempo de serviço.

Art. 130 da CLT - Após cada período de 12 (doze) meses de vigência do contrato de trabalho, o empregado terá direito a férias, na seguinte proporção: § 2º - O período das férias será computado, para todos os efeitos, como tempo de serviço.

e) Correta. (artigos 139/141 da CLT)

Art. 139 da CLT Poderão ser concedidas férias coletivas a todos os empregados de uma empresa ou de determinados estabelecimentos ou setores da empresa.

§ 1º - As férias poderão ser gozadas em 2 (dois) períodos anuais desde que nenhum deles seja inferior a 10 (dez) dias corridos.

§ 2º - Para os fins previstos neste artigo, o empregador comunicará ao órgão local do Ministério do Trabalho, com a antecedência mínima de 15 (quinze) dias, as datas de início e fim das férias, precisando quais os estabelecimentos ou setores abrangidos pela medida.

§ 3º - Em igual prazo, o empregador enviará cópia da aludida comunicação aos sindicatos representativos da respectiva categoria profissional, e providenciará a afixação de aviso nos locais de trabalho.

Art. 140 da CLT Os empregados contratados há menos de 12 (doze) meses gozarão, na oportunidade, férias proporcionais, iniciando-se, então, novo período aquisitivo.

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Art. 141 da CLT Quando o número de empregados contemplados com as férias coletivas for superior a 300 (trezentos), a empresa poderá promover, mediante carimbo, anotações de que trata o art. 135, § 1º.

§ 1º - O carimbo, cujo modelo será aprovado pelo Ministério do Trabalho, dispensará a referência ao período aquisitivo a que correspondem, para cada empregado, as férias concedidas.

§ 2º - Adotado o procedimento indicado neste artigo, caberá à empresa fornecer ao empregado cópia visada do recibo correspondente à quitação mencionada no parágrafo único do art. 145.

§ 3º - Quando da cessação do contrato de trabalho, o empregador anotará na Carteira de Trabalho e Previdência Social as datas dos períodos aquisitivos correspondentes às férias coletivas gozadas pelo empregado.

Questão 26: Marque a opção correta. a) Após o advento da Constituição de 1988, foi superada, no Direito do Trabalho, a regra geral baseada no critério da dispensa imotivada, motivo pelo qual, nos casos de contratos de duração indeterminada, com ruptura de iniciativa do empregador, há necessidade, para a sua validação, da indicação dos motivos que a ensejaram. b) Nos contratos a prazo determinado sem cláusula assecuratória do direito recíproco de rescisão, ocorrendo a chamada extinção anormal, isto é, quando há antecipação por vontade do empregador ou do empregado, não há direito ao levantamento do FGTS. c) Nos contratos a prazo indeterminado, havendo pedido de demissão do empregado, devem ser pagos o décimo terceiro salário proporcional e as férias proporcionais, acrescidas do 1/3 constitucional, mas o trabalhador perde a proteção, de que eventualmente fosse destinatário, das garantias de emprego, e ainda deve conceder aviso prévio de 30 (trinta) dias ao empregador. d) Nos contratos a prazo determinado, com cláusula assecuratória do direito recíproco de rescisão, quando há pedido de demissão do contratado, embora sejam devidas férias proporcionais, acrescidas do 1/3 constitucional, e décimo terceiro também proporcional ao período, o trabalhador indenizará o empregador dos prejuízos decorrentes do rompimento. e) Nos contratos a prazo determinado, na hipótese de antecipação empresarial em razão de justa causa do trabalhador, não são devidas parcelas trabalhistas remanescentes do período.

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Comentários: a) Incorreta. A proteção contra a dispensa arbitrária prevista no art. 7º, I, da CRFB/88, depende de lei complementar que a regulamente, o que ainda não existe. Sendo assim, não é necessário que haja a indicação dos motivos podendo o empregado seja dispensado imotivadamente.

b) Incorreta. Quando a extinção antecipada do contrato a termo, que contiver a cláusula assecuratória ocorrer por iniciativa do empregador, terá o empregado direito ao saque do FGTS.

c) Correta. As garantias de emprego protegem o empregado contra despedida arbitrária, não incidindo quando a extinção contratual se dá pela vontade do empregado.

d) Incorreta. A cláusula assecuratória do direito recíproco de rescisão do contrato por prazo determinado objetiva liberar as partes da multa dos artigos 479 e 480, respectivamente, se a extinção se deu por iniciativa do empregador ou do empregado. Quando a extinção antecipada de um contrato de prazo determinado que contenha a cláusula assecuratória (art. 481 da CLT), ocorrer por iniciativa do empregado, os efeitos serão idênticos ao de um pedido de demissão.

e) Incorreta. As parcelas já adquiridas são devidas.

Questão 27: Marque a opção incorreta. a) Havia exclusão dos trabalhadores rurais do tratamento geral da CLT, mas no sistema constitucional atual há plena paridade jurídica entre os trabalhadores urbanos e os rurais, embora algumas especificidades ainda remanesçam. b) No caso dos trabalhadores rurais, é devido adicional noturno definido em 25%, nos casos em que houver labor no horário compreendido entre 21h e 5h, na agricultura, e 20h e 4h, na pecuária. c) Em se considerando as empresas de reflorestamento, os trabalhadores serão considerados rurais, inclusive para eventual contagem diferenciada do prazo prescricional, quando se ativarem no campo, exercendo tarefas próprias aos rurícolas. d) Também aos trabalhadores rurais é obrigatória a concessão de um intervalo mínimo de 1 (uma) hora para repouso e alimentação, em caso de trabalho contínuo de duração superior a 6 (seis) horas, observados os usos e costumes da região. e) No caso dos trabalhadores domésticos, o FGTS e o seguro-desemprego estão previstos em norma de caráter dispositivo, motivo pelo qual dependem de ato voluntário do empregador.

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Comentários: a) Correta. A CLT (art. 7º, “b”) excluía de sua proteção o rurícola, porém a CRFB/88 (art. 7º, caput) igualou trabalhadores urbanos e rurais quanto aos direitos trabalhistas.

b) Correta. (art. 7º da Lei nº 5.889/1973).

c) Incorreta. Segundo o entendimento da OJ 38 do TST os empregados de empresas de reflorestamento serão considerados rurais quando trabalharem no campo ou na cidade. É importante ressaltar que não há mais distinção entre o prazo prescricional do empregado rural e do empregado urbano.

OJ 38 da SDI – 1 do TST EMPREGADO QUE EXERCE ATIVIDADE RURAL. EMPRESA DE REFLORESTAMENTO. PRESCRIÇÃO PRÓPRIA DO RURÍCOLA. (LEI Nº 5.889/73, ART. 10 E DECRETO Nº 73.626/74, ART. 2º, § 4º).

d) Correta. (art. 5º da Lei nº 5.889/1973, c/c o art. 5º, §1º, do Decreto nº 73.626/1974).

e) Correta. (artigos 3º-A e 6º-A da Lei 5.859/1972) O FGTS é facultativo para o empregador doméstico, sendo que somente os empregados domésticos vinculados ao regime do FGTS terão direito ao benefício do seguro-desemprego.

Questão 28: Assinale a única opção que enseja a interrupção do contrato de trabalho. a) Licença- maternidade da empregada gestante. b) Eleição para cargo de direção sindical. c) Aposentadoria provisória, sendo o trabalhador considerado incapaz para trabalhar. d) Atendimento a encargo público, na hipótese de cumprimento de mandato político eletivo. e) Prisão provisória do empregado.

Comentários: A licença-maternidade da empregada gestante é hipótese de interrupção do contrato de trabalho. As demais assertivas são hipóteses de suspensão do contrato de trabalho.

A seguir elenco para vocês as hipóteses de interrupção e de suspensão do contrato de trabalho.

Hipóteses de interrupção do contrato de trabalho:

1. Até dois dias consecutivos em caso de falecimento do cônjuge, ascendente, descendente, irmão ou pessoa que, declarada em sua CTPS, viva sob sua dependência econômica. 2. Até três dias consecutivos em virtude de casamento.

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3. Por um dia em cada 12 meses de trabalho no caso de doação voluntária de sangue devidamente comprovada. 4. Até dois dias, consecutivos ou não, para o fim de se alistar como eleitor, nos termos da lei respectiva. 5. No período do tempo em que tiver de cumprir as exigências do serviço militar. 6. Nos dias em que estiver comprovadamente realizando provas de exame vestibular para ingresso em estabelecimento de ensino superior. 7. Pelo tempo que se fizer necessário quando tiver que comparecer a juízo. 8. Licença-paternidade de 5 dias. 9. Encargos públicos específicos. 10. Acidente de trabalho ou doença nos primeiros 15 dias. 11. Repouso semanal remunerado. 12. Feriados. 13. Licença-maternidade. 14. Licença remunerada em caso de aborto não criminoso de duas semanas. 15. Todas as licenças- remuneradas em geral. 16. Empregado membro da Comissão de conciliação prévia quando atuando como conciliador sempre que for convocado.

Hipóteses de suspensão do contrato de trabalho

1. Acidente de trabalho ou doença após o 15º dia. 2. Durante a prestação do serviço militar obrigatório. 3. Greve (art. 7º da lei 7.783/89). 4. O empregado eleito para o cargo de dirigente sindical (Art. 545 § 2º CLT). 5. O empregado eleito diretor de S.A. (S.269 TST). 6. Qualquer espécie de licença não-remunerada. 7. Afastamento do empregado em caso de prisão. 8. Aposentadoria por invalidez (art. 475 CLT). 9. Afastamento do empregado para participar de curso de qualificação

profissional pelo período de 2 a 5 meses (476-A da CLT). 10. Suspensão disciplinar prevista no art. 474 da CLT. 11. O empregado estável somente poderá ser dispensado caso cometa

falta grave (art. 492 CLT) podendo o empregado ser suspenso das suas funções quando a falta grave for apurada em inquérito (art. 494 c/c 853 da CLT).

12. As faltas injustificadas ao serviço são hipótese de suspensão do Contrato.

13. O afastamento do empregado para o exercício de cargos públicos.

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Questão 29: Assinale a opção incorreta. a) O instrumento de rescisão do contrato de trabalho ou recibo de quitação deve ter especificada a natureza de cada parcela paga ao empregado e discriminado o seu valor, sendo válida a quitação apenas relativamente aos valores indicados. b) Qualquer compensação no pagamento a que tiver direito o empregado no ato da homologação da rescisão do contrato de trabalho não poderá exceder o equivalente a um mês de remuneração. c) Caso o empregador não cumpra as suas obrigações contratuais, poderá o empregado pleitear em juízo a rescisão do contrato de trabalho e o pagamento das verbas respectivas, permanecendo ou não no serviço até decisão final do processo. d) Quando o aviso prévio for indenizado pelo empregador, as parcelas constantes do instrumento de rescisão ou recibo de quitação devem ser pagas até o décimo dia, contado da data da notificação da demissão. e) O ato da assistência pelo sindicato respectivo na rescisão contratual deve ocorrer sem ônus para o trabalhador e empregador.

Comentários: a) Incorreta. (art. 477, §2º, da CLT e Súmula 330 do TST)

Art. 477 da CLT É assegurado a todo empregado, não existindo prazo estipulado para a terminação do respectivo contrato, e quando não haja ele dado motivo para cessação das relações de trabalho, o direito de haver do empregador uma indenização, paga na base da maior remuneração que tenha percebido na mesma empresa.

§ 2º O instrumento de rescisão ou recibo de quitação, qualquer que seja a causa ou forma da dissolução do contrato, deve ter especificada a natureza de cada parcela paga ao empregado e discriminado o seu valor, sendo válida a quitação, apenas, relativamente às mesmas parcelas.

Súmula 330 do TST A quitação passada pelo empregado, com assistência de entidade sindical de sua categoria, ao empregador, com observância dos requisitos exigidos nos parágrafos do art. 477 da CLT, tem eficácia liberatória em relação às parcelas expressa-mente consignadas no recibo, salvo se oposta ressalva expressa e especificada ao valor dado à parcela ou parcelas impugnadas. I - A quitação não abrange parcelas não consignadas no recibo de quitação e, conseqüentemente, seus reflexos em outras parcelas, ainda que estas constem desse recibo. II - Quanto a direitos que deveriam ter sido satisfeitos durante a vigência do contrato de trabalho, a quitação é válida em relação ao período expressamente consignado no recibo de quitação.

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b) Correta. (art. 477, §5º, da CLT). c) Correta. A hipótese de rescisão indireta do contrato de trabalho quando o empregador não cumprir as obrigações contratuais está prevista no art. 483, alínea “d”, da CLT.

Art. 483 da CLT O empregado poderá considerar rescindido o contrato e pleitear a devida indenização quando:

d) não cumprir o empregador as obrigações do contrato;

d) Correta. (art. 477, §6º, “b”, da CLT). É importante não lembrar a OJ 14 que fala do aviso prévio cumprido em casa, no qual o empregado não trabalhará.

OJ 14 da SDI-1 do TST Em caso de aviso prévio cumprido em casa, o prazo para pagamento das verbas rescisórias é até o décimo dia da notificação de despedida.

Art. 477 da CLT É assegurado a todo empregado, não existindo prazo estipulado para a terminação do respectivo contrato, e quando não haja ele dado motivo para cessação das relações de trabalho, o direito de haver do empregador uma indenização, paga na base da maior remuneração que tenha percebido na mesma empresa.

§ 6º O pagamento das parcelas constantes do instrumento de rescisão ou recibo de quitação deverá ser efetuado nos seguintes prazos:

a) até o primeiro dia útil imediato ao término do contrato; ou

b) até o décimo dia, contado da data da notificação da demissão, quando da ausência do aviso prévio, indenização do mesmo ou dispensa de seu cumprimento.

e) Correta. (art. 477, §7º, da CLT)

Questão 30: Marque a opção correta. a) Em face do princípio da autonomia da vontade, constatando o trabalhador, após a homologação da rescisão contratual, a existência de diferenças da indenização compensatória de 40% sobre o FGTS, em razão de depósitos insuficientes do período contratual, estará impedido de postulá-las, acaso tenha conferido ao empregador ampla quitação na transação extrajudicial realizada para adesão ao plano de demissão voluntária.

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b) O pedido de demissão ou recibo de quitação de rescisão, do contrato de trabalho, firmado por empregado com mais de 1 (um) ano de serviço, só será válido quando feito com a assistência do respectivo Sindicato ou perante a autoridade do Ministério do Trabalho e Previdência Social, salvo no caso em que o documento seja confeccionado e assinado perante comissão instituída pela empresa, e formada por representantes dos trabalhadores e da empregadora. c) A multa por atraso no pagamento das verbas rescisórias incide mesmo nos casos em que a rescisão contratual tenha-se operado por prática de justa causa pelo trabalhador. d) O pagamento das parcelas constante do instrumento de rescisão ou recibo de quitação deverá ser efetuado em até um dia útil nas hipóteses de término do contrato a prazo e de pedido de demissão, com dispensa do aviso prévio. e) Conforme previsão legal pertinente ao tema, no caso de trabalhador analfabeto, o pagamento das verbas rescisórias poderá ser realizado em dinheiro ou cheque, acaso o ato seja acompanhado por duas testemunhas,caso contrário, deverá ser feito apenas em espécie.

Comentários: a) Incorreta. O empregado despedido sem justa causa terá direito à indenização de 40% sobre o FGTS, mesmo que tenha ocorrido saque na sua conta vinculada. É esta a interpretação do inciso I da Orientação Jurisprudencial 42 da SDI-1 do TST.

OJ 42 da SDI-1 do TST I- É devida a multa do FGTS sobre os saques corrigidos monetariamente ocorridos na vigência do contrato de trabalho. Art. 18, parágrafo 1º da Lei 8.036/90 e art. 9º, parágrafo 1º do Decreto 99.684/90. II- O cálculo da multa de 40% do FGTS deverá ser feito com base no saldo da conta vinculada na data do efetivo pagamento das verbas rescisórias, desconsiderada a projeção do aviso prévio indenizado, por ausência de previsão legal.

b) Incorreta. A homologação da rescisão do contrato de trabalho que tenha mais de um ano de duração segue um rito especial, observem abaixo:

Haverá a obrigatoriedade de participação do Sindicato Profissional ou órgão do Ministério do Trabalho e Emprego (art. 477 §§1º ao 3º e 500 da CLT).

Exceções: Não haverá essa obrigatoriedade nos casos de extinção do contrato de trabalho com um ano ou menos de serviço, art. 477, § 1º da CLT, seja por dispensa do empregador ou por pedido de demissão do empregado.

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Art. 477 da CLT É assegurado a todo empregado, não existindo prazo estipulado para a terminação do respectivo contrato, e quando não haja ele dado motivo para cessação das relações de trabalho, o direito de haver do empregador uma indenização, paga na base da maior remuneração que tenha percebido na mesma empresa.

§ 1º O pedido de demissão ou recibo de quitação de rescisão do contrato de trabalho, firmado por empregado com mais de 1 (um) ano de serviço, só será válido quando feito com a assistência do respectivo Sindicato ou perante a autoridade do Ministério do Trabalho.

§ 2º O instrumento de rescisão ou recibo de quitação, qualquer que seja a causa ou forma da dissolução do contrato, deve ter especificada a natureza de cada parcela paga ao empregado e discriminado o seu valor, sendo válida a quitação, apenas, relativamente às mesmas parcelas.

§ 3º Quando não existir na localidade nenhum dos órgãos previstos neste artigo, a assistência será prestada pelo representante do Ministério Público ou, onde houver, pelo defensor público, e, na falta ou impedimento destes, pelo juiz de paz.

A assertiva está errada ao afirmar “salvo no caso em que o documento seja confeccionado e assinado perante comissão instituída pela empresa, e formada por representantes dos trabalhadores e da empregadora”. c) Correta. O descumprimento dos prazos para pagamento das verbas rescisórias resulta no pagamento, por parte do empregado de uma multa prevista no art. 477 § 8º da CLT.

d) Incorreta. O primeiro prazo para pagamento das parcelas constantes no instrumento de rescisão ou recibo de quitação estende-se até o primeiro dia útil imediato ao término do contrato, e o segundo ao décimo dia, contado da data da demissão, quando da ausência do aviso prévio, indenização do mesmo ou dispensa de seu cumprimento.

e) Incorreta. (art. 464 da CLT)

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Questão 31: Assinale a opção correta. a) O operador portuário é o responsável principal pelo pagamento dos encargos trabalhistas, das contribuições previdenciárias e demais obrigações devidas ao trabalhador portuário, enquanto o órgão gestor de mão-de-obra detém responsabilidade subsidiária por tais encargos. b) O caráter educativo do trabalho desenvolvido pelo adolescente, no curso de programa social sob responsabilidade de entidade governamental ou não governamental sem fins lucrativos, é descaracterizado quando há participação na venda dos produtos da atividade exercida. c) Cabe ao operador portuário efetuar o pagamento da remuneração pelos serviços executados e das parcelas referentes a décimo terceiro salário e férias, diretamente ao trabalhador portuário avulso. d) É proibido qualquer trabalho aos menores de 14 (quatorze) anos de idade, salvo na condição de aprendiz, hipótese em que serão assegurados ao adolescente apenas os direitos trabalhistas. e) Salvo em situações excepcionais, constantes de acordo ou convenção coletiva de trabalho, na escalação diária do trabalhador portuário avulso deverá sempre ser observado um intervalo mínimo de onze horas consecutivas entre duas jornadas.

Comentários: a) Incorreta. O parágrafo 4º do art. 2º da Lei 9.719 de 1988 estabelece que o operador portuário e o órgão gestor de mão-de-obra serão solidariamente responsáveis pelo pagamento dos encargos trabalhistas, das contribuições previdenciárias e demais obrigações. Portanto a assertiva ao afirmar que a responsabilidade será subsidiária violou a Lei 9.719 de 1988.

b) Incorreta. O art. 68 do Estatuto da Criança e do Adolescente estabelece que o programa social que tenha por base o trabalho educativo, sob responsabilidade de entidade governamental ou não-governamental sem fins lucrativos, deverá assegurar ao adolescente que dele participe condições de capacitação para o exercício de atividade regular remunerada. O parágrafo segundo do art. 68º dispõe que a remuneração que o adolescente recebe pelo trabalho efetuado ou a participação na venda dos produtos de seu trabalho não desfigura o caráter educativo.

c) Incorreta. O art. 2º, II da Lei 9.719 de 1988 estabelece que caberá ao órgão gestor de mão-de-obra efetuar o pagamento da remuneração pelos serviços executados e das parcelas referentes ao décimo terceiro salário e férias, diretamente ao trabalhador portuário avulso.

d) Incorreta. A idade mínima para celebração do contrato de aprendizagem é de 14 anos de idade e a idade máxima é de 24 anos, salvo o portador de deficiência que não terá idade limite. e) Correta (art. 8º da Lei 9.719/98).

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Questão 32: Assinale a opção correta. a) Em caso de aposentadoria concedida pela Previdência Social, o trabalhador não terá direito a levantar os valores depositados em sua conta vinculada no Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), devendo aguardar o prazo de três anos a partir da cessação da última relação de emprego. b) A extinção normal do contrato a termo autoriza o levantamento dos valores depositados na conta vinculada do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço, salvo se tratar-se de trabalhador temporário contratado na forma da Lei n. 6.019/1974. c) De acordo com a jurisprudência do Tribunal Superior do Trabalho, o empregado poderá ter direito à indenização em caso de não fornecimento pelo empregador da guia necessária para o recebimento do seguro-desemprego. d) O trabalhador cujo contrato de trabalho foi extinto por culpa recíproca tem direito à percepção do seguro-desemprego. e) De acordo com a jurisprudência do Tribunal Superior do Trabalho, o trabalhador cujo contrato de trabalho seja declarado nulo por ausência de prévia aprovação em concurso público (art. 37, § 20, da Constituição) não tem direito ao depósito do FGTS na conta vinculada, ainda que preservado o direito ao salário.

Comentários: a) Incorreta. A aposentadoria é uma das hipóteses de levantamento da conta vinculada do FGTS, prevista no art. 20, III, da Lei 8.036/90.

b) Incorreta. Porque no caso de extinção normal do contrato de trabalho temporário subsiste o direito ao saque do FGTS, por disposição do art. 20, IX, da Lei 8.036/90.

c) Correta. Em que pese o fato da Súmula 389, II, do TST estabelecer que: ”o não fornecimento pelo empregador da guia necessária para o recebimento do seguro desemprego dá origem ao direito a indenização”, esta assertiva foi considerada correta pela banca mesmo falando “poderá ter direito à indenização”.

d) Incorreta.. O trabalhador cujo contrato foi extinto por culpa recíproca não terá direito ao benefício do seguro desemprego. Somente os trabalhadores despedidos sem justa causa é que terão direito (art. 2º, I, da Lei 7.998/90). e) Incorreta. Porque afronta a Súmula 363 do TST.

Súmula 363 do TST A contratação de servidor público, após a CF/1988, sem prévia aprovação em concurso público, encontra óbice no respectivo art. 37, II e § 2º, somente lhe conferindo direito ao pagamento da contraprestação pactuada, em relação ao número de horas trabalhadas, respeitado o valor da hora do salário mínimo, e dos valores referentes aos depósitos do FGTS.

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Questão 33: Acerca do contrato de trabalho e considerando a jurisprudência do Tribunal Superior do Trabalho, assinale a opção correta. a) A sucessão de empregador é hipótese de alteração objetiva do contrato de trabalho. b) Percebida a gratificação de função por dez ou mais anos pelo empregado, se o empregador, sem justo motivo, revertê-lo ao cargo efetivo, não poderá retirar-lhe a gratificação, tendo em vista o princípio da estabilidade financeira. c) O fato de o empregado exercer cargo de confiança, ou a existência de previsão de transferência no contrato de trabalho, afasta seu direito à percepção do adicional correspondente em caso de alteração do local da prestação de serviços. d) A supressão, pelo empregador, do serviço suplementar prestado com habitualidade, durante pelo menos seis meses, assegura ao empregado o direito à indenização correspondente ao valor de um mês das horas extras suprimidas para cada seis meses de prestação de serviço acima da jornada normal. e) A transferência do empregado para o período diurno de trabalho não implica a perda do direito ao adicional noturno, tendo em vista o princípio da inalterabilidade contratual lesiva.

Comentários: a) Incorreta. A sucessão de empregadores altera um dos sujeitos da relação de emprego (o empregador), logo se trata de alteração subjetiva do contrato de trabalho.

Art. 10 da CLT - Qualquer alteração na estrutura jurídica da empresa não afetará os direitos adquiridos por seus empregados.

Art. 448 da CLT - A mudança na propriedade ou na estrutura jurídica da empresa não afetará os contratos de trabalho dos respectivos empregados.

b) Correta. (Súmula 372, I, do TST).

Súmula 372 do TST I - Percebida a gratificação de função por dez ou mais anos pelo empregado, se o empregador, sem justo motivo, revertê-lo a seu cargo efetivo, não poderá retirar-lhe a gratificação tendo em vista o princípio da estabilidade financeira. II - Mantido o empregado no exercício da função comissionada, não pode o empregador reduzir o valor da gratificação.

c) Incorreta. Porque afronta a OJ 113 da SDI-1 do TST.

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OJ 113 da SDI- 1 do TST O fato de o empregado exercer cargo de confiança ou a existência de previsão de transferência no contrato de trabalho não exclui o direito ao adicional. O pressuposto legal apto a legitimar a percepção do mencionado adicional é a transferência provisória.

d) Incorreta. Porque a Súmula 291 do TST prevê a indenização nos casos em que o serviço suplementar é prestado com habitualidade durante pelo menos um ano e o valor da indenização é calculado à razão de um mês das horas extras suprimidas para cada ano ou fração igual ou superior a seis meses de prestação de serviço acima da jornada normal.

Súmula 291 do TST A supressão, pelo empregador, do serviço suplementar prestado com habitualidade, durante pelo menos 1 (um) ano, assegura ao empregado o direito à indenização correspondente ao valor de 1 (um) mês das horas suprimidas para cada ano ou fração igual ou superior a seis meses de prestação de serviço acima da jornada normal. O cálculo observará a média das horas suplementares efetivamente trabalhadas nos últimos 12 (doze) meses, multiplicada pelo valor da hora extra do dia da supressão.

e) Incorreta. Porque o adicional noturno é uma parcela condicional, podendo ser suprimido quando o empregado for transferido para o período noturno.

Súmula 265 do TST A transferência para o período diurno de trabalho implica na perda do adicional noturno.

Questão 34: Assinale a opção correta. a) Tendo em vista os benefícios trazidos ao trabalhador, a empresa de trabalho temporário pode cobrar importância a título de mediação, desde que o valor seja proporcional à remuneração paga. b) Em caso de falência da empresa de trabalho temporário, a empresa tomadora ou cliente é responsável subsidiária pelo recolhimento das contribuições previdenciárias, no tocante ao tempo em que o trabalhador esteve sob suas ordens. c) Uma vez reconhecido em juízo o vínculo empregatício, diante da fraude na contratação por interposta pessoa, fora das hipóteses legais, o trabalhador tem direito à multa por atraso no pagamento das verbas rescisórias. d) É válido o pagamento parcelado das verbas rescisórias desde que haja previsão nesse sentido em convenção ou acordo coletivo de trabalho ou anuência da entidade sindical representativa da categoria profissional. e) É nula de pleno direito a contratação do trabalhador pela empresa tomadora ou cliente ao fim do prazo em que tenha sido colocado à sua disposição pela empresa de trabalho temporário.

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Comentários: Considerei esta questão passível de anulação. A seguir apresento para vocês a fundamentação que apresentei como sugestão de recurso para os alunos do Ponto.

“Esta assertiva foi considerada correta, mas falta amparo legal, doutrinário ou jurisprudencial para fundamentá-la. Sendo assim, a meu ver ela é passível de anulação. Fundamentação: (Sérgio Pinto Martins, CLT Comentada, pág. 496, 14ª edição, Editora Atlas) “Pagamento à vista. O pagamento das verbas rescisórias deve ser feito em dinheiro ou cheque visado (parágrafo 4ª do art. 477 da CLT), o que presume o pagamento à vista, vedado, portanto, o pagamento em parcelas.”

A banca anulou esta questão.

Questão 36: Constituem situações que autorizam o levantamento, pelo trabalhador, dos depósitos efetuados na respectiva conta vinculada do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço– FGTS, exceto: a) quando o trabalhador tiver idade igual ou superior a setenta anos. b) rescisão contratual decorrente de força maior ou culpa recíproca. c) quando o trabalhador ou qualquer de seus dependentes estiver em estágio terminal, em razão de doença grave, segundo previsão em regulamento. d) suspensão total do trabalho avulso por período igual ou superior a noventa dias, comprovada por declaração do respectivo sindicato profissional. e) despedida voluntária quando o trabalhador tiver tempo de serviço igual ou superior a um ano.

Comentários: Nesta questão foi abordado o art. 20 da Lei 8036/90 que é muito cobrado em provas e concursos públicos e trata das hipóteses em que a conta vinculada do FGTS poderá ser levantada pelo trabalhador. A única hipótese na qual o empregado não poderá levantar o FGTS é a da letra “e”, porque no caso de despedida sem justa causa não é requisito que ele tenha tempo de serviço igual ou superior a um ano.

Observem as hipóteses do art. 20:

Despedida sem justa causa, inclusive a indireta, de culpa recíproca e de força maior;

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Extinção total da empresa, fechamento de quaisquer de seus estabelecimentos, filiais ou agências, supressão de parte de suas atividades, declaração de nulidade do contrato de trabalho nas condições do art. 19-A,ou ainda falecimento do empregador individual sempre que qualquer dessas ocorrências implique rescisão de contrato de trabalho, comprovada por declaração escrita da empresa, suprida, quando for o caso, por decisão judicial transitada em julgado;

Aposentadoria concedida pela Previdência Social; Falecimento do trabalhador, sendo o saldo pago aos seus

dependentes, para esse fim habilitados perante a Previdência Social, segundo o critério adotado para a concessão de pensões por morte. Na falta de dependentes, farão jus ao recebimento do saldo da conta vinculada os seus sucessores previstos na lei civil, indicados em alvará judicial, expedido a requerimento do interessado, independente de inventário ou arrolamento;

Pagamento de parte das prestações decorrentes de financiamento habitacional concedido no âmbito do Sistema Financeiro da Habitação (SFH), desde que: o mutuário conte com o mínimo de 3 (três) anos de trabalho sob o regime do FGTS, na mesma empresa ou em empresas diferentes; o valor bloqueado seja utilizado, no mínimo, durante o prazo de 12 (doze) meses; o valor do abatimento atinja, no máximo, 80 (oitenta) por cento do montante da prestação; Liquidação ou amortização extraordinária do saldo devedor de

financiamento imobiliário, observadas as condições estabelecidas pelo Conselho Curador, dentre elas a de que o financiamento seja concedido no âmbito do SFH e haja interstício mínimo de 2 (dois) anos para cada movimentação;

Pagamento total ou parcial do preço da aquisição de moradia própria, observadas as seguintes condições: o mutuário deverá contar com o mínimo de 3 (três) anos de trabalho sob o regime do FGTS, na mesma empresa ou empresas diferentes; seja a operação financiável nas condições vigentes para o SFH:

Quando o trabalhador permanecer três anos ininterruptos, a partir de 1º de junho de 1990, fora do regime do FGTS, podendo o saque, neste caso, ser efetuado a partir do mês de aniversário do titular da conta.

Extinção normal do contrato a termo, inclusive o dos trabalhadores temporários regidos pela Lei 6.019/74.

Suspensão total do trabalho avulso por período igual ou superior a 90 (noventa) dias, comprovados por declaração do sindicato representativo da categoria profissional.

Quando o trabalhador ou qualquer de seus dependentes for acometido de neoplasia maligna.

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Aplicação em quotas de Fundos Mútuos de Privatização, regidos pela Lei 6.835/73,permitida a utilização máxima de 50 % (cinqüenta por cento) do saldo existente e disponível em sua conta vinculada do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço, na data em que exercer a opção.

Quando o trabalhador ou qualquer de seus dependentes for portador do vírus HIV;

Quando o trabalhador ou qualquer de seus dependentes estiver em estágio terminal, em razão de doença grave, nos termos do regulamento;

Quando o trabalhador tiver idade igual ou superior a setenta anos.

Necessidade pessoal, cuja urgência e gravidade decorram de desastre natural, conforme disposto em regulamento, observadas as seguintes condições: o trabalhador deverá ser residente em áreas comprovadamente atingidas de Município ou do Distrito Federal em situação de emergência ou em estado de calamidade pública, formalmente reconhecidos pelo Governo Federal; a solicitação de movimentação da conta vinculada será admitida até 90 (noventa) dias após a publicação do ato de reconhecimento, pelo Governo Federal, da situação de emergência ou de estado de calamidade pública; e o valor máximo do saque da conta vinculada será definido na forma do regulamento.

Questão 37: Considerando a jurisprudência do Tribunal Superior do Trabalho, assinale a opção correta. a) O adiantamento da gratificação natalina deve ser pago no mesmo mês para todos os empregados da empresa, sob pena de desrespeito ao princípio da isonomia salarial. b) Ao empregador é vedado efetuar qualquer desconto nos salários, sendo, porém, lícito o desconto em caso de dano causado pelo empregado, desde que esta possibilidade tenha sido acordada ou na ocorrência de dolo ou culpa do empregado. c) Impede o reconhecimento do direito à equiparação salarial a existência de quadro de pessoal organizado em carreira, que será válido apenas quando homologado pelo Ministério do Trabalho, excluindo-se dessa exigência as entidades da administração pública direta e indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. d) O pagamento do salário deverá ser efetuado contra recibo, assinado pelo empregado, tendo força de recibo o comprovante de depósito em conta bancária, aberta para esse fim em nome de cada empregado, com o consentimento deste, em estabelecimento de crédito próximo ao local de trabalho.

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e) O salário deve ser pago no lugar da contratação do trabalhador, ainda que a prestação de serviços ocorra em outra localidade.

Comentários: a) Incorreta. O empregador não está obrigado a pagar o adiantamento da gratificação natalina a todos os empregados no mesmo mês, conforme prevê a lei 4.090/62.

b) Incorreta. Quando ocorrer culpa do empregado o empregador somente poderá efetuar o desconto em seu salário quando a possibilidade de tal desconto tenha sido acordada.

Art. 462 da CLT Ao empregador é vedado efetuar qualquer desconto nos salários do empregado, salvo quando este resultar de adiantamentos, de dispositivos de lei ou de contrato coletivo.

§ 1º - Em caso de dano causado pelo empregado, o desconto será lícito, desde que esta possibilidade tenha sido acordada ou na ocorrência de dolo do empregado.

c) Incorreta. O quadro de carreira das entidades de direito público deverá ser aprovado por ato administrativo da autoridade competente como prevê o inciso I da Súmula 6 do TST. Portanto, a existência de quadro de carreira para obstar a equiparação salarial não precisará ser,obrigatoriamente, homologado pelo Ministério do Trabalho.

Súmula 6 do TST I - Para os fins previstos no § 2º do art. 461 da CLT, só é válido o quadro de pessoal organizado em carreira quando homologado pelo Ministério do Trabalho, excluindo-se, apenas, dessa exigência o quadro de carreira das entidades de direito público da administração direta, autárquica e fundacional, aprovado por ato administrativo da autoridade competente.

d) Correta.

Art. 464 da CLT O pagamento do salário deverá ser efetuado contra recibo, assinado pelo empregado; em se tratando de analfabeto, mediante sua impressão digital, ou, não sendo esta possível, a seu rogo

Parágrafo único - Terá força de recibo o comprovante de depósito em conta bancária, aberta para esse fim em nome de cada empregado, com o consentimento deste, em estabelecimento de crédito próximo ao local de trabalho.

e) Incorreta.

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Art. 465 da CLT O pagamento dos salários será efetuado em dia útil e no local do trabalho, dentro do horário do serviço ou imediatamente após o encerramento deste, salvo quando efetuado por depósito em conta bancária, observado o disposto no artigo anterior.

Súmula 381 do TST O pagamento dos salários até o 5º dia útil do mês subseqüente ao vencido não está sujeito à correção monetária. Se essa data limite for ultrapassada, incidirá o índice da correção monetária do mês subseqüente ao da prestação dos serviços, a partir do dia 1º.

Questão 38: Assinale a opção correta. a) A hipossuficiência econômica do empregado, que fundamenta o direito do trabalho e a relação de emprego, torna recomendável que, em determinadas hipóteses, o empregador limite a liberdade dos empregados de dispor do seu salário. b) Em relação às utilidades concedidas pelo empregador, não será considerado salário o fornecimento de educação, compreendendo os valores relativos à matrícula, mensalidade, anuidade, livros e material didático, salvo quando concedida em estabelecimento próprio do empregador, hipótese em que terá natureza salarial. c) O pagamento do salário, qualquer que seja a modalidade do trabalho, não deve ser estipulado com periodicidade superior à de um mês, inclusive no que diz respeito a comissões, percentagens e gratificações. d) Considera-se gorjeta não só a importância espontaneamente dada pelo cliente ao empregado, como também aquela que for cobrada pela empresa ao cliente, como adicional nas contas, a qualquer título, e destinada à distribuição aos empregados. e) Com relação às comissões decorrentes de transações realizadas por prestações sucessivas, o término das relações de trabalho afasta o direito do empregado à percepção das comissões e percentagens restantes.

Comentários: a) Incorreta. O art. 462, parágrafo 4º da CLT veda às empresas limitar de qualquer forma a liberdade dos empregados de dispor do seu salário.

b) Incorreta. Seja concedida em estabelecimento próprio ou de terceiros as utilidades pelo fornecimento de educação não serão consideradas salário. Observem o que diz o art. 458 da CLT.

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Art. 458 da CLT § 2º - Para os efeitos previstos neste artigo, não serão consideradas como salário as seguintes utilidades concedidas pelo empregador:

I - vestuários, equipamentos e outros acessórios fornecidos aos empregados e utilizados no local de trabalho, para a prestação do serviço;

II - educação, em estabelecimento de ensino próprio ou de terceiros, compreendendo os valores relativos a matrícula, mensalidade, anuidade, livros e material didático;

III - transporte destinado ao deslocamento para o trabalho e retorno, em percurso servido ou não por transporte público;

IV - assistência médica, hospitalar e odontológica, prestada diretamente ou mediante seguro-saúde;

V - seguros de vida e de acidentes pessoais;

VI - previdência privada;

c) Incorreta.

Art. 459 da CLT O pagamento do salário, qualquer que seja a modalidade do trabalho, não deve ser estipulado por período superior a 1 (um) mês, salvo no que concerne a comissões, percentagens e gratificações.

§ 1º - Quando o pagamento houver sido estipulado por mês, deverá ser efetuado, o mais tardar, até o quinto dia útil do mês subseqüente ao vencido.

d) Correta (art. 457, parágrafo 3º da CLT)

Art. 457 da CLT Compreendem-se na remuneração do empregado, para todos os efeitos legais, além do salário devido e pago diretamente pelo empregador, como contraprestação do serviço, as gorjetas que receber.

§ 1º - Integram o salário não só a importância fixa estipulada, como também as comissões, percentagens, gratificações ajustadas, diárias para viagens e abonos pagos pelo empregador.

§ 2º - Não se incluem nos salários as ajudas de custo, assim como as diárias para viagem que não excedam de 50% (cinqüenta por cento) do salário percebido pelo empregado.

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§ 3º - Considera-se gorjeta não só a importância espontaneamente dada pelo cliente ao empregado, como também aquela que for cobrada pela empresa ao cliente, como adicional nas contas, a qualquer título, e destinada à distribuição aos empregados.

e) Incorreta (art. 466, parágrafo 2º da CLT). A cessação das relações de trabalho não prejudica a percepção das comissões e percentagens.

Questão 40: Marque a opção correta, considerando os temas da prescrição e da decadência no Direito do Trabalho. a) A prescrição, no Direito do Trabalho, que equivale à perda de uma faculdade processual, tem seus prazos definidos tanto em fonte heterônoma como autônoma. b) De acordo com a previsão legal que rege o tema, na hipótese de incapacidade civil originária, em razão da faixa etária, os prazos prescricionais trabalhistas ficam suspensos, e nos casos de incapacidade civil superveniente eles são interrompidos. c) O juiz pode conhecer de ofício da decadência tanto quando estabelecida por lei como na hipótese de previsão contida em norma de produção autônoma. d) Como o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), embora direito trabalhista em sentido estrito,também guarda as características de típico fundo social, a prescrição do direito de reclamar as diferenças reflexas geradas pelo não-pagamento de horas extras é de trinta anos, mas desde que observado o de dois anos após o término do contrato de trabalho ou o advento da aposentadoria. e) Considera-se de decadência o prazo de 180 dias estabelecido por determinada empresa para a adesão ao seu Plano de Demissão Incentivada, que prevê acréscimos financeiros específicos e vantajosos para o desligamento dos empregados.

Comentários: a) Incorreta. Os prazos de prescrição não poderão ser alterados pelas partes e são fixados por lei. Já os prazos decadenciais poderão ser convencionados pelas partes. Sendo assim, os prazos de prescrição somente poderão ser definidos por fontes heterônomas. Os institutos da prescrição e da decadência objetivam dar uma maior segurança jurídica à Sociedade e às relações jurídicas. Isto porque, no caso da prescrição, ocorrerá a limitação do exercício do direito de ação, o qual deverá ser exercido em determinado tempo.

A prescrição é a extinção do direito de ação em virtude da inércia do seu titular em exercitá-lo dentro do prazo previsto.

A decadência é a perda do direito pelo decurso de prazo previsto em lei ou no contrato para o seu exercício. A parte poderá ter ainda o direito de ação por não estar prescrito, mas não terá o direito assegurado em virtude da decadência.

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b) Incorreta. As causas suspensivas da prescrição são as que temporariamente paralisam o seu curso, tão logo seja superado o fato suspensivo a prescrição continuará a correr, computando-se o tempo decorrido antes dele. O art. 198 e 199 do CC estabelecem as causas suspensivas da prescrição.

Art. 198 do CC Também não corre a prescrição:

I - contra os incapazes de que trata o art. 3o;

II - contra os ausentes do País em serviço público da União, dos Estados ou dos Municípios;

III - contra os que se acharem servindo nas Forças Armadas, em tempo de guerra.

Art. 199 do CC Não corre igualmente a prescrição:

I - pendendo condição suspensiva;

II - não estando vencido o prazo;

III - pendendo ação de evicção.

c) Incorreta. A decadência deverá ser alegada pelas partes, não podendo o juiz conhecê-la de ofício.

Prescrição Decadência Extingue a pretensão Extingue o direito O prazo começa a fluir da lesão ao direito

O prazo começa a fluir do nascimento do direito

Poderá ser renunciada depois de consumada

Não poderá ser renunciada

Art. 7º da CF/88 Art. 853 da CLT Súmula 362 do TST Arts. 189/206 do Código Civil Arts. 207/211 do Código Civil

d) Incorreta. O prazo de prescrição de 30 anos é para a reclamação do não recolhimento da contribuição para o FGTS. O prazo para reclamar as diferenças é de 2 anos após a extinção do contrato de trabalho.

Súmula 362 do TST É trintenária a prescrição do direito de reclamar contra o não-recolhimento da contribuição para o FGTS, observado o prazo de 2 (dois) anos após o término do contrato de trabalho.

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e) Correta. O prazo estabelecido pelas partes é denominado de convencional, portanto está correta a assertiva, uma vez que somente o prazo decadencial poderá ser estabelecido desta forma. Isto porque o prazo de prescrição deverá ser estabelecido por lei.

Questão 41: Acerca das convenções e acordos coletivos do trabalho, é correto afirmar: a) acordo coletivo é o contrato de caráter normativo pelo qual dois ou mais sindicatos representativos de categorias econômicas e profissionais estipulam condições de trabalho aplicáveis, no âmbito das respectivas representações, às relações individuais de trabalho. b) em relação a categorias econômicas e profissionais inorganizadas em sindicatos, as federações e, na falta destas, as confederações representativas poderão celebrar convenções coletivas de trabalho para reger as relações das categorias a elas vinculadas, no âmbito de suas representações. c) de acordo com a jurisprudência do Tribunal Superior do Trabalho, o depósito da convenção ou do acordo no órgão competente do Ministério do Trabalho é condição de validade da norma coletiva. d) as condições estabelecidas em convenção, quando mais favoráveis, prevalecerão sobre as estipuladas em acordo e, de acordo com a jurisprudência do Tribunal Superior do Trabalho, em caso de conflito entre acordo e convenção, deve o intérprete valer-se da teoria da acumulação, identificando em cada norma coletiva as cláusulas que sejam benéficas aos trabalhadores, aplicando-as separadamente das demais. e) de acordo com a jurisprudência do Tribunal Superior do Trabalho, as condições de trabalho firmadas em sentença normativa, acordo ou convenção vigoram inclusive após o seu prazo de vigência, incorporando-se, deforma definitiva, ao patrimônio jurídico dos empregados representados.

Comentários: a) Incorreta. As convenções e os acordos coletivos, conceituados no art. 611 da CLT, são instrumentos normativos utilizados para estabelecer estas novas condições de trabalho. Convenção Coletiva é o acordo de caráter normativo pelo qual dois ou mais Sindicatos representativos de categorias econômicas (empregadores) e profissionais (empregados) estipulam novas condições de trabalho que será aplicável às relações individuais de trabalho dos empregados e empregadores abrangidos pelas representações sindicais dos Sindicatos convenentes. Ao passo que, Acordo Coletivo é o instrumento também de caráter normativo celebrado entre Sindicato de empregados (categoria econômica) e empresa ou grupo de empresas.

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b) Correta (Art. 611, parágrafo 2º da CLT).

c) Incorreta. Não há jurisprudência do TST que exija o depósito da convenção ou do acordo coletivo no órgão competente do Ministério do Trabalho como condição de validade da norma.

d) Incorreta. Podemos concluir que quando ocorrer conflito entre as normas estabelecidas entre a convenção e o acordo coletivo, prevalecerá as normas da convenção, de acordo com o art. 620 da CLT.

e) Incorreta. Violou a Súmula 277 do TST.

Súmula 277 do TST I - As condições de trabalho alcançadas por força de sentença normativa, convenção ou acordos coletivos vigoram no prazo assinado, não integrando, de forma definitiva, os contratos individuais de trabalho. II - Ressalva-se da regra enunciada no item I o período compreendido entre 23.12.1992 e 28.07.1995, em que vigorou a Lei nº 8.542, revogada pela Medida Provisória nº 1.709, convertida na Lei nº 10.192, de 14.02.2001.

Questão 42: Assinale a opção incorreta. a) Os empregadores, tomadores e intermediadores de serviços, empresas, instituições, associações, órgãos e entidades de qualquer natureza ou finalidade ficam obrigados a franquear, aos Auditores-Fiscais do Trabalho, o acesso aos estabelecimentos, respectivas dependências e locais de trabalho e, desde que notificados com antecedência mínima de vinte e quatro horas, exibir os documentos e materiais solicitados para fins de inspeção do trabalho. b) Para fins de inspeção, o território de cada unidade federativa será dividido em circunscrições, que, por sua vez, poderão ser divididas em áreas de inspeção, pelas quais os Auditores-Fiscais do Trabalho serão distribuídos de acordo com sistema de rodízio, efetuado em sorteio público. c) Os Auditores-Fiscais do Trabalho integram o Sistema Federal de Inspeção do Trabalho e são subordinados tecnicamente à autoridade nacional competente em matéria de inspeção do trabalho. d) Compete aos Auditores-Fiscais do Trabalho propor a interdição de estabelecimento, setor de serviço, máquina ou equipamento, ou o embargo de obra, total ou parcial, quando constatar situação de grave e iminente risco à saúde ou à integridade física do trabalhador, por meio de emissão de laudo técnico que indique a situação de risco verificada e especifique as medidas corretivas que deverão ser adotadas pelas pessoas sujeitas à inspeção do trabalho.

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e) Os Auditores-Fiscais do Trabalho têm o dever de orientar e advertir as pessoas sujeitas à inspeção do trabalho e os trabalhadores quanto ao cumprimento da legislação trabalhista, e observarão o critério da dupla visita quando se tratar de primeira inspeção nos estabelecimentos ou locais de trabalho recentemente inaugurados.

Comentários: a) Incorreta. (Arts. 14º e 15º do Decreto 4.552/2002)

Art. 14. Os empregadores, tomadores e intermediadores de serviços, empresas, instituições, associações, órgãos e entidades de qualquer natureza ou finalidade são sujeitos à inspeção do trabalho e ficam, pessoalmente ou por seus prepostos ou representantes legais, obrigados a franquear, aos Auditores-Fiscais do Trabalho, o acesso aos estabelecimentos, respectivas dependências e locais de trabalho, bem como exibir os documentos e materiais solicitados para fins de inspeção do trabalho.

Art. 15. As inspeções, sempre que necessário, serão efetuadas de forma imprevista, cercadas de todas as cautelas, na época e horários mais apropriados a sua eficácia.

b) e c) Corretas. (Arts. 3º, 4º e 5º do Decreto 4.552/2002)

Art. 3o Os Auditores-Fiscais do Trabalho são subordinados tecnicamente à autoridade nacional competente em matéria de inspeção do trabalho.

Art. 4o Para fins de inspeção, o território de cada unidade federativa será dividido em circunscrições,e fixadas as correspondentes sedes.

Parágrafo único. As circunscrições que tiverem dois ou mais Auditores-Fiscais do Trabalho poderão ser divididas em áreas de inspeção delimitadas por critérios geográficos.

Art. 5o A distribuição dos Auditores-Fiscais do Trabalho pelas diferentes áreas de inspeção da mesma circunscrição obedecerá ao sistema de rodízio, efetuado em sorteio público, vedada a recondução para a mesma área no período seguinte.

§ 1o Os Auditores-Fiscais do Trabalho permanecerão nas diferentes áreas de inspeção pelo prazo máximo de doze meses.

§ 2o É facultado à autoridade de direção regional estabelecer programas especiais de fiscalização que contemplem critérios diversos dos estabelecidos neste artigo, desde que aprovados pela autoridade nacional competente em matéria de inspeção do trabalho.

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d) Correta (art. 18 do Decreto 4.552/2002).

Art. 18. Compete aos Auditores-Fiscais do Trabalho, em todo o território nacional: XIII - propor a interdição de estabelecimento, setor de serviço, máquina ou equipamento, ou o embargo de obra, total ou parcial, quando constatar situação de grave e iminente risco à saúde ou à integridade física do trabalhador, por meio de emissão de laudo técnico que indique a situação de risco verificada e especifique as medidas corretivas que deverão ser adotadas pelas pessoas sujeitas à inspeção do trabalho, comunicando o fato de imediato à autoridade competente;

e) Correta (art. 23 do Decreto 4.552/2002)

Art. 23. Os Auditores-Fiscais do Trabalho têm o dever de orientar e advertir as pessoas sujeitas à inspeção do trabalho e os trabalhadores quanto ao cumprimento da legislação trabalhista, e observarão o critério da dupla visita nos seguintes casos:

I - quando ocorrer promulgação ou expedição de novas leis, regulamentos ou instruções ministeriais, sendo que, com relação exclusivamente a esses atos, será feita apenas a instrução dos responsáveis;

II - quando se tratar de primeira inspeção nos estabelecimentos ou locais de trabalho recentemente inaugurados ou empreendidos;

III - quando se tratar de estabelecimento ou local de trabalho com até dez trabalhadores, salvo quando for constatada infração por falta de registro de empregado ou de anotação da CTPS, bem como na ocorrência de reincidência, fraude, resistência ou embaraço à fiscalização; e

IV - quando se tratar de microempresa e empresa de pequeno porte, na forma da lei específica.

De acordo com o art. 627 da CLT a fiscalização deverá observar o critério de dupla visita, com a finalidade de instruir os responsáveis no cumprimento das leis de proteção ao trabalho.

A dupla visita deverá ocorrer nos seguintes casos:

Quando ocorrer promulgação ou expedição de novas leis, regulamentos ou instruções ministeriais, sendo que, com relação exclusivamente a esses atos, será feita apenas a instrução dos responsáveis;

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Em se realizando a primeira inspeção dos estabelecimentos ou dos locais de trabalho, recentemente inaugurados ou empreendidos.

Questão 43: Assinale a opção incorreta. a) O processo especial para ação fiscal poderá ser instaurado de imediato pelo Auditor-Fiscal do Trabalho, independentemente de anuência da chefia imediata, quando concluir pela ocorrência de motivo grave ou relevante que impossibilite ou dificulte o cumprimento da legislação trabalhista por pessoas ou setor econômico sujeito à inspeção do trabalho. b) O levantamento técnico das condições de segurança nos locais de trabalho, com vistas à investigação de acidentes do trabalho; o levantamento de dados para fins de cálculo dos coeficientes de frequência e gravidade dos acidentes; e a avaliação quantitativa ou qualitativa dos riscos ambientais são atividades auxiliares de apoio operacional à inspeção do trabalho, sendo desenvolvidas pelos Agentes de Higiene e Segurança do Trabalho. c) Compete aos Auditores-Fiscais do Trabalho, em todo território nacional, verificar o cumprimento das disposições legais e regulamentares, inclusive as relacionadas à segurança e à saúde do trabalho, no âmbito das relações de trabalho e de emprego, em especial os registros em Carteira de Trabalho e Previdência Social e o recolhimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço. d) O Auditor-Fiscal do Trabalho poderá solicitar o concurso de especialistas e técnicos devidamente qualificados, bem como recorrer a laboratórios técnico-científicos governamentais ou credenciados, com o objetivo de assegurar a aplicação das disposições legais e regulamentares relativas à segurança e saúde no trabalho. e) As empresas de transportes de qualquer natureza, inclusive as exploradas pela União,Distrito Federal, Estados e Municípios, bem como as concessionárias de rodovias que cobram pedágio para o trânsito, concederão passe livre aos Auditores-Fiscais do Trabalho e aos Agentes de Higiene e Segurança do Trabalho, dentro do território de exercício da sua função, diante da apresentação da Carteira de Identidade Fiscal, estando abrangida pelo passe livre a travessia realizada, em veículos de transporte aquaviário.

Comentários: a) Incorreta (art. 28 do Decreto 4.552/2002).

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Art. 28. O procedimento especial para a ação fiscal poderá ser instaurado pelo Auditor-Fiscal do Trabalho quando concluir pela ocorrência de motivo grave ou relevante que impossibilite ou dificulte o cumprimento da legislação trabalhista por pessoas ou setor econômico sujeito à inspeção do trabalho, com a anuência da chefia imediata.

b) Correta (art. 31 do Decreto 4.552/2002).

Art. 31. São atividades auxiliares de apoio operacional à inspeção do trabalho, a cargo dos Agentes de Higiene e Segurança do Trabalho:

I - levantamento técnico das condições de segurança nos locais de trabalho, com vistas à investigação de acidentes do trabalho;

II - levantamento de dados para fins de cálculo dos coeficientes de freqüência e gravidade dos acidentes;

III - avaliação qualitativa ou quantitativa de riscos ambientais;

IV - levantamento e análise das condições de risco nas pessoas sujeitas à inspeção do trabalho;

V - auxílio à realização de perícias técnicas para caracterização de insalubridade ou de periculosidade;

VI - comunicação, de imediato e por escrito, à autoridade competente de qualquer situação de risco grave e iminente à saúde ou à integridade física dos trabalhadores;

VII - participação em estudos e análises sobre as causas de acidentes do trabalho e de doenças profissionais;

VIII - colaboração na elaboração de recomendações sobre segurança e saúde no trabalho;

IX - acompanhamento das ações de prevenção desenvolvidas pela unidade descentralizada do Ministério do Trabalho e Emprego;

X - orientação às pessoas sujeitas à inspeção do trabalho sobre instalação e funcionamento das Comissões Internas de Prevenção de Acidentes (CIPA) e dimensionamento dos Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho (SESMT);

XI - prestação de assistência às CIPA;

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XII - participação nas reuniões das CIPA das pessoas sujeitas à inspeção do trabalho, como representantes da unidade descentralizada do Ministério do Trabalho e Emprego;

XIII - devolução dos processos e demais documentos que lhes forem distribuídos, devidamente informados, nos prazos assinalados;

XIV - elaboração de relatório mensal de suas atividades, nas condições e nos prazos fixados pela autoridade nacional em matéria de inspeção do trabalho; e

XV - prestação de informações e orientações em plantões fiscais na área de sua competência.

c) Correta (art. 18 do Decreto 4.552/2002).

Art. 18. Compete aos Auditores-Fiscais do Trabalho, em todo o território nacional:

I - verificar o cumprimento das disposições legais e regulamentares, inclusive as relacionadas à segurança e à saúde no trabalho, no âmbito das relações de trabalho e de emprego, em especial:

a) os registros em Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS), visando à redução dos índices de informalidade;

b) o recolhimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), objetivando maximizar os índices de arrecadação;

c) o cumprimento de acordos, convenções e contratos coletivos de trabalho celebrados entre empregados e empregadores; e

d) o cumprimento dos acordos, tratados e convenções internacionais ratificados pelo Brasil;

II - ministrar orientações e dar informações e conselhos técnicos aos trabalhadores e às pessoas sujeitas à inspeção do trabalho, atendidos os critérios administrativos de oportunidade e conveniência;

III - interrogar as pessoas sujeitas à inspeção do trabalho, seus prepostos ou representantes legais, bem como trabalhadores, sobre qualquer matéria relativa à aplicação das disposições legais e exigir-lhes documento de identificação;

IV - expedir notificação para apresentação de documentos;

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V - examinar e extrair dados e cópias de livros, arquivos e outros documentos, que entenda necessários ao exercício de suas atribuições legais, inclusive quando mantidos em meio magnético ou eletrônico;

VI - proceder a levantamento e notificação de débitos;

VII - apreender, mediante termo, materiais, livros, papéis, arquivos e documentos, inclusive quando mantidos em meio magnético ou eletrônico, que constituam prova material de infração, ou, ainda, para exame ou instrução de processos;

VIII - inspecionar os locais de trabalho, o funcionamento de máquinas e a utilização de equipamentos e instalações;

IX - averiguar e analisar situações com risco potencial de gerar doenças ocupacionais e acidentes do trabalho, determinando as medidas preventivas necessárias;

X - notificar as pessoas sujeitas à inspeção do trabalho para o cumprimento de obrigações ou a correção de irregularidades e adoção de medidas que eliminem os riscos para a saúde e segurança dos trabalhadores, nas instalações ou métodos de trabalho;

XI - quando constatado grave e iminente risco para a saúde ou segurança dos trabalhadores, expedir a notificação a que se refere o inciso X deste artigo, determinando a adoção de medidas de imediata aplicação;

XII - coletar materiais e substâncias nos locais de trabalho para fins de análise, bem como apreender equipamentos e outros itens relacionados com a segurança e saúde no trabalho, lavrando o respectivo termo de apreensão;

XIII - propor a interdição de estabelecimento, setor de serviço, máquina ou equipamento, ou o embargo de obra, total ou parcial, quando constatar situação de grave e iminente risco à saúde ou à integridade física do trabalhador, por meio de emissão de laudo técnico que indique a situação de risco verificada e especifique as medidas corretivas que deverão ser adotadas pelas pessoas sujeitas à inspeção do trabalho, comunicando o fato de imediato à autoridade competente;

XIV - analisar e investigar as causas dos acidentes do trabalho e das doenças ocupacionais, bem como as situações com potencial para gerar tais eventos;

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XV - realizar auditorias e perícias e emitir laudos, pareceres e relatórios;

XVI - solicitar, quando necessário ao desempenho de suas funções, o auxílio da autoridade policial;

XVII - lavrar termo de compromisso decorrente de procedimento especial de inspeção;

XVIII - lavrar autos de infração por inobservância de disposições legais;

XIX - analisar processos administrativos de auto de infração, notificações de débitos ou outros que lhes forem distribuídos;

XX - devolver, devidamente informados os processos e demais documentos que lhes forem distribuídos, nos prazos e formas previstos em instruções expedidas pela autoridade nacional competente em matéria de inspeção do trabalho;

XXI - elaborar relatórios de suas atividades, nos prazos e formas previstos em instruções expedidas pela autoridade nacional competente em matéria de inspeção do trabalho;

XXII - levar ao conhecimento da autoridade competente, por escrito, as deficiências ou abusos que não estejam especificamente compreendidos nas disposições legais;

XXIII - atuar em conformidade com as prioridades estabelecidas pelos planejamentos nacional e regional,nas respectivas áreas de especialização;

XXIII - atuar em conformidade com as prioridades estabelecidas pelos planejamentos nacional e regional.

d) Correta (art. 22 do Decreto 4.552/2002).

Art. 22. O Auditor-Fiscal do Trabalho poderá solicitar o concurso de especialistas e técnicos devidamente qualificados, assim como recorrer a laboratórios técnico-científicos governamentais ou credenciados, a fim de assegurar a aplicação das disposições legais e regulamentares relativas à segurança e saúde no trabalho.

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e) Correta (art. 34 do Decreto 4.552/2002).

Art. 34 As empresas de transportes de qualquer natureza, inclusive as exploradas pela União, Distrito Federal, Estados e Municípios, bem como as concessionárias de rodovias que cobram pedágio para o trânsito concederão passe livre aos Auditores-Fiscais do Trabalho e aos Agentes de Higiene e Segurança do Trabalho, no território nacional em conformidade com o disposto no art. 630, § 5o, da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), mediante a apresentação da Carteira de Identidade Fiscal.

Questão 44: Acerca da inspeção do trabalho e do processo de multas administrativas, é correto afirmar: a) comprovada a má-fé do agente de inspeção, quanto à omissão ou lançamento de qualquer elemento no livro empresarial “Inspeção do Trabalho”, responderá ele por falta grave no cumprimento do dever, ficando passível, desde logo, da pena de advertência, instaurando-se, facultativamente, em caso de reincidência, inquérito administrativo, a depender da discricionariedade do Delegado do Trabalho. b) o auto de infração terá seu valor probante condicionado à assinatura de duas testemunhas ou do infrator e será obrigatoriamente lavrado no local da inspeção. c) qualquer funcionário público da administração federal, estadual ou municipal, bem como o representante legal de entidade sindical podem comunicar à autoridade competente do Ministério do Trabalho as infrações que verificar à legislação de proteção trabalhista. d) uma vez lavrado o auto de infração, poderá o autuado requerer a audiência de testemunhas e as diligências que entender necessárias à elucidação do processo, não podendo a autoridade competente indeferir as provas requeridas. e) de acordo com a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal e do Tribunal Superior do Trabalho, o seguimento do recurso interposto contra decisão que impuser multa por infração da legislação trabalhista dependerá de o interessado instruí-lo com a prova do depósito do valor da penalidade.

Comentários: a) Incorreta (art. 628, parágrafo 3º da CLT). Quando for comprovada a má-fé do agente da inspeção, quanto à omissão ou lançamento de qualquer elemento no livro, responderá ele por falta grave no cumprimento do dever, ficando passível, desde logo, da pena de suspensão de até 30 (trinta) dias, instaurando-se, obrigatoriamente, em caso de reincidência, inquérito administrativo.

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b) Incorreta (art. 629, parágrafo 1º da CLT). O auto não terá o seu valor probante condicionado à assinatura do infrator ou de testemunhas, e será lavrado no local da inspeção, salvo havendo motivo justificado que será declarado no próprio auto, quando então deverá ser lavrado no prazo de 24 (vinte e quatro) horas, sob pena de responsabilidade.

c) Correta (art. 631 da CLT). Qualquer funcionário público federal, estadual ou municipal, ou representante legal de associação sindical, poderá comunicar à autoridade competente do Ministério do Trabalho as infrações que verificar.

d) Incorreta (art. 632 da CLT). Poderá o autuado requerer a audiência de testemunhas e as diligências que lhe parecerem necessárias à elucidação do processo, cabendo à autoridade julgar a necessidade destas provas.

e) Incorreta. De acordo com o art. 636, parágrafo 1º da CLT o recurso somente terá seguimento se o interessado o instruir com a prova do depósito da multa.

Questão 45: Assinale a opção incorreta. a) A idéia de certo nível de desterritorialização dos direitos humanos está presente tanto na Convenção Americana de Direitos Humanos quanto na Declaração Universal dos Direitos Humanos porque, no primeiro caso, considera-se explicitamente que os direitos essenciais da pessoa humana não derivam do fato de ser ela nacional de determinado Estado e, no segundo, há previsão de que todo indivíduo tem direito em todo lugar ao reconhecimento da sua personalidade jurídica. b) Nos termos do entendimento firmado pelo Supremo Tribunal Federal, a Convenção Americana sobre Direitos Humanos, ratificada pelo Brasil, possui status supralegal, formal e materialmente, e suas normas devem ser projetadas sobre as relações jurídicas com efeitos ex tunc. c) O Supremo Tribunal Federal no Brasil assentou o entendimento, inspirado nos termos da Convenção Americana de Direitos Humanos, de que é ilícita a prisão civil de depositário infiel, qualquer que seja a modalidade de depósito. d) Segundo consta na Convenção Americana de Direitos Humanos, ninguém deve ser constrangido a executar trabalho forçado ou obrigatório, mas isto não significa, ainda nos termos da convenção, que esteja vedada a pena privativa de liberdade acompanhada de trabalhos forçados,embora a pena do trabalho forçado não deva, na sua execução, afetar a dignidade do condenado, e tampouco a sua capacidade física e intelectual.

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e) A Convenção Americana sobre Direitos Humanos prevê, como um dos órgãos competentes para conhecer de assuntos relacionados com o cumprimento dos compromissos assumidos pelos Estados-partes, a Corte Interamericana de Direitos Humanos, que, como regra, não deve ter, em sua composição, dois juízes da mesma nacionalidade.

Comentários: a) Correta (art. 2º da Declaração Universal dos Direitos Humanos).

Artigo 2° Todos os seres humanos podem invocar os direitos e as liberdades proclamados na presente Declaração, sem distinção alguma, nomeadamente de raça, de cor, de sexo, de língua, de religião, de opinião política ou outra, de origem nacional ou social, de fortuna, de nascimento ou de qualquer outra situação. Além disso, não será feita nenhuma distinção fundada no estatuto político, jurídico ou internacional do país ou do território da naturalidade da pessoa, seja esse país ou território independente, sob tutela, autônomo ou sujeito a alguma limitação de soberania.

b) Incorreta. Não há que se falar em efeitos ex tunc.

c) Correta. Súmula Vinculante 25 do STF É ilícita a prisão civil de depositário infiel, qualquer que seja a modalidade do depósito.

d) Correta.

Artigo 6º da Convenção Interamericana sobre direitos humanos - 2. Ninguém deve ser constrangido a executar trabalho forçado ou obrigatório. Nos países em que se prescreve, para certos delitos, pena privativa de liberdade acompanhada de trabalhos forçados, esta disposição não pode ser interpretada no sentido de proibir o cumprimento da dita pena, imposta por um juiz ou tribunal competente. O trabalho forçado não deve afetar a dignidade, nem a capacidade física e intelectual do recluso.

e) Correta.

Artigo 52 da Convenção Interamericana sobre direitos humanos. 1. A Corte compor-se-á de sete juízes, nacionais dos Estados-membros da Organização, eleitos a título pessoal dentre juristas da mais alta autoridade moral, de reconhecida competência em matéria de direitos humanos, que reunam as condições requeridas para o exercício das mais elevadas funções judiciais, de acordo com a lei do Estado do qual sejam nacionais, ou do Estado que os propuser como candidatos. 2. Não deve haver dois juízes da nacionalidade.

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Gabarito:

16. D 21. B 26. C 31. E 36. E 41. B 17. B 22. E 27. C 32. C 37. D 42. A 18. A 23. D 28. A 33. B 38. D 43. A 19. E 24. B 29. A 34. X 39. B 44. C 20. D 25. E 30. C 35. E 40. E 45. B

Chegamos ao final de nossa aula de hoje!

Quaisquer dúvidas ou sugestões em relação ao curso, eu estarei à disposição de vocês através do e-mail [email protected]

Muita luz!

Abraços,

Deborah Paiva [email protected]