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atualidades
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ATUALIDADES PARA A DEPEN PROFESSORA
VIRGNIA GUIMARES AULA 02
Poltica
Ol, pessoal, esto animados nossa aula de hoje? Espero que sim,
pois hoje veremos um dos temas mais interessantes de todo o nosso curso e
que vem despencando nas provas de atualidades!
Como vocs mesmo devem imaginar falar de poltica implica falar de
muitas coisas do nosso cotidiano, mas, para fins de prova, alguns temas so
muito mais recorrentes do que outros e justamente desses temas que vamos
tratar aqui hoje, ok?
Pois bem, iniciaremos nossa aula falando sobre um dos aspectos
polticos mundiais que mais estiveram na mdia nos anos de 2011 e 2012: os
vrios conflitos que se estenderam pelo mundo afora e, principalmente, se no
ano de 2013 esses conflitos do mostras de terem atingido seus objetivos
iniciais. Portanto, no podemos de forma alguma, deixar de estud-lo, por
mais chato que alguns alunos o julguem.
Em seguida falaremos sobre outro tema que atualmente tem sido
recorrente na mdia mundial, que sobre o conflito existente entre EUA e
Coria do Norte. Eu entendo que temos uma grande dificuldade de
compreender esse assunto, afinal a realidade muito distinta da nossa, no
mesmo? No entanto, ignorar esse aspecto poltico mundial seria correr o risco
de perder valioooosos pontinhos na prova... e esse risco ns no podemos
correr!!
Na segunda parte da nossa aula, abordaremos alguns importantes e
atuais aspectos polticos nacionais, ok?
Ento simbora trabalhar esses assuntos. ;-)
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Primavera rabe
Bem, amigos, infelizmente esse um dos assuntos mais famosos do
momento, pois, apesar de ter seu inicio em 2011, ainda hoje o caos que se
instalou parece no ter fim e basta um filme mal produzido para ser o estopim
de novas revoltas nos pases rabes.
Mas, afinal, o que essa to falada Primavera rabe?
Bem, ela pode ser entendida como sendo um conjunto de
manifestaes realizadas com objetivo de questionar os regimes autoritrios e
centralizadores que ocorrem em diversos pases do Oriente Mdio. O fenmeno
continua ativo no norte de frica e no Oriente Mdio e, mesmo que muitos
insistam em afirmar que a Primavera j passou, no isso que vemos nos
noticirios, no mesmo?
Apesar das incertezas, alguns continuam otimistas sobre as
conquistas da Primavera rabe, que colocou a democratizao entre os
principais assuntos de uma regio que parecia condenada a seguir como um
santurio de regimes autocrticos intocveis. Muitas ditaduras j caram e
outras tantas sofrem com a presso popular exigindo seu fim.
O fato que o fenmeno est mais vivo do que nunca,
principalmente em alguns pases como a Sria. Mas acredito que a grande
questo aqui : o que afinal eu devo saber sobre todos esses inmeros
movimentos rabes que no param de acontecer?
Vamos dar uma olhadinha como esto hoje, em 2013 os principais
pases envolvidos nesta manifestao contra os regimes ditatoriais?
Iniciemos pela Tunsia, que considerada o bero da Primavera
rabe.
O que aconteceu que nove meses aps a revoluo, o partido islmico
Ennahda venceu as primeiras eleies livres na Tunsia. Moncef Marzouki foi
eleito novo presidente da Tunsia. Marzouki foi uma das figuras de oposio ao
regime do presidente deposto Ben Ali. Hamadi Jebali, lder dos islamitas
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moderados que venceram as eleies, assume o cargo de primeiro-ministro,
que tem a parte mais importante do poder.
T legal professora, mas e a, as coisas se resolveram? Bom, meus
amigos, as coisas no saram da forma desejada! Um ano aps as eleies que
ocorreram em outubro de 2011, a Anistia Internacional cita em seu relatrio;
Tunsia, um passo em frente dois passos atrs. Ixi, como assim
professora? Se meses aps a revoluo foram dados passos rumo aos tratados
internacionais de direitos humanos como libertar presos polticos, promulgar
leis para a liberdade de imprensa, o novo presidente eleito no manteve estas
iniciativas. Concomitante a isso, as autoridades tambm parecem incapazes
ou com falta de vontade em proteger as pessoas de ataques de grupos ligados
aos salafistas [islamistas radicais]. O partido Ennahda e o grupo salafista
querem dar ao Isl mais peso na poltica e na sociedade do pas, fato visto com
preocupao pelas foras no religiosas. Alm de que crise econmica o
principal problema e claramente mais problemtica do que o conflito social.
No Egito, a Irmandade Muulmana venceu a primeira eleio livre
no pas elegendo Mohammed Mursi. Esta aconteceu em dois turnos, sendo o
primeiro em 23 e 24/05/12 e o segundo em 16 e 17/06/12.
E esse novo presidente bom professora? Bom, meus amigos, no
quesito represso Mursi est demonstrando que no deve nada a Mubarak.
Tanto que aprovou no dia 28/01/13 a autorizao para priso indiscriminada
de manifestantes, alm de impor medidas antipopulares, como o pacote com o
FMI, que exige um aumento de impostos de produtos essenciais agravando a
carestia de vida da populao, sem contar que no resolveu nenhuma das
demandas democrticas fundamentais e de ter aprovado uma constituinte
marcada por uma poltica antidemocrtica em relao s mulheres, e
antioperria. O que torna evidente que a queda de Mubarak a despeito da
bravura das massas, no se tratou de uma revoluo democrtica
triunfante..
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Aps incidentes violentos em frente ao edifcio da Irmandade, durante os quais
vrios manifestantes e jornalistas acusaram membros da agrupao islamita
de agredi-los, entidades opositoras egpcias convocaram para 22/03/13
protestos em frente sede da Irmandade Muulmana para condenar alegadas
agresses, o que foi respondido com a interveno da polcia. Marcando assim
um aumento da tenso na cena poltica do Egito, inserida em uma disputa
entre o presidente Mohamed Mursi e os integrantes da Frente de Salvao
Nacional, que se negam a qualquer entendimento at que sejam aceitas as
suas exigncias.
O caso mais bvio foi o da Sria, onde a revolta no tardou a se
transformar em uma guerra civil compondo um cenrio mais complexo,
violento e desgastante, que j consumiu mais de 20 mil vidas e devastou as
maiores cidades do pas.
Na Lbia, Mohammed Magarief, opositor histrico do regime de
Kadhafi, foi eleito em 07/07/12, presidente do parlamento e tambm
presidente interino do pas, recebendo o poder do Conselho Nacional de
Transio, que liderou o pas desde a morte de Kadhafi, e que aps o pleito, foi
dissolvido. O pleito ocorreu em meio rivalidade poltica e s ameaas de
boicote que dificultaram os esforos de reconstruo aps a revolta contra o
regime de Muammar Gaddafi, morto por rebeldes em outubro de 2011.
A revoluo no mundo rabe conseguiu atingir os principais objetivos:
libertar os pases e derrubar o regime autocrtico. Mas, ainda em 2013, a Lbia
aterrorizada por milcias e no se pode contabilizar o nmero real de milcias
armadas existentes em todo o pas e no tem sido fcil para o Conselho
Nacional de Transio manter a ordem. Sendo que as cadeias e centros de
deteno improvisados continuam repletos de apoiadores de Kadhafi, mas
tambm de mercenrios espera de uma oportunidade para fugir. Sua
economia ainda hoje, em abril de 2013 o setor petrolfero, que preenche
cerca de 30% do PIB, alm de ser responsvel por 95% das exportaes. Os
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rendimentos proporcionados pelo petrleo e o fato de a populao ser reduzida
fazem com que este pas tenha o maior rendimento per capita da frica.
Assim, pessoal, o que vemos que todas as revoltas que tm
eclodido e sido noticiadas exaustivamente na mdia nos ltimos meses so os
elementos dessa primavera, que no tem nada de florida, no mesmo?
1 (CESGRANRIO/CEF/2012-Advogado) O mundo no vai acabar em
2012. Que pena!, diro os cnicos. Mas, para aqueles que so, em
variados graus, mais otimistas, 2012 ser um ano de atos de
equilibrismo. A Primavera rabe vai tornar-se outro vero.
SUU KYI, A. Um senso de equilbrio. The economist/ Revista Carta Capital, So Paulo:
Confiana. O mundo em 2012, n. 677, jan./fev. 2012, p.86.
A expresso Primavera rabe, empregada no texto, refere-se aos
levantes polticos de 2011 ocorridos majoritariamente no
(A) norte da frica
(B) sudeste da frica
(C) sudeste da sia
(D) nordeste da sia
(E) centro-sul da Europa
COMENTRIOS
A resposta correta a letra A. Em 2010, um jovem tunisiano
ateou fogo ao prprio corpo em protesto contra as condies de vida em seu
pas. O protesto se espalhou por toda a Tunsia, levando o presidente Zine El-
Addine Ben Ali, que estava no poder desde 1987, a fugir para Arbia Saudita
apenas dez dias depois. Este ato foi o incio de uma srie de protestos que
seria mais tarde chamado de Primavera rabe. Apenas como lembrete: a
Tunsia fica no norte da frica e sua capital Tnis.
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2 (ESAF/MCTI/2012 -adaptada) Muitos acontecimentos, ao longo de
2011, podem ser classificados como histricos, seja pelo impacto que
causaram, seja pelas repercusses que ainda podem se desdobrar por
muito tempo. A respeito desse fato a chamada Primavera rabe, cujo
ponto de partida foi o solitrio gesto de um homem comum ao se
imolar, representou o caminho sem volta dos pases rabes em direo
democracia laica ocidentalizada.
COMENTRIOS
O inicio da questo est perfeito, no entanto, ela se torna errada no
momento em que afirma que o gesto solitrio do homem comum representou
um caminho sem volta em direo a democracia laica ocidentalizada. Ainda
que estejam se dirigindo a uma democracia, ainda no podemos entend-la
como uma democracia nos moldes do ocidente, tampouco laica, como ns
conhecemos, no mesmo? Cuidado com o etnocentrismo, pois ele pode nos
conduzir ao erro numa questo dessas, ok? Portanto, preciso ter claro que o
elemento democracia no existe apenas nos moldes laicos e ocidentais, como
conhecemos, no!! Portanto, a assertiva est errada!
3 (CESPE/TJ/AL-2012/adaptada) A Primavera rabe caracterizou-se
por uma srie de manifestaes e revoltas populares contra os
regimes polticos ditatoriais de pases do norte da frica e do Oriente
Mdio. Acerca desse processo poltico e de suas consequncias, julgue
os itens seguintes:
a) Na Tunsia, os protestos se transformaram em uma guerra civil no
declarada que j causou a morte de milhares de pessoas.
COMENTRIOS
A assertiva est errada. Na Tunsia, j ocorreram eleies e no h
mais guerra civil, apesar de ter sido o pas que marcou o incio da Primavera
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rabe, em dezembro de 2010. Em agosto de 2012, recomearam os protestos
no pas, contra os islamitas do partido An-Nahda. Desta vez no existe um
pretexto evidente, mas as razes profundas para o descontentamento so as
mesmas: os problemas sociais e a misria da maioria da populao. At agora,
a Tunsia era considerada a vitrine da Primavera rabe. Ao contrrio da Lbia,
do Egito, do Imen e da Sria, a sua revoluo decorreu quase sem
derramamento de sangue, mas no se deve excluir que os atos de protesto
social e a grande ciso entre os rgos de poder, coloquem a Tunsia beira
de uma nova revoluo, que j no ser nada pacfica.
b) Em Israel, a maioria da populao rabe busca, por meio de uma
nova Intifada, ou revolta popular, igualdade de direitos.
COMENTRIOS
A assertiva est errada. Israel possui uma democracia
representativa com um sistema parlamentar, j contando, portanto, com
representao proporcional e sufrgio universal. Alm disso, Israel tem uma
das mais altas expectativas de vida do mundo e considerado um pas
desenvolvido, sendo membro da OCDE e da ONU.
c) Na Lbia, deflagrou-se uma guerra civil que se encerrou com a
destituio do general Muammar Kaddafi do poder e a diviso do
territrio do pas entre os diversos grupos rebeldes.
COMENTRIOS
A assertiva est errada. Nem mesmo a morte do ditador conseguiu
acalmar a revolta popular lbia, e o pas continua vivendo uma intensa
instabilidade poltica. Em setembro de 2012, o embaixador e outros trs
americanos foram mortos no local, vitimas do crescimento de grupos islamitas
radicais.
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d) Na Sria, as manifestaes populares resultaram na convocao de
eleies livres e democrticas no 1. semestre de 2012.
COMENTRIOS
A assertiva est errada. As eleies legislativas ocorridas em maio
na Sria, foram uma tentativa do regime conseguir alguma credibilidade,
apesar violncia que permeou todo o processo. Estas foram as primeiras
eleies "multipartidrias" em meio sculo na Sria, onde o regime do
presidente Bashar al-Assad enfrenta desde maro de 2011 um movimento de
contestao reprimido com violncia. Entretanto no podemos classificar essas
eleies como tendo sido livres tampouco democrticas, no mesmo? A
oposio considerou "absurda" uma eleio que teve inmeras crticas por ser
uma tentativa do regime para ganhar legitimidade.
e) No Egito, as eleies populares foram vencidas pelo candidato da
Irmandade Muulmana, uma organizao poltica de inspirao
religiosa.
COMENTRIOS
A assertiva esta correta! Apesar de ter sido a primeira eleio livre
de toda histria do pas ela foi vencida pelo candidato de uma organizao
poltica de inspirao religiosa. bom lembrar, pessoal, que at 2005, as
eleies no Egito eram indiretas, com o presidente escolhido pelo Parlamento e
ratificado por consulta popular, tida como claramente fraudulenta pela
oposio e por observadores internacionais.
A) Crise na Tunsia
Bom, para entendermos essa crise aqui nossa historinha ter que
retornar a 17 de dezembro de 2010, quando um jovem tunisiano ateou fogo no
prprio corpo ao ser repreendido por policiais que o impediam de vender
vegetais, sem permisso, em uma banca de rua.
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Essa revolta uma das mais importantes de ser compreendida, pois
ela foi o verdadeiro estopim de todas as outras, que s ocorreram aps o gesto
desse jovem, o que desencadeou uma onda de protestos em todo o pas,
clamando por maior liberdade poltica e reclamando do desemprego.
A Tunsia um pas do Norte da frica de maioria muulmana (99%
da populao), que se destacava como um importante destino turstico e
exemplo de prosperidade no mundo rabe. No campo poltico, todavia, o pas
era governado desde 1987 por Zine Al-Abdine Ben Ali, que impunha ao pas
um regime de carter autoritrio.
Dessa forma, se no campo econmico a Tunsia vinha conseguindo
desenvolver-se progressivamente, no campo poltico-social surgiram condies
para a revolta da populao: liberdades polticas restritas, desemprego e
corrupo da elite dominante. Com isso, os protestos ecoaram por todo o pas,
exigindo que o presidente Ben Ali deixasse o poder.
Como forma de tentar manter-se no poder, Ben Ali anunciou diversas
reformas, dentre as quais citamos:
I criao de um comit especial com a atribuio de investigar a corrupo;
II promessa de criao de 300.000 empregos;
III combate inflao (alta dos preos);
IV permisso liberdade de imprensa e ao amplo acesso internet;
V aprofundamento da democracia.
Mesmo com o anncio dessas reformas, os protestos continuaram e
Ben Ali foi obrigado a renunciar ao cargo de presidente. Em outubro de 2011,
partido islmico moderado Ennahda venceu as primeiras eleies democrticas
do pas aps os protestos da Primavera rabe, liderado por Moncef Marzouki
Por fim, vale destacar que outros pases rabes da regio do Norte da
frica, como Lbia e Egito, tambm possuam regimes ditatoriais, o que gerou
a perspectiva de que pudessem ocorrer nesses pases movimentos parecidos
com o da Tunsia. A expectativa foi confirmada em ambos os casos, como
veremos a seguir. Mas antes veremos questes que abordaram esse assunto!
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4) (IBFC/Analista de Promotoria I Assistente Social MP-SP /2011
/adaptada) O presidente da Tunsia, Zine Al-Abdine Ben Ali renunciou
em 14 de janeiro de 2011 aps um ms de violentos protestos contra o
governo. Ele estava h 23 anos no poder. Foi a primeira vez que um
lder rabe foi deposto por fora de movimentos populares.
Publicado em http://educacao.uol.com.br/atualidades. Acessado em 16/06/2011.
Acerca do movimento que resultou na renncia e priso do ex-lder tunisiano,
julgues os itens subsequentes:
a) Os protestos na Tunsia comearam aps um jovem de 26 anos ter
ateado fogo em seu corpo aps ser impedido pela polcia de vender
frutas e legumes em uma barraca de rua.
COMENTRIOS
A assertiva est correta. Mohammed Bouazizi, de 26 anos, levou a
cabo a autoimolao ateando fogo em seu prprio corpo. A ao foi feita em
frente a um prdio governamental em protesto ao confisco de seu carrinho de
mercadorias (frutas e legumes). Ele era um licenciado e desempregado. O que
poderia ter sido uma manifestao pontual tornou-se uma onda de protestos
que duraram mais de ms, levando o ex - lder da Tunsia a renunciar ao
governo e deixar o pas.
b) Os protestos foram motivados pela no adeso da Tunsia Liga
rabe, principal instituio poltica supranacional do mundo islmico.
COMENTRIOS
A assertiva est incorreta. A Tunsia membro da Liga rabe desde 1958,
portanto, quando a afirmativa diz que os protestos eram contra a no adeso
do pas Liga incorre em erro.
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c) A queda do presidente tunisiano foi gerada pelos protestos pela
fraude ocorrida nas eleies nacionais em dezembro de 2010.
COMENTRIOS
A assertiva est errada. As eleies presidenciais que reelegeram
pelo quinto mandato o ex-presidente Ben Ali aconteceram em 2009 e no em
2010. No final do ms de outubro de 2011 foram feitas as primeiras eleies
livres para a escolha da Assembleia Constituinte tunisiana. J no que se refere
a dezembro de 2010, este foi o ms que teve incio os protestos contra o
desemprego, a inflao e a corrupo naquele pas.
d) A Tunsia era o nico pas islmico a ter um regime poltico
ditatorial, o que gerou insatisfao popular e, consequentemente, os
protestos que derrubaram o presidente.
COMENTRIOS
A assertiva est errada. A Tunsia no era o nico pas islmico que
vivia uma ditadura e nem o nico que derrubou o governo. Outro exemplo e
que est na pauta do dia dos noticirios do mundo a Lbia, portanto, esta
afirmativa est incorreta.
5) (IBFC / Analista de Promotoria I Assistente Social MP-
SP/2011/adaptada) Em relao aos desdobramentos e consequncias
dos protestos tunisianos a outros pases da frica do Norte e do
Oriente Mdio, julgue os itens subsequentes:
a) A mesma onda de protestos atingiu o Marrocos e o Saara Ocidental,
resultando nas quedas de seus respectivos presidentes que, assim
como seu colega tunisiano, tambm estavam h dcadas no poder.
COMENTRIOS
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A assertiva est incorreta. Embora o Marrocos e o Saara tambm
tenham apresentado grandes manifestaes populares, o governo no caiu. O
rei marroquino, Mohammed VI, permanece no poder que detm h 12 anos.
Ele tambm o foco das manifestaes no Saara, pois seu governo comanda a
regio, no aceitando a sua independncia e autodeterminao. Nesse sentido,
quando a afirmativa diz que as ondas de protestos nessas duas regies
tiveram o mesmo resultado da Tunsia, ela torna-se incorreta. interessante
relembrar que no Marrocos, as eleies de novembro elegeram maioria de
islmicos moderados, bastante abertos a negociaes com a monarquia.
b) Os principais desdobramentos e consequncias do acontecido na
Tunsia foram relacionados tambm queda do presidente egpcio e de
uma onda de protestos contra o ditador Lbio Muammar Gaddafi,
resultando em uma violenta e sangrenta guerra civil na Lbia.
COMENTRIOS
A assertiva est correta. Como j foi dito nos comentrios da
questo anterior, o caso da Lbia tambm resultou no fim da ditadura de
Muammar Kadhafi. Em fevereiro de 2011 estouraram algumas manifestaes
na Lbia contra o governo de Muammar Kadhafi, essas manifestaes se
estenderam at agosto, havendo contnuos combates. Neste mesmo ms, os
rebeldes conseguiram cercar o quartel-general de Kadhafi, pressionando-o a
deixar o poder. Um de seus filhos, Seif AL Islam, foi capturado e enviado para
o Tribunal Penal Internacional, no qual responder por crimes contra a
Humanidade. Ao final de agosto de 2011, os rebeldes conseguiram dominar
Trpole, promovendo a fuga do ex-ditador. Convm lembrar que o ex-ditador
lbio foi morto no dia 20 de outubro de 2011, e no foi apenas a populao da
Lbia que comemorou sua morte. Em vrios pases tambm aconteceram
manifestaes comemorativas com a morte de Kadhafi. (nesta aula ainda
falaremos mais sobre esse tema!)
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Por outro lado, tambm no Egito foram promovidos protestos contra
o presidente Hosni Mubarak. Iniciaram-se no dia 25 de janeiro de 2011
manifestaes populares exigindo a renncia do presidente egpcio, depois de
18 dias de intensos protestos contra seu governo, o presidente renunciou
entregando todo poder ao Exrcito. Mubarak governou o Egito por 30 anos, foi
aliado do governo norte-americano e coordenou a poltica com mos de ferro,
combatendo grande oposio em seu pas. Mas, a presso popular fez com ele
deixasse o governo.
Em junho de 2012 foi eleito Mohamed Mursi, apoiado pela Irmandade
Mulumana, com 51,73% dos votos. Mas nem tudo so flores. Nas ltimas
semanas, tanto a oposio quanto o governo levaram multides s ruas,
principalmente no Cairo. Houve episdios de enfrentamento e violncia,
inclusive diante do palcio presidencial, na periferia do Cairo, que deixaram
mortos. Os problemas comearam quando Mursi assinou decretos que lhe
atriburam "superpoderes", pois eximiram as decises dele de exame judicial, e
se agravaram quando ele acelerou a finalizao da nova Constituio numa
assembleia dominada por seus aliados islmicos.
Assim sendo, pessoal, o caso da Lbia e o caso do Egito so anlogos
ao da Tunsia e, portanto, esta assertiva est correta.
c) Os acontecimentos foram abafados em outros pases rabes pela
Liga rabe a fim de conter a queda nos preos do barril do petrleo.
COMENTRIOS
A assertiva est incorreta. Como podemos verificar nos comentrios das
opes anteriores, as manifestaes no foram abafadas em outros pases.
d) As consequncias dos protestos na Tunsia chegaram at a
Palestina, onde os grupos islmicos deste pas (Hamas e Fatah) se
uniram contra o domnio israelense.
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Esta assertiva era considerada errada, pois quando foi realizado o referido
concurso, a aproximao entre essas duas faces ainda no havia ocorrido,
todavia, atualmente ela j seria entendida como correta.
Portanto, vamos dar uma ateno a mais pra isso aqui, ok?).
No incio do ms de fevereiro de 2012, o Hamas e o Fatah, assinaram
um compromisso formal para constituir um governo interino unificado na
Cisjordnia e na Faixa de Gaza, com o objetivo de organizar eleies
parlamentares e presidenciais nas regies ainda este ano. Essa
aproximao complicou, ainda mais, as negociaes
de paz entre palestinos e israelenses, pois a unio dos dois grupos d indcios
de uma luta contra Israel, o que pe fim s negociaes de paz.
De todo modo, bom lembrar que o Hamas o mais importante
movimento fundamentalista islmico na Palestina o qual controla a regio da
Faixa de Gaza e defende o enfrentamento e a resistncia contra Israel. Por
outro lado, o Fatah uma organizao poltica e militar que luta pela libertao
dos povos da Palestina, sendo a maior faco da OLP (Organizao para
Libertao da Palestina). No entanto, o Fatah menos radical que o Hamas e
atualmente prega a reconciliao e negociaes com Israel.
A diferena de posicionamento dos dois grupos ainda no havia
permitido que eles se unissem, mas, na segunda quinzena de dezembro de
2011, o lder do movimento Fatah, Mahmoud Abbas, e Khaled Meshaal, lder
do Hamas, comprometeram-se a promover a reconciliao entre ambos os
grupos e outras faces palestinas, formando assim um governo unificado cuja
composio ficou conhecida em fevereiro deste ano.
Dessa forma, depois de vrios dias de negociaes no Cairo, Egito, o
esforo promovido no sentido de sanar as divergncias que levaram diviso,
em 2007, entre Gaza e a Cisjordnia e ao colapso do conselho legislativo
palestino, parece ter surtido efeito. Aps um contato bilateral entre
representantes do Hamas e do Fatah, autoridades das restantes faces
reuniram-se no Cairo para estudar propostas que levem formao de um
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governo de unidade nacional e organizao das eleies gerais previstas para
maio deste ano.
Este anncio de unio entre os dois grupos foi um indicativo do
regresso do Hamas Organizao de Libertao da Palestina (OLP),
reconhecida internacionalmente como representante do povo palestino.
Em novembro de 2012, as faces rivais palestinas Fatah e Hamas
afirmaram que decidiram terminar com anos de disputas em uma
demonstrao de solidariedade pela crise de Gaza.
"A partir daqui, anunciamos com outros lderes (de faces) que
estamos acabando com a diviso", afirmou Jibil Rajoub, do Fatah, grupo do
presidente palestino Mahmoud Abbas, a uma multido de cerca de mil pessoas
que se reuniram para um protesto em Ramallah, a capital poltica da
Cisjordnia.
No incio de dezembro de 2012, foi noticiado que os governos
palestinos do Hamas, em Gaza, e da Autoridade Nacional Palestina (ANP), cuja
maioria formada pelo Fatah, na Cisjordnia, permitiro pela primeira vez
desde 2007 os festejos do outro grupo em seus respectivos territrios, em um
novo gesto em direo reconciliao definitiva entre ambas as formaes.
e) (INDITA/2013) A Tunsia considerada o bero da Primavera
rabe. Atualmente, (em fev/2013), ao que tudo indica, os objetivos
deste movimento foram alcanados. A Tunsia tem vivido momentos de
democracia e a sociedade em geral, tem se manifestado em favor do
eleito Moncef Marzouki, apoiado pelo partido islmico Ennahada.
COMENTRIOS
A assertiva est errada. A verdade que atualmente o que vem
ocorrendo na Tunsia no tem nada a ver com os anseios expectativas do povo
tunisiano. A oposio encontra-se descontente com a falta de reformas e com
o governo liderado pelo partido islmico Ennahad. Da Primavera rabe aos
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dias de hoje, a Tunsia no conseguiu manter o passo democrtico. A tenso
entre islamistas e secularistas aumentou. A oposio secular acusa o Ennahda
de ser muito prximo a grupos radicais salafistas. J os salafistas se queixam
de que o Ennahda no est defendendo os valores islmicos. O Ennahda rejeita
as acusaes de ambos os lados.
Enquanto as faces disputam poder, a economia tunisiana segue em
frangalhos: o desemprego entre os jovens est em 23% e a economia do pas
cresceu menos de 1% em 2012.
Alm da paralisia poltica e econmica, o assassinato a tiros do lder
da oposio secularista, Shokri Belaid em 06/02/13, aumentou o furor de parte
da populao com os problemas polticos do pas. Belaid foi assassinado a tiros
na porta de sua casa, na capital Tnis. O crime levou milhares de
manifestantes s ruas da cidade e tambm de Sidi Bouzid, que entoavam o
famoso cntico que marcou a derrubada de Ben Ali: o povo quer o fim do
regime.
Dia 19/02/03, o primeiro-ministro tunisino Hamadi Jebali demitiu-se.
Para os analistas, o fato que o partido de Jebali, o islmico Ennahda, que
domina o governo, rejeitou sua deciso de formar um governo tecnocrata,
alegando que o pas precisa de um governo de polticos.
Para aliviar as tenses, Jebali (primeiro-ministro) anunciara a
dissoluo do gabinete ministerial e a formao de um governo de unidade
nacional dominado por tecnocratas sem filiao poltica. Mas,Jebali foi incapaz
de formar esse governo diante do impasse entre as foras polticas. Com a sua
renncia, escancara-se a crise poltica na Tunsia e coloca-se um ponto de
interrogao no futuro do pas pioneiro nos levantes da Primavera rabe.
Fontes: http://pt.euronews.com/2013/02/08/funeral-de-chokri-belaid-causa-greve-geral-na-tunisia/
http://pt.euronews.com/2013/02/08/funeral-de-chokri-belaid-causa-greve-geral-na-tunisia/
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B) Crise no Egito
O Egito um pas rabe situado no Norte da frica, bem prximo ao
Oriente Mdio, fazendo fronteira a leste com Israel e Faixa de Gaza, conforme
podemos observar no mapa a seguir. Trata-se de um dos pases mais
populosos da frica, cuja maior parte da populao (cerca de 90%) professa a
religio islmica sunita.
A Repblica do Egito foi estabelecida em 1953, sendo que ,em 1956,
foi declarada a total independncia do pas em relao ao Reino Unido (que
colonizou a regio). Em 1967, na Guerra dos Seis Dias, Israel ocupou a
Pennsula do Sinai (territrio egpcio). Em 1973, na Guerra do Yom Kippur, o
Egito e a Sria tentaram recuperar territrios perdidos para Israel na Guerra
dos Seis Dias, respectivamente, a Pennsula do Sinai (territrio egpcio) e as
Colinas de Gola (territrio srio).
Apesar de no terem obtido sucesso militar na empreitada, considera-se
que a Guerra do Yom Kippur foi uma vitria poltica para o Egito, que lhe
permitiu recuperar em 1979 o territrio da Pennsula do Sinai como
contrapartida paz com Israel.
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Em 1981, assumiu a presidncia do Egito Mohamed Hosni
Mubarak, que permaneceu no poder at o incio de 2012. Alis, esse foi o
grande motivo da recente crise no Egito! Mubarak permaneceu no poder
durante 30 anos, sendo seu governo um regime de carter fortemente
autoritrio.
Ocorre que, nos dias de hoje, percebe-se que h acentuada
diminuio do espao para regimes antidemocrticos. Sendo assim, no incio
de 2011, centenas de milhares de pessoas foram s ruas para manifestar seu
desagrado ao governo de Mubarak, exigindo sua retirada do poder. Depois de
18 dias de intensos protestos contra seu governo,no dia 11 de fevereiro de
2011, Hosni Mubarak renunciou entregando todo poder ao Exrcito. No incio
de dezembro de 2011, a Junta Militar, que governou o pas depois da queda do
ditador, anunciou a formao de um Conselho Consultivo para ajud-la no
processo de transio.
O regime de Mubarak, embora de carter autoritrio, estava alinhado
com os objetivos dos EUA no Oriente Mdio, reconhecendo o Estado de Israel.
Alm disso, o Canal de Suez, importante passagem entre a Europa e sia, de
posse egpcia.
O grande temor dos EUA era que, com a queda do regime de
Mubarak, assumisse o poder no Egito, a Irmandade Muulmana e que, como
consequncia disso, ocorressem mudanas no posicionamento poltico do pas.
A Irmandade Muulmana tem como objetivos principais a luta contra a
interveno ocidental e a implantao, no Egito, da Sharia (lei islmica). Por
outro lado, os EUA tambm no podiam se posicionar a favor de um regime
ditatorial, j que se autointitulam defensores da democracia.
As primeiras eleies parlamentares do Egito foram marcadas por
manifestaes contra o governo militar e perduraram durante o perodo
eleitoral. Os partidos islmicos mostraram sua fora e obtiveram a maioria dos
votos.
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A eleio aconteceu em duas etapas: com primeiro (23 E 24/05/12) e
segundo (16 e 17/06/12) turnos. De acordo com o sistema eleitoral, se
nenhum dos candidatos obtivesse a maioria absoluta dos votos (50%+1), um
segundo turno seria realizado em 16 e 17 de junho. Foi exatamente o que
aconteceu, com a no confirmao de resultado conclusivo no primeiro turno,
foi eleito no segundo turno, com 51,73 dos votos Mohammed Mursi, apoiado
pela Irmandade Muulmana,prometeu trazer "estabilidade, segurana, justia
e prosperidade" ao Egito, depois de um ano de tantos tumultos. Apesar disso,
essa promessa ainda no foi cumprida, uma vez que a crise no Egito perdura
at o dia de hoje (abril/2013).
6) (FEPESE/DPE/SC/2013-TCNICO ADMINISTRATIVO)Com mais de
51% dos votos, o engenheiro Mohammed Mursi tornou-se o primeiro
presidente do Egito escolhido pela populao. A eleio de Mursi,
segundo um nmero significativo de analistas, s foi possvel graas
ao apoio interno de um grupo de
religiosos conservadores, para os quais o Isl a soluo para os
problemas dos pases da regio.
O grupo a que se refere o texto o(a):
a) Al Qaeda.
b) Jihad Islmico.
c) Irmandade Muulmana.
d) Hizbollah (Partido de Deus).
e) Hamas (Movimento de Resistncia Islmica).
COMENTRIOS
A Irmandade Muulmana uma organizao islmica
fundamentalista, que apoiou a candidatura de Mohammed Mursi, embora ele
no fosse a primeira opo da Irmandade. Mursi prometeu trazer "estabilidade,
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segurana, justia e prosperidade" ao Egito, depois de um ano de tumultos.
Segundo ele, chegou a hora de colocar em prtica o famoso slogan da
Irmandade Muulmana - "o Isl a soluo" - e afirmou que seu plano poltico
possui "referncias do isl moderado". Logo, a letra C est correta.
7) (CESPE/Cmara dos Deputados/2012) O assassinato do
embaixador americano em Benghazi, ocorrido em retaliao a um
vdeo que, produzido nos Estados Unidos da Amrica (EUA), critica o
profeta Maom, ter srias repercusses nessas semanas que
antecedem as eleies presidenciais norte-americanas. As mortes
minam as alegaes do presidente Obama de que o fim de Osama Bin
Laden foi um golpe fatal no islamismo radical. Elas tambm reduzem a
crena, sugerida pela Casa Branca, de que o governo norte-americano
agiu corretamente na Lbia, permanecendo nos bastidores, mas
ajudando a dar fim ao regime de Muamar Kadafi. Tudo que relembra
aos eleitores americanos o 11 de setembro tem srias implicaes
polticas.
Patrick Cockburn. Uma primavera sem fim. In: O Globo, 14/9/2012, p. 38
(com adaptaes).
Tendo o texto acima como referncia inicial, julgue os itens que se seguem, a
respeito da poltica internacional.
Caros amigos, vamos ler s um pouquinho sobre esse assassinato para nos
situarmos no contexto histrico da questo. O embaixador americano
Christopher Stevens morreu em um ataque na noite de 11/09/12, no
consulado dos Estados Unidos em Benghazi, Lbia. Stevens havia apoiado a
revolta no pas para derrubar Muammar Kadhafi. Stevens morreu ao lado de
trs funcionrios durante um ataque executado por islamitas que protestavam
por um filme amador feito nos Estados Unidos e que, segundo eles, ofende o
isl.
O episdio relacionado ao regime de Muamar Kadafi, a que o texto se
reporta, integra um conjunto mais amplo de revoltas contra velhas
ditaduras encasteladas no poder em diversos pases rabes, a exemplo
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da Tunsia, da Lbia e do Egito, movimento conhecido como Primavera
rabe.
A Primavera rabe um assunto que j apareceu em outras provas
organizadas pelo CESPE. A diferena que cada prova elaborada aborda um
foco diferente sobre este assunto. Bem, a Primavera rabe o nome dado
onda de protestos, revoltas e revolues populares contra governos do mundo
rabe. A raiz dos protestos o agravamento da situao dos pases, provocado
pela crise econmica e pela falta de democracia. A populao sofre com as
elevadas taxas de desemprego e o alto custo dos alimentos e pede melhores
condies de vida. Esta onda de protestos e revoltas j provocou a queda de
alguns governantes na regio. Por exemplo, enquanto os ditadores da Tunsia
e do Egito deixaram o poder sem oferecer grande resistncia, Muammar
Kadafi, da Lbia, foi morto por
uma rebelio interna com ao militar decisiva da OTAN. bom lembrar que
conforme citado no enunciado da questo, a causa principal das revoltas a
ditadura desses pases. Cuidado para no ligar sempre as revoltas com as
questes religiosas. Bem, voltando questo, percebemos, ento, que a
assertiva est correta.
C) Crise na Lbia
A Lbia um pas localizado no norte do continente africano fazendo
fronteira com a Tunsia e o Egito, dentre outros pases. Conforme vem sendo
exaustivamente noticiado pela mdia, o norte da frica foi palco de uma onda
de manifestaes contra governos ditatoriais, como os dois que vimos acima,
Tunsia e Egito.
No dia 15 de fevereiro de 2011, a populao lbia desencadeou suas
manifestaes diante da priso do advogado humanitrio Fethi Tarbel, que
representava a famlia de mais de 1200 detentos mortos em um massacre
promovido pelo governo lbio em 1996, representado por Muammar Kadhafi.
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Pai da frica, irmo lder, guia da revoluo. Esses foram apenas
alguns dos ttulos que Muammar Kadhafi atribuiu a si mesmo para se solidificar
no governo lbio desde 1969 quando deps, num golpe militar, a monarquia
que governava o pas.
Todas as manifestaes vistas no Oriente Mdio e na frica, incluindo
as ocorridas no Iraque, Ir, Sudo e Angola, foram surpreendentemente
superadas pela rapidez e violncia dos eventos ocorridos na Lbia. Tal fato
causa certa surpresa, uma vez que, apesar do governo ditatorial, esse pas
possui o melhor ndice de Desenvolvimento Humano (IDH) da frica, superior,
inclusive, ao brasileiro. A distribuio de renda satisfatria, o ndice de
alfabetizao o terceiro melhor do continente e o de pobreza est entre os
mais baixos de todos os pases perifricos. Ento, volta a surpresa: porque se
erguer contra um governo que lhes proporciona uma qualidade de vida
relativamente boa?
A populao na Lbia formada por mais de 140 tribos diferentes,
algumas das quais sempre desfrutaram de muitos privilgios no governo de
Kadhafi que sempre fez questo de mant-las o menos coesa possvel. Do
mesmo modo, para evitar qualquer tipo de motim contra seu governo, o
ditador manteve um exercito frgil e com pouca articulao nacional, fazendo
dos soldados lbios mais leais aos seus lderes tribais do que aos seus generais.
Essa ttica de desmembramento social parece ter funcionado durante
muito tempo. Porm, nesse momento, apesar da diversidade tribal e da
fragilidade das instituies lbias, a populao parece ter chegado ao seu limite
diante das arbitrariedades do governo Kadhafi, sempre marcado por violncia e
imposio.
Dentre as inmeras aes vinculadas figura desse lder, esto
algumas das mais covardes das ltimas dcadas, como o ataque a uma
discoteca em Berlim que era frequentada por soldados americanos, o
assassinato de atletas israelenses nas Olimpadas de Munique (1972) e o
atentado ao avio da Pan Lam na Esccia, em 1988. A participao nesses
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eventos conferiram a Muammar Kadhafi, um lugar de destaque na lista dos
patrocinadores do terrorismo, onde permaneceu at 2006 quando suas
relaes com o Ocidente finalmente foram normalizadas.
Essa normalizao s ocorreu depois de a Lbia aceitar algumas
imposies da comunidade internacional, como assumir as responsabilidades
sobre os atentados areos ocorridos em 1988, entregando os responsveis
justia britnica. Alm disso, o pas teve que abandonar o programa nuclear
que desenvolvia, indenizando s famlias de vitimas e reabrindo o pas s
transnacionais.
Assim, amigos, a onda de protestos e violncia que assomaram a
Lbia ocorreu exatamente no que podamos classificar como o melhor momento
vivido pelo pas no cenrio internacional. Essa crise envia ao mundo a
mensagem de que, independente das boas relaes econmicas, a maior busca
da humanidade ainda pela liberdade! Cabe destacar tambm que as
condies sociais da populao lbia, marcadas pela falta de liberdade, tambm
motivaram a revolta popular.
As revoltas e protestos na Lbia se transformaram em uma verdadeira
guerra civil, com os rebeldes sofrendo represses das Foras Armadas. A
sociedade internacional passou a exigir um cessar-fogo imediato no pas. Tais
exigncias no foram respeitadas e o governo lbio continuou com as violentas
represses aos rebeldes.
No dia 17/03/2011, o Conselho de Segurana da ONU aprovou
uma resoluo que determinou uma zona de excluso area na Lbia.
Assim, o objetivo da ONU era utilizar da fora area para proteger os civis e
conter o exrcito de Muammar Kadhafi. Por meio dessa Resoluo, a ONU se
comprometeu a adotar todas as medidas necessrias para proteger a
populao civil. Entre os 15 membros do Conselho de Segurana da ONU, 10
votaram a favor da Resoluo e 5 se abstiveram (dentre eles, o Brasil).
Embora diante da presso estrangeira para que sasse do governo,
Kadhafi continuou os ataques s cidades dominadas pelos rebeldes at que foi
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morto em outubro de 2011 gerando comemoraes tanto entre o povo lbio
quanto nos EUA onde as manifestaes oficiais diziam que uma nova era
nascia para o povo lbio depois da morte do ditador. O mesmo pde ser
verificado na Inglaterra e outros pases europeus. Notadamente, na Frana a
grande maioria dos meios de comunicao foi enftica ao dizer que seu pas
teve participao ativa na luta contra Kadhafi e que sua morte representava
um novo comeo para a Lbia.
Muito do desenrolar dessas histrias lhes deve parecer um pouco
similar, no mesmo? Interveno internacional em pas rabe sempre acaba
nos remetendo ao Iraque, mas importante percebermos a diferena dessas
situaes, ok?
Vejamos o tratamento deste assunto em provas!
8) a (CESPE/IBAMA/2012) Kofi Annan, ex-secretrio geral da ONU, o
atual mediador da
Liga rabe e tambm da ONU para os conflitos na Sria, entre o regime
do presidente Bashar al-Assad e os rebeldes que querem destitu-lo do poder.
Pessoal, o CESPE uma banca de concurso que privilegia fatos bem recentes e
usa isso para suas armadilhas. Kofi Annan foi o mediador da Liga rabe e da
ONU para a crise sria, mas abandonou a misso agosto de 2012. Annan, que
ocupava o cargo especial desde 23 de fevereiro, havia proposto um cessar-
fogo entre o regime do presidente Bashar al Assad e rebeldes que tentam
derrubar o governo, mas os atos de violncia, de lado a lado, continuaram
apesar de seus esforos.
O atual enviado especial da ONU e da Liga rabe para a Sria, o diplomata
argelino Lakhdar Brahimi, de 78 anos, que j declarou estar pouco confiante
no fim do conflito, mas que ir fazer o possvel para manter as negociaes.
Portanto, a assertiva est errada.
b-(FUNIVERSA/DETRAN-DF/2012) A Sria convive, especialmente a
partir de fins de 2011, com vigorosas manifestaes populares contra
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o regime poltico instalado em Damasco. Insistentes notcias do conta
de elevado nmero de vtimas, incluindo fatais, em virtude da ao
truculenta das foras governistas. Moo que condena o governo srio
no chegou a ser aprovada no Conselho de Segurana da Organizao
das Naes Unidas (ONU) porque dois de seus integrantes, a Rssia e
a China, fizeram uso da prerrogativa que apenas os cinco Estados
permanentes do Conselho possuem que o direito a
A) voto.
B) voz.
C) veto.
D) absteno.
E) consulta.
Comentrios
Bem, vamos falar sobre o Conselho de Segurana da ONU. Este conselho
composto por cinco Membros Permanentes, que possuem direito a veto. Os
Membros Permanentes so: China, Frana, Rssia, Reino Unido e Estados
Unidos da Amrica. Fazem parte tambm do Conselho dez Membros No
Permanentes, que so eleitos pela Assembleia Geral com mandatos de dois
anos. Estes pases no possuem direito a veto. Portanto, a resposta certa a
alternativa C.
D) Crise na Sria
Essa uma das crises que tem atingido os mais diversos pases do
mundo nos mais diversos setores: poltico, econmico e social. O prprio ms
de abril de 2013 vem concentrando muitos debates sobre esse conflito em
diferentes regies do planeta: Turquia, Rssia, Nova York e at o Brasil.
Isso ocorre porque cada um desses pases se sente atingido de algum
modo pelo desenrolar do conflito. Para termos uma ideia, aconteceu de mais
ou menos 24 mil srios tentarem se refugiar no pas vizinho: a Turquia,
gerando um grave problema social nesse pas.
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Do mesmo modo, mesmo estando a milhares de quilmetros da
regio do conflito, a economia brasileira tambm acabou se ferindo. Pois ,
pessoal, mesmo estando do outro lado do Atlntico, nossa balana comercial
sentiu um baque de mais de 180 milhes de dlares que foram perdidos em
vendas devido continuidade do conflito. :- /
Sei que muitas vezes olhamos para esses conflitos como algo bem
distante e que no interfere em nada na nossa realidade, no mesmo? No
entanto, o que vemos na prtica uma situao muito mais complexa e que
pode afetar sim, o nosso cotidiano.
Atualmente, a Liga rabe tem cumprido a misso de monitoramento
na Sria para conter a onda de violncia que assola o pas desde maro de
2011 - quando manifestantes iniciaram protestos contra o regime de Bashar
AL-Assad, que respondeu com represso violenta. Assim, j faz mais de um
ano que o pas enfrenta forte crise poltica e social e que a comunidade
internacional tenta, sem sucesso, promover acordos entre o governo srio e a
oposio. De todo modo, uma coisa os dois lados tm em comum, pois mesmo
sendo foras de oposio, no aceitam interferncia militar estrangeira no pas.
A Liga rabe traou ainda um plano para acabar com a violncia na
Sria, entre as medidas esto: fim de todas as aes violentas, permisso de
entrada de jornalistas no pas e libertao dos detidos durante os protestos
contra o regime do presidente Bashar AL-Assad. A Liga seria responsvel,
ainda, pela entrega de relatrios internacionais informando sobre o andamento
da implantao do plano no pas. Alm disso, a Liga responsvel por mediar
o dilogo entre o governo srio e a oposio, para chegar a acordos.
A ONU iniciou um processo para discutir uma resoluo contra a Sria,
mas essa proposta foi rejeitada pela Rssia e pela China. Principalmente
porque a Rssia a maior aliada da Sria no Conselho de Segurana da ONU e
porque a resoluo proposta pelo organismo no previa punies contra os
grupos opositores ao regime srio.
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Para finalizar e ajud-los a compreender um pouco mais do assunto
vou falar da Liga rabe, ok?
A Liga rabe uma organizao de estados rabes, fundada em
1945, no Cairo. O objetivo principal da Liga reforar e coordenar os laos
econmicos, sociais, polticos e culturais entre seus membros. Alm disso, a
Liga rabe tambm media disputas entre seus membros.
Historicamente, a Liga foi formada sob o estmulo do Reino Unido,
que objetivava conseguir aliados na guerra contra a Alemanha nazista
(Segunda Guerra Mundial). Posteriormente, o estreitamento das relaes
econmicas entre os pases rabes acabou fortalecendo a iniciativa de
formao da Liga, alm de promover o desenvolvimento de movimentos
nacionalistas pan-rabes, reforando ainda mais os laos culturais e religiosos
que ligam os pases rabes.
Em setembro de 1944, foi feita uma reunio no Cairo (Egito) e dela
saiu o Protocolo de Alexandria, que propunha a formao da Liga dos Estados
rabes.
A Liga passou, ento, a defender a independncia dos estados
rabes, fornecendo apoio Sria e ao Lbano para independncia do domnio
francs, fortalecendo, assim, o estreitamento entre seus membros.
O rgo formado por um Conselho, como rgo supremo da Liga,
sendo formado por um representante de cada Estado-membro e tendo direito
a um voto, independente do tamanho do pas e do nmero de habitantes. Em
seguida, vem o Conselho de Defesa Conjunta, responsvel pela adoo de
medidas que visam manuteno da defesa dos membros da Liga. Existe
tambm o Conselho Econmico e Social, responsvel pela prosperidade
econmica e social dos membros.
Por fim, existe o Secretariado Geral, que o rgo administrativo e
executivo da Liga, este rgo gere, de maneira geral, o funcionamento da Liga.
Os sete membros fundadores foram: Lbano, Egito, Iraque, Sria,
Jordnia, Arbia Saudita e Imen. Atualmente, a Liga conta com 22 membros
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e mais 4 pases observadores. Os membros, alm dos 7 acima referidos so:
Lbia, Sudo, Marrocos, Tunsia, Kuwait, Arglia, Emirados rabes Unidos,
Bahrein, Catar, Om, Mauritnia, Somlia, Palestina, Djibouti, Comores. E
como observadores: Eritreia (desde 2003), Brasil e ndia (desde 2006) e
Venezuela (desde 2007).
Como essa a crise do momento, vamos ver algumas questes sobre
ela que foram cobradas em concursos.
9 (CESPE-TRE/RJ -2012) Julgue os itens seguintes, relativos aos
recentes conflitos ocorridos na Sria. a) A crise poltica da Sria movida basicamente por questes
religiosas, muito em virtude de a Sria ser o nico pas rabe cuja
maioria da populao crist.
COMENTRIOS
A assertiva est errada. Fique atento, pessoal, e no caiam no erro
de achar que s a religio move os conflitos rabes. No caso da Sria, ditadura
do atual governo e o desemprego so causas do conflito. A populao da Sria
de 90% de mulumanos e apenas 10% crist.
b) Ao contrrio de outros pases da regio, a Sria uma ditadura
militar cujo governante-mor, Bashar Assad, foi o responsvel pela
introduo da sharia, a lei islmica, razo pela qual foi instaurada a
revolta das minorias religiosas do pas.
COMENTRIOS
A assertiva est errada. Antes de qualquer coisa importante
sabermos que a Sharia um conjunto de leis (morais e espirituais) que regem
a vida do muulmano sendo a combinao de diversas fontes, incluindo o
Alcoro (o livro sagrado dos muulmanos). Entretanto, a Sharia no foi
introduzida pelo atual governante srio e no pode ser considerada causa das
revoltas atuais.
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c) O governo de Bashar Assad, como o de seu pai, legitimava-se
politicamente em uma ideologia de nacionalismo pan-rabe e de
oposio a Israel.
COMENTRIOS
A assertiva est correta. Realmente, amigos, para legitimar seu
poder, tanto o atual governante como seu pai, se utilizaram, durante quatro
dcadas, tanto do autoritarismo poltico quanto da ideologia pan-rabe, mas
afinal, vocs sabem o que essa ideologia?
O Pan-arabismo um movimento poltico que tende a reunir os pases
de lngua rabe e de civilizao rabe numa grande comunidade de interesses.
Assim, ele busca unificar as populaes e naes rabes do Oriente Mdio e
possui estreita vinculao com o nacionalismo rabe.
d) Um dos aliados do governo Srio a Rssia, grande fornecedora de
armas para esse governo.
COMENTRIOS
A assertiva est correta. A Rssia um dos maiores apoiadores da
Sria. A Rosoboronexport, companhia de armas russa, continua a enviar armas
a Sria, mesmo sendo criticada internacionalmente.
E) Sudo do Sul
O mais novo pas do mundo surgiu no dia 09 de janeiro de 2011,
denomina-se Sudo do Sul e j est envolvido em conflitos com Sudo e
registrou no final de agosto de 2011 uma queixa formal contra seu vizinho,
acusando-o de gerar distrbios nas suas fronteiras. Como um conflito ainda
muito recente, no h muito que ser trabalhado, mas fica a recomendao
para que estejamos sempre de olho nessa regio, ok?
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Todavia, pessoal, importante a gente ter uma ligeira noo sobre a
situao desse pas que comporta as maiores reservas de petrleo do pas
(aproximadamente 75%). Todavia, toda a infraestrutura est no Norte, o que
gera uma inegvel necessidade de cooperao entre os dois Estados.
Mas foi em janeiro de 2005, quando foi assinado o Tratado de
Naivasha, que o governo do Sudo decidiu conceder autonomia regio sul,
na tentativa de colocar um fim Segunda Guerra civil sudanesa.
A Segunda Guerra Civil Sudanesa ocorreu entre os anos de 1983 e
1995, opondo o Norte do Sudo e os rebeldes do Sul. A motivao desse
conflito foi eminentemente religiosa. O governo muulmano do Norte tentou
impor a lei islmica (Sharia) em todo o pas, o que no agradou a populao
do Sul, cuja maioria crist e animista.
Em dezembro de 2005, foi assinada a Constituio Interina do Sudo
do Sul, prevendo a realizao de um referendo em 2011, ocasio em que seria
decidido pela manuteno da autonomia regional ou pela independncia.
No referendo realizado, o povo decidiu pela independncia, por uma
expressiva votao de 98,81%. O resultado do referendo no foi contestado
pelo governo do Sudo e a diviso oficial foi declarada em 09 de julho de
2011. Com isso, surgiu um dos pases mais pobres do mundo, dotado de uma
enorme falta de infraestrutura.
Para que possamos ter uma noo do que estamos dizendo, 85% da
populao do Sudo do Sul vive abaixo da linha da pobreza, o que nos faz
pensar que certamente esse conflito ainda est muito longe de ter fim. Os
EUA reconheceram o Sudo do Sul como um Estado soberano e a ONU
tambm se manifestou, comemorando a celebrao pacfica do referendo.
Apesar disso, o novo pas possui inmeros problemas internos e em
agosto de 2012 os rebeldes do Sudo do Sul mataram 24 militares e feriram
outros 12 no Estado de Jonglei. Do mesmo modo, no incio de dezembro do
mesmo ano, pelo menos 10 pessoas morreram no Sudo do Sul quando o
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exrcito disparou contra manifestantes que protestavam contra a mudana da
sede da autoridade local para fora da capital regional.
Contudo, diante dos inmeros problemas do novo estado, gerados
principalmente, pela enorme pobreza da populao e precria infraestrutura,os
conflitos nessa regio tendem a perdurar por um longo tempo ainda!
Guerra das Malvinas
Outro conflito poltico que esteve na mdia no ano de 2012 foi a
antiga divergncia entre Inglaterra e Argentina. No ms de abril de 2012,
principalmente, ouvimos falar muito desse conflito, pois ele ocorreu h exatos
30 anos. A Guerra das Malvinas foi um conflito ocorrido entre Argentina e
Reino Unido pela soberania das Ilhas Malvinas. Desde 1883, o Reino Unido
possui o controle dessas ilhas, as quais foram ocupadas em 1982 pela
Argentina..
Essas ilhas se situam a apenas 480 quilmetros do litoral da
Argentina, que nunca aceitou este domnio e, em 1982, o ditador argentino,
Leopoldo Galtieri, promoveu a invaso, com tropas, capital das Malvinas,
Stanley. Essa invaso, que tinha razes polticas evidentes, esperava unir a
nao numa espcie de surto patritico em apoio a esta iniciativa, o que no
ocorreu!
Originado no inicio dos anos 80 entre Gr-Bretanha e Argentina, esse
conflito foi bem mais rpido se comparado aos outros que estudamos aqui
hoje. Para o total desastre da iniciativa argentina de invadir as Malvinas, a
Gr-Bretanha reagiu imediatamente, enviando regio uma fora-tarefa com
28 mil combatentes quase trs vezes o tamanho da tropa rival. Com o apoio
dos Estados Unidos, os britnicos demoraram pouco mais de dois meses para
encerrar o conflito. Aos nossos vizinhos, restou apenas voltar para casa e
resolver os problemas internos que se amontoavam por l!
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O fato que at hoje a Argentina no se conforma em no ter a
soberania das Ilhas Malvinas. Isso to evidente que o fato j foi vrias vezes
usado como discurso poltico pela atual presidente da Argentina, Cristina
Kirchner.
Apesar disso, o governo do Reino Unido reiterou, no ms de
Setembro de 2012, que no negociar a soberania das Malvinas "a menos que
os ilhus assim desejarem," em resposta presidente da Argentina, Cristina
Kirchner, que pediu na ONU um "dilogo" sobre a "usurpao ilegal" do
arquiplago.
Em resposta presso para que Londres inicie um processo de
negociao para resolver a disputa territorial das ilhas do Atlntico Sul, o
governo das Malvinas convocou o referendo em maro de 2013, onde se
perguntou aos moradores se eles queriam que as Malvinas continuassem como
territrio dependente da Gr-Bretanha. O resultado foi que os moradores so
contra qualquer negociao e no querem passar para a soberania argentina.
Mas isso legal professora? Bom meus amigos, a presidente da Argentina
afirma que foi ilegal, pois este referendo no foi convocado pelas Naes
Unidas, nem conta com sua aprovao ou superviso. \O fato que as Naes
Unidas querem que essa disputa seja resolvida pelas vias diplomticas
Vejam como esse assunto foi cobrado em prova.
10) (FCC/APOFP / 2010/adaptada) A presidente da Argentina, Cristina
Kirchner, em janeiro de 2010, assinou decreto que ordena o
cancelamento da classificao de segurana (confidencial) a toda
informao e documentao vinculada com as operaes das Foras
Armadas durante o perodo de 1976-1983, salvo aquelas relacionadas
ao "conflito blico no Atlntico Sul (Guerra das Malvinas) e a qualquer
outro conflito interestatal". Para ela, passados mais de 25 anos do
retorno da democracia, no possvel continuar aceitando a falta de
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acesso informao e documentao, sob o pretexto de segredo de
Estado ou qualquer definio de segurana que impea o
conhecimento da histria recente.
(OESP, 7/1/2010, adaptado)
Tendo o texto acima como referncia inicial e considerando as mltiplas
implicaes do tema por ele abordado, julgue os itens subsequentes.
a) A classificao de confidencial, aplicada a "toda informao e
documentao, vinculada com as operaes das Foras Armadas"
durante o perodo de 1976-1983, a que o texto se refere, abrangia
apenas os crimes comuns praticados por militares.
COMENTRIOS
A assertiva est errada. A deciso tomada pela presidente Cristina
Kirchner de abrir ao conhecimento pblico todos os arquivos do perodo da
ditadura abrange tanto os crimes e violaes aos direitos humanos praticados
pelos militares quanto os praticados pelos civis em resistncia ao regime. Com
efeito, a ditadura argentina foi uma das mais violentas de toda a Amrica
Latina e em apenas sete anos de regime, estima-se que cerca de 30 mil
pessoas tenham desaparecido nas mos de agentes da represso.
b) A abertura dos arquivos permitir conhecer toda a documentao
referente atuao das Foras Armadas da Argentina, no perodo
indicado, relativas ao confronto com a Inglaterra pela soberania nas
Ilhas Malvinas.
COMENTRIOS
A assertiva est errada. As informaes referentes Guerra das
Malvinas no esto abrangidas, por uma questo de segurana nacional, pela
medida.
c) A medida diz respeito s informaes e documentao sobre
violaes dos direitos humanos durante os anos da ditadura militar na
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Argentina, apontada por historiadores como uma das mais violentas na
Amrica Latina na dcada de 1970.
COMENTRIOS
A assertiva est correta. A medida abre os arquivos da ditadura
argentina, j que se considera que, passados mais de 25 anos do fim do
regime, no h porque mant-los afastados do conhecimento pblico.
d) As Foras Armadas, anteriormente ao governo de Cristina Kirchner,
j haviam determinado a abertura de seus arquivos para facilitar a
transio para a democracia na Argentina.
COMENTRIOS
A assertiva est errada. As Foras Armadas mantiveram os
arquivos sob o sigilo.
e) O conhecimento do passado recente argentino no supe
necessariamente a abertura dos arquivos das Foras Armadas, pois
todos os acusados de crimes durante a ditadura militar j foram
julgados e os desaparecidos, encontrados.
COMENTRIOS
A assertiva est errada. Nem todos os desaparecidos durante o
perodo da ditadura foram encontrados
Poltica nacional
A insero do Brasil na Amrica
1 O Brasil e a Amrica
Bem, depois de termos estudado a globalizao, ficou claro para
todos ns que atualmente vivemos num contexto bem diferente do perodo da
Guerra Fria, no mesmo? Se antes tnhamos apenas dois polos de poder no
mundo (comandados por EUA e URSS), hoje em dia, a existncia de vrios
desses polos o elemento central do cenrio vivido.
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Todavia, essa multipolarizao no ocorre de forma tranquila, e sim
bastante conflituosa, j que os detentores do poder no desejam perd-lo!
Ainda assim, no mundo globalizado, a desconcentrao de poder no uma
escolha. Inevitavelmente vo surgindo novos competidores - que possuem
meios e disposio - para contestarem o papel de liderana das
superpotncias na conduo dos mais variados assuntos internacionais.
Em meio a tanta competio, torna-se comum a existncia de
discordncias sobre questes relevantes do cenrio poltico e econmico
internacional. Em consequncia disso, aumentam as tenses entre os
principais atores da poltica mundial, que se lanam em jogos de aliana
envolvendo pequenas e mdias potncias.
Esse contexto de busca por aliados favorece, significativamente, a
importncia do Brasil no cenrio internacional, uma vez que ele se destaca e se
fortalece econmica e institucionalmente ao constituir determinadas alianas.
Para analisar a insero brasileira no contexto internacional,
precisamos levar em considerao seu entorno estratgico e suas
ambies no ajuste das naes.
Bem, nosso pas est localizado na Amrica do Sul, portanto, est
distante dos grandes focos de conflitos mundiais Oriente Mdio, ndia e
Paquisto, Coreias, frica e livre de armas nucleares. O conflito mais srio
que permeia a nossa realidade o caso dos brasiguaios. Entretanto, ele vira
caf pequeno diante dos outros conflitos espalhados pelo mundo.
Alm disso, o perfil poltico da Amrica Latina mudou
significativamente nos ltimos anos, colocando a regio no fenmeno
conhecido pelo nome de onda vermelha. Caracterizado pela subida de
vrios lderes de esquerda ao poder, esse fenmeno se iniciou com o
presidente venezuelano Hugo Chvez, em 1998. A partir dali, a escalada da
esquerda no parou mais e foi entendida como uma reao ao fracasso dos
governos conservadores, j que a proposta vermelha sempre esteve voltada
aos problemas sociais e econmicos da Amrica Latina.
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Com um discurso totalmente anti-Bush, Hugo Chvez (Falecido em
05/03/2013) se transformou em inspirao para outros presidentes latinos
como Evo Morales, da Bolvia, Rafael Correa, do Equador e o reeleito agora em
2012, Daniel Ortega, da Nicargua! A onda vermelha contagiou at mesmo
governantes de partidos mais tradicionais, como Nstor Kirchner, ex-
presidente argentino, falecido em 2010.
Em contraposio a esta realidade, os Estados Unidos tambm
possuem seus aliados na Amrica Latina, onde se destacam o Mxico e a
Colmbia. Alm disso, os americanos se mostram bastante dispostos a se
aproximar dos dirigentes esquerdistas que possuem polticas econmicas de
no interveno do Estado na economia, como o Brasil e o Chile.
Durante a maior parte do sculo XX, a poltica externa brasileira se
orientou pelo eixo da diplomacia desenvolvimentista, coerente com o projeto
de industrializao nacional e com o modelo de substituio de importaes.
Isso lhe permitiu um bom ambiente externo para que se desenvolvesse
internamente.
Apesar disso, durante o regime militar, o projeto geopoltico brasileiro
estava voltado para garantir a supremacia militar sul-americana por meio da
aquisio de tecnologias de msseis e enriquecimento de urnio, inclusive com
fins nucleares. Em nome da aquisio de toda a tecnologia nuclear, o Brasil,
inclusive, rejeitou em 1968 o Tratado de No Proliferao (TNP), tornando-se
signatrio deste tratado apenas na dcada de 90.
O fato que com a redemocratizao na Amrica do Sul, na dcada
de 80, a situao se reconfigurou e o Brasil firmou-se como liderana regional
construtiva, devido ao tamanho de sua economia e metas de sua poltica
externa.
Alm disso, pessoal, se observarmos o mapa da Amrica do Sul, fica
fcil visualizar a dimenso da superioridade territorial do Brasil com relao
aos seus vizinhos, no mesmo? Essa superioridade acaba se estendendo
tambm ao lado econmico, mas, no necessariamente, ao social.
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Valor do
IDH
2011
Posio
44
Pas
Chile
0.805
45 Argentina 0.797
47 Barbados 0.793
48 Uruguai 0.783
51 Cuba 0.776
53 Bahamas 0.771
57 Mxico 0.770
58 Panam 0.768
60 Antgua e Barbuda 0.764
62 Trinidade e Tobago 0.760
67 Granada 0.748
69 Costa Rica 0.744
72 So Cristvo e Nvis 0.735
73 Venezuela 0.735
79 Jamaica 0.727
80 Peru 0.725
81 Dominica 0.724
82 Santa Lcia 0.723
83 Equador 0.720
84
85
Brasil
So Vicente e
Granadinas
0.718
0.717
87 Colmbia 0.710
93 Belize 0.699
98 Repblica Dominicana 0.689
104 Suriname 0.680
105 El Salvador 0.674
107 Paraguai 0.665
108 Bolvia 0.663
117 Guiana 0.633
121 Honduras 0.625
129 Nicargua 0.589
131 Guatemala 0.574
158 Haiti 0.454
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posio Pas
PIB
Data da informao
8
Brasil
$
2,172,000,000,000
2010 est.
11
Mxico
$ 1,567,000,000,000
2010 est.
23
Argentina
$ 596,000,000,000
2010 est.
28
Colmbia
$ 435,400,000,000
2010 est.
34
Venezuela
$ 345,200,000,000
2010 est.
42
Peru
$ 275,700,000,000
2010 est.
45
Chile
$ 257,900,000,000
2010 est.
63
Equador
$ 115,000,000,000
2010 est.
74
Repblica Dominicana
$ 87,250,000,000
2010 est.
81
Guatemala
$ 70,150,000,000
2010 est.
90
Costa Rica
$ 51,170,000,000
2010 est.
91
Uruguai
$ 47,990,000,000
2010 est.
92
Bolvia
$ 47,880,000,000
2010 est.
93
Panam
$ 44,360,000,000
2010 est.
95
El Salvador
$ 43,570,000,000
2010 est.
103
Honduras
$ 33,630,000,000
2010 est.
104
Paraguai
$ 33,310,000,000
2010 est.
111
Trinidade e Tobago
$ 26,100,000,000
2010 est.
129
Nicargua
$ 17,710,000,000
2010 est.
145
Haiti
$ 11,480,000,000
2010 est.
159
Guiana
$ 5,379,000,000
2010 est.
164
Suriname
$ 4,711,000,000
2010 est.
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Vejam as tabelas acima e analisem, rapidamente, tanto os PIBs
quanto os IDHs de cada pas. Se, num primeiro momento, tendemos a pensar
que um Produto Interno Bruto alto, garante um bom ndice de
Desenvolvimento Humano, ao observarmos as tabelas que seguem
perceberemos que o buraco mais embaixo como diria vov...rs!!
Ento vamos dar uma olhadinha nos dados, sempre lembrando que
no precisa decorar nadinha deles, ok? Eles servem aqui apenas para
reforarem os argumentos que viro! ;-)
Pelas tabelas vemos que o PIB brasileiro , de longe, o maior da
Amrica do Sul, certo? Entretanto, isso no significa que tenhamos o melhor
ndice de desenvolvimento humano, que ficou para o Chile. :-/
E o que isso significa, professora?? Significa, pessoal, que nosso
crescimento econmico excelente, pois o PIB medido a partir da soma do
valor de todos os servios e bens produzidos em um perodo determinado. No
entanto, apesar de termos muitas riquezas para comercializar, um volume
imenso dinheiro rodando pelo pas e entrando nos cofres pblicos isso no
resulta, necessariamente, em qualidade de vida para a populao.
Ento creio que se eu perguntasse a vocs: Qual o pas da Amrica
Latina apresenta o menor ndice de desigualdade? Sua resposta seria Chile,
certo???
Erraaaado!! Pois , queridos, quando se fala em desigualdade, surge
um dado recente importantssimo de sabermos: a Venezuela o pas com
menor desigualdade da Amrica Latina!
Muitos de vocs devem estar se perguntando por que no ouviram
falar disso, no mesmo? O engraado que eu me perguntei a mesma coisa
quando li isso num jornal muito pouco conhecido!! Mas o fato que a
Venezuela mesmo o pas com menor desigualdade entre ricos e pobres da
Amrica Latina e Caribe, segundo o informe apresentado pela ONU em agosto
de 2012 e a divulgao dessa noticia no parece interessar a muita gente!
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No campo econmico, existem pases com economia madura, como
Brasil e Argentina, enquanto outros so mais frgeis economicamente, como
Bolvia e Paraguai. J no campo social, a Amrica do Sul sofre, de forma
generalizada, com o problema da desigualdade na distribuio de renda e com
a concentrao do poder econmico nas mos de uma minoria. Basta
analisarmos, ainda que rapidamente, as tabelas acima, para percebermos.
A Venezuela, com 0,41 no ndice de Gini, o de menor inequidade,
segundo dados de 2009 (mas continua sendo mais desigual que os Estados
Unidos ou Portugal - o mais desigual de Europa).
O governo venezuelano, presidido por Hugo Chvez( falecido em
2013), teve como uma de suas metas principais a reduo da pobreza extrema
e a incluso social, objetivos que vem alcanando, segundo as cifras oficiais,
graas aos programas sociais e cientficos que desenvolve para as populaes
mais vulnerveis.
Como podemos constatar, o continente sul-americano marcado por
ampla heterogeneidade poltica, social e econmica. Ao mesmo tempo em que
h pases com o regime democrtico consolidado, como o Brasil, h outros em
que ainda persistem regimes autoritrios, que limitam a liberdade de imprensa
e de opinio, como o caso da Venezuela.
A existncia de todas essas heterogeneidades um ponto que cria
complicaes ao processo de integrao na Amrica do Sul. E por que essa
integrao to valorizada?
Bem, uma vez que o territrio esteja integrado, isso significa que os
interesses esto compatveis e, portanto, se reduziria a possibilidade de
conflitos na regio. Embora a iniciativa de formao da UNASUL ressalte a
inteno de congregar todos os pases da Amrica do Sul sob um nico bloco
econmico, o que se v na prtica outra coisa.
Atualmente, h dois fortes blocos no continente: o MERCOSUL
(formado por Brasil, Argentina, Paraguai, Uruguai e Venezuela) e a
Comunidade Andina (Bolvia, Colmbia, Equador e Peru).
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Considerando que, conforme afirma a Poltica de Defesa Nacional, a
segurana de um pas afetada pelo grau de instabilidade da regio em que se
insere, importante termos uma noo de como funcionam as relaes
polticas entre os pases sul-americanos. A seguir, comentarei situaes
relevantes nas relaes entre os pases da regio.
Bom, vamos observar o mapa para termos em mente a configurao
da regio que ser abordada nos prximos itens. No se acanhem em voltar ao
mapa quantas vezes precisar para lembrar quem vizinho de quem, t?
Pases-membros da Comunidade Andina Pases-
membros do MERCOSUL
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Vamos ver como esses conhecimentos j foram cobrados em
concursos anteriores
11(CESPE/TRE-RJ/2012) A respeito do Mercado Comum do Sul
(MERCOSUL) e das dificuldades que esse bloco ainda encontra para se
consolidar, julgue os prximos itens.
a) A dependncia do Brasil em relao ao MERCOSUL crescente, haja
vista que as exportaes para esse bloco mais do que dobraram entre
janeiro e junho de 2012, quando comparadas com os mesmos meses
de 2011.
COMENTRIOS
Esta assertiva est errada. O que ocorreu, na verdade, foi
justamento o inverso. No acumulado janeiro-junho de 2012, as exportaes
apresentaram um valor inferior ao igual perodo de 2011. As exportaes
registraram retrao de 1,7%, pela mdia diria. Fiquem atentos!As
importaes, sim, tiveram um aumento de 3,7% sobre o mesmo perodo
anterior, pela mdia diria.
b) A aprovao da entrada da Venezuela no MERCOSUL se deu depois
de recente crise poltica ocorrida no Paraguai.
COMENTRIOS
A assertiva B est correta. O Paraguai foi suspenso
temporariamente do bloco do MERCOSUL por causa da maneira pouco
democrtica pela qual foi conduzido o impeachment do presidente Fernando
Lugo. Como o Paraguai era contra da participao da Venezuela, a retirada do
Paraguai abriu uma brecha para que os demais pases aceitassem o ingresso
da Venezuela a partir de 31 de julho desde ano.
c) Na mesma reunio em que foi aprovada a entrada da Venezuela no
bloco, foi recusada a admisso dos pases da Aliana do Pacfico (Chile,
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Colmbia, Peru e Mxico), sob a argumentao de eles serem
considerados neoliberais.
COMENTRIOS
A assertiva C est errada. Tenham cuidado com este tipo de
questo. Chile, Colmbia e Mxico so pases neoliberais, somente o Peru de
esquerda. Corre-se, ento, o risco de considerar a questo como certa, por
conter um dado verdadeiro. Os pases que compem a Aliana do Pacfico
uniram-se com o objetivo de dar plena liberdade s suas empresas e aos seus
215 milhes de habitantes para transitar, estudar, trabalhar, movimentar
capitais e fazer negcios sem precisar de licena prvia dos governos locais.
Na prtica, a Aliana do Pacfico um novo bloco poltico e econmico capaz de
rivalizar com o MERCOSUL, distanciando-se dele.
12 - (VUNESP/TJ-SP/2012) Mercosul suspender Paraguai dos rgos
do bloco
O Mercosul, reunido na cidade argentina de Mendoza, suspender o
Paraguai dos rgos do bloco, informou nesta quinta-feira, 28 de
junho, o chanceler brasileiro, Antnio Patriota. (Terra. 28.06.12.
Adaptado)
A suspenso do Paraguai do Mercosul se deveu
(A) ao golpe sofrido pelo presidente Fernando Lugo, democraticamente eleito,
o que contrariou a chamada clausula democrtica do bloco.
(B) aproximao dos chamados brasiguaios com os sem-terra paraguaios,
acirrando as tenses polticas e sociais no pas vizinho.
(C) s tentativas do Paraguai de influir na poltica interna venezuelana,
apoiando a oposio a Chvez, o que foi considerado uma afronta aos
princpios democrticos.
(D) lei aprovada no pas vizinho que libera o cultivo e a comercializao da
maconha, contrariando toda a poltica antidrogas estabelecida no continente.
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(E) ao acordo econmico assinado pelo pas, diretamente com os EUA, o que
contrariou a prioridade que os outros pases do bloco deveriam ter.
Comentrios
Considero esta questo bem fcil, uma vez que o assunto foi
amplamente divulgado na mdia. O Paraguai foi suspenso do MERCOSUL
porque os pases integrantes consideraram que a destituio de Fernando Lugo
foi uma ruptura da ordem democrtica. Sendo assim, a alternativa certa a
letra A.
A alternativa B fala sobre brasiguaios e os sem terra. Bem, os
brasiguaios so os brasileiros e seus descendentes que imigraram para o
Paraguai em busca de terras mais baratas nos anos 60 e os sem terra, so os
paraguaios legtimos. Lugo era acusado de apoiar os sem terra e at de
estimular as invases. H um conflito, sim, entre brasiguaios e sem terra, mas
isso no em relao com a suspenso do Paraguai do MERCOSUL. A alternativa
B est errada.
A alternativa C tambm est errada. Chvez est no poder a quatorze
anos, estando no terceiro mandato que vai at 2019. No existe essa tentativa
de interveno de Lugo no governo de Chvez.
A alternativa D est falando do Uruguai que estuda liberar o plantio
da maconha para consumo pessoal para por fim a uma contradio no pas,
onde no crime consumir, mas sim comprar e vender drogas. Outro fato que
no tem relao com a suspenso do Paraguai.
A alternativa E tambm est errada, uma vez que o MERCOSUL no
probe a negociao com outros pases de outros blocos econmicos. Se assim
fosse, no teramos tantos negcios com a China, por exemplo.
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13-(Questo indita) Influenciada pela chamada Primavera rabe,
nome dado a uma srie de revoltas populares contra governos
antidemocrticos, a populao da Sria foi para as ruas pedir a
renncia do presidente Bashar al-Assad. Sobre este tema analise as
sentenas abaixo e assinale a alternativa correta:
I - As manifestaes acima descritas iniciaram-se no final de 2010 e inicio de
2011 e j atingiram diversos pases da regio, podemos citar como lderes
mortos ou depostos, Ben Ali, da Tunsia; Hosni Mubarak, do Egito; Muamar
Kadafi, da Lbia; e Ali Abdullah Saleh, do Imen.
II - Os Estados Unidos, principal potncia mundial, apoia o regime de Bashar
al-Assad, o que influencia a falta de reao do Conselho de Segurana da ONU,
at o momento incapaz de obter um consenso sobre como enfrentar a
situao.
III - O desenrolar do conflito srio, tem levado a relatos de crimes de guerra,
como massacres, tortura e estupros, cometidos apenas por foras do governo,
o que gerou uma investigao por parte da ONU.
IV - A Sria, com mais de 22,5 milhes de habitantes, palco da mais
violenta represso contra opositores ao regime entre os pases da chamada
"Primavera rabe",
a) apenas a alternativa IV esta correta.
b) as alternativas I, III e IV esto corretas.
c) as alternativas I e III esto corretas.
d) apenas as alternativas I e IV esto corretas.
E) todas esto corretas.
COMENTRIOS
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Jimmy Carter e o lder norte-coreano Kim Il Sung, negociaram o caminho de
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Os EUA no apoiam o regime de Bashar al-Assad, os crimes de
guerra vem sendo cometidos por ambos os lados e no apenas pela fora do
governo. Portanto, a resposta a letra D.
Estados Unidos e Coria do Norte
Bom, galera, um outro assunto que, alm de estar na mdia do mundo
todo, tem colocado todos em estado de alerta , sem dvida, a ameaa que a
Creia do Norte emitiu aos EUA, agorinha mesmo, no ano de 2013.
Alguns de vocs devem estar se perguntando: O que houve para que
isso acontecesse? Quem provocou quem e por que foi to srio assim,
professora? Bem, tudo comeou por causa de um vo, mas no um vo
qualquer! Ressalte-se, nesse momento, que a relao entre esses dois pases,
h tempos, no to amvel!
Vocs sabiam que a Coria do Norte o "adversrio mais antigo" dos
Estados Unidos?
Teremos que fazer uma breve retrospectiva histrica. Prometo ser
breve mesmo, rsrs!!
Ao final da Segunda Guerra Mundial, os norte-americanos ajudaram
a dividir a pennsula coreana em Coria do Sul e Coria do Norte que at ento
era uma colnia do Japo. A Coria do Norte foi ocupada pelos russos e os
norte-americanos ocuparam a Coria do Sul; isto levou a Coria a um conflito
poltico e guerra o que deixou o pas em runas. O sul enriqueceu, e o norte
empobreceu, com o fim da Unio Sovitica.
Avanando no tempo chegamos ao ano de 1990. Neste ano a Coria
do Norte expandiu o seu programa nuclear, e os Estados Unidos emitiram o
alerta de suspeitas de desenvolvimento de armas de destruio em massa e
ameaaram bombardear essas instalaes, com isso a relao entre os dois
pases piorou e ficou estremecida por um bom tempo. Somente em 1994,
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volta do limiar da guerra; o acordo entre eles exigia que a Coria do Norte
congelasse o seu programa nuclear em troca de carregamentos pesados de
leo combustvel dos Estados Unidos e dois reatores nucleares de gua leve a
serem construdos por um consrcio internacional financiado, em grande parte,
pelo Japo e a Coria do Sul. Tambm se comprometeram a avanar em
direo plena normalizao das relaes diplomticas.
Com a morte do lder norte-coreano Kim Jong-il, (dez/11) a sucesso
ficou para seu filho Kim Jong-n de 30 anos. Somente em fevereiro de 2012 ele
iniciou com os Estados Unidos um primeiro contato oficial, cujo principal tema
foi a desnuclearizao na pennsula coreana, e outras questes, como a no
proliferao nuclear, os direitos humanos e tambm questes humanitrias.
A Coria do Norte um Estado comunista, e sua economia
inicialmente teve um crescimento substancial, mas entrou em colapso na
dcada de 1990, ao contrrio do seu vizinho comunista a China. A Coria do
Sul surgiu, aps dcadas de regime autoritrio, como uma democracia liberal
capitalist