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    C i c e r o R o m a o A r a u j o 0 3 9 8 1 9 2 4 4 8 7

    O contedo deste curso de uso exclusivo de Cicero Romao Araujo03981924487, vedada, por quaisquer meios e a qualquer ttulo, a sua reproduo,cpia, divulgao e distribuio, sujeitando-se os infratores responsabilizao civil e criminal.

    CURSO DE TEORIA E EXERCCIOS

    ANALISTA JUDICIRIO - TJ/CE

    AULA 06 CONTRATOS ADMINISTRATIVOS

    Prof. Edson Marques

    www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Edson Marques 1

    Ol!

    Boa tarde. Vamos que vamos. O ritmo esse. Hoje

    veremos o seguinte:

    Aula 06:

    11 contratos administrativos. 11.1 Legislao pertinente.

    11.1.1 Lei n 8.666/1993. 11.1.4 Lei n 12.462/2011

    (Regime Diferenciado de Contrataes pblicas).

    Vamos ao que interessa.

    SUMRIO

    Contratos Administrativos ................................................................... 2

    Caractersticas ..................................................................................... 3

    Contrato x instrumento contratual....................................................... 5

    Vigncia (Durao do contrato) ........................................................... 8

    Garantia contratual .............................................................................. 9

    Alterao contratual .......................................................................... 11

    Fiscalizao ....................................................................................... 14

    Extino (Resciso contratual) .......................................................... 18

    Penalidades ....................................................................................... 19

    Regime Diferenciado de Contratao (RDC) ....................................... 20

    QUESTES COMENTADAS ................................................................... 33

    QUESTES SELECIONADAS .............................................................. 100

    GABARITO ....................................................................................... 117

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    O contedo deste curso de uso exclusivo de Cicero Romao Araujo03981924487, vedada, por quaisquer meios e a qualquer ttulo, a sua reproduo,cpia, divulgao e distribuio, sujeitando-se os infratores responsabilizao civil e criminal.

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    Contratos Administrativos

    Contrato administrativo, na abalizada lio de Hely Lopes

    Meirelles, o ajuste que a Administrao Pblica, agindo nessa

    qualidade, firma com particular ou outra entidade administrativa para a

    consecuo de objetivos de interesse pblico, nas condies

    estabelecidas pela prpria Administrao.

    Para Maria Sylvia Zanella Di Pietro contrato administrativo

    o ajuste que a Administrao, nessa qualidade, celebra com pessoas

    fsicas ou jurdicas, pblicas ou privadas, para a consecuo de fins

    pblicos, segundo regime de direito pblico.

    Assim, podemos definir contrato administrativo como a

    avena em que a Administrao Pblica, agindo como tal,

    estabelece com o particular ou com outro ente pblico, para a

    consecuo de interesse pblico.

    Percebam que utilizamos de definio mais restritiva na

    medida em que nem todo contrato firmado pela Administrao

    considerado contrato administrativo.

    A corrente majoritria tem o entendimento de que, de

    forma ampla, a Administrao firma diversas espcies de contratos,

    denominados contratos da administrao, sendo espcie destes os

    contratos regidos pelo direito privado (contratos administrativos

    atpicos), e os regidos pelo direito pblico (contratos administrativos

    tpicos).

    Os contratos administrativos so regidos

    predominantemente pelo Direito Pblico, estando a Administrao em

    posio de supremacia. Todavia, preciso salientar que, em que pese

    serem regidos pelo direito pblico, aos contratos administrativos se

    aplicam, de forma supletiva, os princpios da teoria geral dos contratos

    e as disposies de direito privado, conforme art. 54 da Lei n

    8.666/93.

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    O contedo deste curso de uso exclusivo de Cicero Romao Araujo03981924487, vedada, por quaisquer meios e a qualquer ttulo, a sua reproduo,cpia, divulgao e distribuio, sujeitando-se os infratores responsabilizao civil e criminal.

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    De outro lado, nos contratos submetidos ao Direito

    Privado, atua a Administrao em posio de igualdade com o particular.

    Porm, ainda que se diga regido pelo direito privado, os contratos

    privados da administrao, qualquer que seja ele, sempre ter a

    influncia das normas de direito pblico, conforme expressa o art. 62,

    da Lei de Licitaes e Contratos (Lei n 8.666/93), que assim dispe:

    Art. 62.

    3 - Aplica-se o disposto nos arts. 55 e 58 a 61 desta Lei

    e demais normas gerais, no que couber:

    I - aos contratos de seguro, de financiamento, de locao

    em que o Poder Pblico seja locatrio, e aos demais cujo

    contedo seja regido, predominantemente, por norma de

    direito privado;

    II - aos contratos em que a Administrao for parte como

    usuria de servio pblico.

    Insta esclarecer, ademais, que compete Unio

    estabelecer normas gerais sobre contratos administrativos, consoante

    dico do art. 22, inc. XXVII, da CF/1988.

    Caractersticas

    Com efeito, os contratos administrativos tm as seguintes

    caractersticas:

    a) consensual, ou seja, dependem da manifestao de

    vontade das partes para se aperfeioar.

    b) em regra, formal, devendo observar os requisitos

    legais conforme arts. 60 a 62 da Lei n 8.666/93, ou seja, observa o

    procedimento legal.

    importante destacar que os contratos devem ser escrito

    no vernculo, ou seja, na nossa lngua, de modo que os feitos no

    exterior devero ser traduzidos, conforme entendimento do TCU, que

    assim preconiza: necessria a traduo para o vernculo de

    contratos redigidos em lngua estrangeira, celebrados ou no no

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    O contedo deste curso de uso exclusivo de Cicero Romao Araujo03981924487, vedada, por quaisquer meios e a qualquer ttulo, a sua reproduo,cpia, divulgao e distribuio, sujeitando-se os infratores responsabilizao civil e criminal.

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    Brasil, cujo cumprimento e execuo devam se dar dentro do

    territrio brasileiro.

    c) oneroso, ou seja, no gratuito, h contraprestao

    pecuniria.

    d) comutativo, isto , h equivalncia de obrigaes,

    previamente ajustadas e conhecidas.

    e) personalssimo (intuitu personae), ou seja, o

    contrato sempre firmado em razo das condies pessoais do

    contratado. Por isso, como regra vedada a subcontratao, salvo se

    expressamente prevista no edital e autorizada pela Administrao.

    f) tem natureza de contrato de adeso, que todas as

    clusulas so firmadas unilateralmente pela Administrao. Devemos

    observar, inclusive, que a minuta do contrato parte integrante do

    edital de licitante, como anexo. Porm, mesmo nos casos de

    contratao direta, as clusulas so elaboradas pela Administrao.

    Significa dizer que o contratado no influi quase nada das

    clusulas contratuais, inclusive, muitas deles j estabelecida como

    obrigatrias pela prpria Lei, conforme art. 55, as quais valem a pena

    indicar, apenas para termos cincia, sendo:

    Art. 55. So clusulas necessrias em todo contrato as que

    estabeleam:

    I - o objeto e seus elementos caractersticos;

    II - o regime de execuo ou a forma de fornecimento;

    III - o preo e as condies de pagamento, os critrios, data-

    base e periodicidade do reajustamento de preos, os critrios de

    atualizao monetria entre a data do adimplemento das

    obrigaes e a do efetivo pagamento;

    IV - os prazos de incio de etapas de execuo, de concluso, de

    entrega, de observao e de recebimento definitivo, conforme o

    caso;

    V - o crdito pelo qual correr a despesa, com a indicao da

    classificao funcional programtica e da categoria econmica;

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    O contedo deste curso de uso exclusivo de Cicero Romao Araujo03981924487, vedada, por quaisquer meios e a qualquer ttulo, a sua reproduo,cpia, divulgao e distribuio, sujeitando-se os infratores responsabilizao civil e criminal.

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    VI - as garantias oferecidas para assegurar sua plena execuo,

    quando exigidas;

    VII - os direitos e as responsabilidades das partes, as

    penalidades cabveis e os valores das multas;

    VIII - os casos de resciso;

    IX - o reconhecimento dos direitos da Administrao, em caso

    de resciso administrativa prevista no art. 77 desta Lei;

    X - as condies de importao, a data e a taxa de cmbio para

    converso, quando for o caso;

    XI - a vinculao ao edital de licitao ou ao termo que a

    dispensou ou a inexigiu, ao convite e proposta do licitante

    vencedor;

    XII - a legislao aplicvel execuo do contrato e

    especialmente aos casos omissos;

    XIII - a obrigao do contratado de manter, durante toda a

    execuo do contrato, em compatibilidade com as obrigaes

    por ele assumidas, todas as condies de habilitao e

    qualificao exigidas na licitao.

    Portanto, as clusulas dos contratos administrativos so

    elaboradas, unilateralmente, pela Administrao Pblica, sendo

    apresentada aos interessados, em regra, com a abertura da licitao,

    quando da publicao do edital.

    g) mutvel, isso porque dentre as clusulas

    exorbitantes h a possibilidade de alterao unilateral do contrato por

    motivo de interesse pblico.

    Contrato x instrumento contratual

    importante destacar que, em regra, a exigncia

    preliminar para a formalizao de um contrato com a Administrao

    Pblica a realizao de processo licitatrio, ressalvando-se os casos

    em que se permite a contratao direta (dispensa ou inexigibilidade)

    Assim, os requisitos necessrios formalizao do ajuste

    esto dispostos nos artigos 60 a 62 da Lei de Licitaes e Contratos,

    devendo, por exemplo, os contratos e seus aditamentos serem lavrados

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    O contedo deste curso de uso exclusivo de Cicero Romao Araujo03981924487, vedada, por quaisquer meios e a qualquer ttulo, a sua reproduo,cpia, divulgao e distribuio, sujeitando-se os infratores responsabilizao civil e criminal.

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    nas reparties interessadas, manter arquivo cronolgico dos seus

    autgrafos e registro sistemtico do seu extrato etc.

    Por isso, devemos observar que contrato ato jurdico

    bilateral que independe da assinatura de instrumento, ou seja, a

    simples assinatura, por exemplo, em nota de empenho j o caracteriza.

    A propsito, o instrumento o documento escrito onde se

    estabelecem as regras, obrigaes e direitos (termo de contrato).

    Com efeito, o instrumento obrigatrio para as

    contrataes que decorreram de concorrncia ou tomada de preo, e

    para os casos de dispensa ou inexigibilidade, cujos preos se inserem

    no mbito dessas modalidades, nos demais casos, o instrumento

    facultativo, podendo ser substitudo por outros instrumentos.

    Assim, conforme o art. 62 da Lei n 8.666/93, a

    Administrao poder substituir o termo contratual pela carta-

    contrato, nota de empenho de despesa, autorizao de compra

    ou ordem de execuo de servio.

    importante, ademais, atentarmos para o fato de que

    dispensvel o "termo de contrato" e facultada a substituio, a

    critrio da Administrao e independentemente de seu valor, nos casos

    de compra com entrega imediata e integral dos bens adquiridos, dos

    quais no resultem obrigaes futuras, inclusive assistncia tcnica.

    Diante disso, em regra, nulo contrato verbal, pois

    dever ser formalizado por escrito em instrumento contratual ou, nos

    casos em que for permitido, ser substitudo por outro instrumento hbil.

    Todavia, como exceo, poder haver contrato verbal, nos

    casos de pequenas compras de pronta entrega ou pronto pagamento,

    que no ultrapassar 5% do valor do convite, ou seja, R$ 4.000,00

    (quatro mil reais), feitas em regime de adiantamento, conforme art. 60,

    par. nico, Lei n 8.666/93, assim disposto:

    Art. 60.

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    Pargrafo nico. nulo e de nenhum efeito o contrato

    verbal com a Administrao, salvo o de pequenas compras

    de pronto pagamento, assim entendidas aquelas de valor

    no superior a 5% (cinco por cento) do limite estabelecido

    no art. 23, inciso II, alnea "a" desta Lei, feitas em regime

    de adiantamento.

    Por fim, a doutrina ainda cita que poder haver contrato

    verbal em situaes excepcionais e emergenciais, sendo,

    posteriormente, formalizado.

    Nessa linha de entendimento, o TCU manifestou-se no

    sentido de que a ausncia de contrato, situao irregular, no inviabiliza

    a continuidade de execuo de atividade. Ilustrativamente:

    1. O Tribunal de Contas da Unio tem perfilhado

    entendimento no sentido de que, no caso das obras

    rodovirias emergenciais do PETSE: 1.1 a ausncia de

    instrumento de contrato, desde que reste

    comprovada a no-ocorrncia de atos lesivos ao

    errio, irregularidade que permite a continuidade

    da obra mediante o saneamento do vcio original;

    [VOTO]

    25. Quanto irregularidade atinente ao incio das obras

    sem cobertura contratual, permito-me dissentir do

    posicionamento da unidade tcnica, em essencial porque

    as poucas decises deste Tribunal que envolveram

    apenao dos gestores por conta dessa falha, no mbito

    do programa emergencial em destaque, [...], levaram em

    considerao, tambm, outras irregularidades

    devidamente comprovadas, ou referiram-se a casos em

    que as obras foram executadas sem instrumento

    contratual durante praticamente todo o perodo de 180

    dias estipulado no art. 24, inciso IV, do referido dispositivo

    legal, diferentemente da hiptese em tela.

    26. A jurisprudncia dominante do Tribunal aponta para o

    saneamento da ocorrncia com a formalizao posterior

    da avena [...], quando no se tenha verificado, nos

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    processos relativos ao referido programa, as

    circunstncias fticas expostas acima e, mais importante,

    no se tenha configurado prejuzo ao errio decorrente do

    atraso na assinatura do ajuste.

    27. Desse modo, ciente de que no foram assinaladas

    ocorrncias de natureza grave que pudessem ocasionar

    prejuzos ao errio, e adotando a mesma linha de

    entendimento firmada em processos similares j

    apreciados por esta Casa, julgo que o encaminhamento da

    matria prescinde de apenao dos responsveis em

    decorrncia da irregularidade concernente ao atraso na

    lavratura do contrato.

    E, assim, a resenha do TCU:

    nulo e de nenhum efeito o contrato verbal

    com a Administrao, salvo o de pequenas

    compras de pronto pagamento, assim

    entendidas aquelas de valor no superior a

    5% (cinco por cento) do limite estabelecido

    no art. 23, inciso II, alnea "a", da Lei

    8.666/1993, feitas em regime de

    adiantamento

    Vigncia (Durao do contrato)

    Os contratos administrativos, como regra, tm vigncia

    adstrita aos recursos oramentrios, ou seja, devem vigorar dentro da

    vigncia do oramento, conforme estabelece o artigo 57, Lei n

    8.666/93. Desse modo, pode-se dizer que a regra a vigncia dos

    contratos por doze meses.

    No entanto, a prpria Lei estabelece algumas excees,

    tal como:

    a) projetos cujos produtos estejam contemplados nas

    metas estabelecidas no Plano Plurianual, os quais podero ser

    prorrogados se houver interesse da Administrao e desde que isso

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    tenha sido previsto no ato convocatrio;

    b) Prestao de servios a serem executados de forma

    contnua, que podero ter a sua durao prorrogada por iguais e

    sucessivos perodos com vistas obteno de preos e condies mais

    vantajosas para a administrao, limitada a sessenta meses

    c) Aluguel de equipamentos e utilizao de programas

    de informtica, podendo a durao estender-se pelo prazo de at 48

    (quarenta e oito) meses aps o incio da vigncia do contrato.

    Admite-se, ainda, em carter excepcional, devidamente

    justificado e mediante autorizao da autoridade superior, que o prazo

    dos contratos de prestao de servio sejam prorrogados por at doze

    meses.

    Assim, no se admite contrato por prazo indeterminado,

    conforme disposto no art. 57, 3, ao estabelecer que vedado o

    contrato com prazo de vigncia indeterminado.

    Nesse sentido, a smula 191 do TCU dispe que:

    Torna-se, em princpio, indispensvel a fixao dos limites de

    vigncia dos contratos administrativos, de forma que o tempo

    no comprometa as condies originais da avena, no

    havendo, entretanto, obstculo jurdico devoluo de prazo,

    quando a Administrao mesma concorre, em virtude da prpria

    natureza do avenado, para interrupo da sua execuo pelo

    contratante.

    Observar, no entanto, que a Lei n 12.349/2010, incluiu o

    inc. V ao art. 57 da Lei, estabelecendo que s hipteses previstas

    nos incisos IX, XIX, XXVIII e XXXI do art. 24, cujos contratos

    podero ter vigncia por at 120 (cento e vinte) meses, caso

    haja interesse da administrao.

    Garantia contratual

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    A garantia contratual instrumento no qual a

    Administrao busca assegurar a total execuo do contrato ou

    minimizar eventuais perdas pela inexecuo, assegurando o

    ressarcimento direto de alguns prejuzos ou de multa aplicada.

    De acordo com o art. 56 da Lei n 8.666/93, poder a

    Administrao exigir a prestao de garantia contratual, a critrio da

    autoridade competente, em cada caso, e desde que prevista no

    instrumento convocatrio.

    No entanto, cabe ao contratado escolher,

    discricionariamente, qual a garantia que melhor lhe atenda, devendo

    optar uma das seguintes modalidades:

    Cauo em dinheiro;

    Ttulos da dvida pblica, devendo estes ter

    sido emitidos sob a forma escritural, mediante

    registro em sistema centralizado de liquidao e

    de custdia autorizado pelo Banco Central do

    Brasil e avaliados pelos seus valores

    econmicos, conforme definido pelo Ministrio

    da Fazenda;

    Seguro-garantia;

    Fiana bancria

    Desse modo, no dado Administrao interferir nesta

    escolha. Todavia, a Administrao poder no aceitar a garantia

    prestada se houver alguma clusula ou condio que a inviabilize ou

    restrinja sua eficcia, tal como a estipulao de benefcio de ordem,

    muito comum na fiana bancria e seguro-garantia.

    O que o benefcio de ordem? a estipulao de que

    primeiro se deve acionar a contratada e s depois excutir a garantia.

    Ora, tal estipulao viola o sentido da garantia, por isso, deve ser

    retirada, sob pena de no ser admitida.

    A garantia no exceder a cinco por cento (5%) do valor

    do contrato e ter seu valor atualizado nas mesmas condies desse,

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    devendo ser complementada no caso de aditamento que implique

    acrscimo do objeto contratual ou alterao qualitativa que incida em

    elevao do valor do contrato.

    Entretanto, nos contratos que importem na entrega de

    bens pela Administrao, ficando o contratado como depositrio, ao

    valor da garantia dever ser acrescido o valor desses bens, ou seja, a

    garantia observar o limite de 5% e ser acrescida do valor dos bens

    entregues pela Administrao.

    Ademais, para obras, servios e fornecimentos de grande

    vulto envolvendo alta complexidade tcnica e riscos financeiros

    considerveis, demonstrados atravs de parecer tecnicamente aprovado

    pela autoridade competente, o limite de garantia poder ser elevado

    para at dez por cento do valor do contrato.

    Por fim, cabe salientar que a garantia ser liberada ou

    restituda aps a execuo do contrato. E, se tiver sido prestada em

    dinheiro, haja vista que ser depositada em conta remunerada, dever

    ser atualizada monetariamente.

    Alterao contratual

    Os contratos administrativos podero ser alterados por

    acordo entre as partes ou de forma unilateral pela Administrao.

    Como efeito, a possibilidade de alterao unilateral se

    insere dentre as clusulas chamadas exorbitantes, pois d poderes

    apenas para uma das partes, no caso para a Administrao Pblica.

    Assim, poder a Administrao, devidamente justificado,

    empreender alterao qualitativa (quando houver modificao do

    projeto ou das especificaes, para melhor adequao tcnica aos seus

    objetivos), ou alterao quantitativa (quando necessria a

    modificao do valor contratual em decorrncia de acrscimo ou

    diminuio quantitativa de seu objeto, nos limites permitidos pela Lei n

    8.666/93).

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    O contedo deste curso de uso exclusivo de Cicero Romao Araujo03981924487, vedada, por quaisquer meios e a qualquer ttulo, a sua reproduo,cpia, divulgao e distribuio, sujeitando-se os infratores responsabilizao civil e criminal.

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    Poder, ademais, por acordo das partes, ser alterado o

    contrato, nos seguintes casos:

    a) quando conveniente a substituio da garantia de

    execuo;

    b) quando necessria a modificao do regime de

    execuo da obra ou servio, bem como do modo de fornecimento, em

    face de verificao tcnica da inaplicabilidade dos termos contratuais

    originrios;

    c) quando necessria a modificao da forma de

    pagamento, por imposio de circunstncias supervenientes, mantido o

    valor inicial atualizado, vedada a antecipao do pagamento, com

    relao ao cronograma financeiro fixado, sem a correspondente

    contraprestao de fornecimento de bens ou execuo de obra ou

    servio;

    d) para restabelecer a relao que as partes pactuaram

    inicialmente entre os encargos do contratado e a retribuio da

    administrao para a justa remunerao da obra, servio ou

    fornecimento, objetivando a manuteno do equilbrio econmico-

    financeiro inicial do contrato, na hiptese de sobrevirem fatos

    imprevisveis, ou previsveis porm de consequncias incalculveis,

    retardadores ou impeditivos da execuo do ajustado, ou, ainda, em

    caso de fora maior, caso fortuito ou fato do prncipe, configurando rea

    econmica extraordinria e extracontratual.

    importante destacar que reviso e reajuste so

    situaes distintas. Reajuste denominado de lea (risco) econmica

    ordinria, ou seja, ocorre periodicamente e tem como objetivo repassar

    contratada os reflexos inflacionrios, por ndices previamente

    estabelecidos.

    A reviso (recomposio), por outro lado, no tem

    perodo certo, nem mesmo est prevista contratualmente, configura

    lea econmica extraordinria e extracontratual, ou seja, so eventos

    que ocorrem e causam reflexo no contrato, sendo imprevistos ou

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    previsveis, porm de consequncias incalculveis.

    Assim, podemos ter a incidncia de fatos imprevisveis ou

    previsveis, porm de consequncias incalculveis que retardem ou

    impeam a execuo do contrato, ensejando, por isso, sua alterao a

    fim de que se possa execut-lo ou sua extino em caso de no

    remanescer interesse na execuo.

    A teoria da impreviso se desdobra em caso fortuito,

    fora maior, fato do prncipe, fato da administrao e interferncias

    imprevistas.

    Com efeito, a teoria da impreviso consiste no

    reconhecimento de que eventos novos, imprevistos e imprevisveis

    pelas partes e a elas no imputadas, refletindo sobre a economia ou na

    execuo do contrato, autorizam a reviso do ajuste em considerao

    dos fatores supervenientes, conforme aplicao da clusula rebus sic

    stantibus.

    Assim, fora maior evento externo, imprevisvel e

    inevitvel, que cria para o contratante bice intransponvel ou que eleva

    sobremaneira os encargos contratados, inviabilizando, nos termos

    firmados, a execuo do contrato. (terremoto, guerra, revolta, rebelio

    etc).

    Caso fortuito evento interno, inexplicvel ou anmala

    da Administrao ou do contratado, tambm imprevisvel e inevitvel,

    que gera encargos insuportveis ou que eleva sobremaneira os

    encargos contratados, inviabilizando, nos termos firmados, a execuo

    do contrato. (ex: incndio, greve dos servidores ou dos funcionrios

    etc).

    Fato do prncipe determinao estatal, geral e

    superveniente, imprevisvel ou imprevista, que onera ou desonera o

    contrato, repercutindo indiretamente sobre ele. (Ex: criao ou extino

    de um tributo)

    Considera-se, ademais, fato da administrao toda

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    ao ou omisso do Poder Pblico que esteja diretamente relacionada

    com o contrato, impedindo ou retardando sua execuo nas condies

    inicialmente estabelecidas. (Ex.: no liberao do local para realizao

    de obra)

    de se observar que tanto o fato do prncipe como o fato

    da administrao provm de uma determinao estatal. A diferena

    que o fato do prncipe incide sobre toda a sociedade (ex. imposto) e o

    fato da administrao incide sobre o contrato especificamente (ex. no

    desapropriao de rea destina a construo de viaduto)

    Ademais, cabe ainda falarmos sobre as denominadas

    interferncias imprevistas (sujeies imprevistas) que so fatos

    materiais imprevistos, existentes ao tempo da celebrao do contrato,

    mas s verificados ao tempo da sua execuo. (ex. diversidade do

    terreno conhecida s na execuo da obra)

    Todavia, conforme artigo 65, 8 da Lei de Licitaes e

    Contratos, no se enquadra como alterao contratual:

    Variao ou atualizao do valor contratual em razo

    de reajuste de preos previsto no prprio contrato,

    Compensaes ou penalizaes financeiras

    decorrentes das condies de pagamento nele

    previstas,

    Empenho de dotaes oramentrias suplementares

    at o limite do seu valor corrigido,

    Tais casos podem ser registrados por simples apostila,

    dispensando a celebrao de aditamento.

    Fiscalizao

    Devemos lembrar, ademais, que o poder de fiscalizar o

    contrato e controlar sua execuo inerente prpria Administrao,

    sendo, inclusive, poder implcito, ou seja, que independe de clusula

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    expressa no contrato.

    De qualquer sorte, a Lei de Licitaes e Contratos inseriu

    referido poder dentre aqueles denominados exorbitantes, conforme

    prev o art. 58, que assim dispe:

    Art. 58. O regime jurdico dos contratos administrativos

    institudo por esta Lei confere Administrao, em relao

    a eles, a prerrogativa de:

    I - modific-los, unilateralmente, para melhor adequao

    s finalidades de interesse pblico, respeitados os direitos

    do contratado;

    II - rescindi-los, unilateralmente, nos casos especificados

    no inciso I do art. 79 desta Lei;

    III - fiscalizar-lhes a execuo;

    IV - aplicar sanes motivadas pela inexecuo total ou

    parcial do ajuste;

    V - nos casos de servios essenciais, ocupar

    provisoriamente bens mveis, imveis, pessoal e servios

    vinculados ao objeto do contrato, na hiptese da

    necessidade de acautelar apurao administrativa de

    faltas contratuais pelo contratado, bem como na hiptese

    de resciso do contrato administrativo.

    Dessa forma, o contrato dever ser executado fielmente

    pelas partes, de acordo com as clusulas avenadas e as normas da Lei

    de Contratos Administrativos, respondendo cada uma pelas

    consequncias de sua inexecuo total ou parcial.

    Entretanto, a execuo do contrato dever ser

    acompanhada e fiscalizada por um representante da Administrao

    especialmente designado, permitida a contratao de terceiros para

    assisti-lo e subsidi-lo de informaes pertinentes a essa atribuio,

    conforme estabelece o art. 67 da Lei n 8.666/93.

    Assim, no poder o representante da Administrao ser

    substitudo por terceiros, ele poder ter terceiro contratado para assisti-

    lo ou subsidi-lo.

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    Diante disso, importante percebemos que, nos termos

    do art. 71 da Lei de Licitaes e Contratos, o contratado responsvel

    pelos encargos trabalhistas, previdencirios, fiscais e comerciais

    resultantes da execuo do contrato. Porm, cabe Administrao

    fiscalizar o recolhimento de tais encargos.

    Assim, eventual inadimplncia do contratado, com

    referncia a tais encargos trabalhistas, fiscais e comerciais no

    transfere a responsabilidade Administrao Pblica, tampouco poder

    onerar o objeto do contrato ou restringir a regularizao e o uso das

    obras e edificaes, inclusive perante o Registro de Imveis.

    A Administrao Pblica, importante ressaltar, somente

    responder solidariamente com o contratado pelos encargos

    previdencirios resultantes da execuo do contrato, nos termos do art.

    31 da Lei n 8.212, assim expresso:

    Art. 31. A empresa contratante de servios executados

    mediante cesso de mo de obra, inclusive em regime de

    trabalho temporrio, dever reter 11% (onze por cento)

    do valor bruto da nota fiscal ou fatura de prestao de

    servios e recolher, em nome da empresa cedente da mo

    de obra, a importncia retida at o dia 20 (vinte) do ms

    subsequente ao da emisso da respectiva nota fiscal ou

    fatura, ou at o dia til imediatamente anterior se no

    houver expediente bancrio naquele dia, observado o

    disposto no 5o do art. 33 desta Lei.

    De outro lado, a Administrao no responde, conforme a

    Lei de Licitaes e Contratos Administrativos, em razo de

    inadimplncia do contratado em relao a encargos trabalhistas.

    No entanto, o entendimento do Tribunal Superior do

    Trabalho, nos termos do E-331, no sentido de que a Administrao

    Pblica responde subsidiariamente, quando ficar evidenciado a falta de

    fiscalizao em relao ao cumprimento das obrigaes trabalhistas.

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    CONTRATO DE PRESTAO DE SERVIOS. LEGALIDADE

    (nova redao do item IV e inseridos os itens V e VI

    redao) - Res. 174/2011, DEJT divulgado em 27, 30 e

    31.05.2011

    I - A contratao de trabalhadores por empresa interposta

    ilegal, formando-se o vnculo diretamente com o

    tomador dos servios, salvo no caso de trabalho

    temporrio (Lei n 6.019, de 03.01.1974).

    II - A contratao irregular de trabalhador, mediante

    empresa interposta, no gera vnculo de emprego com os

    rgos da Administrao Pblica direta, indireta ou

    fundacional (art. 37, II, da CF/1988).

    III - No forma vnculo de emprego com o tomador a

    contratao de servios de vigilncia (Lei n 7.102, de

    20.06.1983) e de conservao e limpeza, bem como a de

    servios especializados ligados atividade-meio do

    tomador, desde que inexistente a pessoalidade e a

    subordinao direta.

    IV - O inadimplemento das obrigaes trabalhistas, por

    parte do empregador, implica a responsabilidade

    subsidiria do tomador dos servios quanto quelas

    obrigaes, desde que haja participado da relao

    processual e conste tambm do ttulo executivo judicial.

    V - Os entes integrantes da Administrao Pblica

    direta e indireta respondem subsidiariamente, nas

    mesmas condies do item IV, caso evidenciada a

    sua conduta culposa no cumprimento das

    obrigaes da Lei n. 8.666, de 21.06.1993,

    especialmente na fiscalizao do cumprimento das

    obrigaes contratuais e legais da prestadora de

    servio como empregadora. A aludida responsabilidade

    no decorre de mero inadimplemento das obrigaes

    trabalhistas assumidas pela empresa regularmente

    contratada.

    VI A responsabilidade subsidiria do tomador de

    servios abrange todas as verbas decorrentes da

    condenao referentes ao perodo da prestao laboral.

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    Extino (Resciso contratual)

    Dispe a Lei de Licitaes e Contratos que a resciso do

    contrato poder ocorrer de trs formas:

    Por ato unilateral e escrito da Administrao;

    Amigavelmente, por acordo entre as partes, reduzida

    a termo no processo da licitao, desde que haja

    convenincia para a Administrao;

    Judicialmente, nos termos da legislao;

    Os casos que possibilitam a resciso unilateralmente pela

    Administrao esto expressos no art. 78, incs. I a XII e inc. XVII, Lei

    n 8.666/93, sendo:

    I - o no cumprimento de clusulas contratuais,

    especificaes, projetos ou prazos;

    II - o cumprimento irregular de clusulas contratuais,

    especificaes, projetos e prazos;

    III - a lentido do seu cumprimento, levando a

    Administrao a comprovar a impossibilidade da concluso

    da obra, do servio ou do fornecimento, nos prazos

    estipulados;

    IV - o atraso injustificado no incio da obra, servio ou

    fornecimento;

    V - a paralisao da obra, do servio ou do fornecimento,

    sem justa causa e prvia comunicao Administrao;

    VI - a subcontratao total ou parcial do seu objeto, a

    associao do contratado com outrem, a cesso ou

    transferncia, total ou parcial, bem como a fuso, ciso ou

    incorporao, no admitidas no edital e no contrato;

    VII - o desatendimento das determinaes regulares da

    autoridade designada para acompanhar e fiscalizar a sua

    execuo, assim como as de seus superiores;

    VIII - o cometimento reiterado de faltas na sua execuo,

    anotadas na forma do 1o do art. 67 desta Lei;

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    IX - a decretao de falncia ou a instaurao de

    insolvncia civil;

    X - a dissoluo da sociedade ou o falecimento do

    contratado;

    XI - a alterao social ou a modificao da finalidade ou

    da estrutura da empresa, que prejudique a execuo do

    contrato;

    XII - razes de interesse pblico, de alta relevncia e

    amplo conhecimento, justificadas e determinadas pela

    mxima autoridade da esfera administrativa a que est

    subordinado o contratante e exaradas no processo

    administrativo a que se refere o contrato;

    XVII - a ocorrncia de caso fortuito ou de fora maior,

    regularmente comprovada, impeditiva da execuo do

    contrato.

    A resciso amigvel, ou por acordo entre as partes,

    ocorre quando h consenso entre as partes, ou seja, por acordo mtuo

    mediante a formalizao de distrato, conforme prev o art. 78, incisos

    XIII a XVI, da Lei 8.666/93, havendo convenincia para a

    Administrao.

    Penalidades

    A Administrao poder aplicar as seguintes sanes aos

    contratados:

    Art. 86. O atraso injustificado na execuo do contrato

    sujeitar o contratado multa de mora, na forma prevista no

    instrumento convocatrio ou no contrato.

    1o A multa a que alude este artigo no impede que a

    Administrao rescinda unilateralmente o contrato e aplique as

    outras sanes previstas nesta Lei.

    2o A multa, aplicada aps regular processo administrativo,

    ser descontada da garantia do respectivo contratado.

    3o Se a multa for de valor superior ao valor da garantia

    prestada, alm da perda desta, responder o contratado pela

    sua diferena, a qual ser descontada dos pagamentos

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    eventualmente devidos pela Administrao ou ainda, quando for

    o caso, cobrada judicialmente.

    Art. 87. Pela inexecuo total ou parcial do contrato a

    Administrao poder, garantida a prvia defesa, aplicar ao

    contratado as seguintes sanes:

    I - advertncia;

    II - multa, na forma prevista no instrumento convocatrio ou

    no contrato; (multa compensatria)

    III - suspenso temporria de participao em licitao e

    impedimento de contratar com a Administrao, por prazo no

    superior a 2 (dois) anos;

    IV - declarao de inidoneidade para licitar ou contratar com

    a Administrao Pblica enquanto perdurarem os motivos

    determinantes da punio ou at que seja promovida a

    reabilitao perante a prpria autoridade que aplicou a

    penalidade, que ser concedida sempre que o contratado

    ressarcir a Administrao pelos prejuzos resultantes e aps

    decorrido o prazo da sano aplicada com base no inciso

    anterior.

    de se ressaltar que em razo da inexecuo total ou

    parcial do contrato a Administrao poder, garantida a prvia defesa,

    aplicar ao contratado as sanes acima descritas.

    Na hiptese das sanes de advertncia, suspenso e

    declarao de inidoneidade para licitar ou contratar podero ser

    aplicadas juntamente com a do inciso II (multa), facultada a defesa

    prvia do interessado, no respectivo processo, no prazo de 5

    (cinco) dias teis.

    isso, vamos s questes.

    Regime Diferenciado de Contratao (RDC)

    A Lei n 12.462/2011 instituiu o denominado Regime

    Diferenciado de Contrataes Pblicas (RDC), regulamentado

    pelo Decreto 7.581/2011 (Regulamento do RDC). O RDC diploma,

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    nacional, no entanto, aplica-se exclusivamente s licitaes e contratos

    para os jogos mundiais, conforme o seguinte:

    Art. 1 institudo o Regime Diferenciado de

    Contrataes Pblicas (RDC), aplicvel exclusivamente s

    licitaes e contratos necessrios realizao:

    I - dos Jogos Olmpicos e Paraolmpicos de 2016,

    constantes da Carteira de Projetos Olmpicos a ser definida

    pela Autoridade Pblica Olmpica (APO); e

    II - da Copa das Confederaes da Federao

    Internacional de Futebol Associao - Fifa 2013 e da Copa

    do Mundo Fifa 2014, definidos pelo Grupo Executivo -

    Gecopa 2014 do Comit Gestor institudo para definir,

    aprovar e supervisionar as aes previstas no Plano

    Estratgico das Aes do Governo Brasileiro para a

    realizao da Copa do Mundo Fifa 2014 - CGCOPA 2014,

    restringindo-se, no caso de obras pblicas, s constantes

    da matriz de responsabilidades celebrada entre a Unio,

    Estados, Distrito Federal e Municpios;

    III - de obras de infraestrutura e de contratao de

    servios para os aeroportos das capitais dos Estados da

    Federao distantes at 350 km (trezentos e cinquenta

    quilmetros) das cidades sedes dos mundiais referidos nos

    incisos I e II.

    IV - das aes integrantes do Programa de Acelerao do

    Crescimento (PAC) (Includo pela Lei n 12.688, de

    2012)

    V - das obras e servios de engenharia no mbito do

    Sistema nico de Sade - SUS. (Includo pala Lei n

    12.745, de 2012)

    VI - das obras e servios de engenharia para construo,

    ampliao e reforma de estabelecimentos penais e

    unidades de atendimento socioeducativo. (Includo

    pela Medida Provisria n 630, de 2013)

    Observe, portanto, que o RDC

    aplicvel exclusivamente aos seguintes eventos ou obras:

  • C i c e r o R o m a o A r a u j o 0 3 9 8 1 9 2 4 4 8 7

    C i c e r o R o m a o A r a u j o 0 3 9 8 1 9 2 4 4 8 7

    O contedo deste curso de uso exclusivo de Cicero Romao Araujo03981924487, vedada, por quaisquer meios e a qualquer ttulo, a sua reproduo,cpia, divulgao e distribuio, sujeitando-se os infratores responsabilizao civil e criminal.

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    a) Da Copa das Confederaes da FIFA 2013;

    b) da Copa do Mundo FIFA 2014;

    c) dos Jogos Olmpicos e Paraolmpicos de 2016; e

    d) de obras de infraestrutura e de contratao de servios para

    os aeroportos das capitais dos estados da Federao distantes

    at 350 km das cidades sedes desses eventos internacionais.

    e) das aes integrantes do Programa de Acelerao do

    Crescimento (PAC)

    f) das obras e servios de engenharia no mbito do Sistema

    nico de Sade - SUS.

    g) das obras e servios de engenharia para construo,

    ampliao e reforma de estabelecimentos penais e unidades de

    atendimento socioeducativo.

    Entretanto, alm dessas hipteses, dispe o art. 1, 3,

    que o RDC tambm aplicvel s licitaes e contratos necessrios

    realizao de obras e servios de engenharia no mbito dos

    sistemas pblicos de ensino.

    Em tais situaes, a utilizao do RDC dever est

    expressa no instrumento convocatrio e resultar no afastamento das

    normas contidas na Lei n 8.666/93, ressalvando-se os casos previstos

    na prpria Lei do RDC.

    E quais so os objetivos do RDC? A Lei n 12.462/2011

    estabelece que o RDC tenha os seguintes objetivos:

    I) Ampliar a eficincia nas contrataes pblicas e a

    competitividade entre os licitantes;

    II) Promover a troca de experincias e tecnologias em busca

    da melhor relao entre custos e benefcios para o setor

    pblico;

    III) Incentivar a inovao tecnolgica; e

    IV) Assegurar tratamento isonmico entre os licitantes e a

    seleo da proposta mais vantajosa para a administrao

    pblica.

    As licitaes e contrataes realizadas por meio do RDC

  • C i c e r o R o m a o A r a u j o 0 3 9 8 1 9 2 4 4 8 7

    C i c e r o R o m a o A r a u j o 0 3 9 8 1 9 2 4 4 8 7

    O contedo deste curso de uso exclusivo de Cicero Romao Araujo03981924487, vedada, por quaisquer meios e a qualquer ttulo, a sua reproduo,cpia, divulgao e distribuio, sujeitando-se os infratores responsabilizao civil e criminal.

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    devero observar os princpios da legalidade, da impessoalidade, da

    moralidade, da igualdade, da publicidade, da eficincia, da probidade

    administrativa, da economicidade, do desenvolvimento nacional

    sustentvel, da vinculao ao instrumento convocatrio e do julgamento

    objetivo, conforme o seguinte:

    Art. 3 As licitaes e contrataes realizadas em

    conformidade com o RDC devero observar os princpios

    da legalidade, da impessoalidade, da moralidade, da

    igualdade, da publicidade, da eficincia, da probidade

    administrativa, da economicidade, do desenvolvimento

    nacional sustentvel, da vinculao ao instrumento

    convocatrio e do julgamento objetivo.

    O art. 2 estabelece as definies que devero ser

    observadas na utilizao do RDC, sendo:

    Art. 2 Na aplicao do RDC, devero ser observadas as

    seguintes definies:

    I - empreitada integral: quando se contrata um

    empreendimento em sua integralidade, compreendendo a

    totalidade das etapas de obras, servios e instalaes

    necessrias, sob inteira responsabilidade da contratada

    at a sua entrega ao contratante em condies de entrada

    em operao, atendidos os requisitos tcnicos e legais

    para sua utilizao em condies de segurana estrutural

    e operacional e com as caractersticas adequadas s

    finalidades para a qual foi contratada;

    II - empreitada por preo global: quando se contrata a

    execuo da obra ou do servio por preo certo e total;

    III - empreitada por preo unitrio: quando se contrata a

    execuo da obra ou do servio por preo certo de

    unidades determinadas;

    IV - projeto bsico: conjunto de elementos necessrios e

    suficientes, com nvel de preciso adequado, para,

    observado o disposto no pargrafo nico deste artigo:

    a) caracterizar a obra ou servio de engenharia, ou

    complexo de obras ou servios objeto da licitao, com

  • C i c e r o R o m a o A r a u j o 0 3 9 8 1 9 2 4 4 8 7

    C i c e r o R o m a o A r a u j o 0 3 9 8 1 9 2 4 4 8 7

    O contedo deste curso de uso exclusivo de Cicero Romao Araujo03981924487, vedada, por quaisquer meios e a qualquer ttulo, a sua reproduo,cpia, divulgao e distribuio, sujeitando-se os infratores responsabilizao civil e criminal.

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    base nas indicaes dos estudos tcnicos preliminares;

    b) assegurar a viabilidade tcnica e o adequado

    tratamento do impacto ambiental do empreendimento; e

    c) possibilitar a avaliao do custo da obra ou servio e a

    definio dos mtodos e do prazo de execuo;

    V - projeto executivo: conjunto dos elementos necessrios

    e suficientes execuo completa da obra, de acordo com

    as normas tcnicas pertinentes; e

    VI - tarefa: quando se ajusta mo de obra para pequenos

    trabalhos por preo certo, com ou sem fornecimento de

    materiais.

    Pargrafo nico. O projeto bsico referido no inciso IV

    do caput deste artigo dever conter, no mnimo, sem

    frustrar o carter competitivo do procedimento licitatrio,

    os seguintes elementos:

    I - desenvolvimento da soluo escolhida de forma a

    fornecer viso global da obra e identificar seus elementos

    constitutivos com clareza;

    II - solues tcnicas globais e localizadas,

    suficientemente detalhadas, de forma a restringir a

    necessidade de reformulao ou de variantes durante as

    fases de elaborao do projeto executivo e de realizao

    das obras e montagem a situaes devidamente

    comprovadas em ato motivado da administrao pblica;

    III - identificao dos tipos de servios a executar e de

    materiais e equipamentos a incorporar obra, bem como

    especificaes que assegurem os melhores resultados para

    o empreendimento;

    IV - informaes que possibilitem o estudo e a deduo de

    mtodos construtivos, instalaes provisrias e condies

    organizacionais para a obra;

    V - subsdios para montagem do plano de licitao e

    gesto da obra, compreendendo a sua programao, a

    estratgia de suprimentos, as normas de fiscalizao e

    outros dados necessrios em cada caso, exceto, em

    relao respectiva licitao, na hiptese de contratao

    integrada;

    VI - oramento detalhado do custo global da obra,

  • C i c e r o R o m a o A r a u j o 0 3 9 8 1 9 2 4 4 8 7

    C i c e r o R o m a o A r a u j o 0 3 9 8 1 9 2 4 4 8 7

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    fundamentado em quantitativos de servios e

    fornecimentos propriamente avaliados.

    No regime do RDC dever a licitao basicamente seguir

    os procedimentos j adotados para as licitaes em geral, ou seja,

    detalhar o objeto a ser contratado, vedando-se especificaes

    excessivas ou desnecessrias (art. 6). No entanto, h regras

    diferenciadas, tal como:

    Art. 7 No caso de licitao para aquisio de bens, a

    administrao pblica poder:

    I - indicar marca ou modelo, desde que formalmente

    justificado, nas seguintes hipteses:

    a) em decorrncia da necessidade de padronizao do

    objeto;

    b) quando determinada marca ou modelo comercializado

    por mais de um fornecedor for a nica capaz de atender

    s necessidades da entidade contratante; ou

    c) quando a descrio do objeto a ser licitado puder ser

    melhor compreendida pela identificao de determinada

    marca ou modelo aptos a servir como referncia, situao

    em que ser obrigatrio o acrscimo da expresso ou

    similar ou de melhor qualidade;

    II - exigir amostra do bem no procedimento de pr-

    qualificao, na fase de julgamento das propostas ou de

    lances, desde que justificada a necessidade da sua

    apresentao;

    III - solicitar a certificao da qualidade do produto ou do

    processo de fabricao, inclusive sob o aspecto ambiental,

    por qualquer instituio oficial competente ou por entidade

    credenciada; e

    IV - solicitar, motivadamente, carta de solidariedade

    emitida pelo fabricante, que assegure a execuo do

    contrato, no caso de licitante revendedor ou distribuidor.

    No RDC h a previso de execuo indireta de obras e

    servios de engenharia ser contratada para execuo nos seguintes

    regimes:

  • C i c e r o R o m a o A r a u j o 0 3 9 8 1 9 2 4 4 8 7

    C i c e r o R o m a o A r a u j o 0 3 9 8 1 9 2 4 4 8 7

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    I empreitada por preo unitrio;

    II empreitada por preo global;

    III contratao por tarefa;

    IV empreitada integral; ou

    V contratao integrada.

    A lei estabelece preferncia por contratao por tarefa,

    integral ou integrada, sendo essa modalidade uma novidade.

    Prev o 1 do art. 9 que a contratao integrada

    compreende a elaborao e o desenvolvimento dos projetos

    bsico e executivo, a execuo de obras e servios de

    engenharia, a montagem, a realizao de testes, a pr-operao

    e todas as demais operaes necessrias e suficientes para a

    entrega final do objeto.

    Na utilizao da contratao integrada dever ser

    observado, conforme art. 9, o seguinte:

    2 No caso de contratao integrada:

    I - o instrumento convocatrio dever conter anteprojeto

    de engenharia que contemple os documentos tcnicos

    destinados a possibilitar a caracterizao da obra ou

    servio, incluindo:

    a) a demonstrao e a justificativa do programa de

    necessidades, a viso global dos investimentos e as

    definies quanto ao nvel de servio desejado;

    b) as condies de solidez, segurana, durabilidade e

    prazo de entrega, observado o disposto no caput e no

    1o do art. 6o desta Lei;

    c) a esttica do projeto arquitetnico; e

    d) os parmetros de adequao ao interesse pblico,

    economia na utilizao, facilidade na execuo, aos

    impactos ambientais e acessibilidade;

    II - o valor estimado da contratao ser calculado com

    base nos valores praticados pelo mercado, nos valores

    pagos pela administrao pblica em servios e obras

  • C i c e r o R o m a o A r a u j o 0 3 9 8 1 9 2 4 4 8 7

    C i c e r o R o m a o A r a u j o 0 3 9 8 1 9 2 4 4 8 7

    O contedo deste curso de uso exclusivo de Cicero Romao Araujo03981924487, vedada, por quaisquer meios e a qualquer ttulo, a sua reproduo,cpia, divulgao e distribuio, sujeitando-se os infratores responsabilizao civil e criminal.

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    similares ou na avaliao do custo global da obra, aferida

    mediante oramento sinttico ou metodologia expedita ou

    paramtrica; e

    III - ser adotado o critrio de julgamento de tcnica e

    preo.

    importante destacar que, de acordo com o 4 do art.

    9, nas hipteses em que for adotada a contratao integrada, vedada

    a celebrao de termos aditivos aos contratos firmados, exceto nos

    seguintes casos:

    I - para recomposio do equilbrio econmico-financeiro

    decorrente de caso fortuito ou fora maior; e

    II - por necessidade de alterao do projeto ou das

    especificaes para melhor adequao tcnica aos

    objetivos da contratao, a pedido da administrao

    pblica, desde que no decorrentes de erros ou omisses

    por parte do contratado, observados os limites previstos

    no 1o do art. 65 da Lei no 8.666, de 21 de junho de

    1993.

    Quanto ao procedimento licitatrio, o RDC deve ser

    processado preferencialmente sob a forma eletrnica, e embora no se

    tenha adotado uma nova modalidade, estabelece regras distintas das

    tradicionais, adotando as seguintes fases (art. 12):

    a) Preparatria;

    b) Publicao do instrumento convocatrio;

    c) Apresentao de propostas ou lances;

    d) Julgamento;

    e) Habilitao;

    f) Recursal; e

    g) Encerramento.

    Ademais, observe que, quando previsto no edital, poder

    haver a inverso de fases, ou seja, a habilitao poder preceder a as

    fases de apresentao de propostas e julgamento.

  • C i c e r o R o m a o A r a u j o 0 3 9 8 1 9 2 4 4 8 7

    C i c e r o R o m a o A r a u j o 0 3 9 8 1 9 2 4 4 8 7

    O contedo deste curso de uso exclusivo de Cicero Romao Araujo03981924487, vedada, por quaisquer meios e a qualquer ttulo, a sua reproduo,cpia, divulgao e distribuio, sujeitando-se os infratores responsabilizao civil e criminal.

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    Na habilitao, alm das disposies previstas na Lei n

    8.666/93, devem ser observados os seguintes requisitos:

    Art. 14. Na fase de habilitao das licitaes realizadas em

    conformidade com esta Lei, aplicar-se-, no que couber, o

    disposto nos arts. 27 a 33 da Lei n 8.666, de 21 de junho

    de 1993, observado o seguinte:

    I - poder ser exigida dos licitantes a declarao de que

    atendem aos requisitos de habilitao;

    II - ser exigida a apresentao dos documentos de

    habilitao apenas pelo licitante vencedor, exceto no caso

    de inverso de fases;

    III - no caso de inverso de fases, s sero recebidas as

    propostas dos licitantes previamente habilitados; e

    IV - em qualquer caso, os documentos relativos

    regularidade fiscal podero ser exigidos em momento

    posterior ao julgamento das propostas, apenas em relao

    ao licitante mais bem classificado.

    Pargrafo nico. Nas licitaes disciplinadas pelo RDC:

    I - ser admitida a participao de licitantes sob a forma

    de consrcio, conforme estabelecido em regulamento; e

    II - podero ser exigidos requisitos de sustentabilidade

    ambiental, na forma da legislao aplicvel.

    Outrossim, importante tambm observar que houve

    inovao quanto aos critrios de julgamento, tendo o RDC adotado o

    seguinte:

    I menor preo ou maior desconto;

    II tcnica e preo;

    III melhor tcnica ou contedo artstico;

    IV maior oferta de preo; ou

    V maior retorno econmico.

    Devero ser fixados parmetros objetivos para o

    julgamento das propostas, conforme definidos no instrumento

    convocatrio.

  • C i c e r o R o m a o A r a u j o 0 3 9 8 1 9 2 4 4 8 7

    C i c e r o R o m a o A r a u j o 0 3 9 8 1 9 2 4 4 8 7

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    De acordo com o art. 24, no julgamento, poder ocorrer a

    desclassificao das propostas. Vejamos:

    Art. 24. Sero desclassificadas as propostas que:

    I - contenham vcios insanveis;

    II - no obedeam s especificaes tcnicas

    pormenorizadas no instrumento convocatrio;

    III - apresentem preos manifestamente inexequveis ou

    permaneam acima do oramento estimado para a

    contratao, inclusive nas hipteses previstas no art.

    6o desta Lei;

    IV - no tenham sua exequibilidade demonstrada, quando

    exigido pela administrao pblica; ou

    V - apresentem desconformidade com quaisquer outras

    exigncias do instrumento convocatrio, desde que

    insanveis.

    1 A verificao da conformidade das propostas poder

    ser feita exclusivamente em relao proposta mais bem

    classificada.

    2 A administrao pblica poder realizar diligncias

    para aferir a exequibilidade das propostas ou exigir dos

    licitantes que ela seja demonstrada, na forma do inciso IV

    do caput deste artigo.

    3 No caso de obras e servios de engenharia, para

    efeito de avaliao da exequibilidade e de sobrepreo,

    sero considerados o preo global, os quantitativos e os

    preos unitrios considerados relevantes, conforme

    dispuser o regulamento.

    Art. 25. Em caso de empate entre 2 (duas) ou mais

    propostas, sero utilizados os seguintes critrios de

    desempate, nesta ordem:

    I - disputa final, em que os licitantes empatados podero

    apresentar nova proposta fechada em ato contnuo

    classificao;

    II - a avaliao do desempenho contratual prvio dos

    licitantes, desde que exista sistema objetivo de avaliao

    institudo;

    III - os critrios estabelecidos no art. 3o da Lei no 8.248,

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    de 23 de outubro de 1991, e no 2 do art. 3 da Lei n

    8.666, de 21 de junho de 1993; e

    IV - sorteio.

    Pargrafo nico. As regras previstas no caput deste artigo

    no prejudicam a aplicao do disposto no art. 44 da Lei

    Complementar no 123, de 14 de dezembro de 2006.

    No RDC permitido Administrao, quando definido o

    resultado do julgamento, negociar (art. 26) condies mais vantajosas

    com o primeiro colocado. E, ainda, com os demais licitantes, segundo a

    ordem de classificao inicialmente estabelecida, quando o preo do

    primeiro colocado, mesmo aps a negociao, for desclassificado por

    sua proposta permanecer acima do oramento estimado.

    Em regra, conforme prev o art. 27, o procedimento

    licitatrio ter uma fase recursal nica, que se seguir habilitao do

    vencedor, salvo no caso de inverso de fases. E, exauridos os recursos

    administrativos, o procedimento licitatrio ser encerrado e

    encaminhado autoridade superior, que poder:

    A) Determinar o retorno dos autos para saneamento de

    irregularidades que forem suprveis;

    B) Anular o procedimento, no todo ou em parte, por vcio

    insanvel;

    C) Revogar o procedimento por motivo de convenincia e

    oportunidade; ou

    D) Adjudicar o objeto e homologar a licitao.

    As licitaes promovidas com base no RDC sero

    processadas e julgadas por comisso permanente ou especial de

    licitaes, composta majoritariamente por servidores ou empregados

    pblicos pertencentes aos quadros permanentes dos rgos ou

    entidades da administrao pblica responsveis pela licitao (art.

    34).

    Art. 34. As licitaes promovidas consoante o RDC sero

    processadas e julgadas por comisso permanente ou

    especial de licitaes, composta majoritariamente por

  • C i c e r o R o m a o A r a u j o 0 3 9 8 1 9 2 4 4 8 7

    C i c e r o R o m a o A r a u j o 0 3 9 8 1 9 2 4 4 8 7

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    servidores ou empregados pblicos pertencentes aos

    quadros permanentes dos rgos ou entidades da

    administrao pblica responsveis pela licitao.

    1 As regras relativas ao funcionamento das comisses

    de licitao e da comisso de cadastramento de que trata

    esta Lei sero estabelecidas em regulamento.

    2 Os membros da comisso de licitao respondero

    solidariamente por todos os atos praticados pela comisso,

    salvo se posio individual divergente estiver registrada na

    ata da reunio em que houver sido adotada a respectiva

    deciso.

    Aplicam-se ao RDC as hipteses de dispensa e

    inexigibilidade de licitao previstas nos arts. 24 e 25 da Lei n

    8.666/1993.

    vedada a contratao direta, sem licitao, de pessoa

    jurdica na qual haja administrador ou scio com poder de direo que

    mantenha relao de parentesco, inclusive por afinidade, at o terceiro

    grau civil com detentor de cargo em comisso ou funo de confiana

    que atue na rea responsvel pela demanda ou contratao; ou com

    autoridade hierarquicamente superior no mbito de cada rgo ou

    entidade da administrao pblica.

    De acordo com o art. 40, facultado administrao

    pblica, quando o convocado no assinar o termo de contrato, ou

    no aceitar ou retirar o instrumento equivalente, no prazo e condies

    estabelecidos:

    I revogar a licitao, sem prejuzo da aplicao das

    sanes previstas na Lei 8.666/1993 e na prpria Lei

    12.462/2011; ou

    II convocar os licitantes remanescentes, na ordem de

    classificao, para a celebrao do contrato nas condies

    ofertadas pelo licitante vencedor.

    No entanto, conforme prev o art. 41, na hiptese

  • C i c e r o R o m a o A r a u j o 0 3 9 8 1 9 2 4 4 8 7

    C i c e r o R o m a o A r a u j o 0 3 9 8 1 9 2 4 4 8 7

    O contedo deste curso de uso exclusivo de Cicero Romao Araujo03981924487, vedada, por quaisquer meios e a qualquer ttulo, a sua reproduo,cpia, divulgao e distribuio, sujeitando-se os infratores responsabilizao civil e criminal.

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    de nenhum dos licitantes aceitar a contratao nas condies

    ofertadas pelo licitante vencedor, a administrao pblica poder

    convocar os licitantes remanescentes, na ordem de classificao, para a

    celebrao do contrato nas condies ofertadas por eles prprios,

    desde que o respectivo valor seja igual ou inferior ao oramento

    estimado para a contratao, sob pena de aplicao de sano

    (impedimento de licitar e contratar, pelo prazo de at cinco anos), nos

    termos do art. 47 da Lei 12.462/2011.

    Art. 47. Ficar impedido de licitar e contratar com a Unio,

    Estados, Distrito Federal ou Municpios, pelo prazo de at

    5 (cinco) anos, sem prejuzo das multas previstas no

    instrumento convocatrio e no contrato, bem como das

    demais cominaes legais, o licitante que:

    I - convocado dentro do prazo de validade da sua proposta

    no celebrar o contrato, inclusive nas hipteses previstas

    no pargrafo nico do art. 40 e no art. 41 desta Lei;

    Finalmente, aplicam-se ao RDC todas as sanes

    administrativas e criminais previstas na Lei n 8.666/1993, bem

    como o impedimento de licitar e contratar com a Unio, estados,

    Distrito Federal ou municpios, pelo prazo de at cinco anos.

    Art. 47. Ficar impedido de licitar e contratar com a Unio,

    Estados, Distrito Federal ou Municpios, pelo prazo de at

    5 (cinco) anos, sem prejuzo das multas previstas no

    instrumento convocatrio e no contrato, bem como das

    demais cominaes legais, o licitante que:

    As sanes sero aplicadas nos seguintes casos:

    I convocado dentro do prazo de validade da sua

    proposta no celebrar o contrato;

    II deixar de entregar a documentao exigida para o

    certame ou apresentar documento falso;

    III ensejar o retardamento da execuo ou da entrega

    do objeto da licitao sem motivo justificado;

    IV no mantiver a proposta, salvo se em decorrncia de

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    C i c e r o R o m a o A r a u j o 0 3 9 8 1 9 2 4 4 8 7

    O contedo deste curso de uso exclusivo de Cicero Romao Araujo03981924487, vedada, por quaisquer meios e a qualquer ttulo, a sua reproduo,cpia, divulgao e distribuio, sujeitando-se os infratores responsabilizao civil e criminal.

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    fato superveniente, devidamente justificado;

    V fraudar a licitao ou praticar atos fraudulentos na

    execuo do contrato;

    VI comportar-se de modo inidneo ou cometer fraude

    fiscal; ou

    VII der causa inexecuo total ou parcial do contrato.

    Em caso de aplicao da penalidade prevista no caput do

    art. 47, haver ainda o descredenciamento do licitante, tambm pelo

    prazo de at cinco anos, dos sistemas de cadastramento dos entes

    federativos que compem a Autoridade Pblica Olmpica (art. 47, 1).

    isso. Ento, vamos s questes.

    QUESTES COMENTADAS

    1. (ANALISTA JUDICIRIO ADMINISTRAO TJ/ES

    CESPE/2011) Define-se contrato administrativo como um acordo

    entre duas partes em que ambas assumem obrigaes e direitos.

    Comentrio:

    De acordo com a lio de Hely Lopes, contrato

    administrativo o ajuste que a Administrao Pblica, agindo

    nessa qualidade, firma com particular ou outra entidade

    administrativa para a consecuo de objetivos de interesse

    pblico, nas condies estabelecidas pela prpria

    Administrao.

    Assim, de fato, nos contratos administrativos temos um

    acordo entre duas partes em que ambas assumem obrigaes e

    direitos.

    Gabarito: Certo.

    2. (ANALISTA JUDICIRIO EXECUO DE MANDADOS STM

  • C i c e r o R o m a o A r a u j o 0 3 9 8 1 9 2 4 4 8 7

    C i c e r o R o m a o A r a u j o 0 3 9 8 1 9 2 4 4 8 7

    O contedo deste curso de uso exclusivo de Cicero Romao Araujo03981924487, vedada, por quaisquer meios e a qualquer ttulo, a sua reproduo,cpia, divulgao e distribuio, sujeitando-se os infratores responsabilizao civil e criminal.

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    CESPE/2011) Os contratos administrativos tm, como uma de

    suas caractersticas essenciais, o fato de a administrao dispor

    de uma posio de supremacia em relao ao contratado. Isso

    ocorre mesmo quando a contratao efetivada por pessoas

    administrativas de direito privado, como empresas pblicas e

    sociedades de economia mista.

    Comentrio:

    Uma das caractersticas mais marcantes dos contratos

    administrativos que, de um lado, h a Administrao atuando com

    supremacia em relao ao contratado, ou seja, atua com prerrogativas

    que lhe conferem superioridade em relao ao contratado. Essa

    caracterstica tambm observada mesmo quando os contratos

    administrativos so firmados pelas empresas estatais.

    Gabarito: Certo.

    3. (ANALISTA JUDICIRIO ADMINISTRAO TJ/ES

    CESPE/2011) O contrato administrativo uma modalidade de

    contrato em que a administrao pblica estabelece um acordo

    com outra entidade administrativa, sendo vedada a contratao

    com particulares.

    Comentrio:

    De fato, o contrato administrativo uma modalidade de

    contrato da Administrao. Todavia, pode tanto ser firmado com outra

    entidade da Administrao, como com particulares, vide os contratos de

    concesso e permisso.

    Gabarito: Errado.

    4. (TCNICO ADMINISTRATIVO IBAMA CESPE/2012) Todo

    contrato celebrado pela administrao pblica ser considerado

    um contrato administrativo.

  • C i c e r o R o m a o A r a u j o 0 3 9 8 1 9 2 4 4 8 7

    C i c e r o R o m a o A r a u j o 0 3 9 8 1 9 2 4 4 8 7

    O contedo deste curso de uso exclusivo de Cicero Romao Araujo03981924487, vedada, por quaisquer meios e a qualquer ttulo, a sua reproduo,cpia, divulgao e distribuio, sujeitando-se os infratores responsabilizao civil e criminal.

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    Comentrio:

    Nem todo contrato firmado pela Administrao

    considerado contrato administrativo. Nos contratos administrativos

    temos a Administrao atuando com supremacia. De outro lado, temos

    os contratos privados da Administrao, tal como os contratos de

    compra e venda, de locao, de seguro, dentre outros.

    Gabarito: Errado.

    5. (ANALISTA PROCESSUAL TJ/RO CESPE/2012) Os

    contratos administrativos regem-se exclusivamente pelas suas

    clusulas e pelos preceitos de direito pblico.

    Comentrio:

    De acordo com o art. 54 da Lei n 8.666/93, os contratos

    administrativos regulam-se pelas suas clusulas e pelos preceitos de

    direito pblico. Contudo, aplicam-se, supletivamente, os princpios da

    teoria geral dos contratos e as disposies de direito privado.

    Gabarito: Errado.

    6. (ANALISTA JUDICIRIO ADMINISTRATIVA STM

    CESPE/2011) Todos os contratos celebrados pela administrao

    pblica so regidos por normas de direito pblico.

    Comentrio:

    Nem todo contrato firmado pela Administrao contrato

    administrativo. De acordo com o art. 54 da Lei n 8.666/93, os

    contratos administrativos regulam-se pelas suas clusulas e pelos

    preceitos de direito pblico. Contudo, aplicam-se, supletivamente, os

    princpios da teoria geral dos contratos e as disposies de direito

    privado.

  • C i c e r o R o m a o A r a u j o 0 3 9 8 1 9 2 4 4 8 7

    C i c e r o R o m a o A r a u j o 0 3 9 8 1 9 2 4 4 8 7

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    Todavia, a Administrao tambm pode firmar contratos

    regidos pelo direito privado, que sero regidos pelas regras de direito

    privado, aplicando-se, no que couber, as regras de direito pblico.

    Gabarito: Errado.

    7. (TCNICO JUDICIRIO TRT 10 REGIO CESPE/2013)

    Para os fins legais, somente ser considerado contrato o ajuste

    firmado entre a administrao pblica e particular que seja

    assim expressamente denominado em documento formal por

    escrito.

    Comentrio:

    Primeiramente importante perceber que a Lei n

    8.666/93 no estabeleceu qualquer definio de contrato. Contudo,

    pode-se dizer que contrato todo ajuste firmado entre a administrao

    e particular, estando expresso ou no em documento formal, pois at

    mesmo possvel o contrato verbal com a Administrao, ainda que

    excepcionalmente.

    Gabarito: Errado.

    8. (ANALISTA JUDICIRIO ADMINISTRATIVA STM

    CESPE/2011) O regime jurdico dos contratos administrativos

    confere administrao pblica a prerrogativa de modific-los,

    unilateralmente, para melhor adequao s finalidades de

    interesse pblico; ou mesmo rescindi-los unilateralmente.

    Comentrio:

    Os contratos administrativos possuem as seguintes

    caractersticas: So consensuais, onerosos, formais, comutativos, de

    adeso e personalssimos.

  • C i c e r o R o m a o A r a u j o 0 3 9 8 1 9 2 4 4 8 7

    C i c e r o R o m a o A r a u j o 0 3 9 8 1 9 2 4 4 8 7

    O contedo deste curso de uso exclusivo de Cicero Romao Araujo03981924487, vedada, por quaisquer meios e a qualquer ttulo, a sua reproduo,cpia, divulgao e distribuio, sujeitando-se os infratores responsabilizao civil e criminal.

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    Consensual porque dependem da manifestao de

    vontade das partes para se aperfeioar.

    Formal por terem que observar os requisitos legais para

    sua formalizao (arts. 60 a 62 da Lei n 8.666/93).

    Oneroso por haver contraprestao pecuniria.

    Comutativo por haver equivalncia de obrigaes e

    direitos, ou seja, h obrigaes e direitos recprocos.

    Personalssimo (intuitu personae) na medida em que

    o contrato sempre firmado em razo das condies pessoais do

    contratado.

    Tem natureza de contrato de adeso, que todas as

    clusulas so firmadas unilateralmente pela Administrao.

    Clusulas exorbitantes, ou seja, significa que h

    prerrogativas especiais para a Administrao, tal como poder de alterar

    o contrato unilateralmente, rescindi-lo unilateralmente, aplicar

    punies, fiscalizar e exigir garantia.

    H ainda a caracterstica da mutabilidade, isso porque

    dentre as clusulas exorbitantes h a possibilidade de alterao

    unilateral do contrato por motivo de interesse pblico, conforme prev o

    art. 65 da Lei n 8.666/93, ao estabelecer que:

    Art. 65. Os contratos regidos por esta Lei podero ser

    alterados, com as devidas justificativas, nos seguintes

    casos:

    I unilateralmente pela Administrao:

    a) quando houver modificao do projeto ou das

    especificaes, para melhor adequao tcnica aos seus

    objetivos;

    b) quando necessria a modificao do valor contratual

    em decorrncia de acrscimo ou diminuio quantitativa

    de seu objeto, nos limites permitidos por esta Lei;

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    O contedo deste curso de uso exclusivo de Cicero Romao Araujo03981924487, vedada, por quaisquer meios e a qualquer ttulo, a sua reproduo,cpia, divulgao e distribuio, sujeitando-se os infratores responsabilizao civil e criminal.

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    Gabarito: Certo.

    9. (ANALISTA DE CORREIOS ADVOGADO CORREIOS

    CESPE/2011) A possibilidade de alterao unilateral do contrato

    administrativo pela administrao pblica, independentemente

    de motivao, constitui uma de suas clusulas exorbitantes.

    Comentrio:

    Nos contratos administrativos temos a presena das

    denominadas clusulas exorbitantes, ou seja, disposies que conferem

    posio privilegiada (poderes especiais) para a Administrao.

    Dentre tais clusulas temos o poder de a Administrao

    aplicar sanes, fiscalizar a execuo do contrato, rescindir

    unilateralmente, bem como de alter-lo unilateralmente.

    Contudo, qualquer desses poderes, inclusive a alterao

    unilateral deve ser devidamente justificativa, ou seja, sempre

    exercido de forma motivada, conforme determina o art. 65 da Lei n

    8.666/93, assim expresso:

    Art. 65. Os contratos regidos por esta Lei podero ser

    alterados, com as devidas justificativas, nos seguintes

    casos:

    I unilateralmente pela Administrao:

    Gabarito: Errado.

    10. (ANALISTA JUDICIRIO - ADMINISTRATIVA TJ/ES

    CESPE/2011) A regra segundo a qual os contratos

    administrativos so realizados intuitu personae absoluta.

    Comentrio:

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    C i c e r o R o m a o A r a u j o 0 3 9 8 1 9 2 4 4 8 7

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    Os contratos so firmados em razo das condies e

    qualidades pessoais da contratada, verificadas no momento da

    habilitao. Contudo, verifica-se que no se trata de uma regra absoluta

    na medida em que quando houver previso no edital e for autorizado

    pela Administrao poder haver subcontratao de parte do objeto

    contratado.

    Gabarito: Errado.

    11. (PROMOTOR DE JUSTIA MPE/RR CESPE/2012)

    Segundo a doutrina, a natureza intuito personae no se insere,

    em regra, entre as peculiaridades do contrato administrativo.

    Comentrio:

    peculiaridade ou caracterstica dos contratos

    administrativos ser personalssimo, ou seja, intuito personae, pois as

    qualidades pessoais da contratada, verificadas na habilitao que

    ensejaram a contratao.

    Gabarito: Errado.

    12. (ESPECIALISTA TELEBRS CESPE/2013) O carter

    personalssimo do contrato administrativo no absoluto,

    podendo, em determinadas circunstncias, o licitante vencedor

    do certame ser substitudo.

    Comentrio:

    De fato, embora os contratos administrativos tenham por

    caractersticas serem perso