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1 INSTITUTO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS Adubos & Adubação Prof. Dr. Gaspar H. Korndörfer Universidade Federal de Uberlândia GESSO AGRÍCOLA O QUE É GESSO AGRÍCOLA? Gesso Agrícola é originado do ác.sulfúrico sobre a rocha fosfatada, realizada com o fim de produzir ác. fosfórico, isto quer dizer que o gesso é subproduto da fabricação do H 3 PO 4 : Ca 10 (PO 4 ) 6 F 2 + 10H 2 SO 4 + 2OH 2 O 10CaSO 4 .2H 2 O + 6H 3 PO 4 + 2HF * Para cada ton. de ác. fosfórico produzido, é separado cerca de 4,5 ton. de gesso. O ácido fosfórico obtido por esta reação é usado na fabricação do SFT, MAP e DAP. Quando se produz o SFS, o gesso continua no produto final, sendo esta a principal diferença entre os dois super fosfatos: o triplo, mais concentrado, não possui gesso, enquanto o simples, com menor teor de P, o possui. H 2 SO 4 + Ca 10 (PO 4 ) 6 F 2 Ca(H 2 PO 4 ) 2 + CaSO 4 + 2HF (Super Simples - SSP) QUAL A SOLUBILIDADE DO GESSO? O gesso tem uma solubilidade de aproximadamente 2,5 g/l, em geral é rápida e pode ser representada por: CaSO 4 sólido Ca 2+ + SO 2- 4

Transp.- S+GESSO 09

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INSTITUTO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

Adubos & Adubação

Prof. Dr. Gaspar H. Korndörfer Universidade Federal de Uberlândia

GESSO AGRÍCOLA O QUE É GESSO AGRÍCOLA? Gesso Agrícola é originado do ác.sulfúrico sobre a rocha fosfatada, realizada com o fim de produzir ác. fosfórico, isto quer dizer que o gesso é subproduto da fabricação do H3PO4:

Ca10(PO4)6F2 + 10H2SO4 + 2OH2O ≡ 10CaSO4.2H2O + 6H3PO4 + 2HF * Para cada ton. de ác. fosfórico produzido, é separado cerca de 4,5 ton. de gesso. O ácido fosfórico obtido por esta reação é usado na fabricação do SFT, MAP e DAP. Quando se produz o SFS, o gesso continua no produto final, sendo esta a principal diferença entre os dois super fosfatos: o triplo, mais concentrado, não possui gesso, enquanto o simples, com menor teor de P, o possui.

H2SO4 + Ca10(PO4)6F2 ≡ Ca(H2PO4)2 + CaSO4 + 2HF (Super Simples - SSP) QUAL A SOLUBILIDADE DO GESSO? O gesso tem uma solubilidade de aproximadamente 2,5 g/l, em geral é rápida e pode ser representada por:

CaSO4 sólido ≡ Ca2+ + SO2-

4

2

O GESSO É UM CONDICIONADOR DE SOLO?

- Devida a alta solubilidade, consegue penetrar mais facilmente no perfil do solo

- Fornecer Ca em profundidade

- Reduzir a saturação de Al em sub-superfície

- Aprofundar o sistema radicular

- Melhorar a distribuição do sistema radicular

- Aumentar o peso/volume de raízes

- Favorecer a absorção de água e nutrientes

- Propiciar uma > tolerância das plantas aos veranicos.

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REAÇÕES SIMPLIFICADAS DO GESSO NO SOLO

A - Superfície

CaSO4.2H2O ≡ CaSO40 ≡ Ca2+ + SO4

2-

B - Descida/Deslocamento

Ca2+ + SO42-

C - Reações em profundidade - sub-superfície

CaSO04 ≡ Ca+2 + SO-2

4

Solo-Al+3 + Ca+2 ≡ Solo-Ca+2 + Al+3solução

a) Al+3 + SO-24 ≡ AlSO+

4 (solução) (não tóxico)

b) Al+3 + SO-44 + H2O ≡ AlxOHyH2OzSO4 (K)

(precipitado - não tóxico) De acordo com a reação (a), o Al na forma tri-valente (tóxica) reage com o SO-2

4, modificando a espécie iônica do Al. O gesso não corrige a acidez e nem tampouco diminui o Al+3 trocável do solo. A função do gesso é alterar a forma iônica do Al (tri-valente e mais tóxica) para uma forma menos tóxica.

4

UTILIZAÇÃO DO GESSO EM MISTURA COM CALCÁRIO

- Produto de melhores propriedades físicas; - Distribuição mais homogênea; - Maior facilidade na aplicação; - A mistura (calcário + gesso) é mais econômica

do que a aplicação individual; DIFERENÇAS ENTRE A REAÇÃO DO CALCÁRIO E DO GESSO O solo tem cargas dependentes de pH. A reação do calcário aumenta a quantidade

de OH- (> pH), aumenta a CTC (capacidade de troca catiônica), aumenta a

quantidade de cargas negativas e também aumenta a capacidade do solo em reter

bases (K, Mg e Ca).

Exemplificando as reações do calcário e do gesso no solo:

CaCO3 ≡ Ca2+ + CO-2

3 CO-2

3 + H2O ≡ CO2 + 2OH- CaSO4 ≡ Ca2+ + SO-2

4

No caso do calcário o ânion ou íon acompanhante (CO-2

3) reage com a água

transformando-se em CO2, o qual é perdido para a atmosfera. Assim o Ca+2, não

tendo um ânion acompanhante irá lixiviar/deslocar menos no perfil, ficando mais

retido na superfície de troca ou adsorvido pelas argilas, enquanto que o gesso um

ânion acompanhante (SO4) que pode ser carreado juntamente com o Ca até as

camadas mais profundas do solo.

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COMPOSIÇÃO DO GESSO? O gesso agrícola é um sulfato de Ca di-hidratado, CaSO4.2H2O, tendo a seguinte composição: - Umidade livre __________________ 15 - 17 % - Cálcio (Ca) ____________________ 17 - 20 % - Enxofre (SO4)____________________ 25 - 28 % - Fósforo (P2O5) _________________ 0,6 - 0,75 % - Flúor (F) ______________________ 0,67 - 3,20 % - Óxido de Silício (SiO2) ___________ 1,26 - 3,20 % QUANDO APLICAR GESSO?

ð Fazer a amostragem de solo (camada 20-40cm); ð Se o solo apresentar: - Saturação de alumínio > 20 % - Teor de Ca < 0,5 meq/100 cm3 ð Então recomenda-se: - Culturas anuais N.G. (kg/ha) = 50 x % argila - Culturas perenes N.G. (kg/ha) = 75 x % argila ð Levar em consideração a textura do solo: - Arenoso 500 kg/ha - Médio 1000 kg/ha - Argiloso 1500 kg/ha

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DISTRIBUIÇÃO DOS TEORES DE P E S DISPONÍVEL EM AMOSTRAS DE SOLO DO PR (norte) SP, MG, GO e MS.

No Amostras - S Teores S-SO4

(mg dm-3)

Classificação P (%) Absoluto (%)

< 5 Muito Baixo 48 31.500 45 5 - 10 Baixo 27 14.700 21 11 -15 Médio 16 7.700 11 > 15 Alto 9 16.600 23

Taxa de lotação e rendimento em peso vivo, por animal/dia/ha/ano

Rendimento em peso vivo

Tratamentos Taxa de Lotação (UA/ha)

(kg/animal/dia) ou ganho diário (kg/ha/ano)

Testemunha (solo não adubado) 0,47 0,400 69,10

Solo adubado Com Fosfato 0,58 0,512 110,10

Solo adubado com Fosfato + Gesso 0,70 0,623 161,35

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GESSO COMO FERTILIZANTE A - Quantidade a ser usada como fonte de S - Não existe calibração - Recomendações baseadas: . Relação N/S na folha = 15:1 - Relação N/S na adubação = 5-8:1 . Baseada no teor de matéria orgânica do solo . 10 - 40 kg S/ha Para solos com níveis inferiores a 10 mg dm-3 de enxofre na camada de 0-20 cm, recomenda-se aplicar: Culturas anuais: 150 - 250 kg gesso/ha Culturas perenes e cana-de-açúcar: 250 - 350 kg gesso/ha Ganho de peso vivo (a) por animais Nelore em pastagem de capim colonião (Araçatuba, SP). Tratamento Ganho de peso vivo (kg ha-1) Sem adubo 301 Com P + S 308 Com N + S 627 Com N + P 653 Com N + P + S 703 ( a ) Médias de dois anos. ( b) Doses: 200kg N, 200 kg P2O5 e 60 kg de S/ha. Fonte: adaptado de Quinn et al. ( 1961 )

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QUANTIDADES DE ENXOFRE EXTRAÍDA PELAS PRINCIPAIS CULTURAS

CULTURA COLHEITA PARTE da PLANTA S

t/ha kg ha-1 Arroz 4,0 Total 11 Milho 6,4 Total 44 Trigo 3,0 Total 14 Sorgo 2,5 Total 7 Cana 100 Colmos + folhas 58 Batatinha 40 Tubérculos + ramos 38 Algodão 1,3 Total 33 Amendoim 3 Total 24 Feijão 1 Total 25 Soja 3 Total 23 Café (coco) 2 Total 27 Cacau 1 Amêndoas Folhas 3 Abacaxi - pés/ha 50.000 Total 41 Laranja-cx./pé (200 pés/ha) 6 Frutos 15 Colonião 13 Total 45 Napier 25 Total 75 Tomate 41 Total 28 B - Quantidade a ser usada como fonte de Ca:

Normalmente a calagem bem feita, fornece

todo o Ca necessário as culturas. Entretanto,

algumas precisam de um suprimento extra de Ca:

Cultura do amendoim: 500 - 1000kg gesso agrícola em cobertura

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CORRELAÇÃO ENTRE OS TEORES DE MATÉRIA ORGÂNICA DO SOLO E TEORES DE S TOTAL NA CAMADA

SUPERFICIAL DO SOLO .

LOCAL Coeficientes de Correlação - r

Referências

Brasil 0,71 Neptune et al. (1975)

Malásia 0,85 Nor (1981

Nigéria 0,63 Kang et al. (1981)

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QUADRO 2. TEORES FOLIARES INDICADORES DE S TOTAL NAS PRINCIPAIS CULTURAS, MALAVOLTA (1980).

CUL TURA

AMOSTRAGEM S DEFI-

CIENTE

S ADEQUADO

(%) (%) Algodão Inicio florescimento: folhas de galhos

frutíferos, 100 folhas/ha 0,17-0,36 0,70-1,20

Cacau Ramos recém maduros, 20 e 30 folha a partir da ponta, 100 folhas/ ha

0,04 0,27

Café Chumbinho, 3o e 4o pares de folhas a partir da ponta: ramos frutíferos, 100 folhas/ha

0,10-0,15 0,16-0,25

Café(1) S-SO4, em ppm < 200 Cana 4 meses depois do plantio, 30 e 40 folha a

partir da ponta, porção mediana da lâmina, sem nervura, 20 folhas/ha

0,13 0,17

Laranja Primeira ou verão; folhas da primeira com 4-7 meses de idade, galhos frutíferos, 200 folhas/ha.

0,05-0,14 0,20-0,30

Milho Inflorescência feminina: folhas opostas e abaixo da espiga inferior, 1/3 médio, 50 -100 folhas/ha.

0,10 0,19

Soja Florescimento, 20 folha a partir da ponta, 50 - 100 folhas/há

? 0,25

Tomate Início do florescimento, lâmina da 30 ou 40 folha a partir da ponta, 50 folhas/ha

0,20 ?

(1) Fonte: adaptado de Guimarães & Ponte ( 1978 ).

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GESSO NA FERMENTAÇÃO DE ESTERCO PARA ADUBAÇÃO Durante o processo de fermentação ocorrem perdas de N na forma de amônia (NH3). O gesso agrícola é recomendado, pois reage com a amônia liberada, transformando-a em sulfato de amônio, diminuindo, portanto a volatilização. E ainda enriquece o esterco com Ca e S.

50 kg gesso / ton. de esterco.

GESSO PARA CORREÇÃO DE SOLOS SALINOS ð Para a correção de solos salinos a quantidade de gesso necessária dependerá da quantidade de sódio absorvida, da CTC e da profundidade a ser corrigida.

Perdas totais de amônia durante a compostagem de uma mistura de estercos de galinha e de gado com diferentes doses de, com diferentes graus de acidez residual (1)

Dose do Aditivo (kg/t)2

ADITIVO Acidez

Residual do Aditivo 50 100 150 200

------------------------- mg N - NH3 --------------------------- Gesso 1 0,13 41,4 ab 34,7 a 39,5 a 42,7 a Gesso 2 0,20 48,1 a 44,5 a 44,4 a 41,9 a Superf. Simples 1 7,02 41,7 ab 16,6 b 14,3 bc 13,2 b Superf. Simples 2 2,36 43,5 a 43,5 a 23,8 b 17,4 b Superf. Triplo 1 2,38 28,2 bc 16,9 b 14,8 bc 11,7 b Superf. Triplo 2 1,86 24,4 c 18,1 b 8,1 c 8,0 b (1) Médias seguidas pela mesma letra, na coluna não diferem estatisticamente a 5 %. (2) Perda de amônia sem adição de gesso ou fosfato = 41,8 de N – NH3

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Quantidade de gesso necessária para a correção de solos sódicos (prof. 30 cm) Na trocável Gesso Agrícola (CaSO4.2H2O) (meq/100g de solo) t ha-1 1 4,2 3 12,6 5 21,0 7 29,4 9 37,8 10 42,0 Fonte: Malavolta et al. (1979) ð Nos solos com tendência à alcalinização pela água de irrigação ou por outras causas, são usadas 500 kg de gesso/ha. ð Para corrigir a salinidade causada por adubos concentrados (Soma de nutrientes - NPK > 40%), aplicar gesso na mistura do fertilizante, de acordo com a regra abaixo: Menos de 500kg/ha ----------------------50kg gesso/ha Mais de 500 kg/ha ----------------------100kg gesso/ha

Acumulação de S em algumas culturas, (Terman, 1978).

CULTURA

PRODUÇÃO S

TOTAL ACUMULADO

S REMOVIDO COLHEITA

t.ha-1 kg ha-1 % Arroz 7,8 13 42 Trigo 5,4 22 25 Milho 11,2 34 47

Amendoim 4,5 24 48 Soja 4,0 28 48

Algodão 4,3 34 23 Abacaxi 40,0 16 -

Cana-de-açúcar 224,0 96 56

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ADUBAÇÃO COM ENXÔFRE PARA A SOJA

- o aumento do potencial produtivo de variedades de soja - o uso de fertilizações mais adequadas - 40% do enxofre (S) absorvido pela planta é exportado através dos grãos. - uso intensivo de fertilizantes concentrados, sem ou com baixos teores de S - a absorção do S pela soja, é de 15 kg/1000 kg de grãos - e o manejo inadequado dos solos

PROMOVEM DECRÉSCIMO ACENTUADO NO TEOR DE MATÉRIA ORGÂNICA E NOS TEORES DE ENXÔFRE DOS SOLOS

A quantidade que deve ser adicionada anualmente como manutenção, é de 45 kg quando se espera uma produtividade de 3000 kg.ha-1 de grãos. Níveis críticos: SOLO: 10 mg.dm-3

FOLHAS: 3 g.kg-1

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FONTES DE ENXOFRE Fontes % S Contendo Sulfato: 1. Sulfato de Amônio ................................... 24 2. Sulfato de Potássio ..................................16-24 3. Sulfato de Ca ....................................18 4. Super F. Simples ....................................12 5. Sulfato de Mg ....................................23 Contendo S elementar: 1. Enxofre elementar ...................................100 2. Uréia revestida c/S .................................Varia Fonte: VITTI, G (1986) RESERVAS DE ENXOFRE Sulfetos: - Pirita = FeS2 - Calcopirita = CuFeS2 Sulfatos: - Gibsita = CaSO4.2H2O - Barita = BaSO4 - Fosfogesso

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ANÁLISE ECONÔMICA DO EXPERIMENTO DE CANA SOCA

Adubação Nitrogenada

Dose N

Dose S

Custo(1) Adubação Produtividade Receita(1) Retorno(1)

Financeiro ---kg/ha--- R$/ha t/ha R$/ha R$/ha

Somente Uréia 80 0 56,00 112,00 1.775,00 1.719,00

Sulfato de Amônio+Uréia 80 15 57,00 124,00 1.965,00 1.908,00

Custo Adicional 1,00 Aumento Receita 190,00 Aumento do Lucro Líquido 189,00

(1) Preços praticados em março, 1998. (2) Renda Bruta menos o custo da adubação nitrogenada.

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ANÁLISE ECONÔMICA DO EXPERIMENTO COM ALGODÃO

Adubação Nitrogenada

Dose N

Dose S

Custo(1) Adubação Produtividade Receita(1) Retorno(1)

Financeiro ---kg/ha--- R$/ha t/ha R$/ha R$/ha

Somente Uréia 45 0 21,00 108,46 694,00 673,00

Sulfato de Amônio+Uréia 45 20 33,00 140,26 898,00 865,00

Custo Adicional 12,00 Aumento Receita 204,00 Aumento do Lucro Líquido 192,00

(1) Preços praticados em abril, 1998. (2) Renda Bruta menos o custo da adubação nitrogenada.

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ANÁLISE ECONÔMICA DO EXPERIMENTO COM CAFÉ

Adubação Nitrogenada

Dose N

Dose S

Custo(1) Adubação Produtividade Receita(1) Retorno(1)

Financeiro

---kg/ha--- R$/ha sacas/ha R$/ha R$/ha Somente Uréia 150 0 70,00 29,10 5.587,00 5.517,00

Sulfato de Amônio+Uréia 150 30 79,00 34,30 6.586,33 6.507,00

Custo Adicional 10,71 Aumento Receita 999,00 Aumento do Lucro Líquido 990,00

ANÁLISE ECONÔMICA DA CULTURA DO MILHO

Adubação Nitrogenada

Dose N

Dose S

Custo(1) Adubação Produtividade Receita(1) Retorno(1)

Financeiro ---kg/ha--- R$/ha sacas/ha R$/ha R$/ha

Somente Uréia 75 0 35,00 87 609,00 574,00

Sulfato de Amônio+Uréia 75 20 38,00 100 700,00 662,00

Custo Adicional 3,00 Aumento Receita 91,00 Aumento do Lucro Líquido 88,00

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A inclusão do S no programa de adubação (60 kg/ha de S) aumentou a eficiência da

adubação N, produzindo 19 sacas/ha a mais de trigo. A soja que foi plantada sobre

as parcelas com trigo produziram 17 sacas/ha a mais que a soja cultivada sobre as

parcelas de trigo, confirmando o efeito residual da adubação do trigo sobre a soja.

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GANHOS DE PRODUTIVIDADE PELA APLICAÇÃO DO ENXOFRE NA DOSE RECOMENDADA, COMO SULFATO DE AMÔNIO

Produtividade (kg/ha) Cultura

sem enxofre com enxofre

Dose S

(kg/ha)

Aumento de Produtividade devido ao S

(kg/ha)

%

Milho 5.228 6.009 20 781 15

Trigo 1.587 1.990 20 403 25

Algodão 1.627 2.104 20 477 29

Soja 1.533 1.793 20 260 17

Arroz 2.748 3.137 20 389 14

Café 1.743 2.059 30 316 18

Cana 134.200 152.500 18 18.300 14

Convênio SN-Centro/FEALQ/Fertilizantes Serrana, Coordenação - Prof. Godofredo César Vitti

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OS RESULTADOS DE AUMENTO DE PRODUTIVIDADE POR CULTURA E NÚMERO DE EXPERIMENTOS COM RESPOSTA A APLICAÇÃO DO

ENXOFRE ESTÃO NA TABELA ABAIXO:

Aumento de Produtividade % Culturas Total de

Colheitas Total de

Respostas média máxima

Teores de S-SO4

- no solo (ppm)

Café 9 9 41 73 4-10

Cana-de-açúcar 28 25 11 30 4-7

Milho 18 17 21 27 4-10

Soja 15 15 24 28 6-11

Trigo 3 3 26 29 8

Algodão 9 8 37 63 6-8

Citros 8 7 18 38 5-8

Pastagem 8 8 21 72 5-8

Arroz 9 8 16 41 6-8

Feijão 3 3 28 57 10

Sargo 4 4 10 18 8-11

Colza 2 2 51 73 4

Repolho 1 1 6 9 10

Total 117 110