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CURSO ON-LINE – LEGISLAÇÃO ESPECIAL P/ ANALISTAS – TJDFT PROFESSOR: MARCOS GIRÃO www.pontodosconcursos.com.br 1 AULA – 06 Olá caro aluno e mais do que nunca FUTURO ANALISTA DO TJDFT !! É chegada a nossa última aula dessa grande jornada!! Para vocês um alívio e para mim um sentimento saudoso pelo fim da caminhada com todos... Mas a missão ainda não terminou e, neste último encontro, trataremos de um assunto bastante interessante e bem cobrado em provas: a Lei nº 9.099/95, Lei que institui os Juizados Especiais Cíveis e Criminais. Trata-se de uma norma bastante tranquila e simples de ser estudada. O intuito aqui será o de facilitar o seu entendimento e trazendo o estudo da norma da forma mais objetiva e eficaz possível. Para falar bem a verdade, o grande foco de questões de concursos sobre essa norma são os Juizados Especiais Criminais. No entanto, nosso estudo não se limitará somente a eles. Considerei importante tratarmos primeiramente dos Juizados Especiais Cíveis, pois além de também serem aqui e acolá cobrados em provas, servem de boa base para o entendimento dos Especiais Criminais. Trarei também nesta aula as principais disposições a respeito da Lei nº 10.259/01 que instituiu os Juizados Especiais Federais (Cíveis e Criminais). Você verá que as questões ficarão bem fáceis de resolver!! Portanto, fôlego final e vamos em frente!!

Aula 06

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Legislação Especial para Analistas do TJDFT

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    AULA 06

    Ol caro aluno e mais do que nunca FUTURO ANALISTA DO TJDFT !!

    chegada a nossa ltima aula dessa grande jornada!! Para vocs um alvio e para mim um sentimento saudoso pelo fim da caminhada com todos...

    Mas a misso ainda no terminou e, neste ltimo encontro, trataremos de um assunto bastante interessante e bem cobrado em provas: a Lei n 9.099/95, Lei que institui os Juizados Especiais Cveis e Criminais.

    Trata-se de uma norma bastante tranquila e simples de ser estudada. O intuito aqui ser o de facilitar o seu entendimento e trazendo o estudo da norma da forma mais objetiva e eficaz possvel.

    Para falar bem a verdade, o grande foco de questes de concursos sobre essa norma so os Juizados Especiais Criminais. No entanto, nosso estudo no se limitar somente a eles. Considerei importante tratarmos primeiramente dos Juizados Especiais Cveis, pois alm de tambm serem aqui e acol cobrados em provas, servem de boa base para o entendimento dos Especiais Criminais.

    Trarei tambm nesta aula as principais disposies a respeito da Lei n 10.259/01 que instituiu os Juizados Especiais Federais (Cveis e Criminais).

    Voc ver que as questes ficaro bem fceis de resolver!!

    Portanto, flego final e vamos em frente!!

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    LEI N. 9.099/95 OS JUIZADOS ESPECIAIS

    1. CONCEITOS INTRODUTRIOS

    A famosa Lei n 9.099/95, que dispe sobre os Juizados Especiais Cveis e Criminais, foi inserida no ordenamento jurdico brasileiro, em obedincia ao estabelecido pelo art. 98, inciso I da Constituio Federal de 1988, abaixo transcrito:

    Art. 98. A Unio, no Distrito Federal e nos Territrios, e os Estados criaro:

    I - juizados especiais, providos por juzes togados, ou togados e leigos, competentes para a conciliao, o julgamento e a execuo de causas cveis de menor complexidade e infraes penais de menor potencial ofensivo, mediante os procedimentos oral e sumarssimo, permitidos, nas hipteses previstas em lei, a transao e o julgamento de recursos por turmas de juzes de primeiro grau;

    Em seu art. 1, portanto, a Lei 9.099/95 autoriza a criao desses juizados especiais, denominados Juizados Especiais Cveis e Criminais. Esses rgos devero compor a Justia Ordinria e sero criados pela Unio, no Distrito Federal e nos Territrios, e pelos Estados para a conciliao, processo, julgamento e execuo, nas causas de sua competncia.

    A primeira observao a ser feita com relao a essa Justia Ordinria citada da Lei. Que Justia essa? a Justia Comum? Sei que essa deve ser a sua dvida logo de cara!!

    Pois bem, a Justia Ordinria aparece na lei com significado particular, pois saiba logo que Justia Ordinria no Justia Especial!! Significa dizer ento que:

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    IMPORTANTE

    Ficam de fora do mbito dos Juizados Especiais as matrias criminais de competncia da Justia Eleitoral e Militar (federal e estadual).

    A competncia do Juizado para conciliao, processo, julgamento e execuo nas causas de sua competncia. Precisamos, assim, conhecer que causas so essas e como se d todo o processo regido pela norma em estudo. Antes disso, precisamos conhecer os princpios pelos quais deve ser baseado todo esse processo. Vamos a eles!!

    2. PRINCPIOS DO PROCESSO SEGUNDO A LEI 9.099/95

    O processo pela Lei 9.9099/95 dever ser orientado pelos critrios da:

    oralidade

    simplicidade

    informalidade

    economia processual

    celeridade

    E mais: todo o processo a ser aqui estudado, versa a norma, deve buscar, sempre que possvel, a conciliao ou a transao.

    Para que voc entenda melhor cada um desses critrios (ou princpios), vamos entend-los melhor:

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    Oralidade

    A Oralidade o critrio pelo qual algumas fases do processo recebem tratamento diferenciado, permitindo a reduo a escrito apenas dos dados essenciais ao julgamento da lide (autuao, registro, citao, intimaes, acusao, defesa e manifestao do Ministrio Pblico), dispensando at mesmo o relatrio na sentena.

    Simplicidade

    A Simplicidade se fez exigncia nas causas de menor complexidade e de menor potencial ofensivo, evitando-se, via de regra a nomeao e O compromisso de perito, o laudo pericial e a contraposio de perito, bastando a anlise das provas bastante carreadas ao processo.

    Informalidade

    A Informalidade, tambm chamada de "desformalizao", a possibilidade de propor oralmente a ao, na reduo a termo do pedido, na presidncia de audincia por Conciliador ou Juiz Leigo e na dispensa de advogado em causas de valores menores (estudaremos mais adiante).

    A Economia Processual

    A economia processual est presente em todas as fases do procedimento, desde a fase preparatria at final julgamento das lides. Tem por finalidades evitar o inqurito policial, buscar o acordo e o arquivamento antes mesmo da formao da lide, evitar adiamentos, permitir que as partes sejam apresentadas diretamente ao Juizado, buscando a soluo dos conflitos em um curto prazo (30 trinta dias, no mximo).

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    A Celeridade

    A celeridade decorre da reunio dos demais critrios acima citados e da possibilidade de acesso rpido, fcil e seguro Justia, admitindo instaurar a instncia no momento em que comparecerem as partes, limitando recursos e vedando ao rescisria.

    Quanto aos institutos da conciliao e da transao, veremos como eles funcionam em momento oportuno.

    Vistos os princpios, chegou a hora de conhecermos quem so e como funcionam os dois objetos de nosso estudo: os Juizados Especiais Cveis e os Juizados Especiais Criminais.

    3. OS JUIZADOS ESPECIAIS CVEIS

    Os Juizados Especiais Cveis so aqueles que tm competncia para conciliao, processo e julgamento das causas cveis de menor complexidade.

    Ok, professor, mas quais so as causas cveis que poderemos considerar como de menor complexidade para que possam ser objeto de competncia desses Juizados?

    A prpria Lei 9.099/95 nos traz a resposta!! So elas:

    as causas cujo valor no exceda a 40 vezes o salrio mnimo;

    Para os dias de hoje, significa dizer que as causas cujos valores indenizatrios sejam de no mximo R$24.880,00 (40 x R$622,00) podem ser conciliadas, processadas e julgadas pelos Juizados Especiais Cveis.

    as enumeradas no art. 275, inciso II, do Cdigo de Processo Civil;

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    Outras causas cveis, trazidas pelo nosso Cdigo de Processo Civil, em seu art. 275, inciso II, tambm fazem parte do rol daquelas alcanadas pela competncia dos Juizados Especiais Cveis. So elas:

    a ao de despejo para uso prprio;

    as aes possessrias sobre bens imveis de valor tambm no excedente a 40 vezes o salrio mnimo.

    Pois bem, compete ao Juizado Especial Cvel promover a execuo dos seus julgados e dos ttulos executivos extrajudiciais, no valor de at 40 vezes o salrio mnimo, mas ateno:

    A opo pelo procedimento previsto nesta Lei importar em renncia ao crdito excedente aos R$ 24.880,00 (40 x salrio mnimo), a no ser, claro, nas hipteses de conciliao. E mais: para que os Juizados Especiais possam promover essa execuo dos seus julgados e dos ttulos executivos extrajudiciais, os proponentes das aes ali julgadas devem ser um dos seguintes:

    pessoas fsicas capazes, excludos os cessionrios de direito de pessoas jurdicas;

    microempresas, assim definidas em lei (Lei no 9.841/99);

    pessoas jurdicas qualificadas como Organizao da Sociedade Civil de Interesse Pblico (OSCIPs); ou

    sociedades de crdito ao microempreendedor, nos termos da Lei no 10.194/01.

    IMPORTANTE

    Ficam EXCLUDAS da competncia do Juizado Especial as causas de natureza alimentar, falimentar, fiscal e de interesse da fazenda

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    Pblica, e tambm as relativas a acidentes de trabalho, a resduos e ao estado e capacidade das pessoas, ainda que de cunho patrimonial.

    01. [CESPE ANALISTA JUDICIRIO STJ 2008] A opo pelo procedimento dos juizados especiais cveis no importar renncia a eventual crdito excedente ao limite legalmente fixado, valor este que poder ser cobrado em outra ao, at mesmo perante o prprio juizado.

    Questo 01: No bem verdade o que afirma a assertiva em tela. Acabamos de ver que a opo pelo procedimento previsto na Lei dos Juizados Especiais Cveis Lei importar sim em renncia ao crdito excedente aos 40 salrios mnimos, limite este por ela estabelecido. Lembre-se, no entanto, que a norma prev uma exceo regra que so as hipteses de conciliao, mas a assertiva no a citou.

    Gabarito: ERRADO

    Foro Processual

    Importante saber que para as causas previstas na nos Juizados Especiais, sejam eles Cveis ou Criminais, o Juizado do foro ser:

    do domiclio do ru ou, a critrio do autor da ao, do local onde o ru exera atividades profissionais ou econmicas ou mantenha estabelecimento, filial, agncia, sucursal ou escritrio;

    do lugar onde a obrigao deva ser satisfeita;

    nas aes para a reparao de dano de qualquer natureza, do domiclio do autor ou do local do ato ou fato;

    IMPORTANTE

    Mesmo havendo as opes acima, em qualquer hiptese, poder a ao ser proposta no foro trazido pela primeira opo: no domiclio do ru ou onde ele exera atividades profissionais ou

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    econmicas ou mantenha estabelecimento, filial, agncia, sucursal ou escritrio.

    2.1. Os Juzes, os Conciliadores e os Juzes Leigos

    Caro aluno, na tramitao e julgamento dos processos nos Juizados Especiais, temos, alm da figura do juiz togado, as figuras dos conciliadores e juzes leigos.

    Nos Juizados Especiais, e no poderia ser diferente, os juzes dirigiro o processo com liberdade para determinar as provas a serem produzidas, para apreci-las e para dar especial valor s regras de experincia comum ou tcnica. Em cada caso, o juiz adotar a deciso que reputar mais justa e equnime, atendendo aos fins sociais da lei e s exigncias do bem comum.

    T professor, entendi... Mas quem de fato so esses conciliadores? E os tais Juzes leigos?

    Respondo:

    Os conciliadores e os Juzes leigos so auxiliares da Justia!!

    Os conciliadores so recrutados preferentemente, entre os bacharis em Direito;

    Os JUZES leigos, recrutados entre advogados com mais de 05 anos de experincia.

    Perceba que os conciliadores no so obrigatoriamente bacharis de direito, mas essa condio j deixa os candidatos em vantagem na escolha. J nos casos dos Juzes leigos, no!! Esses devem ser advogados e ainda terem mais de 05 anos de experincia no exerccio da advocacia.

    IMPORTANTE

    Os JUZES LEIGOS ficaro impedidos de exercer a advocacia perante os Juizados Especiais, enquanto no desempenho de suas funes.

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    Bom, conhecidas as competncias dos Juizados Especiais Cveis e as regras para os Juzes leigos (ou no) e para os conciliadores, precisamos conhecer quem tem o direito de ajuizar aes junto a esses Juizados. Estudaremos agora, no prximo tpico, as PARTES dos processos.

    2.1. As partes do processo nos Juizados Especiais Cveis

    Primeira e importantssima regra:

    Somente sero admitidas a propor ao perante o Juizado Especial:

    as pessoas fsicas capazes, excludos os cessionrios de direito de pessoas jurdicas;

    Constata-se que a capacidade processual pressuposto processual de validade das aes junto aos Juizados Especiais Cveis. Trata-se no da capacidade de ser parte no sentido stricto sensu, mas da capacidade processual.

    A capacidade processual, portanto, a de estar em juzo exercendo, por si mesmo, os direitos e deveres processuais. As pessoas fsicas, quanto capacidade processual, podem ser absolutamente capazes, absolutamente incapazes ou relativamente capazes. Os maiores de 18 anos de idade so absolutamente capazes dos pontos de vista civil e processual. Alm disso, a capacidade processual um dos pressupostos a serem atendidos quando se provoca o Estado-juiz.

    Assim, o autor pessoa fsica deve ser processualmente capaz, ou seja, deve ser capaz de exercer, por si mesmo, os seus direitos e deveres em matria processual. Cabe ressaltar que, sendo a Lei n 9.099/95 uma norma geral, a capacidade processual deve tambm ser observada na elaborao, interpretao e aplicao das leis federal e estaduais que criarem os Juizados Especiais em suas respectivas esferas. O atendimento capacidade processual imprescindvel, haja vista essa capacidade ser pressuposto a ser observado em qualquer processo.

    Agora, muita ateno, pois h na regra acima uma exceo: os cessionrios de direito de pessoa jurdica.

    Cessionrio de pessoa jurdica a pessoa que adquire por cesso de direitos a titularidade de um crdito que pertencia a uma pessoa jurdica. A

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    ttulo de exemplo, quando uma pessoa fsica recebe de uma determinada pessoa jurdica um cheque que est nominal a esta, que, por meio de endosso, transfere pessoa fsica os direitos emergentes do cheque. Essas pessoas, portanto, no podem figurar como partes em processo nos Juizados Especiais.

    as microempresas, assim definidas pela Lei no 9.841/99;

    Na verdade, a Lei 9.481/99 acima mencionada j foi revagada pela Lei Complementar n 123/2009 e, por isso, o conceito de microempresa deve o regulamentado por esta ltima. Para fins didticos, reproduzirei o conceito de microempresas atualizado:

    LC n123/09;

    Art. 3o Para os efeitos desta Lei Complementar, consideram-se microempresas ou empresas de pequeno porte a sociedade empresria, a sociedade simples, a empresa individual de responsabilidade limitada e o empresrio a que se refere o art. 966 da Lei no 10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Cdigo Civil), devidamente registrados no Registro de Empresas Mercantis ou no Registro Civil de Pessoas Jurdicas, conforme o caso, desde que:

    I - no caso da microempresa, aufira, em cada ano-calendrio, receita bruta igual ou inferior a R$ 360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais); e

    (...)

    1o Considera-se receita bruta, para fins do disposto no caput deste artigo, o produto da venda de bens e servios nas operaes de conta prpria, o preo dos servios prestados e o resultado nas operaes em conta alheia, no includas as vendas canceladas e os descontos incondicionais concedidos.

    as pessoas jurdicas qualificadas como Organizao da Sociedade Civil de Interesse Pblico (OSCIPs), nos termos da Lei no 9.790/99;

    As OSCIPs, bastante famosas nos dias de hoje, foram regulamentadas pela Lei 9.790/99 que, em seu art. 1, assim as define:

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    Art. 1o Podem qualificar-se como Organizaes da Sociedade Civil de Interesse Pblico as pessoas jurdicas de direito privado, sem fins lucrativos, desde que os respectivos objetivos sociais e normas estatutrias atendam aos requisitos institudos por esta Lei.

    1o Para os efeitos desta Lei, considera-se sem fins lucrativos a pessoa jurdica de direito privado que no distribui, entre os seus scios ou associados, conselheiros, diretores, empregados ou doadores, eventuais excedentes operacionais, brutos ou lquidos, dividendos, bonificaes, participaes ou parcelas do seu patrimnio, auferidos mediante o exerccio de suas atividades, e que os aplica integralmente na consecuo do respectivo objeto social.

    as sociedades de crdito ao microempreendedor, nos termos do art. 1o da Lei no 10.194/01;

    Quem so as sociedades de crdito ao microempreendedor? Vamos conhecer o que diz o art. 1 da Lei 10.194/01:

    Art. 1o autorizada a constituio de Sociedades de Crdito ao Microempreendedor e Empresa de Pequeno Porte, as quais:

    I - tero por objeto social a concesso de financiamentos a pessoas fsicas, a microempresas e a empresas de pequeno porte, com vistas na viabilizao de empreendimentos de natureza profissional, comercial ou industrial, equiparando-se s instituies financeiras para os efeitos da legislao em vigor, podendo exercer outras atividades definidas pelo Conselho Monetrio Nacional;

    Todas as partes acima mencionadas, nas causas de valor at 20 salrios mnimos, as partes comparecero pessoalmente, podendo ou no ser assistidas por advogado. Sendo facultativa essa assistncia e se uma das partes comparecer assistida por advogado, ou se o ru for pessoa jurdica ou firma individual, ter a outra parte, se quiser, assistncia judiciria prestada por rgo institudo junto ao Juizado Especial, na forma da lei local.

    Ateno: nas causas de valor superior a 20 salrios mnimos, a assistncia de advogado OBRIGATRIA. O Juiz alertar as partes da convenincia do patrocnio por advogado, quando a causa o recomendar.

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    O ru, sendo pessoa jurdica ou titular de firma individual, poder ser representado por preposto credenciado, munido de carta de preposio com poderes para transigir, sem haver necessidade de vnculo empregatcio.

    Pois bem, so esses os agentes que podem ser partes de um processo. A pergunta agora : e quem no pode ser parte? O quadro a seguir nos diz:

    IMPORTANTE

    NO PODERO SER PARTES, nos processos regidos pela Lei 9.099/95:

    o incapaz;

    o preso;

    as pessoas jurdicas de direito pblico;

    as empresas pblicas da Unio;

    a massa falida e;

    o insolvente civil.

    Pelo nosso Cdigo Civil, so absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil: os menores 16 anos, os que, por enfermidade ou deficincia mental, no tiverem o necessrio discernimento para a prtica desses atos e os que, mesmo por causa transitria, no puderem exprimir sua vontade.

    A massa falida de uma empresa formada no momento da decretao de sua falncia, e consiste no acervo do ativo e passivo de bens e interesses do falido, que passam a ser administrados e representados pelo sndico.

    A insolvncia civil um estado em que o devedor tem prestaes a cumprir superiores aos rendimentos que recebe. Um insolvente no consegue cumprir as suas obrigaes (pagamentos) antecipadamente. Uma pessoa ou empresa insolvente poder ao final de um processo ser declarada em definitivamente insolvente, em falncia ou em recuperao.

    Em seu art. 8, 2, a Lei 9.099/95 estabelece que o maior de 18 anos poder ser autor, independentemente de assistncia, inclusive para fins de conciliao.

    Ok, mas perceba que a referida Lei de 1995, antes, portanto, do advento do Cdigo Civil de 2002 que passou a considerar o maior de idade o indivduo com 18 anos completos, tornando a regra acima inoperante.

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    luz do Cdigo Civil moderno, o maior de 18 anos tem plena capacidade processual, podendo atuar como autor ou ser demandado nesses processos, haja vista estar habilitado a praticar os atos da vida civil. Se assim no fosse, estaria concretizado um inaceitvel privilgio ao se impedir de ser demandado aquele que j apresenta a maioridade civil, alm de ser negado ao demandante o acesso justia, contrariando uma das grandes finalidades da Lei n 9.099/95.

    Veja como foi cobrado:

    02. [CESPE ANALISTA JUDICIRIO STF 2008] O civilmente incapaz, desde que regularmente representado por seus genitores, poder ser parte no juizado especial cvel.

    Questo 02: A assertiva tenta induzir o candidato ao erro ao apresentar uma argumentao para defender que o civilmente incapaz pode ser parte nos processos regidos pela Lei 9.099/95. De jeito nenhum!! No h previso acima na norma em estudo. O civilmente incapaz no pode em hiptese alguma ser parte em processos nos Juizados Especiais.

    Gabarito: ERRADO

    2.2. O Rito Processual Nos Juizados Especiais Cveis

    Antes de conhecermos o rito processual utilizados no mbito dos Juizados Especiais Cveis, saber que os atos processuais ali praticados so pblicos e podero realizar-se em horrio noturno, conforme dispuserem as normas de organizao judiciria.

    Tais atos processuais sero vlidos sempre que preencherem as finalidades para as quais forem realizados, atendidos sempre, no esquea, o critrios da oralidade, da simplicidade, da informalidade, da economia processual e da celeridade.

    IMPORTANTE

    O acesso ao Juizado Especial independer, em primeiro grau de jurisdio, do pagamento de custas, taxas ou despesas.

    A prtica de atos processuais EM OUTRAS COMARCAS poder ser solicitada por QUALQUER MEIO IDNEO DE COMUNICAO.

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    A Instaurao do Processo

    O processo instaurar-se- com a apresentao do pedido, escrito ou oral, Secretaria do Juizado e dele devem constar, de forma simples e em linguagem acessvel:

    o nome, a qualificao e o endereo das partes;

    os fatos e os fundamentos, de forma sucinta e;

    o objeto e seu valor.

    O pedido oral ser reduzido a escrito pela Secretaria do Juizado, podendo ser utilizado o sistema de fichas ou formulrios impressos e lcito formular pedido genrico quando no for possvel determinar, desde logo, a extenso da obrigao.

    Registrado o pedido, independentemente de distribuio e autuao, a Secretaria do Juizado designar a sesso de conciliao, a realizar-se no prazo de 15 dias.

    IMPORTANTE

    Comparecendo inicialmente ambas as partes, instaurar-se-, desde logo, a SESSO DE CONCILIAO, dispensados o registro prvio de pedido e a citao.

    Sesso de conciliao pode ser utilizada como sinnimo de audincia. Colocar a disposio das partes uma turma de conciliao ou concentrar atos de conciliao de vrios processos numa mesma sesso tem demonstrado significativa celeridade e bons resultados.

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    As Citaes e Intimaes

    Segundo o que versa o nosso Cdigo Civil, a citao o ato pelo qual se chama a juzo o ru ou o interessado a fim de se defender. uma forma de comunicar o ru de que existe uma ao contra ele. Apenas aps ser citado, o ru poder se defender do que lhe imputado.

    J a intimao o ato pelo qual se d cincia a algum dos atos e termos do processo, para que faa ou deixe de fazer alguma coisa.

    Segundo o que versa a Lei dos Juizados Especiais, as citaes so feitas nas seguintes modalidades:

    por correspondncia, com aviso de recebimento em mo prpria;

    tratando-se de pessoa jurdica ou firma individual, mediante entrega ao encarregado da recepo, que ser obrigatoriamente identificado;

    sendo necessrio, por oficial de justia, independentemente de mandado ou carta precatria.

    A citao conter cpia do pedido inicial, dia e hora para comparecimento do citando e advertncia de que, no comparecendo este, considerar-se-o verdadeiras as alegaes iniciais, e ser proferido julgamento, de plano.

    IMPORTANTE

    NO se far citao por EDITAL.

    O comparecimento espontneo suprir a FALTA ou NULIDADE da citao.

    Dos atos praticados na audincia, considerar-se-o desde logo cientes as partes.

    No comparecendo o demandado sesso de conciliao ou audincia de instruo e julgamento, ser considerado revel e, por isso, reputar-se-o

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    verdadeiros os fatos alegados no pedido inicial, salvo se o contrrio resultar da convico do Juiz.

    As intimaes sero feitas nas formas previstas acima para a citao, com a possibilidade de ainda serem feitas tambm por qualquer outro meio idneo de comunicao.

    As partes deem comunicar ao juzo as mudanas de endereo ocorridas no curso do processo. Se assim no fizerem, sero tornados eficazes as intimaes enviadas ao local anteriormente indicado.

    Caro aluno, voc j deve ter percebido at aqui, que citei por inmeras vezes o termo conciliao. Para falar abem a verdade, preciso dizer que o instituto da conciliao um dos grandes e importantssimo smbolo dos processo regido pelos Juizados Especial. na prtica da conciliao que ficam expressamente aplicados os famosos princpios que regem a Lei 9.900/95 ( (oralidade, simplicidade, informalidade, economia processual e celeridade.

    chegada a dada, portanto, de tratarmos do regramento dado pela norma em estudo sobre o instituto da CONCILIAO.

    A Conciliao

    Sobre a conciliao, temos a primeira e importantssima regra:

    A conciliao poder ser conduzida tanto por Juiz togado ou leigo como tambm por conciliador sob sua orientao!! Assim, conclui-se da regra, que nas audincias de conciliao dos Juizados Especiais Cveis, no necessria a presena de Juiz togado ou leigo na sesso de conciliao.

    Aberta a sesso, o Juiz togado ou leigo esclarecer as partes presentes sobre as vantagens da conciliao, mostrando-lhes os riscos e as consequncias do litgio, especialmente quanto renncia ao crdito excedente ao mximo valor permitido para as causas nesse tipo de Juizado , ou seja, o reclamante abrir mo do que exceder aos 40 salrios mnimos se esse for o caso.

    Bom, da audincia de conciliao poder ocorrer trs resultados distintos:

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    IMPORTANTE

    Conciliao OBTIDA: quanto isto acontece, esta ser reduzida a escrito e homologada pelo Juiz togado, mediante sentena com eficcia de ttulo executivo.

    Conciliao NO OBTIDA: nesse caso as partes podero optar, de comum acordo, pelo juzo arbitral, na forma prevista na Lei em estudo.

    NO COMPARECIMENTO do demandado: o Juiz togado proferir sentena.

    Dos casos acima, o segundo (conciliao no obtida) nos remete possibilidade das partes optarem em comum acordo pelo juzo arbitral. Como ento a Lei 9.099/95 regula esse Juzo? Qual sua finalidade?

    As respostas no prximo tpico!!

    O Juzo Arbitral

    O Juzo Arbitral, ou Arbitragem, uma forma, alternativa ao Poder Judicirio, de dirimir controvrsias atravs da qual um (ou mais) juiz arbitral decide, emite sentena com fora legal sobre o objeto da controvrsia. Por tratar-se de uma justia privada, desponta como uma alternativa morosidade do sistema judicirio Estatal.

    A lei 9.099/95, em seu art. 24, 1, estabelece que o juzo arbitral considerar-se- instaurado, independentemente de termo de compromisso, com a escolha do rbitro pelas partes.

    IMPORTANTE

    O RBITRO ser escolhido dentre os JUZES LEIGOS.

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    Se este rbitro no estiver presente, o Juiz o convocar e designar, de imediato, a data para a audincia de instruo.

    O rbitro, da mesma forma que os juzes, dever conduzir o processo com liberdade para determinar as provas a serem produzidas, para apreci-las e para dar especial valor s regras de experincia comum ou tcnica e, em cada caso, adotar a deciso que reputar mais justa e equnime, atendendo aos fins sociais da lei e s exigncias do bem comum.

    Ao trmino da instruo, ou nos cinco dias subseqentes, o rbitro apresentar o laudo ao Juiz togado para homologao por sentena irrecorrvel.

    Pronto!! Esse juzo arbitral regulado pela Lei dos Juizados Especiais!!

    A pergunta agora : e se as partes no entrarem em comum acordo e no decidirem pelo juzo arbitral, como fica a lide?

    A no tem jeito: procede-se, no Juizado Especial, instruo e ao julgamento. Vamos ver como funciona!!

    A Instruo e o Julgamento

    No institudo o juzo arbitral, proceder-se- imediatamente audincia de instruo e julgamento, desde que no resulte prejuzo para a defesa. No sendo possvel a sua realizao imediata, ser a audincia designada para um dos 15 dias subsequentes, cientes, desde logo, as partes e testemunhas eventualmente presentes.

    Nessa fase no h que se falar mais em conduo por conciliador ou por juiz arbitral. A instruo ser conduzida por um Juiz togado.

    IMPORTANTE

    A instruo poder ser dirigida por JUIZ LEIGO, desde que sob a superviso de Juiz togado.

    Na audincia de instruo e julgamento acorrer a seguinte sequencia de atos:

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    Sero ouvidas as partes

    Colhida a prova

    Proferida a sentena

    Simples assim!!

    Sobre essa sequencia de atos, precisamos falar um pouco mais especificamente sobre as provas e a sentena.

    Todas as provas sero produzidas na audincia de instruo e julgamento, ainda que no requeridas previamente, podendo o Juiz limitar ou excluir as que considerar excessivas, impertinentes ou protelatrias. Todos os meios de prova moralmente legtimos, ainda que no especificados em lei, so hbeis para provar a veracidade dos fatos alegados pelas partes.

    Quando a prova do fato exigir, o Juiz poder inquirir tcnicos de sua confiana, permitida s partes a apresentao de parecer tcnico. No curso da audincia, poder o Juiz, de ofcio ou a requerimento das partes, realizar inspeo em pessoas ou coisas, ou determinar que o faa pessoa de sua confiana, que lhe relatar informalmente o verificado.

    IMPORTANTE

    A PROVA ORAL no ser reduzida a escrito, devendo a sentena referir, no essencial, os informes trazidos nos depoimentos.

    As testemunhas, at o mximo de trs para cada parte, comparecero audincia de instruo e julgamento levadas pela parte que as tenha arrolado, independentemente de intimao, ou mediante esta, se assim for requerido. O requerimento para intimao das testemunhas ser apresentado Secretaria no mnimo 05 dias antes da audincia de instruo e julgamento.

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    IMPORTANTE

    No comparecendo a testemunha intimada, O JUIZ PODER DETERMINAR SUA IMEDIATA CONDUO, valendo-se, se necessrio, do concurso da fora pblica.

    Na audincia de instruo, a contestao do ru, que ser oral ou escrita, conter toda matria de defesa, exceto arguio de suspeio ou impedimento do Juiz, que se processar na forma da legislao em vigor.

    Ateno: no processo regido pela Lei 9.099/95, no se admite a RECONVENO.

    A reconveno um instituto de direito processual, pelo qual o ru formula uma pretenso contra o autor da ao, no prazo de defesa. No processo de rito ordinrio o ru pode, dentro do prazo para contestar, formular uma pretenso contra o autor da ao. Nos processos que seguem o rito sumrio ou sumarssimo (Juizados Especiais) no h reconveno. Nestes casos, a pretenso do ru se d na prpria ao, por meio de pedido contraposto.

    Mesmo sem o direito reconveno, lcito ao ru, na contestao, formular pedido em seu favor, nos limites permitidos pela Lei em anlise, desde que fundado nos mesmos fatos que constituem objeto da controvrsia. Nesse caso, o autor poder responder ao pedido do ru na prpria audincia ou requerer a designao da nova data, que ser desde logo fixada, cientes todos os presentes.

    03. [CESPE ANALISTA JUDICIRIO STF 2008] lcito ao ru, na contestao, formular pedido em seu favor, desde que fundado nos mesmos fatos que constituem objeto da controvrsia, mas no se admitir a reconveno.

    Questo 03: Perfeito!! exatamente o que acabamos de ver na explicao do pargrafo anterior. A reconveno no admitida, mas de fato lcito ao ru, na contestao, formular pedido em seu favor, desde que fundado nos mesmos fatos que constituem objeto da controvrsia.

    Gabarito: CERTO

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    A sentena mencionar os elementos de convico do Juiz, com breve resumo dos fatos relevantes ocorridos em audincia, dispensado o relatrio. No se admitir sentena condenatria por quantia ilquida (importncia abstrata indefinida, incerta), ainda que genrico o pedido.

    Quando for um Juiz leigo quem tenha dirigido a instruo, este proferir sua deciso e imediatamente a submeter ao Juiz togado, que poder:

    homolog-la;

    proferir outra em substituio ou;

    antes de se manifestar, determinar a realizao de atos probatrios indispensveis.

    Da sentena, excetuada a homologatria de conciliao ou laudo arbitral (que so irrecorrveis), caber recurso para o prprio Juizado.

    IMPORTANTE

    A sentena de primeiro grau no condenar o vencido em custas e honorrios de advogado, ressalvados os casos de litigncia de m-f.

    Vamos ver como funciona a dinmica recursal no mbito dos Juizados Especiais Cveis??

    O Recurso de Sentenas nos Juizados Especiais

    O recurso ser julgado por uma turma composta por 03 Juzes togados, em exerccio no primeiro grau de jurisdio, reunidos na sede do Juizado e dever ser interposto no prazo de 10 dias, contados da cincia da sentena, por petio escrita, da qual constaro as razes e o pedido do recorrente.

    IMPORTANTE

    No recurso, as partes sero OBRIGATORIAMENTE representadas por advogado.

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    O preparo dor recurso ser feito, independentemente de intimao, nas 48 horas seguintes interposio, sob pena de desero (abandono processual). Aps o preparo, a Secretaria intimar o recorrido para oferecer resposta escrita no prazo de 10 dias.

    J sei que voc vai me perguntar: mais professor, o que significa esse preparo?

    A prpria Lei 9.099/95, em seu art. 54, pargrafo nico, nos responde: o preparo do recurso compreender todas as despesas processuais, inclusive aquelas dispensadas em primeiro grau de jurisdio, ressalvada a hiptese de assistncia judiciria gratuita.

    Importante saber que o recurso ter somente efeito devolutivo, podendo o Juiz dar-lhe efeito suspensivo, para evitar dano irreparvel para a parte. Voc se lembra da diferena entre efeito devolutivo e efeito suspensivo?

    O efeito devolutivo a exteriorizao do princpio do duplo grau de jurisdio, pelo qual a parte faz devolver o caso para ser reanalisada pelo mesmo juzo ou por outro de instncia, via de regra, superior. Efeito recursal no obsta o prosseguimento da execuo, ou seja, posto que o recurso seja manejado, o processo tende a continuar correndo. Para que os demais atos (no o processo de per se), que seriam naturalmente esperados, sejam obstados necessrio que o recurso seja recebido com o efeito suspensivo.

    Por outro lado, o efeito suspensivo "suspende" a vigncia de seus termos e validade enquanto o recurso no for julgado.

    Bom, voltando ao nosso recurso, as partes sero intimadas da data da sesso de julgamento e esse julgamento em segunda instncia constar apenas da ata, com a indicao suficiente do processo, fundamentao sucinta e parte dispositiva.

    Se a sentena for confirmada pelos prprios fundamentos, a smula do julgamento servir de acrdo.

    IMPORTANTE

    Em segundo grau, o recorrente, vencido, pagar as custas e honorrios de advogado, que sero fixados entre 10 e 20% do valor de condenao ou, no havendo condenao, do valor corrigido da causa.

    Do acrdo cabem EMBARGOS DE DECLARAO, recurso especial ao STJ ou recurso extraordinrio ao STF, alm da possibilidade de mandado de segurana para proteger direito lquido e certo no aparado por habeas corpus.

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    No que diz respeito aos embargos de declarao, a lei 9.099/95, em seus art. 48, estabelece cabero que tais embargos quando, na sentena ou acrdo, houver obscuridade, contradio, omisso ou dvida. Se o s erros forem materiais, eles podero ser corrigidos de ofcio.

    Os embargos de declarao sero interpostos por escrito ou oralmente, no prazo de 05 dias, contados da cincia da deciso.

    IMPORTANTE

    Quando interpostos contra sentena, os embargos de declarao suspendero o prazo para recurso.

    Pronto!! Antes de finalizarmos nosso estudo sobre os Juizados especiais Cveis, precisamos ainda tratar das situaes que ensejam a extino do processo sem julgamento do mrito. o assunto do nosso prximo tpico!!

    2.2. A Extino do Processo sem Julgamento de Mrito

    Nesse tpico no temos muito o que fazer. Sejamos diretos!!

    A extino dos processos nos Juizados Especiais Cveis, alm dos casos previstos em lei, se d:

    quando o autor deixar de comparecer a qualquer das audincias do processo;

    Obs: quando comprovar que a ausncia decorre de fora maior, a parte poder ser isentada, pelo Juiz, do pagamento das custas.

    quando inadmissvel o procedimento institudo por esta Lei ou seu prosseguimento, aps a conciliao;

    quando for reconhecida a incompetncia territorial;

    quando sobrevier qualquer dos impedimentos previstos no art. 8 da Lei em comento (se a parte for incapaz, preso, pessoa jurdica de

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    direito pblico, empresa pblica da Unio, massa falida ou insolvente civil);

    quando, falecido o autor, a habilitao depender de sentena ou no se der no prazo 30 dias;

    quando, falecido o ru, o autor no promover a citao dos sucessores no prazo de 30 dias da cincia do fato.

    IMPORTANTE

    A extino do processo INDEPENDER, EM QUALQUER HIPTESE, de prvia intimao pessoal das partes.

    E por fim, sobre a execuo da sentena, o que de fato lhe interessa para fins de prova de concursos saber que ela processar-se- no prprio Juizado, aplicando-se, no que couber, o disposto no Cdigo de Processo Civil.

    3. OS JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS CVEIS (Lei 10.259/01)

    Estudadas as disposies dos Juizados Especiais Cveis, regulamentadas pela Lei 10.259/01, fica fcil agora entender o que nos ensina outra norma, a Lei 10.259/01, que trata dos Juizados Especiais Federais.

    Segundo esse dispositivo legal, compete ao Juizado Especial Federal Cvel processar, conciliar e julgar causas de competncia da Justia Federal at o valor de 60 salrios mnimos, bem como executar as suas sentenas.

    IMPORTANTE

    NO SE INCLUEM na competncia do Juizado Especial Cvel as causas:

    referidas no art. 109, incisos II, III e XI, da Constituio Federal, as aes de mandado de segurana, de desapropriao, de diviso e demarcao, populares, execues fiscais e por improbidade administrativa e as demandas sobre direitos ou interesses difusos, coletivos ou individuais homogneos;

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    sobre bens imveis da Unio, autarquias e fundaes pblicas federais;

    para a anulao ou cancelamento de ato administrativo federal, salvo o de natureza previdenciria e o de lanamento fiscal;

    que tenham como objeto a impugnao da pena de demisso imposta a servidores pblicos civis ou de sanes disciplinares aplicadas a militares.

    Quando a pretenso versar sobre obrigaes vincendas, para fins de competncia do Juizado Especial, a soma de doze parcelas no poder exceder o valor de 60 salrios mnimos.

    O Juiz poder, de ofcio ou a requerimento das partes, deferir medidas cautelares no curso do processo, para evitar dano de difcil reparao. No sendo deferidas tais medidas, somente ser admitido recurso de sentena definitiva.

    E quem pode ser parte nos processo desses Juizados?

    Podem ser partes no Juizado Especial Federal Cvel como autores, as pessoas fsicas e as microempresas e empresas de pequeno porte e como rs, a Unio, autarquias, fundaes e empresas pblicas federais.

    As citaes e intimaes da Unio nas causas em que seja interessada, na condio de autora, r, assistente, oponente, recorrente ou recorrida, sero feitas na pessoa:

    do Advogado-Geral da Unio, privativamente, nas hipteses de competncia do Supremo Tribunal Federal;

    do Procurador-Geral da Unio, nas hipteses de competncia dos tribunais superiores;

    do Procurador-Regional da Unio, nas hipteses de competncia dos demais tribunais;

    do Procurador-Chefe ou do Procurador-Seccional da Unio, nas hipteses de competncia dos juzos de primeiro grau.

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    Nos casos que envolvem a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional, na pessoa:

    do Procurador-Regional da Fazenda Nacional, nas hipteses de competncia dos demais tribunais;

    do Procurador-Chefe ou do Procurador-Seccional da Fazenda Nacional nas hipteses de competncia dos juzos de primeiro grau.

    Em caso de ausncia das autoridades acima referidas, a citao se dar na pessoa do substituto eventual.

    A citao das autarquias, fundaes e empresas pblicas ser feita na pessoa do representante mximo da entidade, no local onde proposta a causa, quando ali instalado seu escritrio ou representao; se no, na sede da entidade.

    As intimaes e notificaes so feitas nas pessoas do Advogado da Unio ou do Procurador da Fazenda Nacional que oficie nos respectivos autos.

    4. OS JUIZADOS ESPECIAIS CRIMINAIS

    Caro aluno, muito ateno para essa parte da nossa aula!!

    Chegamos, na verdade, ao estudo daqueles Juizados que so os verdadeiros e maiores alvos de questes de provas de concursos: os Juizados Especiais Criminais (os famosos JECs)!!

    Na verdade, poderamos ter comeado nossa aula j desse ponto, mas o estudo foi bem mais completo e conhecer o processo nos Juizados Cveis lhe ajudar e muito a compreender boa parte da dinmica do processo nos Juizados Criminais. Vamos a eles!!

    Antes de comearmos, preciso saber que aplicam-se subsidiariamente as disposies dos Cdigos Penal e de Processo Penal, no que no forem incompatveis com as disposies aqui estudadas e todas as disposies da Lei 9.099/95, lembre-se, no se aplicam no mbito da Justia Militar.

    Dito isso, vamos em frente!!

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    O Juizado Especial Criminal, provido por juzes togados ou togados e leigos, tem competncia para a conciliao, o julgamento e a execuo das infraes penais de menor potencial ofensivo, respeitadas as regras de conexo e continncia.

    IMPORTANTSSIMO

    Consideram-se infraes penais de MENOR POTENCIAL OFENSIVO, as CONTRAVENES PENAIS e os CRIMES a que a lei comine pena mxima no superior a 02 anos, cumulada ou no com multa.

    A informao acima sempre lembrada em provas. A seguir, algumas questes bem tranquilas de se resolver:

    04. [CESPE AGENTE DE POLICIA PC/TO 2008] Para os efeitos da Lei dos Juizados Especiais Criminais, so considerados crimes de menor potencial ofensivo o desacato, o furto simples e a ameaa, entre outros.

    05. [CESPE AGENTE DE POLICIA PC/RN 2008] Consideram-se infraes de menor potencial ofensivo as contravenes penais e os crimes a que a lei comine pena mxima no superior a dois anos, cumulada ou no com multa.

    06. [CESPE ANALISTA JUDICIRIO TJ/CE 2008] Nos crimes de racismo, a ao penal privada contra o ofensor poder ser proposta nos JECs, j que esses crimes so considerados delitos de pequeno potencial ofensivo.

    07. [CESPE ANALISTA JUDICIRIO TRE/MA 2009] Os crimes contra a administrao pblica, ainda que considerados de menor potencial ofensivo, no se sujeitam ao rito dos juizados especiais.

    Questo 04: Pela lei 9.099/95, vimos que so consideradas infraes penais de menor potencial ofensivo, as contravenes penais e os crimes a que a lei comine pena mxima no superior a 02 anos. A assertiva nos traz 03 crimes (desacato, furto simples e ameaa) e afirma que todos so de menor potencial ofensivo. A no tem jeito, temos que nos socorrer do Cdigo Penal.

    Segundo o CP, esses crimes so assim tipificados:

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    Desacato

    Art. 331 - Desacatar funcionrio pblico no exerccio da funo ou em razo dela:

    Pena - deteno, de seis meses a dois anos, ou multa.

    O crime de desacato, por ter mxima maior 02 anos, sim de menor potencial ofensivo!!

    Furto

    Art. 155 - Subtrair, para si ou para outrem, coisa alheia mvel:

    Pena - recluso, de um a quatro anos, e multa.

    Opa!! Furto simples prev pena mxima superior a 02 anos e, por isso, no crime de menor potencial ofensivo. A questo j erra a!! Mas vamos continuar:

    Ameaa

    Art. 147 - Ameaar algum, por palavra, escrito ou gesto, ou qualquer outro meio simblico, de causar-lhe mal injusto e grave:

    Pena - deteno, de um a seis meses, ou multa.

    O crime de ameaa tambm de menor potencial ofensivo, mas a questo j est errada por incluir nesse rol de crimes o de furto simples.

    Gabarito: ERRADO

    Questo 05: Alguma dvida da verdade dessa questo? Nenhuma, no mesmo? O item est certinho e traz a cpia file e literal do art. 61 da Lei 9.099/95.

    Gabarito: ERRADO

    Questo 06: Se voc, cara aluno, der uma revisada na nossa aula passada, sobre a Lei de Discriminao e Preconceito, constatar que nenhum crime ali previsto prev pena mxima menor que 03 anos!! Logo, no h o que se discutir. Qualquer crime de racismo de maior potencial ofensivo no tendo os JECs, portanto, competncia para julgamento e execuo de tais tipos penais.

    Gabarito: ERRADO

    Questo 07: A te pergunto: por que no? Entre o rol de crimes contra a administrao pblica previstos no Cdigo Penal, h vrios deles cujas penas mximas so inferiores a 02 anos. Ora, se a Lei 9.099/95 estabelece que os JECs tm competncia para a conciliao, o julgamento e a execuo das infraes penais de menor potencial ofensivo, no h porque aceitar o que afirma a assertiva. Gabarito: ERRADO

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    O processo perante o Juizado Especial orientar-se- pelos critrios da oralidade, informalidade, economia processual e celeridade, objetivando, sempre que possvel:

    a reparao dos danos sofridos pela vtima e;

    a aplicao de pena no privativa de liberdade.

    4.1. O Rito Processual nos Juizados Especiais CRIMINAIS

    A Competncia e os Atos Processuais

    Caro aluno, sobre a competncia, preciso no a sua regra fundamental:

    IMPORTANTE

    A competncia do Juizado ser determinada pelo lugar EM QUE FOI PRATICADA a infrao penal.

    Assim como nos Juizados Especiais Cveis, nos Criminais os atos processuais praticados so pblicos e podero realizar-se em horrio noturno, conforme dispuserem as normas de organizao judiciria.

    Tais atos processuais sero vlidos sempre que preencherem as finalidades para as quais forem realizados, atendidos sempre, no esquea, o critrios da oralidade, da simplicidade, da informalidade, da economia processual e da celeridade.

    A citao ser pessoal e ser feita no prprio Juizado, sempre que possvel, ou por mandado. No encontrado o acusado para ser citado, o Juiz encaminhar as peas existentes ao Juzo comum para adoo do procedimento previsto em lei.

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    A intimao se dar por correspondncia, com aviso de recebimento pessoal ou, tratando-se de pessoa jurdica ou firma individual, mediante entrega ao encarregado da recepo, que ser obrigatoriamente identificado, ou, sendo necessrio, por oficial de justia, independentemente de mandado ou carta precatria, ou ainda por qualquer meio idneo de comunicao.

    IMPORTANTE

    Dos atos praticados em audincia considerar-se-o desde logo cientes as partes, os interessados e defensores.

    Do ato de intimao do autor do fato e do mandado de citao do acusado, constar a necessidade de seu comparecimento ACOMPANHADO DE ADVOGADO, com a advertncia de que, na sua falta, ser-lhe- designado defensor pblico.

    Ok, conhecidas essas primeiras informaes sobre o rito processual nos Juizados Especiais Criminais, a pergunta agora :

    Como deve ser o processo penal quando algum comete um crime ou uma contraveno penal de menor potencial ofensivo?

    Bom, a temos dois caminhos a seguir: o mais fcil que o de se resolver a lide logo de cara em uma audincia preliminar ou o outro, um pouco mais amplo (mas tambm clere), que o de oferecimento da denncia com audincia de instruo e julgamento por meio de um procedimento muitssimo conhecido em provas chamado: procedimento sumarssimo.

    Nos prximos tpicos, vamos conhecer ambos os caminhos, alvos do maior nmero de questes em provas de concursos!!

    O caminho mais fcil a AUDINCIA PRELIMINAR

    Algum comete um crime ou uma contraveno penal de menor potencial ofensivo. O que acontece?

    A autoridade policial que tomar conhecimento da ocorrncia lavrar termo circunstanciado e o encaminhar imediatamente ao Juizado, com o autor do fato e a vtima, providenciando-se as requisies dos exames periciais necessrios.

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    No termo circunstanciado a materialidade reduzida a termo, e uma vez assinada pelo indiciado, tem-se a consignao de materialidade e autoria do delito, sendo, portanto, dispensvel o inqurito policial.

    IMPORTANTE

    Ao autor do fato que, aps a lavratura do termo, for imediatamente encaminhado ao juizado ou assumir o compromisso de a ele comparecer, NO SE IMPOR PRISO EM FLAGRANTE, NEM SE EXIGIR FIANA.

    Em caso de VIOLNCIA DOMSTICA, o juiz poder determinar, como medida de cautela, seu afastamento do lar, domiclio ou local de convivncia com a vtima.

    Comparecendo o autor do fato e a vtima ao Juizado, e no sendo possvel a realizao imediata da audincia preliminar, ser designada data prxima, da qual ambos sairo cientes. Na falta do comparecimento de qualquer dos envolvidos, a Secretaria providenciar sua intimao e, se for o caso, a do responsvel civil.

    Na audincia preliminar, presente o representante do Ministrio Pblico, o autor do fato e a vtima e, se possvel, o responsvel civil, acompanhados por seus advogados, o Juiz esclarecer sobre a possibilidade, por meio de conciliao, da composio dos danos e da aceitao da proposta de aplicao imediata de pena no privativa de liberdade. A conciliao ser conduzida pelo Juiz ou por conciliador sob sua orientao.

    Importante ressaltar que os conciliadores so auxiliares da Justia, recrutados, na forma da lei local, preferentemente entre bacharis em Direito, excludos os que exeram funes na administrao da Justia Criminal.

    Deixa eu te explicar, luz do que versa a Lei 9.099/95, o que significa a composio dos danos e a pena no privativa de liberdade:

    A composio civil de danos ser reduzida a escrito e, homologada pelo Juiz mediante sentena irrecorrvel. Trata-se da possibilidade de acordo homologado por juiz entre vtima e ru, tendo esse acordo eficcia de ttulo a ser executado e tambm acarretando, portanto, a renncia ao direito de queixa ou representao.

    Para crimes de menor potencial ofensivo, o ru, de acordo com esse artigo, pode ser beneficiado com essa possibilidade de fazer um acordo com a vtima, esse acordo ser homologado pelo juiz e ter ento a queixa ou representao retirada. E essa composio de danos perfeitamente cabvel

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    tanto se a ao penal for de iniciativa privada como se for uma ao penal pblica condicionada representao.

    IMPORTANTE

    Alm das hipteses do Cdigo Penal e da legislao especial, DEPENDER DE REPRESENTAO a ao penal relativa aos crimes de leses corporais LEVES e leses CULPOSAS.

    No obtida a composio dos danos civis, ser dada imediatamente ao ofendido a oportunidade de exercer o direito de representao verbal, que ser reduzida a termo.

    IMPORTANTE

    O no oferecimento da representao na audincia preliminar no implica decadncia do direito, que poder ser exercido no prazo previsto em lei.

    Havendo ento a representao verbal ou tratando-se de crime de ao penal pblica incondicionada, no sendo caso de arquivamento, o Ministrio Pblico poder propor a aplicao imediata de pena restritiva de direitos ou multas, a ser especificada na proposta.

    Nos crimes considerados de menor potencial ofensivo, pode o Ministrio Pblico negociar com o acusado sua pena. a famosa transao penal, ou seja, um bem bolado entre a acusao e a defesa pra evitar que o processo corra, poupando o ru (e o Estado tambm) de todas as cargas consequentes (sociais, psicolgicas, financeiras etc.).

    A transao deve ser proposta antes do oferecimento da denncia. A aceitao da proposta no pode:

    ser considerada reconhecimento de culpa ou de responsabilidade civil sobre o fato;

    no pode ser utilizada para fins de reincidncia e;

    no consta de fichas de antecedente criminal.

    O fato s registrado para impedir que o ru se beneficie novamente do instituto antes do prazo de 05 anos definidos na lei.

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    As propostas podem abranger s duas espcies de pena: multa e restritiva de direitos.

    A primeira obviamente pecuniria, a segunda pode ser prestao de servios comunidade, impedimento de comparecer a certos lugares, proibio de gozo do fim de semana etc., depende da criatividade dos promotores (que atualmente s conhecem o pagamento de cesta bsica). Nas hipteses de ser a pena de multa a nica aplicvel, o Juiz poder reduzi-la at a metade. Aplicada exclusivamente a pena de multa, seu cumprimento far-se- mediante pagamento na Secretaria do Juizado.

    Efetuado o pagamento, o Juiz declarar extinta a punibilidade, determinando que a condenao no fique constando dos registros criminais, exceto para fins de requisio judicial.

    No efetuado o pagamento de multa, ser feita a converso em pena privativa da liberdade, ou restritiva de direitos, nos termos previstos em lei.

    A execuo das penas privativas de liberdade e restritivas de direitos, ou de multa cumulada com estas, ser processada perante o rgo competente, nos termos da lei.

    IMPORTANTSSIMO!!

    No se admitir a proposta de transao se ficar comprovado:

    ter sido o autor da infrao condenado, pela prtica de crime, pena privativa de liberdade, por sentena definitiva;

    ter sido o agente beneficiado anteriormente, no prazo de 05 anos, pela aplicao de pena restritiva ou multa, nos termos aqui estudados;

    no indicarem os antecedentes, a conduta social e a personalidade do agente, bem como os motivos e as circunstncias, ser necessria e suficiente a adoo da medida.

    Aceita a proposta pelo autor da infrao e seu defensor, esta ser submetida apreciao do Juiz. Se a sentena do magistrado for favorvel transao penal, desta sentena caber a apelao. Mais a frente estudaremos como se d essa apelao.

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    Repetindo!!

    A aplicao da pena restritiva de direitos no constar de certido de antecedentes criminais (sendo registrada apenas para impedir o benefcio no prazo de 05 anos) e no ter efeitos civis, cabendo aos interessados propor ao cabvel no juzo cvel.

    Nos casos de homologao do acordo civil (composio de danos) e aplicao de pena restritiva de direitos ou multa, as despesas processuais sero reduzidas, conforme dispuser lei estadual.

    E vamos resolver mais questes:

    08. [CESPE ANALISTA JUDICIRIO STF 2008] Ao autor do fato que, aps a lavratura do termo, for imediatamente encaminhado ao juizado ou assumir o compromisso de a ele comparecer, no se impor priso em flagrante, nem se exigir fiana.

    [CESPE AGENTE DE POLICIA PC/RN 2008] Em relao s disposies da Lei n. 9.099/1995 (juizados especiais), julgue os itens a seguir.

    09. Depender de representao da pessoa ofendida a ao penal relativa aos crimes de leses corporais leves e leses culposas.

    10. No encontrado o acusado para ser citado, o juiz titular do juizado especial criminal dever determinar a citao por intermdio de edital, com prazo de 15 dias.

    [CESPE DELEGADO DE POLICIA PC/PB 2008] Julgue os itens a seguir, relativos aos juizados especiais criminais.

    11. Preenchidos os requisitos legais, o MP pode propor a aplicao imediata de penas restritivas de direitos ou multas, sendo vedado ao juiz, em qualquer caso, alterar a proposta formulada.

    12. Acolhendo a proposta do MP aceita pelo autor da infrao, o juiz deve aplicar a pena restritiva de direitos ou multa, por sentena irrecorrvel.

    13. Ao autor do fato que, aps a lavratura do termo circunstanciado, for imediatamente encaminhado ao juizado ou assumir o compromisso de a ele comparecer, no se impe priso em flagrante, devendo a autoridade policial, desde j, fixar o valor da fiana.

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    14. Conforme expressa previso legal, no efetuado o pagamento de multa, deve ser feita a converso em pena privativa da liberdade, ou restritiva de direitos.

    15. [CESPE DELEGADO DE POLICIA PC/TO 2008] A transao penal prevista na lei que dispe acerca dos juizados especiais criminais implica suspenso do curso processual at o prazo final do acordo transacional, no resultando em reincidncia, sendo vedado o registro do feito em certido de antecedentes criminais.

    Questo 08: Perfeito!! A assertiva nos traz a perfeita literalidade do pargrafo nico do art. 69 da Lei de Juizados Especiais. Fiz questo de fazer esse destaque no quadro da pgina 31.

    Gabarito: CERTO

    Questo 09: Mais uma cpia fiel da lei!! Quem diria hein, Cespe!! A assertiva nos traz o contedo do art. 88 da Lei em estudo. Foi outro destaque que fiz, agora no quadrinho da pagina 32. No se esquea dessa regra, ok?

    Gabarito: ERRADO

    Questo 10: Quinze dias?? De onde a banca tirou isso? O que a Lei 9.099/95 regulamenta, em seu at. 66 caput e pargrafo nico, que A citao ser pessoal e ser feita no prprio Juizado, sempre que possvel, ou por mandado. No encontrado o acusado para ser citado, o Juiz encaminhar as peas existentes ao Juzo comum para adoo do procedimento previsto em lei. No h meno h prazo especfico na lei em estudo

    Gabarito: ERRADO

    Questo 11: No bem assim!! A assertiva nos traz regra sobre a transao penal, aquele bem bolado que o Ministrio Pblico prope que seja feita entre a acusao e a defesa pra evitar que o processo corra. O problema que ela erra ao afirmar que vedado ao Juiz alterar a proposta formulada. Ele pode sim!! Vimos que nas hipteses de ser a pena de multa a nica aplicvel, o Juiz poder reduzi-la at a metade (art. 76, 1).

    Gabarito: ERRADO

    Questo 12: Errada!! Aceita a proposta pelo autor da infrao e seu defensor, ser submetida apreciao do Juiz. Se a sentena do magistrado for favorvel transao penal, desta sentena caber a apelao. Logo ela no ser irrecorrvel (art. 76, 3).

    Gabarito: ERRADO

    Questo 13: Mais uma assertiva do Cespe abordando o pargrafo nico do art. 69...S que agora o fez de forma equivocada. o referido dispositivo nos ensina

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    que ao autor do fato que, aps a lavratura do termo circunstanciado, for imediatamente encaminhado ao juizado ou assumir o compromisso de a ele comparecer, no se impe priso em flagrante e nem se exigir fiana.

    Gabarito: ERRADO

    Questo 14: Agora sim, um item certinho!! No efetuado o pagamento de multa, ser feita a converso em pena privativa da liberdade, ou restritiva de direitos. o que determina o art. 85 da Lei 9.099/95.

    Gabarito: CERTO

    Questo 15: Isso mesmo!! A transao penal implica em suspenso do curso processual at o prazo final do acordo transacional. No resultar em reincidncia e vedado o registro do feito em certido de antecedentes criminais. Gabarito: CERTO

    Pronto, se houver a composio dos danos civis e/ou a transao penal, o processo no Juizado Especial Criminal para por a. Mas eu j havia falado que pode no haver esses acordos e, nesses casos, segue-se para outro procedimento, conhecido como procedimento sumarssimo, foco de estudo do nosso prximo tpico.

    O RITO SUMARSSIMO

    O rito sumarssimo um procedimento mais amplo. Isso no quer dizer, no entanto, que seja um rito mais demorado, mas sim aquele que oferece s partes maiores oportunidades para o exerccio de suas faculdades processuais.

    Para o rito sumarssimo preciso, antes de tudo, separarmos o joio do trigo:

    Se a ao for penal de iniciativa pblica:

    Nesse tipo de ao, quando no houver aplicao de pena, pela ausncia do autor do fato, ou pela no ocorrncia da transao penal, o Ministrio Pblico oferecer ao Juiz, de imediato, denncia oral, caso no haja a necessidade de diligncias imprescindveis.

    Vrios podem ser os motivos para a no realizao da transao penal. So eles:

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    o no comparecimento do autor do fato, o que impede a composio;

    recusa da proposta pelo autor do fato e de seu defensor;

    Ministrio Pblico no props a transao pelo no preenchiemto dos requisitos legais;

    juiz no homologou o acordo.

    Nesses casos, no tem jeito, o Ministrio Pblico ter que proceder com a denncia oral.

    Para o oferecimento da denncia, que ser elaborada com base no termo circunstanciado lavrado pela autoridade policial, com dispensa do inqurito policial, ser dispensada a exigncia do exame do corpo de delito quando a materialidade do crime estiver aferida por boletim mdico ou prova equivalente. Cabe ressaltar, no entanto, que essa dispensa de prova pericial ocorrer to somente no momento do oferecimento da denncia. O exame de corpo e de delito dever ser trazido aos autos at a sentena final.

    Se a complexidade ou circunstncias do caso no permitirem a formulao da denncia, o Ministrio Pblico poder requerer ao Juiz o encaminhamento das peas processuais faltantes. Nesse caso, o rito deixa de ser sumarssimo para ser comum.

    Se a ao for penal de iniciativa privada:

    Na ao penal de iniciativa do ofendido poder ser oferecida queixa oral, cabendo ao Juiz verificar se a complexidade e as circunstncias do caso determinam ou no o encaminhamento das peas existentes ao Juzo comum.

    Oferecida a denncia ou queixa, esta ser reduzida a termo, entregando-se cpia ao acusado, que com ela ficar citado e imediatamente cientificado da designao de dia e hora para a audincia de instruo e julgamento.

    Da data e hora da audincia de instruo e julgamento tambm tomaro cincia:

    o Ministrio Pblico;

    o ofendido;

    o responsvel civil e;

    seus advogados.

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    Se o acusado no estiver presente hora da marcao da audincia de instruo e julgamento, ele ser citado por mandato no qual constar, alm obviamente da data da audincia, a necessidade de seu comparecimento acompanhado de advogado, com a advertncia de que, na sua falta, ser a ele designado defensor pblico. O acusado dever trazer para a audincia suas testemunhas ou apresentar requerimento para intimao delas, no mnimo 05 dias antes de sua realizao.

    No estando presentes o ofendido e o responsvel civil, sero intimados por correspondncia, com aviso de recebimento pessoal ou, tratando-se de pessoa jurdica ou firma individual, mediante entrega ao encarregado da recepo, que ser obrigatoriamente identificado, ou, sendo necessrio, por oficial de justia, independentemente de mandado ou carta precatria, ou ainda por qualquer meio idneo de comunicao. Da mesma forma sero intimadas as testemunhas arroladas.

    Marcada ento a audincia de instruo e julgamento, vamos conhecer como ela funciona:

    A audincia de instruo e julgamento

    No dia e hora designados para a audincia de instruo e julgamento, se na fase preliminar no tiver havido possibilidade de tentativa de conciliao e de oferecimento de proposta pelo Ministrio Pblico, o Juiz esclarecer sobre a possibilidade, por meio de conciliao, da composio dos danos e da aceitao da proposta de aplicao imediata de pena no privativa de liberdade. Ou seja, novamente se tentar a composio civil ou a transao penal.

    Caso seja aceita por ambas as partes a composio civil de danos, esta ser reduzida a escrito e, homologada pelo Juiz mediante sentena irrecorrvel.

    IMPORTANTE

    Seja a ao penal de iniciativa privada ou de ao penal pblica condicionada representao, voc j sabe, o acordo homologado juiz entre vtima e ru, acarretar a renncia ao direito de queixa ou representao.

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    No obtida a composio dos danos civis, ser dada imediatamente ao ofendido a oportunidade de exercer o direito de representao verbal, que ser reduzida a termo.

    Aberta a audincia, ser dada a palavra ao defensor para responder acusao, aps o que o Juiz receber, ou no, a denncia ou queixa. Se o Juiz receber, sero ouvidas a vtima e as testemunhas de acusao e defesa, interrogando-se a seguir o acusado, se presente, passando-se imediatamente aos debates orais e prolao da sentena.

    IMPORTANTE

    Nenhum ato ser adiado, determinando o Juiz, quando imprescindvel, a conduo coercitiva de quem deva comparecer.

    Todas as provas sero produzidas na audincia de instruo e julgamento, podendo o Juiz limitar ou excluir as que considerar excessivas, impertinentes ou protelatrias.

    Prova excessiva prova superabundante, que transcende o razovel para a demonstrao dos fatos. No pode representar pr-julgamento da causa.

    Prova impertinente consiste na conexo existente entre fatos a serem provados e fatos discutidos no processo. O juiz deve indagar qual ser o objeto da prova proposta.

    Prova protelatria supe conduta dolosa da parte que quer procrastinar o feito. Exige evidncia.

    Pois bem, de todo o ocorrido na audincia ser lavrado termo, assinado pelo Juiz e pelas partes, contendo breve resumo dos fatos relevantes ocorridos em audincia e a sentena. A sentena, dispensado o relatrio, mencionar os elementos de convico do Juiz.

    Da deciso de rejeio da denncia ou queixa e da sentena caber apelao, que poder ser julgada por turma composta de 03 Juzes em exerccio no primeiro grau de jurisdio, reunidos na sede do Juizado.

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    A apelao

    A apelao da sentena poder ser feita pelo Ministrio Pblico ou pelo ru e seu defensor da qual constaro as razes e o pedido do recorrente. E o prazo para interposio da apelao ser de 10 dias, contados da cincia da sentena.

    O recorrido, ou seja, o Juiz que proferiu a sentena, ser intimado para oferecer resposta escrita tambm no prazo de 10 dias.

    IMPORTANTE

    As PARTES sero intimadas da data da sesso de julgamento PELA IMPRENSA.

    Se a sentena for confirmada pelos prprios fundamentos, a smula do julgamento servir de ACRDO.

    Assim como vimos nos casos de sentenas proferidas nos Juizados Especiais Cveis, nas proferidas nos Juizados Especiais Criminais tambm c cabero embargos de declarao quando, em sentena ou acrdo, houver obscuridade, contradio, omisso ou dvida.

    Os embargos de declarao sero opostos por escrito ou oralmente, no prazo de 05 dias, contados da cincia da deciso. Quando opostos contra sentena, os embargos de declarao suspendero o prazo para o recurso.

    Veja como foi cobrado:

    16. [CESPE DELEGADO DE POLICIA PC/ES 2006] O rito sumarssimo, previsto na lei dos juizados especiais criminais, s deve ser aplicado caso a transao penal no tenha sido realizada em audincia preliminar devido ausncia do autor da infrao, dos requisitos para a propositura ou, ainda, por no ter o autor da infrao aceitado a proposta de transao.

    17. [CESPE DELEGADO DE POLICIA PC/RN 2008] O rito sumarssimo uma espcie do gnero procedimento especial, aplicvel para as infraes penais de menor potencial ofensivo, na forma da lei.

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    18. [CESPE AGENTE DE POLICIA PC/RN 2008] Da deciso de rejeio da denncia caber apelao, que poder ser julgada por turma composta de trs juzes em exerccio no primeiro grau de jurisdio.

    19. [CESPE ANALISTA JUDICIRIO TJ/CE 2008] Das decises proferidas pelo juiz do JEC caber recurso de apelao que ser julgado por uma turma especial recursal composta por trs juzes em exerccio no primeiro grau de jurisdio.

    Questo 16: Como vimos, vrios podem ser os motivos para a no realizao da transao penal e que ensejam a aplicao do rito sumarssimo. So eles:

    o no comparecimento do autor do fato, o que impede a composio;

    recusa da proposta pelo autor do fato e de seu defensor;

    Ministrio Pblico no props a transao pelo no preenchimento dos requisitos legais;

    juiz no homologou o acordo.

    So exatamente alguns desses os motivadores trazidos pela questo.

    Gabarito: CERTO

    Questo 17: Bom, na verdade, essa questo trata de regramento de outra norma, mas achei importante trazer ao seu conhecimento:

    A Lei 11.719, que entrou em vigor em 22 de setembro de 2008, trouxe alteraes na disciplina dos ritos processuais, estabelecendo que o procedimento ser comum ou especial, consoante regra expressa constante no 1, do art.394, do Cdigo de Processo Penal.

    Por comum, entende-se aquele aplicvel a todos os processos (regra geral) e o especial aquele previsto em legislao especial (Lei de Drogas, por exemplo) ou em regras especficas no prprio Cdigo de Processo Penal, como nos crimes falimentares ou de responsabilidade de funcionrios pblicos.

    O comum, por sua vez, ser ordinrio, sumrio ou sumarssimo e essa classificao feita pelo critrio da pena mxima cominada ao crime, consoante se infere do novo texto legal, in verbis:

    Art.394. O procedimento ser comum ou especial.

    1. O procedimento comum ser ordinrio, sumrio ou sumarssimo:

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    I ordinrio, quando tiver por objeto crime cuja sano mxima cominada for igual ou superior a 4 (quatro) anos de pena privativa de liberdade;

    II sumrio, quando tiver por objeto crime cuja sano mxima cominada seja inferior a 4 (quatro) anos de pena privativa de liberdade;

    III sumarssimo, para as infraes penais de menor potencial ofensivo, na forma da lei."

    Qual foi o erro ento da assertiva? Dizer que o rito sumarssimo procedimento especial quando acabamos de ver que uma das espcies do procedimento comum.

    Gabarito: CERTO

    Questo 18: Assertiva corretinha, conforme o que versa o art. 82 da Lei de Juizados Especiais. Letra da lei total!!

    Gabarito: CERTO

    Questo 19: Impressionante com a banca repetiu a mesma coisa em dois concursos realizados em um mesmo ano!! De novo ela nos traz e tambm de forma correta a literalidade do art. 82 da Lei 9.099/95. De fato, das decises proferidas pelo juiz do JEC (da rejeio da denncia e da sentena) caber recurso de apelao que ser julgado por uma turma especial recursal composta por trs juzes em exerccio no primeiro grau de jurisdio. Eita criatividade!!

    Gabarito: CERTO

    Bom, praticamente finalizamos o nosso estudo sobre os Juizados Especiais!! Antes disso, porm, precisamos tratar ainda de um importante instituto tambm regulamentado pela Lei 9.099/95: a suspenso condicional do processo.

    Vamos a ela!!

    4.1. A Suspenso Condicional do Processo

    Prevista no art. 89 da nossa Lei 9.099/95, a Suspenso Condicional do Processo uma forma de soluo alternativa para problemas penais, que busca evitar o incio do processo em crimes cuja pena mnima no ultrapasse a 01 ano (pena 1ano) quando o acusado no for reincidente em crime doloso e no esteja sendo processado por outro crime.

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    IMPORTANTE

    A Suspenso Condicional se aplica em QUALQUER PROCEDIMENTO, e no s no sumarssimo. Assim, ela tambm pode ser oferecida em crimes no considerados de menor potencial ofensivo.

    No correr a prescrio durante o prazo de suspenso do processo.

    Ok, professor!! Mas como funciona essa tal suspenso condicional? Quem pode pedi-la?

    Bom, nos crimes em que a pena mnima cominada for igual ou inferior a um ano (abrangidas ou no pela Lei 9.099/95), o Ministrio Pblico ser o competente para propor a suspenso condicional. A suspenso poder ser de 02 a 04 anos desde que o acusado no esteja sendo processado ou no tenha sido condenado por outro crime, presentes os demais requisitos que autorizariam a suspenso condicional da pena. Que requisitos so estes? O art. 77 do cdigo Penal nos diz.

    So eles: o condenado no pode ser reincidente em crime doloso; a culpabilidade, os antecedentes, a conduta social e personalidade do agente, bem como os motivos e as circunstncias autorizem a concesso do benefcio; e no seja indicada ou cabvel a substituio da pena privativa de liberdade por pena restritiva de direito.

    Aceita a proposta pelo acusado e seu defensor, na presena do Juiz, este, recebendo a denncia, poder suspender o processo, submetendo o acusado a perodo de prova, sob as seguintes condies:

    reparao do dano, salvo impossibilidade de faz-lo;

    proibio de frequentar determinados lugares;

    proibio de ausentar-se da comarca onde reside, sem autorizao do Juiz; e

    comparecimento pessoal e obrigatrio a juzo, mensalmente, para informar e justificar suas atividades.

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    Ressalta-se, ainda, que o Juiz poder especificar outras condies a que fica subordinada a suspenso, desde que adequadas ao fato e situao pessoal do acusado.

    IMPORTANTSSIMO

    A suspenso ser necessariamente revogada se, no curso do prazo, o beneficirio vier a ser processado por outro crime ou no efetuar, sem motivo justificado, a reparao do dano.

    A suspenso poder ser revogada se o acusado vier a ser processado, no curso do prazo, por contraveno, ou descumprir qualquer outra condio imposta.

    Expirado o prazo sem revogao, o Juiz declarar extinta a punibilidade.

    E por fim, nossas ltimas questes:

    20. [CESPE DELEGADO DE POLICIA PC/ES 2006] Ao furto simples, cuja pena mnima um ano, aplicvel a suspenso condicional do processo desde que preenchidos os requisitos legais para a concesso do benefcio.

    21. [CESPE AGENTE DE POLICIA PC/RN 2008] Nos crimes em que a pena mnima cominada for igual ou inferior a um ano, o MP, ao oferecer a denncia, poder propor a suspenso do processo, por dois a quatro anos,observados os demais requisitos legais.

    22. [CESPE DELEGADO DE POLICIA PC/PB 2008] A suspenso condicional do processo, cabvel nos crimes em que a pena mnima cominada for igual ou inferior a um ano, ser revogada se, no curso do prazo, o beneficirio for definitivamente condenado por outro crime.

    23. [CESPE DELEGADO DE POLICIA PC/ES 2011] Considere a seguinte situao hipottica.

    As enfermeiras Alda e Alice foram apontadas como autoras de uma omisso de socorro na forma prevista na parte especial do Cdigo Penal. Ao receber o termo circunstanciado, o promotor de justia ofereceu propostas de transao penal para cada uma das profissionais. Apenas Alda aceitou a proposta e cumpriu as obrigaes impostas. Alice alegou que era inocente e no aceitou a transao penal. Oferecida a denncia e proposta a suspenso condicional do processo, sob o mesmo argumento, Alice no aceitou o benefcio. Concluda a instruo criminal em relao a esta, colheram-se provas suficientes da

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    culpabilidade das duas enfermeiras em relao ao crime de omisso de socorro.

    Nessa situao hipottica, somente caber a condenao a Alice, sendo que em relao Alda, que concordou com a transao penal, no se impor qualquer sano.

    [CESPE JUIZ SUBSTITUTO TJ/MT 2005] Quanto aos juizados especiais criminais, julgue os itens a seguir.

    24. A conciliao extintiva de punibilidade somente ser cabvel nos crimes de ao penal privada.

    25. A suspenso do processo dever ser revogada se o acusado vier a ser processado, no curso do processo, pela prtica de contraveno penal.

    Questo 20: A Suspenso Condicional do Processo uma forma de soluo alternativa para problemas penais, que busca evitar o incio do processo em crimes cuja pena mnima no ultrapasse a 01 ano quando o acusado no for reincidente em crime doloso e no esteja sendo processado por outro crime. Como vimos no comentrio da questo 04, o crime de furto simples tem previso de pena de 01 a 04 anos. Vimos tambm que ela pode ser oferecida em crimes no considerados de menor potencial ofensivo. Como o furto simples encaixa-se nesses dois requisitos, podemos concluir com tranquilidade que a ele sim aplicvel a suspenso condicional do processo desde que preenchidos os requisitos legais para a concesso do benefcio.

    Gabarito: CERTO

    Questo 21: Certinha!! exatamente a redao do famoso art. 89 da Lei de Juizados Especiais.

    Gabarito: CERTO

    Questo 22: Ora, se a suspenso ser necessariamente revogada se, no curso do prazo, o beneficirio vier a ser processado por outro crime, imagine se j estiver por ele condenado!! claro que nessa situao ela ser revogada.

    Gabarito: CERTO

    Questo 23: Perfeito!! Alice e Alda cometeram o crime de omisso de socorro. Esse crime, previsto no art. 135 do Cdigo Penal, prev pena de deteno de 01 a 06 meses ou multa. Como esse um crime de menor potencial ofensivo, ambas as rs teriam o direito transao penal, composio civil de danos e, ainda, suspenso condicional do processo se oferecida a denncia.

    Acontece que ambas, ao final do processo, foram condenadas e como Alice no aceitou nem a transao e nem a suspenso condicional, a ela s lhe restou ser aplicada a sano penal. J Alda, por esta ter aceitado a transao

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    penal, no caber de fato qualquer sano, inclusive nem constar de certido de antecedentes criminais.

    Gabarito: CERTO

    Questo 24: Errado!! A conciliao extintiva de punibilidade somente ser cabvel tambm nas aes penais pblicas.

    Gabarito: ERRADO

    Questo 25: Muito cuidado com essa pegadinha!! A suspenso poder (e no dever, como afirma a assertiva) ser revogada se o acusado vier a ser processado, no curso do prazo, por contraveno penal.

    Gabarito: ERRADO

    5. OS JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS CRIMINAIS (Lei 10.259/01)

    Bom, sobre os Juizados Especiais Federais Criminais, a Lei n 10.25901 no nos traz muita novidade no.

    Segundo o seu art. 2, compete ao Juizado Especial Federal Criminal processar e julgar os feitos de competncia da Justia Federal relativos s infraes de menor potencial ofensivo, respeitadas as regras de conexo e continncia.

    Na reunio de processos, perante o juzo comum ou o tribunal do jri, decorrente da aplicao das regras de conexo e continncia, tambm dever ser observados os institutos da transao penal e da composio dos danos civis. Onde no houver Vara Federal, a causa poder ser proposta no Juizado Especial Federal mais prximo do mesmo foro estudado para os Juizados Especiais da Lei 9.099/95.

    IMPORTANTE

    Fica VEDADA a aplicao desta Lei no juzo estadual.

    Os Juizados Especiais sero coordenados por Juiz do respectivo Tribunal Regional, escolhido por seus pares, com mandato de dois anos e as Turmas Recursais sero institudas por deciso do Tribunal Regional Federal, que

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    definir sua composio e rea de competncia, podendo abranger mais de uma seo.

    ***

    Caro aluno, chegou para mim a hora mais triste de nossa caminhada... O fim de nosso curso!!

    Espero sinceramente ter podido contribuir da melhor forma possvel para sua preparao. Durante todo esse tempo no poupei esforos para tentar oferecer-lhes o que h de melhor a respeito de todo o programa do Edital TRF 5. Dias e noites, madrugadas a fio, estudando e pesquisando o melhor material e a melhor forma de tornar sua caminhada mais tranquila, segura e eficaz.

    A preocupao no foi s a de trazer-lhe os conhecimentos tcnicos de que necessitavas, mas tambm a viso e as apostas de algum que, como voc, j gastou e ainda gasta horas e horas de estudo para enfrentar concursos e, modstia a parte, angariou experincias a respeito das manhas e pegadinhas de provas de concursos na rea. Com a aula de hoje, voc teve acesso, entre comentadas e de reviso, a quase 350 questes de provas de concursos, a maioria delas do Cespe!!

    Desejo a voc todo o sucesso possvel e, acima de tudo, que o Senhor Jesus possa abeno-lo ricamente nesse certame cujo Edital no demora a ser publicado.

    Confie Nele e saiba que Ele sempre tem e ter o MELHOR para voc!! O verdadeiro e fiel amigo de todas as horas, sejam elas as mais fceis e as mais difceis e cansativas!!

    Peo-lhe perdo pela demora na entrega dessa ltima aula. Nas ltimas semanas me submeti a vrios cursos aqui pelo Banco e isso me tirou um pouco de tempo. Muitssimo obrigado pela compreenso!!

    Fique vontade para tirar todas as suas dvidas em nosso frum e tenha seu professor como um amigo e, porque no, seu futuro COMPANHEIRO DE SERVIO PBLICO!! Alm de nosso frum que ficar ativo por mais alguns dias aps o encerramento do curso, voc sempre me encontrar nos contatos abaixo:

    [email protected] ; Facebook: Marcos Giro

    Bons estudos!!

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    QUESTES DE SUA AULA

    01. [CESPE ANALISTA JUDICIRIO STJ 2008] A opo pelo procedimento dos juizados especiais cveis no importar renncia a eventual crdito excedente ao limite legalmente fixado, valor este que poder ser cobrado em outra ao, at mesmo perante o prprio juizado.

    02. [CESPE ANALISTA JUDICIRIO STF 2008] O civilmente incapaz, desde que regularmente representado por seus genitores, poder ser parte no juizado especial cvel.

    03. [CESPE ANALISTA JUDICIRIO STF 2008] lcito ao ru, na contestao, formular pedido em seu favor, desde que fundado nos mesmos fatos que constituem objeto da controvrsia, mas no se admitir a reconveno.

    04. [CESPE AGENTE DE POLICIA PC/TO 2008] Para os efeitos da Lei dos Juizados Especiais Criminais, so considerados crimes de menor potencial ofensivo o desacato, o furto simples e a ameaa, entre outros.

    05. [CESPE AGENTE DE POLICIA PC/RN 2008] Consideram-se infraes de menor potencial ofensivo as contravenes penais e os crimes a que a lei comine pena mxima no superior a dois anos, cumulada ou no com multa.

    06. [CESPE ANALISTA JUDICIRIO TJ/CE 2008] Nos crimes de racismo, a ao penal privada contra o ofensor poder ser proposta nos JECs, j que esses crimes so considerados delitos de pequeno potencial ofensivo.

    07. [CESPE ANALISTA JUDICIRIO TRE/MA 2009] Os crimes contra a administrao pblica, ainda que considerados de menor potencial ofensivo, no se sujeitam ao rito dos juizados especiais.

    08. [CESPE ANALISTA JUDICIRIO STF 2008] Ao autor do fato que, aps a lavratura do termo, for imediatamente encaminhado ao juizado ou assumir o compromisso de a ele comparecer, no se impor priso em flagrante, nem se exigir fiana.

    [CESPE AGENTE DE POLICIA PC/RN 2008] Em relao s disposies da Lei n. 9.099/1995 (juizados especiais), julgue os itens a seguir.

    09. Depender de representao da pessoa ofendida a ao penal relativa aos crimes de leses corporais leves e leses culposas.

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    10. No encontrado o acusado para ser citado, o juiz titular do juizado especial criminal dever determinar a citao por intermdio de edital, com prazo de 15 dias.

    [CESPE DELEGADO DE POLICIA PC/PB 2008] Julgue os itens a seguir, relativos aos juizados especiais criminais.

    11. Preenchidos os requisitos legais, o MP pode propor a aplicao imediata de penas restritivas de direitos ou multas, sendo vedado ao juiz, em qualquer caso, alterar a proposta formulada.

    12. Acolhendo a proposta do MP aceita pelo autor da infrao, o juiz deve aplicar a pena restritiva de direitos ou multa, por sentena irrecorrvel.

    13. Ao autor do fato que, aps a lavratura do termo circunstanciado, for imediatamente encaminhado ao juizado ou assumir o compromisso de a ele comparecer, no se impe priso em flagrante, devendo a autoridade policial, desde j, fixar o valor da fiana.

    14. Conforme expressa previso legal, no efetuado o pagamento de multa, deve ser feita a converso em pena privativa da liberdade, ou restritiva de direitos.

    15. [CESPE DELEGADO DE POLICIA PC/TO 2008] A transao penal prevista na lei que dispe acerca dos juizados especiais criminais implica suspenso do curso processual at o prazo final do acordo transacional, no resultando em reincidncia, sendo vedado o registro do feito em certido de antecedentes criminais.

    16. [CESPE DELEGADO DE POLICIA PC/ES 2006] O rito sumarssimo, previsto na lei dos juizados especiais criminais, s deve ser aplicado caso a transao penal no tenha sido realizada em audincia preliminar devido ausncia do autor da infrao, dos requisitos para a propositura ou, ainda, por no ter o autor da infrao aceitado a proposta de transao.

    17. [CESPE DELEGADO DE POLICIA PC/RN 2008] O rito sumarssimo uma espcie do gnero procedimento especial, aplicvel para as infraes penais de menor potencial ofensivo, na forma da lei.

    18. [CESPE AGENTE DE POLICIA PC/RN 2008] Da deciso de rejeio da denncia caber apelao, que poder ser julgada por turma composta de trs juzes em exerccio no primeiro grau de jurisdio.

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    19. [CESPE