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DIREITO DO TRABALHO AFT TEORIA E QUESTÕES ESAF PROFESSORA: DÉBORAH PAIVA www.pontodosconcursos.com.br 1 Olá pessoal, Espero que estejam todos bem e estudando bastante! Na aula de hoje, estudaremos os contratos especiais de trabalho. Vamos, então, dar início a nossa aula de hoje! Aula 04: Contratos Especiais de Trabalho: Trabalho Rural (Lei nº. 5.889, de 08/06/73 e Decreto nº. 73.626 de 12/02/74); Trabalho Temporário (Lei nº. 6.019, de 03/01/74 e Decreto nº. 73.841, de 13/03/74); Trabalho Portuário (Lei 9.719, de 27/11/98); 4.1. Trabalho Rural: A relação de emprego entre o empregado e o empregador rural será configurada quando estiverem presentes todos os elementos fático-jurídicos (pessoalidade, não-eventualidade, pessoa física ou natural, onerosidade e subordinação jurídica) da relação de emprego. Além disso, a prestação de serviços deverá ser para o empregador rural (aquele que exerce atividade agroeconômica). Considera-se atividade agroeconômica a atividade agrícola, pastoril ou pecuária que não se destina, exclusivamente, ao consumo de seus proprietários. A lei 5.889/73, que regulamenta o trabalho rural, considera atividade agroeconômica a indústria rural, ou seja, a atividade de cunho industrial desenvolvida em estabelecimento agrário. Observem a classificação que o TST adotou: OJ 419. SDI-1. ENQUADRAMENTO. EMPREGADO QUE EXERCE ATIVIDADE EM EMPRESA AGROINDUSTRIAL. DEFINIÇÃO PELA ATIVIDADE PREPONDERANTE DA EMPRESA. (DEJT divulgado em 28 e 29.06.2012 e 02.07.2012). Considera-se rurícola empregado que, a despeito da atividade exercida, presta serviços a empregador agroindustrial (art. 3º, § 1º, da Lei nº 5.889, de 08.06.1973), visto que, neste caso, é a atividade preponderante da empresa que determina o enquadramento.

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Olá pessoal, Espero que estejam todos bem e estudando bastante! Na aula de hoje, estudaremos os contratos especiais de trabalho.

Vamos, então, dar início a nossa aula de hoje! Aula 04: Contratos Especiais de Trabalho: Trabalho Rural (Lei nº. 5.889, de 08/06/73 e Decreto nº. 73.626 de 12/02/74); Trabalho Temporário (Lei nº. 6.019, de 03/01/74 e Decreto nº. 73.841, de 13/03/74); Trabalho Portuário (Lei 9.719, de 27/11/98); 4.1. Trabalho Rural: A relação de emprego entre o empregado e o empregador rural será configurada quando estiverem presentes todos os elementos fático-jurídicos (pessoalidade, não-eventualidade, pessoa física ou natural, onerosidade e subordinação jurídica) da relação de emprego. Além disso, a prestação de serviços deverá ser para o empregador rural (aquele que exerce atividade agroeconômica). Considera-se atividade agroeconômica a atividade agrícola, pastoril ou pecuária que não se destina, exclusivamente, ao consumo de seus proprietários. A lei 5.889/73, que regulamenta o trabalho rural, considera atividade agroeconômica a indústria rural, ou seja, a atividade de cunho industrial desenvolvida em estabelecimento agrário. Observem a classificação que o TST adotou:

OJ 419. SDI-1. ENQUADRAMENTO. EMPREGADO QUE EXERCE ATIVIDADE EM EMPRESA AGROINDUSTRIAL. DEFINIÇÃO PELA ATIVIDADE PREPONDERANTE DA EMPRESA. (DEJT divulgado em 28 e 29.06.2012 e 02.07.2012). Considera-se rurícola empregado que, a despeito da atividade exercida, presta serviços a empregador agroindustrial (art. 3º, § 1º, da Lei nº 5.889, de 08.06.1973), visto que, neste caso, é a atividade preponderante da empresa que determina o enquadramento.

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O art.2º da Lei 5.889/73 conceitua o empregado rural como sendo a pessoa física que em propriedade rural ou prédio rústico, presta serviços não-eventuais, ao empregador rural, mediante dependência e salário.

Art. 2º da Lei 5.889/73Empregado rural é toda pessoa física que, em propriedade rural ou prédio rústico, presta serviços de natureza não eventual a empregador rural, sob a dependência deste e mediante salário.

Por “prédio rústico” devemos entender o estabelecimento rudimentar que disponha de poucas máquinas, ou até mesmo de nenhuma. Exemplificando, podemos citar um terreno no qual o agricultor planta de forma rudimentar, alfaces para vender na feira da cidade. Neste caso, os empregados deste agricultor serão considerados empregados rurais.

A referida lei traz, também, o conceito de empregador rural como sendo a pessoa física ou jurídica, proprietária ou não que explore atividade agroeconômica, em caráter permanente ou temporário, diretamente ou através de prepostos. É importante destacar que mesmo no caso do exemplo mencionado, no início da aula, caso o terreno esteja localizado na cidade, este agricultor será considerado empregador rural.

Art. 3º da Lei 5.889/73 Considera-se empregador, rural, para os efeitos desta Lei, a pessoa física ou jurídica, proprietário ou não, que explore atividade agro-econômica, em caráter permanente ou temporário, diretamente ou através de prepostos e com auxílio de empregado.

§ 1º Inclui-se na atividade econômica, referida no "caput" deste artigo, a exploração industrial em estabelecimento agrário não compreendido na Consolidação das Leis do Trabalho.

Art. 4º da Lei 5.889/73 Equipara-se ao empregador rural, a pessoa física ou jurídica que, habitualmente, em caráter profissional, e por conta de terceiros, execute serviços de natureza agrária, mediante utilização do trabalho de outrem.

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Importante dizer que se equipara ao empregador rural pessoa física o consórcio simplificado de produtores rurais, sendo a responsabilidade de todos solidária. Controvérsias doutrinárias: 1ª Corrente (Alice Monteiro de Barros): O conceito de empregado

rural está ligado aos métodos de execução do trabalho, assim quando o empregado executar os seus serviços de forma subordinada, com pessoalidade, onerosidade e não-eventualidade, sem correr os riscos do negócio, na agricultura, pecuária e no campo ele será considerado empregado rural.

2ª Corrente (Maurício Godinho Delgado): O jurista para definir se o

empregado é ou não rurícola utiliza dois requisitos: a atividade preponderante do empregador e o local de trabalho. Assim para esta teoria além do empregador explorar atividade rural o empregado deverá trabalhar em prédio rústico ou propriedade rural.

DICA 01: Os empregados rurais poderão ser classificados em dois

tipos: empregado rural e safrista. Contrato de safra é o pacto empregatício rural a prazo, cujo termo

final seja fixado em função das variações estacionais da atividade agrária.

O parágrafo único do art. 14 da Lei 5.889/73 conceitua o contrato de

safra como aquele que tenha a sua duração dependente de variações estacionais da atividade agrária, sendo um contrato por prazo determinado.

O termo final do contrato de safra é incerto (certus an, incertus

quando). Pelo tipo de serviço contratado (colheita) não é possível fixar de modo taxativo a exata data de término da prestação pactuada.

Expirado normalmente o contrato, a empresa pagará ao safrista, a

título de indenização do tempo de serviço, importância correspondente a 1/12 (um doze avos) do salário mensal, por mês de serviço ou fração superior a 14 (quatorze) dias.

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Em relação à indenização prevista na lei para o safrista, há duas

correntes doutrinárias: 1ª) A Constituição Federal de 1988 revogou a indenização do

empregado safrista, prevista no art. 14 da Lei 5.889/73. Agora, prevalece o regime do FGTS.

2ª) A indenização do contrato de safra não se confunde com a

indenização tradicional da CLT, uma vez que o contrato de safra é de prazo determinado. Prevalece a indenização. Esta corrente entende que não haverá bis in idem o pagamento da referida indenização e os saques dos depósitos do FGTS. DICA 02: O gato ou turmeiro são os agenciadores do trabalho do

bóia-fria e não estabelecem vínculo de emprego com o bóia-fria. São considerados meros intermediários, não possuindo em geral capacidade econômica para suportar os riscos do negócio, podendo ser muitas vezes considerado empregado.

DICA 03: Quanto ao bóia-fria ou volante há controvérsias na

doutrina se ele será ou não considerado empregado: 1ª. Vertente: (Vólia Bonfim). Considera que ele é trabalhador

eventual porque ao prestar os seus serviços o faz, sem o requisito da pessoalidade, não podendo falar-se em empregado por estar ausente um dos requisitos da relação de emprego na prestação de seus serviços.

2ª. Vertente: (Alice Monteiro de Barros). Defende a corrente de que ele é considerado empregado porque nas atividades por ele desempenhada há necessidade de permanente mão-de-obra.

Acompanho a professora Vólia Bonfim, porque considero que o “bóia-

fria” é de fato um trabalhador eventual, uma vez que presta serviços a diversos tomadores, não se fixando a nenhum deles e também, pelo fato de estar ausente a pessoalidade na prestação de serviços, requisito indispensável para que um trabalhador seja considerado empregado.

DICA 04: A OJ 315 foi abordada na última prova de AFT em 2010. O motorista de empresa cuja atividade seja preponderantemente

rural é considerado empregado rural, porque não enfrenta o trânsito das cidades, sendo esta a orientação jurisprudencial do TST.

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OJ 315 da SDI- 1 do TST É considerado trabalhador rural o motorista que trabalha no âmbito de empresa cuja atividade é preponderantemente rural, considerando que, de modo geral, não enfrenta o trânsito das estradas e cidades. Há também a classificação dos empregados que trabalham em empresa de reflorestamento. O TST classifica os empregados que trabalhem nas empresas de reflorestamento como empregados rurais, através da Orientação Jurisprudencial 38. OJ 38 da SDI – 1 do TST EMPREGADO QUE EXERCE ATIVIDADE RURAL. EMPRESA DE REFLORESTAMENTO. PRESCRIÇÃO PRÓPRIA DO RURÍCOLA. (LEI Nº 5.889/73, ART. 10 E DECRETO Nº 73.626/74, ART. 2º, § 4º).

Há atividades rurais como o parceiro, o meeiro e o arrendatário que

correm os riscos do negócio, não possuindo vínculo com o empregador rural, são elas:

� Parceria é o contrato pelo qual um indivíduo cede a outro

determinado imóvel rural com o objetivo de nele desenvolver atividade de exploração agropecuária mediante participação nos lucros.

� Arrendamento é o contrato segundo o qual uma pessoa cede a

outra o uso e gozo da propriedade rural por prazo determinado mediante o pagamento de um aluguel.

� Meação é um contrato segundo o qual o proprietário da terra

terá direito a metade do que o parceiro produz.

É importante ressaltar que caso as modalidades de contrato acima descritas, sejam falsas (falsa parceria, falso arrendamento e falsa meação) dado o princípio da primazia da realidade o vínculo irá formar-se com o empregador rural.

O art. 3º da Lei do Trabalho Rural trata da figura do grupo

econômico, que irá processar-se nos mesmos moldes do grupo econômico urbano, sendo a responsabilidade também solidária passiva.

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Art. 3º da Lei 5.889/73 § 2º Sempre que uma ou mais empresas, embora tendo cada uma delas personalidade jurídica própria, estiverem sob direção, controle ou administração de outra, ou ainda quando, mesmo guardando cada uma sua autonomia, integrem grupo econômico ou financeiro rural, serão responsáveis solidariamente nas obrigações decorrentes da relação de emprego.

O Trabalho Rural traz algumas peculiaridades:

� O art. 1º da Lei 5.889/73 estabelece que as relações de trabalho rural serão reguladas por ela, e no que com ela não colidirem, pelas normas da Consolidação das Leis do Trabalho.

� Durante o prazo do aviso prévio, se a rescisão tiver sido promovida pelo empregador, o empregado rural terá direito a um dia por semana, sem prejuízo do salário integral, para procurar outro trabalho.

� Em qualquer trabalho contínuo de duração superior a seis horas, será obrigatória a concessão de um intervalo, para repouso ou alimentação, observados os usos e costumes da região, não se computando este intervalo na duração do trabalho.

� Entre duas jornadas de trabalho haverá um período mínimo de onze horas consecutivas para descanso.

� Nos serviços, caracteristicamente intermitentes, não serão computados, como de efeito exercício, os intervalos entre uma e outra parte da execução da tarefa diária, desde que tal hipótese seja expressamente ressalvada na Carteira de Trabalho e Previdência Social. Como exemplo de serviços intermitentes, podemos citar a ordenha das vacas para tirar o leite, pois o retireiro tira o leite de manhã, retornando à tarde para tirar o leite novamente.

� Considera-se trabalho noturno rural o executado entre as vinte e uma horas de um dia e as cinco horas do dia seguinte, na lavoura, e entre as vinte horas de um dia e as quatro horas do dia seguinte, na atividade pecuária.

� O Trabalho noturno terá um acréscimo de 25% (vinte e cinco por cento) sobre a remuneração normal.

� O empregado rural passou a ter direito ao FGTS a partir de 1988, com o advento da Constituição federal de 1988.

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� Toda propriedade rural, que mantenha ao seu serviço ou trabalhando em seus limites mais de cinqüenta famílias de trabalhadores de qualquer natureza, é obrigada a possuir e conservar em funcionamento escola primária, inteiramente gratuita, para os filhos destes, com tantas classes quantos sejam os filhos destes, com tantas classes quantos sejam os grupos de quarenta crianças em idade escolar.

É importante transcrever o art. 14-A que trata do Trabalho Rural, recentemente alterado:

Art. 14-A. O produtor rural pessoa física poderá realizar contratação de trabalhador rural por pequeno prazo para o exercício de atividades de natureza temporária. (Acrescentado pela L-011.718-2008) § 1º A contratação de trabalhador rural por pequeno prazo que, dentro do período de 1 (um) ano, superar 2 (dois) meses fica convertida em contrato de trabalho por prazo indeterminado, observando-se os termos da legislação aplicável. § 2º A filiação e a inscrição do trabalhador de que trata este artigo na Previdência Social decorrem, automaticamente, da sua inclusão pelo empregador na Guia de Recolhimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço e Informações à Previdência Social - GFIP, cabendo à Previdência Social instituir mecanismo que permita a sua identificação. § 3º O contrato de trabalho por pequeno prazo deverá ser formalizado mediante a inclusão do trabalhador na GFIP, na forma do disposto no § 2º deste artigo, e: I - mediante a anotação na Carteira de Trabalho e Previdência Social e em Livro ou Ficha de Registro de Empregados; ou II - mediante contrato escrito, em 2 (duas) vias, uma para cada parte, onde conste, no mínimo: a) expressa autorização em acordo coletivo ou convenção coletiva; b) identificação do produtor rural e do imóvel rural onde o trabalho será realizado e indicação da respectiva matrícula; c) identificação do trabalhador, com indicação do respectivo Número de Inscrição do Trabalhador - NIT.

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§ 4º A contratação de trabalhador rural por pequeno prazo só poderá ser realizada por produtor rural pessoa física, proprietário ou não, que explore diretamente atividade agroeconômica. § 5º A contribuição do segurado trabalhador rural contratado para prestar serviço na forma deste artigo é de 8% (oito por cento) sobre o respectivo salário-de-contribuição definido no inciso I do caput do art. 28 da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991. § 6º A não inclusão do trabalhador na GFIP pressupõe a inexistência de contratação na forma deste artigo, sem prejuízo de comprovação, por qualquer meio admitido em direito, da existência de relação jurídica diversa. § 7º Compete ao empregador fazer o recolhimento das contribuições previdenciárias nos termos da legislação vigente, cabendo à Previdência Social e à Receita Federal do Brasil instituir mecanismos que facilitem o acesso do trabalhador e da entidade sindical que o representa às informações sobre as contribuições recolhidas. § 8º São assegurados ao trabalhador rural contratado por pequeno prazo, além de remuneração equivalente à do trabalhador rural permanente, os demais direitos de natureza trabalhista. § 9º Todas as parcelas devidas ao trabalhador de que trata este artigo serão calculadas dia a dia e pagas diretamente a ele mediante recibo. § 10. O Fundo de Garantia do Tempo de Serviço - FGTS deverá ser recolhido e poderá ser levantado nos termos da Lei nº 8.036, de 11 de maio de 1990.

4.2. Trabalho Temporário: O art. 2º da Lei 6019/74 conceitua o trabalho temporário como aquele prestado por uma pessoa física a uma empresa, para atender a necessidade transitória de substituição de seu pessoal regular e permanente ou a acréscimo extraordinário de serviço.

Art. 2º da Lei 6019/74 - Trabalho temporário é aquele prestado por pessoa física a uma empresa, para atender à necessidade transitória de substituição de seu pessoal regular e permanente ou à acréscimo extraordinário de serviços.

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O trabalhador temporário é empregado da empresa de trabalho temporário que pode ser física ou jurídica urbana. Compreende-se como empresa de trabalho temporário a pessoa física ou jurídica urbana, cuja atividade consiste em colocar à disposição de outras empresas, temporariamente, trabalhadores, devidamente qualificados, por elas remunerados e assistidos.

Quando houver falência da empresa prestadora ou intermediadora do trabalho temporário a tomadora responderá solidariamente.

Art. 16 da Lei 6019/74 - No caso de falência da empresa de trabalho temporário, a empresa tomadora ou cliente é solidariamente responsável pelo recolhimento das contribuições previdenciárias, no tocante ao tempo em que o trabalhador esteve sob suas ordens, assim como em referência ao mesmo período, pela remuneração e indenização previstas nesta Lei.

Art. 18 da Lei 6019/74 É vedado à empresa do trabalho temporário cobrar do trabalhador qualquer importância, mesmo a título de mediação, podendo apenas efetuar os descontos previstos em Lei.

Parágrafo único. A infração deste artigo importa no cancelamento do registro para funcionamento da empresa de trabalho temporário, sem prejuízo das sanções administrativas e penais cabíveis.

Os principais requisitos para a validade do contrato de trabalho temporário são:

a) Contrato escrito entre empregado e a empresa intermediadora que é a empregadora

b) Contrato escrito entre a empresa prestadora e a tomadora contendo o motivo da contratação.

c) Duração máxima de 3 meses salvo autorização do MTE, desde que não exceda a 6 meses.

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É permitida a terceirização de atividade-fim, pois a Súmula 331 do

TST menciona que na hipótese de trabalho temporário a contratação de trabalhador por empresa interposta não será ilegal.

As empresas de trabalho temporário não poderão cobrar qualquer

importância do trabalhador temporário e também não poderão impedir que o tomador contrate o trabalhador ao final.

O art. 9º da lei ressalta que um destes dois motivos deverá constar

expressamente do contrato celebrado entre a tomadora dos serviços (empresa ou cliente) e a empresa de trabalho temporário, também chamada de fornecedora.

Art. 9º da Lei 6019/74 O contrato entre a empresa de trabalho temporário e a empresa tomadora de serviço ou cliente deverá ser obrigatoriamente escrito e dele deverá constar expressamente o motivo justificador da demanda de trabalho temporário, assim como as modalidades de remuneração da prestação de serviço.

Art. 11 da Lei 6019/74 - O contrato de trabalho celebrado entre empresa de trabalho temporário e cada um dos assalariados colocados à disposição de uma empresa tomadora ou cliente será, obrigatoriamente, escrito e dele deverão constar, expressamente, os direitos conferidos aos trabalhadores por esta Lei.

Parágrafo único. Será nula de pleno direito qualquer cláusula de reserva, proibindo a contratação do trabalhador pela empresa tomadora ou cliente ao fim do prazo em que tenha sido colocado à sua disposição pela empresa de trabalho temporário.

As empresas de trabalho temporário deverão preencher os requisitos do art. 6º sob pena do contrato se firmar diretamente com a tomadora de serviços.

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Art. 6º da Lei 6019/74 O pedido de registro para funcionar deverá ser instruído com os seguintes documentos:

a) prova de constituição da firma e de nacionalidade brasileira de seus sócios, com o competente registro na Junta Comercial da localidade em que tenha sede;

b) prova de possuir capital social de no mínimo quinhentas vezes o valor do maior salário mínimo vigente no País;

c) prova de entrega da relação de trabalhadores a que se refere o art. 360, da Consolidação as Leis do Trabalho, bem como apresentação do Certificado de Regularidade de Situação, fornecido pelo Instituto Nacional de Previdência Social;

d) prova de recolhimento da Contribuição Sindical;

e) prova da propriedade do imóvel-sede ou recibo referente ao último mês, relativo ao contrato de locação;

f) prova de inscrição no Cadastro Geral de Contribuintes do Ministério da Fazenda.

Parágrafo único. No caso de mudança de sede ou de abertura de filiais, agências ou escritórios é dispensada a apresentação dos documentos de que trata este artigo, exigindo-se, no entanto, o encaminhamento prévio ao Departamento Nacional de Mão-de-Obra de comunicação por escrito, com justificativa e endereço da nova sede ou das unidades operacionais da empresa.

O prazo máximo do contrato celebrado entre a tomadora e a fornecedora de mão-de-obra em relação a um mesmo empregado é de 90 dias, salvo autorização do ministério do Trabalho. O trabalhador que se submete a este tipo de contrato é empregado da empresa de trabalho temporário devendo este contrato também ser escrito. O contrato será nulo e acarretará a formação do vínculo de emprego com o tomador quando desrespeitadas as hipóteses do art. 2º da referida lei.

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A lei proíbe a contratação de estrangeiro como trabalhador temporário quando portador de visto provisório.

Os direitos do trabalhador temporário estão previstos no art. 12 da citada lei, além do direito ao FGTS previsto na Lei 8036/90.

Não há aviso prévio quando ocorrer a terminação do contrato de trabalho temporário.

Art. 12 da Lei 6019/74 Ficam assegurados ao trabalhador temporário os seguintes direitos:

a) remuneração equivalente à percebida pelos empregados de mesma categoria da empresa tomadora ou cliente, calculados à base horária, garantida, em qualquer hipótese, a percepção do salário mínimo regional;

b) jornada de oito horas, remuneradas as horas extraordinárias não excedentes de duas, com acréscimo de 20% (vinte por cento); 50% após CF/88

c) férias proporcionais, nos termos do artigo 25 da Lei nº 5107, de 13 de setembro de 1966;

d) repouso semanal remunerado;

e) adicional por trabalho noturno;

f) indenização por dispensa sem justa causa ou término normal do contrato, correspondente a 1/12 (um doze avos) do pagamento recebido;

g) seguro contra acidente do trabalho;

h) proteção previdenciária nos termos do disposto na Lei Orgânica da Previdência Social, com as alterações introduzidas pela Lei nº 5.890, de 8 de junho de 1973 (art. 5º, item III, letra "c" do Decreto nº 72.771, de 6 de setembro de 1973).

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§ 1º - Registrar-se-á na Carteira de Trabalho e Previdência Social do trabalhador sua condição de temporário.

§ 2º - A empresa tomadora ou cliente é obrigada a comunicar à empresa de trabalho temporário a ocorrência de todo acidente cuja vítima seja um assalariado posto à sua disposição, considerando-se local de trabalho, para efeito da legislação específica, tanto aquele onde se efetua a prestação do trabalho, quanto a sede da empresa de trabalho temporário.

Art. 13 da Lei 6019/74 - Constituem justa causa para rescisão do contrato do trabalhador temporário os atos e circunstâncias mencionados nos artigos 482 e 483, da Consolidação das Leis do Trabalho, ocorrentes entre o trabalhador e a empresa de trabalho temporário ou entre aquele e a empresa cliente onde estiver prestando serviço.

Art. 15 da Lei 6019/74 A Fiscalização do Trabalho poderá exigir da empresa tomadora ou cliente a apresentação do contrato firmado com a empresa de trabalho temporário, e, desta última o contrato firmado com o trabalhador, bem como a comprovação do respectivo recolhimento das contribuições.

4.3. Trabalho Portuário: Este tema foi abordado no último concurso de AFT realizado em 2010, através da Lei 9719/98! Observem a questão 01 desta aula! A ESAF aborda a literalidade da lei. Ao final, eu transcrevi a lei com destaques, para que vocês possam memorizar os conceitos e artigos mais importantes. A lei 8630/93 regulamentou de forma definitiva os portos organizados, prevendo que caberá à União a exploração direta ou indireta dos portos organizados. Por porto organizado devemos entender aquele que é constituído e aparelhado para atender as necessidades da navegação, da movimentação de passageiros ou da movimentação e armazenagem de mercadorias, concedido ou explorado pela União, cujo tráfego e operações portuárias estejam sob a jurisdição de uma autoridade portuária.

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O operador portuário é a pessoa jurídica que exerce a operação

portuária na área do porto por concessão pública. Cada operador portuário constituirá um órgão gestor de mão-de-obra para gerir e treinar os portuários e também para administrar o fornecimento de mão-de-obra avulsa, em sistema de rodízio.

Há o trabalhador portuário avulso e o trabalhador portuário

empregado. É oportuno fazer a distinção entre eles: o primeiro não terá vínculo de emprego nem com o órgão gestor de mão-de-obra e nem com o operador portuário (art. 20 da Lei 8.630/93). Ao passo que o segundo terá vínculo de emprego com o operador portuário (art. 26 d Lei 8630/93).

No caso do trabalhador portuário avulso, o órgão gestor de mão-de-

obra arrecada, repassa e providencia o recolhimento dos encargos trabalhistas fiscais e previdenciários, já com os percentuais referentes às férias, 13º salário e ao FGTS. Quanto ao empregado/trabalhador portuário o pagamento será feito diretamente pelo empregador.

Em relação ao trabalhador portuário temos as Orientações

Jurisprudenciais 60 e 316 da SDI-1 do TST que é importante transcrever: OJ 60 da SDI-1 do TST I - A hora noturna no regime de trabalho no porto, compreendida entre dezenove horas e sete horas do dia seguinte, é de sessenta minutos. II - Para o cálculo das horas extras prestadas pelos trabalhadores portuários, observar-se-á somente o salário básico percebido, excluídos os adicionais de risco e produtividade. OJ 316 da SDI-1 do TSTO adicional de risco dos portuários, previsto no art. 14 da Lei nº 4.860/65, deve ser proporcional ao tempo efetivo no serviço considerado sob risco e apenas concedido àqueles que prestam serviços na área portuária.

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Observem a literalidade da lei 9719/98:

LEI 9.719, DE 27 DE NOVEMBRO DE 1998.

Dispõe sobre normas e condições gerais de proteção ao trabalho portuário, institui multas pela inobservância de seus preceitos, e dá outras providências.

Art. 1o Observado o disposto nos arts. 18 e seu parágrafo único, 19 e seus parágrafos, 20, 21, 22, 25 e 27 e seus parágrafos, 29, 47, 49 e 56 e seu parágrafo único, da Lei no 8.630, de 25 de fevereiro de 1993, a mão-de-obra do trabalho portuário avulso deverá ser requisitada ao órgão gestor de mão-de-obra.

Art. 2o Para os fins previstos no art. 1o desta Lei:

I - cabe ao operador portuário recolher ao órgão gestor de mão-de-obra os valores devidos pelos serviços executados, referentes à remuneração por navio, acrescidos dos percentuais relativos a décimo terceiro salário, férias, Fundo de Garantia do Tempo de Serviço - FGTS, encargos fiscais e previdenciários, no prazo de vinte e quatro horas da realização do serviço, para viabilizar o pagamento ao trabalhador portuário avulso;

II - cabe ao órgão gestor de mão-de-obra efetuar o pagamento da remuneração pelos serviços executados e das parcelas referentes a décimo terceiro salário e férias, diretamente ao trabalhador portuário avulso.

§1o O pagamento da remuneração pelos serviços executados será feito no prazo de quarenta e oito horas após o término do serviço.

§2o Para efeito do disposto no inciso II, o órgão gestor de mão-de-obra depositará as parcelas referentes às férias e ao décimo terceiro salário, separada e respectivamente, em contas individuais vinculadas, a serem abertas e movimentadas às suas expensas, especialmente para este fim, em instituição bancária de sua livre escolha, sobre as quais deverão incidir rendimentos mensais com base nos parâmetros fixados para atualização dos saldos dos depósitos de poupança.

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§3o Os depósitos a que se refere o parágrafo anterior serão efetuados no dia 2 do mês seguinte ao da prestação do serviço, prorrogado o prazo para o primeiro dia útil subseqüente se o vencimento cair em dia em que não haja expediente bancário.

§4o O operador portuário e o órgão gestor de mão-de-obra são solidariamente responsáveis pelo pagamento dos encargos trabalhistas, das contribuições previdenciárias e demais obrigações, inclusive acessórias, devidas à Seguridade Social, arrecadadas pelo Instituto Nacional do Seguro Social - INSS, vedada a invocação do benefício de ordem.

§5o Os prazos previstos neste artigo podem ser alterados mediante convenção coletiva firmada entre entidades sindicais representativas dos trabalhadores e operadores portuários, observado o prazo legal para recolhimento dos encargos fiscais, trabalhistas e previdenciários.

§6o A liberação das parcelas referentes à décimo terceiro salário e férias, depositadas nas contas individuais vinculadas, e o recolhimento do FGTS e dos encargos fiscais e previdenciários serão efetuados conforme regulamentação do Poder Executivo.

Art. 3o O órgão gestor de mão-de-obra manterá o registro do trabalhador portuário avulso que:

I- for cedido ao operador portuário para trabalhar em caráter permanente;

II- constituir ou se associar a cooperativa formada para se estabelecer como operador portuário, na forma do art. 17 da Lei 8.630, de 1993.

§1o Enquanto durar a cessão ou a associação de que tratam os incisos I e II deste artigo, o trabalhador deixará de concorrer à escala como avulso.

§2o É vedado ao órgão gestor de mão-de-obra ceder trabalhador portuário avulso cadastrado a operador portuário, em caráter permanente.

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Art. 4o É assegurado ao trabalhador portuário avulso cadastrado no órgão gestor de mão-de-obra o direito de concorrer à escala diária complementando a equipe de trabalho do quadro dos registrados.

Art. 5o A escalação do trabalhador portuário avulso, em sistema de rodízio, será feita pelo órgão gestor de mão-de-obra.

Art. 6o Cabe ao operador portuário e ao órgão gestor de mão-de-obra verificar a presença, no local de trabalho, dos trabalhadores constantes da escala diária.

Parágrafo único. Somente fará jus à remuneração o trabalhador avulso que, constante da escala diária, estiver em efetivo serviço.

Art. 7o O órgão gestor de mão-de-obra deverá, quando exigido pela fiscalização do Ministério do Trabalho e do INSS, exibir as listas de escalação diária dos trabalhadores portuários avulsos, por operador portuário e por navio.

Parágrafo único. Caberá exclusivamente ao órgão gestor de mão-de-obra a responsabilidade pela exatidão dos dados lançados nas listas diárias referidas no caput deste artigo, assegurando que não haja preterição do trabalhador regularmente registrado e simultaneidade na escalação.

Art. 8o Na escalação diária do trabalhador portuário avulso deverá sempre ser observado um intervalo mínimo de onze horas consecutivas entre duas jornadas, salvo em situações excepcionais, constantes de acordo ou convenção coletiva de trabalho.

Art. 9o Compete ao órgão gestor de mão-de-obra, ao operador portuário e ao empregador, conforme o caso, cumprir e fazer cumprir as normas concernentes a saúde e segurança do trabalho portuário.

Parágrafo único. O Ministério do Trabalho estabelecerá as normas regulamentadoras de que trata o caput deste artigo.

Atenção: O art. 10º refere-se à aplicação de multa e deverá ser sempre atualizado. Assim, evitei transcrevê-lo aqui.

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Art. 11. O descumprimento dos arts. 22, 25 e 28 da Lei 8.630, de 1993, sujeitará o infrator à multa prevista no inciso I, e o dos arts. 26 e 45 da mesma Lei à multa prevista no inciso III do artigo anterior, sem prejuízo das demais sanções cabíveis.

Art. 12. O processo de autuação e imposição das multas prevista nesta Lei obedecerá ao disposto no Título VII da Consolidação das Leis do Trabalho ou na legislação previdenciária, conforme o caso.

Art. 13. Esta Lei também se aplica aos requisitantes de mão-de-obra de trabalhador portuário avulso junto ao órgão gestor de mão-de-obra que não sejam operadores portuários.

Art. 14. Compete ao Ministério do Trabalho e ao INSS a fiscalização da observância das disposições contidas nesta Lei, devendo as autoridades de que trata o art. 3o da Lei no 8.630, de 1993, colaborar com os Agentes da Inspeção do Trabalho e Fiscais do INSS em sua ação fiscalizadora, nas instalações portuárias ou a bordo de navios.

4.4. Questões sem comentários: 1. (ESAF-AFT- 2010) Assinale a opção correta. a) O operador portuário é o responsável principal pelo pagamento dos encargos trabalhistas, das contribuições previdenciárias e demais obrigações devidas ao trabalhador portuário, enquanto o órgão gestor de mão-de-obra detém responsabilidade subsidiária por tais encargos. b) O caráter educativo do trabalho desenvolvido pelo adolescente, no curso de programa social sob responsabilidade de entidade governamental ou não governamental sem fins lucrativos, é descaracterizado quando há participação na venda dos produtos da atividade exercida. c) Cabe ao operador portuário efetuar o pagamento da remuneração pelos serviços executados e das parcelas referentes a décimo terceiro salário e férias, diretamente ao trabalhador portuário avulso. d) É proibido qualquer trabalho aos menores de 14 (quatorze) anos de idade, salvo na condição de aprendiz, hipótese em que serão assegurados ao adolescente apenas os direitos trabalhistas. e) Salvo em situações excepcionais, constantes de acordo ou convenção coletiva de trabalho, na escalação diária do trabalhador portuário avulso deverá sempre ser observado um intervalo mínimo de onze horas consecutivas entre duas jornadas.

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2. (ESAF - Juiz do Trabalho Substituto - TRT 7ª Região – 2005) Justifica-se a celebração de contrato de trabalho temporário para atender à necessidade transitória de substituição de seu pessoal regular e permanente ou a acréscimo extraordinário de serviços, devendo a duração desse contrato não exceder três meses, facultada uma prorrogação, por idêntico prazo, por convenção das partes. 3. (ESAF – Auditor Fiscal do Trabalho/2006) O trabalho temporário não é considerado terceirizado porque a relação justrabalhista de que participa é bilateral. 4. (FCC – Analista Judiciário Execução de Mandados - TRT 16ª Região – 2009) Considere as assertivas abaixo a respeito do trabalho temporário. I. Em regra, o contrato entre a empresa de trabalho temporário e a empresa tomadora ou cliente, com relação a um mesmo empregado, não poderá exceder de cento e vinte dias. II. É devido ao trabalhador temporário, dentre outras verbas, adicional noturno, horas extras e aviso prévio. III. O trabalhador temporário poderá ser dispensado com justa causa, como também poderá requerer a rescisão indireta. IV. O estrangeiro portador de visto provisório ou definitivo poderá ser contratado como trabalhador temporário. Está correto o que se afirma APENAS em (A) II e III. (B) III e IV. (C) III. (D) I e II. (E) II. 5. (ESAF- AFT- 2006) O trabalho temporário

a) Equivale ao trabalhador admitido pela tomadora por prazo certo. b) Deve atender à necessidade transitória de substituição do pessoal

regular e permanente de certa tomadora ou ao acréscimo extraordinário de serviços.

c) Pode permanecer como tal, prestando serviços para a tomadora na mesma condição, caso o acréscimo extraordinário de serviços resulte patamar rotineiro mais elevado de produção.

d) Pode receber o pagamento devido pela prestação de serviços tanto da empresa de trabalho temporário quanto diretamente do tomador, desde que se documente a quitação.

e) Não é considerado terceirizado porque a relação justrabalhista de que participa é bilateral.

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6. (Juiz do Trabalho – TRT-MG-2009) Sobre o trabalho rural, leia as afirmações abaixo e, em seguida, assinale a alternativa correta: I. A definição legal de empregado rural é vinculada à situação geográfica da propriedade, que deve ser em zona rural, ou ao tipo de prédio, que deve ser rústico. Por isso, nos termos da jurisprudência consolidada do Tribunal Superior do Trabalho, o empregado que exerce atividade rural para empresa de reflorestamento, será considerado rurícola. II. Somente pode ser considerado, segundo o critério legal, empregador rural quem explore atividade agroeconômica em caráter permanente. III. O contrato de safra é expressamente mencionado na Lei do Trabalho Rural, que o define como o que tem sua duração dependente de variações estacionais da atividade agrária. É considerado um contrato a termo, em geral, incerto. IV. A Lei do Trabalho Rural dispõe que o empregado rural tem direito ao intervalo intrajornada, quando essa for superior a seis horas, mas não estabelece duração desse intervalo, dando certa flexibilidade, observados os usos e costumes da região. V. Nos termos da orientação jurisprudencial do Tribunal Superior do Trabalho, o prazo prescricional da pretensão do rurícola, cujo contrato de emprego já se extinguira ao sobrevir a Emenda Constitucional n. 28, tenha sido ou não ajuizada a ação trabalhista, prossegue regido pela lei vigente ao tempo da extinção do contrato de emprego. a) Somente uma afirmativa está correta. b) Somente duas afirmativas estão corretas. c) Somente três afirmativas estão corretas. d) Somente quatro afirmativas estão corretas. e) Todas as afirmativas estão corretas. 7. (Juiz do Trabalho – TRT-MG- 2009) Sobre o Trabalho Temporário, leia as afirmações abaixo e, em seguida, assinale a alternativa correta: I. O contrato de trabalho temporário é preponderantemente considerado um contrato a termo. II. Embora o trabalhador preste serviços efetivos à empresa cliente, o vínculo de emprego estabelece-se com a empresa tomadora, o que rompe com a dualidade clássica celetista. III. As hipóteses legais de pactuação do trabalho temporário são acréscimo extraordinário de serviços ou necessidade permanente de substituição de seu pessoal regular. IV. O contrato de trabalho temporário obedece a regra geral de inexigibilidade de observância de formalidade na sua pactuação.

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V. O prazo máximo é de três meses para a utilização pela empresa tomadora dos serviços de um mesmo trabalhador temporário, salvo autorização conferida pelo órgão local do Ministério do Trabalho e Emprego. a) Somente uma afirmativa está correta. b) Somente duas afirmativas estão corretas. c) Somente três afirmativas estão corretas. d) Somente quatro afirmativas estão corretas. e) Todas as afirmativas estão corretas. 8. (Juiz do Trabalho – TRT-MG- 2009) A respeito do trabalho avulso, leia as afirmações abaixo e, em seguida, assinale a alternativa correta: I. Entre as finalidades do órgão gestor de mão-de-obra está a de selecionar e registrar o trabalhador portuário avulso e estabelecer o número de vagas, a forma e a periodicidade para acesso ao registro do trabalhador portuário avulso. II. O órgão de gestão de mão-de-obra pode ceder trabalhador portuário avulso em caráter permanente, ao operador portuário. III. O órgão de gestão de mão-de-obra não responde pelos prejuízos causados pelos trabalhadores portuários avulsos aos tomadores dos seus serviços ou a terceiros. IV. O órgão de gestão de mão-de-obra responde, solidariamente com os operadores portuários, pela remuneração devida ao trabalhador portuário avulso. V. A remuneração, a definição das funções, a composição dos termos e as demais condições do trabalho portuário avulso serão objeto de negociação entre as entidades representativas dos trabalhadores portuários avulsos e dos operadores portuários. a) Somente uma afirmativa está correta. b) Somente duas afirmativas estão corretas. c) Somente três afirmativas estão corretas. d) Somente quatro afirmativas estão corretas. e) Todas as afirmativas estão corretas. ------------------------------------------------------------------------- Marquem aqui o Gabarito de vocês: 1. 3. 5. 7. 2. 4. 6. 8. -------------------------------------------------------------------------

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4.5. Questões comentadas: 1. (ESAF-AFT- 2010) Assinale a opção correta. a) O operador portuário é o responsável principal pelo pagamento dos encargos trabalhistas, das contribuições previdenciárias e demais obrigações devidas ao trabalhador portuário, enquanto o órgão gestor de mão-de-obra detém responsabilidade subsidiária por tais encargos. b) O caráter educativo do trabalho desenvolvido pelo adolescente, no curso de programa social sob responsabilidade de entidade governamental ou não governamental sem fins lucrativos, é descaracterizado quando há participação na venda dos produtos da atividade exercida. c) Cabe ao operador portuário efetuar o pagamento da remuneração pelos serviços executados e das parcelas referentes a décimo terceiro salário e férias, diretamente ao trabalhador portuário avulso. d) É proibido qualquer trabalho aos menores de 14 (quatorze) anos de idade, salvo na condição de aprendiz, hipótese em que serão assegurados ao adolescente apenas os direitos trabalhistas. e) Salvo em situações excepcionais, constantes de acordo ou convenção coletiva de trabalho, na escalação diária do trabalhador portuário avulso deverá sempre ser observado um intervalo mínimo de onze horas consecutivas entre duas jornadas. Comentários: a) Incorreta. O parágrafo 4º do art. 2º da Lei 9.719 de 1988 estabelece que o operador portuário e o órgão gestor de mão-de-obra serão solidariamente responsáveis pelo pagamento dos encargos trabalhistas, das contribuições previdenciárias e demais obrigações. Portanto a assertiva ao afirmar que a responsabilidade será subsidiária violou a Lei 9.719 de 1988. b) Incorreta. O art. 68 do Estatuto da Criança e do Adolescente estabelece que o programa social que tenha por base o trabalho educativo, sob responsabilidade de entidade governamental ou não-governamental sem fins lucrativos, deverá assegurar ao adolescente que dele participe condições de capacitação para o exercício de atividade regular remunerada.

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O parágrafo segundo do art. 68º dispõe que a remuneração que o adolescente recebe pelo trabalho efetuado ou a participação na venda dos produtos de seu trabalho não desfigura o caráter educativo. c) Incorreta. O art. 2º, II da Lei 9.719 de 1988 estabelece que caberá ao órgão gestor de mão-de-obra efetuar o pagamento da remuneração pelos serviços executados e das parcelas referentes ao décimo terceiro salário e férias, diretamente ao trabalhador portuário avulso. d) Incorreta. A idade mínima para celebração do contrato de aprendizagem é de 14 anos de idade e a idade máxima é de 24 anos, salvo o portador de deficiência que não terá idade limite. e) Correta (art. 8º da Lei 9.719/98). 2. (ESAF - Juiz do Trabalho Substituto - TRT 7ª Região – 2005) Justifica-se a celebração de contrato de trabalho temporário para atender à necessidade transitória de substituição de seu pessoal regular e permanente ou a acréscimo extraordinário de serviços, devendo a duração desse contrato não exceder três meses, facultada uma prorrogação, por idêntico prazo, por convenção das partes. (Errada). O prazo máximo do contrato celebrado entre a tomadora e a fornecedora de mão-de-obra em relação a um mesmo empregado é de 90 dias, salvo autorização do ministério do Trabalho e não por convenção das partes como dispõe a questão.

É importante mencionar que o trabalhador temporário é empregado da empresa de trabalho temporário que pode ser física ou jurídica urbana e que quando houver falência da empresa prestadora ou intermediadora do trabalho temporário a tomadora responderá solidariamente.

3. (ESAF – Auditor Fiscal do Trabalho/2006) O trabalho temporário não é considerado terceirizado porque a relação justrabalhista de que participa é bilateral.

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(Errada). O trabalhador temporário é considerado empregado da empresa prestadora de serviços e será permitida a terceirização de atividade fim sem descaracterizar a intermediação de mão-de-obra realizada através da empresa interposta (Súmula 331, I do TST.). Sendo, portanto terceirizado o trabalho temporário. 4. (FCC – Analista Judiciário Execução de Mandados - TRT 16ª Região – 2009) Considere as assertivas abaixo a respeito do trabalho temporário. I. Em regra, o contrato entre a empresa de trabalho temporário e a empresa tomadora ou cliente, com relação a um mesmo empregado, não poderá exceder de cento e vinte dias. II. É devido ao trabalhador temporário, dentre outras verbas, adicional noturno, horas extras e aviso prévio. III. O trabalhador temporário poderá ser dispensado com justa causa, como também poderá requerer a rescisão indireta. IV. O estrangeiro portador de visto provisório ou definitivo poderá ser contratado como trabalhador temporário. Está correto o que se afirma APENAS em (A) II e III. (B) III e IV. (C) III. (D) I e II. (E) II. Comentários: Letra C. A Lei 6019/74 autoriza a intermediação de mão-de-obra, para atender a necessidade transitória de substituição de pessoal regular e permanente do tomador de serviços, bem como no caso de acréscimo extraordinário de serviços. Vejamos os erros das assertivas:

I. Errada. A lei fala em seu artigo décimo que este contrato não poderá exceder á três meses.

II. Errada. Os direitos do trabalhador temporário estão previstos

no art. 12 da citada lei, além do direito ao FGTS previsto na Lei 8036/90. Não há aviso prévio, quando ocorrer à terminação do contrato de trabalho temporário.

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III. Correta.

Art. 13 da Lei 6019/74 - Constituem justa causa para rescisão do contrato do trabalhador temporário os atos e circunstâncias mencionados nos artigos 482 e 483, da Consolidação das Leis do Trabalho, ocorrentes entre o trabalhador e a empresa de trabalho temporário ou entre aquele e a empresa cliente onde estiver prestando serviço.

IV. Errada. A lei proíbe a contratação de estrangeiro como trabalhador temporário quando portador de visto provisório. 5. (ESAF- AFT- 2006) O trabalho temporário

a) Equivale ao trabalhador admitido pela tomadora por prazo certo. b) Deve atender à necessidade transitória de substituição do pessoal

regular e permanente de certa tomadora ou ao acréscimo extraordinário de serviços.

c) Pode permanecer como tal, prestando serviços para a tomadora na mesma condição, caso o acréscimo extraordinário de serviços resulte patamar rotineiro mais elevado de produção.

d) Pode receber o pagamento devido pela prestação de serviços tanto da empresa de trabalho temporário quanto diretamente do tomador, desde que se documente a quitação.

e) Não é considerado terceirizado porque a relação justrabalhista de que participa é bilateral.

Comentários: A Lei 6019/74 autoriza a intermediação de mão-de-obra para atender a necessidade transitória de substituição de pessoal regular e permanente do tomador de serviços, bem como no caso de acréscimo extraordinário de serviços. Somente nessas duas hipóteses são permitidas a pactuação do contrato temporário. Portanto correta a letra “b”. O trabalhador temporário é considerado empregado da empresa prestadora de serviços e será permitida a terceirização de atividade fim sem descaracterizar a intermediação de mão-de-obra realizada através da empresa interposta (Súmula 331, I do TST.) Ressalta-se a mão de obra deverá ser contratada com remuneração equivalente à percebida pelos empregados da mesma categoria em sua totalidade.

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O art. 2º da Lei 6019/74 conceitua o trabalho temporário como aquele prestado por uma pessoa física a uma empresa, para atender a necessidade transitória de substituição de seu pessoal regular e permanente ou a acréscimo extraordinário de serviço.

Art. 2º da Lei 6019/74 - Trabalho temporário é aquele prestado por pessoa física a uma empresa, para atender à necessidade transitória de substituição de seu pessoal regular e permanente ou à acréscimo extraordinário de serviços.

O trabalhador temporário é empregado da empresa de trabalho temporário que pode ser física ou jurídica urbana. Compreende-se como empresa de trabalho temporário a pessoa física ou jurídica urbana, cuja atividade consiste em colocar à disposição de outras empresas, temporariamente, trabalhadores, devidamente qualificados, por elas remunerados e assistidos.

Quando houver falência da empresa prestadora ou intermediadora do trabalho temporário a tomadora responderá solidariamente.

6. (Juiz do Trabalho – TRT-MG-2009) Sobre o trabalho rural, leia as afirmações abaixo e, em seguida, assinale a alternativa correta: I. A definição legal de empregado rural é vinculada à situação geográfica da propriedade, que deve ser em zona rural, ou ao tipo de prédio, que deve ser rústico. Por isso, nos termos da jurisprudência consolidada do Tribunal Superior do Trabalho, o empregado que exerce atividade rural para empresa de reflorestamento, será considerado rurícola. II. Somente pode ser considerado, segundo o critério legal, empregador rural quem explore atividade agroeconômica em caráter permanente. III. O contrato de safra é expressamente mencionado na Lei do Trabalho Rural, que o define como o que tem sua duração dependente de variações estacionais da atividade agrária. É considerado um contrato a termo, em geral, incerto. IV. A Lei do Trabalho Rural dispõe que o empregado rural tem direito ao intervalo intrajornada, quando essa for superior a seis horas, mas não estabelece duração desse intervalo, dando certa flexibilidade, observados os usos e costumes da região. V. Nos termos da orientação jurisprudencial do Tribunal Superior do Trabalho, o prazo prescricional da pretensão do rurícola, cujo contrato de emprego já se extinguira ao sobrevir a Emenda Constitucional n. 28, tenha sido ou não ajuizada a ação trabalhista, prossegue regido pela lei vigente ao tempo da extinção do contrato de emprego.

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a) Somente uma afirmativa está correta. b) Somente duas afirmativas estão corretas. c) Somente três afirmativas estão corretas. d) Somente quatro afirmativas estão corretas. e) Todas as afirmativas estão corretas. Comentários: Letra D. I - Certa. OJ 38 da SDI – 1 do TST EMPREGADO QUE EXERCE ATIVIDADE RURAL. EMPRESA DE REFLORESTAMENTO. PRESCRIÇÃO PRÓPRIA DO RURÍCOLA. (LEI Nº 5.889/73, ART. 10 E DECRETO Nº 73.626/74, ART. 2º, § 4º). II - Errada.

Art. 3º da Lei 5.889/73 “Considera-se empregador, rural, para os efeitos desta Lei, a pessoa física ou jurídica, proprietário ou não, que explore atividade agro-econômica, em caráter permanente ou temporário, diretamente ou através de prepostos e com auxílio de empregados”.

§ 1º Inclui-se na atividade econômica, referida no "caput" deste artigo, a exploração industrial em estabelecimento agrário não compreendido na Consolidação das Leis do Trabalho.

Art. 4º da Lei 5.889/73 Equipara-se ao empregador rural, a pessoa física ou jurídica que, habitualmente, em caráter profissional, e por conta de terceiros, execute serviços de natureza agrária, mediante utilização do trabalho de outrem.

III- Certa. Os empregados rurais poderão ser classificados em dois tipos: empregado rural e safrista. O parágrafo único do art. 14 da Lei 5.889/73 conceitua contrato de safra como o que tenha a sua duração dependente de variações estacionais da atividade agrária, sendo um contratado por prazo determinado. IV- Certa (art. 5º da Lei 5.889/73). V- Certa (OJ 271 da SDI-I do TST).

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7. (Juiz do Trabalho – TRT-MG- 2009) Sobre o Trabalho Temporário, leia as afirmações abaixo e, em seguida, assinale a alternativa correta: I. O contrato de trabalho temporário é preponderantemente considerado um contrato a termo. II. Embora o trabalhador preste serviços efetivos à empresa cliente, o vínculo de emprego estabelece-se com a empresa tomadora, o que rompe com a dualidade clássica celetista. III. As hipóteses legais de pactuação do trabalho temporário são acréscimo extraordinário de serviços ou necessidade permanente de substituição de seu pessoal regular. IV. O contrato de trabalho temporário obedece a regra geral de inexigibilidade de observância de formalidade na sua pactuação. V. O prazo máximo é de três meses para a utilização pela empresa tomadora dos serviços de um mesmo trabalhador temporário, salvo autorização conferida pelo órgão local do Ministério do Trabalho e Emprego. a) Somente uma afirmativa está correta. b) Somente duas afirmativas estão corretas. c) Somente três afirmativas estão corretas. d) Somente quatro afirmativas estão corretas. e) Todas as afirmativas estão corretas. Comentários: Letra B. I - Certa. O contrato de trabalho temporário é um contrato de prazo determinado ou a termo.

II- Errada. O trabalho temporário é regido pela Lei n° 6.019/74, e não pela CLT. O vínculo trabalhista do trabalhador temporário, ou seja, a relação de emprego, não se forma entre o cliente tomador dos serviços e o trabalhador, mas sim entre este e a empresa de trabalho temporário, que arcará com todos os direitos trabalhistas.

III- Errada. O art. 2º da Lei 6019/74 conceitua o trabalho temporário como aquele prestado por uma pessoa física a uma empresa, para atender a necessidade transitória de substituição de seu pessoal regular e permanente ou a acréscimo extraordinário de serviço.

Art. 2º da Lei 6019/74 - Trabalho temporário é aquele prestado por pessoa física a uma empresa, para atender à necessidade transitória de substituição de seu pessoal regular e permanente ou à acréscimo extraordinário de serviços.

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IV - Errada. O contrato deverá ser obrigatoriamente escrito.

Art. 9º da Lei 6019/74 O contrato entre a empresa de trabalho temporário e a empresa tomadora de serviço ou cliente deverá ser obrigatoriamente escrito e dele deverá constar expressamente o motivo justificador da demanda de trabalho temporário, assim como as modalidades de remuneração da prestação de serviço.

Art. 11 da Lei 6019/74 - O contrato de trabalho celebrado entre empresa de trabalho temporário e cada um dos assalariados colocados à disposição de uma empresa tomadora ou cliente será, obrigatoriamente, escrito e dele deverão constar, expressamente, os direitos conferidos aos trabalhadores por esta Lei.

Parágrafo único. Será nula de pleno direito qualquer cláusula de reserva, proibindo a contratação do trabalhador pela empresa tomadora ou cliente ao fim do prazo em que tenha sido colocado à sua disposição pela empresa de trabalho temporário.

V - Certa. Os principais requisitos para a validade do contrato de trabalho temporário são: contrato escrito entre empregado e a empresa intermediadora que é a empregadora; contrato escrito entre a empresa prestadora e a tomadora contendo o motivo da contratação; Duração máxima de 3 meses salvo autorização do Ministério do Trabalho e Emprego, desde que não exceda a 6 meses. 8. (Juiz do Trabalho – TRT-MG- 2009) A respeito do trabalho avulso, leia as afirmações abaixo e, em seguida, assinale a alternativa correta: I. Entre as finalidades do órgão gestor de mão-de-obra está a de selecionar e registrar o trabalhador portuário avulso e estabelecer o número de vagas, a forma e a periodicidade para acesso ao registro do trabalhador portuário avulso. II. O órgão de gestão de mão-de-obra pode ceder trabalhador portuário avulso em caráter permanente, ao operador portuário. III. O órgão de gestão de mão-de-obra não responde pelos prejuízos causados pelos trabalhadores portuários avulsos aos tomadores dos seus serviços ou a terceiros.

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IV. O órgão de gestão de mão-de-obra responde, solidariamente com os operadores portuários, pela remuneração devida ao trabalhador portuário avulso. V. A remuneração, a definição das funções, a composição dos termos e as demais condições do trabalho portuário avulso serão objeto de negociação entre as entidades representativas dos trabalhadores portuários avulsos e dos operadores portuários. a) Somente uma afirmativa está correta. b) Somente duas afirmativas estão corretas. c) Somente três afirmativas estão corretas. d) Somente quatro afirmativas estão corretas. e) Todas as afirmativas estão corretas. Comentários: Letra E (Leis 8.630/93 e 9.719/98). Bem pessoal! A nossa quarta aula chegou ao final! Devido à carência de questões ESAF em relação ao tema, apresentei questões de outras bancas. Muita luz! Fiquem com Deus! Abraços a todos, Déborah Paiva [email protected] [email protected]