Upload
jabesmarcos
View
105
Download
27
Embed Size (px)
Citation preview
FISCAL DO ICMS SEFAZ-RJ 2013 NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO
PROFESSOR: MARCELO CAMACHO
1
Aula 4
Olá, pessoal!
Como estão nos preparativos! Espero que estejam cumprindo à risca um
plano de estudos, pois isto fará diferença a favor de vocês!
Vamos ao conteúdo da nossa aula desta semana:
Aula 4 - 10/06 12. Administração participativa.13. Desenvolvimento de equipes. 14. Gestão de conflitos..
Sumário
1. Administração Participativa ................................................................................................................ 2
2. Desenvolvimento de Equipes ........................................................................................................... 11
2.1. Trabalho em Equipe ....................................................................................................................... 11
2.2.. Treinamento e Desenvolvimento de pessoas ................................................................................ 25
2.2.1 Tipos de Treinamento .................................................................................................................. 30
2.2.2 Processo de treinamento, segundo Chiavenato ............................................................................ 32
2.2.3 Métodos de levantamento de necessidades de treinamento ......................................................... 33
2.2.4 Avaliação do Programa de Treinamento ..................................................................................... 38
2.2.5 Desenvolvimento de pessoas ....................................................................................................... 43
2.2.6 Desenvolvimento Organizacional ................................................................................................ 50
3. Gerenciamento de Conflitos ............................................................................................................. 56
3.1. Estilos de Gestão de Conflitos ....................................................................................................... 64
3.2. Técnicas de Gestão de Conflitos .................................................................................................... 68
3.3. Metodologia de Mediação e Negociação De Harvard ................................................................... 71
3.4. Modelo de Mediação Transformativa ............................................................................................ 75
4. Lista de Exercícios ............................................................................................................................ 79
5. Gabarito ............................................................................................................................................ 87
6 -Bibliografia ....................................................................................................................................... 88
FISCAL DO ICMS SEFAZ-RJ 2013 NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO
PROFESSOR: MARCELO CAMACHO
2
1. Administração Participativa
A Administração Participativa é uma das ideias mais antigas da
administração. Ela nasceu na Grécia com a invenção da democracia.
Continua a ser uma ideia moderna, que integra as práticas mais avançadas e
é considerada um dos novos paradigmas da administração.
Segundo Maximiano: “Administração participativa é uma filosofia ou doutrina
que valoriza a participação das pessoas no processo de tomar decisões sobre
a administração das organizações.”
Essa definição tem diversas implicações:
• Participar não é natural nos modelos convencionais de administração.
Muitos paradigmas mantêm a maioria dos trabalhadores alienados em
relação ao controle de seu próprio trabalho e à gestão da organização.
• A alienação desperdiça o potencial de contribuição das pessoas.
• A participação das pessoas envolvidas nos diversos níveis de decisão
contribui para aumentar a qualidade das decisões e da administração,
em como a satisfação e a motivação das pessoas.
• Aprimorando a decisão e o clima organizacional, a administração
participativa contribui para aumentar a competitividade das
organizações. Administrar participativamente consiste em compartilhar
as decisões que afetam a empresa, não apenas com funcionários, mas
também com clientes ou usuários, fornecedores, e eventualmente
distribuidores ou concessionários da organização.
FISCAL DO ICMS SEFAZ-RJ 2013 NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO
PROFESSOR: MARCELO CAMACHO
3
Interfaces da Administração Participativa Na administração participativa temos como atores os funcionários, os
clientes e os fornecedores. Vejam o esquema abaixo:
MODELOS DE ADMINISTRAÇÃO PARTICIPATIVA
� Modelo diretivo: o gestor designa a participação de cada funcionário
nas decisões.
� Problemas do modelo diretivo:
• Ineficiência global do sistema;
• Fragilidade da empresa;
• Insatisfação e desmotivação dos trabalhadores;
• Autoritarismo.
Obs.: As organizações que utilizam o modelo diretivo são denominadas
mecanicistas
FISCAL DO ICMS SEFAZ-RJ 2013 NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO
PROFESSOR: MARCELO CAMACHO
4
� Modelo participativo: todas as pessoas expressam suas opiniões de
forma livre, onde cada um é responsável por seu desempenho e
comportamento.
Obs.: As organizações que seguem o modelo participativo são chamadas de
orgânicas.
Vejamos uma comparação entre os dois modelos:
FISCAL DO ICMS SEFAZ-RJ 2013 NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO
PROFESSOR: MARCELO CAMACHO
5
ESTRATÉGIAS DE PARTICIPAÇÃO • Informação; • Envolvimento no processo decisório; • Participação na direção (Equipes autogerenciadas); • Participação nos resultados; • Autogestão
Categorias do Modelo Participativo I. Envolvimento no processo decisório
O envolvimento no processo decisório vai além da simples comunicação.
Envolver significa consultar as pessoas, individualmente ou em grupo, sobre
a solução de problemas, no nível do local de trabalho. As pessoas passam a
auxiliar a tomar decisões. Existem três tipos (níveis) de decisões devendo-se
esclarecer as responsabilidades de cada pessoa em cada um deles:
- Decisões independentes – essas decisões podem ser tomadas por
gerentes, supervisores e/ou indivíduos que não ocupam cargo gerencial. Elas
não precisam de discussão informação ou acordo do grupo. São tomadas
unilateralmente para acelerar o processo de resolver as situações de rotina.
- Decisões colaborativas (ou consultivas) – são tomadas por gerentes
individuais ou grupos de pessoas, a quem foi dada responsabilidade e
autoridade para isso. Contudo elas não podem ser impostas e precisam de
discussão, participação e aconselhamento das pessoas que serão afetadas
por elas. Entretanto a decisão final cabe ao gerente.
- Decisões tomadas por pessoas e grupos potencializados (empowered) –
são tomadas pela equipe ou pela pessoa que recebeu poderes para tal ação
e não precisam ser aprovadas ou revistas pela administração. Nesse nível, a
FISCAL DO ICMS SEFAZ-RJ 2013 NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO
PROFESSOR: MARCELO CAMACHO
6
pessoa ou grupo assume plena responsabilidade, tendo para isso a
informação, a maturidade, as qualificações e as atitudes suficientes para
decidir da melhor maneira possível.
II. Equipes autogerenciadas
Essa equipe é formada por um grupo de pessoas com um objetivo, e que
decidem como fazer para alcançá-lo, trabalhando dentro de uma área de
autonomia definida de comum acordo com a administração. Suas principais
características são as seguintes:
• Objetivos claros;
• Conhecimento por parte de todos os integrantes das tarefas
necessárias para realizar os objetivos;
• Intercâmbio de papéis: grande parte dos integrantes pode realizar
grande parte das tarefas. Os integrantes são multifuncionais e polivalentes;
• Os papéis de liderança podem ser desempenhados por diferentes
pessoas e também são intercambiáveis. Quem é líder num momento pode
ser liderado em outro;
• As funções de apoio à operação ou objetivo principal estão embutidas
no próprio grupo: controle de qualidade, manutenção, suprimentos. Em
alguns casos, o grupo assume funções de apoio administrativo, como
seleção e treinamento de pessoal;
• A equipe dispõe de todas as informações necessárias para lastrear o
processo decisório;
• A equipe tem autonomia para tomar as decisões que afetam mais de
perto a realização das tarefas, compensação de faltas, planejamento de
férias, requisição de materiais e serviços, seleção, treinamento e
transferências de pessoal.
FISCAL DO ICMS SEFAZ-RJ 2013 NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO
PROFESSOR: MARCELO CAMACHO
7
III. Participação na direção
Participar da direção (co-gestão) significa participar institucionalmente da
estrutura de poder da organização, mais que simplesmente do processo de
decisões de um dirigente ou de um departamento da empresa. A co-gestão
compreende a representação institucional dos funcionários ou
representantes de outras instituições na administração da empresa.
IV. Participação nos resultados
A participação nos resultados pode ser implantada em qualquer estágio da
vida da empresa. Existem várias modalidades de participação nos
resultados. Os empregados podem participar do faturamento, dos
incrementos nas receitas, das economias ou ganhos de produtividade, dos
lucros e da propriedade da empresa. Comissões sobre vendas, abonos ou
salários adicionais por resultados ou atingimento de metas, prêmios por
sugestões que resultem em economias ou ganhos e distribuição de ações –
eis algumas formas de propiciar a participação nos resultados.
A participação nos resultados fecha o círculo do mecanismo da recompensa:
se as pessoas participaram dos problemas e decisões, também deve de
alguma forma beneficiar-se dos resultados de seu esforço.
A participação dos trabalhadores nos lucros ou resultados da empresa está
regulamentada pela Lei 10 101/00 de 19/12/00.
V. Autogestão.
Autogestão consiste na autonomia completa, de uma pessoa ou grupo, para
administrar um empreendimento. Diversas modalidades de administração
participativa são consideradas formas de autogestão, mas nem sempre a
FISCAL DO ICMS SEFAZ-RJ 2013 NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO
PROFESSOR: MARCELO CAMACHO
8
denominação é correta. Na realidade, autogestão apenas existe quando os
participantes de um empreendimento são também seus proprietários, como
é o caso das cooperativas, repúblicas de estudantes, condomínios,
associações, grupos de teatro, conjuntos musicais e clubes
VANTAGENS DA ADMINISTRAÇÃO PARTICIPATIVA
• Desenvolvimento expressivo;
• Participação eficaz dos trabalhadores;
• Distribuição equitativa de responsabilidade e dos resultados;
• Satisfação com a essência dos fatos;
• Elevado grau de integração com a cultura da organização;
• Sólida base para as decisões;
• Aceleração das condições da competitividade da empresa;
• Estímulo das condições da competitividade na organização;
• Sustentação do diálogo e respeito às diferenças individuais
O lado comportamental da participação (dimensão comportamental)
A administração participativa, em primeiro lugar, é a substituição dos estilos
tradicionais de administrar pessoas – autoritário, impositivo, indiferente,
paternalista – por cooperação mútua, liderança, autonomia e
responsabilidade. Informar, envolver, delegar, consultar e perguntar, em
vez de mandar, são as palavras-chaves da administração participativa no
que diz respeito ao comportamento dos administradores.
O lado estrutural da participação (dimensão estrutural)
Além dos aspectos comportamentais, a administração participativa também
implica o redesenho das estruturas. Cargos, grupos de trabalho e a estrutura
FISCAL DO ICMS SEFAZ-RJ 2013 NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO
PROFESSOR: MARCELO CAMACHO
9
como um todo são organizados de modo que a participação dependa não
apenas das atitudes e disposições favoráveis das pessoas, mas também e
principalmente do sistema de normas e procedimentos. A estrutura deve
estimular as pessoas à participação. Nas organizações tradicionais ou não
participativas, acontece o inverso: os regulamentos, as carreiras, a divisão
do trabalho e o próprio organograma são estruturados de maneira que o
poder fique concentrado no topo da pirâmide.
IMPLANTAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO PARTICIPATIVA
Ao se implantar a administração participativa em uma organização, três de
seus aspectos sofrem mudanças. São eles:
� Comportamento;
� Estrutura;
� Visão Sistêmica.
Agora vejamos algumas questões:
ITEM 1. (FCC/ MPE_SE/2009/ANALISTA/ESPECIALIDADE ADMINISTRAÇÃO)
Autoridade, obediência, liderança, autogestão, disciplina e autonomia são ingredientes que se combinam em várias dosagens para influenciar o comportamento das pessoas nas organizações. Um maior grau de autogestão, disciplina e autonomia na organização caracteriza um modelo de administração (A) diretivo-participativa. (B) tecno-mecanicista. (C) diretiva. (D) diretivo-autoritária. (E) participativa.
Pessoal, vimos na aula que autoridade, obediência e liderança são
características do modelo de administração diretivo. Já autonomia,
autogestão e disciplina são características do modelo de administração
participativo. Sendo assim, o gabarito é a alternativa E.
FISCAL DO ICMS SEFAZ-RJ 2013 NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO
PROFESSOR: MARCELO CAMACHO
10
ITEM 2. (FCC/TCE_GO/2009/ANALISTA DE CONTROLE EXTERNO/GESTÃO DE PESSOAS)
Em relação às dimensões de uma organização que são envolvidas na gestão participativa. (A) (B) (C) (D) (E) I. É na dimensão comportamental que ocorre a substituição do estilo tradicional de administração autoritário e paternalista pelo da liderança, autonomia, cooperação e comprometimento. II. A dimensão estrutural envolve a informação, a delegação e o questionamento em lugar do comando palavras-chaves para o funcionamento das organizações na gestão participativa. III. É na dimensão estrutural que se encontra a maior dificuldade de implantação da gestão participativa, pois pode implicar redesenho de estruturas, cargos e grupos de trabalho. IV. A hierarquia deve ser revalorizada, pois as organizações tradicionais são estruturadas de maneira que o poder fique fragmentado na base da pirâmide. V. Uma organização está ligada ao mercado e à sociedade por diversas interfaces; clientes, fornecedores e comunidade devem ser consultados sobre decisões e evoluções de produtos e serviços. (A) Estão corretas APENAS as afirmativas I e II. (B) Estão corretas APENAS as afirmativas I, II e V. (C) Estão corretas APENAS as afirmativas I, III e V. (D) Estão corretas APENAS as afirmativas II, III e IV. (E) Estão corretas APENAS as afirmativas II, III, IV e V.
Vamos analisar as afirmativas:
I. CORRETO. Vimos isto: na dimensão comportamental é a
substituição dos estilos tradicionais de administrar pessoas –
autoritário, impositivo, indiferente, paternalista – por cooperação
mútua, liderança, autonomia e responsabilidade.
II. ERRADO. É a dimensão comportamental que envolve a informação,
a delegação e o questionamento em lugar do comando palavras-
chaves para o funcionamento das organizações na gestão
participativa.
III. CERTO. É na dimensão estrutural que Cargos, grupos de trabalho e
a estrutura como um todo são organizados de modo que a
participação dependa não apenas das atitudes e disposições
favoráveis das pessoas, mas também e principalmente do sistema
FISCAL DO ICMS SEFAZ-RJ 2013 NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO
PROFESSOR: MARCELO CAMACHO
11
de normas e procedimento. Isto, evidentemente, gera maior
resistência na organização, pois mexe com o status quo.
IV. ERRADO. É justamente o contrário: nas organizações tradicionais o
poder está no topo da pirâmide.
V. CERTO. São as diversas interfaces da participação que vimos em
aula: funcionários, clientes ou usuários, fornecedores, e
eventualmente distribuidores ou concessionários da organização
Desta forma o gabarito é a alternativa C.
2. Desenvolvimento de Equipes
Pessoal, na abordagem deste tópico achei importante incluir duas
perspectivas: o desenvolvimento de equipes enquanto processo grupal e o
desenvolvimento enquanto processo de capacitação.
2.1. Trabalho em Equipe
As organizações modernas estão optando por transformar suas velhas
estruturas organizacionais baseadas em órgãos e cargos para estruturas
baseadas em equipes. Mas, o que são equipes? Para entendermos este
conceito é vital compreendermos a natureza, os tipos e as fases de
desenvolvimento dos grupos.
FISCAL DO ICMS SEFAZ-RJ 2013 NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO
PROFESSOR: MARCELO CAMACHO
12
Natureza dos Grupos
Grupo são duas ou mais pessoas que interagem de forma interdependente e
que tem objetivos comuns.
Vejam esta questão! ITEM 3. (CESPE/2011/PREVIC/ANALISTA ADMINISTRATIVO) Grupos são conjuntos de pessoas que interagem umas com as outras, são psicologicamente conscientes umas das outras e se percebem como grupo.
Perfeito Pessoal! Um grupo só existe se o individuo é consciente do outro
enquanto membro do grupo. Uma multidão caminhando na Av.Paulista em
São Paulo ou na Av. Rio Branco, no Rio de Janeiro não constituem um grupo.
Tais indivíduos não tem objetivos em comum, não interagem e não estão
conscientes uns dos outros.
Portanto a afirmativa acima está CERTA!
Os grupos podem ser formais e informais. Chiavenato (2005), baseado na
concepção de Kurt Lewin sobre grupos, adota a seguinte classificação
grupal:
I. Grupos Formais- são grupos de trabalhos definidos pelas
organizações com atribuição de tarefas específicas.
1. Grupos de Comando: são grupos formais definidos em um
organograma responsáveis pelo comando das operações em uma
organização. Exemplo: o conselho de direção de uma empresa, o diretor de
um hospital e suas chefias médicas,etc.
2. Grupos de Tarefas: são grupos definidos e formados para atuar em
uma tarefa específica. Podem ser intradepartamentais.Por exemplo: grupos
para cuidar de incêndios na empresa ou organização (brigada de incêndio).
FISCAL DO ICMS SEFAZ-RJ 2013 NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO
PROFESSOR: MARCELO CAMACHO
13
3. Grupos temporários: são grupos formados para cuidar de certas
tarefas organizacionais com prazo definido de duração. Por exemplo:
comissões.
II. Grupos Informais – são aqueles que surgem espontaneamente
graças às relações de interação entre as pessoas.
1. Grupos Primários: são grupos pequenos que se caracterizam pela
camaradagem, lealdade e senso comum de valores. São exemplos os grupos
familiares e grupos de amigos.
2. Grupos de interesses: são grupos de pessoas que se organizam para
atingir objetivos comuns. Exemplo: grupo de pessoas que se organizam para
reivindicar melhores salários ou planejar férias em conjunto.
3. Grupos de Amizade: são grupos que ultrapassam o ambiente de
trabalho e mantém relacionamentos sociais. Caracterizam-se por terem
interesses comuns, seja por terem mesma herança cultural ou a torcida pelo
mesmo time.
4. Coalizões: são grupos que agem em torno de propósitos específicos,
independentes da estrutura formal da organização. Envolve a interação e
mútua percepção dos seus membros. Anda outra característica importante é
ação deliberada, concertada em prol do objetivo do grupo. Suas
características se confundem com as de outros tipos de grupos, porém estes
são entidades separadas e poderosas.
FISCAL DO ICMS SEFAZ-RJ 2013 NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO
PROFESSOR: MARCELO CAMACHO
14
Maximiamo (2008), apresenta uma outra tipologia para grupos:
I- Grupos Formais – são os criados pelas organizações e podem ser
permanentes ou temporários.
1. Os grupos permanentes são aqueles existentes no organograma
funcional. São as pessoas que trabalham nos diversos departamentos de
uma organização.
2. Os grupos temporários são criados para realizar uma tarefa específica
e se extinguem ao cumprirem seus objetivos. São exemplos as equipes
de projetos ou forças-tarefa.
II -Grupos Informais – são criados pela vontade de seus próprios
integrantes, ao contrário dos grupos formais. Um grupo informa pode ser
parte de um grupo formal. Pode haver vários grupos informais dentro de
um grupo formal. São dois os tipos mais comuns de grupos informais,
segundo Maximiano: os de amizade e os de interesse.
1. Os grupos de interesse podem ser formados independentemente da
existência de amizade entre seus membros. São exemplos os grupos
formados no congresso parlamentar de um país em torno de
interesses específicos, independente da filiação partidária, como os
grupos formados por representantes de produtores rurais ou por
evangélicos.
2. Os grupos de amizade surgem em virtude de afinidades entre seus
membros. Exemplo: time de futebol dos empregados da empresa,
organizadores de uma festa mensal,etc.
FISCAL DO ICMS SEFAZ-RJ 2013 NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO
PROFESSOR: MARCELO CAMACHO
15
Estágio de Desenvolvimento do grupo
Um grupo tem cinco estágios no seu processo de construção. Chiavenato e
Maximiano apontam os mesmo estágios:
1. Formação: é o estágio inicial da formação e construção de um grupo.
Aqui as pessoas estão se conhecendo, vão definir as regras de participação,
os propósitos do grupo, a sua estrutura de formação e a liderança. Os
membros se testam para determinar os comportamentos aceitáveis. Este
estágio tem fim quando so membros conseguem se perceber como um
grupo.
2. Tormenta: é o estágio de surgimento do conflito. Aqui surgem os
conflitos em torno dos papéis, em torno da liderança e com relação às
normas pré-estabelecidas. Quando esse estágio se completa surge um
consenso em torno da liderança.
3. Normalização: desenvolve-se aqui o senso de identidade grupal e de
camaradagem. A coesão grupal aumenta. Este estágio se completa quando o
grupo assimila seus objetivos que definirão o comportamento dos
integrantes do grupo.
4. Desempenho: Aqui as normas de funcionamento e a estrutura do
grupo já estão consolidadas. Parte-se para a realização das tarefas. A partir
deste momento os grupos usam sua energia para o alcance de seus
objetivos. Maximiano ressalta que este é o estágio de um grupo maduro que
superou com sucesso as fases anteriores. Segundo Chiavenato, este é o
último estágio de desenvolvimento dos grupos permanentes de trabalho.
FISCAL DO ICMS SEFAZ-RJ 2013 NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO
PROFESSOR: MARCELO CAMACHO
16
5. Interrupção: Para Chiavenato os grupos temporários, que tem tarefas
limitadas no tempo, possuem um quinto estágio. É a etapa em que o grupo
temporário deixa de existir. Para Maximiano esta etapa se denomina
Encerramento e pode tanto se referir ao fim de um projeto ou a ruptura de
laços grupais entre amigos ou membros de partidos políticos. Neste último
caso o encerramento pode causar ressentimento.
Estrutura Grupal
Existem variáveis que tornam possível a explicação e previsão do
comportamento do grupo. As principais variáveis, segundo Chiavenato são:
liderança formal, papéis, normas, status do grupo, tamanho, composição e
grau de coesão. Vejamos abaixo cada uma delas.
1. Liderança Formal: normalmente o líder do grupo é designado
formalmente pela organização. Pode receber títulos variados, como
supervisor, gerente, diretor, etc.
FISCAL DO ICMS SEFAZ-RJ 2013 NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO
PROFESSOR: MARCELO CAMACHO
17
2. Papel: é o conjunto de atividades e comportamentos solicitados de
uma pessoa dentro de uma organização. A organização é um sistema de
papéis. A organização funciona quando cada membro cumpre seus papéis
específicos.
3. Normas: são padrões aceitáveis de comportamento e que são
compartilhados pelos membros do grupo. As normas grupais tendem a
produzir conformidade, o ajuste do comportamento de um indivíduo ao
padrão aceitável pelo grupo.
4. Status: posição social que as pessoas atribuem a um grupo ou a
membros do grupo. A própria designação de papéis diferenciados se
encarrega de atribuir status diferentes a cada um dos membros do grupo.
5. Tamanho: o tamanho do grupo influencia seu desempenho. Grupos
menores são melhores na realização de tarefas, enquanto grupos maiores
são melhores na resolução de problemas.
6. Composição: é a combinação de conhecimentos e competências que os
membros trazem para o grupo. Pode ser homogênea ou heterogênea. Os
grupos heterogêneos são mais tendem a ser mais eficazes, em virtude de
sua maior riqueza de experiências e conhecimentos.
7. Coesão: é o grau em que os membros do grupo são atraídos entre si e
motivados a permanecer no grupo. A coesão é um fator determinante da
produtividade do grupo. Existem fatores que aumentam a coesão e outros
que diminuem, como mostra o quadro abaixo.
FISCAL DO ICMS SEFAZ-RJ 2013 NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO
PROFESSOR: MARCELO CAMACHO
18
Vejam esta questão:
ITEM 4.(CESPE/2011/STM/TÉCNICO JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA) Coesão do trabalho em equipe refere-se a um padrão de conduta compartilhado pelos membros da equipe e que guia o seu comportamento. Pessoal, como vimos a coesão é o grau em que os membros do grupo são
atraídos entre si e motivados a permanecer no grupo. Não se trata de
padrão de conduta compartilhado. Portanto, a afirmativa está ERRADA.
Equipes
Para Robbins, uma equipe pode ser entendida como dois ou mais indivíduos,
interdependentes e interativos, que se juntam visando a obtenção de
determinado objetivo. Por definição, equipes são pessoas trabalhando juntas
e que têm em comum um elemento de identidade, de natureza simbólica,
que as una, estando estas pessoas próximas ou não. Este elemento de
identidade se revela nas normas, nos processos, nos objetivos, na situação e
na causa.
FISCAL DO ICMS SEFAZ-RJ 2013 NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO
PROFESSOR: MARCELO CAMACHO
19
Nem todo grupo é uma equipe, mas toda equipe é um grupo. Vejamos as
principais diferenças entre grupo de trabalho e equipe:
I. Grupos de trabalho tem um líder forte e único, enquanto nas equipes
os papéis de liderança são compartilhados.
II. O grupo de trabalho tem responsabilidade individualizada, já nas
equipes a responsabilidade é individual e mútua.
III. O propósito do grupo de trabalho é o mesmo da organização,
enquanto a equipe tem um propósito específico.
IV. O grupo de trabalho discute, decide e delega, enquanto a equipe
discute, decide e faz o trabalho.
Vejam o quadro abaixo com as diferenças entre o conceito de grupo e
equipe.
Grupo Equipe
Trabalhar “sozinho” Trabalhar “Juntos”
Ênfase nas habilidades técnicas Ênfase nas habilidades interdisciplinares (interpessoal)
Atividades e tarefas estritamente definidas
Tarefas (habilidade e conhecimento amplo)
Coordenadores determinam o trabalho Coordenadores e equipe determinam e planejam juntos
Informações restritas ao coordenador Informações compartilhadas entre todos
Recompensa no desempenho individual
Recompensas individuais e de equipe
Assumir riscos é desencorajado e punido
Assumir riscos é encorajado
FISCAL DO ICMS SEFAZ-RJ 2013 NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO
PROFESSOR: MARCELO CAMACHO
20
Agora vejam estas questões: ITEM 5. (CESPE/ 2011/PREVIC/ ANALISTA ADMINISTRATIVO/) Uma equipe pode ser definida como um pequeno grupo de pessoas com habilidades complementares, que trabalham juntas, com o objetivo de atingir os propósitos de cada um de seus integrantes, e pelos quais se consideram individualmente responsáveis.
Pessoal, esta definição está ERRADA! Como vimos, equipe pode ser
entendida como dois ou mais indivíduos, interdependentes e interativos, que
se juntam visando a obtenção de determinado objetivo.
ITEM 6. (CESPE/2005/TRT-16/ ANALISTA JUDICIÁRIO - ÁREA JUDICIÁRIA) Bruno, administrador público, interage com os demais colaboradores de seu setor basicamente para compartilhar informações e tomar decisões que ajudem cada pessoa no seu desempenho funcional, no campo definido como de responsabilidade individual. Nessa situação, essa coletividade funcional com a qual Bruno interage é denominada equipe de
trabalho. Pessoal a afirmativa está ERRADA!
A questão define grupo e não equipe quando cita o campo de
responsabilidade individual. Um grupo é constituído por dois ou mais
indivíduos integrantes e interdependentes que compartilham informações as
quais ajudam cada membro tomar decisões dentro de sua área de
responsabilidade. Já a equipe traz o conceito de sinergia, de trabalhar juntos
em prol de um objetivo, com responsabilidades compartilhadas.
Tipos de Equipes
Robbins (2002), em seu livro “Comportamento Organizacional” classifica as
equipes da seguinte forma:
Equipes formais: são institucionalmente designadas e compõem a estrutura
formal. Podem ser verticais, quando envolvem membros de diferentes
posições hierárquicas (um chefe e seus subordinados, por exemplo) e
FISCAL DO ICMS SEFAZ-RJ 2013 NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO
PROFESSOR: MARCELO CAMACHO
21
horizontais, quando os participantes estão no mesmo nível hierárquico mas
são de diferentes áreas da organização.
Equipes autodirigidas: ou autogerenciadas, são equipes de participantes com
múltiplas qualificações e que se revezam na realização dos trabalhos. As
atribuições que antes eram do supervisor agora são responsabilidade dos
próprios membros da equipe, que dividem as tarefas e realizam todas as
etapas para a entrega de um produto completo.
Equipes virtuais: fazem uso das novas ferramentas e tecnologias de
comunicação e informação para que os membros, geograficamente
distantes, possam trabalhar juntos.
Equipes globais: envolvem trabalhadores de diferentes nacionalidades, que
trabalham em projetos globais que têm impacto em múltiplos países e
localidades. Podem tanto ser equipes virtuais como equipes que se reúnem
presencialmente.
Já Chiavenato (2005), elaborou a seguinte tipologia de equipes:
1. Equipes Funcionais Cruzadas: são típicas de organizações horizontais,
onde se combatem as disfunções da burocracia. São constituídas por
membros de diferentes departamentos ou diferentes especialidades.
2. Equipes virtuais: são equipes que as de utilizam as modernas
tecnologias de informação e de comunicação para interagir à distância. São
recomendadas para trabalhos com muita densidade intelectual, calcados no
conhecimento.
FISCAL DO ICMS SEFAZ-RJ 2013 NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO
PROFESSOR: MARCELO CAMACHO
22
3. Equipes Autogerenciadas: são equipes essencialmente
interdependentes que executam suas tarefas operacionais e assumem
responsabilidades gerenciais tradicionais. As atribuições de supervisores e
gerentes são assumidas pela equipe.
4. Forças-tarefa: são equipes temporárias criadas para realizar uma tarefa
específica. Quando a tarefa termina, a equipe se dissolve.
5. Equipes multifuncionais: São equipes formadas por funcionários do
mesmo nível hierárquico, mas de diferentes setores da empresa, que se
juntam para cumprir uma tarefa. As equipes desempenham várias funções
(multifunções), ao mesmo tempo, ou seja, não há especificação para cada
membro. O sentido de equipe é exatamente esse, os membros compensam
entre si as competências e as carências, num aprendizado contínuo
Vamos olhar uma questão da ESAF sobre equipes!
ITEM 7. (ESAF/ EPPGG/2005) Robbins, em seu livro Comportamento Organizacional, de 2002, estabelece as formas mais comuns de equipes de trabalho. Entre as opções a seguir, indique a correta. a) As equipes orientadas por resultados são compostas por grupos de funcionários de departamentos diversos, que se reúnem algumas horas por semana para discutir formas de melhorar a qualidade, a eficiência e o ambiente de trabalho, mas não têm autoridade para implementar unilateralmente essas sugestões. b) As equipes virtuais são formadas por grupos de funcionários do mesmo nível hierárquico, mas de diferentes setores da organização, que se juntam para trocar informações, desenvolver novas idéias ou ainda coordenar projetos complexos. c) As equipes de trabalho autogerenciadas são grupos de funcionários que realizam trabalhos relacionados ou interdependentes e assumem responsabilidades de seus antigos supervisores, incluindo o planejamento, controle e a tomada de decisões operacionais e sua conseqüente implementação. d) As equipes multifuncionais usam a tecnologia da informação para juntar fisicamente seus membros dispersos, para que possam compartilhar informações, tomar decisões, realizar tarefas e atingir seus objetivos comuns.
FISCAL DO ICMS SEFAZ-RJ 2013 NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO
PROFESSOR: MARCELO CAMACHO
23
e) As equipes de soluções de problemas são grupos compostos por funcionários de diversas organizações com o intuito de resolver demandas ou tarefas compartilhadas e interrelacionadas e que possuem autonomia para a tomada de decisões estratégicas.
O gabarito é alternativa C. É exatamente a conceituação de Robbins para
equipes autogerenciadas, visto em aula. Vejamos o motivo das outras
estarem erradas:
Lembre-se que um dos pressupostos para a existência de uma equipe é sua
condição de tomar decisões em conjunto, diferente do grupo.
A Alternativa A está ERRADA. Mesmo que não soubéssemos que na faz
parte da tipologia de Robbins poderíamos matar a questão pela afirmativa
de que não tem autoridade para implementar unilateralmente as sugestões.
Uma equipe precisa estar empoderada.
A alternativa B está ERRADA e era fácil verificar pela conceituação vista em
aula. Equipes virtuais podem estar perto, embora o sentido de sua existência
seja a distância geográfica. Não são necessariamente compostas por
membros do mesmo nível hierárquico.
A alternativa D está ERRADA. Fácil também. Usar tecnologia da informação
para juntar fisicamente os membros de uma equipe é uma aberração. Esta
alternativa não poderia ter sido assinalada por ninguém.
Alternativa E também está ERRADA. Poderíamos até cogitar a composição
de uma equipe de solução de problemas com membros de diversas
organizações, mas não para tomar decisões estratégicas, pois estas sim são
de responsabilidade da alta administração.
Vejamos esta outra da FCC
FISCAL DO ICMS SEFAZ-RJ 2013 NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO
PROFESSOR: MARCELO CAMACHO
24
ITEM 8.(FCC/ 2011/TRE-AP/Analista Judiciário/ Psicologia) Uma equipe multifuncional é formada por profissionais a) de diferentes níveis hierárquicos, que se reúnem para uma tomada de decisão estratégica. b) que utilizam a tecnologia de informação para reunir membros fisicamente dispersos, para atingir objetivos comuns. c) de igual nível hierárquico, mas oriundos de diferentes setores da organização, que se reúnem para cumprir uma tarefa. d) que se reúnem para discutir meios de melhorar a qualidade, a eficiência e o ambiente de trabalho. e) com atividades muito relacionadas e interdependentes, que assumem responsabilidades de supervisão mútua.
Pessoal, simples: equipes multifuncionais são formadas por funcionários do
mesmo nível hierárquico, mas de diferentes setores da empresa, que se
juntam para cumprir uma tarefa. Sendo assim, o gabarito é a alternativa
C.
Maximiano elaborou quatro técnicas para o desenvolvimento de equipes,
conforme tabela abaixo:
FISCAL DO ICMS SEFAZ-RJ 2013 NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO
PROFESSOR: MARCELO CAMACHO
25
Vejam como a ESAF cobrou este assunto. ITEM 9. (ESAF/ ENAP/ADMINISTRADOR/2006) Selecione a opção que não indica corretamente uma técnica que possibilita o desenvolvimento de trabalho em equipe. a) Troca constante de informações, ouvir e falar. b) Compromisso com os objetivos definidos pela alta administração. c) Conhecimento mútuo, para o alcance de resultados coletivos. d) Criação de identidade que forneça senso de participação para os integrantes do grupo. e) Clima de abertura intelectual, possibilitando a análise crítica. Com o quadro elaborado pelo Professor Maximiano ficou fácil.
O gabarito é a alternativa B. Todas as outras alternativas fazem parte das
técnicas discriminadas no referido quadro do Prof. Maximiano.
É importante ressaltar que fazem parte do desenvolvimento de equipes a
elaboração de objetivos, mas não definidos exclusivamente pela alta
administração. Estes objetivos são estipulados conjuntamente com a equipe
como parte do processo de desenvolvimento.
2.2.. Treinamento e Desenvolvimento de pessoas
Pessoal, acho legal começar este tópico me referindo à Política Nacional de
Desenvolvimento de Pessoal da administração pública federal, instituído pelo
Decreto 5.707/2006. O art 20 deste documento traz importantes conceitos:
Art. 2º Para os fins deste Decreto, entende-se por: I - capacitação: processo permanente e deliberado de aprendizagem, com o propósito de contribuir para o desenvolvimento de competências institucionais por meio do desenvolvimento de competências individuais; II - gestão por competência: gestão da capacitação orientada para o desenvolvimento do conjunto de conhecimentos, habilidades e atitudes necessárias ao desempenho das funções dos servidores, visando ao alcance dos objetivos da instituição; e III - eventos de capacitação: cursos presenciais e à distância, aprendizagem em serviço, grupos formais de estudos, intercâmbios, estágios, seminários e congressos, que contribuam para o desenvolvimento do servidor e que atendam aos interesses da administração pública federal direta, autárquica e fundacional.
FISCAL DO ICMS SEFAZ-RJ 2013 NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO
PROFESSOR: MARCELO CAMACHO
26
Vejam que o propósito explícito da capacitação é desenvolver competências
que contribuam para o desenvolvimento das instituições
Vejamos algumas perspectivas sobre capacitação e aprendizagem.
Abbad e Borges-Andrade esclarecem que nem todas as situações que geram
aprendizagem são ações formais de treinamento, desenvolvimento e
educação. Segundo estes autores precisam ser incluídas outras ações de
indução da aprendizagem: informação e instrução. Vejamos a diferenciação
entre cada um dos cinco conceitos.
Informação: é uma forma de indução da aprendizagem baseada em
módulos ou unidades organizadas disponibilizadas por meio de portais
corporativas, links, bibliotecas virtuais, boletins, folhetos e similares.
Ressalte-se que a aprendizagem acontece por ação do indivíduo que acessa
as informações manuais, livros, etc. O indivíduo acessa estas informações e
as transforma em conhecimento, através da atribuição de sentido.
Instrução: é uma forma mais simples de estruturação de eventos de
aprendizagem que envolve definição de objetivos e aplicação de
procedimentos instrucionais. É utilizado para transmissão de conhecimentos,
habilidades e atitudes simples por intermédio de eventos de curta duração
como aulas e similares.
Treinamento: quaisquer procedimentos, de iniciativa organizacional, cujo
objetivo é ampliar a aprendizagem entre os membros da organização. São
eventos educacionais de curta e média duração compostos por subsistemas
de avaliação de necessidades, planejamento instrucional e avaliação que
visam melhoria do desempenho funcional, por meio da criação de situações
que facilitem a aquisição, a retenção e a transferência da aprendizagem para
FISCAL DO ICMS SEFAZ-RJ 2013 NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO
PROFESSOR: MARCELO CAMACHO
27
o trabalho. Segundo Rosemberg, o treinamento apresenta quatro
elementos:
a) A Intenção de melhorar um desempenho específico, derivada
de uma avaliação de necessidades e refletida na elaboração de
objetivos instrucionais;
b) O Desenho que reflete a estratégia instrucional que melhor se
ajusta à aprendizagem requerida e às características da
clientela, bem como às estratégias de mensuração que apontam
a eficácia do treinamento;
c) Os meios pelos quais a instrução é entregue, que pode incluir a
sala de aula, uma variedade de tecnologias, estudos
independentes ou a combinação de diferentes abordagens.
d) A avaliação, cujos níveis de complexidade podem variar desde
situações mais simples até as mais formais que incluam
exigência de certificação.
Desenvolvimento: Refere-se ao conjunto de experiências e oportunidades
de aprendizagem, proporcionadas pela organização e que apóiam o
crescimento pessoal do empregado sem, contudo, utilizar estratégias para
direcioná-lo a um caminho específico. É constituído por ferramentas de apoio
e estímulo a programas de autodesenvolvimento como os de qualidade de
vida e gestão de carreira.
Educação: Programas ou conjuntos de eventos educacionais de média e
longa duração que visam à formação e qualificação profissional contínuas
dos empregados. Incluem cursos técnicos profissionalizantes, cursos de
FISCAL DO ICMS SEFAZ-RJ 2013 NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO
PROFESSOR: MARCELO CAMACHO
28
graduação, cursos de pós-graduação lato sensu (especialização) e stricto
sensu (mestrado e doutorado).
Vejam o quadro de Borges e Abbad:
Vejam a questão abaixo ITEM 10. (FCC/ TRF_1a REGIÃO/2006/ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA)
Uma política adequada de recursos humanos no setor público deve combinar programas de treinamento com programas de desenvolvimento. Programas de treinamento (A) visam capacitar o servidor para realizar novas atividades; programas de desenvolvimento têm como objetivo desenvolver o potencial do servidor nas atividades atuais. (B) procuram melhorar as habilidades individuais; programas de desenvolvimento têm como objetivo potencializar o trabalho em grupo. (C) focam o aperfeiçoamento do desempenho do servidor nas atividades atuais; programas de desenvolvimento focalizam habilidades necessárias para as atividades de trabalho futuras. (D) incentivam o uso do planejamento estratégico; programas de desenvolvimento visam capacitar para o planejamento situacional. (E) corrigem deficiências no desenho organizacional; programas de desenvolvimento atualizam os métodos de gestão da informação.
FISCAL DO ICMS SEFAZ-RJ 2013 NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO
PROFESSOR: MARCELO CAMACHO
29
Pessoal, o desenvolvimento de pessoas está mais relacionado com a
educação e com a orientação para o futuro do que o treinamento. Educação
é o processo de desenvolvimento relacionado com a formação da
personalidade e da melhoria da capacidade para compreender e interpretar
o conhecimento. O desenvolvimento está voltado para o crescimento do
empregado visando à carreira futura, mais do que o cargo atual.
O gabarito é a alternativa C! Os programas de treinamento tem por
objetivo capacitar um individuo a exercer atividades que seu cargo atual
requer, já os programas de desenvolvimento visam desenvolver capacidades
para desempenhar atividades em cargos futuros, mais amplos e complexos
comparativamente com o que o individuo ocupa no momento
Agora, vejam as definições de Treinamento apresentadas por Chiavenato.
Fonte: Chiavenato(2010)
FISCAL DO ICMS SEFAZ-RJ 2013 NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO
PROFESSOR: MARCELO CAMACHO
30
2.2.1 Tipos de Treinamento
Chiavenato nos traz uma importante classificação de treinamento: Quanto
ao uso ou finalidade, quanto ao tempo e quanto ao local. Vejam no quadro
abaixo.
Lacombe, ressalta que podemos classificar os tipos de treinamentos quanto
ao público alvo:
1. Integração de novos empregados.
Destinado a dar informações iniciais da organização e ambientar os
novos funcionários a rotina da empresa. Deve-se aqui dar informações
úteis sobre a circulação, benefícios, para enfim facilitar a integração do
novo empregado.
2. Formação de Trainees
A finalidade é preparar profissionais recém formados para ocupar
posições de responsabilidade na empresa. Inclui programa de
FISCAL DO ICMS SEFAZ-RJ 2013 NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO
PROFESSOR: MARCELO CAMACHO
31
integração e de formação técnica para aspectos de interesse
estratégico da empresa.
3. Capacitação Técnico-Profissional
Destina-se a melhorar o desempenho de profissionais nas funções que
já exercem ou a capacitá-los para outras funções, em geral, de maior
dificuldade. Não se destina a formação de executivos, mas sim ao
aperfeiçoamento de profissionais em assuntos técnicos.
4. Desenvolvimento Gerencial
É destinado aos executivos com alto potencial para ocuparem posições
ainda maiores na empresa. São estruturados programas que incluem
todas as formas de aprendizagem desde instrução até educação. O
objetivo é desenvolver continuamente as capacidades gerenciais,
conhecimentos, habilidades e atitudes necessárias a um executivo de
alto escalão.
Vejam esta questão ITEM 11. (FCC/ TRT-1-RJ/2011/ANALISTA JUDICIÁRIO/PSICOLOGIA)
O treinamento na empresa pode assumir modalidades diversas, segundo se considere a clientela, a finalidade, o momento e o local. Quanto à finalidade, o treinamento pode voltar-se para o conteúdo ou para o processo. No primeiro caso, enfatiza-se a (A) melhoria nos relacionamentos interpessoais. (B) mudança de atitudes. (C) mudança de comportamentos. (D) mudança de valores. (E) aquisão de conhecimento.
Pessoal, conforme vimos o treinamento voltado para o conteúdo visa
transmitir informações através de leitura, instrução programada ou por meio
eletrônico (assistido por computador), ou seja, visa a transmissão de
conhecimento. Sendo assim, o gabarito é a alternativa E.
FISCAL DO ICMS SEFAZ-RJ 2013 NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO
PROFESSOR: MARCELO CAMACHO
32
2.2.2 Processo de treinamento, segundo Chiavenato
O treinamento é um processo cíclico e contínuo composto de quatro etapas
para Chiavenato, muito parecido com a perspectiva de Rosemberg, citado
por Abbad:
1. Diagnóstico: é o levantamento das necessidades de treinamento a
serem satisfeitas. Essas necessidades podem ser passadas, presentes
ou futuras;
2. Desenho : é a elaboração do programa de treinamento para atender
às necessidades diagnosticadas;
3. Implementação: é aplicação e condução do programa de treinamento;
4. Avaliação : é a verificação dos resultados do treinamento.
Vejam no quadro abaixo, o que está envolvido em cada etapa:
FISCAL DO ICMS SEFAZ-RJ 2013 NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO
PROFESSOR: MARCELO CAMACHO
33
2.2.3 Métodos de levantamento de necessidades de treinamento
Chiavenato aponta quatro níveis de análise para se realizar o levantamento
de necessidades de treinamento. Esta é a etapa de diagnóstico:
Análise Organizacional: a partir do diagnóstico de toda a organização, para
verificar os aspectos da missão, da visão e dos objetivos estratégicos que o
treinamento deve atender.
Análise dos recursos humanos: a partir do perfil das pessoas, determinar
quais os comportamentos, atitudes, conhecimentos e competências
necessários para que as pessoas possam contribuir para o alcance dos
objetivos estratégicos da organização.
FISCAL DO ICMS SEFAZ-RJ 2013 NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO
PROFESSOR: MARCELO CAMACHO
34
Análise da estrutura de cargos: a partir do exame dos requisitos e
especificações dos cargos, determinar quais são as habilidades, destrezas e
competências que as pessoas deverão desenvolver para desempenhar
adequadamente os cargos.
Análise do treinamento: a partir dos objetivos e metas que deverão ser
utilizados como critérios para avaliação da eficiência e eficácia do programa
de treinamento.
Além dos métodos acima, podem ser utilizados indicadores que evidenciem a
necessidade do treinamento. Podemos dividi-los em indicadores a priori e
indicadores a posteriori.
Os indicadores a priori são eventos que se acontecerem provocarão futuras
necessidades de treinamento, como por exemplo:
• Expansão da empresa e admissão de novos empregados;
• Redução do número de empregados;
• Mudanças de métodos e processos de trabalho;
• Substituições ou movimentação de pessoal;
• Faltas, licenças e férias de pessoal;
• Mudanças nos programas de trabalho ou de produção;
• Modernização dos equipamentos e novas tecnologias;
• Produção e comercialização de novos produtos ou serviços.
Já os indicadores a posteriori são problemas provocados por necessidades de
treinamento não atendidas:
• Baixa qualidade de produção;
• Baixa produtividade;
FISCAL DO ICMS SEFAZ-RJ 2013 NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO
PROFESSOR: MARCELO CAMACHO
35
• Avarias freqüentes em equipamentos e instalações;
• Comunicações deficientes;
• Elevado número de acidentes de trabalho;
• Excesso de erros e desperdício;
• Pouca versatilidade dos funcionários;
• Mau aproveitamento do espaço disponível;
• Relações deficientes entre o pessoal;
• Número excessivo de queixas;
• Mau atendimento ao cliente.
Vamos à outra questão da FCC
ITEM 12. (FCC/ TRT-23-MT/2011/ANALISTA JUDICIÁRIO/PSICOLOGIA)
O levantamento de necessidades de treinamento representa (A) a maneira de mensurar se o desempenho dos colaboradores está dentro daquilo que foi definido nas descrições de cargo, assim como da possibilidade de se alinhar o desejo dos colaboradores às possibilidades de desenvolvimento que a empresa possa oferecer. (B) uma avaliação das condições das estruturas organizacionais e dos recursos presentes na empresa, que podem impactar o desempenho das pessoas, bem como do ambiente de trabalho. (C) uma avaliação das condições emocionais de cada colaborador, dos recursos de trabalho oferecidos pelo mercado e do clima organizacional. (D) uma avaliação das condições de produção e de produtividade da empresa, bem como dos aspectos de comportamento humano e relacionamento interpessoal. (E) a etapa primordial para o estabelecimento dos objetivos de aprendizagem a serem alcançados com a implantação dos processos de avaliação de desempenho.
Analisemos as alternativas:
A) ERRADO. A afirmação relativa à adequação à descrição de cargos está
ok, porém o treinamento não deve ser realizado em função das
necessidades individuais dos funcionários, e sim da organização.
B) ERRADO. Evidentemente as necessidades de treinamento não
guardam relação com as estruturas organizacionais e seus recursos.
FISCAL DO ICMS SEFAZ-RJ 2013 NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO
PROFESSOR: MARCELO CAMACHO
36
C) ERRADO. Necessidades de treinamento relacionam-se com
competências necessárias à organização para cumprir seus objetivos.
D) CERTO. São as condições sobre as quais o treinamento deve agir para
proporcionar ganhos de performance.
E) ERRADO. Os objetivos de aprendizagem devem ser estabelecidos
após a definição de quais treinamentos precisam ser realizados.
Portanto, o gabarito é a alternativa D.
Desenho do programa de Treinamento
Uma vez identificadas as necessidades de treinamento é preciso planejar as
ações de treinamento, desenhá-las. Isto significa responder às seguintes
perguntas:
• Quem deve ser treinado?
• Como deve ser treinado?
• Em que deve ser treinado?
• Por quem deve ser treinado?
• Onde deve ser treinado?
• Quando deve ser treinado?
Qualquer programa de treinamento deve estar associado ao planejamento
estratégico da organização. As ações devem ser desenvolvidas para ajudar a
organização a atingir seus objetivos.
Condução do programa de treinamento A terceira etapa do processo é a condução, implementação e aplicação do
programa de treinamento. Chiavenato aponta para a existência de duas
principais técnicas para transmissão da informação são as seguintes:
FISCAL DO ICMS SEFAZ-RJ 2013 NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO
PROFESSOR: MARCELO CAMACHO
37
1. Leituras. Neste modelo o instrutor faz leituras dos conteúdos a serem
informados. Chiavenato assinala que a vantagem deste método é que
o instrutor expõe uma quantidade máxima de informação em
determinado período de tempo. As desvantagens é que é uma via de
mão única, em que os treinandos adotam uma postura passiva. Não
há oportunidade para prática, reforço, retroação ou conhecimento dos
resultados. Tem pouco valor para promover mudanças atitudinais.
2. Instrução programada. A aprendizagem programada é uma técnica
para instrução sem a presença ou intervenção de instrutor humano. Os
treinandos podem verificar a assimilação dos conhecimentos através
de pequenos testes. Uma vantagem é que este tipo de técnica pode
ser facilmente computadorizada e os treinando aprendem em suas
próprias casas. A principal desvantagem é que não se apresenta as
respostas aos treinandos.
Já as técnicas para desenvolver habilidades em programas de treinamento
são:
1. Treinamento no cargo. Consiste em ministrar informações,
conhecimentos e experiências relacionados ao cargo. Pode incluir
condução (apreciação crítica de como a pessoa esta desempenhando
seu cargo), a rotação de cargos ( movimentação de um cargo para
outro, para compreender as diversas atividades e a organização) e
atribuição de projetos especiais (entregar uma tarefa específica para
que a pessoa aproveite sua própria experiência em determinada
atividade).
2. Técnicas de classe. Utiliza-se a sala de aula, recursos instrucionais, e
um instrutor para desenvolver habilidade, conhecimentos e
FISCAL DO ICMS SEFAZ-RJ 2013 NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO
PROFESSOR: MARCELO CAMACHO
38
experiências relacionados ao cargo. As habilidades a serem
desenvolvidas vão desde habilidades técnicas, como programar um
computador, até habilidades interpessoais, como liderança. Podem
incluir dramatizações (role-playing) e jogos de negócios. Esta técnica
promove interação e provoca um ambiente de discussão.
Vamos à outra questão:
ITEM 13. (FCC/ TRT-1-RJ/2011/ANALISTA JUDICIÁRIO/PSICOLOGIA)
Para desenvolver um programa de treinamento com foco na competência − influência e persuasão, foi sugerido por um dos profissionais da área de recursos humanos que fosse utilizada uma técnica que fizesse com que os participantes pudessem, de alguma maneira, vivenciar de modo teatralizado situações reais do trabalho no tocante à prática da competência mencionada. A técnica de treinamento para atender esta solicitação é o (A) role-playing. (B) seminário. (C) brainstorming. (D) e-learning. (E) painel simples.
Pessoal as técnicas de dramatização que envolvem simulações de situações
cotidianas são chamadas role-playing. Portanto, o gabarito é a alternativa
A.
2.2.4 Avaliação do Programa de Treinamento
Esta é a última etapa do processo de treinamento. Consiste em verificar a
eficácia do treinamento realizado, ou seja, verificar se cumpriu seus
objetivos. Para isto é preciso que se volte a algumas perguntas do
diagnóstico: para que treinamos? Ora a avaliação do treinamento consiste
em avaliar se os motivos que levaram a treinar pessoas foram mitigados ou
reduzidos. Se a organização tem baixa produtividade e implantou um
FISCAL DO ICMS SEFAZ-RJ 2013 NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO
PROFESSOR: MARCELO CAMACHO
39
programa de treinamento para solucionar isto, então deve-se perguntar: a
produtividade aumentou? Se sim, o programa de treinamento surtiu efeito.
Alguns dados e medidas podem servir de parâmetros para a avaliação:
1. Dados concretos:
• Economias de custo;
• Melhoria da qualidade;
• Economia de tempo;
• Satisfação dos funcionários.
2. Medidas de resultados
• Clientes atendidos;
• Tarefas completadas;
• Produtividade;
• Processos completados;
• Dinheiro aplicado
Chiavenato cita que a avaliação do treinamento pode ser realizada em
quatro níveis:
1. Avaliação no nível organizacional
• Aumento da eficácia organizacional
• Melhoria da imagem da empresa
• Melhoria no clima organizacional
• Melhor relacionamento entre empresa e funcionários
• Melhor atendimento ao cliente
FISCAL DO ICMS SEFAZ-RJ 2013 NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO
PROFESSOR: MARCELO CAMACHO
40
• Facilidade de mudanças e inovação
• Aumento da eficiência
• Envolvimento dos gerentes nas práticas de treinamento.
2. Avaliação no nível de recursos humanos
• Redução da rotatividade e absenteísmo de pessoal
• Aumento da eficácia individual e grupal dos empregados
• Elevação dos conhecimentos das pessoas
• Mudanças de atitudes e comportamentos das pessoas
• Aumento das competências das pessoas
• Melhoria da qualidade de vida no trabalho
3. Avaliação no nível dos cargos
• Adequação das pessoas aos requisitos exigidos pelos cargos
• Melhoria do espírito de grupo e da cooperação
• Aumento da produtividade
• Melhoria da qualidade
• Redução do índice de acidentes no trabalho
• Redução do índice de manutenção de máquinas e equipamentos.
4. Avaliação no nível de treinamento
• Alcance dos objetivos de treinamento
• Retorno dos investimentos efetuados em treinamento.
Segundo Donald L. Kirkpatrick, os resultados dos programas de treinamento
devem ser prospectados em quatro fases. As quatro fases são igualmente
FISCAL DO ICMS SEFAZ-RJ 2013 NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO
PROFESSOR: MARCELO CAMACHO
41
importantes para avaliar o treinamento. Se uma delas deixar de ser
aplicada, comprometerá a avaliação dos programas. Vamos às quatro fases:
1. Avaliação de Reação- é a avaliação realizada logo após o
treinamento e que tem por objetivo medir a opinião final sobre o curso
recém terminado. Aqui as questões são: quais são as reações dos
participantes do programa? O que planejam fazer com o que
aprenderam?
2. Avaliação da aprendizagem. São instrumentos que visam aferir o
grau de aprendizado proporcionado pelo treinamento. São aplicados
testes antes e depois do treinamento para verificar a assimilação.
Tende a ser um processo oneroso. Aqui as questões são: Que
habilidades, conhecimentos e atitudes foram mudadas? Em que
proporção?
3. Avaliação da mudança do comportamento. Relaciona-se com as
mudanças de comportamento dos participantes após o treinamento.
Aqui as questões são: os participantes aplicaram o que aprenderam no
trabalho? Os novos comportamentos são aplicados no trabalho?
4. Avaliação de resultados. Mede o impacto de performance que as
mudanças trouxeram para a organização. As questões aqui são: esta
aplicação produziu resultados mensuráveis? O valor monetário dos
resultados excedeu o custo do programa?
Vejam esta questão:
FISCAL DO ICMS SEFAZ-RJ 2013 NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO
PROFESSOR: MARCELO CAMACHO
42
ITEM 14. (FCC/ TRT-1-RJ/2011/ANALISTA JUDICIÁRIO/PSICOLOGIA)
Analise o formulário abaixo.
Este formulário é exemplo de uma avaliação de treinamento no nível de (A) resultado. (B) conhecimento. (C) aprendizagem. (D) assimilação. (E) reação.
Pessoal, o formulário apresenta um modelo de avaliação de treinamento. É
apresentado ao treinando ao encerramento do programa. Solicita avaliação
do conteúdo do curso e do instrutor. É um modelo de avaliação de reação do
treinamento, realizada logo após o treinamento e que tem por objetivo
medir a opinião final sobre o curso recém terminado. Portanto, o gabarito
é a alternativa E.
Vamos à outra questão ITEM 15. (FCC/ TRT-23-MT/2011/ANALISTA JUDICIÁRIO/PSICOLOGIA) A avaliação objetiva de um programa de treinamento é de responsabilidade do (A) supervisor imediato dos treinandos. (B) gestor mediato dos treinandos. (C) instrutor de treinamento. (D) analista de treinamento. (E) próprio treinando que observará a melhoria do seu desempenho no trabalho.
FISCAL DO ICMS SEFAZ-RJ 2013 NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO
PROFESSOR: MARCELO CAMACHO
43
A questão refere-se à avaliação dos resultados do treinamento. Ora, dentre
os atores citados quem deve ser responsável por esta avaliação é o chefe
imediato daqueles que estão sendo treinados, portanto o supervisor
imediato. Sendo assim, o gabarito é a alternativa A.
Vamos à outra questão sobre este tema
ITEM 16. (FCC/ TRE--AP/2011/ANALISTA JUDICIÁRIO/PSICOLOGIA)
Os programas de treinamento devem ser avaliados em quatro níveis: (A) assimilação, percepção, repetição e aplicação. (B) compreensão, percepção, atitude e aplicação. (C) aplicação, percepção, repetição e atitude. (D) compreensão, percepção, aplicação e repetição. (E) reação, aprendizagem, comportamento e resultados.
Fácil, esta pessoal! Vimos na aula que os quatro níveis de avaliação do
treinamento são reação, aprendizagem, comportamento e resultados. Sendo
assim o gabarito é a alternativa E.
2.2.5 Desenvolvimento de pessoas
O desenvolvimento de pessoas está mais relacionado com a educação e com
a orientação para o futuro do que o treinamento. Educação é o processo de
desenvolvimento relacionado com a formação da personalidade e da
melhoria da capacidade para compreender e interpretar o conhecimento. O
desenvolvimento está voltado para o crescimento do empregado visando à
carreira futura, mais do que o cargo atual.
Veja como Chiavenato diferencia treinamento, educação e desenvolvimento.
FISCAL DO ICMS SEFAZ-RJ 2013 NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO
PROFESSOR: MARCELO CAMACHO
44
Métodos de desenvolvimento de pessoas no cargo atual
1. Rotação de cargos. É a movimentação das pessoas em vários cargos
na organização com o objetivo de expandir suas habilidades,
conhecimentos e capacidades. Permite expor as pessoas a um grau de
complexidade crescente, estimulando novas idéias e aumentando
experiências.
2. Posições de assessoria. É alocar uma pessoa com alto potencial para
trabalhar como assessor de um gerente de alto desempenho, para que
este empregado possa realizar diferentes tarefas sob a supervisão de
um gerente apoiador.
3. Aprendizagem prática. O treinando é designado para realizar um
trabalho de tempo integral para analisar e resolver problemas em
certos projetos ou outros departamentos. Podem ser criadas equipes
que colaborem mutuamente.
FISCAL DO ICMS SEFAZ-RJ 2013 NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO
PROFESSOR: MARCELO CAMACHO
45
4. Atribuição de comissões. Dar oportunidades pra que o empregado
participe de comissões especiais de trabalho, observando discussões e
compartilhando a tomada de decisão.
5. Participação em cursos e seminários externos. É uma forma tradicional
de desenvolvimento, em que o empregado pode adquirir novas
habilidades e conhecimentos. Pode ser realizado presencialmente ou à
distância.
6. Exercícios de simulação. Exercícios de simulação incluem
dramatizações ( role playing), jogos de empresas, estudos de caso,
etc.
7. Treinamento fora da empresa (outdoor). São treinamentos realizados
por consultoria especializadas, cujo foco primário é ressaltar a
importância do trabalho em equipe.
8. Centros de desenvolvimento internos. São centros localizados na
empresa destinados a expor os gerentes e empregados a exercícios
realísticos para desenvolver e melhorar as habilidades pessoais. É o
caso das universidades corporativas.
Podemos ainda falar de métodos de desenvolvimento de pessoas fora do
cargo. São dois: Tutoria e aconselhamento.
Tutoria- é assistência dada aos empregados escolhidos para ascender
dentro da empresa. Dá-se o nome a este processo de
mentoring/coaching. Um gerente da organização exerce um papel ativo
na condução do empregado aspirante a um posto mais elevado. Ele guia,
FISCAL DO ICMS SEFAZ-RJ 2013 NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO
PROFESSOR: MARCELO CAMACHO
46
aconselha, faz críticas e sugestões, dá suporte profissional e político. É
diretivo!
Mentoring
Mentores são indivíduos com experiência e conhecimento em uma área de
especialidade que se comprometem a construir o relacionamento com seu
protégé a fim de prover ascensão e suporte na carreira.
Coaching
coaching é uma relação de assessoramento entre um executivo – com
autoridade e responsabilidade gerencial – e um consultor que usa práticas e
métodos comportamentais para assessorar seu cliente na conquista de um
conjunto de metas que possibilitem incrementar seu desempenho
profissional e sua satisfação pessoal, contribuindo para a efetividade da
organização, por meio de um acordo formal entre os envolvidos.
As quatro etapas do processo de Coaching
A primeira etapa é a mais crítica e consiste na construção de uma parceria
sólida e consciente, que garanta alto nível de confiança e maturidade entre o
o coach e o cliente, e que ambas as partes possam assumir e cumprir todas
as responsabilidades acordadas.
A segunda etapa diz respeito ao que o cliente deseja realizar: a sua visão de
futuro. O coach deve estimular o cliente a sonhar.
A terceira etapa consiste na análise da “bagagem de mão”, ou seja, a
trajetória de realização de ambos. É muito importante que coach e cliente se
conheçam bem, para que explorem com competência os talentos um do
outro. Envolve realizar a síntese da história de vida de ambos – valores,
FISCAL DO ICMS SEFAZ-RJ 2013 NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO
PROFESSOR: MARCELO CAMACHO
47
atitudes, padrões de comportamento, pontos fortes e fracos (competências),
resultados (sucessos e fracassos). Deve ser feita tomando como referência o
projeto que o cliente quer realizar e não deve ser uma sessão de avaliação
do cliente. O objetivo é avaliar o que será usado e o que será descartado.
A quarta etapa é o plano de ação. Conhecendo melhor o cliente, o coach
pode ajudá-lo a identificar os gaps entre sua visão e a situação atual e
competências atuais. O coach deverá observar se esta distância não está
muito além do que se pode cumprir, pois isso só causaria ansiedade.
Vejam esta questão!
ITEM 17. (FCC/ TRT-23-MT/2011/ANALISTA JUDICIÁRIO/PSICOLOGIA)
Um processo de coaching pode apresentar 4 etapas: estabelecendo uma relação sólida entre o coach e seu orientando; montando o futuro do orientando; revisando a bagagem de mão e traçando o plano de ação. Na etapa bagagem de mão, que representa valores, atitudes, padrões de comportamento, experiência serão revistos (A) a fim de se alcançar o futuro planejado, de forma, a saber, o que é imprescindível e o que deve ser deixado de lado. (B) para que objetivos de curto prazo sejam estabelecidos como metas alvo a serem atingidos no processo de coaching. (C) a fim de levar o orientando a vivenciar novas situações em sua vida pessoal e profissional, para que possa desenvolver novas competências. (D) para que se abra espaço para o desenvolvimento de novos repertórios de comportamentos e atitudes. (E) para uma avaliação clara do nível de interesse do orientando em desenvolver novas competências.
Pessoal, como vimos na etapa de bagagem de mão, coach e cliente avaliam
o que vai ser utilizado (o que é imprescindível) e o que será descartado,
deixado de lado. Portanto o gabarito é a alternativa A.
Aconselhamento – é um método que se aproxima da abordagem da
tutoria. Porém, aqui o gerente responsável pelo aconselhamento atua no
eventual surgimento de problemas. Quando o empregado apresenta um
comportamento e desempenho inconsistentes o gerente deve intervir e
FISCAL DO ICMS SEFAZ-RJ 2013 NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO
PROFESSOR: MARCELO CAMACHO
48
identificar o problema. O papel de conselheiro exige grande capacidade de
ouvir e persuadir.
No entanto, alguns teóricos discordam desta abordagem de Chiavenato e
indicam que aconselhamento (counseling), é, essencialmente, exercido por
um psicólogo qualificado para atividades terapêuticas.
Veja no quadro abaixo as diferenças no conceito entre mentoring, coaching e
counseling (aconselhamento).
Agora, vejam esta questão:
FISCAL DO ICMS SEFAZ-RJ 2013 NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO
PROFESSOR: MARCELO CAMACHO
49
ITEM 18. (FCC/ TRT-1-RJ/2011/ANALISTA JUDICIÁRIO/PSICOLOGIA) A aplicação do coaching tem foco (A) na percepção positiva dos clientes externos; maior visibilidade no mercado e elevada produtividade. (B) na formação e aperfeiçoamento de competências; fortalecimento da confiança, via parceria, e o desenvolvimento integrado das pessoas da organização e na organização. (C) no aumento dos recursos materiais; percepção positiva dos clientes externos e aumento da maturidade das equipes. (D) na diminuição com gastos em treinamento e desenvolvimento; maior objetividade para com os processos de recursos humanos e aceitação da diversidade. (E) no aumento dos recursos financeiros; aceitação da diversidade e integração das equipes para o alcance de resultados diferenciados
Pessoal, questão tranqüila esta, pois não se incluiu a diferença entre
coaching e mentoring. Das alternativas apresentadas, a única que tratou do
desenvolvimento do indíviduo, de novas competências foi a alternativa B. As
demais alternativas trataram de redução de custos, aumento de
faturamento, melhoria de imagem. Portanto, o gabarito é a alternativa B.
Educação Continuada ou educação ao longo da vida
Segundo autores modernos do campo da educação não é mais possível
associar os processos educacionais à uma etapa da infância e da juventude.
A divisão tradicional do tempo escolar, tempo da atividade profissional
adulta e do tempo da aposentadoria não correspondem à realidade da vida
contemporânea. É impossível imaginar-se que nos dias de hoje a bagagem
de conhecimentos adquiridos na juventude serão suficientes para toda a
vida.
Cabe aqui ressaltar a diferença apontada por Tight entre educação
continuada e educação ao longo da vida, embora estes conceitos pareçam
ser idênticos para outros autores. Para Tight educação continuada está
atrelada a uma preocupação com certificação, atualização e retreinamento –
focado na atividade profissional atual – enquanto educação ao longo da vida
possui um foco mais amplo que envolve toda a aprendizagem que acontece
durante a vida do indivíduo.
FISCAL DO ICMS SEFAZ-RJ 2013 NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO
PROFESSOR: MARCELO CAMACHO
50
As organizações necessitam também incentivar e estimular a educação
continuada como estratégia de constante atualização de dos conhecimentos
de seus quadros profissionais.
2.2.6 Desenvolvimento Organizacional
Segundo Chiavenato, Desenvolvimento Organizacional é um esforço de
longo prazo, apoiado pela alta direção, no sentido de melhorar os processos
de resolução de problemas e de renovação organizacional, particularmente
através de um eficaz e colaborativo diagnóstico e administração da cultura
organizacional – com ênfase especial nas equipes formais de trabalho,
equipes temporárias e cultura intergrupal – com a assistência de um
consultor-facilitador e a utilização da teoria e tecnologia das ciências do
comportamento, incluindo ação e pesquisa.
Outras definições:
DO é a aplicação dos conhecimentos das ciências comportamentais no
esforço de longo prazo de melhorar a capacidade da organização de
confrontar-se com as mudanças no ambiente externo e aumentar suas
habilidades na solução de problemas.
DO é um conjunto de intervenções planejadas de mudança, construído sobre
valores humanísticos e democráticos que procuram incrementar a eficácia
organizacional e o bem-estar dos funcionários.
O DO utiliza um processo dinâmico composto de três fases distintas:
1. Diagnóstico. A partir da pesquisa sobre a situação atual. Geralmente, o
diagnostico é uma percepção a respeito da necessidade de mudança na
FISCAL DO ICMS SEFAZ-RJ 2013 NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO
PROFESSOR: MARCELO CAMACHO
51
organização ou em parte dela. O diagnóstico deve ser obtido através de
entrevistas com as pessoas ou grupos envolvidos.
2. Intervenção. Uma ação para alterar a situação atual.
Geralmente, a intervenção é definida e planejada através de workshops e
discussões entre as pessoas e grupos envolvidos para determinar as ações e
os rumos adequados para a mudança.
3. Reforço. Um esforço para estabilizar e manter a nova situação, através
de retroação. Geralmente, o reforço é obtido através de reuniões e
avaliações periódicas que servem de retroinformacao a respeito da mudança
alcançada.
Técnicas de DO
Segundo Chiavenato, as principais técnicas de DO são:
1. Treinamento da sensitividade.
Ou treinamento da sensibilidade, constitui a técnica mais antiga e ampla de
DO. Consiste em reunir grupos chamados T-groups (grupos de treinamento)
e que são orientados por um líder treinado para aumentar e a sua
sensibilidade quanto às suas habilidades e dificuldades de relacionamento
interpessoal. O resultado consiste em maior criatividade (menos temor dos
outros e menos posição de defesa), menor hostilidade quanto aos outros
(devido à melhor compreensão dos outros) e maior sensitividade às
influências sociais e psicológicas sobre o comportamento em trabalho. Isso
favorece a flexibilidade do comportamento das pessoas em relação aos
outros. Em geral, é aplicada de cima para baixo, começando na cúpula da
organização e descendo até os níveis mais baixos.
FISCAL DO ICMS SEFAZ-RJ 2013 NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO
PROFESSOR: MARCELO CAMACHO
52
2. Análise transacional (AT).
É uma técnica que visa ao autodiagnóstico das relações interpessoais. As
relações interpessoais ocorrem através de transações. Uma transação
significa qualquer forma de comunicação, mensagem ou de relação com os
demais. A AT é uma técnica destinada a indivíduos e não a grupos, pois se
concentra nos estilos e conteúdos das comunicações entre as pessoas. Ela
ensina as pessoas a enviar mensagem que sejam claras e ágeis e a dar
respostas que sejam naturais e razoáveis. O objetivo é reduzir os hábitos
destrutivos de comunicação – os chamados “jogos” – nos quais a intenção
ou o significado das comunicações fica obscuro ou distorcido. A AT
assemelha-se a uma terapia psicológica para melhorar o relacionamento
interpessoal, permitindo a cada indivíduo autodiagnosticar sua inter-relação
com os outros para modificá-la e melhorá-la gradativamente.
3. Desenvolvimento de equipes.
É uma técnica de alteração comportamental no qual várias pessoas de vários
níveis e áreas da organização se reúnem sob a coordenação de um consultor
ou líder e criticam-se mutuamente, procurando um ponto de encontro em
que a colaboração seja mais frutífera, eliminando-se as barreiras
interpessoais de comunicação pelo esclarecimento e compreensão de suas
causas. Ao final, a equipe auto-avalia o seu comportamento através de
determinadas variáveis. A idéia básica é construir equipes através da
abertura de mentalidade e de ação das pessoas. No trabalho em equipe, são
eliminadas as diferenças hierárquicas e os interesses específicos de cada
departamento ou especialidade, proporcionando uma predisposição sadia
para a interação e, consequentemente, para a criatividade e inovação.
4. Consultoria de procedimentos:
é uma técnica em que cada equipe é coordenada por um consultor, cuja
atuação varia enormemente. A coordenação permite certas intervenções
FISCAL DO ICMS SEFAZ-RJ 2013 NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO
PROFESSOR: MARCELO CAMACHO
53
para tornar a equipe mais sensível aos seus processos internos de
estabelecer metas e objetivos, de participação, de sentimentos, de
liderança, de tomada de decisões, confiança e criatividade. O consultor
trabalha com os membros da equipe para ajudá-los a compreender a
dinâmica de suas relações de trabalho em situações de grupo e auxiliá-los a
desenvolver o diagnóstico de barreiras e as habilidades de solução de
problemas para fortalecer o senso de unidade entre seus membros,
incrementar as relações interpessoais, melhorar o cumprimento das tarefas
e aumentar a sua eficácia.
5. Reunião de confrontação.
É uma técnica de alteração comportamental com a ajuda de um consultor
interno ou externo (denominado terceira parte), dois grupos antagônicos em
conflito (desconfiança recíproca, discordância, antagonismo, hostilidade etc.)
podem ser tratados através de uma reunião de confrontação que dura um
dia, na qual cada grupo se auto-avalia, bem como avalia o comportamento
do outro, como se fosse colocado diante de um espelho. Nessa reunião, cada
grupo apresenta ao outro os resultados daquelas avaliações e é interrogado
no que se refere a suas percepções. Segue-se uma discussão, inicialmente
acalorada, tendendo a uma posição de compreensão e de entendimento
recíprocos quanto ao comportamento das partes envolvidas. O consultor
facilita a confrontação, com total isenção de ânimo, ponderando as criticas,
moderando os trabalhos, orientando a discussão para a solução construtiva
do conflito e eliminando as barreiras intergrupais. A reunião de confrontação
é uma técnica de enfoque socioterapêutico para melhorar a saúde da
organização, incrementando as comunicações e relações entre diferentes
departamentos ou equipes e planejar ações corretivas ou profiláticas.
FISCAL DO ICMS SEFAZ-RJ 2013 NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO
PROFESSOR: MARCELO CAMACHO
54
6. Retroação de dados (feedback de dados).
É uma técnica de mudança de comportamento que parte do principio de que
quanto mais dados cognitivos o indivíduo recebe, tanto maior será a sua
possibilidade de organizar os dados e agir criativamente. A retroação de
dados proporciona aprendizagem de novos dados a respeito de si mesmo,
dos outros, dos processos grupais ou da dinâmica de toda organização –
dados que nem sempre são levados em consideração. A retroação refere-se
às atividades e processos que refletem e espelham a maneira pela qual uma
pessoa é percebida ou visualizada pelas demais pessoas. Requer intensa
comunicação e um fluxo adequado de informação dentro da organização
para atualizar os membros e permitir que eles próprios possam
conscientizar-se das mudanças e explorar as oportunidades que geralmente
se encontram encobertas dentro da organização. As técnicas de DO são
geralmente aplicadas em uma seqüência. O ponto de partida é melhorar
inicialmente a sensibilidade intrapessoal das pessoas para posteriormente
melhorar e incentivar os seus relacionamentos interpessoais. A seguir,
inicia-se a formação e desenvolvimento de equipes com técnicas
intragrupais, as quais se seguem as técnicas intergrupais necessárias para
integrar equipes entre si e, mais adiante, as técnicas intra-organizacionais
para definir os objetivos organizacionais a serem alcançados mediante o
trabalho conjunto e coordenado das diferentes equipes envolvidas.
FISCAL DO ICMS SEFAZ-RJ 2013 NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO
PROFESSOR: MARCELO CAMACHO
55
Chiavenato lista as principais características do Desenvolvimento Organizacional.
Vejam esta questão
FISCAL DO ICMS SEFAZ-RJ 2013 NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO
PROFESSOR: MARCELO CAMACHO
56
ITEM 19. (FCC/ TRT-23-MT/2011/ANALISTA JUDICIÁRIO/PSICOLOGIA)
O principal propósito da técnica de treinamento de sensibilidade é (A) apresentar um tema para debate mais aprofundado. (B) aumentar a produtividade dos trabalhadores na operação das máquinas. (C) ensinar a dinâmica do comportamento eficaz e ineficaz de grupo. (D) permitir o treinando decompor conteúdos emocionais em sequências ordenadas. (E) informar o treinando o comportamento certo e errado que apresenta no desempenho de suas atividades técnicas.
Pessoal, como vimos o treinamento de sensibilidade é uma técnica de
desenvolvimento organizacional. Consiste em reunir grupos de treinamento
que são orientados por um líder treinado para aumentar e a sua
sensibilidade quanto às suas habilidades e dificuldades de relacionamento
interpessoal. Portanto tem por objetivo enfatizar comportamentos eficazes e
ineficazes do grupo. Sendo assim, o gabarito é a alternativa C.
3. Gerenciamento de Conflitos
Pessoal, este tema é abordado pelos autores de negociação da escola de
Harvard. É também abordado por Idalberto Chiavenato em seu livro
“Comportamento Organizacional”.
Conflito pode ser conceituado como:
• o embate dos que lutam;
• uma discussão acompanhada de injúrias e ameaças;
• descrença;
• guerra;
• luta;
• combate;
• colisão;
• choque.
FISCAL DO ICMS SEFAZ-RJ 2013 NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO
PROFESSOR: MARCELO CAMACHO
57
A própria palavra conflito indica discordância, discórdia, controvérsia. O
conflito envolve uso de poder. É um processo que se desenvolve em um
espaço de tempo razoavelmente longo. Não é um fenômeno instantâneo que
desaparece logo após, ele perdura.
Robbins faz algumas abordagens sobre o conceito de conflito na visão
tradicional, das relações humanas e da visão interacionista.
Visão tradicional: esta abordagem dizia que todo conflito era ruim e que,
portanto, deveria ser evitado. O conflito era visto como uma disfunção
resultante de falhas de comunicação, falta de abertura e de confiança entre
as pessoas e um fracasso dos líderes em atender às necessidades e às
aspirações de suas equipes. A visão tradicional era consistente com as
atitudes de grupo que prevaleciam nas décadas de 30 e 40.
Visão das relações humanas: esta abordagem argumenta que o conflito é
uma consequência natural e inevitável em qualquer grupo, não sendo
necessariamente ruim, podendo ter o potencial de ser uma força positiva na
determinação do desempenho do grupo. A visão das relações humanas
dominou a teoria sobre conflitos do final dos anos 40 até a metade da
década de 70.
Visão interacionista: esta abordagem, que é a mais recente, propõe não
apenas que o conflito pode ser uma força positiva, como defende
abertamente a tese de que algum conflito é absolutamente necessário para
o desempenho eficaz de um grupo. A principal contribuição desta
abordagem, portanto, é encorajar os líderes dos grupos a manter um nível
mínimo constante de conflito suficiente para manter o grupo viável,
autocrítico e criativo.
FISCAL DO ICMS SEFAZ-RJ 2013 NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO
PROFESSOR: MARCELO CAMACHO
58
Vejam esta questão da FCC
ITEM 20. (FCC/TRE-AP/2011/ANALISTA JUDICIÁRIO/PSICOLOGIA) A visão interacionista considera que o conflito é (A) inevitável e poderá ser ou não gerenciado. (B) contraproducente e deve ser evitado. (C) uma ocorrência natural nos grupos e nas organizações e devem ser aceitos. (D) necessário para o desempenho eficaz de um grupo. (E) sinônimo de irracionalidade e causa prejuízos a organização.
Pessoal, como vimos a visão interacionista defende que o conflito é
necessário para a eficácia dos grupos. Sendo assim, o gabarito é a
alternativa D.
Níveis de gravidade do conflito
O conflito pode ocorrer em três níveis:
I. Conflito percebido: as partes percebem e compreendem a existência
do conflito. Entendem que seus objetivos são diferentes, o conflito é
latente, existe potencialmente. Percebem que há oportunidades para
interferência.
II. Conflito experienciado: é o conflito velado, é dissimulado, oculto e não
manifestado com clareza. Este tipo de conflito gera sentimentos de
hostilidade, raiva,medo e descrédito.
III. Conflito manifestado: este é o conflito expresso, manifestado pelo
comportamento. É o conflito aberto, não dissimulado, admitido pelas
partes.
FISCAL DO ICMS SEFAZ-RJ 2013 NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO
PROFESSOR: MARCELO CAMACHO
59
Condições antecedentes dos conflitos
As técnicas de gestão de conflitos baseiam-se na desarticulação das
condições que propiciam a geração dos conflitos. O conflito pode provocar
consequências positivas ou negativas e influenciar as percepções que
desencadeiam o conflito. São três as condições antecedentes dos conflitos:
I. Diferenciação: em decorrência do crescimento da organização,
os grupos de especializam em busca da eficiência. Em função disto
estes grupos passam a realizar tarefas distintas e passam a
desenvolver formas diferentes de pensar e agir. Disto surge uma
diferenciação dos objetivos e interesses, muitas vezes incompatíveis.
II. Recursos Compartilhados e limitados: os recursos em uma
organização (capital, orçamento, salários, crédito, espaço,
equipamentos) são limitados. Isto implica em: se um grupo pretende
aumentar seus recursos, necessariamente um outro grupo terá que
perder. Isto gera a percepção de interesses antagônicos
III. Interdependência de atividades: nestas condições as pessoas e
grupos de uma organização dependem uns dos outros para
desempenhar suas atividades. Assim um grupo não consegue
desempenhar suas tarefas enquanto o outro grupo não realize a sua.
Quando a interdependência é alta, surgem as oportunidades para que
um grupo auxilie ou prejudique o outro.
Ainda outro fator gerador de conflitos são os chamados conflitos de papéis.
A tensão de papel pode ter origem, quer em eventos estressantes no
trabalho, quer na própria estrutura dos papéis, cujos significados podem ser
inadequados para lidar com os eventos ligados ao trabalho. Entre os fatores
FISCAL DO ICMS SEFAZ-RJ 2013 NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO
PROFESSOR: MARCELO CAMACHO
60
que provocam tensão estão colocados o conflito de papéis, sua ambigüidade
e sua sobrecarga.
A sobrecarga de papéis ocorre quando o indivíduo sente que estão exigindo
dele mais tarefas do que sua capacidade ou disponibilidade de tempo lhe
permite executar. A ambigüidade de papel existe quando o indivíduo recebe
informações inadequadas ou insuficientes sobre os limites e conteúdos de
suas funções. O conflito de papéis surge quando dois ou mais conjuntos
simultâneos de prescrições estão presentes de tal modo que a obediência a
um conjunto torna difícil ou impossível a obediência aos demais.
A FGV cobrou conhecimentos deste tópico:
ITEM 21. ( FGV/ SEFAZ/2009- FISCAL DE RENDAS) Com relação às fontes dos conflitos organizacionais, analise as afirmativas a seguir: I. Os recursos limitados são uma fonte de conflito organizacional. II. A diferenciação é uma fonte de conflito organizacional. III. A ausência de interdependência de tarefas é uma fonte de conflito organizacional. Assinale: (A) se somente a afirmativa I estiver correta. (B) se somente a afirmativa II estiver correta. (C) se somente a afirmativa III estiver correta. (D) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas. (E) se todas as afirmativas estiverem corretas.
As afirmativas I e II estão corretas.Recursos limitados e diferenciação
(especialização dos grupos, com conseqüente geração de interesses
divergentes) são fontes de conflitos organizacionais.
A afirmativa III está errada! É justamente o contrário. É a existência de
interdependência que é fonte geradora dos conflitos!
A resposta é a alternativa D!
Vejam esta questão da FCC
FISCAL DO ICMS SEFAZ-RJ 2013 NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO
PROFESSOR: MARCELO CAMACHO
61
ITEM 22. (FCC/TRF 1/2011/ANALISTA JUDICIÁRIO/ADMINISTRATIVO) Uma causa frequente de conflitos nas organizações é (A) a ambiguidade de papéis. (B) a existência de objetivos compartilhados. (C) a limitação de recursos. (D) a hierarquia de responsabilidades. (E) o excesso de liberdade.
Pessoal, a banca confirmou o gabarito como sendo a alternativa A. De
fato, vimos em aula que a ambiguidade de papéis é um fator gerador de
conflitos. No entanto, também vimos que Chiavenato nos demonstra que os
recursos limitados também são gerados de conflitos, o que torna a
alternativa C também correta. Sendo assim, esta questão deveria ter sido
anulada, mas não foi!
O Processo do conflito
O conflito se desenrola em um processo dinâmico. As condições
antecedentes proporcionam condições que tornam provável o conflito.
O comportamento de conflito pode produzir uma reação de três fases:
1. Espera: é o momento que se aguarda uma ação ou solução para
o conflito. A espera pode ser curta ou demorada.
2. Tensão: a extensão da espera pode provocar tensão e
ansiedade.
3. Resolução: é o alcance da solução do conflito e alívio da tensão.
FISCAL DO ICMS SEFAZ-RJ 2013 NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO
PROFESSOR: MARCELO CAMACHO
62
Formas de resolução dos conflitos
• Fuga ou Evitação: é uma forma de resolver o conflito fugindo dos
problemas gerados por ele. Conflitos íntimos podem ser reprimidos e
os externos podem ser evitados por meio de recuo, afastamento,
fuga,etc. Esta evitação pode variar desde uma evitação aberta até
uma evitação sutil e velada.
• Impasse: Nesta forma não há resolução do conflito. Há uma paralisia.
É um estado negativo em que ninguém chega a nada.
• Ganhar/perder: é a resolução típica da colisão frontal de interesses,
como a guerra. Uma parte ganha tudo e a outra perde tudo.
• Conciliação: Nesta forma ocorre um acordo ou compromisso que
resulta em que a vitória e a derrota não são totais, são parciais. A
conciliação é feita por meio de negociações, barganhas e ajustes. É o
FISCAL DO ICMS SEFAZ-RJ 2013 NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO
PROFESSOR: MARCELO CAMACHO
63
resultado mais comum. Pode resultar ainda em outros dois tipos:
ganhar/ganhar e perder/perder.
Na resolução ganhar/ganhar as partes são bem sucedidas e
conseguem identificar soluções que permitam a ambos os lados
atingirem seus objetivos.
Já na resolução do tipo perder/perder, as partes desistem de parte de
seus objetivos em prol de não perderem tudo. A perda é apenas
parcial.
• Integração: é uma forma de resolução em que as partes buscam
soluções em que ninguém sacrifique interesses. Buscam novos cursos
de ação. Aqui os interesses são agrupados e atingem-se resultados
que não seriam possíveis isoladamente pelas partes.
Efeitos do Conflito
Positivos
1. Aumento da coesão grupal – estimula sentimentos de identidade no
grupo.
2. Inovação – a energia despertada pelo conflito resulta na busca por
formas novas e eficazes de se realizar tarefas e soluções criativas e
inovadoras.
3. Mudança – o conflito chama a atenção para o conflito e serve para
evitar problemas mais sérios.
FISCAL DO ICMS SEFAZ-RJ 2013 NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO
PROFESSOR: MARCELO CAMACHO
64
4. Mudança nas relações entre os grupos conflitantes. O conflito leva os
grupos a encontrarem soluções para suas divergências.
Negativos
1. Frustração: à medida que os indivíduos e grupos vêem seus esforços
bloqueados, gera-se neles um sentimento de frustração, hostilidade e
tensão.
2. Perda de energia: o confronto gera perda de energia nele mesmo. De
outra forma esta energia poderia ser utilizada para o trabalho
produtivo.
3. Decréscimo na comunicação: a comunicação é prejudicada pelas
barreiras impostas pelo conflito, gerando ineficiência na organização.
4. Confronto: a cooperação passa a ser substituída por comportamentos
que prejudicam os relacionamentos.
3.1. Estilos de Gestão de Conflitos
A literatura, tanto a da metodologia de Harvard quanto Chiavenato, apontam
cinco estilos de gestão de conflitos, gerados da combinação de dois vetores:
em um temos a dimensão Assertividade e em outro a dimensão Cooperação.
Os cinco estilos são:
I. Competição – baixa cooperação e alta assertividade. Aqui uma
das partes impõe uma ação pronta e decisiva, especialmente quando
FISCAL DO ICMS SEFAZ-RJ 2013 NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO
PROFESSOR: MARCELO CAMACHO
65
são necessárias decisões impopulares em situações de emergência.
Aqui o negócio e ganhar e impor.
II. Transigência ou Compromisso – moderada assertividade e
cooperação. É apropriado para situações em que os objetivos de
ambos os lados são igualmente importantes e estes detêm igual
parcela de poder. A perspectiva é reduzir as diferenças e ter jogo de
cintura.
III. Acomodação – alta cooperação e baixa assertividade. Quando
um assunto é mais importante para o outro lado e necessita-se
preservar a relação e a harmonia entre as partes. Aqui o negócio é ir
levando
IV. Abstenção ou Afastamento – baixa assertividade e baixa
cooperação. Aqui há pouca possibilidade de ganhar e ambas as partes
consideram a questão pouco significativa.
V. Colaboração – alta assertividade e alta cooperação. Os
interesses de ambas as partes são importantes, ambos os pontos de
vista são considerados e combinados para a solução.
FISCAL DO ICMS SEFAZ-RJ 2013 NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO
PROFESSOR: MARCELO CAMACHO
66
Vamos à uma questão da FCC ITEM 23. (FCC/TRE-AP/2011/ANALISTA JUDICIÁRIO/PSICOLOGIA) Existem quatro modos distintos de administrar conflitos: acomodação, dominação, compromisso e solução integrativa de problemas. Na solução integrativa de problemas busca-se (A) encontrar uma solução que atenda aos interesses de todas as partes envolvidas. (B) encobrir o conflito, diminuindo sua importância e aguardando que ele se resolva por si só. (C) impor uma solução considerada a mais adequada para resolver de forma rápida e precisa o conflito. (D) encontrar uma solução que satisfaça parcialmente aos envolvidos. (E) rejeitar discussões que não se baseiem em dados e fatos mensuráveis.
Vamos lá pessoal! Primeiro vamos fazer os ajustes da nomenclatura adotada
pela banca da FCC.
Não resta dúvida quanto ao estilo de acomodação, é a mesma nomenclatura
adotada na aula.
O estilo Dominação refere-se ao estilo Competição, em que uma parte impõe
uma decisão.
O estilo Compromisso refere-se ao estilo de Transigência, quando ambos os
lados detêm igual parcela de poder e os objetivos de ambas as partes são
igualmente importantes, e são atendidos parcialmente.
FISCAL DO ICMS SEFAZ-RJ 2013 NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO
PROFESSOR: MARCELO CAMACHO
67
O estilo solução integrativa de problemas refere-se ao estilo colaboração
visto em ala, quando os interesses de ambas as partes são importantes e
combinados na construção da solução.
Desta forma vimos que o gabarito é a alternativa A
Agora, vejamos uma questão da FGV, para fixarmos.
ITEM 24. (FGV/ BADESC/2010/ANALISTA ADMINISTRATIVO) A respeito da gestão de conflitos, analise as afirmativas a seguir. I. O estilo de abstenção prevê uma postura não-assertiva e não-cooperativa. II. O estilo de transigência reflete uma moderada porção de cooperação. III. O estilo de acomodação reflete um alto grau de cooperação. Assinale: (A) se somente a afirmativa I estiver correta. (B) se somente a afirmativa II estiver correta. (C) se somente a afirmativa III estiver correta. (D) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas. (E) se todas as afirmativas estiverem corretas
Analisemos as afirmativas:
A afirmativa I está correta! Baixa cooperação e baixa assertividade são
características do estilo de abstenção.
A afirmativa II também está correta! A transigência reflete mediana
cooperação e mediana assertividade.
A afirmativa III também é correta! A acomodação reflete alto grau de
cooperação.
Desta forma o gabarito seria a alternativa E!
No entanto a FGV apontou como gabarito a alternativa C! Absurdo!??! Pois
é, devemos ficar atentos pois não há sinais de que alguém tenha reclamado,
pois claramente, com base na literatura, o gabarito deveria ser alterado.
FISCAL DO ICMS SEFAZ-RJ 2013 NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO
PROFESSOR: MARCELO CAMACHO
68
3.2. Técnicas de Gestão de Conflitos
São três as abordagens para gestão de conflitos:
2. Abordagem Estrutural. Baseia-se na idéia de que o conflito é
gerado pelas percepções criadas pelas condições antecedentes:
diferenciação, recursos limitados e escassos e interdependência.
Portanto a idéia é atuar sobre uma condição existente que predispõe
ao conflito e reestruturá-lo. Por exemplo, um gerente pode levar dois
grupos diferenciados a entenderem que tem objetivos comuns e assim
reduzir os impasse. Outro mecanismo estrutural é a utilização de
sistemas de recompensas para incentivar o desempenho conjunto e
combinado de dois ou mais grupos. Para atuar nos conflitos gerados
pela interdependência uma opção é separar os grupos física e
estruturalmente. Embora continuem percebendo a incompatibilidade
de seus objetivos, a redução da interdependência torna a interferência
distante e reduz a probabilidade de conflito.
3. Abordagem de processo. Aqui se procurar reduzir os conflitos por
meio da alteração do processo. Utiliza-se procedimentos de negociação
e barganha para administrar as divergências. Esta abordagem pode
ser realizada de três formas diferentes:
a) Desativação ou desescalonização do conflito: ocorre
quando uma parte reage cooperativamente, e não
agressivamente, à outra parte. Encoraja-se
comportamentos menos conflitantes.
b) Reunião de confrontação entre as partes: ocorre
quando o ponto de desativação já foi ultrapassado e as
partes se preparam para um conflito aberto, de forma
direta e hostil. A intervenção pode ser feita pela reunião
FISCAL DO ICMS SEFAZ-RJ 2013 NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO
PROFESSOR: MARCELO CAMACHO
69
face a face das partes contendoras, para identificar as
áreas de conflito e buscar as soluções do tipo
ganhar/ganhar antes de situações beligerantes.
c) Colaboração: utilizada após não existirem mais
oportunidades de desativação e confrontação. Aqui as
partes trabalham juntas para solucionar problemas,
identificar soluções do tipo ganhar/ganhar ou integrativas.
4. Abordagem Mista: utiliza-se tanto a abordagem estrutural
quanto à de processo para administrar o conflito. Existem duas formas
de se utilizar a abordagem mista:
a) Influenciar o processo de conflito por meios
estruturais, como a adoção de regras para resolver o
conflito, através da determinação de procedimentos e
limites para trabalhar o conflito.
b) Criar terceiras partes dentro da organização, que são
estratégias em que uma terceira parte dentro da
organização fica formalmente responsável por assumir a
comunicação entre as partes conflitantes. São chamados
papéis de ligação, que podem ser exercidos por estas
terceiras partes ou por equipes intergrupais. Estas equipes
exercem papéis integradores cuja tarefa é coordenar o
esforço dos grupos conflitantes para atingir os objetivos da
organização. O gerente pode assumir um papel integrador
sempre que surgir a necessidade de intervir nas condições
estruturais e na dinâmica do conflito.
É importante saber bem estes assuntos! Vejam como a FGV cobrou
conhecimentos de estilos de gestão de conflitos e técnicas de gestão de
conflitos!
FISCAL DO ICMS SEFAZ-RJ 2013 NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO
PROFESSOR: MARCELO CAMACHO
70
ITEM 25. (FGV/ SEFAZ/2010- FISCAL DE RENDAS) Com relação aos estilos e técnicas de gestão de conflitos, analise as afirmativas a seguir. I. A desescalonização procura mitigar conflitos ao encorajar atitudes cooperativas entre as partes. II. O estilo de abstenção é sugerido quando um assunto é trivial ou o desentendimento é muito oneroso. III. A abordagem estrutural faz uso dos sistemas de recompensas como mecanismo de gestão de conflitos. Assinale: (A) se somente a afirmativa I estiver correta. (B) se somente a afirmativa II estiver correta. (C) se somente a afirmativa III estiver correta. (D) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas. (E) se todas as afirmativas estiverem corretas.
A afirmativa II está correta porque quando um assunto é trivial ou seu
desentendimento pode ser muito oneroso, sugere-se o estilo de abstenção a
fim de se evitar maiores danos.
As alternativas I e III estão corretas, pois a desescalonização procurar criar
as condições para a mitigação (redução) de conflitos ao encorajar a atitude
cooperativa de uma parte em relação a outra. Adicionalmente, a abordagem
estrutural faz uso dos sistemas de recompensa como mecanismo de gestão
de conflitos, pois sua adoção pode incentivar o desempenho conjunto de
dois ou mais grupos.
A alternativa correta é a letra E!
Vamos a outra questão da FGV. Assim a gente não esquece este assunto:
ITEM 26. (FGV/ BADESC/2010/ANALISTA ADMINISTRATIVO) As alternativas a seguir apresentam características das abordagens mistas na gestão de conflitos, à exceção de uma. Assinale-a. (A) Estabelecimento de regras e regulamentos. (B) Sistemas de recompensas grupais. (C) Grupos e equipes de trabalho. (D) Papéis de ligação. (E) Papéis integradores
FISCAL DO ICMS SEFAZ-RJ 2013 NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO
PROFESSOR: MARCELO CAMACHO
71
A alternativa A está correta. Na abordagem mista, como vimos acima, a
adoção de regras é uma das ações da abordagem mista.
A alternativa C está correta. Esta equipes são responsáveis pela
comunicação, são as terceiras partes.
A alternativa D também está correta. Existem papéis de ligação como
estratégia de resolução dos conflitos. Podem ser terceiras partes ou equipes
intergrupais da organização.
A alternativa E está correta! Papéis integradores fazem parte desta
abordagem.
Só restou a alternativa B, que está errada e é o gabarito da questão!
Não está previsto na abordagem mista a implantação de sistemas grupais
como estratégia para resolução de conflitos. Esta é uma estratégia da
abordagem estrutural.
3.3. Metodologia de Mediação e Negociação De Harvard
Existem algumas escolas que preconizam métodos de mediação de conflitos,
de negociação entre as partes. Uma delas é a escola de Harvard.
Como processo, a negociação ocorre no tempo. Por isto devemos considerar
suas três dimensões básicas: passado, presente e futuro, que correspondem
a três momentos do processo administrativo, planejamento, execução e
controle. O processo é o detalhamento do ciclo estratégico e apresenta três
etapas:
FISCAL DO ICMS SEFAZ-RJ 2013 NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO
PROFESSOR: MARCELO CAMACHO
72
Planejamento Execução Controle
De acordo com a metodologia de negociação de Harvard, desenvolvida por
Fisher e Ury, são quatro as dimensões da negociação.
Os sete elementos básicos de uma negociação: 1. Alternativas. São as possibilidades de caminho que cada parte tem
caso não se chegue a bom termo. O acordo obtido à mesa de
negociação sempre deve ser comparado ás alternativas existentes fora
da negociação.
Cotejamento de
Objetivo x Acordo
final
Auditoria: pontos
positivos/desvios
Revisão
Pós-interação
Banco de idéias
Administração do
acordo
Abertura
Sondagem
Implementação
de
• Estratégias
• Táticas
• Técnicas
Integração
Cooperação
ACORDO
Intra-Negociação
(direta ou
indireta)
Interação
(Brainstorming)
Quantificação
• Tempo
• Custos
• Valores
• Riscos
Definição do
objetivo.
Alternativas
Negociar AGENDA
Simulação
3.Pós-Negociação 2.Negociação 1.Pré-Negociação
1. Pessoas - As pessoas devem ser separadas dos problemas;
2. Interesses - Foco em interesses do negócio e não em posições pessoais;
3. Opções - Elencar possibilidades antes das decisões;
4. Critérios - Resultado baseado em padrão objetivo.
FISCAL DO ICMS SEFAZ-RJ 2013 NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO
PROFESSOR: MARCELO CAMACHO
73
2. Interesses. São as razões que sustentam as posições defendidas
no processo negocial. Não se deve confundir interesses com posições.
Posições são exigências das partes. Os interesses são subjacentes às
posições. É o que há por trás das posições e que, a priori, são
desconhecidos da outra parte. Quanto mais um acordo satisfizer os
interesses das partes, melhor o negócio.
3. Opções. São a gama completa de possibilidades geradoras de
ZPA (zona de possível acordo), pelas quais as partes poderiam
teoricamente chegar a um acordo. As opções são, ou poderiam ser
colocadas na mesa. Um acordo é melhor se for a melhor de muitas
opções, principalmente se explorar todo o ganho mútuo potencial da
situação.
4. Legitimidade. Pressupõe possibilidade, alcance, realização e se
refere á percepção de quão justo é um acordo. Um acordo fará as duas
partes se sentirem tratadas com justiça na medida em que se basear
em parâmetros, critérios ou princípios externos, além da vontade de
cada uma das partes. Esses parâmetros podem ser leis e
regulamentações, normas de determinado setor, etc.
5. Compromissos. São declarações verbais ou escritas sobre o que uma
das partes fará ou deixará de fazer. Eles podem ser feitos no decorrer
da negociação ou ao término desta. O acordo será melhor se as
promessas tiverem sido bem arquitetadas e planejadas nas etapas 1 e
2 do ciclo estratégico.
6. Comunicaçao. A qualidade da comunicação em uma negociação
depende do nível de entendimento mútuo e da eficiência do processo.
A comunicação de alta qualidade é mais eficiente na medida em que
FISCAL DO ICMS SEFAZ-RJ 2013 NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO
PROFESSOR: MARCELO CAMACHO
74
os negociadores minimizam os recursos gastos para tomar a decisão
final- seja ela chegar ao acordo ou desistir dele.
7. Relacionamento. As negociações mais importantes são com pessoas
com quem já negociamos antes e negociaremos novamente. Em geral,
um forte relacionamento de trabalho dá poder às partes para
negociarem bem suas diferenças. Qualquer transação deve melhorar a
capacidade das partes para trabalharem juntas novamente – jamais
piorar.
RESUMO DA METODOLOGIA DE HARVARD
1. Separe pessoas de problemas
2. Concentre-se nos interesses, não nas posições
3. Crie opções de mútuos ganhos
4. Insista em critérios objetivos
5. Tenha alternativas (MAPAN)
Vale ressaltar que a MAPAN (Melhor Alternativa Para o Acordo Negocial) é
gerada na fase da pré-negociação, no planejamento. Consiste em estudar as
suas alternativas e priorizá-las, definir as melhores alternativas para
utilização em determinada negociação. Também inclui a projeção da MAPAN
da outra parte na negociação.
Vamos a uma questão:
ITEM 27. (CESPE/IBRAM/2010/ADMINISTRADOR) Durante a elaboração da estratégia de negociação, é importante que os objetivos sejam organizados de maneira hierárquica, do mais para o menos importante. CERTO! É a fase da preparação. É quando eu preparo a MAPAN, com as
alternativas de negociação.
FISCAL DO ICMS SEFAZ-RJ 2013 NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO
PROFESSOR: MARCELO CAMACHO
75
3.4. Modelo de Mediação Transformativa
A mediação transformativa foi um modelo elaborado por Robert A. Barush
Bush, teórico da Negociação e Joseph F. Folger, teórico da comunicação.
Este modelo tem como objetivo situar o acordo como uma possibilidade,
diferente do modelo harvardiano que tem o acordo como principal objetivo.
Esta Escola Clássica visa trabalhar os interesses e necessidades das partes e
não somente a posição cristalizada do conflito.
Observa-se que a transformação na relação entre os litigantes viabiliza o
refazimento dos laços afetivos e consequentemente, o acordo. Nesse modelo
o mediador tem como foco a mediação passiva, ou seja, não existe a
intervenção direta do mediador, que utiliza de técnicas de negociação para
facilitar o diálogo entre as partes, para que juntas e de forma autônoma,
possam construir uma decisão através do diálogo. O empowerment ou
emponderamento das partes é de suma importância para que as mesmas
solucionem por si só o conflito.
Registra-se que este modelo trabalha o conflito na sua integralidade, ou
seja: o aspecto emocional, afetivo, financeiro, psicológico e legal. É valido
ressaltar que na mediação transformativa, o ideal é que o conflito seja
trabalhado por uma comissão transdisciplinar. Vejamos as etapas propostas
por este modelo:
PRIMEIRO ESTÁGIO: CONTRACTING.
O mediador estabelece o contato entre os interessados, ele é responsável
por explicar às partes, as regras, parâmetros e limites do procedimento da
mediação, sua intenção é trazer segurança e esclarecimento sobre as
vantagens e desvantagens de se trabalhar em uma via diversa da judicial
FISCAL DO ICMS SEFAZ-RJ 2013 NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO
PROFESSOR: MARCELO CAMACHO
76
SEGUNDO ESTÁGIO: DEVELOPING ISSUES
É o momento da identificação das questões que importam às partes, tantos
os interesses expressados por suas manifestações externas, quanto aqueles
derivados de suas manifestações intrínsecas, neste caso, o mediador deverá
trabalhar mais precisamente com a técnica da “escutatória”.
TERCEIRO ESTÁGIO: UTILIZAÇÃO DA TÉCNICA DO LOOPING
O Mediador faz uma série de perguntas às partes e, tendo em vista o teor da
resposta, recoloca a pergunta em outros termos (rephrasing) ou em outro
contexto (reframing), até que o próprio interessado consiga externar seu
verdadeiro propósito. Ele tem a opção de perguntar e reperguntar quantas
vezes for necessário.
Esta é uma fase lenta que necessita de paciência e habilidade,
principalmente pelo fato das partes serem chamadas a refletir sobre as
questões centrais, o que gera discussões e desentendimentos, é nessa fase
também que se analisa a atitude de cada uma das partes, o que facilitará a
inserção de possíveis técnicas que possam amenizar o conflito e
consequentemente motivar às partes a terem uma percepção de um futuro
melhor.
QUARTO ESTÁGIO: BRAINSTORMING
O mediador chama as partes para organizarem suas idéias e estabelecerem
alternativas razoáveis à solução da controvérsia. Nesta fase, utiliza-se as
informações relevantes obtidas durante a aplicação das técnicas do Looping,
para que o diálogo possa fluir com mais tranquilidade e eficiência. Observa-
se que é o momento onde as partes, conhecendo a realidade do outro, terão
a possibilidade de oferecer propostas eficazes e que preencham suas reais
necessidades.
FISCAL DO ICMS SEFAZ-RJ 2013 NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO
PROFESSOR: MARCELO CAMACHO
77
QUINTO ESTÁGIO: DRAFTING THE AGREEMENT
Caracteriza-se com a lavração do termo adequando a manifestação de
vontade às normas do direito positivo.
Entendemos que a mediação transforma a competição gerada pelo conflito
em cooperação entre as partes para resolvê-lo, o modelo apresentado visa à
construção de um acordo satisfatório para ambas as partes.
Vejam esta questão: ITEM 28. (FCC/TRT-MT/2011/ANALISTA JUDICIÁRIO/PSICOLOGIA) Na mediação transformativa, a atenção do mediador se concentra nas necessidades dos disputantes e em sua relação. Os mediadores facilitam um processo pelo qual os próprios disputantes determinam o rumo e o resultado da (A) lide e investem em obrigatoriamente obter um acordo, já que este é o objetivo primeiro do processo. (B) mediação, não importando se isto acabará levando a um acordo ou não. (C) disputa, em que quem tiver a opção mais aplicável ganhará prioridade no acordo urgente. (D) solução, sendo que não é objetivo, neste momento, desenvolver a consciência social de que conflito e resultados precisam ser em consenso. (E) resolução do conflito, sem que se precise considerar que cada um tem seus motivos, pois o que importa é a assunção de um encaminhamento transformativo.
Pessoal, no modelo transformativo o objetivo é situar o acordo como uma
possibilidade e trabalhar os interesses e necessidades das partes e não
somente a posição cristalizada do conflito. Portanto, as alternativas C, D e
E estão erradas. A metodologia de Harvard é que tem como principal
objetivo o acordo e não a transformativa. Portanto, alternativa A está
errada.
O gabarito é a alternativa B. Na mediação transformativa quem
determina o rumo da mediação são a partes, somente através do
entendimento dos interesses mútuos se constrói a solução. Se isto não
acontecer, não pode haver solução.
FISCAL DO ICMS SEFAZ-RJ 2013 NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO
PROFESSOR: MARCELO CAMACHO
78
Bem, pessoal, fecho por aqui esta quarta aula!
Até a próxima!
FISCAL DO ICMS SEFAZ-RJ 2013 NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO
PROFESSOR: MARCELO CAMACHO
79
4. Lista de Exercícios
ITEM 1. (FCC/ MPE_SE/2009/ANALISTA/ESPECIALIDADE ADMINISTRAÇÃO)
Autoridade, obediência, liderança, autogestão, disciplina e autonomia são ingredientes que se combinam em várias dosagens para influenciar o comportamento das pessoas nas organizações. Um maior grau de autogestão, disciplina e autonomia na organização caracteriza um modelo de administração (A) diretivo-participativa. (B) tecno-mecanicista. (C) diretiva. (D) diretivo-autoritária. (E) participativa.
ITEM 2. (FCC/TCE_GO/2009/ANALISTA DE CONTROLE EXTERNO/GESTÃO DE PESSOAS)
Em relação às dimensões de uma organização que são envolvidas na gestão participativa. (A) (B) (C) (D) (E) I. É na dimensão comportamental que ocorre a substituição do estilo tradicional de administração autoritário e paternalista pelo da liderança, autonomia, cooperação e comprometimento. II. A dimensão estrutural envolve a informação, a delegação e o questionamento em lugar do comando palavras-chaves para o funcionamento das organizações na gestão participativa. III. É na dimensão estrutural que se encontra a maior dificuldade de implantação da gestão participativa, pois pode implicar redesenho de estruturas, cargos e grupos de trabalho. IV. A hierarquia deve ser revalorizada, pois as organizações tradicionais são estruturadas de maneira que o poder fique fragmentado na base da pirâmide. V. Uma organização está ligada ao mercado e à sociedade por diversas interfaces; clientes, fornecedores e comunidade devem ser consultados sobre decisões e evoluções de produtos e serviços. (A) Estão corretas APENAS as afirmativas I e II. (B) Estão corretas APENAS as afirmativas I, II e V. (C) Estão corretas APENAS as afirmativas I, III e V. (D) Estão corretas APENAS as afirmativas II, III e IV. (E) Estão corretas APENAS as afirmativas II, III, IV e V. ITEM 3. (CESPE/2011/PREVIC/ANALISTA ADMINISTRATIVO) Grupos são conjuntos de pessoas que interagem umas com as outras, são psicologicamente conscientes umas das outras e se percebem como grupo. ITEM 4.(CESPE/2011/STM/TÉCNICO JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA) Coesão do trabalho em equipe refere-se a um padrão de conduta compartilhado pelos membros da equipe e que guia o seu comportamento.
FISCAL DO ICMS SEFAZ-RJ 2013 NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO
PROFESSOR: MARCELO CAMACHO
80
ITEM 5. (CESPE/ 2011/PREVIC/ ANALISTA ADMINISTRATIVO/) Uma equipe pode ser definida como um pequeno grupo de pessoas com habilidades complementares, que trabalham juntas, com o objetivo de atingir os propósitos de cada um de seus integrantes, e pelos quais se consideram individualmente responsáveis.
ITEM 6. (CESPE/2005/TRT-16/ ANALISTA JUDICIÁRIO - ÁREA JUDICIÁRIA) Bruno, administrador público, interage com os demais colaboradores de seu setor basicamente para compartilhar informações e tomar decisões que ajudem cada pessoa no seu desempenho funcional, no campo definido como de responsabilidade individual. Nessa situação, essa coletividade funcional com a qual Bruno interage é denominada equipe de trabalho. ITEM 7. (ESAF/ EPPGG/2005) Robbins, em seu livro Comportamento Organizacional, de 2002, estabelece as formas mais comuns de equipes de trabalho. Entre as opções a seguir, indique a correta. a) As equipes orientadas por resultados são compostas por grupos de funcionários de departamentos diversos, que se reúnem algumas horas por semana para discutir formas de melhorar a qualidade, a eficiência e o ambiente de trabalho, mas não têm autoridade para implementar unilateralmente essas sugestões. b) As equipes virtuais são formadas por grupos de funcionários do mesmo nível hierárquico, mas de diferentes setores da organização, que se juntam para trocar informações, desenvolver novas idéias ou ainda coordenar projetos complexos. c) As equipes de trabalho autogerenciadas são grupos de funcionários que realizam trabalhos relacionados ou interdependentes e assumem responsabilidades de seus antigos supervisores, incluindo o planejamento, controle e a tomada de decisões operacionais e sua conseqüente implementação. d) As equipes multifuncionais usam a tecnologia da informação para juntar fisicamente seus membros dispersos, para que possam compartilhar informações, tomar decisões, realizar tarefas e atingir seus objetivos comuns. e) As equipes de soluções de problemas são grupos compostos por funcionários de diversas organizações com o intuito de resolver demandas ou tarefas compartilhadas e interrelacionadas e que possuem autonomia para a tomada de decisões estratégicas.
FISCAL DO ICMS SEFAZ-RJ 2013 NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO
PROFESSOR: MARCELO CAMACHO
81
ITEM 8.(FCC/ 2011/TRE-AP/Analista Judiciário/ Psicologia) Uma equipe multifuncional é formada por profissionais a) de diferentes níveis hierárquicos, que se reúnem para uma tomada de decisão estratégica. b) que utilizam a tecnologia de informação para reunir membros fisicamente dispersos, para atingir objetivos comuns. c) de igual nível hierárquico, mas oriundos de diferentes setores da organização, que se reúnem para cumprir uma tarefa. d) que se reúnem para discutir meios de melhorar a qualidade, a eficiência e o ambiente de trabalho. e) com atividades muito relacionadas e interdependentes, que assumem responsabilidades de supervisão mútua.
ITEM 9 (ESAF/ ENAP/ADMINISTRADOR/2006) Selecione a opção que não indica corretamente uma técnica que possibilita o desenvolvimento de trabalho em equipe. a) Troca constante de informações, ouvir e falar. b) Compromisso com os objetivos definidos pela alta administração. c) Conhecimento mútuo, para o alcance de resultados coletivos. d) Criação de identidade que forneça senso de participação para os integrantes do grupo. e) Clima de abertura intelectual, possibilitando a análise crítica.
ITEM 10. (FCC/ TRF_1a REGIÃO/2006/ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA)
Uma política adequada de recursos humanos no setor público deve combinar programas de treinamento com programas de desenvolvimento. Programas de treinamento (A) visam capacitar o servidor para realizar novas atividades; programas de desenvolvimento têm como objetivo desenvolver o potencial do servidor nas atividades atuais. (B) procuram melhorar as habilidades individuais; programas de desenvolvimento têm como objetivo potencializar o trabalho em grupo. (C) focam o aperfeiçoamento do desempenho do servidor nas atividades atuais; programas de desenvolvimento focalizam habilidades necessárias para as atividades de trabalho futuras. (D) incentivam o uso do planejamento estratégico; programas de desenvolvimento visam capacitar para o planejamento situacional. (E) corrigem deficiências no desenho organizacional; programas de desenvolvimento atualizam os métodos de gestão da informação.
FISCAL DO ICMS SEFAZ-RJ 2013 NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO
PROFESSOR: MARCELO CAMACHO
82
ITEM 11. (FCC/ TRT-1-RJ/2011/ANALISTA JUDICIÁRIO/PSICOLOGIA)
O treinamento na empresa pode assumir modalidades diversas, segundo se considere a clientela, a finalidade, o momento e o local. Quanto à finalidade, o treinamento pode voltar-se para o conteúdo ou para o processo. No primeiro caso, enfatiza-se a (A) melhoria nos relacionamentos interpessoais. (B) mudança de atitudes. (C) mudança de comportamentos. (D) mudança de valores. (E) aquisão de conhecimento.
ITEM 12. (FCC/ TRT-23-MT/2011/ANALISTA JUDICIÁRIO/PSICOLOGIA)
O levantamento de necessidades de treinamento representa (A) a maneira de mensurar se o desempenho dos colaboradores está dentro daquilo que foi definido nas descrições de cargo, assim como da possibilidade de se alinhar o desejo dos colaboradores às possibilidades de desenvolvimento que a empresa possa oferecer. (B) uma avaliação das condições das estruturas organizacionais e dos recursos presentes na empresa, que podem impactar o desempenho das pessoas, bem como do ambiente de trabalho. (C) uma avaliação das condições emocionais de cada colaborador, dos recursos de trabalho oferecidos pelo mercado e do clima organizacional. (D) uma avaliação das condições de produção e de produtividade da empresa, bem como dos aspectos de comportamento humano e relacionamento interpessoal. (E) a etapa primordial para o estabelecimento dos objetivos de aprendizagem a serem alcançados com a implantação dos processos de avaliação de desempenho. ITEM 13. (FCC/ TRT-1-RJ/2011/ANALISTA JUDICIÁRIO/PSICOLOGIA)
Para desenvolver um programa de treinamento com foco na competência − influência e persuasão, foi sugerido por um dos profissionais da área de recursos humanos que fosse utilizada uma técnica que fizesse com que os participantes pudessem, de alguma maneira, vivenciar de modo teatralizado situações reais do trabalho no tocante à prática da competência mencionada. A técnica de treinamento para atender esta solicitação é o (A) role-playing. (B) seminário. (C) brainstorming. (D) e-learning. (E) painel simples.
FISCAL DO ICMS SEFAZ-RJ 2013 NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO
PROFESSOR: MARCELO CAMACHO
83
ITEM 14. (FCC/ TRT-1-RJ/2011/ANALISTA JUDICIÁRIO/PSICOLOGIA)
Analise o formulário abaixo.
Este formulário é exemplo de uma avaliação de treinamento no nível de (A) resultado. (B) conhecimento. (C) aprendizagem. (D) assimilação. (E) reação.
ITEM 15. (FCC/ TRT-23-MT/2011/ANALISTA JUDICIÁRIO/PSICOLOGIA) A avaliação objetiva de um programa de treinamento é de responsabilidade do (A) supervisor imediato dos treinandos. (B) gestor mediato dos treinandos. (C) instrutor de treinamento. (D) analista de treinamento. (E) próprio treinando que observará a melhoria do seu desempenho no trabalho.
ITEM 16. (FCC/ TRE--AP/2011/ANALISTA JUDICIÁRIO/PSICOLOGIA)
Os programas de treinamento devem ser avaliados em quatro níveis: (A) assimilação, percepção, repetição e aplicação. (B) compreensão, percepção, atitude e aplicação. (C) aplicação, percepção, repetição e atitude. (D) compreensão, percepção, aplicação e repetição. (E) reação, aprendizagem, comportamento e resultados.
FISCAL DO ICMS SEFAZ-RJ 2013 NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO
PROFESSOR: MARCELO CAMACHO
84
ITEM 17. (FCC/ TRT-23-MT/2011/ANALISTA JUDICIÁRIO/PSICOLOGIA)
Um processo de coaching pode apresentar 4 etapas: estabelecendo uma relação sólida entre o coach e seu orientando; montando o futuro do orientando; revisando a bagagem de mão e traçando o plano de ação. Na etapa bagagem de mão, que representa valores, atitudes, padrões de comportamento, experiência serão revistos (A) a fim de se alcançar o futuro planejado, de forma, a saber, o que é imprescindível e o que deve ser deixado de lado. (B) para que objetivos de curto prazo sejam estabelecidos como metas alvo a serem atingidos no processo de coaching. (C) a fim de levar o orientando a vivenciar novas situações em sua vida pessoal e profissional, para que possa desenvolver novas competências. (D) para que se abra espaço para o desenvolvimento de novos repertórios de comportamentos e atitudes. (E) para uma avaliação clara do nível de interesse do orientando em desenvolver novas competências.
ITEM 18. (FCC/ TRT-1-RJ/2011/ANALISTA JUDICIÁRIO/PSICOLOGIA) A aplicação do coaching tem foco (A) na percepção positiva dos clientes externos; maior visibilidade no mercado e elevada produtividade. (B) na formação e aperfeiçoamento de competências; fortalecimento da confiança, via parceria, e o desenvolvimento integrado das pessoas da organização e na organização. (C) no aumento dos recursos materiais; percepção positiva dos clientes externos e aumento da maturidade das equipes. (D) na diminuição com gastos em treinamento e desenvolvimento; maior objetividade para com os processos de recursos humanos e aceitação da diversidade. (E) no aumento dos recursos financeiros; aceitação da diversidade e integração das equipes para o alcance de resultados diferenciados ITEM 19. (FCC/ TRT-23-MT/2011/ANALISTA JUDICIÁRIO/PSICOLOGIA)
O principal propósito da técnica de treinamento de sensibilidade é (A) apresentar um tema para debate mais aprofundado. (B) aumentar a produtividade dos trabalhadores na operação das máquinas. (C) ensinar a dinâmica do comportamento eficaz e ineficaz de grupo. (D) permitir o treinando decompor conteúdos emocionais em sequências ordenadas. (E) informar o treinando o comportamento certo e errado que apresenta no desempenho de suas atividades técnicas.
FISCAL DO ICMS SEFAZ-RJ 2013 NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO
PROFESSOR: MARCELO CAMACHO
85
ITEM 20. (FCC/TRE-AP/2011/ANALISTA JUDICIÁRIO/PSICOLOGIA) A visão interacionista considera que o conflito é (A) inevitável e poderá ser ou não gerenciado. (B) contraproducente e deve ser evitado. (C) uma ocorrência natural nos grupos e nas organizações e devem ser aceitos. (D) necessário para o desempenho eficaz de um grupo. (E) sinônimo de irracionalidade e causa prejuízos a organização.
ITEM 21. ( FGV/ SEFAZ/2009- FISCAL DE RENDAS) Com relação às fontes dos conflitos organizacionais, analise as afirmativas a seguir: I. Os recursos limitados são uma fonte de conflito organizacional. II. A diferenciação é uma fonte de conflito organizacional. III. A ausência de interdependência de tarefas é uma fonte de conflito organizacional. Assinale: (A) se somente a afirmativa I estiver correta. (B) se somente a afirmativa II estiver correta. (C) se somente a afirmativa III estiver correta. (D) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas. (E) se todas as afirmativas estiverem corretas.
ITEM 22. (FCC/TRF 1/2011/ANALISTA JUDICIÁRIO/ADMINISTRATIVO) Uma causa frequente de conflitos nas organizações é (A) a ambiguidade de papéis. (B) a existência de objetivos compartilhados. (C) a limitação de recursos. (D) a hierarquia de responsabilidades. (E) o excesso de liberdade.
ITEM 23. (FCC/TRE-AP/2011/ANALISTA JUDICIÁRIO/PSICOLOGIA) Existem quatro modos distintos de administrar conflitos: acomodação, dominação, compromisso e solução integrativa de problemas. Na solução integrativa de problemas busca-se (A) encontrar uma solução que atenda aos interesses de todas as partes envolvidas. (B) encobrir o conflito, diminuindo sua importância e aguardando que ele se resolva por si só. (C) impor uma solução considerada a mais adequada para resolver de forma rápida e precisa o conflito. (D) encontrar uma solução que satisfaça parcialmente aos envolvidos. (E) rejeitar discussões que não se baseiem em dados e fatos mensuráveis.
FISCAL DO ICMS SEFAZ-RJ 2013 NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO
PROFESSOR: MARCELO CAMACHO
86
ITEM 24. (FGV/ BADESC/2010/ANALISTA ADMINISTRATIVO) A respeito da gestão de conflitos, analise as afirmativas a seguir. I. O estilo de abstenção prevê uma postura não-assertiva e não-cooperativa. II. O estilo de transigência reflete uma moderada porção de cooperação. III. O estilo de acomodação reflete um alto grau de cooperação. Assinale: (A) se somente a afirmativa I estiver correta. (B) se somente a afirmativa II estiver correta. (C) se somente a afirmativa III estiver correta. (D) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas. (E) se todas as afirmativas estiverem corretas
ITEM 25. (FGV/ SEFAZ/2010- FISCAL DE RENDAS) Com relação aos estilos e técnicas de gestão de conflitos, analise as afirmativas a seguir. I. A desescalonização procura mitigar conflitos ao encorajar atitudes cooperativas entre as partes. II. O estilo de abstenção é sugerido quando um assunto é trivial ou o desentendimento é muito oneroso. III. A abordagem estrutural faz uso dos sistemas de recompensas como mecanismo de gestão de conflitos. Assinale: (A) se somente a afirmativa I estiver correta. (B) se somente a afirmativa II estiver correta. (C) se somente a afirmativa III estiver correta. (D) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas. (E) se todas as afirmativas estiverem corretas.
ITEM 26. (FGV/ BADESC/2010/ANALISTA ADMINISTRATIVO) As alternativas a seguir apresentam características das abordagens mistas na gestão de conflitos, à exceção de uma. Assinale-a. (A) Estabelecimento de regras e regulamentos. (B) Sistemas de recompensas grupais. (C) Grupos e equipes de trabalho. (D) Papéis de ligação. (E) Papéis integradores
ITEM 27. (CESPE/IBRAM/2010/ADMINISTRADOR) Durante a elaboração da estratégia de negociação, é importante que os objetivos sejam organizados de maneira hierárquica, do mais para o menos importante.
FISCAL DO ICMS SEFAZ-RJ 2013 NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO
PROFESSOR: MARCELO CAMACHO
87
ITEM 28. (FCC/TRT-MT/2011/ANALISTA JUDICIÁRIO/PSICOLOGIA) Na mediação transformativa, a atenção do mediador se concentra nas necessidades dos disputantes e em sua relação. Os mediadores facilitam um processo pelo qual os próprios disputantes determinam o rumo e o resultado da (A) lide e investem em obrigatoriamente obter um acordo, já que este é o objetivo primeiro do processo. (B) mediação, não importando se isto acabará levando a um acordo ou não. (C) disputa, em que quem tiver a opção mais aplicável ganhará prioridade no acordo urgente. (D) solução, sendo que não é objetivo, neste momento, desenvolver a consciência social de que conflito e resultados precisam ser em consenso. (E) resolução do conflito, sem que se precise considerar que cada um tem seus motivos, pois o que importa é a assunção de um encaminhamento transformativo.
5. Gabarito
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
E C CERTO ERRADO ERRADO ERRADO C C B C
11 12 13 14 15 16 17 18 19 20
E D A E A E A B C D
21 22 23 24 25 26 27 28
D A A E E A CERTO B
FISCAL DO ICMS SEFAZ-RJ 2013 NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO
PROFESSOR: MARCELO CAMACHO
88
6 -Bibliografia
1- Gestão de Pessoas: o novo papel dos recursos humanos nas organizações. Chiavenato, Idalberto. Rio de Janeiro: Campus, 1999. 2- Comportamento Organizacional:a dinâmica do sucesso das organizações. Chiavenato, Idalberto. Rio de Janeiro: Campus, 2005. 3- Introdução à Teoria Geral da Administração. Chiavenato, Idalberto. São Paulo: Makron Books, 1999. 4- Fundamento do Comportamento Organizacional. Griffin, Ricky W.; Moorhead, Gregory.São Paulo: Ática, 2006.