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Aula 06
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O contedo deste curso de uso exclusivo de Cicero Romao Araujo03981924487, vedada, por quaisquer meios e a qualquer ttulo, a sua reproduo,cpia, divulgao e distribuio, sujeitando-se os infratores responsabilizao civil e criminal.
CURSO DE TEORIA E EXERCCIOS
ANALISTA JUDICIRIO - TJ/CE
AULA 06 CONTRATOS ADMINISTRATIVOS
Prof. Edson Marques
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Ol!
Boa tarde. Vamos que vamos. O ritmo esse. Hoje
veremos o seguinte:
Aula 06:
11 contratos administrativos. 11.1 Legislao pertinente.
11.1.1 Lei n 8.666/1993. 11.1.4 Lei n 12.462/2011
(Regime Diferenciado de Contrataes pblicas).
Vamos ao que interessa.
SUMRIO
Contratos Administrativos ................................................................... 2
Caractersticas ..................................................................................... 3
Contrato x instrumento contratual....................................................... 5
Vigncia (Durao do contrato) ........................................................... 8
Garantia contratual .............................................................................. 9
Alterao contratual .......................................................................... 11
Fiscalizao ....................................................................................... 14
Extino (Resciso contratual) .......................................................... 18
Penalidades ....................................................................................... 19
Regime Diferenciado de Contratao (RDC) ....................................... 20
QUESTES COMENTADAS ................................................................... 33
QUESTES SELECIONADAS .............................................................. 100
GABARITO ....................................................................................... 117
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O contedo deste curso de uso exclusivo de Cicero Romao Araujo03981924487, vedada, por quaisquer meios e a qualquer ttulo, a sua reproduo,cpia, divulgao e distribuio, sujeitando-se os infratores responsabilizao civil e criminal.
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Contratos Administrativos
Contrato administrativo, na abalizada lio de Hely Lopes
Meirelles, o ajuste que a Administrao Pblica, agindo nessa
qualidade, firma com particular ou outra entidade administrativa para a
consecuo de objetivos de interesse pblico, nas condies
estabelecidas pela prpria Administrao.
Para Maria Sylvia Zanella Di Pietro contrato administrativo
o ajuste que a Administrao, nessa qualidade, celebra com pessoas
fsicas ou jurdicas, pblicas ou privadas, para a consecuo de fins
pblicos, segundo regime de direito pblico.
Assim, podemos definir contrato administrativo como a
avena em que a Administrao Pblica, agindo como tal,
estabelece com o particular ou com outro ente pblico, para a
consecuo de interesse pblico.
Percebam que utilizamos de definio mais restritiva na
medida em que nem todo contrato firmado pela Administrao
considerado contrato administrativo.
A corrente majoritria tem o entendimento de que, de
forma ampla, a Administrao firma diversas espcies de contratos,
denominados contratos da administrao, sendo espcie destes os
contratos regidos pelo direito privado (contratos administrativos
atpicos), e os regidos pelo direito pblico (contratos administrativos
tpicos).
Os contratos administrativos so regidos
predominantemente pelo Direito Pblico, estando a Administrao em
posio de supremacia. Todavia, preciso salientar que, em que pese
serem regidos pelo direito pblico, aos contratos administrativos se
aplicam, de forma supletiva, os princpios da teoria geral dos contratos
e as disposies de direito privado, conforme art. 54 da Lei n
8.666/93.
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De outro lado, nos contratos submetidos ao Direito
Privado, atua a Administrao em posio de igualdade com o particular.
Porm, ainda que se diga regido pelo direito privado, os contratos
privados da administrao, qualquer que seja ele, sempre ter a
influncia das normas de direito pblico, conforme expressa o art. 62,
da Lei de Licitaes e Contratos (Lei n 8.666/93), que assim dispe:
Art. 62.
3 - Aplica-se o disposto nos arts. 55 e 58 a 61 desta Lei
e demais normas gerais, no que couber:
I - aos contratos de seguro, de financiamento, de locao
em que o Poder Pblico seja locatrio, e aos demais cujo
contedo seja regido, predominantemente, por norma de
direito privado;
II - aos contratos em que a Administrao for parte como
usuria de servio pblico.
Insta esclarecer, ademais, que compete Unio
estabelecer normas gerais sobre contratos administrativos, consoante
dico do art. 22, inc. XXVII, da CF/1988.
Caractersticas
Com efeito, os contratos administrativos tm as seguintes
caractersticas:
a) consensual, ou seja, dependem da manifestao de
vontade das partes para se aperfeioar.
b) em regra, formal, devendo observar os requisitos
legais conforme arts. 60 a 62 da Lei n 8.666/93, ou seja, observa o
procedimento legal.
importante destacar que os contratos devem ser escrito
no vernculo, ou seja, na nossa lngua, de modo que os feitos no
exterior devero ser traduzidos, conforme entendimento do TCU, que
assim preconiza: necessria a traduo para o vernculo de
contratos redigidos em lngua estrangeira, celebrados ou no no
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Brasil, cujo cumprimento e execuo devam se dar dentro do
territrio brasileiro.
c) oneroso, ou seja, no gratuito, h contraprestao
pecuniria.
d) comutativo, isto , h equivalncia de obrigaes,
previamente ajustadas e conhecidas.
e) personalssimo (intuitu personae), ou seja, o
contrato sempre firmado em razo das condies pessoais do
contratado. Por isso, como regra vedada a subcontratao, salvo se
expressamente prevista no edital e autorizada pela Administrao.
f) tem natureza de contrato de adeso, que todas as
clusulas so firmadas unilateralmente pela Administrao. Devemos
observar, inclusive, que a minuta do contrato parte integrante do
edital de licitante, como anexo. Porm, mesmo nos casos de
contratao direta, as clusulas so elaboradas pela Administrao.
Significa dizer que o contratado no influi quase nada das
clusulas contratuais, inclusive, muitas deles j estabelecida como
obrigatrias pela prpria Lei, conforme art. 55, as quais valem a pena
indicar, apenas para termos cincia, sendo:
Art. 55. So clusulas necessrias em todo contrato as que
estabeleam:
I - o objeto e seus elementos caractersticos;
II - o regime de execuo ou a forma de fornecimento;
III - o preo e as condies de pagamento, os critrios, data-
base e periodicidade do reajustamento de preos, os critrios de
atualizao monetria entre a data do adimplemento das
obrigaes e a do efetivo pagamento;
IV - os prazos de incio de etapas de execuo, de concluso, de
entrega, de observao e de recebimento definitivo, conforme o
caso;
V - o crdito pelo qual correr a despesa, com a indicao da
classificao funcional programtica e da categoria econmica;
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VI - as garantias oferecidas para assegurar sua plena execuo,
quando exigidas;
VII - os direitos e as responsabilidades das partes, as
penalidades cabveis e os valores das multas;
VIII - os casos de resciso;
IX - o reconhecimento dos direitos da Administrao, em caso
de resciso administrativa prevista no art. 77 desta Lei;
X - as condies de importao, a data e a taxa de cmbio para
converso, quando for o caso;
XI - a vinculao ao edital de licitao ou ao termo que a
dispensou ou a inexigiu, ao convite e proposta do licitante
vencedor;
XII - a legislao aplicvel execuo do contrato e
especialmente aos casos omissos;
XIII - a obrigao do contratado de manter, durante toda a
execuo do contrato, em compatibilidade com as obrigaes
por ele assumidas, todas as condies de habilitao e
qualificao exigidas na licitao.
Portanto, as clusulas dos contratos administrativos so
elaboradas, unilateralmente, pela Administrao Pblica, sendo
apresentada aos interessados, em regra, com a abertura da licitao,
quando da publicao do edital.
g) mutvel, isso porque dentre as clusulas
exorbitantes h a possibilidade de alterao unilateral do contrato por
motivo de interesse pblico.
Contrato x instrumento contratual
importante destacar que, em regra, a exigncia
preliminar para a formalizao de um contrato com a Administrao
Pblica a realizao de processo licitatrio, ressalvando-se os casos
em que se permite a contratao direta (dispensa ou inexigibilidade)
Assim, os requisitos necessrios formalizao do ajuste
esto dispostos nos artigos 60 a 62 da Lei de Licitaes e Contratos,
devendo, por exemplo, os contratos e seus aditamentos serem lavrados
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nas reparties interessadas, manter arquivo cronolgico dos seus
autgrafos e registro sistemtico do seu extrato etc.
Por isso, devemos observar que contrato ato jurdico
bilateral que independe da assinatura de instrumento, ou seja, a
simples assinatura, por exemplo, em nota de empenho j o caracteriza.
A propsito, o instrumento o documento escrito onde se
estabelecem as regras, obrigaes e direitos (termo de contrato).
Com efeito, o instrumento obrigatrio para as
contrataes que decorreram de concorrncia ou tomada de preo, e
para os casos de dispensa ou inexigibilidade, cujos preos se inserem
no mbito dessas modalidades, nos demais casos, o instrumento
facultativo, podendo ser substitudo por outros instrumentos.
Assim, conforme o art. 62 da Lei n 8.666/93, a
Administrao poder substituir o termo contratual pela carta-
contrato, nota de empenho de despesa, autorizao de compra
ou ordem de execuo de servio.
importante, ademais, atentarmos para o fato de que
dispensvel o "termo de contrato" e facultada a substituio, a
critrio da Administrao e independentemente de seu valor, nos casos
de compra com entrega imediata e integral dos bens adquiridos, dos
quais no resultem obrigaes futuras, inclusive assistncia tcnica.
Diante disso, em regra, nulo contrato verbal, pois
dever ser formalizado por escrito em instrumento contratual ou, nos
casos em que for permitido, ser substitudo por outro instrumento hbil.
Todavia, como exceo, poder haver contrato verbal, nos
casos de pequenas compras de pronta entrega ou pronto pagamento,
que no ultrapassar 5% do valor do convite, ou seja, R$ 4.000,00
(quatro mil reais), feitas em regime de adiantamento, conforme art. 60,
par. nico, Lei n 8.666/93, assim disposto:
Art. 60.
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Pargrafo nico. nulo e de nenhum efeito o contrato
verbal com a Administrao, salvo o de pequenas compras
de pronto pagamento, assim entendidas aquelas de valor
no superior a 5% (cinco por cento) do limite estabelecido
no art. 23, inciso II, alnea "a" desta Lei, feitas em regime
de adiantamento.
Por fim, a doutrina ainda cita que poder haver contrato
verbal em situaes excepcionais e emergenciais, sendo,
posteriormente, formalizado.
Nessa linha de entendimento, o TCU manifestou-se no
sentido de que a ausncia de contrato, situao irregular, no inviabiliza
a continuidade de execuo de atividade. Ilustrativamente:
1. O Tribunal de Contas da Unio tem perfilhado
entendimento no sentido de que, no caso das obras
rodovirias emergenciais do PETSE: 1.1 a ausncia de
instrumento de contrato, desde que reste
comprovada a no-ocorrncia de atos lesivos ao
errio, irregularidade que permite a continuidade
da obra mediante o saneamento do vcio original;
[VOTO]
25. Quanto irregularidade atinente ao incio das obras
sem cobertura contratual, permito-me dissentir do
posicionamento da unidade tcnica, em essencial porque
as poucas decises deste Tribunal que envolveram
apenao dos gestores por conta dessa falha, no mbito
do programa emergencial em destaque, [...], levaram em
considerao, tambm, outras irregularidades
devidamente comprovadas, ou referiram-se a casos em
que as obras foram executadas sem instrumento
contratual durante praticamente todo o perodo de 180
dias estipulado no art. 24, inciso IV, do referido dispositivo
legal, diferentemente da hiptese em tela.
26. A jurisprudncia dominante do Tribunal aponta para o
saneamento da ocorrncia com a formalizao posterior
da avena [...], quando no se tenha verificado, nos
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processos relativos ao referido programa, as
circunstncias fticas expostas acima e, mais importante,
no se tenha configurado prejuzo ao errio decorrente do
atraso na assinatura do ajuste.
27. Desse modo, ciente de que no foram assinaladas
ocorrncias de natureza grave que pudessem ocasionar
prejuzos ao errio, e adotando a mesma linha de
entendimento firmada em processos similares j
apreciados por esta Casa, julgo que o encaminhamento da
matria prescinde de apenao dos responsveis em
decorrncia da irregularidade concernente ao atraso na
lavratura do contrato.
E, assim, a resenha do TCU:
nulo e de nenhum efeito o contrato verbal
com a Administrao, salvo o de pequenas
compras de pronto pagamento, assim
entendidas aquelas de valor no superior a
5% (cinco por cento) do limite estabelecido
no art. 23, inciso II, alnea "a", da Lei
8.666/1993, feitas em regime de
adiantamento
Vigncia (Durao do contrato)
Os contratos administrativos, como regra, tm vigncia
adstrita aos recursos oramentrios, ou seja, devem vigorar dentro da
vigncia do oramento, conforme estabelece o artigo 57, Lei n
8.666/93. Desse modo, pode-se dizer que a regra a vigncia dos
contratos por doze meses.
No entanto, a prpria Lei estabelece algumas excees,
tal como:
a) projetos cujos produtos estejam contemplados nas
metas estabelecidas no Plano Plurianual, os quais podero ser
prorrogados se houver interesse da Administrao e desde que isso
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tenha sido previsto no ato convocatrio;
b) Prestao de servios a serem executados de forma
contnua, que podero ter a sua durao prorrogada por iguais e
sucessivos perodos com vistas obteno de preos e condies mais
vantajosas para a administrao, limitada a sessenta meses
c) Aluguel de equipamentos e utilizao de programas
de informtica, podendo a durao estender-se pelo prazo de at 48
(quarenta e oito) meses aps o incio da vigncia do contrato.
Admite-se, ainda, em carter excepcional, devidamente
justificado e mediante autorizao da autoridade superior, que o prazo
dos contratos de prestao de servio sejam prorrogados por at doze
meses.
Assim, no se admite contrato por prazo indeterminado,
conforme disposto no art. 57, 3, ao estabelecer que vedado o
contrato com prazo de vigncia indeterminado.
Nesse sentido, a smula 191 do TCU dispe que:
Torna-se, em princpio, indispensvel a fixao dos limites de
vigncia dos contratos administrativos, de forma que o tempo
no comprometa as condies originais da avena, no
havendo, entretanto, obstculo jurdico devoluo de prazo,
quando a Administrao mesma concorre, em virtude da prpria
natureza do avenado, para interrupo da sua execuo pelo
contratante.
Observar, no entanto, que a Lei n 12.349/2010, incluiu o
inc. V ao art. 57 da Lei, estabelecendo que s hipteses previstas
nos incisos IX, XIX, XXVIII e XXXI do art. 24, cujos contratos
podero ter vigncia por at 120 (cento e vinte) meses, caso
haja interesse da administrao.
Garantia contratual
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A garantia contratual instrumento no qual a
Administrao busca assegurar a total execuo do contrato ou
minimizar eventuais perdas pela inexecuo, assegurando o
ressarcimento direto de alguns prejuzos ou de multa aplicada.
De acordo com o art. 56 da Lei n 8.666/93, poder a
Administrao exigir a prestao de garantia contratual, a critrio da
autoridade competente, em cada caso, e desde que prevista no
instrumento convocatrio.
No entanto, cabe ao contratado escolher,
discricionariamente, qual a garantia que melhor lhe atenda, devendo
optar uma das seguintes modalidades:
Cauo em dinheiro;
Ttulos da dvida pblica, devendo estes ter
sido emitidos sob a forma escritural, mediante
registro em sistema centralizado de liquidao e
de custdia autorizado pelo Banco Central do
Brasil e avaliados pelos seus valores
econmicos, conforme definido pelo Ministrio
da Fazenda;
Seguro-garantia;
Fiana bancria
Desse modo, no dado Administrao interferir nesta
escolha. Todavia, a Administrao poder no aceitar a garantia
prestada se houver alguma clusula ou condio que a inviabilize ou
restrinja sua eficcia, tal como a estipulao de benefcio de ordem,
muito comum na fiana bancria e seguro-garantia.
O que o benefcio de ordem? a estipulao de que
primeiro se deve acionar a contratada e s depois excutir a garantia.
Ora, tal estipulao viola o sentido da garantia, por isso, deve ser
retirada, sob pena de no ser admitida.
A garantia no exceder a cinco por cento (5%) do valor
do contrato e ter seu valor atualizado nas mesmas condies desse,
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devendo ser complementada no caso de aditamento que implique
acrscimo do objeto contratual ou alterao qualitativa que incida em
elevao do valor do contrato.
Entretanto, nos contratos que importem na entrega de
bens pela Administrao, ficando o contratado como depositrio, ao
valor da garantia dever ser acrescido o valor desses bens, ou seja, a
garantia observar o limite de 5% e ser acrescida do valor dos bens
entregues pela Administrao.
Ademais, para obras, servios e fornecimentos de grande
vulto envolvendo alta complexidade tcnica e riscos financeiros
considerveis, demonstrados atravs de parecer tecnicamente aprovado
pela autoridade competente, o limite de garantia poder ser elevado
para at dez por cento do valor do contrato.
Por fim, cabe salientar que a garantia ser liberada ou
restituda aps a execuo do contrato. E, se tiver sido prestada em
dinheiro, haja vista que ser depositada em conta remunerada, dever
ser atualizada monetariamente.
Alterao contratual
Os contratos administrativos podero ser alterados por
acordo entre as partes ou de forma unilateral pela Administrao.
Como efeito, a possibilidade de alterao unilateral se
insere dentre as clusulas chamadas exorbitantes, pois d poderes
apenas para uma das partes, no caso para a Administrao Pblica.
Assim, poder a Administrao, devidamente justificado,
empreender alterao qualitativa (quando houver modificao do
projeto ou das especificaes, para melhor adequao tcnica aos seus
objetivos), ou alterao quantitativa (quando necessria a
modificao do valor contratual em decorrncia de acrscimo ou
diminuio quantitativa de seu objeto, nos limites permitidos pela Lei n
8.666/93).
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Poder, ademais, por acordo das partes, ser alterado o
contrato, nos seguintes casos:
a) quando conveniente a substituio da garantia de
execuo;
b) quando necessria a modificao do regime de
execuo da obra ou servio, bem como do modo de fornecimento, em
face de verificao tcnica da inaplicabilidade dos termos contratuais
originrios;
c) quando necessria a modificao da forma de
pagamento, por imposio de circunstncias supervenientes, mantido o
valor inicial atualizado, vedada a antecipao do pagamento, com
relao ao cronograma financeiro fixado, sem a correspondente
contraprestao de fornecimento de bens ou execuo de obra ou
servio;
d) para restabelecer a relao que as partes pactuaram
inicialmente entre os encargos do contratado e a retribuio da
administrao para a justa remunerao da obra, servio ou
fornecimento, objetivando a manuteno do equilbrio econmico-
financeiro inicial do contrato, na hiptese de sobrevirem fatos
imprevisveis, ou previsveis porm de consequncias incalculveis,
retardadores ou impeditivos da execuo do ajustado, ou, ainda, em
caso de fora maior, caso fortuito ou fato do prncipe, configurando rea
econmica extraordinria e extracontratual.
importante destacar que reviso e reajuste so
situaes distintas. Reajuste denominado de lea (risco) econmica
ordinria, ou seja, ocorre periodicamente e tem como objetivo repassar
contratada os reflexos inflacionrios, por ndices previamente
estabelecidos.
A reviso (recomposio), por outro lado, no tem
perodo certo, nem mesmo est prevista contratualmente, configura
lea econmica extraordinria e extracontratual, ou seja, so eventos
que ocorrem e causam reflexo no contrato, sendo imprevistos ou
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previsveis, porm de consequncias incalculveis.
Assim, podemos ter a incidncia de fatos imprevisveis ou
previsveis, porm de consequncias incalculveis que retardem ou
impeam a execuo do contrato, ensejando, por isso, sua alterao a
fim de que se possa execut-lo ou sua extino em caso de no
remanescer interesse na execuo.
A teoria da impreviso se desdobra em caso fortuito,
fora maior, fato do prncipe, fato da administrao e interferncias
imprevistas.
Com efeito, a teoria da impreviso consiste no
reconhecimento de que eventos novos, imprevistos e imprevisveis
pelas partes e a elas no imputadas, refletindo sobre a economia ou na
execuo do contrato, autorizam a reviso do ajuste em considerao
dos fatores supervenientes, conforme aplicao da clusula rebus sic
stantibus.
Assim, fora maior evento externo, imprevisvel e
inevitvel, que cria para o contratante bice intransponvel ou que eleva
sobremaneira os encargos contratados, inviabilizando, nos termos
firmados, a execuo do contrato. (terremoto, guerra, revolta, rebelio
etc).
Caso fortuito evento interno, inexplicvel ou anmala
da Administrao ou do contratado, tambm imprevisvel e inevitvel,
que gera encargos insuportveis ou que eleva sobremaneira os
encargos contratados, inviabilizando, nos termos firmados, a execuo
do contrato. (ex: incndio, greve dos servidores ou dos funcionrios
etc).
Fato do prncipe determinao estatal, geral e
superveniente, imprevisvel ou imprevista, que onera ou desonera o
contrato, repercutindo indiretamente sobre ele. (Ex: criao ou extino
de um tributo)
Considera-se, ademais, fato da administrao toda
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O contedo deste curso de uso exclusivo de Cicero Romao Araujo03981924487, vedada, por quaisquer meios e a qualquer ttulo, a sua reproduo,cpia, divulgao e distribuio, sujeitando-se os infratores responsabilizao civil e criminal.
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ao ou omisso do Poder Pblico que esteja diretamente relacionada
com o contrato, impedindo ou retardando sua execuo nas condies
inicialmente estabelecidas. (Ex.: no liberao do local para realizao
de obra)
de se observar que tanto o fato do prncipe como o fato
da administrao provm de uma determinao estatal. A diferena
que o fato do prncipe incide sobre toda a sociedade (ex. imposto) e o
fato da administrao incide sobre o contrato especificamente (ex. no
desapropriao de rea destina a construo de viaduto)
Ademais, cabe ainda falarmos sobre as denominadas
interferncias imprevistas (sujeies imprevistas) que so fatos
materiais imprevistos, existentes ao tempo da celebrao do contrato,
mas s verificados ao tempo da sua execuo. (ex. diversidade do
terreno conhecida s na execuo da obra)
Todavia, conforme artigo 65, 8 da Lei de Licitaes e
Contratos, no se enquadra como alterao contratual:
Variao ou atualizao do valor contratual em razo
de reajuste de preos previsto no prprio contrato,
Compensaes ou penalizaes financeiras
decorrentes das condies de pagamento nele
previstas,
Empenho de dotaes oramentrias suplementares
at o limite do seu valor corrigido,
Tais casos podem ser registrados por simples apostila,
dispensando a celebrao de aditamento.
Fiscalizao
Devemos lembrar, ademais, que o poder de fiscalizar o
contrato e controlar sua execuo inerente prpria Administrao,
sendo, inclusive, poder implcito, ou seja, que independe de clusula
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expressa no contrato.
De qualquer sorte, a Lei de Licitaes e Contratos inseriu
referido poder dentre aqueles denominados exorbitantes, conforme
prev o art. 58, que assim dispe:
Art. 58. O regime jurdico dos contratos administrativos
institudo por esta Lei confere Administrao, em relao
a eles, a prerrogativa de:
I - modific-los, unilateralmente, para melhor adequao
s finalidades de interesse pblico, respeitados os direitos
do contratado;
II - rescindi-los, unilateralmente, nos casos especificados
no inciso I do art. 79 desta Lei;
III - fiscalizar-lhes a execuo;
IV - aplicar sanes motivadas pela inexecuo total ou
parcial do ajuste;
V - nos casos de servios essenciais, ocupar
provisoriamente bens mveis, imveis, pessoal e servios
vinculados ao objeto do contrato, na hiptese da
necessidade de acautelar apurao administrativa de
faltas contratuais pelo contratado, bem como na hiptese
de resciso do contrato administrativo.
Dessa forma, o contrato dever ser executado fielmente
pelas partes, de acordo com as clusulas avenadas e as normas da Lei
de Contratos Administrativos, respondendo cada uma pelas
consequncias de sua inexecuo total ou parcial.
Entretanto, a execuo do contrato dever ser
acompanhada e fiscalizada por um representante da Administrao
especialmente designado, permitida a contratao de terceiros para
assisti-lo e subsidi-lo de informaes pertinentes a essa atribuio,
conforme estabelece o art. 67 da Lei n 8.666/93.
Assim, no poder o representante da Administrao ser
substitudo por terceiros, ele poder ter terceiro contratado para assisti-
lo ou subsidi-lo.
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Diante disso, importante percebemos que, nos termos
do art. 71 da Lei de Licitaes e Contratos, o contratado responsvel
pelos encargos trabalhistas, previdencirios, fiscais e comerciais
resultantes da execuo do contrato. Porm, cabe Administrao
fiscalizar o recolhimento de tais encargos.
Assim, eventual inadimplncia do contratado, com
referncia a tais encargos trabalhistas, fiscais e comerciais no
transfere a responsabilidade Administrao Pblica, tampouco poder
onerar o objeto do contrato ou restringir a regularizao e o uso das
obras e edificaes, inclusive perante o Registro de Imveis.
A Administrao Pblica, importante ressaltar, somente
responder solidariamente com o contratado pelos encargos
previdencirios resultantes da execuo do contrato, nos termos do art.
31 da Lei n 8.212, assim expresso:
Art. 31. A empresa contratante de servios executados
mediante cesso de mo de obra, inclusive em regime de
trabalho temporrio, dever reter 11% (onze por cento)
do valor bruto da nota fiscal ou fatura de prestao de
servios e recolher, em nome da empresa cedente da mo
de obra, a importncia retida at o dia 20 (vinte) do ms
subsequente ao da emisso da respectiva nota fiscal ou
fatura, ou at o dia til imediatamente anterior se no
houver expediente bancrio naquele dia, observado o
disposto no 5o do art. 33 desta Lei.
De outro lado, a Administrao no responde, conforme a
Lei de Licitaes e Contratos Administrativos, em razo de
inadimplncia do contratado em relao a encargos trabalhistas.
No entanto, o entendimento do Tribunal Superior do
Trabalho, nos termos do E-331, no sentido de que a Administrao
Pblica responde subsidiariamente, quando ficar evidenciado a falta de
fiscalizao em relao ao cumprimento das obrigaes trabalhistas.
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CONTRATO DE PRESTAO DE SERVIOS. LEGALIDADE
(nova redao do item IV e inseridos os itens V e VI
redao) - Res. 174/2011, DEJT divulgado em 27, 30 e
31.05.2011
I - A contratao de trabalhadores por empresa interposta
ilegal, formando-se o vnculo diretamente com o
tomador dos servios, salvo no caso de trabalho
temporrio (Lei n 6.019, de 03.01.1974).
II - A contratao irregular de trabalhador, mediante
empresa interposta, no gera vnculo de emprego com os
rgos da Administrao Pblica direta, indireta ou
fundacional (art. 37, II, da CF/1988).
III - No forma vnculo de emprego com o tomador a
contratao de servios de vigilncia (Lei n 7.102, de
20.06.1983) e de conservao e limpeza, bem como a de
servios especializados ligados atividade-meio do
tomador, desde que inexistente a pessoalidade e a
subordinao direta.
IV - O inadimplemento das obrigaes trabalhistas, por
parte do empregador, implica a responsabilidade
subsidiria do tomador dos servios quanto quelas
obrigaes, desde que haja participado da relao
processual e conste tambm do ttulo executivo judicial.
V - Os entes integrantes da Administrao Pblica
direta e indireta respondem subsidiariamente, nas
mesmas condies do item IV, caso evidenciada a
sua conduta culposa no cumprimento das
obrigaes da Lei n. 8.666, de 21.06.1993,
especialmente na fiscalizao do cumprimento das
obrigaes contratuais e legais da prestadora de
servio como empregadora. A aludida responsabilidade
no decorre de mero inadimplemento das obrigaes
trabalhistas assumidas pela empresa regularmente
contratada.
VI A responsabilidade subsidiria do tomador de
servios abrange todas as verbas decorrentes da
condenao referentes ao perodo da prestao laboral.
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Extino (Resciso contratual)
Dispe a Lei de Licitaes e Contratos que a resciso do
contrato poder ocorrer de trs formas:
Por ato unilateral e escrito da Administrao;
Amigavelmente, por acordo entre as partes, reduzida
a termo no processo da licitao, desde que haja
convenincia para a Administrao;
Judicialmente, nos termos da legislao;
Os casos que possibilitam a resciso unilateralmente pela
Administrao esto expressos no art. 78, incs. I a XII e inc. XVII, Lei
n 8.666/93, sendo:
I - o no cumprimento de clusulas contratuais,
especificaes, projetos ou prazos;
II - o cumprimento irregular de clusulas contratuais,
especificaes, projetos e prazos;
III - a lentido do seu cumprimento, levando a
Administrao a comprovar a impossibilidade da concluso
da obra, do servio ou do fornecimento, nos prazos
estipulados;
IV - o atraso injustificado no incio da obra, servio ou
fornecimento;
V - a paralisao da obra, do servio ou do fornecimento,
sem justa causa e prvia comunicao Administrao;
VI - a subcontratao total ou parcial do seu objeto, a
associao do contratado com outrem, a cesso ou
transferncia, total ou parcial, bem como a fuso, ciso ou
incorporao, no admitidas no edital e no contrato;
VII - o desatendimento das determinaes regulares da
autoridade designada para acompanhar e fiscalizar a sua
execuo, assim como as de seus superiores;
VIII - o cometimento reiterado de faltas na sua execuo,
anotadas na forma do 1o do art. 67 desta Lei;
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IX - a decretao de falncia ou a instaurao de
insolvncia civil;
X - a dissoluo da sociedade ou o falecimento do
contratado;
XI - a alterao social ou a modificao da finalidade ou
da estrutura da empresa, que prejudique a execuo do
contrato;
XII - razes de interesse pblico, de alta relevncia e
amplo conhecimento, justificadas e determinadas pela
mxima autoridade da esfera administrativa a que est
subordinado o contratante e exaradas no processo
administrativo a que se refere o contrato;
XVII - a ocorrncia de caso fortuito ou de fora maior,
regularmente comprovada, impeditiva da execuo do
contrato.
A resciso amigvel, ou por acordo entre as partes,
ocorre quando h consenso entre as partes, ou seja, por acordo mtuo
mediante a formalizao de distrato, conforme prev o art. 78, incisos
XIII a XVI, da Lei 8.666/93, havendo convenincia para a
Administrao.
Penalidades
A Administrao poder aplicar as seguintes sanes aos
contratados:
Art. 86. O atraso injustificado na execuo do contrato
sujeitar o contratado multa de mora, na forma prevista no
instrumento convocatrio ou no contrato.
1o A multa a que alude este artigo no impede que a
Administrao rescinda unilateralmente o contrato e aplique as
outras sanes previstas nesta Lei.
2o A multa, aplicada aps regular processo administrativo,
ser descontada da garantia do respectivo contratado.
3o Se a multa for de valor superior ao valor da garantia
prestada, alm da perda desta, responder o contratado pela
sua diferena, a qual ser descontada dos pagamentos
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eventualmente devidos pela Administrao ou ainda, quando for
o caso, cobrada judicialmente.
Art. 87. Pela inexecuo total ou parcial do contrato a
Administrao poder, garantida a prvia defesa, aplicar ao
contratado as seguintes sanes:
I - advertncia;
II - multa, na forma prevista no instrumento convocatrio ou
no contrato; (multa compensatria)
III - suspenso temporria de participao em licitao e
impedimento de contratar com a Administrao, por prazo no
superior a 2 (dois) anos;
IV - declarao de inidoneidade para licitar ou contratar com
a Administrao Pblica enquanto perdurarem os motivos
determinantes da punio ou at que seja promovida a
reabilitao perante a prpria autoridade que aplicou a
penalidade, que ser concedida sempre que o contratado
ressarcir a Administrao pelos prejuzos resultantes e aps
decorrido o prazo da sano aplicada com base no inciso
anterior.
de se ressaltar que em razo da inexecuo total ou
parcial do contrato a Administrao poder, garantida a prvia defesa,
aplicar ao contratado as sanes acima descritas.
Na hiptese das sanes de advertncia, suspenso e
declarao de inidoneidade para licitar ou contratar podero ser
aplicadas juntamente com a do inciso II (multa), facultada a defesa
prvia do interessado, no respectivo processo, no prazo de 5
(cinco) dias teis.
isso, vamos s questes.
Regime Diferenciado de Contratao (RDC)
A Lei n 12.462/2011 instituiu o denominado Regime
Diferenciado de Contrataes Pblicas (RDC), regulamentado
pelo Decreto 7.581/2011 (Regulamento do RDC). O RDC diploma,
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nacional, no entanto, aplica-se exclusivamente s licitaes e contratos
para os jogos mundiais, conforme o seguinte:
Art. 1 institudo o Regime Diferenciado de
Contrataes Pblicas (RDC), aplicvel exclusivamente s
licitaes e contratos necessrios realizao:
I - dos Jogos Olmpicos e Paraolmpicos de 2016,
constantes da Carteira de Projetos Olmpicos a ser definida
pela Autoridade Pblica Olmpica (APO); e
II - da Copa das Confederaes da Federao
Internacional de Futebol Associao - Fifa 2013 e da Copa
do Mundo Fifa 2014, definidos pelo Grupo Executivo -
Gecopa 2014 do Comit Gestor institudo para definir,
aprovar e supervisionar as aes previstas no Plano
Estratgico das Aes do Governo Brasileiro para a
realizao da Copa do Mundo Fifa 2014 - CGCOPA 2014,
restringindo-se, no caso de obras pblicas, s constantes
da matriz de responsabilidades celebrada entre a Unio,
Estados, Distrito Federal e Municpios;
III - de obras de infraestrutura e de contratao de
servios para os aeroportos das capitais dos Estados da
Federao distantes at 350 km (trezentos e cinquenta
quilmetros) das cidades sedes dos mundiais referidos nos
incisos I e II.
IV - das aes integrantes do Programa de Acelerao do
Crescimento (PAC) (Includo pela Lei n 12.688, de
2012)
V - das obras e servios de engenharia no mbito do
Sistema nico de Sade - SUS. (Includo pala Lei n
12.745, de 2012)
VI - das obras e servios de engenharia para construo,
ampliao e reforma de estabelecimentos penais e
unidades de atendimento socioeducativo. (Includo
pela Medida Provisria n 630, de 2013)
Observe, portanto, que o RDC
aplicvel exclusivamente aos seguintes eventos ou obras:
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a) Da Copa das Confederaes da FIFA 2013;
b) da Copa do Mundo FIFA 2014;
c) dos Jogos Olmpicos e Paraolmpicos de 2016; e
d) de obras de infraestrutura e de contratao de servios para
os aeroportos das capitais dos estados da Federao distantes
at 350 km das cidades sedes desses eventos internacionais.
e) das aes integrantes do Programa de Acelerao do
Crescimento (PAC)
f) das obras e servios de engenharia no mbito do Sistema
nico de Sade - SUS.
g) das obras e servios de engenharia para construo,
ampliao e reforma de estabelecimentos penais e unidades de
atendimento socioeducativo.
Entretanto, alm dessas hipteses, dispe o art. 1, 3,
que o RDC tambm aplicvel s licitaes e contratos necessrios
realizao de obras e servios de engenharia no mbito dos
sistemas pblicos de ensino.
Em tais situaes, a utilizao do RDC dever est
expressa no instrumento convocatrio e resultar no afastamento das
normas contidas na Lei n 8.666/93, ressalvando-se os casos previstos
na prpria Lei do RDC.
E quais so os objetivos do RDC? A Lei n 12.462/2011
estabelece que o RDC tenha os seguintes objetivos:
I) Ampliar a eficincia nas contrataes pblicas e a
competitividade entre os licitantes;
II) Promover a troca de experincias e tecnologias em busca
da melhor relao entre custos e benefcios para o setor
pblico;
III) Incentivar a inovao tecnolgica; e
IV) Assegurar tratamento isonmico entre os licitantes e a
seleo da proposta mais vantajosa para a administrao
pblica.
As licitaes e contrataes realizadas por meio do RDC
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devero observar os princpios da legalidade, da impessoalidade, da
moralidade, da igualdade, da publicidade, da eficincia, da probidade
administrativa, da economicidade, do desenvolvimento nacional
sustentvel, da vinculao ao instrumento convocatrio e do julgamento
objetivo, conforme o seguinte:
Art. 3 As licitaes e contrataes realizadas em
conformidade com o RDC devero observar os princpios
da legalidade, da impessoalidade, da moralidade, da
igualdade, da publicidade, da eficincia, da probidade
administrativa, da economicidade, do desenvolvimento
nacional sustentvel, da vinculao ao instrumento
convocatrio e do julgamento objetivo.
O art. 2 estabelece as definies que devero ser
observadas na utilizao do RDC, sendo:
Art. 2 Na aplicao do RDC, devero ser observadas as
seguintes definies:
I - empreitada integral: quando se contrata um
empreendimento em sua integralidade, compreendendo a
totalidade das etapas de obras, servios e instalaes
necessrias, sob inteira responsabilidade da contratada
at a sua entrega ao contratante em condies de entrada
em operao, atendidos os requisitos tcnicos e legais
para sua utilizao em condies de segurana estrutural
e operacional e com as caractersticas adequadas s
finalidades para a qual foi contratada;
II - empreitada por preo global: quando se contrata a
execuo da obra ou do servio por preo certo e total;
III - empreitada por preo unitrio: quando se contrata a
execuo da obra ou do servio por preo certo de
unidades determinadas;
IV - projeto bsico: conjunto de elementos necessrios e
suficientes, com nvel de preciso adequado, para,
observado o disposto no pargrafo nico deste artigo:
a) caracterizar a obra ou servio de engenharia, ou
complexo de obras ou servios objeto da licitao, com
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base nas indicaes dos estudos tcnicos preliminares;
b) assegurar a viabilidade tcnica e o adequado
tratamento do impacto ambiental do empreendimento; e
c) possibilitar a avaliao do custo da obra ou servio e a
definio dos mtodos e do prazo de execuo;
V - projeto executivo: conjunto dos elementos necessrios
e suficientes execuo completa da obra, de acordo com
as normas tcnicas pertinentes; e
VI - tarefa: quando se ajusta mo de obra para pequenos
trabalhos por preo certo, com ou sem fornecimento de
materiais.
Pargrafo nico. O projeto bsico referido no inciso IV
do caput deste artigo dever conter, no mnimo, sem
frustrar o carter competitivo do procedimento licitatrio,
os seguintes elementos:
I - desenvolvimento da soluo escolhida de forma a
fornecer viso global da obra e identificar seus elementos
constitutivos com clareza;
II - solues tcnicas globais e localizadas,
suficientemente detalhadas, de forma a restringir a
necessidade de reformulao ou de variantes durante as
fases de elaborao do projeto executivo e de realizao
das obras e montagem a situaes devidamente
comprovadas em ato motivado da administrao pblica;
III - identificao dos tipos de servios a executar e de
materiais e equipamentos a incorporar obra, bem como
especificaes que assegurem os melhores resultados para
o empreendimento;
IV - informaes que possibilitem o estudo e a deduo de
mtodos construtivos, instalaes provisrias e condies
organizacionais para a obra;
V - subsdios para montagem do plano de licitao e
gesto da obra, compreendendo a sua programao, a
estratgia de suprimentos, as normas de fiscalizao e
outros dados necessrios em cada caso, exceto, em
relao respectiva licitao, na hiptese de contratao
integrada;
VI - oramento detalhado do custo global da obra,
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fundamentado em quantitativos de servios e
fornecimentos propriamente avaliados.
No regime do RDC dever a licitao basicamente seguir
os procedimentos j adotados para as licitaes em geral, ou seja,
detalhar o objeto a ser contratado, vedando-se especificaes
excessivas ou desnecessrias (art. 6). No entanto, h regras
diferenciadas, tal como:
Art. 7 No caso de licitao para aquisio de bens, a
administrao pblica poder:
I - indicar marca ou modelo, desde que formalmente
justificado, nas seguintes hipteses:
a) em decorrncia da necessidade de padronizao do
objeto;
b) quando determinada marca ou modelo comercializado
por mais de um fornecedor for a nica capaz de atender
s necessidades da entidade contratante; ou
c) quando a descrio do objeto a ser licitado puder ser
melhor compreendida pela identificao de determinada
marca ou modelo aptos a servir como referncia, situao
em que ser obrigatrio o acrscimo da expresso ou
similar ou de melhor qualidade;
II - exigir amostra do bem no procedimento de pr-
qualificao, na fase de julgamento das propostas ou de
lances, desde que justificada a necessidade da sua
apresentao;
III - solicitar a certificao da qualidade do produto ou do
processo de fabricao, inclusive sob o aspecto ambiental,
por qualquer instituio oficial competente ou por entidade
credenciada; e
IV - solicitar, motivadamente, carta de solidariedade
emitida pelo fabricante, que assegure a execuo do
contrato, no caso de licitante revendedor ou distribuidor.
No RDC h a previso de execuo indireta de obras e
servios de engenharia ser contratada para execuo nos seguintes
regimes:
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O contedo deste curso de uso exclusivo de Cicero Romao Araujo03981924487, vedada, por quaisquer meios e a qualquer ttulo, a sua reproduo,cpia, divulgao e distribuio, sujeitando-se os infratores responsabilizao civil e criminal.
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I empreitada por preo unitrio;
II empreitada por preo global;
III contratao por tarefa;
IV empreitada integral; ou
V contratao integrada.
A lei estabelece preferncia por contratao por tarefa,
integral ou integrada, sendo essa modalidade uma novidade.
Prev o 1 do art. 9 que a contratao integrada
compreende a elaborao e o desenvolvimento dos projetos
bsico e executivo, a execuo de obras e servios de
engenharia, a montagem, a realizao de testes, a pr-operao
e todas as demais operaes necessrias e suficientes para a
entrega final do objeto.
Na utilizao da contratao integrada dever ser
observado, conforme art. 9, o seguinte:
2 No caso de contratao integrada:
I - o instrumento convocatrio dever conter anteprojeto
de engenharia que contemple os documentos tcnicos
destinados a possibilitar a caracterizao da obra ou
servio, incluindo:
a) a demonstrao e a justificativa do programa de
necessidades, a viso global dos investimentos e as
definies quanto ao nvel de servio desejado;
b) as condies de solidez, segurana, durabilidade e
prazo de entrega, observado o disposto no caput e no
1o do art. 6o desta Lei;
c) a esttica do projeto arquitetnico; e
d) os parmetros de adequao ao interesse pblico,
economia na utilizao, facilidade na execuo, aos
impactos ambientais e acessibilidade;
II - o valor estimado da contratao ser calculado com
base nos valores praticados pelo mercado, nos valores
pagos pela administrao pblica em servios e obras
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similares ou na avaliao do custo global da obra, aferida
mediante oramento sinttico ou metodologia expedita ou
paramtrica; e
III - ser adotado o critrio de julgamento de tcnica e
preo.
importante destacar que, de acordo com o 4 do art.
9, nas hipteses em que for adotada a contratao integrada, vedada
a celebrao de termos aditivos aos contratos firmados, exceto nos
seguintes casos:
I - para recomposio do equilbrio econmico-financeiro
decorrente de caso fortuito ou fora maior; e
II - por necessidade de alterao do projeto ou das
especificaes para melhor adequao tcnica aos
objetivos da contratao, a pedido da administrao
pblica, desde que no decorrentes de erros ou omisses
por parte do contratado, observados os limites previstos
no 1o do art. 65 da Lei no 8.666, de 21 de junho de
1993.
Quanto ao procedimento licitatrio, o RDC deve ser
processado preferencialmente sob a forma eletrnica, e embora no se
tenha adotado uma nova modalidade, estabelece regras distintas das
tradicionais, adotando as seguintes fases (art. 12):
a) Preparatria;
b) Publicao do instrumento convocatrio;
c) Apresentao de propostas ou lances;
d) Julgamento;
e) Habilitao;
f) Recursal; e
g) Encerramento.
Ademais, observe que, quando previsto no edital, poder
haver a inverso de fases, ou seja, a habilitao poder preceder a as
fases de apresentao de propostas e julgamento.
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Na habilitao, alm das disposies previstas na Lei n
8.666/93, devem ser observados os seguintes requisitos:
Art. 14. Na fase de habilitao das licitaes realizadas em
conformidade com esta Lei, aplicar-se-, no que couber, o
disposto nos arts. 27 a 33 da Lei n 8.666, de 21 de junho
de 1993, observado o seguinte:
I - poder ser exigida dos licitantes a declarao de que
atendem aos requisitos de habilitao;
II - ser exigida a apresentao dos documentos de
habilitao apenas pelo licitante vencedor, exceto no caso
de inverso de fases;
III - no caso de inverso de fases, s sero recebidas as
propostas dos licitantes previamente habilitados; e
IV - em qualquer caso, os documentos relativos
regularidade fiscal podero ser exigidos em momento
posterior ao julgamento das propostas, apenas em relao
ao licitante mais bem classificado.
Pargrafo nico. Nas licitaes disciplinadas pelo RDC:
I - ser admitida a participao de licitantes sob a forma
de consrcio, conforme estabelecido em regulamento; e
II - podero ser exigidos requisitos de sustentabilidade
ambiental, na forma da legislao aplicvel.
Outrossim, importante tambm observar que houve
inovao quanto aos critrios de julgamento, tendo o RDC adotado o
seguinte:
I menor preo ou maior desconto;
II tcnica e preo;
III melhor tcnica ou contedo artstico;
IV maior oferta de preo; ou
V maior retorno econmico.
Devero ser fixados parmetros objetivos para o
julgamento das propostas, conforme definidos no instrumento
convocatrio.
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De acordo com o art. 24, no julgamento, poder ocorrer a
desclassificao das propostas. Vejamos:
Art. 24. Sero desclassificadas as propostas que:
I - contenham vcios insanveis;
II - no obedeam s especificaes tcnicas
pormenorizadas no instrumento convocatrio;
III - apresentem preos manifestamente inexequveis ou
permaneam acima do oramento estimado para a
contratao, inclusive nas hipteses previstas no art.
6o desta Lei;
IV - no tenham sua exequibilidade demonstrada, quando
exigido pela administrao pblica; ou
V - apresentem desconformidade com quaisquer outras
exigncias do instrumento convocatrio, desde que
insanveis.
1 A verificao da conformidade das propostas poder
ser feita exclusivamente em relao proposta mais bem
classificada.
2 A administrao pblica poder realizar diligncias
para aferir a exequibilidade das propostas ou exigir dos
licitantes que ela seja demonstrada, na forma do inciso IV
do caput deste artigo.
3 No caso de obras e servios de engenharia, para
efeito de avaliao da exequibilidade e de sobrepreo,
sero considerados o preo global, os quantitativos e os
preos unitrios considerados relevantes, conforme
dispuser o regulamento.
Art. 25. Em caso de empate entre 2 (duas) ou mais
propostas, sero utilizados os seguintes critrios de
desempate, nesta ordem:
I - disputa final, em que os licitantes empatados podero
apresentar nova proposta fechada em ato contnuo
classificao;
II - a avaliao do desempenho contratual prvio dos
licitantes, desde que exista sistema objetivo de avaliao
institudo;
III - os critrios estabelecidos no art. 3o da Lei no 8.248,
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de 23 de outubro de 1991, e no 2 do art. 3 da Lei n
8.666, de 21 de junho de 1993; e
IV - sorteio.
Pargrafo nico. As regras previstas no caput deste artigo
no prejudicam a aplicao do disposto no art. 44 da Lei
Complementar no 123, de 14 de dezembro de 2006.
No RDC permitido Administrao, quando definido o
resultado do julgamento, negociar (art. 26) condies mais vantajosas
com o primeiro colocado. E, ainda, com os demais licitantes, segundo a
ordem de classificao inicialmente estabelecida, quando o preo do
primeiro colocado, mesmo aps a negociao, for desclassificado por
sua proposta permanecer acima do oramento estimado.
Em regra, conforme prev o art. 27, o procedimento
licitatrio ter uma fase recursal nica, que se seguir habilitao do
vencedor, salvo no caso de inverso de fases. E, exauridos os recursos
administrativos, o procedimento licitatrio ser encerrado e
encaminhado autoridade superior, que poder:
A) Determinar o retorno dos autos para saneamento de
irregularidades que forem suprveis;
B) Anular o procedimento, no todo ou em parte, por vcio
insanvel;
C) Revogar o procedimento por motivo de convenincia e
oportunidade; ou
D) Adjudicar o objeto e homologar a licitao.
As licitaes promovidas com base no RDC sero
processadas e julgadas por comisso permanente ou especial de
licitaes, composta majoritariamente por servidores ou empregados
pblicos pertencentes aos quadros permanentes dos rgos ou
entidades da administrao pblica responsveis pela licitao (art.
34).
Art. 34. As licitaes promovidas consoante o RDC sero
processadas e julgadas por comisso permanente ou
especial de licitaes, composta majoritariamente por
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servidores ou empregados pblicos pertencentes aos
quadros permanentes dos rgos ou entidades da
administrao pblica responsveis pela licitao.
1 As regras relativas ao funcionamento das comisses
de licitao e da comisso de cadastramento de que trata
esta Lei sero estabelecidas em regulamento.
2 Os membros da comisso de licitao respondero
solidariamente por todos os atos praticados pela comisso,
salvo se posio individual divergente estiver registrada na
ata da reunio em que houver sido adotada a respectiva
deciso.
Aplicam-se ao RDC as hipteses de dispensa e
inexigibilidade de licitao previstas nos arts. 24 e 25 da Lei n
8.666/1993.
vedada a contratao direta, sem licitao, de pessoa
jurdica na qual haja administrador ou scio com poder de direo que
mantenha relao de parentesco, inclusive por afinidade, at o terceiro
grau civil com detentor de cargo em comisso ou funo de confiana
que atue na rea responsvel pela demanda ou contratao; ou com
autoridade hierarquicamente superior no mbito de cada rgo ou
entidade da administrao pblica.
De acordo com o art. 40, facultado administrao
pblica, quando o convocado no assinar o termo de contrato, ou
no aceitar ou retirar o instrumento equivalente, no prazo e condies
estabelecidos:
I revogar a licitao, sem prejuzo da aplicao das
sanes previstas na Lei 8.666/1993 e na prpria Lei
12.462/2011; ou
II convocar os licitantes remanescentes, na ordem de
classificao, para a celebrao do contrato nas condies
ofertadas pelo licitante vencedor.
No entanto, conforme prev o art. 41, na hiptese
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de nenhum dos licitantes aceitar a contratao nas condies
ofertadas pelo licitante vencedor, a administrao pblica poder
convocar os licitantes remanescentes, na ordem de classificao, para a
celebrao do contrato nas condies ofertadas por eles prprios,
desde que o respectivo valor seja igual ou inferior ao oramento
estimado para a contratao, sob pena de aplicao de sano
(impedimento de licitar e contratar, pelo prazo de at cinco anos), nos
termos do art. 47 da Lei 12.462/2011.
Art. 47. Ficar impedido de licitar e contratar com a Unio,
Estados, Distrito Federal ou Municpios, pelo prazo de at
5 (cinco) anos, sem prejuzo das multas previstas no
instrumento convocatrio e no contrato, bem como das
demais cominaes legais, o licitante que:
I - convocado dentro do prazo de validade da sua proposta
no celebrar o contrato, inclusive nas hipteses previstas
no pargrafo nico do art. 40 e no art. 41 desta Lei;
Finalmente, aplicam-se ao RDC todas as sanes
administrativas e criminais previstas na Lei n 8.666/1993, bem
como o impedimento de licitar e contratar com a Unio, estados,
Distrito Federal ou municpios, pelo prazo de at cinco anos.
Art. 47. Ficar impedido de licitar e contratar com a Unio,
Estados, Distrito Federal ou Municpios, pelo prazo de at
5 (cinco) anos, sem prejuzo das multas previstas no
instrumento convocatrio e no contrato, bem como das
demais cominaes legais, o licitante que:
As sanes sero aplicadas nos seguintes casos:
I convocado dentro do prazo de validade da sua
proposta no celebrar o contrato;
II deixar de entregar a documentao exigida para o
certame ou apresentar documento falso;
III ensejar o retardamento da execuo ou da entrega
do objeto da licitao sem motivo justificado;
IV no mantiver a proposta, salvo se em decorrncia de
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fato superveniente, devidamente justificado;
V fraudar a licitao ou praticar atos fraudulentos na
execuo do contrato;
VI comportar-se de modo inidneo ou cometer fraude
fiscal; ou
VII der causa inexecuo total ou parcial do contrato.
Em caso de aplicao da penalidade prevista no caput do
art. 47, haver ainda o descredenciamento do licitante, tambm pelo
prazo de at cinco anos, dos sistemas de cadastramento dos entes
federativos que compem a Autoridade Pblica Olmpica (art. 47, 1).
isso. Ento, vamos s questes.
QUESTES COMENTADAS
1. (ANALISTA JUDICIRIO ADMINISTRAO TJ/ES
CESPE/2011) Define-se contrato administrativo como um acordo
entre duas partes em que ambas assumem obrigaes e direitos.
Comentrio:
De acordo com a lio de Hely Lopes, contrato
administrativo o ajuste que a Administrao Pblica, agindo
nessa qualidade, firma com particular ou outra entidade
administrativa para a consecuo de objetivos de interesse
pblico, nas condies estabelecidas pela prpria
Administrao.
Assim, de fato, nos contratos administrativos temos um
acordo entre duas partes em que ambas assumem obrigaes e
direitos.
Gabarito: Certo.
2. (ANALISTA JUDICIRIO EXECUO DE MANDADOS STM
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CESPE/2011) Os contratos administrativos tm, como uma de
suas caractersticas essenciais, o fato de a administrao dispor
de uma posio de supremacia em relao ao contratado. Isso
ocorre mesmo quando a contratao efetivada por pessoas
administrativas de direito privado, como empresas pblicas e
sociedades de economia mista.
Comentrio:
Uma das caractersticas mais marcantes dos contratos
administrativos que, de um lado, h a Administrao atuando com
supremacia em relao ao contratado, ou seja, atua com prerrogativas
que lhe conferem superioridade em relao ao contratado. Essa
caracterstica tambm observada mesmo quando os contratos
administrativos so firmados pelas empresas estatais.
Gabarito: Certo.
3. (ANALISTA JUDICIRIO ADMINISTRAO TJ/ES
CESPE/2011) O contrato administrativo uma modalidade de
contrato em que a administrao pblica estabelece um acordo
com outra entidade administrativa, sendo vedada a contratao
com particulares.
Comentrio:
De fato, o contrato administrativo uma modalidade de
contrato da Administrao. Todavia, pode tanto ser firmado com outra
entidade da Administrao, como com particulares, vide os contratos de
concesso e permisso.
Gabarito: Errado.
4. (TCNICO ADMINISTRATIVO IBAMA CESPE/2012) Todo
contrato celebrado pela administrao pblica ser considerado
um contrato administrativo.
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Comentrio:
Nem todo contrato firmado pela Administrao
considerado contrato administrativo. Nos contratos administrativos
temos a Administrao atuando com supremacia. De outro lado, temos
os contratos privados da Administrao, tal como os contratos de
compra e venda, de locao, de seguro, dentre outros.
Gabarito: Errado.
5. (ANALISTA PROCESSUAL TJ/RO CESPE/2012) Os
contratos administrativos regem-se exclusivamente pelas suas
clusulas e pelos preceitos de direito pblico.
Comentrio:
De acordo com o art. 54 da Lei n 8.666/93, os contratos
administrativos regulam-se pelas suas clusulas e pelos preceitos de
direito pblico. Contudo, aplicam-se, supletivamente, os princpios da
teoria geral dos contratos e as disposies de direito privado.
Gabarito: Errado.
6. (ANALISTA JUDICIRIO ADMINISTRATIVA STM
CESPE/2011) Todos os contratos celebrados pela administrao
pblica so regidos por normas de direito pblico.
Comentrio:
Nem todo contrato firmado pela Administrao contrato
administrativo. De acordo com o art. 54 da Lei n 8.666/93, os
contratos administrativos regulam-se pelas suas clusulas e pelos
preceitos de direito pblico. Contudo, aplicam-se, supletivamente, os
princpios da teoria geral dos contratos e as disposies de direito
privado.
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Todavia, a Administrao tambm pode firmar contratos
regidos pelo direito privado, que sero regidos pelas regras de direito
privado, aplicando-se, no que couber, as regras de direito pblico.
Gabarito: Errado.
7. (TCNICO JUDICIRIO TRT 10 REGIO CESPE/2013)
Para os fins legais, somente ser considerado contrato o ajuste
firmado entre a administrao pblica e particular que seja
assim expressamente denominado em documento formal por
escrito.
Comentrio:
Primeiramente importante perceber que a Lei n
8.666/93 no estabeleceu qualquer definio de contrato. Contudo,
pode-se dizer que contrato todo ajuste firmado entre a administrao
e particular, estando expresso ou no em documento formal, pois at
mesmo possvel o contrato verbal com a Administrao, ainda que
excepcionalmente.
Gabarito: Errado.
8. (ANALISTA JUDICIRIO ADMINISTRATIVA STM
CESPE/2011) O regime jurdico dos contratos administrativos
confere administrao pblica a prerrogativa de modific-los,
unilateralmente, para melhor adequao s finalidades de
interesse pblico; ou mesmo rescindi-los unilateralmente.
Comentrio:
Os contratos administrativos possuem as seguintes
caractersticas: So consensuais, onerosos, formais, comutativos, de
adeso e personalssimos.
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Consensual porque dependem da manifestao de
vontade das partes para se aperfeioar.
Formal por terem que observar os requisitos legais para
sua formalizao (arts. 60 a 62 da Lei n 8.666/93).
Oneroso por haver contraprestao pecuniria.
Comutativo por haver equivalncia de obrigaes e
direitos, ou seja, h obrigaes e direitos recprocos.
Personalssimo (intuitu personae) na medida em que
o contrato sempre firmado em razo das condies pessoais do
contratado.
Tem natureza de contrato de adeso, que todas as
clusulas so firmadas unilateralmente pela Administrao.
Clusulas exorbitantes, ou seja, significa que h
prerrogativas especiais para a Administrao, tal como poder de alterar
o contrato unilateralmente, rescindi-lo unilateralmente, aplicar
punies, fiscalizar e exigir garantia.
H ainda a caracterstica da mutabilidade, isso porque
dentre as clusulas exorbitantes h a possibilidade de alterao
unilateral do contrato por motivo de interesse pblico, conforme prev o
art. 65 da Lei n 8.666/93, ao estabelecer que:
Art. 65. Os contratos regidos por esta Lei podero ser
alterados, com as devidas justificativas, nos seguintes
casos:
I unilateralmente pela Administrao:
a) quando houver modificao do projeto ou das
especificaes, para melhor adequao tcnica aos seus
objetivos;
b) quando necessria a modificao do valor contratual
em decorrncia de acrscimo ou diminuio quantitativa
de seu objeto, nos limites permitidos por esta Lei;
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O contedo deste curso de uso exclusivo de Cicero Romao Araujo03981924487, vedada, por quaisquer meios e a qualquer ttulo, a sua reproduo,cpia, divulgao e distribuio, sujeitando-se os infratores responsabilizao civil e criminal.
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Gabarito: Certo.
9. (ANALISTA DE CORREIOS ADVOGADO CORREIOS
CESPE/2011) A possibilidade de alterao unilateral do contrato
administrativo pela administrao pblica, independentemente
de motivao, constitui uma de suas clusulas exorbitantes.
Comentrio:
Nos contratos administrativos temos a presena das
denominadas clusulas exorbitantes, ou seja, disposies que conferem
posio privilegiada (poderes especiais) para a Administrao.
Dentre tais clusulas temos o poder de a Administrao
aplicar sanes, fiscalizar a execuo do contrato, rescindir
unilateralmente, bem como de alter-lo unilateralmente.
Contudo, qualquer desses poderes, inclusive a alterao
unilateral deve ser devidamente justificativa, ou seja, sempre
exercido de forma motivada, conforme determina o art. 65 da Lei n
8.666/93, assim expresso:
Art. 65. Os contratos regidos por esta Lei podero ser
alterados, com as devidas justificativas, nos seguintes
casos:
I unilateralmente pela Administrao:
Gabarito: Errado.
10. (ANALISTA JUDICIRIO - ADMINISTRATIVA TJ/ES
CESPE/2011) A regra segundo a qual os contratos
administrativos so realizados intuitu personae absoluta.
Comentrio:
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Os contratos so firmados em razo das condies e
qualidades pessoais da contratada, verificadas no momento da
habilitao. Contudo, verifica-se que no se trata de uma regra absoluta
na medida em que quando houver previso no edital e for autorizado
pela Administrao poder haver subcontratao de parte do objeto
contratado.
Gabarito: Errado.
11. (PROMOTOR DE JUSTIA MPE/RR CESPE/2012)
Segundo a doutrina, a natureza intuito personae no se insere,
em regra, entre as peculiaridades do contrato administrativo.
Comentrio:
peculiaridade ou caracterstica dos contratos
administrativos ser personalssimo, ou seja, intuito personae, pois as
qualidades pessoais da contratada, verificadas na habilitao que
ensejaram a contratao.
Gabarito: Errado.
12. (ESPECIALISTA TELEBRS CESPE/2013) O carter
personalssimo do contrato administrativo no absoluto,
podendo, em determinadas circunstncias, o licitante vencedor
do certame ser substitudo.
Comentrio:
De fato, embora os contratos administrativos tenham por
caractersticas serem perso