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Acesse www.baixarveloz.net RACIOCÍNIO LÓGICO p/ POLÍCIA FEDERAL TEORIA E EXERCÍCIOS COMENTADOS Prof. Arthur Lima Aula 03 Prof. Arthur Lima www.estrategiaconcursos.com.br 1 AULA 03: LÓGICA PROPOSICIONAL SUMÁRIO PÁGINA 1. Teoria 01 2. Resolução de questões 20 3. Lista das questões apresentadas na aula 52 4. Gabarito 63 Olá! Vamos dar início à nossa terceira aula. Hoje veremos a teoria de estruturas lógicas e lógica de argumentação. Resolveremos vários exercícios para você começar a fixar os conceitos. Lembre-se que este tema é um dos focos do seu edital. Sugiro que você sempre tente resolver os exercícios antes de ler a minha resolução. E, sempre que preciso, retorne aos pontos teóricos nos quais você encontre dificuldade. 1. TEORIA 1.1 Introdução Para começar este assunto, você precisa saber que uma proposição é uma frase que admita um valor lógico (V – verdadeiro ou F – falso). Ex.: A bola é azul. Veja que não existe meio termo: ou a bola é realmente de cor azul, tornando a proposição verdadeira, ou a bola é de outra cor, sendo a proposição falsa. Observe que nem toda frase pode ser considerada uma proposição . Por exemplo, a exclamação “Bom dia!” não pode ser classificada como verdadeira ou falsa. O mesmo ocorre com as frases “Qual o seu nome?” ou “Vá dormir”, que também não têm um valor lógico (V ou F). No estudo de lógica de argumentação, usamos letras minúsculas (principalmente p, q e r) para simbolizar uma proposição. É importante também conhecer alguns princípios relativos às proposições. O princípio da não-contradição diz que uma proposição não pode ser, ao mesmo tempo, Verdadeira e Falsa. Ou uma coisa ou outra. Já o princípio da exclusão do

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AULA 03: LÓGICA PROPOSICIONAL

SUMÁRIO PÁGINA

1. Teoria 01

2. Resolução de questões 20

3. Lista das questões apresentadas na aula 52

4. Gabarito 63

Olá!

Vamos dar início à nossa terceira aula. Hoje veremos a teoria de estruturas

lógicas e lógica de argumentação. Resolveremos vários exercícios para você

começar a fixar os conceitos.

Lembre-se que este tema é um dos focos do seu edital. Sugiro que você

sempre tente resolver os exercícios antes de ler a minha resolução. E, sempre que

preciso, retorne aos pontos teóricos nos quais você encontre dificuldade.

1. TEORIA

1.1 Introdução

Para começar este assunto, você precisa saber que uma proposição é uma

frase que admita um valor lógico (V – verdadeiro ou F – falso). Ex.: A bola é azul.

Veja que não existe meio termo: ou a bola é realmente de cor azul, tornando a

proposição verdadeira, ou a bola é de outra cor, sendo a proposição falsa. Observe

que nem toda frase pode ser considerada uma proposição. Por exemplo, a

exclamação “Bom dia!” não pode ser classificada como verdadeira ou falsa. O

mesmo ocorre com as frases “Qual o seu nome?” ou “Vá dormir”, que também não

têm um valor lógico (V ou F). No estudo de lógica de argumentação, usamos letras

minúsculas (principalmente p, q e r) para simbolizar uma proposição.

É importante também conhecer alguns princípios relativos às proposições. O

princípio da não-contradição diz que uma proposição não pode ser, ao mesmo

tempo, Verdadeira e Falsa. Ou uma coisa ou outra. Já o princípio da exclusão do

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terceiro termo diz que não há um meio termo entre Verdadeiro ou Falso. Portanto,

se temos uma proposição p (exemplo: “2 mais 2 não é igual a 7”), sabemos que:

- se essa frase é verdadeira, então ela não pode ser falsa, e vice-versa (não-

contradição), e

- não é possível que essa frase seja “meio verdadeira” ou “meio falsa”, ela deve ser

somente Verdadeira ou somente Falsa (exclusão do terceiro termo).

Uma observação importante: não se preocupe tanto com o conteúdo da

proposição. Quem nos dirá se a proposição é verdadeira ou falsa é o enunciado do

exercício. Ao resolver exercícios você verá que, a princípio, consideramos todas as

proposições fornecidas como sendo verdadeiras, a menos que o exercício diga o

contrário. Se um exercício disser que a proposição “2 + 2 = 7” é Verdadeira, você

deve aceitar isso, ainda que saiba que o conteúdo dela não é realmente correto. Isto

porque estamos trabalhando com Lógica formal.

Vejamos duas proposições exemplificativas:

p: Chove amanhã.

q: Eu vou à escola.

Note que, de fato, p e q são duas proposições, pois cada uma delas pode ser

Verdadeira ou Falsa.

Duas ou mais proposições podem ser combinadas, criando proposições

compostas, utilizando para isso os operadores lógicos. Vamos conhecê-los

estudando as principais formas de proposições compostas. Para isso, usaremos

como exemplo as duas proposições que já vimos acima. Vejamos como podemos

combiná-las:

a) Conjunção (“e”): trata-se de uma combinação de proposições usando o

operador lógico “e”, ou seja, do tipo “p e q”. Por exemplo: “Chove amanhã e eu

vou à escola”. Utilizamos o símbolo ^ para representar este operador. Ou seja,

ao invés de escrever “p e q”, podemos escrever “ p q∧ ”.

Veja que, ao dizer que “Chove amanhã e eu vou à escola”, estou afirmando que

as duas coisas acontecem (chover e ir à escola). Em outras palavras, esta

proposição composta só pode ser Verdadeira se as duas proposições simples que

a compõem forem verdadeiras, isto é, acontecerem. Se chover e, mesmo assim, eu

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não for à escola, significa que a conjunção acima é Falsa. Da mesma forma, se não

chover e mesmo assim eu for à escola, a expressão acima também é Falsa.

Portanto, para analisar se a proposição composta é Verdadeira ou Falsa,

devemos olhar cada uma das proposições que a compõem. Já vimos que se p

acontece (p é Verdadeira) e q acontece (q é Verdadeira), a expressão p e q é

Verdadeira. Esta é a primeira linha da tabela abaixo. Já se p acontece (V), isto é, se

chove, e q não acontece (F), ou seja, eu não vou à escola, a expressão inteira

torna-se falsa. Isto também ocorre se p não acontece (F) e q acontece (V). Estas

são as duas linhas seguintes da tabela abaixo. Finalmente, se nem p nem q

acontecem (ambas são Falsas), a expressão inteira também será falsa. Veja esta

tabela:

Valor lógico de p

(“Chove amanhã”)

Valor lógico de q

(“Eu vou à escola”)

Valor lógico de p e q

( p q∧ )

V V V

V F F

F V F

F F F

A tabela acima é chamada de tabela-verdade da proposição combinada “p e q”.

Nesta tabela podemos visualizar que a única forma de tornar a proposição

verdadeira ocorre quando tanto p quanto q são verdadeiras. E que, para desmenti-

la (tornar toda a proposição falsa), basta provar que pelo menos uma das

proposições que a compõem é falsa.

b) Disjunção (“ou”) : esta é uma combinação usando o operador “ou”, isto é, “p ou

q” (também podemos escrever p q∨ ). Ex.: “Chove amanhã ou eu vou à escola”.

Veja que, ao dizer esta frase, estou afirmando que pelo menos uma das coisas

vai acontecer: chover amanhã ou eu ir à escola. Se uma delas ocorrer, já estou

dizendo a verdade, independentemente da outra ocorrer ou não. Agora, se

nenhuma delas acontecer (não chover e, além disso, eu não for à escola), a minha

frase estará falsa. A tabela abaixo resume estas possibilidades:

Valor lógico de p

(“Chove amanhã”)

Valor lógico de q

(“Eu vou à escola”)

Valor lógico de p ou q

( p q∨ )

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V V V

V F V

F V V

F F F

Como você pode ver na coluna da direita, a única possibilidade de uma

Disjunção do tipo p ou q ser falsa ocorre quando tanto p quanto q não acontecem,

isto é, são falsas.

Talvez você tenha estranhado a primeira linha da tabela. Na língua

portuguesa, “ou” é utilizado para representar alternativas excludentes entre si (isto

é, só uma coisa poderia acontecer: chover ou então eu ir à escola). Assim, talvez

você esperasse que, caso p fosse verdadeira e q também fosse verdadeira, a frase

inteira seria falsa. Veja que isto não ocorre aqui. Veremos isso no próximo item, ao

estudar a disjunção exclusiva.

c) Disjunção exclusiva (Ou exclusivo): esta é uma combinação do tipo “ou p ou

q” (simbolizada por p q⊕ ). Ex.: “Ou chove amanhã ou eu vou à escola”.

Aqui, ao contrário da Disjunção que vimos acima, a proposição composta só é

verdadeira se uma das proposições for verdadeira e a outra for falsa. Isto é, se eu

digo “Ou chove amanhã ou eu vou à escola”, porém as duas coisas ocorrem

(amanhã chove e, além disso, eu vou à escola), a frase será falsa como um todo.

Veja abaixo a tabela-verdade deste operador lógico, chamado muitas vezes de “Ou

exclusivo”, em oposição ao “ou” alternativo que vimos acima:

Valor lógico de p

(“Chove amanhã”)

Valor lógico de q

(“Eu vou à escola”)

Valor lógico de Ou p ou

q

( p q⊕ )

V V F

V F V

F V V

F F F

Marquei em vermelho a única mudança que temos em relação ao caso

anterior.

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d) Condicional (implicação) : uma condicional é uma combinação do tipo “se p,

então q” (simbolizada por p q→ ). Usando o nosso exemplo, podemos montar a

proposição composta “Se chove amanhã, eu vou à escola”.

Esta é a proposição composta mais comum em provas de concurso. Chamamos

este caso de Condicional porque temos uma condição (“se chove amanhã”) que,

caso venha a ocorrer, faz com que automaticamente a sua consequência (“eu vou à

escola”) tenha que acontecer. Isto é, se p for Verdadeira, isto obriga q a ser

também Verdadeira.

Se a condição p (“se chove amanhã”) não ocorre (é Falsa), q pode ocorrer (V)

ou não (F), e ainda assim a frase é Verdadeira. Porém se a condição ocorre (p é V)

e o resultado não ocorre (q é F), estamos diante de uma proposição composta que

é Falsa como um todo. Tudo o que dissemos acima leva a esta tabela:

Valor lógico de p

(“Chove amanhã”)

Valor lógico de q

(“Eu vou à escola”)

Valor lógico de Se p,

então q ( p q→ )

V V V

V F F

F V V

F F V

e) Bicondicional (“se e somente se”) : uma bicondicional é uma combinação do

tipo “p se e somente se q” (simbolizada por p q↔ ). Ex.: “Chove amanhã se e

somente se eu vou à escola”.

Quando alguém nos diz a frase acima, ela quer dizer que, necessariamente,

as duas coisas acontecem juntas (ou então nenhuma delas acontece). Assim,

sabendo que amanhã chove, já sabemos que a pessoa vai à escola. Da mesma

forma, sabendo que a pessoa foi à escola, então sabemos que choveu. Por outro

lado, sabendo que não choveu, sabemos automaticamente que a pessoa não foi à

escola.

Note, portanto, que a expressão p q↔ só é verdadeira quando tanto p

quanto q acontecem (são Verdadeiras), ou então quando ambas não acontecem

(são Falsas). Se ocorrer outro caso (chover e a pessoa não for à escola, por

exemplo), a expressão p q↔ é Falsa. Isso está resumido na tabela abaixo:

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Valor lógico de p

(“Chove amanhã”)

Valor lógico de q

(“Eu vou à escola”)

Valor lógico de p se e

somente se q ( p q↔ )

V V V

V F F

F V F

F F V

Novamente, marquei em vermelho a única coisa que mudou em relação à

condicional p q→ .

1.2 Negação de proposições simples

Representamos a negação de uma proposição simples “p” pelo símbolo “~p”

(leia não-p).Também podemos usar a notação p¬ , que é menos usual. Sabemos

que o valor lógico de “p” e “~p” são opostos, isto é, se p é uma proposição

verdadeira, ~p será falsa, e vice-versa.

Quando temos uma proposição simples (por ex.: “Chove agora”, “Todos os

nordestinos são fortes”, “Algum brasileiro é mineiro”), podemos negar essa

proposição simplesmente inserindo “Não é verdade que...” em seu início. Veja:

- Não é verdade que chove agora

- Não é verdade que todos os nordestinos são fortes

- Não é verdade que algum brasileiro é mineiro

Entretanto, na maioria dos exercícios serão solicitadas outras formas de

negar uma proposição. Para descobrir a negação, basta você se perguntar: o que

eu precisaria fazer para provar que quem disse essa frase está mentindo? Se você

for capaz de desmenti-lo, você será capaz de negá-lo.

Se João nos disse que “Chove agora”, bastaria confirmar que não está

chovendo agora para desmenti-lo. Portanto, a negação seria simplesmente “Não

chove agora”.

Entretanto, caso João nos diga que “Todos os nordestinos são fortes”,

bastaria encontrarmos um único nordestino que não fosse forte para desmenti-lo.

Portanto, a negação desta afirmação pode ser, entre outras possibilidades:

- “Pelo menos um nordestino não é forte”

- “Algum nordestino não é forte”

- “Existe nordestino que não é forte”

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Já se João nos dissesse que “Algum nordestino é forte”, basta que um único

nordestino seja realmente forte para que a frase dele seja verdadeira. Portanto, aqui

é mais difícil desmenti-lo, pois precisaríamos analisar todos os nordestinos e

mostrar que nenhum deles é forte. Assim, a negação seria, entre outras

possibilidades:

- “Nenhum nordestino é forte”

- “Não existe nordestino forte”

A tabela abaixo resume as principais formas de negação de proposições

simples. Veja que, assim como você pode usar as da coluna da direita para negar

frases com as expressões da coluna da esquerda, você também pode fazer o

contrário.

Proposição “p” Proposição “~p”

Meu gato é preto Meu gato não é preto

Todos gatos são pretos Algum/pelo menos um/existe gato (que) não

é preto

Nenhum gato é preto Algum/pelo menos um/existe gato (que) é

preto

Note ainda que ~(~p) = p, isto é, a negação da negação de p é a própria

proposição p. Isto é, negar duas vezes é igual a falar a verdade.

1.3 Negação de proposições compostas

Quando temos alguma das proposições compostas (conjunção, disjunção,

disjunção exclusiva, condicional ou bicondicional), podemos utilizar o mesmo truque

para obter a sua negação: buscar uma forma de desmentir quem estivesse falando

aquela frase. Vejamos alguns exemplos:

a) Conjunção: “Chove hoje e vou à praia”. Se João nos diz essa frase, ele está

afirmando que as duas coisas devem ocorrer (se tiver dúvida, retorne à tabela-

verdade da conjunção). Isto é, para desmenti-lo, bastaria provar que pelo menos

uma delas não ocorre. Isto é, a primeira coisa não ocorre ou a segunda coisa não

ocorre (ou mesmo as duas não ocorrem). Veja que para isso podemos usar uma

disjunção, negando as duas proposições simples como aprendemos no item

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anterior: “Não chove hoje ou não vou à praia”. Da mesma forma, se João tivesse

dito “Todo nordestino é forte e nenhum gato é preto”, poderíamos negar utilizando

uma disjunção, negando as duas proposições simples: “Algum nordestino não é

forte ou algum gato é preto”.

b) Disjunção: “Chove hoje ou vou à praia”. Essa afirmação é verdadeira se pelo

menos uma das proposições simples for verdadeira. Portanto, para desmentir quem

a disse, precisamos provar que as duas coisas não acontecem, isto é, as duas

proposições são falsas. Assim, a negação seria uma conjunção: “Não chove hoje e

não vou à praia”. Já a negação de “Todo nordestino é forte ou nenhum gato é preto”

seria “Algum nordestino não é forte e algum gato é preto”.

c) Disjunção exclusiva: “Ou chove hoje ou vou à praia”. Recorrendo à tabela-

verdade, você verá que a disjunção exclusiva só é verdadeira se uma, e apenas

uma das proposições é verdadeira, sendo a outra falsa. Assim, se mostrássemos

que ambas são verdadeiras, ou que ambas são falsas, estaríamos desmentindo o

autor da frase. Para isso, podemos usar uma bicondicional: “Chove hoje se e

somente se eu vou à praia”. Veja que esta frase indica que ou acontecem as duas

coisas (chover e ir à praia) ou não acontece nenhuma delas.

d) Condicional: “Se chove hoje, então vou à praia”. Lembra-se que a condicional só

é falsa caso a condição (p) seja verdadeira e o resultado (q) seja falso? Portanto, é

justamente isso que deveríamos provar se quiséssemos desmentir o autor da frase.

A seguinte conjunção nos permite negar a condicional: “Chove hoje e não vou à

praia”.

e) Bicondicional: “Chove hoje se e somente se vou à praia”. O autor da frase está

afirmando que as duas coisas (chover e ir à praia) devem ocorrer juntas, ou então

nenhuma delas pode ocorrer. Podemos desmenti-lo provando que uma das coisas

ocorre (é verdadeira) enquanto a outra não (é falsa). A disjunção exclusiva nos

permite fazer isso: “Ou chove hoje, ou vou à praia”.

Veja na tabela abaixo as principais formas de negação de proposições

compostas:

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Proposição composta Negação

Conjunção ( p q∧ )

Ex.: Chove hoje e vou à praia

Disjunção ( ~ ~p q∨ )

Ex.: Não chove hoje ou não vou à praia

Disjunção ( p q∨ )

Ex.: Chove hoje ou vou à praia

Conjunção ( ~ ~p q∧ )

Ex.: Não chove hoje e não vou à praia

Disjunção exclusiva ( p q⊕ )

Ex.: Ou chove hoje ou vou à praia

Bicondicional ( p q↔ )

Ex.: Chove hoje se e somente se vou à praia

Condicional ( p q→ )

Ex.: Se chove hoje, então vou à praia

Conjunção ( ~p q∧ )

Ex.: Chove hoje e não vou à praia

Bicondicional ( p q↔ )

Ex.: Chove hoje se e somente se vou à

praia.

Disjunção exclusiva ( p q⊕ )

Ex.: Ou chove hoje ou vou à praia

1.4 Construção da tabela-verdade de proposições com postas

Alguns exercícios podem exigir que você saiba construir a tabela-verdade de

proposições compostas. Para exemplificar, veja a proposição [(~ ) ]A B C∨ ∧ . A

primeira coisa que você precisa saber é que a tabela-verdade desta proposição terá

sempre 2n linhas, onde n é o número de proposições simples envolvidas. Como só

temos 3 proposições simples (A, B e C), esta tabela terá 23, ou seja, 8 linhas.

Para montar a tabela verdade de uma expressão como [(~ ) ]A B C∨ ∧ ,

devemos começar escrevendo criando uma coluna para cada proposição e, a

seguir, colocar todas as possibilidades de combinações de valores lógicos (V ou F)

entre elas:

Valor lógico

de A

Valor lógico

de B

Valor lógico

de C

V V V

V V F

V F V

V F F

F V V

F V F

F F V

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F F F

Agora, note que em [(~ ) ]A B C∨ ∧ temos o termo ~B entre parênteses.

Devemos, portanto, criar uma nova coluna na nossa tabela, inserindo os valores de

~B. Lembre-se que os valores de não-B são opostos aos valores de B (compare as

colunas em amarelo):

Valor lógico

de A

Valor lógico

de B

Valor lógico

de C

Valor lógico

de ~B

V V V F

V V F F

V F V V

V F F V

F V V F

F V F F

F F V V

F F F V

Agora que já temos os valores lógicos de ~B, e também temos os de C,

podemos criar os valores lógicos da expressão entre colchetes: [(~ ) ]B C∧ . Observe

que se trata de uma conjunção (“e”), que só tem valor lógico V quando ambos os

membros (no caso, ~B e C) são V:

Valor lógico

de A

Valor lógico

de B

Valor lógico

de C

Valor lógico

de ~B

Valor lógico

de [(~ ) ]B C∧

V V V F F

V V F F F

V F V V V

V F F V F

F V V F F

F V F F F

F F V V V

F F F V F

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Agora que já temos os valores lógicos de A e também os valores lógicos de

[(~ ) ]B C∧ , podemos analisar os valores lógicos da disjunção [(~ ) ]A B C∨ ∧ .

Lembre-se que uma disjunção só é F quando ambos os seus membros são F

(marquei esses casos em amarelo):

Valor

lógico de

A

Valor

lógico de

B

Valor

lógico de

C

Valor

lógico de

~B

Valor lógico

de

[(~ ) ]B C∧

Valor lógico

de

[(~ ) ]A B C∨ ∧

V V V F F V

V V F F F V

V F V V V V

V F F V F V

F V V F F F

F V F F F F

F F V V V V

F F F V F F

Assim, podemos omitir a 4ª e 5ª coluna, de modo que a tabela-verdade da

expressão [(~ ) ]A B C∨ ∧ é:

Valor

lógico de

A

Valor

lógico de

B

Valor

lógico de

C

Valor lógico

de

[(~ ) ]A B C∨ ∧

V V V V

V V F V

V F V V

V F F V

F V V F

F V F F

F F V V

F F F F

Veja que essa tabela nos dá os valores lógicos da expressão [(~ ) ]A B C∨ ∧

para todos os possíveis valores das proposições simples que a compõem (A, B e

C).

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1.5 Tautologia e contradição

Ao construir tabelas-verdade para expressões, como fizemos acima,

podemos verificar que uma determinada expressão sempre é verdadeira,

independente dos valores lógicos das proposições simples que a compõem. Trata-

se de uma tautologia. Por outro lado, algumas expressões podem ser sempre

falsas, independente dos valores das proposições que a compõem. Neste caso,

estaremos diante de uma contradição. Vejamos alguns exemplos:

a) Veja abaixo a tabela-verdade de ~p p∧ (ex.: Sou bonito e não sou bonito). Pela

simples análise desse exemplo, já vemos uma contradição (não dá para ser bonito e

não ser ao mesmo tempo). Olhando na coluna da direita dessa tabela, vemos que

ela é falsa para todo valor lógico de p:

Valor lógico de p Valor lógico de ~p Valor lógico de

~p p∧

V F F

F V F

Obs.: notou que essa tabela-verdade possui apenas duas linhas? Isso porque temos

apenas 1 proposição simples (p), e 21 = 2.

b) Veja abaixo a tabela-verdade de ~p p∨ (ex.: Sou bonito ou não sou bonito). Pela

simples análise desse exemplo, já vemos uma tautologia (essa frase sempre será

verdadeira, independente da minha beleza). Olhando na coluna da direita dessa

tabela, vemos que ela é verdadeira para todo valor lógico de p:

Valor lógico de p Valor lógico de ~p Valor lógico de

~p p∨

V F V

F V V

A maioria das proposições compostas apresenta valor Verdadeiro para

algumas combinações de valores lógicos das suas proposições simples, e Falso

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para outras combinações. Essas proposições compostas, que não são Tautologias

e nem Contradições, são conhecidas como Contingências.

1.6 Equivalência de proposições lógicas

Dizemos que duas proposições lógicas são equivalentes quando elas

possuem a mesma tabela-verdade. Como exemplo, vamos verificar se as

proposições p q→ e ~ ~q p→ são equivalentes.

Faremos isso calculando a tabela verdade das duas, para poder compará-las.

Mas intuitivamente você já poderia ver que elas são equivalentes. Imagine que

p q→ é “Se chove, então vou à praia”. Sabemos que se a condição (chove) ocorre,

necessariamente o resultado (vou à praia) ocorre. Portanto, se soubermos que o

resultado não ocorreu (não vou à praia), isso implica que a condição não pode ter

ocorrido (não chove). Isto é, podemos dizer que “Se não vou à praia, então não

chove”. Ou seja, ~ ~q p→ .

A tabela-verdade de p q→ encontra-se abaixo. Calcule-a sozinho, para

exercitar:

Valor

lógico de

p

Valor

lógico de q

Valor

lógico de

p q→

V V V

V F F

F V V

F F V

Já a tabela-verdade de ~ ~q p→ foi obtida abaixo:

Valor

lógico de

p

Valor

lógico de q

Valor

lógico de

~q

Valor

lógico de

~p

Valor lógico

de ~ ~q p→

V V F F V

V F V F F

F V F V V

F F V V V

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Repare na coluna da direita de cada tabela. Percebeu que são iguais? Isso

nos permite afirmar que ambas as proposições compostas são equivalentes.

Veja ainda a tabela verdade de ~p ou q:

Valor lógico

de p

Valor

lógico de q

Valor lógico

de ~p

Valor lógico

de ~p ou q

V V F V

V F F F

F V V V

F F V V

Perceba que a tabela-verdade de ~p ou q é igual às duas anteriores (p�q e

~q�~p). Assim, essas 3 proposições são equivalentes.

Não usei este exemplo à toa. Ele cai bastante em concursos, portanto é bom

você gravar: p q→ , ~ ~q p→ e ~p ou q são proposições equivalentes!!!

1.6.1 Leis de De Morgan

O seu edital cobrou ainda duas equivalências lógicas conhecidas como Leis

de De Morgan. São elas:

a) ~ ( )p q∧ é equivalente a ~ ~p q∨

Observe que esta equivalência simplesmente nos diz que a negação de “p e

q” é dada por “não-p ou não-q”, como já vimos. Exemplo: sendo p = faz sol, e q =

vou à praia, as duas sentenças abaixo são equivalentes:

- Não é verdade que faz sol e vou à praia

- Não faz sol ou não vou à praia

b) ~ ( )p q∨ é equivalente a ~ ~p q∧

Repare que esta equivalência simplesmente nos diz que a negação de “p ou

q” é dada por “não-p e não-q”, como foi visto anteriormente. Exemplo: usando as

mesmas proposições p e q, as sentenças abaixo são equivalentes:

- Não é verdade que faz sol ou vou à praia

- Não faz sol e não vou à praia

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Vamos demonstrar as duas equivalências acima montando as respectivas

tabelas-verdade. Começando pela primeira equivalência, temos:

p q ~p ~q p q∧ p q∨ ~ ( )p q∧ ~ ~p q∨ ~ ( )p q∨ ~ ~p q∧

V V F F V V F F F F

V F F V F V V V F F

F V V F F V V V F F

F F V V F F V V V V

Observe que as colunas de ~ ( )p q∧ e ~ ~p q∨ são iguais, demonstrando

que essas duas proposições são equivalentes. Da mesma forma, as colunas de

~ ( )p q∨ e ~ ~p q∧ são iguais.

Se você se lembrar dessas duas equivalências em sua prova, assim como da

equivalência da condicional p � q que vimos anteriormente, você tem boa chance

de conseguir resolver várias questões sem a necessidade de esquematizar tabelas-

verdade.

1.7 Condição necessária e condição suficiente

Quando temos uma condicional p�q, sabemos que se a condição p

acontecer, com certeza o resultado q deve acontecer (para que p�q seja uma

proposição verdadeira). Portanto, podemos dizer que p acontecer é suficiente para

afirmarmos que q acontece. Em outras palavras, p é uma condição suficiente para

q.

Por exemplo, se dissermos “Se chove, então o chão fica molhado”, é

suficiente saber que chove para afirmarmos que o chão fica molhado. Chover é uma

condição suficiente para que o chão fique molhado. Por outro lado, podemos dizer

que sempre que chove, o chão fica molhado. É necessário que o chão fique

molhado para podermos afirmar chove. Portanto, “o chão fica molhado” é uma

condição necessária para podermos dizer que chove (se o chão estivesse seco,

teríamos certeza de que não chove). Ou seja, q é uma condição necessária para p.

Resumidamente, quando temos uma condicional p�q, podemos afirmar que

p é suficiente para q, e, por outro lado, q é necessária para p.

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Por outro lado, quando temos uma bicondicional p q↔ , podemos dizer que

p é necessária e suficiente para q, e vice-versa. Para a proposição “Chove se e

somente se o chão fica molhado” ser verdadeira, podemos dizer que é preciso

(necessário) que chova para que o chão fique molhado. Não é dada outra

possibilidade. E é suficiente saber que chove para poder afirmar que o chão fica

molhado. Da mesma forma, é suficiente saber que o chão ficou molhado para

afirmar que choveu; e a única possibilidade de ter chovido é se o chão tiver ficado

molhado, isto é, o chão ter ficado molhado é necessário para que tenha chovido.

1.8 Proposições abertas

Proposições abertas são proposições que possuem uma ou mais variáveis,

como o exemplo abaixo (do tipo p�q):

“Se 2X é divisível por 5, então X é divisível por 5”

Temos a variável X nessa frase, que pode assumir diferentes valores. Se X

for igual a 10, teremos:

“Se 20 é divisível por 5, então 10 é divisível por 5”

Esta frase é verdadeira, pois p é V e q é V.

Se X = 11, teremos:

“Se 22 é divisível por 5, então 11 é divisível por 5”

Esta frase é verdadeira, pois p é F e q também é F.

Já se X = 12.5, teremos:

“Se 25 é divisível por 5, então 12.5 é divisível por 5”

Agora a frase é falsa, pois p é V e q é F!

Portanto, quando temos uma proposição aberta, não podemos afirmar de

antemão que ela é verdadeira ou falsa, pois isso dependerá do valor que as

variáveis assumirem.

1.9 Argumentos

Veja o exemplo abaixo:

a: Todo nordestino é loiro

b: José é nordestino

Conclusão: Logo, José é loiro.

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Temos premissas (a e b) e uma conclusão que é derivada daquelas

premissas. Isso é um argumento: um conjunto de premissas que leva a uma

conclusão.

Dizemos que um argumento é verdadeiro se, aceitando que as premissas

são verdadeiras, a conclusão é verdadeira. Veja que não nos interessa aqui

questionar a realidade das premissas. Todos nós sabemos que dizer que “todo

nordestino é loiro” é uma inverdade. Mas o que importa é que, se assumirmos que

todos os nordestinos são loiros, e também assumirmos que José é nordestino, a

conclusão lógica é que José deve ser loiro.

Os argumentos podem ter diversas premissas. Entretanto, o tipo de

argumento que vimos acima, com 2 premissas e 1 conclusão, é chamado de

silogismo. Note que temos uma PREMISSA MAIOR, mais geral (todo nordestino é

loiro); uma PREMISSA MENOR, mais específica (José é nordestino); e uma

CONCLUSÃO (Logo, José é loiro).

Sofisma ou falácia é um raciocínio errado com aparência de verdadeiro.

Consiste em chegar a uma conclusão inválida a partir de premissas válidas, ou

mesmo a partir de premissas contraditórias entre si. Por exemplo:

Premissa 1: A maioria dos políticos é corrupta.

Premissa 2: João é político.

Conclusão: Logo, João é corrupto.

Veja que o erro aqui foi a generalização. Uma coisa é dizer que a maioria dos

políticos é corrupta, outra é dizer que todos os políticos são corruptos. Não é

possível concluir que João é corrupto, já que ele pode fazer parte da minoria, isto é,

do grupo dos políticos que não são corruptos.

Observe esta outra falácia:

Premissa 1: Se faz sol no domingo, então vou à praia.

Premissa 2: Fui à praia no último domingo.

Conclusão: Logo, fez sol no último domingo.

A primeira premissa é do tipo condicional, sendo formada por uma condição

(se faz sol...) e um resultado (então vou à praia). Com base nela, podemos assumir

que se a condição ocorre (isto é, se efetivamente faz sol), o resultado

obrigatoriamente tem de acontecer. Mas não podemos assumir o contrário, isto é,

que caso o resultado ocorra (ir à praia), a condição ocorreu. Isto é, eu posso ter ido

à praia mesmo que não tenha feito sol no último domingo.

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1.10 Lógica de Primeira Ordem

A lógica de primeira ordem é uma extensão da lógica proposicional que

estudamos até aqui. Nela são utilizados diversos símbolos matemáticos para

escrever sentenças que podem assumir os valores lógicos V ou F. Aqui temos

sentenças abertas, isto é, sentenças onde existe uma ou mais variáveis que podem

assumir diversos valores, tornando a proposição V ou F, conforme o caso. Para

você entender melhor do que estamos tratando, vejamos um exemplo. Tente ler a

expressão abaixo:

( )( )( 0)x x x∃ ∈ <ℝ

Esta expressão pode ser lida assim: “existe valor x pertencente ao conjunto

dos números reais tal que x é menor do que zero”. Observe que, uma vez

“decifrada” a expressão, é muito fácil julgá-la como V ou F. De fato existem valores

no conjunto dos números reais que são menores do que 0, portanto essa

proposição é Verdadeira. Exemplificando, x = -5 ou então x = -17,45 são alguns

exemplos de valores x que pertencem aos números reais e são menores do que 0.

Por outro lado, veja a expressão abaixo:

( )( )( 0)x x x∀ ∈ <ℝ

Veja que simplesmente trocamos o símbolo ∃ por ∀ . Agora, a expressão é

lida assim: “todo valor x pertencente ao conjunto dos números reais é menor do que

zero”. Veja que essa simples troca de símbolo torna essa proposição Falsa, pois

existem valores no conjunto dos números reais que NÃO são menores do que zero.

Exemplificando, x = 0 e x = 3 são valores superiores a zero.

Façamos agora mais uma pequena modificação na primeira proposição:

( )( )( 0)x x x∃ ∈ <ℕ

Agora substituímos o conjunto dos números reais pelo conjunto dos números

naturais: “existe valor x pertencente ao conjunto dos números naturais que é menor

do que zero”. Esta alteração também torna a sentença Falsa, pois o conjunto dos

números naturais não possui nenhum número negativo.

Portanto, repare que, no estudo da lógica de primeira ordem, faz-se

necessário se habituar ao uso de alguns símbolos matemáticos. Os principais são:

x∃ � existe x...

x∀ � para todo x..., ou: qualquer x...

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∈ � pertence

∉ � não pertence

ℕ� conjunto dos números naturais

ℤ � conjunto dos números inteiros

ℚ � conjunto dos números racionais

ℝ � conjunto dos números reais

∅� vazio

Também é bom lembrar quais elementos compõem cada um dos principais

conjuntos numéricos que citei acima:

- Números naturais (ℕ ): números positivos construídos com os algarismos de 0 a 9, sem

casas decimais. Ex.: {0, 1, 2, 3 …, 15, 16, 17... }

- Números inteiros (ℤ ): números naturais positivos e negativos. Ex.: {... -3, -2, -1, 0, 1, 2,

3...}

- Números racionais (ℚ ): aqueles que podem ser representados pela divisão de 2 números

inteiros. Ex.: frações (1/2, 3/5, -13/25 etc.); números decimais de representação finita (1,25;

-2,45 etc.); dízimas periódicas (ex.: 0,36363636...).

- Números reais (ℝ ): números racionais e irracionais juntos (os irracionais são aqueles

números que possuem infinitas casas decimais que não se repetem. Ex.: 3,141592...π =

Veja que o conjunto dos números reais contém todos os demais conjuntos, enquanto

conjunto dos números racionais contém os números inteiros e naturais, e o conjunto dos

números inteiros contém o dos números naturais.

No estudo da lógica de primeira ordem, temos proposições da forma P(x), onde a

proposição P apresenta uma determinada característica a respeito dos elementos x que

compõem um conjunto C. Essa característica é apresentada nos predicados destas

proposições. Em nosso exemplo, a característica era “x < 0”.

Chamamos P(x) de proposição funcional, pois o seu valor lógico (V ou F) é função

do conjunto C e do próprio significado da proposição. Podemos ter também proposições

funcionais baseadas em mais de uma variável (ex.: P(x, y, z)).

Ao longo desta e das próximas aulas veremos algumas questões envolvendo lógica

de primeira ordem, onde você poderá exercitar os conceitos aqui mencionados.

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2. RESOLUÇÃO DE QUESTÕES

1. CESPE – TRE/BA – 2009) A negação da proposição “O presidente é o membro

mais antigo do tribunal e o corregedor é o vice-presidente” é “O presidente é o

membro mais novo do tribunal e o corregedor não é o vice-presidente”.

RESOLUÇÃO:

Para desmentir o autor da primeira frase (que é uma conjunção),

precisaríamos provar que pelo menos uma das suas afirmações não é verdadeira.

Assim, a negação seria simplesmente: O presidente não é o membro mais antigo do

tribunal OU o corregedor não é o vice-presidente. Item ERRADO.

Resposta: E

2. CESPE – STF – 2008)

Filho meu, ouve minhas palavras e atenta para meu conselho.

A resposta branda acalma o coração irado.

O orgulho e a vaidade são as portas de entrada da ruína do homem.

Se o filho é honesto então o pai é exemplo de integridade.

Tendo como referência as quatro frases acima, julgue o itens seguintes.

( ) A primeira frase é composta por duas proposições lógicas simples unidas pelo

conectivo de conjunção.

( ) A segunda frase é uma proposição lógica simples.

( ) A terceira frase é uma proposição lógica composta.

( ) A quarta frase é uma proposição lógica em que aparecem dois conectivos

lógicos.

RESOLUÇÃO:

( ) A primeira frase é composta por duas proposições lógicas simples unidas pelo

conectivo de conjunção.

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ERRADO. Trata-se de um “pedido” do pai. Não é possível atribuir valores

lógicos (V ou F), portanto não temos proposições.

( ) A segunda frase é uma proposição lógica simples.

CERTO. Aqui é possível atribuir valor V ou F.

( ) A terceira frase é uma proposição lógica composta.

ERRADO. Temos uma proposição simples.

( ) A quarta frase é uma proposição lógica em que aparecem dois conectivos

lógicos.

ERRADO. Temos apenas 1 conectivo lógico, que é a condicional ou

implicação.

Resposta: E C E E

3. CESPE – BANCO DO BRASIL – 2007) Na lógica sentencial, denomina-se

proposição uma frase que pode ser julgada como verdadeira (V) ou falsa (F), mas

não, como ambas. Assim, frases como “Como está o tempo hoje?” e “Esta frase é

falsa” não são proposições porque a primeira é pergunta e a segunda não pode ser

nem V nem F. As proposições são representadas simbolicamente por letras

maiúsculas do alfabeto — A, B, C etc. Uma proposição da forma “A ou B” é F se A e

B forem F, caso contrário é V; e uma proposição da forma “Se A então B” é F se A

for V e B for F, caso contrário é V. Um raciocínio lógico considerado correto é

formado por uma seqüência de proposições tais que a última proposição é

verdadeira sempre que as proposições anteriores na seqüência forem verdadeiras.

Considerando as informações contidas no texto acima, julgue os itens

subseqüentes.

( ) É correto o raciocínio lógico dado pela seqüência de proposições seguintes:

Se Antônio for bonito ou Maria for alta, então José será aprovado no concurso.

Maria é alta.

Portanto José será aprovado no concurso.

( ) É correto o raciocínio lógico dado pela seqüência de proposições seguintes:

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Se Célia tiver um bom currículo, então ela conseguirá um emprego.

Ela conseguiu um emprego.

Portanto, Célia tem um bom currículo.

( ) Na lista de frases apresentadas a seguir, há exatamente três proposições.

“A frase dentro destas aspas é uma mentira.”

A expressão X + Y é positiva.

O valor de 4 3 7+ = .

Pelé marcou dez gols para a seleção brasileira.

O que é isto?

RESOLUÇÃO:

( ) É correto o raciocínio lógico dado pela seqüência de proposições seguintes:

Se Antônio for bonito ou Maria for alta, então José será aprovado no concurso.

Maria é alta.

Portanto José será aprovado no concurso.

A informação “Maria é alta”, da segunda premissa, faz com que “Se Antônio

for bonito ou Maria for alta” seja Verdadeiro, pois pelo menos sabemos que Maria é

alta. Quando a proposição “p” da condicional p�q é V, a proposição q precisa ser V

também. Portanto, José será aprovado no concurso. Item CERTO.

( ) É correto o raciocínio lógico dado pela seqüência de proposições seguintes:

Se Célia tiver um bom currículo, então ela conseguirá um emprego.

Ela conseguiu um emprego.

Portanto, Célia tem um bom currículo.

A informação “Ela conseguiu um emprego” faz com que, na condicional p�q

(primeira premissa), a proposição q seja Verdadeira. Com isso, p pode ser V ou F e

ainda assim a condicional é verdadeira. Portanto, não podemos garantir que ela tem

um bom currículo. Item ERRADO.

( ) Na lista de frases apresentadas a seguir, há exatamente três proposições.

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“A frase dentro destas aspas é uma mentira.” � não é uma proposição, pois não

pode ser nem F nem V (veja que ela é similar à frase “Esta frase é falsa”, do

enunciado).

A expressão X + Y é positiva. � temos uma sentença aberta. Para podermos julgá-

la como F ou V, precisariam ser determinados os valores de X e Y. Como isso não é

feito, não temos uma proposição, no sentido do enunciado.

O valor de 4 3 7+ = . � aqui temos uma proposição

Pelé marcou dez gols para a seleção brasileira. � outra proposição

O que é isto? � não é proposição, pois é uma pergunta.

Assim, temos apenas 2 proposições.

Resposta: C E E

4. FCC – Banco do Brasil – 2011) Um jornal publicou a seguinte manchete:

“Toda Agência do Banco do Brasil tem déficit de funcionários.”

Diante de tal inverdade, o jornal se viu obrigado a retratar-se, publicando uma

negação de tal manchete. Das sentenças seguintes, aquela que expressaria de

maneira correta a negação da manchete publicada é:

a) Qualquer Agência do Banco do Brasil não têm déficit de funcionários

b) Nenhuma Agência do Banco do Brasil tem déficit de funcionários

c) Alguma Agência do Banco do Brasil não tem déficit de funcionários

d) Existem Agências com déficit de funcionários que não pertencem ao Banco do

Brasil

e) O quadro de funcionários do Banco do Brasil está completo

RESOLUÇÃO:

Olhando a manchete publicada pelo jornal, bastaria que um leitor constatasse

que em pelo menos uma agência do BB não há déficit e ele já teria argumento

suficiente para desmentir o jornal, afinal o jornal tinha dito que todas as agências

possuem déficit. Uma forma desse leitor expressar-se seria dizendo:

“Pelo menos uma agência do BB não tem déficit de funcionários”.

Uma outra forma de dizer esta mesma frase seria:

“Alguma agência do BB não tem déficit de funcionários”.

Portanto, essa foi a frase que o jornal precisou usar para a retratação

(negação) da anterior.

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Resposta: C

5. FCC – BAHIAGÁS – 2010) “Se a soma dos dígitos de um número inteiro n é

divisível por 6, então n é divisível por 6”. Um valor de n que mostra ser falsa a frase

acima é:

a) 30

b) 33

c) 40

d) 42

e) 60

RESOLUÇÃO:

Estamos diante de uma proposição aberta, pois temos uma variável (n) que,

dependendo de seu valor, pode tornar a proposição falsa ou verdadeira.

Observe que a proposição do enunciado é uma condicional, isto é, uma frase

do tipo p � q. Sabemos que só há uma forma da condicional ser falsa: se a

condição (p) for verdadeira, mas ainda assim o resultado (q) for falso (se ficou em

dúvida, volte na explicação de Condicionais da aula passada). Com isso, vamos

analisar as alternativas:

� n = 30: a soma de seus dígitos não é divisível por 6 (3 + 0 = 3), o que torna a

condição p Falsa. Como a condição é falsa, o resultado (q) pode ser

verdadeiro ou falso que a frase continua verdadeira. A título de curiosidade,

note que neste caso q é Verdadeira (pois 30 é divisível por 6).

� n = 33: a soma dos seus dígitos é divisível por 6 (3+3=6), ou seja, p é

Verdadeira. Entretanto, o resultado q é Falso, pois 33 não é divisível por 6.

Portanto, n = 33 torna a proposição composta Falsa. Este é o gabarito.

� n = 40: neste caso, p é Falsa e q é Falsa. Com isso, a frase é Verdadeira

(para espanto daqueles não acostumados com o estudo da Lógica)

� n = 42: neste caso, p e q são Verdadeiras, tornando p�q Verdadeira

� n = 60: idem ao anterior.

Resposta: B.

6. FCC – ALESP – 2010) Durante uma sessão no plenário da Assembléia

Legislativa, o presidente da mesa fez a seguinte declaração, dirigindo-se às galerias

da casa:

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“Se as manifestações desrespeitosas não forem interr ompidas, então eu não

darei início à votação”.

Esta declaração é logicamente equivalente à afirmação:

a) se o presidente da mesa deu início à votação, então as manifestações

desrespeitosas foram interrompidas

b) se o presidente da mesa não deu início à votação, então as manifestações

desrespeitosas não foram interrompidas

c) se as manifestações desrespeitosas forem interrompidas, então o presidente da

mesa dará início à votação

d) se as manifestações desrespeitosas continuarem, então o presidente da mesa

começará a votação

e) se as manifestações desrespeitosas não continuarem, então o presidente da

mesa não começará a votação.

RESOLUÇÃO:

Observe que temos uma condicional ( p q→ ). A proposição ~ ~q p→ é

logicamente equivalente a ela, como vimos na teoria de hoje. Como ~q é “eu darei

início à votação” e ~p é “as manifestações desrespeitosas foram interrompidas”,

temos:

“Se o presidente da mesa deu início à votação, entã o as manifestações

desrespeitosas foram interrompidas”. (letra A)

Resposta: A

Resolvendo com mais calma, usando a lógica “intuitiva”, note que ao dizer a

sua frase, o presidente da mesa não prometeu que começaria a votação caso as

manifestações parassem. Ele simplesmente disse que não começaria a votar

enquanto houvesse as manifestações. Portanto, não podemos afirmar o que está

dito na alternativa C, por exemplo.

Na frase do presidente, temos uma condição (manifestações não fossem

interrompidas) que, enquanto fosse verdade, obrigaria a ocorrência do resultado

(votação não começar). Por outro lado, caso percebêssemos que o resultado deixou

de ocorrer (isto é, a votação começou), podemos concluir que a condição deixou de

existir (ou seja, as manifestações foram interrompidas). Daí deduzimos a frase da

letra A.

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7. CESPE – TRT/17ª – 2009) A negação da proposição “O juiz determinou a

libertação de um estelionatário e de um ladrão” é expressa na forma “O juiz não

determinou a libertação de um estelionatário nem de um ladrão”.

RESOLUÇÃO:

Observe que a primeira frase pode ser escrita na forma “O juiz determinou a

libertação de um estelionatário E o juiz determinou a libertação de um ladrão”. Isto

é, temos uma proposição do tipo “p e q” onde:

p: O juiz determinou a libertação de um estelionatário

q: O juiz determinou a libertação de um ladrão

Sabemos que uma proposição do tipo “p e q” só é verdadeira se ambos p e q

forem verdadeiros. Portanto, basta que um dos dois (p ou q), ou ambos, sejam

falsos para que a proposição inteira seja falsa. Com isso, sabemos que para negá-la

basta dizer que o juiz não determinou a libertação de um estelionatário OU o juiz

não determinou a libertação de um ladrão. Reescrevendo: “O juiz não determinou a

libertação de um estelionatário ou de um ladrão”.

Lembrando da teoria que vimos hoje, a negação de p q∧ é ~ ~p q∨ , o que

leva ao resultado que obtivemos.

Resposta: E (errado).

8. CESPE – Polícia Militar/AC – 2008) Se A é a proposição “Todo bom soldado é

pessoa honesta”, considere as proposições seguintes:

B Nenhum bom soldado é pessoa desonesta.

C Algum bom soldado é pessoa desonesta.

D Existe bom soldado que não é pessoa honesta.

E Nenhuma pessoa desonesta é um mau soldado.

Nesse caso, todas essas 4 últimas proposições podem ser consideradas como

enunciados para a proposição ¬A.

RESOLUÇÃO:

A proposição A é uma proposição categórica (“Todo”), o que nos remete ao

uso de diagramas lógicos. Esta proposição afirma que todos os elementos do

conjunto “bons soldados” são também elementos do conjunto “pessoas honestas”,

ou seja, o conjunto “bons soldados” está contido no conjunto “pessoas honestas”:

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Para desmentir o autor dessa frase, basta encontrarmos um único soldado

que não pertença ao conjunto das pessoas honestas. Assim, podemos escrever a

negação de A (¬A) das seguintes formas:

- Pelo menos um soldado não é pessoa honesta

- Existe soldado que não é pessoa honesta

- Algum soldado não é pessoa honesta

Vejamos as alternativas do enunciado:

B Nenhum bom soldado é pessoa desonesta.

Imagine o conjunto das pessoas desonestas. Ele deve encontrar fora do

conjunto das pessoas honestas – não há intersecção entre eles. Por conseqüência,

não haverá também intersecção entre o conjunto dos bons soldados e o conjunto

das pessoas desonestas. Ou seja, não há nenhum bom soldado que é desonesto.

Veja, portanto, que a frase B é equivalente à frase A, e não a sua negação.

Dizer que todo bom soldado é honesto equivale a dizer que nenhum bom soldado é

desonesto.

C Algum bom soldado é pessoa desonesta.

Como vimos acima, esta é uma forma de negar a frase A. Veja que dizer “é

pessoa desonesta” equivale a dizer “não é pessoa honesta”.

Pessoas honestas

Bons soldados

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D Existe bom soldado que não é pessoa honesta.

Esta é outra forma que vimos para negar a frase A.

E Nenhuma pessoa desonesta é um mau soldado.

Esta não é uma forma de negar A. Veja que não podemos afirmar nada sobre

os maus soldados, afinal não foi nos dada nenhuma informação sobre eles.

Portanto, apenas as frases C e D são formas de escrever a proposição ¬A. Item

ERRADO.

Resposta: E

9. FCC – SEFAZ/SP – 2009) Considere a afirmação:

Pelo menos um ministro participará da reunião ou nenhuma decisão será tomada.

Para que essa afirmação seja FALSA:

a) é suficiente que nenhum ministro tenha participado da reunião e duas decisões

tenham sido tomadas.

b) é suficiente que dois ministros tenham participado da reunião e alguma decisão

tenha sido tomada.

c) é necessário e suficiente que alguma decisão tenha sido tomada,

independentemente da participação de ministros na reunião.

d) é necessário que nenhum ministro tenha participado da reunião e duas decisões

tenham sido tomadas.

e) é necessário que dois ministros tenham participado da reunião e nenhuma

decisão tenha sido tomada.

RESOLUÇÃO:

Essa afirmação do enunciado é uma disjunção (“ou”). Ela só será falsa se

ambas as proposições que a compõem sejam falsas. Vamos, portanto, obter a

negação de cada uma delas separadamente:

p: Pelo menos um ministro participará da reunião

Como negar uma proposição com “Pelo menos um”? Basta usar “Nenhum”.

Assim, temos: Nenhum ministro participará da reunião.

q: nenhuma decisão será tomada.

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Podemos negar essa proposição dizendo: “Pelo menos uma decisão será

tomada”.

Como queremos que ambas as proposições sejam falsas, basta que a

conjunção abaixo seja verdadeira:

“Nenhum ministro participará da reunião e pelo menos uma decisão será tomada”.

Portanto, se sabemos que nenhum ministro participou da reunião e, mesmo

assim, 1 ou mais decisões foram tomadas, isto é suficiente para podermos afirmar

que a afirmação é FALSA. A alternativa A cita o caso em que sabemos que nenhum

ministro participou e, ainda assim, 2 decisões foram tomadas, o que é suficiente

para desmentir a afirmação do enunciado.

Resposta: A

10. CESPE – POLÍCIA FEDERAL – 2004) Uma noção básica da lógica é a de que

um argumento é composto de um conjunto de sentenças denominadas premissas e

de uma sentença denominada conclusão. Um argumento é válido se a conclusão é

necessariamente verdadeira sempre que as premissas forem verdadeiras. Com

base nessas informações, julgue os itens que se seguem.

( ) Toda premissa de um argumento válido é verdadeira.

( ) Se a conclusão é falsa, o argumento não é válido.

( ) Se a conclusão é verdadeira, o argumento é válido.

( ) É válido o seguinte argumento: Todo cachorro é verde, e tudo que é verde é

vegetal, logo todo cachorro é vegetal.

RESOLUÇÃO:

( ) Toda premissa de um argumento válido é verdadeira.

ERRADO. Não necessariamente as premissas são verdadeiras. Entretanto,

se as premissas forem verdadeiras, a conclusão tem de ser verdadeira.

( ) Se a conclusão é falsa, o argumento não é válido.

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ERRADO. O argumento não é válido quando, ao assumir que as premissas

são verdadeiras, a conclusão é falsa.

( ) Se a conclusão é verdadeira, o argumento é válido.

ERRADO. Se a conclusão é verdadeira quando as premissas são falsas,

nada se pode afirmar sobre a validade do argumento.

( ) É válido o seguinte argumento: Todo cachorro é verde, e tudo que é verde é

vegetal, logo todo cachorro é vegetal.

CERTO. Temos a seguinte estrutura:

Premissa 1: todo cachorro é verde

Premissa 2: tudo que é verde é vegetal

Conclusão: todo cachorro é vegetal

Veja que, se assumirmos que as premissas 1 e 2 são verdadeiras, a

conclusão necessariamente também será verdadeira. Portanto, o argumento é

válido.

Resposta: E E E C

11. FCC – SEFAZ/SP – 2009) Considere as seguintes afirmações:

I. Se ocorrer uma crise econômica, então o dólar não subirá.

II. Ou o dólar subirá, ou os salários serão reajustados, mas não ambos.

III. Os salários serão reajustados se, e somente se, não ocorrer uma crise

econômica.

Sabendo que as três afirmações são verdadeiras, é correto concluir que,

necessariamente,

a) o dólar não subirá, os salários não serão reajustados e não ocorrerá uma crise

econômica.

b) o dólar subirá, os salários não serão reajustados e ocorrerá uma crise econômica.

c) o dólar não subirá, os salários serão reajustados e ocorrerá uma crise econômica.

d) o dólar subirá, os salários serão reajustados e não ocorrerá uma crise econômica.

e) o dólar não subirá, os salários serão reajustados e não ocorrerá uma crise

econômica.

RESOLUÇÃO:

Resumindo as proposições, temos:

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I. Crise � dólar não sobe

II. Ou dólar sobe ou salários reajustados

III. Salários reajustados ↔ não crise

Você deve resolver esse tipo de questão assumindo (“chutando”) que uma

das proposições simples é Verdadeira. Feito isso, você deverá analisar as demais

proposições, e ver se você chega em um absurdo. Se chegar, é porque o seu chute

estava errado (assim, basta voltar e chutar o contrário). Se não chegar, é porque

seu chute já estava certo.

Vamos chutar que ocorreu uma crise, isto é, a primeira proposição simples do

item I é Verdadeira.

Como o item I é uma condicional (p�q), caso a condição “p” seja V, a

conseqüência “q” deve ser V também. Portanto, o dólar não sobe.

Sabendo disso, podemos partir para o item II. Note que a primeira parte do

item II é F (pois o dólar não sobe). Isso obriga a segunda parte ser V (isto é, os

salários são reajustados), para que a afirmação II seja verdadeira.

Vejamos agora o item III. Note que a primeira parte é V (salários

reajustados), mas a segunda é F (pois assumimos que ocorreu a crise). Isto é um

absurdo, pois torna a afirmação III falsa, e sabemos que ela é verdadeira. Onde está

o erro? Na hipótese que chutamos!

Devemos então chutar o oposto, isto é, que não ocorreu uma crise. Assim, a

primeira parte do item I é F, de modo que a segunda parte (dólar não sobe) pode

ser V ou F e ainda assim a afirmação I continua verdadeira.

Por outro lado, a segunda parte do item III é V (não crise), o que obriga a

primeira parte a ser V (salários reajustados) para que a afirmação III seja

verdadeira.

Com isso, vemos que a segunda parte do item II é V (salários reajustados), o

que obriga a primeira parte a ser F (portanto, o dólar não sobe) para que a

afirmação II seja verdadeira. Sabendo disso, podemos voltar no item I e verificar que

a sua segunda parte é V, o que mantém a afirmação I verdadeira.

Repare que agora conseguimos fazer com que as 3 afirmações fossem

verdadeiras, como disse o enunciado. Portanto, não ocorreu uma crise, os salários

são reajustados e o dólar não sobe.

Resposta: E

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12. CESPE – Polícia Federal – 2009) As proposições [ (~ )] (~ )A B A∨ → e

[(~ ) ] (~ )A B A∧ ∨ são equivalentes.

RESOLUÇÃO:

Duas proposições são equivalentes quando possuem a mesma tabela-

verdade. Portanto, devemos construir a tabela verdade de cada uma delas.

Inicialmente, veja que ambas possuem apenas 2 proposições simples (A e

B). O número de linhas da tabela-verdade é igual a 2n, onde n é o número de

proposições simples (neste caso, n = 2). Portanto, teremos 4 linhas em cada tabela.

Vamos começar montando a tabela para [ (~ )] (~ )A B A∨ → . Devemos seguir

os passos abaixo:

1. Escrever todas as possíveis combinações de valores lógicos (V ou F) para A e B:

Valor lógico

de A

Valor lógico

de B

V V

V F

F V

F F

2. Inserir mais 1 coluna, colocando os valores lógicos de ~B (será o oposto do valor

lógico de B):

Valor lógico

de A

Valor lógico

de B

Valor lógico

de ~B

V V F

V F V

F V F

F F V

3. Inserir mais 1 coluna, colocando os valores lógicos de (~ )A B∨ . Como trata-se

de uma disjunção (“ou”), ela só é falsa quando A e (~B) são ambos falsos:

Valor lógico

de A

Valor lógico

de B

Valor lógico

de ~B

Valor

de (~ )A B∨

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V V F V

V F V V

F V F F

F F V V

4. Inserir mais 1 coluna, colocando os valores lógicos de ~A (serão o oposto de A):

Valor lógico

de A

Valor lógico

de B

Valor lógico

de ~B

Valor

de (~ )A B∨

Valor lógico

de ~A

V V F V F

V F V V F

F V F F V

F F V V V

5. Inserir a última coluna, colocando os valores lógicos de [ (~ )] (~ )A B A∨ → . Por se

tratar de uma condicional, ela só será falsa quando a condição ( [ (~ )]A B∨ ) for falsa

e o resultado (~ )A verdadeiro:

Valor

lógico de

A

Valor

lógico de

B

Valor

lógico de

~B

Valor

de (~ )A B∨

Valor

lógico de

~A

[ (~ )] (~ )A B A∨ →

V V F V F F

V F V V F F

F V F F V V

F F V V V V

Podemos obter a tabela verdade de [(~ ) ] (~ )A B A∧ ∨ seguindo os mesmos

passos. Tente montá-la. O resultado será a tabela abaixo:

Valor

lógico de

A

Valor

lógico de

B

Valor

lógico de

~A

Valor de

(~ )A B∧

Valor

lógico de

~A

Valor de

[(~ ) ] (~ )A B A∧ ∨

V V F F F F

V F F F F F

F V V V V V

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F F V F V V

Note que as tabelas-verdade de [ (~ )] (~ )A B A∨ → é igual à de

[(~ ) ] (~ )A B A∧ ∨ . Portanto, essas proposições são equivalentes.

Resposta: C (certo).

13. CESPE – Polícia Militar/AC – 2008) Considere as seguintes proposições:

A 6 - 1 = 7 ou 6 + 1 > 2

B 6 + 3 > 8 e 6 - 3 = 4

C 9 × 3 > 25 ou 6 × 7 < 45

D 5 + 2 é um número primo e todo número primo é ímpar.

Nesse caso, entre essas 4 proposições, apenas duas são F.

RESOLUÇÃO:

Vejamos:

A 6 - 1 = 7 ou 6 + 1 > 2

Nessa disjunção, sabemos que 6 + 1 é maior que 2. Assim, a proposição

inteira é V.

B 6 + 3 > 8 e 6 - 3 = 4

Aqui vemos que 6 – 3 não é igual a 4. Isso torna a segunda proposição

simples Falsa. Como temos uma conjunção (“e”), onde uma proposição é F, então a

frase inteira é F.

C 9 × 3 > 25 ou 6 × 7 < 45

Veja que 9 x 3 é maior que 25, o que é suficiente para afirmar que a

disjunção é V.

D 5 + 2 é um número primo e todo número primo é ímpar.

Aqui temos uma conjunção, onde a primeira parte é V (5 + 2 = 7, que é

primo), porém a segunda parte é F (o número 2 é primo, porém é par). Assim, a

conjunção é F.

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Portanto, apenas 2 proposições são F (B e D). Item CERTO.

Resposta: C

14. CESPE – POLÍCIA FEDERAL – 2004) Quando Paulo estuda, ele é aprovado

nos concursos em que se inscreve. Como ele não estudou recentemente, não deve

ser aprovado neste concurso.

Em cada um dos itens a seguir, julgue se o argumento apresentado tem estrutura

lógica equivalente à do texto acima.

( ) Quando Paulo gosta de alguém, ele não mede esforços para oferecer ajuda.

Como Maria gosta muito de Paulo, ele vai ajudá-la a responder as questões de

direito constitucional.

( ) Quando os críticos literários recomendam a leitura de um livro, muitas pessoas

compram o livro e o lêem. O livro sobre viagens maravilhosas, lançado

recentemente, não recebeu comentários favoráveis dos críticos literários, assim, não

deve ser lido por muitas pessoas.

( ) Sempre que Paulo insulta Maria, ela fica aborrecida. Como Paulo não insultou

Maria recentemente, ela não deve estar aborrecida.

( ) Toda vez que Paulo chega a casa, seu cachorro late e corre a seu encontro.

Hoje Paulo viajou, logo seu cachorro está triste.

RESOLUÇÃO:

Quando Paulo estuda, ele é aprovado nos concursos em que se inscreve. Como ele

não estudou recentemente, não deve ser aprovado neste concurso.

Sendo p = Paulo estuda, e q = Paulo é aprovado, veja que a estrutura lógica

acima é:

p � q

~p � ~q

Vejamos a estrutura lógica de cada uma das alternativas.

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( ) Quando Paulo gosta de alguém, ele não mede esforços para oferecer ajuda.

Como Maria gosta muito de Paulo, ele vai ajudá-la a responder as questões de

direito constitucional.

p � q

r � q

Aqui, p = Paulo gosta de alguém, q = Paulo ajuda, r = Maria gosta de Paulo.

A estrutura lógica é diferente, portanto, o item é ERRADO.

( ) Quando os críticos literários recomendam a leitura de um livro, muitas pessoas

compram o livro e o lêem. O livro sobre viagens maravilhosas, lançado

recentemente, não recebeu comentários favoráveis dos críticos literários, assim, não

deve ser lido por muitas pessoas.

p � (q e r)

~p � ~r

Aqui, p = críticos recomendam; q = pessoas compram; e r = pessoas lêem.

Item ERRADO.

( ) Sempre que Paulo insulta Maria, ela fica aborrecida. Como Paulo não insultou

Maria recentemente, ela não deve estar aborrecida.

p � q

~p � ~q

Aqui, considerei p = Paulo insulta, e q = Maria fica aborrecida. Item CERTO,

pois a estrutura é idêntica.

( ) Toda vez que Paulo chega a casa, seu cachorro late e corre a seu encontro.

Hoje Paulo viajou, logo seu cachorro está triste.

p � (q e r)

~p � s

Aqui, p = Paulo chega em casa, q = o cachorro late, r = o cachorro corre a

seu encontro, s = o cachorro está triste. Veja que mesmo considerando que “Paulo

viajou” é a negação de “Paulo chega em casa” (o que não necessariamente é

verdade), o item está ERRADO.

Resposta: E E C E

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15. CESPE – Polícia Militar/AC – 2008) Considere as seguintes proposições:

A 3 + 4 = 7 ou 7 - 4 = 3

B 3 + 4 = 7 ou 3 + 4 > 8

C 32 = -1 ou 32 = 9

D 32 = -1 ou 32 = 1

Nesse caso, entre essas 4 proposições, apenas duas são V.

RESOLUÇÃO:

Vamos analisar cada proposição:

A 3 + 4 = 7 ou 7 - 4 = 3

Veja que 3 + 4 é realmente igual a 7. Para uma disjunção (“ou”) ser V, basta

que pelo menos uma das proposições simples seja V. Nem precisaríamos analisar

se 7 – 4 é realmente igual a 3.

B 3 + 4 = 7 ou 3 + 4 > 8

Assim como vimos acima, 3+4 é realmente igual a 7, o que já torna a

disjunção V.

C 32 = -1 ou 32 = 9

Como 32 é realmente igual a 9, já temos elementos suficientes para dizer que

essa disjunção é V.

D 32 = -1 ou 32 = 1

Veja que ambas as proposições simples desta disjunção são F. Isso torna a

disjunção Falsa.

Portanto, 3 proposições são V e uma é F, o que torna o item ERRADO.

Resposta: E

16. FMP/RS – TCE/MT – 2011) Se é verão, então vai esquentar. Se vai esquentar,

então chove. Se chove, então Manoel não vai à praia. Se Manoel não vai à praia,

então Maria fica em casa. Se Maria fica em casa, então a mãe de Maria faz doces.

A mãe de Maria não fez doces. Logo:

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a) Choveu

b) Manoel foi à praia

c) Maria ficou em casa

d) Esquentou

e) É verão

RESOLUÇÃO:

Veja que temos uma série de condicionais (p � q), e devemos sempre

assumir que todas elas são verdadeiras (exceto se o exercício disser o contrário). E

lembre que uma condicional só não é verdadeira se p é V e q é F.

O exercício nos deu ainda uma proposição simples: “A mãe de Maria não fez

doces”. Essa proposição também deve ser verdadeira, portanto sabemos que a mãe

de Maria efetivamente não fez doces. Com isto em mãos, vamos analisar as

proposições anteriores. Vamos começar analisando a última condicional, pois ela

faz referência a algo que já sabemos (mãe de Maria):

Se Maria fica em casa, então a mãe de Maria faz doces.

Sabemos que a segunda parte dessa proposição (“a mãe da Maria faz

doces”) é falsa. Portanto, a condição (“Maria fica em casa”) precisa ser falsa

também, para que a condicional p � q continue verdadeira. Com isso, descobrimos

que Maria não fica em casa.

Se Manoel não vai à praia, então Maria fica em casa.

Novamente vemos que a segunda parte (“Maria fica em casa”) é falsa, o que

obriga a primeira parte (“Manoel não vai à praia”) a ser falsa também, para manter a

condicional p�q verdadeira. Assim, sabemos que Manoel vai à praia.

Se chove, então Manoel não vai à praia.

De novo, vemos que “q” é F, o que obriga “p” a ser F também. Portanto, não

chove.

Se vai esquentar, então chove.

Novamente, “q” é F, obrigando “p” a ser F. Isto é, não vai esquentar.

Se é verão, então vai esquentar.

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Aqui também “q” é F, obrigando “p” a ser F também. Assim, não é verão.

Assim, sabemos que:

- A mãe de Maria não fez doces

- Maria não fica em casa

- Manoel vai à praia

- não chove

- não vai esquentar

- não é verão

Resposta: B.

17. CESPE – Polícia Militar/AC – 2008) Considere as seguintes sentenças:

I O Acre é um estado da Região Nordeste.

II Você viu o cometa Halley?

III Há vida no planeta Marte.

IV Se x < 2, então x + 3 > 1.

Nesse caso, entre essas 4 sentenças, apenas duas são proposições.

RESOLUÇÃO:

Veja que a primeira frase é uma afirmação, que pode ser Verdadeira ou Falsa

(neste caso, sabemos que é falsa). Portanto, trata-se de uma proposição. O mesmo

vale para a terceira frase.

A segunda frase é uma pergunta, não podendo ser valorada como V ou F.

Assim, não é uma proposição.

A última frase é uma condicional. Trata-se de uma proposição aberta, que

pode ser V ou F dependendo dos valores da variável x. Portanto, 3 sentenças são

proposições (I, III e IV). Item ERRADO.

Resposta: E

18. CESPE – MPE/RR – 2008) Uma proposição simples é uma frase afirmativa,

constituída esquematicamente por um sujeito e um predicado, que pode ter um dos

dois valores: falso — F —, ou verdadeiro — V —, excluindo-se qualquer outro.

Novas proposições podem ser formadas a partir de proposições simples e dos

chamados conectivos: “e”, simbolizado por ^; “ou”, simbolizado por v; “se ... então”,

simbolizado por �; e “se e somente se”, simbolizado por ↔�. Também é usado

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o modificador “não”, simbolizado por ¬. As proposições são representadas por letras

do alfabeto: A, B, C etc. São as seguintes as valorações para algumas proposições

compostas:

Há expressões que não podem ser valoradas como V nem como F, como, por

exemplo: “Ele é contador”, “x + 3 = 8”. Essas expressões são denominadas

“proposições abertas”. Elas tornam-se proposições, que poderão ser julgadas como

V ou F, depois de atribuídos determinados valores ao sujeito, ou variável. O

conjunto de valores que tornam a proposição aberta uma proposição valorada como

V é denominado “conjunto verdade”.

Com base nessas informações, julgue os itens que se seguem, a respeito de

estruturas lógicas e lógica de argumentação.

( ) Considere a seguinte proposição.

A: Para todo evento probabilístico X, a probabilidade P(X) é tal que0 ( ) 1P X≤ ≤

Nesse caso, o conjunto verdade da proposição ¬A tem infinitos elementos.

( ) Considere como V as seguintes proposições.

A: Jorge briga com sua namorada Sílvia.

B: Sílvia vai ao teatro.

Nesse caso, ¬(A�B) é a proposição C: “Se Jorge não briga com sua namorada

Sílvia, então Sílvia não vai ao teatro”.

( ) Considere as seguintes proposições.

A: Jorge briga com sua namorada Sílvia.

B: Sílvia vai ao teatro.

Nesse caso, independentemente das valorações V ou F para A e B, a expressão

¬(AvB) correspondente à proposição C: “Jorge não briga com sua namorada Sílvia e

Sílvia não vai ao teatro”.

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( ) Se A e B são proposições, então ¬(A�B) tem as mesmas valorações que

[(¬A)�(¬B)]^[(¬B)�(¬A)].

RESOLUÇÃO:

( ) Considere a seguinte proposição.

A: Para todo evento probabilístico X, a probabilidade P(X) é tal que0 ( ) 1P X≤ ≤

Nesse caso, o conjunto verdade da proposição ¬A tem infinitos elementos.

A proposição ¬A seria: Para algum evento probabilístico X, a probabilidade

P(X) é tal que P(X) < 0 ou P(X) > 1. Como sabemos que é impossível um evento ter

probabilidade negativa ou superior a 1, então para nenhum valor de X a expressão

¬A é verdadeira. Isto é, o conjunto-verdade (conjunto de valores de X que tornam a

proposição verdadeira) da proposição ¬A é vazio. Item ERRADO.

( ) Considere como V as seguintes proposições.

A: Jorge briga com sua namorada Sílvia.

B: Sílvia vai ao teatro.

Nesse caso, ¬(A�B) é a proposição C: “Se Jorge não briga com sua namorada

Sílvia, então Sílvia não vai ao teatro”.

A proposição A�B seria: Se Jorge briga com sua namorada Sílvia, então

Sílvia vai ao teatro.

A negação de uma condicional A�B, isto é, ¬(A�B), seria A e ¬B: Jorge

briga com sua namorada Sílvia e Sílvia não vai ao teatro. Item ERRADO.

( ) Considere as seguintes proposições.

A: Jorge briga com sua namorada Sílvia.

B: Sílvia vai ao teatro.

Nesse caso, independentemente das valorações V ou F para A e B, a expressão

¬(AvB) correspondente à proposição C: “Jorge não briga com sua namorada Sílvia e

Sílvia não vai ao teatro”.

A disjunção AvB seria: Jorge briga com sua namorada Sílvia OU Sílvia vai ao

teatro.

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A negação dessa disjunção, isto é, ¬(AvB), seria ¬A e ¬B: Jorge não briga

com sua namorada Sílvia E Sílvia não vai ao teatro. Item CERTO.

( ) Se A e B são proposições, então ¬(A ↔ B) tem as mesmas valorações que

[(¬A)�(¬B)]^[(¬B)�(¬A)].

Veja que ¬(A ↔ B) é a negação de uma bicondicional (dupla implicação). Nós

vimos que essa negação pode ser feita com um “ou exclusivo”: Ou A, ou B; que

também pode ser representado por A ⊕ B. Esta proposição é verdadeira apenas

quando A é V e B é F, ou A é F e B é V.

Vamos imaginar que A é V e B é F. Com isso, A ⊕ B será verdadeiro. Para

esses mesmos valores lógicos de A e B, vamos analisar a expressão

[(¬A)�(¬B)]^[(¬B)�(¬A)].

Observando que ¬A é F e ¬B é V, temos: [ F � V ] ^ [ V � F]. Sabemos que

F � V é uma condicional verdadeira, porém V � F é uma condicional falsa. Com

isso, a conjunção (^) torna-se falsa.

Como vemos, para os mesmos valores lógicos de A e B, as expressões A⊕ B

e [(¬A)�(¬B)]^[(¬B)�(¬A)] tem valores diferentes. Item ERRADO.

Obs.: ao invés de analisar um caso único, como fizemos aqui, você poderia

escrever a tabela-verdade de cada uma dessas proposições. Tente montar essa

tabela da esquerda para a direita:

A B A ⊕ B ¬A ¬B [(¬A)�(¬B)] [(¬B)�(¬A)] [(¬A)�(¬B)]^[(¬B)�(¬A)]

V V F F F V V V

V F V F V V F F

F V V V F F V F

F F F V V V V V

Resposta: E E C E

19. FGV - MEC - 2008) Com relação à naturalidade dos cidadãos brasileiros,

assinale a alternativa logicamente correta:

a) Ser brasileiro é condição necessária e suficiente para ser paulista.

b) Ser brasileiro é condição suficiente, mas não necessária para ser paranaense.

c) Ser carioca é condição necessária e suficiente para ser brasileiro.

d) Ser baiano é condição suficiente, mas não necessária para ser brasileiro.

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e) Ser maranhense é condição necessária, mas não suficiente para ser brasileiro.

RESOLUÇÃO:

Vamos analisar cada alternativa, para você fixar bem os conceitos de

condição necessária, condição suficiente e condição necessária e suficiente.

a) Ser brasileiro é condição necessária e suficiente para ser paulista.

Falso. Observe que é necessário a pessoa ser brasileira para ser paulista.

Não existem paulistas que não são brasileiros. Porém não basta ser brasileiro para

ser paulista, isto é, não é suficiente saber que alguém é brasileiro para concluir que

esse alguém é paulista. Portanto, ser brasileiro é condição necessária para ser

paulista, mas não é suficiente.

Uma forma rápida de ver é montando a condicional: “Se você é paulista,

então você é brasileiro”. Numa condicional p�q como esta, p é condição suficiente

para q, e q é condição necessária para p. Portanto, ser paulista é condição

suficiente para ser brasileiro, e ser brasileiro é condição necessária para ser

paulista.

b) Ser brasileiro é condição suficiente, mas não necessária para ser paranaense.

Falso. Não há como ser paranaense sem ser brasileiro, isto é, é necessário

que alguém seja brasileiro para que seja paranaense. Mas não basta saber que

alguém é brasileiro para concluir que esse alguém é paranaense, isto é, ser

brasileiro não é condição suficiente para ser paranaense.

c) Ser carioca é condição necessária e suficiente para ser brasileiro.

Falso. De fato é suficiente saber que alguém é carioca para afirmar que essa

pessoa é brasileira. Mas não é necessário ser carioca para ser brasileiro.

d) Ser baiano é condição suficiente, mas não necessária para ser brasileiro.

Verdadeiro. Assim como na letra C, sabemos que é suficiente saber que

alguém é baiano para afirmar que esse alguém é brasileiro, porém não é necessário

ser baiano para ser brasileiro.

e) Ser maranhense é condição necessária, mas não suficiente para ser brasileiro.

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Falso. Ser maranhense é condição suficiente, mas não necessária para ser

brasileiro.

Resposta: D

20. CONSULPLAN – PREF. ITABAIANA – 2010) Qual das proposições abaixo é

verdadeira?

A) O ar é necessário à vida e a água do mar é doce

B) O avião é um meio de transporte ou o aço é mole.

C) 6 é ímpar ou 2 + 3 ≠ 5.

D) O Brasil é um país e Sergipe é uma cidade.

E) O papagaio fala e o porco voa.

RESOLUÇÃO:

Vamos analisar cada alternativa.

A) O ar é necessário à vida e a água do mar é doce

Segundo nossos conhecimentos gerais, a primeira parte é verdadeira, porém

a segunda é falsa. Como esta proposição é uma conjunção, ela está falsa, pois só

seria verdadeira se ambas as proposições fossem verdadeiras.

B) O avião é um meio de transporte ou o aço é mole.

A primeira parte é verdadeira e a segunda é falsa. Como se trata de uma

disjunção, ela é verdadeira, pois basta que uma das proposições simples seja

verdadeira. Eis o gabarito.

C) 6 é ímpar ou 2 + 3 ≠ 5.

Temos uma disjunção onde ambas as proposições simples são falsas,

levando a uma sentença falsa.

D) O Brasil é um país e Sergipe é uma cidade.

Temos uma conjunção onde uma proposição é falsa, tornando a sentença

falsa.

E) O papagaio fala e o porco voa.

Outra conjunção com uma das proposições falsa.

Resposta: B.

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21. FGV - CODESP/SP - 2010) Se A não é azul, então B é amarelo. Se B não é

amarelo, então C é verde. Se A é azul, então C não é verde. Logo, tem-se

obrigatoriamente que:

a) A é azul

b) B é amarelo

c) C é verde

d) A não é azul

e) B não é amarelo

RESOLUÇÃO:

Para resolver esse exercício, vamos chutar que “A não é azul” (início da

primeira proposição) é falsa, isto é, “A é azul” é verdadeira. Feito isso, vamos

analisar as condicionais.

Ainda sobre a primeira sentença, se a proposição p (“A não é azul”) da

condicional é falsa, a proposição q pode ser verdadeira ou falsa e mesmo assim a

condicional será verdadeira. Portanto, ainda não podemos afirmar se “B é amarelo”

é V ou F. Vejamos a terceira frase:

“Se A é azul, então C não é verde”

Nessa terceira frase, sabemos que “A é azul” é verdadeira (pois definimos

que “A não é azul” é falsa). Portanto, “C não é verde” tem de ser verdadeira

também. Com isso em mãos, vamos verificar a segunda sentença:

Se B não é amarelo, então C é verde.

Sabemos que “C é verde” é falso. Assim, “B não é amarelo” precisa ser falsa

também para garantir que a condicional seja verdadeira. Portanto, “B é amarelo”

seria verdadeira.

Em resumo, quando chutamos que “A não é azul” é falsa, obtivemos:

- A é azul

- B é amarelo

- C não é verde.

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E se tivéssemos assumido que “A não é azul” é verdadeira? Analisando a

primeira condicional novamente, isso obrigaria “B é amarelo” a ser verdadeira

também, sob pena de tornar a condicional p�q falsa.

Isto é, chutando “A não é azul” verdadeira ou falsa, chegamos à mesma

conclusão em relação a B. Assim, podemos garantir que B é realmente amarelo,

como afirma a letra B.

Resposta: B

22. FGV - MEC - 2008) O silogismo é uma forma de raciocínio dedutivo. Na sua

forma padronizada, é constituído por três proposições: as duas primeiras

denominam-se premissas e a terceira, conclusão. As premissas são juízos que

precedem a conclusão. Em um silogismo, a conclusão é conseqüência necessária

das premissas.

São dados 3 conjuntos formados por 2 premissas verdadeiras e 1 conclusão não

necessariamente verdadeira.

I.

Premissa 1: Alguns animais são homens.

Premissa 2: Júlio é um animal.

Conclusão: Júlio é homem.

II.

Premissa 1: Todo homem é um animal.

Premissa 2: João é um animal.

Conclusão: João é um homem.

III.

Premissa 1: Todo homem é um animal.

Premissa 2: José é um homem.

Conclusão: José é um animal.

É (são) silogismo(s) somente:

a) I

b) II

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c) III

d) I e III

e) II e III

RESOLUÇÃO:

Vamos analisar os 3 conjuntos dados. Em cada um deles, assumiremos que

as 2 premissas são verdadeiras e veremos se isso torna a conclusão verdadeira ou

não. Se torná-la verdadeira, temos um silogismo.

I.

Premissa 1: Alguns animais são homens.

Premissa 2: Júlio é um animal.

Conclusão: Júlio é homem.

Falso. Veja que nem todos os animais são homens, apenas alguns (premissa

1). É possível que Júlio seja algum dos animais que não é homem. Assim, não se

pode concluir que Júlio é homem.

II.

Premissa 1: Todo homem é um animal.

Premissa 2: João é um animal.

Conclusão: João é um homem.

Falso. A premissa 1 diz que todo homem é animal, mas não garante que todo

animal é homem. Isto é, podem existir animais que são homens e animais que não

são homens. Se João é um animal (premissa 2), ele pode estar em qualquer um

desses 2 grupos. Não podemos afirmar que ele está no grupo dos animais que são

homens, como diz a conclusão.

III.

Premissa 1: Todo homem é um animal.

Premissa 2: José é um homem.

Conclusão: José é um animal.

Verdadeiro. A premissa 1 é suficiente para afirmar que todos os homens

estão contidos no conjunto dos animais. Portanto, se José é um homem, ele

também está contido nesse conjunto. Portanto, ele é um animal (conclusão).

Resposta: C.

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Obs.: na aula de diagramas lógicos voltaremos a esse exercício para resolvê-

lo utilizando esta ferramenta.

23. FGV - CODESP/SP - 2010) A negação da sentença “Se tenho dinheiro, então

sou feliz” é:

a) Se não tenho dinheiro, então não sou feliz

b) Se não sou feliz, então não tenho dinheiro

c) Não tenho dinheiro e sou feliz

d) Não tenho dinheiro ou sou feliz

e) Tenho dinheiro, e não sou feliz

RESOLUÇÃO:

Para desmentir o autor dessa frase, seria preciso mostrar que, mesmo tendo

dinheiro, determinada pessoa não é feliz. Letra E.

Trata-se de uma condicional p�q, cuja negação é p e ~q.

Resposta: E.

24. FGV - CODESP/SP - 2010) Em cada uma das cinco portas A, B, C, D e E, está

escrita uma sentença, conforme a seguir:

Porta A: “Eu sou a porta de saída”

Porta B: “A porta de saída é a C”

Porta C: “A sentença escrita na porta A é verdadeira”

Porta D: “Se eu sou a porta de saída, então a porta de saída não é a porta E”

Porta E: “Eu não sou a porta de saída”

Sabe-se que dessas cinco sentenças há uma única verdadeira e que há somente

uma porta de saída. A porta de saída é a porta:

a) D

b) A

c) B

d) C

e) E

RESOLUÇÃO:

Para resolver esse exercício, vamos admitir que uma sentença seja

verdadeira e as outras 4 sejam falsas. Mas, se elas forem falsas, as negações delas

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serão verdadeiras. Vejamos então como seria a negação de cada uma das

sentenças:

Sentença Negação

Porta A: “Eu sou a porta de saída” “Eu não sou a porta de saída”

Porta B: “A porta de saída é a C” “A porta de saída não é a C”

Porta C: “A sentença escrita na porta A é

verdadeira”

“A sentença escrita na porta A não é

verdadeira”

Porta D: “Se eu sou a porta de saída,

então a porta de saída não é a porta E”

“Eu sou a porta de saída e a porta de

saída é a porta E”

Porta E: “Eu não sou a porta de saída” “Eu sou a porta de saída”

Repare na negação da sentença D. Essa negação nunca pode ser

verdadeira, afinal ela diz que tanto a própria porta D quanto a porta E são a saída.

Temos certeza que essa frase é falsa. Se ela é falsa, então a sentença D deve ser

verdadeira: “Se eu sou a porta de saída, então a porta de saída não é a porta E”.

Ora, já descobrimos que apenas a porta D tem uma sentença verdadeira,

portanto a negação da sentença escrita em cada uma das outras portas também é

verdadeira.

Veja que a negação da frase da porta E é: “Eu sou a porta de saída”. Sendo

essa frase verdadeira, nosso gabarito é a letra E.

Resposta: E

25. CESPE – MPS – 2009) Julgue os itens que se seguem, acerca de tautologia,

proposições e operações com conjuntos.

( ) Considerando as proposições P e Q e os símbolos lógicos: ¬ (negação); v (ou);

^ (e); � (se, ... então), é correto afirmar que a proposição (¬P)^Q � (¬P)v Q é uma

tautologia.

( ) Se A for um conjunto não vazio e se o número de elementos do conjunto A B∪

for igual ao número de elementos do conjunto A B∩ , então o conjunto B terá pelo

menos um elemento.

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( ) A negação da proposição “Pedro não sofreu acidente de trabalho ou Pedro está

aposentado” é “Pedro sofreu acidente de trabalho ou Pedro não está aposentado”.

RESOLUÇÃO:

( ) Considerando as proposições P e Q e os símbolos lógicos: ¬ (negação); v (ou);

^ (e); � (se, ... então), é correto afirmar que a proposição (¬P)^Q � (¬P)v Q é uma

tautologia.

Vamos construir a tabela-verdade dessa proposição:

p q ~p ~q (¬P)^Q (¬P)v Q (¬P)^Q �

(¬P)v Q

V V F F F V V

V F F V F F V

F V V F V V V

F F V V F V V

Observando a coluna da direita, vemos que a expressão é sempre

Verdadeira, independentemente dos valores lógicos de P e Q. Portanto, trata-se de

uma Tautologia. Item CERTO.

( ) Se A for um conjunto não vazio e se o número de elementos do conjunto

A B∪ for igual ao número de elementos do conjunto A B∩ , então o conjunto B terá

pelo menos um elemento.

Se o número de elementos comuns aos 2 conjuntos (intersecção) é igual ao

total de elementos dos 2 conjuntos (união), podemos afirmar que os conjuntos A e B

são iguais. Como A não é vazio, ele tem pelo menos um elemento. O mesmo ocorre

com B. Item CERTO.

( ) A negação da proposição “Pedro não sofreu acidente de trabalho ou Pedro está

aposentado” é “Pedro sofreu acidente de trabalho ou Pedro não está aposentado”.

Para desmentir o autor da primeira proposição, precisaríamos provar que

nenhuma das afirmações é verdadeira (pois se trata de uma disjunção). Assim, a

negação é feita com a conjunção: Pedro sofreu acidente de trabalho E Pedro não

está aposentado. Item ERRADO.

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Resposta: C C E

26. CESPE – PREVIC – 2011) Um argumento é uma sequência finita de

proposições, que são sentenças que podem ser julgadas como verdadeiras (V) ou

falsas (F). Um argumento é válido quando contém proposições assumidas como

verdadeiras — nesse caso, denominadas premissas — e as demais proposições

são inseridas na sequência que constitui esse argumento porque são verdadeiras

em consequência da veracidade das premissas e de proposições anteriores. A

última proposição de um argumento é chamada conclusão. Perceber a forma de um

argumento é o aspecto primordial para se decidir sua validade. Duas proposições

são logicamente equivalentes quando têm as mesmas valorações V ou F. Se uma

proposição for verdadeira, então a sua negação será falsa, e vice-versa. Com base

nessas informações, julgue o item a seguir.

( ) A negação da proposição “Se um trabalhador tinha qualidade de segurado da

previdência social ao falecer, então seus dependentes têm direito a pensão” é

logicamente equivalente à proposição “Um trabalhador tinha qualidade de segurado

da previdência social ao falecer, mas seus dependentes não têm direito a pensão”.

RESOLUÇÃO:

A primeira proposição é p � q, onde p = o trabalhador era segurado e q = os

dependentes tem direito a pensão (resumidamente).

Já a segunda proposição é p e ~q. Temos, de fato, a negação de p�q, pois a

condição (p) foi cumprida e, mesmo assim, o resultado (q) não ocorreu. Item

CERTO.

Resposta: C

***************************

Pessoal, por hoje é isso. Até a próxima aula, quando daremos continuidade à

resolução de exercícios sobre lógica proposicional e de argumentação. Garanta que

você entendeu bem a teoria da aula de hoje, para aproveitar bem as próximas

aulas. Abraço,

Arthur Lima ([email protected])

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3. LISTA DAS QUESTÕES APRESENTADAS NA AULA

1. CESPE – TRE/BA – 2009) A negação da proposição “O presidente é o membro

mais antigo do tribunal e o corregedor é o vice-presidente” é “O presidente é o

membro mais novo do tribunal e o corregedor não é o vice-presidente”.

2. CESPE – STF – 2008)

Filho meu, ouve minhas palavras e atenta para meu conselho.

A resposta branda acalma o coração irado.

O orgulho e a vaidade são as portas de entrada da ruína do homem.

Se o filho é honesto então o pai é exemplo de integridade.

Tendo como referência as quatro frases acima, julgue o itens seguintes.

( ) A primeira frase é composta por duas proposições lógicas simples unidas pelo

conectivo de conjunção.

( ) A segunda frase é uma proposição lógica simples.

( ) A terceira frase é uma proposição lógica composta.

( ) A quarta frase é uma proposição lógica em que aparecem dois conectivos

lógicos.

3. CESPE – BANCO DO BRASIL – 2007) Na lógica sentencial, denomina-se

proposição uma frase que pode ser julgada como verdadeira (V) ou falsa (F), mas

não, como ambas. Assim, frases como “Como está o tempo hoje?” e “Esta frase é

falsa” não são proposições porque a primeira é pergunta e a segunda não pode ser

nem V nem F. As proposições são representadas simbolicamente por letras

maiúsculas do alfabeto — A, B, C etc. Uma proposição da forma “A ou B” é F se A e

B forem F, caso contrário é V; e uma proposição da forma “Se A então B” é F se A

for V e B for F, caso contrário é V. Um raciocínio lógico considerado correto é

formado por uma seqüência de proposições tais que a última proposição é

verdadeira sempre que as proposições anteriores na seqüência forem verdadeiras.

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Considerando as informações contidas no texto acima, julgue os itens

subseqüentes.

( ) É correto o raciocínio lógico dado pela seqüência de proposições seguintes:

Se Antônio for bonito ou Maria for alta, então José será aprovado no concurso.

Maria é alta.

Portanto José será aprovado no concurso.

( ) É correto o raciocínio lógico dado pela seqüência de proposições seguintes:

Se Célia tiver um bom currículo, então ela conseguirá um emprego.

Ela conseguiu um emprego.

Portanto, Célia tem um bom currículo.

( ) Na lista de frases apresentadas a seguir, há exatamente três proposições.

“A frase dentro destas aspas é uma mentira.”

A expressão X + Y é positiva.

O valor de 4 3 7+ = .

Pelé marcou dez gols para a seleção brasileira.

O que é isto?

4. FCC – Banco do Brasil – 2011) Um jornal publicou a seguinte manchete:

“Toda Agência do Banco do Brasil tem déficit de funcionários.”

Diante de tal inverdade, o jornal se viu obrigado a retratar-se, publicando uma

negação de tal manchete. Das sentenças seguintes, aquela que expressaria de

maneira correta a negação da manchete publicada é:

a) Qualquer Agência do Banco do Brasil não têm déficit de funcionários

b) Nenhuma Agência do Banco do Brasil tem déficit de funcionários

c) Alguma Agência do Banco do Brasil não tem déficit de funcionários

d) Existem Agências com déficit de funcionários que não pertencem ao Banco do

Brasil

e) O quadro de funcionários do Banco do Brasil está completo

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5. FCC – BAHIAGÁS – 2010) “Se a soma dos dígitos de um número inteiro n é

divisível por 6, então n é divisível por 6”. Um valor de n que mostra ser falsa a frase

acima é:

a) 30

b) 33

c) 40

d) 42

e) 60

6. FCC – ALESP – 2010) Durante uma sessão no plenário da Assembléia

Legislativa, o presidente da mesa fez a seguinte declaração, dirigindo-se às galerias

da casa:

“Se as manifestações desrespeitosas não forem interr ompidas, então eu não

darei início à votação”.

Esta declaração é logicamente equivalente à afirmação:

a) se o presidente da mesa deu início à votação, então as manifestações

desrespeitosas foram interrompidas

b) se o presidente da mesa não deu início à votação, então as manifestações

desrespeitosas não foram interrompidas

c) se as manifestações desrespeitosas forem interrompidas, então o presidente da

mesa dará início à votação

d) se as manifestações desrespeitosas continuarem, então o presidente da mesa

começará a votação

e) se as manifestações desrespeitosas não continuarem, então o presidente da

mesa não começará a votação.

7. CESPE – TRT/17ª – 2009) A negação da proposição “O juiz determinou a

libertação de um estelionatário e de um ladrão” é expressa na forma “O juiz não

determinou a libertação de um estelionatário nem de um ladrão”.

8. CESPE – Polícia Militar/AC – 2008) Se A é a proposição “Todo bom soldado é

pessoa honesta”, considere as proposições seguintes:

B Nenhum bom soldado é pessoa desonesta.

C Algum bom soldado é pessoa desonesta.

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D Existe bom soldado que não é pessoa honesta.

E Nenhuma pessoa desonesta é um mau soldado.

Nesse caso, todas essas 4 últimas proposições podem ser consideradas como

enunciados para a proposição ¬A.

9. FCC – SEFAZ/SP – 2009) Considere a afirmação:

Pelo menos um ministro participará da reunião ou nenhuma decisão será tomada.

Para que essa afirmação seja FALSA:

a) é suficiente que nenhum ministro tenha participado da reunião e duas decisões

tenham sido tomadas.

b) é suficiente que dois ministros tenham participado da reunião e alguma decisão

tenha sido tomada.

c) é necessário e suficiente que alguma decisão tenha sido tomada,

independentemente da participação de ministros na reunião.

d) é necessário que nenhum ministro tenha participado da reunião e duas decisões

tenham sido tomadas.

e) é necessário que dois ministros tenham participado da reunião e nenhuma

decisão tenha sido tomada.

10. CESPE – POLÍCIA FEDERAL – 2004) Uma noção básica da lógica é a de que

um argumento é composto de um conjunto de sentenças denominadas premissas e

de uma sentença denominada conclusão. Um argumento é válido se a conclusão é

necessariamente verdadeira sempre que as premissas forem verdadeiras. Com

base nessas informações, julgue os itens que se seguem.

( ) Toda premissa de um argumento válido é verdadeira.

( ) Se a conclusão é falsa, o argumento não é válido.

( ) Se a conclusão é verdadeira, o argumento é válido.

( ) É válido o seguinte argumento: Todo cachorro é verde, e tudo que é verde é

vegetal, logo todo cachorro é vegetal.

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11. FCC – SEFAZ/SP – 2009) Considere as seguintes afirmações:

I. Se ocorrer uma crise econômica, então o dólar não subirá.

II. Ou o dólar subirá, ou os salários serão reajustados, mas não ambos.

III. Os salários serão reajustados se, e somente se, não ocorrer uma crise

econômica.

Sabendo que as três afirmações são verdadeiras, é correto concluir que,

necessariamente,

a) o dólar não subirá, os salários não serão reajustados e não ocorrerá uma crise

econômica.

b) o dólar subirá, os salários não serão reajustados e ocorrerá uma crise econômica.

c) o dólar não subirá, os salários serão reajustados e ocorrerá uma crise econômica.

d) o dólar subirá, os salários serão reajustados e não ocorrerá uma crise econômica.

e) o dólar não subirá, os salários serão reajustados e não ocorrerá uma crise

econômica.

12. CESPE – Polícia Federal – 2009) As proposições [ (~ )] (~ )A B A∨ → e

[(~ ) ] (~ )A B A∧ ∨ são equivalentes.

13. CESPE – Polícia Militar/AC – 2008) Considere as seguintes proposições:

A 6 - 1 = 7 ou 6 + 1 > 2

B 6 + 3 > 8 e 6 - 3 = 4

C 9 × 3 > 25 ou 6 × 7 < 45

D 5 + 2 é um número primo e todo número primo é ímpar.

Nesse caso, entre essas 4 proposições, apenas duas são F.

14. CESPE – POLÍCIA FEDERAL – 2004) Quando Paulo estuda, ele é aprovado

nos concursos em que se inscreve. Como ele não estudou recentemente, não deve

ser aprovado neste concurso.

Em cada um dos itens a seguir, julgue se o argumento apresentado tem estrutura

lógica equivalente à do texto acima.

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( ) Quando Paulo gosta de alguém, ele não mede esforços para oferecer ajuda.

Como Maria gosta muito de Paulo, ele vai ajudá-la a responder as questões de

direito constitucional.

( ) Quando os críticos literários recomendam a leitura de um livro, muitas pessoas

compram o livro e o lêem. O livro sobre viagens maravilhosas, lançado

recentemente, não recebeu comentários favoráveis dos críticos literários, assim, não

deve ser lido por muitas pessoas.

( ) Sempre que Paulo insulta Maria, ela fica aborrecida. Como Paulo não insultou

Maria recentemente, ela não deve estar aborrecida.

( ) Toda vez que Paulo chega a casa, seu cachorro late e corre a seu encontro.

Hoje Paulo viajou, logo seu cachorro está triste.

15. CESPE – Polícia Militar/AC – 2008) Considere as seguintes proposições:

A 3 + 4 = 7 ou 7 - 4 = 3

B 3 + 4 = 7 ou 3 + 4 > 8

C 32 = -1 ou 32 = 9

D 32 = -1 ou 32 = 1

Nesse caso, entre essas 4 proposições, apenas duas são V.

16. FMP/RS – TCE/MT – 2011) Se é verão, então vai esquentar. Se vai esquentar,

então chove. Se chove, então Manoel não vai à praia. Se Manoel não vai à praia,

então Maria fica em casa. Se Maria fica em casa, então a mãe de Maria faz doces.

A mãe de Maria não fez doces. Logo:

a) Choveu

b) Manoel foi à praia

c) Maria ficou em casa

d) Esquentou

e) É verão

17. CESPE – Polícia Militar/AC – 2008) Considere as seguintes sentenças:

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I O Acre é um estado da Região Nordeste.

II Você viu o cometa Halley?

III Há vida no planeta Marte.

IV Se x < 2, então x + 3 > 1.

Nesse caso, entre essas 4 sentenças, apenas duas são proposições.

18. CESPE – MPE/RR – 2008) Uma proposição simples é uma frase afirmativa,

constituída esquematicamente por um sujeito e um predicado, que pode ter um dos

dois valores: falso — F —, ou verdadeiro — V —, excluindo-se qualquer outro.

Novas proposições podem ser formadas a partir de proposições simples e dos

chamados conectivos: “e”, simbolizado por ^; “ou”, simbolizado por v; “se ... então”,

simbolizado por �; e “se e somente se”, simbolizado por ↔�. Também é usado

o modificador “não”, simbolizado por ¬. As proposições são representadas por letras

do alfabeto: A, B, C etc. São as seguintes as valorações para algumas proposições

compostas:

Há expressões que não podem ser valoradas como V nem como F, como, por

exemplo: “Ele é contador”, “x + 3 = 8”. Essas expressões são denominadas

“proposições abertas”. Elas tornam-se proposições, que poderão ser julgadas como

V ou F, depois de atribuídos determinados valores ao sujeito, ou variável. O

conjunto de valores que tornam a proposição aberta uma proposição valorada como

V é denominado “conjunto verdade”.

Com base nessas informações, julgue os itens que se seguem, a respeito de

estruturas lógicas e lógica de argumentação.

( ) Considere a seguinte proposição.

A: Para todo evento probabilístico X, a probabilidade P(X) é tal que0 ( ) 1P X≤ ≤

Nesse caso, o conjunto verdade da proposição ¬A tem infinitos elementos.

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( ) Considere como V as seguintes proposições.

A: Jorge briga com sua namorada Sílvia.

B: Sílvia vai ao teatro.

Nesse caso, ¬(A�B) é a proposição C: “Se Jorge não briga com sua namorada

Sílvia, então Sílvia não vai ao teatro”.

( ) Considere as seguintes proposições.

A: Jorge briga com sua namorada Sílvia.

B: Sílvia vai ao teatro.

Nesse caso, independentemente das valorações V ou F para A e B, a expressão

¬(AvB) correspondente à proposição C: “Jorge não briga com sua namorada Sílvia e

Sílvia não vai ao teatro”.

( ) Se A e B são proposições, então ¬(A�B) tem as mesmas valorações que

[(¬A)�(¬B)]^[(¬B)�(¬A)].

19. FGV - MEC - 2008) Com relação à naturalidade dos cidadãos brasileiros,

assinale a alternativa logicamente correta:

a) Ser brasileiro é condição necessária e suficiente para ser paulista.

b) Ser brasileiro é condição suficiente, mas não necessária para ser paranaense.

c) Ser carioca é condição necessária e suficiente para ser brasileiro.

d) Ser baiano é condição suficiente, mas não necessária para ser brasileiro.

e) Ser maranhense é condição necessária, mas não suficiente para ser brasileiro.

20. CONSULPLAN – PREF. ITABAIANA – 2010) Qual das proposições abaixo é

verdadeira?

A) O ar é necessário à vida e a água do mar é doce

B) O avião é um meio de transporte ou o aço é mole.

C) 6 é ímpar ou 2 + 3 ≠ 5.

D) O Brasil é um país e Sergipe é uma cidade.

E) O papagaio fala e o porco voa.

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21. FGV - CODESP/SP - 2010) Se A não é azul, então B é amarelo. Se B não é

amarelo, então C é verde. Se A é azul, então C não é verde. Logo, tem-se

obrigatoriamente que:

a) A é azul

b) B é amarelo

c) C é verde

d) A não é azul

e) B não é amarelo

22. FGV - MEC - 2008) O silogismo é uma forma de raciocínio dedutivo. Na sua

forma padronizada, é constituído por três proposições: as duas primeiras

denominam-se premissas e a terceira, conclusão. As premissas são juízos que

precedem a conclusão. Em um silogismo, a conclusão é conseqüência necessária

das premissas.

São dados 3 conjuntos formados por 2 premissas verdadeiras e 1 conclusão não

necessariamente verdadeira.

I.

Premissa 1: Alguns animais são homens.

Premissa 2: Júlio é um animal.

Conclusão: Júlio é homem.

II.

Premissa 1: Todo homem é um animal.

Premissa 2: João é um animal.

Conclusão: João é um homem.

III.

Premissa 1: Todo homem é um animal.

Premissa 2: José é um homem.

Conclusão: José é um animal.

É (são) silogismo(s) somente:

a) I

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b) II

c) III

d) I e III

e) II e III

23. FGV - CODESP/SP - 2010) A negação da sentença “Se tenho dinheiro, então

sou feliz” é:

a) Se não tenho dinheiro, então não sou feliz

b) Se não sou feliz, então não tenho dinheiro

c) Não tenho dinheiro e sou feliz

d) Não tenho dinheiro ou sou feliz

e) Tenho dinheiro, e não sou feliz

24. FGV - CODESP/SP - 2010) Em cada uma das cinco portas A, B, C, D e E, está

escrita uma sentença, conforme a seguir:

Porta A: “Eu sou a porta de saída”

Porta B: “A porta de saída é a C”

Porta C: “A sentença escrita na porta A é verdadeira”

Porta D: “Se eu sou a porta de saída, então a porta de saída não é a porta E”

Porta E: “Eu não sou a porta de saída”

Sabe-se que dessas cinco sentenças há uma única verdadeira e que há somente

uma porta de saída. A porta de saída é a porta:

a) D

b) A

c) B

d) C

e) E

25. CESPE – MPS – 2009) Julgue os itens que se seguem, acerca de tautologia,

proposições e operações com conjuntos.

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( ) Considerando as proposições P e Q e os símbolos lógicos: ¬ (negação); v (ou);

^ (e); � (se, ... então), é correto afirmar que a proposição (¬P)^Q � (¬P)v Q é uma

tautologia.

( ) Se A for um conjunto não vazio e se o número de elementos do conjunto A B∪

for igual ao número de elementos do conjunto A B∩ , então o conjunto B terá pelo

menos um elemento.

( ) A negação da proposição “Pedro não sofreu acidente de trabalho ou Pedro está

aposentado” é “Pedro sofreu acidente de trabalho ou Pedro não está aposentado”.

26. CESPE – PREVIC – 2011) Um argumento é uma sequência finita de

proposições, que são sentenças que podem ser julgadas como verdadeiras (V) ou

falsas (F). Um argumento é válido quando contém proposições assumidas como

verdadeiras — nesse caso, denominadas premissas — e as demais proposições

são inseridas na sequência que constitui esse argumento porque são verdadeiras

em consequência da veracidade das premissas e de proposições anteriores. A

última proposição de um argumento é chamada conclusão. Perceber a forma de um

argumento é o aspecto primordial para se decidir sua validade. Duas proposições

são logicamente equivalentes quando têm as mesmas valorações V ou F. Se uma

proposição for verdadeira, então a sua negação será falsa, e vice-versa. Com base

nessas informações, julgue o item a seguir.

( ) A negação da proposição “Se um trabalhador tinha qualidade de segurado da

previdência social ao falecer, então seus dependentes têm direito a pensão” é

logicamente equivalente à proposição “Um trabalhador tinha qualidade de segurado

da previdência social ao falecer, mas seus dependentes não têm direito a pensão”.

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4. GABARITO

01 E 02 ECEE 03 CEE 04 C 05 B 06 A 07 E

08 E 09 A 10 EEEC 11 E 12 C 13 C 14 EECE

15 E 16 B 17 E 18 EECE 19 D 20 B 21 B

22 C 23 E 24 E 25 CCE 26 C