Aula 02 Economia Regiona

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  • 8/16/2019 Aula 02 Economia Regiona

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    Aula 1

    Faculdade Santa Terezinha

    Professor Mauro Veras

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      Economia Regional e Urbana

    Na aula de hoje, estudaremos as teorias clássicasde desenvolvimento regional, de onde tiramos boaparte dos conceitos que hoje são usados emEconomia Regional e Urbana, tais como: ! e"eitos de encadeamento pra trás e pra "rente#! e"eitos de polari$a%ão e dispersão#! e"eitos aglomerativos#

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    O que essas teorias procuram responder basicamente é:

     

    •  Por que as regies crescem!

    • O que faz uma regi"o crescer mais

    rapidamente dos que as outras!• #ual o efeito do crescimento de uma regi"o

    sobre as demais! $concentra%"o outransbordamento!&

    • #ual a tend'ncia de concentra%"o de renda edesen(ol(imento! $aumento ou diminui%"o!&

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    As teorias de desenvolvimento regional procurame&plicar essas perguntas de diversas maneiras'

    (eorias de )lássicas *esenvolvimento Regional: 1' +ase Econmica -Ale&ander 1./0# (iebout 1.23 ver pd" tese teoria da

    base economica pag'14 e slide dubai2' 56los de )rescimento -5errou&, 1./7#34' )ausa%ão Acumulativa -89rdal, 1./# ;irschman,1./

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    1. Modelo de Base Econômica

     @egundo essa teoria, o crescimento de uma região seriae&plicado por um modelo macroeconmico regionalcomposto de dois setores, quais sejam: ! Um componente que serve aos residentes locais, para oconsumo local: setor não básico ! Um componente que produ$ bens e servi%os para o

    consumo "ora da região: setor básico -ou setore&portador3'

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    *a teramos a seguinte rela%ão: Setor local = f (setor exportador) 

    Neste caso teramos: 

    ! B setor básico C o setor responsável pela dinami$a%ão daeconomia, atravCs de e"eitos multiplicadores oupropulsores do crescimento' D o setor que dá a inje%ão derecursos na economia'

    !B setor não básico internali$a o e"eitos multiplicadoresdo setor e&portador'

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    Assim, a renda regional pode ser e&plicada por umchoque na base econmica, que vai se e&pandir pelaeconomia do setor básico para os setores não básicosatravCs dos e"eitos multiplicadores' 

    Exemplo +rasil na Cpoca do a%>car, que era a baseeconmica do sistema' A economia da região estavaintimamente ligada a esse setor base, de modo quechoques no mesmo tinham grande impacto sobre aeconomia'

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    !roblemas deste modelo denti"ica%ão do setor e&portador, do setor base'

    Fuanto maior a cidade, mais comple&a C aeconomia, mais di"cil C de"inir qual setor que"orma sua base'

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    ". #eoria dos p$los de crescimento -aula dia 7/ desetembro3

    A idCia de p6los de crescimento C atribuda ao"rancGs Hran%ois 5errou& -1./73

    ! a estratCgia de desenvolvimento deveria se "ocarno investimento em um setor espec"ico, que seriao p6lo de crescimento, para impulsionar o

    desenvolvimento'

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    ! A idCia C estimular, sob polticas apropriadas, certoscentros urbanos de modo que estes se tornem p6los de

    crescimento'

    ! (oda economia tem um n>cleo industrial básico'Fuando esse p6lo come%a e se e&pandir, as outraseconomias deveriam se e&pandir tambCm atravCs das

    várias linkages estabelecidas entre o setor estimulado eos outros setores da economia'

     

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    %d&ia  "avorecer um ind>stria que tenha grande capacidade degerar encadeamentos sobre a economia, e a entram conceitos

    bastante utili$ados em Economia Regional, que são os backward  e forward linkages, ou e"eitos de encadeamentos para trás para"rente'

     

    B e"eito de encadeamento envolvendo produtos agrcolas "oiteori$ado por dois autores' @egundo =atIins -1.43, oencadeamento para trás, ou e"eito para trás -bacIJard linIage3,de"ine indu$imentos para investir na produ%ão interna de insumospara o setor do produto principal' Bs encadeamentos para "rente,ou e"eitos para "rente -"orJard linIage3, se relacionam aosestmulos para investir nas ind>strias que utili$am o produtoprincipal como insumos

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    Exemplo 1: o caso da instala%ão de umamontadora em uma região menos desenvolvida' Exemplo ": a constru%ão de +raslia comoalternativa de internali$ar um pouco ocrescimento'

    Exemplo ' @hopping )enters

    !roblema: setores não "avorecidos podem sesentir prejudicados'

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    '. #eoria da asa*+o ,cmlati-a Essa teoria procura e&plicar a "orma como osmecanismos de mercados e&plicam o crescimentode um determinado p6lo, e a in"luGncia que essep6lo e&erce sobre as demais regiKes' 

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    #eoria Econômica e Regies Sbdesen-ol-idasGunnar Myrdal

    princ/pio da casa*+o circlar acmlati-a: pode levar

    a um c/rclo -icioso de pobre0a:

    ! 89rdal dá o e&emplo do homem pobre: terá bai&opotencial produtivo# portanto ganhará pouco, o que otornará ainda mais pobre'

    ! Lenerali$ar o e&emplo para o caso de um pas ouregião: vemos que não e&iste uma tendGncia de auto!estabili$a%ão automática no sistema social'

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    ! Bu seja, dada a causa%ão circular, o processosocial torna!se acumulativo, o que signi"ica que aoinvCs de seguir em dire%ão ao estado de equilbrio,a"asta!se dele'

    ! Assim, o sistema social pode convergir para umaMacomoda%ão indesejável que pode, entretanto,ser alterada por algum choque e&6geno, cuja

    responsabilidade poderia ser atribuda ao governo' 

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    Mecanismo da casa*+o circlar

    back-wash effects O efeitos regressi-os o centr/petos'B "enmeno ocorre quando a região em e&pansão atrai os

    "atores produtivos das outras regiKes, tais como mão!de!obra, capital e servi%os'

    @e, por algum motivo, um determinado local torna!se um

    centro atrator, a tendGncia C que este centro "ortale%acada ve$ mais sua posi%ão

    Assim, as "or%as de mercado tenderiam a aumentar e nãoa diminuir as desigualdades regionais'

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    2%3ERE45,S EM RE6,578 9 #E8R%, 4E86:SS%,

    *o ponto de vista do progresso tCcnico, a abordagemneoclássica admite que esse processo C e&6geno e pode serincorporado tanto em máquinas e equipamentos e&istentesquanto tambCm em novos' As "ontes de desenvolvimentoseriam o crescimento da popula%ão e a incorpora%ão do

    progresso tCcnico'

      !Bs "atores de produ%ão são não homogGneos! Bs mercados são imper"eitos

    ! B mecanismo de pre%os C alterado por economias de escala e

    e&ternalidades'! Assim, os desequilbrios não seriam corrigidos por mecanismos

    opostos, mas seriam apro"undados por mecanismos aglomerativos' AlCmdisso, e&istem "atores sociais, culturais e institucionais que "a$em com

    que uma região cres%a mais que a outra'

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    A autoridade governamental deve, portanto, estimular odesencadeamento dos e"eitos centr"ugos, que geram umcrculo de causa%ão cumulativa rumo aodesenvolvimento'

    A implanta%ão de um projeto não deve considerarsomente os lucros privados, pois a implanta%ão de umaind>stria gera uma sCrie de e&ternalidades que"uncionam como e"eitos propulsores para a economia'

    Um problema que surge então C como estabelecer adivisão do que C responsabilidade p>blica do que Cparticular'

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    #ransmiss+o %nter;Regional e %nternacional do2esen-ol-imento Econômico

     Albert O. Hirschman  -compl' @lide compl aula 23 A princpio, o e"eito de polari$a%ão C perverso para as

    demais regiKes, pois elas perderão para o p6lo mão!de!obra mais jovem, quali"icada e empreendedora, o quetambCm ocorre com o capital'

    Bu seja, e&iste uma tendGncia natural de centrali$a%ão 

    do crescimento em torno de alguns p6los o que, aprincpio, pode não ser necessariamente malC"ico aopas'

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    8as a visão de que se processará um processo decausa%ão circular acumulativa que leve a um crculo depobre$a C pessimista, pois subestima as repercussKeseconmicas "avoráveis da região em desenvolvimentosobre as outras'

    @egundo o autor, a polari$a%ão dos "atores de produ%ãocriará um crculo de reinvestimentos que, em >ltimainstPncia, C benC"ica para o pas como um todo, dado o

    volume de acumula%ão gerado'

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    D preciso, entretanto, que em algum momento

    essa abundancia va$e para outras regiKes, não s6para "ins igualitários no pas, como tambCm paraassegurar a continuidade do crescimento'

    )omo os p6los de desenvolvimento não surgem demaneira igualitária nem dispersa pelo pas, critica89rdal por de"ender que o crescimento seja "eitode "orma igualitária'

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    Regional %nee !rocess of 4ational2e-elopment , description of t>e !atterns.

     Jeffrey G. Williamson Argumenta de "orma verbal e emprica que e&istemra$Kes para acreditarmos que, em algum momento, essatendGncia Q polari$a%ão será revertida'

    ! A tendGncia natural do crescimento C a centrali$a%ãodas atividades em algumas regiKes'''

    ! mas a continuidade desse processo C o crescimento dana%ão como um todo atravCs da maior integra%ão dosmercados regionais' 

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    an?lise cross-section: B nvel de desigualdade C maior nos pases com nvel derenda considerados mCdios, e menor nos pases maisdesenvolvidos'

    an?lise de s&ries de tempo:Nveis de desigualdade regional maiores estão presentesnos primeiros estágios de desenvolvimento, e se observauma certa convergGncia Q medida que o pas se encontraem estágios mais avan%ados de desenvolvimento'

    Essa evidGncia tende a "ortalecer a tese de u$nets deque nos nveis iniciais do crescimento a desigualdadetenderia a aumentar, para depois diminuir' 

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    @. ,tra*+o de indAstria a pro-is+o deinfraestrtra

     ! +aseada nas teorias anteriores: teoria de baseeconmica, p6los de crescimento e causa%ãoacumulativa

    ! dCia: o"erecer incentivos a determinadas regiKesde modo a estimular aqueles setores básicos,esperando um retorno multiplicador baseado nas

    teorias anteriormente descritas'

    ! Bs bene"cios devem superar os custos

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    S+o sgeridos os segintes est/mlos entreotros 

    1'Estmulo Q educa%ão -básica, pro"issionali$anteeuniversitária3: quali"ica%ão da mão!de!obra'

    2' *ota%ão de in"raestrutura Q região -estradas,portos, "errovias, energia elCtrica,telecomunica%Kes3'

    4' ncentivos "iscais e subsdios -atra%ão deempresas visando "ortalecer as chamadasbackward e forward linkages3#

    0' Hacilidade de crCdito Qs empresas'

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    Exemplos

    !+rasil na Cpoca S: provisão de in"raestrutura visando oaumento de produtividade do setor privado,econseqTente atra%ão de ind>strias'!8ilagre Econmico!Luerra Hiscal

     r/ticas; B alto custo que pode ter esse processo! *istor%Kes dos mecanismos de mercado, dos pre%osrelativos pode ser prejudicial Q pr6pria ind>stria, quepode se tornar menos competitiva

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    C. #eoria 6ocacional (Doo-er 1@FG Hebber 1F@)

    A teoria locacional estuda a locali$a%ão industrial, adistribui%ão espacial da ind>stria

    Estuda o processo de decisão de locali$a%ão das "irmas, atomada de decisão:

    ! 5or que se locali$ar em uma determinada região e não

    em outra!Fue "atores in"luenciam a decisão de locali$a ão da

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    A teoria di$ que as "irmas se locali$am de "orma aminimi$ar custos e ma&imi$ar oportunidades, de modo ama&imi$ar lucros'

    Esses custos e oportunidades envolvem:economias de escala, custos de transporte e custos de

    mão de obra, entre outros custos'

    Butros custos não tão "acilmente mensuráveis tambCmin"luenciam a decisão locacional:! e&ternalidades,! amenidades,! clima de neg6cios,! congestionamento, etc

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    I. Efeitos ,glomerati-os (Maier "JJ1) 5rocura e&plicar movimento industrial observadodentro de uma região# por que em algumas regiKes"ormam!se grandes concentra%Kes industriais'

    (em a ver com a idCia de economiasaglomerativas, que considera um conjunto amplode caractersticas da área:! varia%Kes nos custos, vantagens locacionais,! di"usão de idCias e do campo de inova%Kes,! mercado de trabalho desenvolvido,! pro&imidade dos "ornecedores, etc'

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     ! )lusters: se e&istem retornos crescentes de escala,

    uma ind>stria pode produ$ir mais e"icientemente caso seconcentre numa determinada região'

    ! Uma região considerada um campo aglomerativo e&ercepoder de atra%ão sobre novos investimentos industriais'