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 Professor: Darlan K. E. de Carvalho (Dr.) Departamento de Engenharia Mecânica

Aula 06 Teorema Transp Reynolds Cons Massa Vc Final 2014 01

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  • Professor:

    Darlan K. E. de Carvalho (Dr.)

    Departamento de Engenharia Mecnica

  • Sumrio 1. Introduo

    2. Leis Bsicas para Sistema

    3. Teorema do Transporte de Reynolds: Relao entre as Formulaes para

    Sistema e Volume de Controle

    4. Conservao da Massa para VC

    5. Consideraes Finais

    6. Bibliografia

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    Eq. Bsicas na Forma Integral: Teorema do Transporte

    de Reynolds, Conserv. da Massa e Energia.

  • 1. Introduo Nossos objetos de estudo.

    I Sistema (fechado): Poro de massa fixa e identificvel.

    II - Volume de Controle (Sist. Aberto): Volume no espao atravs do qual a

    matria escoa.

    Em muitas aplicaes que envolvem fluxo de massa (ex. Fluidos que circulam atravs de equipamentos), preferimos o V.C..

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    Figura: Exemplos de sistemas e volumes de controle.

  • 1. Introduo Por qu o Volume de Controle (VC)?

    Fluidos so capazes de distoro e deformao contnuas com o tempo, podendo ser difcil seguirmos a mesma poro de massa no espao e no tempo

    (descrio Lagrangeana).

    Muitas vezes, nos interessamos pelo efeito do escoamento sobre algum dispositivo (ex. bombas, turbinas, compressores, etc) ou estrutura (navios,

    plataformas de petrleo, avies, etc).

    Obs.: As equaes que estudaremos so obtidas a partir da converso da formulao de sistema para a formulao de volume de controle das equaes bsicas de

    conservao (massa e energia).

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  • 2. Leis Bsicas para Sistema Conservao da Massa: Esta Lei Fundamental da natureza exige que a massa M para um sistema fechado seja constante.

    A massa, assim como a energia, uma propriedade conservada no podendo ser criada ou destruda durante um processo.

    Contudo, massa e energia podem ser convertidas, uma na outra, atravs da equao:

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    2E mc

  • 2. Leis Bsicas para Sistema Onde c=2,9979 . 108 m/s a velocidade da luz no vcuo. Esta equao sugere que a massa de um sistema muda quando a energia muda.

    Contudo, para a maioria das interaes encontradas na prtica da engenharia, com exceo das reaes nucleares, a mudana de massa muito pequena.

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  • 2. Leis Bsicas para Sistema Conservao da Massa

    Escrevendo a conservao da massa para um sistema (fechado), temos:

    onde,

    sistema

    0dM

    dt

    (sist) (sist) (sist)

    sistema

    M

    dM dm d

    v

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  • 2. Leis Bsicas para Sistema 1 Lei da Termodinmica (Conservao da Energia)

    Esta Lei Fundamental da natureza estabelece que, para um sistema:

    A taxa de transferncia temporal do calor, menos a taxa de trabalho

    realizado pelo (ou sobre) o sistema igual taxa temporal de variao da

    energia total do sistema, isto :

    Obs.: Lembramos que esta lei afirma que a energia no pode ser criada nem destruda, apenas transformada.

    sistema

    dEQ W

    dt

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  • 2. Leis Bsicas para Sistema Onde, a taxa de transferncia de calor do sistema para o meio, a

    taxa de trabalho realizado pelo (+) ou sobre (-) o sistema e E a energia

    total do sistema, que pode ser calculada como:

    Com e=u+V2/2+gz, onde e = energia especfica, u = energia interna especfica, V = mdulo da velocidade, g = o mdulo da

    acelerao gravitacional, e z cota do elemento de massa dm.

    (sist) (sist) (sist)

    ( )sist

    M

    eE edm e d d

    v

    Q

    W

    .

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  • Seja N qualquer propriedade extensiva de um sistema, e a correspondente propriedade intensiva. Neste caso, podemos escrever:

    Para as propriedades apresentadas, temos:

    (sist) (sist)

    (sistema)

    M

    dN dm

    v

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    3. Teorema do Transporte de Reynolds: Relao entre as Formulaes para Sistema e Volume de Controle

    N (Grandeza Extensiva) (Grandeza Intensiva)

    M 1

    E e

  • Considerando um VC e um sistema (poro de fluido) cujas fronteiras coincidem, no instante t, com as regies 1 e 2.

    No instante t+t, o sistema ocupa as regies 2 e 3. J o VC continua ocupando as regies 1 e 2.

    ,

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    3. Teorema do Transporte de Reynolds: Relao entre as Formulaes para Sistema e Volume de Controle

    (e Vol. Cont.)

  • Tomando a taxa de variao temporal de uma propriedade extensiva N para um sistema, temos:

    Expandindo o lado direito dessa equao, temos:

    Obs.: Na equao anterior, Ni refere-se a propriedade extensiva na regio i.

    0

    (sist)

    lim S St

    N t t N tdN

    dt t

    3 2 1 20

    sist

    ( )lim

    t

    N t t N t t N t N tdN

    dt t

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    3. Teorema do Transporte de Reynolds: Relao entre as Formulaes para Sistema e Volume de Controle

  • Somando e subtraindo N1(t+t) no numerador da equao anterior e re-arrumando os termos, obtemos:

    2 1 2 10

    sist

    3 1

    0

    ( ) ( )lim

    ( ) ( ) lim

    t

    t

    N t t N t t N t N tdN

    dt t

    N t t N t t

    t

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    3. Teorema do Transporte de Reynolds: Relao entre as Formulaes para Sistema e Volume de Controle

  • Notando ainda, que o primeiro limite na equao anterior se refere ao volume de controle (pois o sist. e o V.C. coincidem em 1 e 2), podemos

    escrever:

    Ou ainda:

    3 10 0

    sist

    lim limVC VCt t

    N t t N t N t t N t tdN

    dt t t

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    3. Teorema do Transporte de Reynolds: Relao entre as Formulaes para Sistema e Volume de Controle

    3 10

    sist

    limVCt

    N t t N t tdN N

    dt t t

  • Considerando os elementos diferenciais de volume da figura, temos:

    onde,

    1 1 1 3 3 3 e d tV dA d tV dA

    1 1

    3 3

    1 1 1

    3 3 3

    ( )

    ( )

    SC

    SC

    N t t d tV dA

    N t t d tV dA

    3. Teorema do Transporte de Reynolds: Relao entre as Formulaes para Sistema e Volume de Controle

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  • Utilizando as definies para N1(t+t)e N3(t+t), temos:

    onde SC a superfcie de controle (superfcie que envolve o volume de

    controle).

    Lembrando ainda que:

    3 10

    ( )lim

    tSC

    N t t N t tV dA

    t

    VC

    VC

    Nd

    t t

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    3. Teorema do Transporte de Reynolds: Relao entre as Formulaes para Sistema e Volume de Controle

  • 3. Teorema do Transporte de Reynolds: Relao entre as Formulaes para Sistema e Volume de Controle

    Usando as expresses anteriores, podemos escrever , como:

    Este o Teorema do Transporte de Reynolds (TTR), que relaciona as formulaes de sistema e de volume de controle.

    Este teorema relaciona a descrio Lagrangeana com a descrio Euleriana para a taxa de variao temporal de uma quantidade extensiva

    integral.

    sist VC SC

    dNd V dA

    dt t

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    sist

    dN dt

  • Podemos interpretar os termos deste teorema como:

    Taxa de variao temporal de qualquer propriedade

    extensiva N do sistema;

    Taxa de variao temporal da propriedade extensiva N

    dentro do volume de controle ;

    Fluxo lquido da propriedade extensiva N atravs (para

    dentro!) da superfcie de controle;

    Obs.: Notar que V medida com respeito ao volume de controle (VC).

    sist

    dN

    dt

    VC

    dt

    N d

    SC

    V dA

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    3. Teorema do Transporte de Reynolds: Relao entre as Formulaes para Sistema e Volume de Controle

  • 4. Conservao da Massa para VC Escrevendo o TTR para a massa, com N=M e =1, temos:

    Como, para um sistema , temos:

    Que o princpio de conservao da massa para um VC.

    sist VC SC

    dMd V dA

    dt t

    0sist

    dM dt

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    0VC SC

    d V dAt

  • 4. Conservao da Massa para VC Obs.:

    1. O primeiro termo do lado direito da equao anterior representa a taxa de

    variao da massa no volume de controle;

    2. O segundo termo representa o fluxo de massa atravs das superfcies de

    controle (vazo mssica);

    3. Esta equao (e suas formas simplificadas) conhecida como Equao da

    Continuidade (na forma integral).

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  • 4. Conservao da Massa para VC Casos Especiais da Equao da Continuidade

    1. Escoamento Incompressvel: Neste caso, em que =cte, a equao da

    continuidade pode ser reescrita, como:

    Assumindo um volume de controle indeformvel, i.e., , temos:

    0 0VC SC SC

    d V dA V dAt t

    0SC

    V dA

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    0t

  • 4. Conservao da Massa para VC O termo

    comumente chamado de vazo volumtrica atravs da superfcie de controle.

    Numa seo particular A da superfcie de controle, a vazo volumtrica Q dada por:

    3 1

    Vazao

    SC

    Q V dA L T

    vAA

    Q V dA

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  • 4. Conservao da Massa para VC 2. Escoamento Permanente: Neste caso, a equao da continuidade pode

    ser reescrita, como:

    O termo: a vazo mssica atravs da SC.

    1

    SC

    m V dA M T

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    Eq. Bsicas na Forma Integral: Teorema do Transporte

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    0VC

    dt

    0SC SC

    V dA V dA

  • 4. Conservao da Massa para VC Note que, num escoamento permanente, as vazes volumtricas NO so necessariamente conservadas (escoamento compressvel), porm vazes

    mssicas so sempre conservadas

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    Figura: Princpio de conservao da massa para uma cmara

    de mistura em regime permanente. Figura: Massas so necessariamente conservadas,

    volumes no.

  • 4. Conservao da Massa para VC 3. Escoamento Uniforme na Seo: Se considerarmos, adicionalmente, que o

    escoamento uniforme numa seo An da superfcie de controle e a

    velocidade mdia do fluido nesta seo, temos:

    Note que A massa que sai do VC tem sinal (+) e a massa que entra no VC tem sinal (-) devido ao produto interno.

    nV

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    0

    e

    0

    v n n

    nSC

    n n n

    nSC

    Q V dA V A

    m V dA V A

    .v

    m Q

    1

    n

    n n n

    n A

    V V dAA

    nV

  • 4. Conservao da Massa para VC De modo geral, podemos reescrever o princpio de conservao da massa, como:

    Onde, em geral:

    Lembrando sempre que V a velocidade relativa ao volume de controle (VC).

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    entra saiVC

    d m mt

    m V dA

  • 5. Consideraes Finais Na presente aula fizemos uma introduo ao estudo das leis bsicas na forma integral para V.C.

    Inicialmente, revisamos rapidamente as leis de conservao da massa e energia para sistemas fechados.

    Em seguida, apresentamos o Teorema do Transporte de Reynolds (TTR), que relaciona as formulaes para sistemas e volumes de controle.

    Finalmente, escrevemos o TTR para a massa e comentamos alguns casos simplificados.

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  • 6. Bibliografia [1] Introduo a Mecnica dos Fluidos. Mcdonald, Alan T. Pritchard, Philip J.,

    Fox, Robert W. Editora Ltc, 6 Edio 2006.

    [2] Mecnica dos Fluidos. Potter, M.C. & Wiggert, D.C., - Editora Thompson.

    Traduo da 3 edio Norte-Americana, 2003.

    [3] Fundamentos da Termodinmica, G. J. Van Wylen, R. E. Sontag e C.

    Borgnakke; 6a edio; Ed. Edgard Blucher, 2003.

    [4] Thermodynamics, An Engineering Approach, Y. A. engel, M. A. Boles,

    6th Edition, 2006.

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