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CURSO ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – TJDFT PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 1 Aula 07 6 Funções essenciais à Justiça. 6.1 Ministério Público, Advocacia e Defensoria Públicas. I. FUNÇÕES ESSENCIAIS À JUSTIÇA --------------------------------------------------------------------- 3 II. O MINISTÉRIO PÚBLICO (MP) --------------------------------------------------------------------------- 4 III. CONSELHO NACIONAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO (CNMP)------------------------- 24 IV. DA DEFENSORIA PÚBLICA (DP) ----------------------------------------------------------------------- 45 V. DA ADVOCACIA PÚBLICA ---------------------------------------------------------------------------------- 48 VI. DA ADVOCACIA PRIVADA---------------------------------------------------------------------------------- 53 VII. QUESTÕES DA AULA ------------------------------------------------------------------------------------------- 63 VIII. GABARITO ------------------------------------------------------------------------------------------------------------ 70 IX. BIBLIOGRAFIA CONSULTADA--------------------------------------------------------------------------- 71 Olá futuros Técnicos Judiciários do TJDF! Prontos para trabalhar em um dos melhores tribunais do Poder Judiciário e para o SEU salário de R$ 4.635,02? Estamos chegando ao nosso último encontro! Espero que o curso tenha alcançado as expectativas de todos, e fico aguardando notícias com os resultados positivos, que certamente estão por vir! Por favor, preencham o questionário de avaliação do curso. Somente assim, com as suas opiniões e sugestões, poderemos melhorar cada vez mais! Na aula de hoje, estudaremos outro assunto FUNDAMENTAL para a sua prova, afinal, o órgão no qual você irá trabalhar atua lado a lado com essas instituições: as Funções Essenciais à Justiça Assim como o Poder Judiciário, esse é um assunto bastante delicado para as aulas online, uma vez que a maioria das questões de prova cobra a literalidade da CF, sem muitas interpretações ou jurisprudência. Assim, você verá que os esquemas de hoje serão um pouco menos resumidos, com menos palavras-chave e mais transcrições do texto constitucional. Optei por fazer assim para que você já vá se acostumando com a letra da CF.

Aula 07

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    Aula 07

    6 Funes essenciais Justia. 6.1 Ministrio Pblico, Advocacia e Defensoria Pblicas.

    I. FUNES ESSENCIAIS JUSTIA --------------------------------------------------------------------- 3 II. O MINISTRIO PBLICO (MP) --------------------------------------------------------------------------- 4 III. CONSELHO NACIONAL DO MINISTRIO PBLICO (CNMP)------------------------- 24

    IV. DA DEFENSORIA PBLICA (DP) ----------------------------------------------------------------------- 45 V. DA ADVOCACIA PBLICA ---------------------------------------------------------------------------------- 48 VI. DA ADVOCACIA PRIVADA ---------------------------------------------------------------------------------- 53 VII. QUESTES DA AULA ------------------------------------------------------------------------------------------- 63

    VIII. GABARITO ------------------------------------------------------------------------------------------------------------ 70 IX. BIBLIOGRAFIA CONSULTADA --------------------------------------------------------------------------- 71

    Ol futuros Tcnicos Judicirios do TJDF!

    Prontos para trabalhar em um dos melhores tribunais do Poder Judicirio e para o SEU salrio de R$ 4.635,02?

    Estamos chegando ao nosso ltimo encontro! Espero que o curso tenha alcanado as expectativas de todos, e fico aguardando notcias com os resultados positivos, que certamente esto por vir!

    Por favor, preencham o questionrio de avaliao do curso. Somente assim, com as suas opinies e sugestes, poderemos melhorar cada vez mais!

    Na aula de hoje, estudaremos outro assunto FUNDAMENTAL para a sua prova, afinal, o rgo no qual voc ir trabalhar atua lado a lado com essas instituies: as Funes Essenciais Justia

    Assim como o Poder Judicirio, esse um assunto bastante delicado para as aulas online, uma vez que a maioria das questes de prova cobra aliteralidade da CF, sem muitas interpretaes ou jurisprudncia. Assim, voc ver que os esquemas de hoje sero um pouco menos resumidos, com menos palavras-chave e mais transcries do texto constitucional. Optei por fazer assim para que voc j v se acostumando com a letra da CF.

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    Como sempre, faremos muitos exerccios do CESPE para que voc treine muito e tenha uma viso de todos os ngulos da matria: sero 66 questes comentadas!

    Comearemos com a parte terica e os exerccios viro na medida em que a matria for explicada. Ao responder as questes, leia todos os comentrios, pois foram feitas vrias observaes alm da mera resoluo da questo.

    Na aula de hoje, teremos APENAS 28 pginas de contedo (teoria). O restante das pginas dividido entre exerccios comentados, MUITOS esquemas e uma lista com as questes da aula. Dessa forma, apesar de o nmero de pginas ser elevado, a leitura do material bastante rpida e agradvel!

    Voc notar que alguns esquemas e respostas foram exaustivamente repetidos nos comentrios das questes. Isso no por acaso! Sugiro que voc os revise vrias vezes, para internalizar o conhecimento.

    Caso tenham alguma dvida, mandem-na para o frum ou para o email [email protected].

    Estarei sempre disposio de vocs!

    Vamos ento nossa ltima aula!

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    I. FUNES ESSENCIAIS JUSTIA

    Meu caro Tcnico Judicirio do TJDF, ns vimos na aula referente ao Poder Judicirio que este somente age se for provocado, no agindo de ofcio (princpio da demanda). Assim, para garantir a imparcialidade deste poder epara garantir uma efetiva prestao jurisdicional, preciso que pessoas e rgos atuem lado a lado com o Judicirio.

    Essas pessoas e rgos que atuam junto ao Poder Judicirio (e que no fazem parte desse poder) so chamados de Funes Essenciais Justia.

    As Funes Essenciais Justia so compostas pelo Ministrio Pblico, Defensoria pblica, Advocacia Pblica e Advocacia Privada.

    Vamos comear com a funo mais importante para as provas de concursos: o Ministrio Pblico.

    Esquematizando:

    x Funes Essenciais Justia - No so rgos do Judicirio / No integram o Judicirio. - So pessoas ou rgos que atuam perante o Judicirio

    - So instrumentos indispensveis imparcialidade do Judicirio,

    uma vez que este somente age por provocao

    - Composio - Ministrio Pblico

    - Defensoria Pblica

    - Advocacia Pblica

    - Advocacia Privada

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    II. O MINISTRIO PBLICO (MP)

    1. OBSERVAES GERAIS

    Segundo a prpria Constituio, o Ministrio Pblico uma instituio permanente, essencial funo jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa da ordem jurdica, do regime democrtico e dos interesses sociais e individuais indisponveis.

    O Ministrio Pblico, tambm chamado de parquet, o fiscal da lei e da federao. Ele um rgo autnomo e independente e est fora da estrutura dos trs poderes.

    Dessa forma, o MP no um 4 poder. Apesar de ser ligado ao oramento do Executivo, no faz parte desse e no se subordina a nenhum dos trs poderes.

    Ingresso na carreira

    O ingresso na carreira do Ministrio Pblico far-se- mediante concurso pblico de provas e ttulos, assegurada a participao da Ordem dos Advogados do Brasil em sua realizao, exigindo-se do bacharel em direito, no mnimo, trs anos de atividade jurdica e observando-se, nas nomeaes, a ordem de classificao.

    Capacidade postulatria

    A capacidade postulatria a aptido para agir em juzo, ou seja, a capacidade de se conversar com o Juiz dentro do processo. Um conceito mais formal este: a capacidade de fazer valer e defender as prprias pretenses ou as de outrem em juzo ou, em outras palavras, a qualidade ou atributo necessrio para poder pleitear ao juiz. Essa qualidade est consubstanciada na condio de ser membro da instituio ou ser inscrito na OAB.

    As partes do processo (autor e ru) no possuem a capacidade postulatria, assim, precisam de um advogado para agir dentro do processo.

    Saiba ento que o Ministrio Pblico possui capacidade postulatria. Ele pode entrar com aes tanto na esfera civil quanto na esfera penal. Na esfera civil, o MP pode entrar com a Ao Civil Pblica (ACP) para proteger o patrimnio pblico e social, o meio ambiente e outros interesses difusos e

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    coletivos, tambm chamados de direitos transindividuais ou metaindividuais ou ainda direitos coletivos lato sensu. Eles so assim chamados porque so direitos que transcendem o indivduo, se aplicando coletividade.

    J na esfera penal, o MP pode entrar com a ao penal pblica. A regra que a titularidade da ao penal do Ministrio Pblico (MP). Assim, o MP o dono da ao penal e ela PBLICA. No entanto, em caso de inrcia do parquet em entrar com a ao penal ou em dar andamento mesma, caber a ao penal privada subsidiria da pblica. Entretanto, a referida ao no retira o carter privativo da ao penal (que do Ministrio Pblico).

    Exemplo 1: o crime de homicdio um crime de ao penal pblica. Caso seja instaurada uma ao penal por este crime, ela sempre ser pblica e o MP sempre ser o titular da ao. Dessa forma, ainda que a famlia da vtima acompanhe os atos processuais, ajude o Ministrio Pblico e a polcia ou at mesmo no queira que a ao seja instaurada, o dono da ao sempre ser o parquet (MP), sendo ele quem decide sobre a instaurao da ao e quem pratica os atos processuais.

    No entanto, caso o Ministrio Pblico seja desidioso na propositura ou na conduo da ao, a sim caber a ao penal privada subsidiria da pblica.

    Exemplo 2: a calnia um crime de ao penal privada. Para que algum seja processado por este crime, o ofendido deve entrar com a ao penal contra o agressor, no podendo o MP instaurar a ao sozinho.

    Para a sua prova de Direito Constitucional, no necessrio saber quais crimes so de ao penal pblica ou privada, bastando as informaes colocadas aqui.

    Esquematizando:

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    - instituio permanente, essencial funo jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a

    defesa da ordem jurdica, do regime democrtico e dos interesses sociais e individuais

    indisponveis

    - Tambm chamado de parquet

    - Fiscal da lei/federao

    - rgo autnomo e independente

    - Est fora da estrutura dos 3 poderes

    - No se subordina a nenhum dos outros poderes

    - No um 4 poder. Ele ligado ao oramento do Executivo, mas no faz parte desse

    poder

    - Ingresso na carreira - Mediante concurso pblico de provas e ttulos

    - Participao da OAB

    - No mnimo, trs anos de atividade jurdica

    - Observando-se, nas nomeaes, a ordem de classificao.

    - MP possui - Civil: ACP para proteger - patrimnio pblico e social, meio ambiente

    capacidade - outros interesses difusos e coletivos

    postulatria - direitos transindividuais / metaindividuais /

    coletivos lato sensu): transcendem o

    indivduo

    - Penal: - Pblica - Acusador

    - Ele o titular exclusivo da ao penal pblica

    - Inrcia: cabe ao penal privada subsidiria da

    pblica

    - Privada: Fiscal da lei

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    2. COMPOSIO DO MINISTRIO PBLICO

    O Ministrio Pblico se divide em dois ramos: o Ministrio Pblico da Unio (MPU) e o Ministrio Pblico Estadual (MPE). O MPU, por sua vez, se subdivide em quatro vertentes: MP Federal, MP Militar, MP do Trabalho e MP do Distrito Federal e Territrios (MPDFT). Observe que o MPDFT pertence ao MPU, sendo um rgo da Unio e no do DF.

    O chefe do Ministrio Pblico da Unio o Procurador-Geral da Repblica (PGR) e ele quem nomeia os Procuradores-Gerais do Trabalho e Militar.Observe que no foi falado o Ministrio Pblico Eleitoral, uma vez que ele no dispe de estrutura prpria e ser integrado por membros do MP federal e membros do MP estadual.

    Existe ainda um Ministrio Pblico que atua junto aos Tribunais de Contas(MPjTC). Saiba que esse MPjTC no faz parte do Ministrio Pblico,integrando a estrutura do prprio Tribunal de Contas.

    Esquematizando:

    x Composio 1 - MPU - Ministrio Pblico Federal (MPF)do MP - Ministrio Pblico do Trabalho

    - Ministrio Pblico Militar

    - Ministrio Pblico do Distrito Federal e Territrios

    2 - MP Estadual

    o OBS - O Procurador-Geral da Repblica o chefe do MPU

    - PGR nomeia os Procuradores-Gerais do Trabalho e Militar

    - Observe que no aparece o Ministrio Pblico Eleitoral. Ele no dispe de

    estrutura prpria e ser integrado por membros do MP federal e membros

    do MP estadual.

    - MPjTC: - Ministrio Pblico que funciona junto aos Tribunais de Contas.

    - NO faz parte do MP

    - Integra a estrutura do prprio Tribunal de Contas.

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    3. GARANTIAS DOS MEMBROS DO MP

    Meus queridos Tcnicos Judicirios do TJDF, vocs se lembram que, os membros do Poder Judicirio possuam uma srie de garantias e de vedaes? Para os membros do Ministrio Pblico funciona de forma bastante parecida: eles tambm possuem vrias garantias e vedaes para que seja assegurada asua imparcialidade. Essas garantias no so benefcios desarrazoados, mas sim instrumentos para que seja garantida a autonomia e a correta funo de fiscalizao das leis e da federao.

    A primeira garantia a vitaliciedade, que adquirida aps dois anos de exerccio. Uma vez adquirida a vitaliciedade, o membro do MP somente perder o cargo por sentena JUDICIAL transitada em julgado. Observe que o membro do MP no pode perder o cargo por deciso do CNJ ou do CNMP.

    A segunda garantia a inamovibilidade, que garante que, via de regra, os membros do Ministrio Pblico somente possam ser removidos a pedido e nunca ex oficio. Entretanto, existem duas excees a essa regra:

    1- Remoo por interesse pblico, por deliberao da maioria absolutado rgo colegiado competente do MP, assegurada ampla defesa.

    2- Sano administrativa, aplicada pelo Conselho Nacional do Ministrio Pblico, assegurada ampla defesa.

    A terceira garantia a irredutibilidade de subsdios, e serve para evitar presses externas e garantir a imparcialidade. Assim como a garantia dos magistrados, assegurada a irredutibilidade nominal e no real. Dessa forma, essa garantia no protege o salrio do membro do MP contra a inflao, por exemplo.

    Esquematizando:

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    - Vitaliciedade - Adquirida aps dois anos de exerccio

    - Aps a vitaliciedade, s perde o cargo por sentena judicial

    transitada em julgado

    - Inamovibilidade - Regra: somente podem ser removidos a pedido e nunca ex oficio

    - Excees - Por interesse pblico - MA do rgo colegiado

    competente do MP

    - Assegurada ampla defesa

    - Sano administrativa - Determinao do CNMP,

    - Assegurada ampla defesa

    - Irredutibilidade de subsdios - Para evitar presses externas e garantir a imparcialidade

    - Irredutibilidade nominal.

    - No assegurada a irredutibilidade real

    - No protege o salrio contra a inflao

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    4. VEDAES DOS MEMBROS DO MP

    Uma vez estudadas as garantias dos membros do MP, confira agora asvedaes:

    a) receber, a qualquer ttulo e sob qualquer pretexto, honorrios, percentagens ou custas processuais;

    b) exercer a advocacia;

    c) participar de sociedade comercial, na forma da lei;

    d) exercer, ainda que em disponibilidade, qualquer outra funo pblica, salvo uma de magistrio;

    e) exercer atividade poltico-partidria;

    Vale lembrar que, assim como a vedao dos magistrados, essa vedao absoluta. Dessa forma, os membros do MP somente podem se filiar a partido poltico se forem exonerados ou aposentados.

    f) receber, a qualquer ttulo ou pretexto, auxlios ou contribuies de pessoas fsicas, entidades pblicas ou privadas, ressalvadas as excees previstas em lei.

    g) Exercer a advocacia no juzo ou tribunal do qual se afastou, antes de decorridos trs anos do afastamento do cargo por aposentadoria ou exonerao.

    Esquematizando:

    - Receber, a qualquer ttulo e sob qualquer pretexto, honorrios, percentagens ou custas processuais

    - Exercer a advocacia

    - Participar de sociedade comercial, na forma da lei

    - Exercer, ainda que em disponibilidade, qualquer outra funo pblica, salvo uma de magistrio

    - Exercer atividade poltico-partidria - Vedao absoluta, assim como a dos membros do Jud.

    - No podem se filiar a partido poltico salvo se exonerados ou aposentados

    - Receber, a qualquer ttulo ou pretexto, auxlios ou contribuies de pessoas fsicas, entidades pblicas ou privadas, ressalvadas as excees previstas em lei

    - Exercer a advocacia no juzo ou tribunal do qual se afastou, antes de decorridos trs anos doafastamento do cargo por aposentadoria ou exonerao.

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    5. PRINCPIOS INSTITUCIONAIS DO MP

    A Constituio de 1988, em seu art. 127, 1, elenca alguns princpios do Ministrio Pblico enquanto instituio: a unidade, a indivisibilidade e a independncia funcional. A Carta Magna ainda traz em seu texto outros princpios que sero estudados de forma conjunta: o princpio do promotor natural e da autonomia funcional e administrativa.

    Segundo o princpio da UNIDADE, o Ministrio Pblico (MP) uno e constitui um nico rgo, com todos os seus membros administrativamente chefiados por um nico Procurador-Geral: o Procurador-Geral da Repblica (PGR),chefe do MPU e o Procurador-Geral de Justia (PGJ), chefe do MPE (existe um PGJ para cada estado da federao).

    Observe que essa unidade deve ser entendida internamente, no mbito de cada um dos ramos do MP. No se fala em unidade, por exemplo, entre o MP Federal e o MP do Trabalho.

    O segundo princpio o da INDIVISIBILIDADE, segundo o qual, a atuao do MP do respectivo rgo, e no de seus membros individualmente. Assim, os membros do MP no esto vinculados ao processo em que esto atuando e podem ser substitudos, na forma da lei. Da mesma forma que o princpio da unidade, este princpio tem aplicao restrita ao mbito de cada um dos ramos do MP.

    O terceiro princpio, o da INDEPENDNCIA FUNCIONAL, nos diz que os membros do Ministrio Pblico no se subordinam a ningum: a nenhum dos trs Poderes e nem mesmo ao respectivo Procurador-Geral. Dessa feita, cada membro do MP se subordina apenas CF, s leis e a sua prpria conscincia.

    Mas Roberto, voc me disse que o PGR e o PGJ so os chefes dos respectivos Ministrios Pblicos e agora me diz que os membros do MP no se subordinam a ningum. D pra explicar melhor?

    Claro! Ocorre que a subordinao entre os membros do MP e seus respectivos Procuradores-Gerais meramente administrativa e no funcional. Assim, um membro do parquet ter sempre independncia para agir livremente nos processos em que atuar, no tendo que obedecer a ordens de ningum, nem mesmo do Procurador-Geral.

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    O prximo princpio estudado o do PROMOTOR NATURAL. Segundo ele, as funes do MP somente podero ser desempenhadas pelos seus membros, investidos no exerccio do cargo e com estreita observncia das regras constitucionais.

    Explicando melhor: voc se lembra do princpio do juiz natural? Vamos revis-lo, observando um trecho da aula sobre direitos fundamentais:

    Assim, a Constituio protege o cidado porque assegura que todos saibam qual ser a autoridade julgadora (o foro competente) antes mesmo de se entrar com uma ao no Poder Judicirio.

    Por exemplo: imagine que Jos cometa um crime que choque toda a populao nacional e que cause grave comoo de toda a nao. Imagine tambm que se queira criar um Tribunal somente para julgar esse tipo de crime. O princpio do Juiz Natural assegura que Jos no poder ser julgado por esse novo Tribunal, uma vez que sua condenao seria quase certa, pois todos esto comovidos e a autoridade julgadora no seria imparcial.

    Assim, essa garantia constitucional assegura que as regras de julgamento e processo no sejam mudadas durante o jogo. No exemplo, Jos ser julgado por um Juiz Criminal de primeira instncia (se for o caso) e no por um Tribunal criado somente para julg-lo.

    Da mesma forma como no se pode haver um juzo ou tribunal de exceo, tambm no pode haver o "promotor de exceo", ou seja, no podero osmembros do MP ser casuisticamente designados para atuarem em processos especficos, em desrespeito aos procedimentos previamente fixados na legislao de regncia.

    Esses dois princpios: o do juiz natural e o do promotor natural protegem o indivduo contra mudanas nas regras durante o jogo.

    Por fim, ressalta-se que o princpio do promotor natural no est expresso na Constituio. Ele um princpio implcito que decorre do princpio do juiz natural, da independncia funcional e da inamovibilidade dos membros do MP.

    Por ltimo, estudaremos a autonomia administrativa e financeira do Ministrio Pblico. A AUTONOMIA ADMINISTRATIVA o poder que o MP possui de criar e extinguir seus cargos e servios auxiliares, bem como de instituir a sua prpria poltica remuneratria e os planos de carreira.

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    Lembre-se que quem organiza e mantm o MP estadual o prprio estadoe quem organiza e mantm o MPDFT a Unio. Dessa forma, as leis de organizao dos MPs dos estados sero apresentadas nas assembleias legislativas estaduais enquanto a lei de organizao do MPDFT ser apresentada no Congresso Nacional.

    A AUTONOMIA FINANCEIRA, por sua vez, o poder que o Ministrio Pblico possui de elaborar a sua prpria proposta oramentria, observando, claro, os limites da Lei de Diretrizes Oramentrias.

    O oramento, em rpidas palavras, um planejamento de gastos. Dessa forma, a regra simples: s se pode gastar o que foi planejado, OU SEJA, s se pode gastar o que est no oramento, OU SEJA, s se pode efetuar despesas se houver prvia dotao oramentria.

    O oramento materializado atravs da Lei Oramentria Anual (LOA) que, por sua vez, deve obedecer ao que est disposto na Lei de Diretrizes Oramentrias (LDO).

    E como feita a lei oramentria? Simples: cada poder elabora sua prpria proposta (dentro dos limites da LDO) e a envia ao Poder Executivo, que consolida todas as propostas oramentrias em um Projeto de Lei e o envia ao Poder Legislativo.

    Dessa feita, o MP no envia a proposta oramentria diretamente ao Legislativo, sendo que seu oramento est dentro do oramento do Executivo.Observe que apenas o oramento do MP que est dentro do Executivo e que de modo algum o MP est subordinado a este ou a qualquer outro poder!

    Alm disso, quando o MP elabora sua proposta oramentria, algumas regras devem ser seguidas:

    i. Caso o MP no encaminhe a proposta oramentria (ao Executivo) dentro do prazo estabelecido na LDO, o Executivo considerar, para fins de consolidao, os valores da LOA vigente.

    Funciona assim: no atual exerccio financeiro, elabora-se a Lei Oramentria Anual do prximo exerccio. Ex.: em 2009, elabora-se a LOA de 2010. Em 2010, elabora-se a LOA de 2011, e assim por diante.

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    Explicando a regra i.: por exemplo, caso o MP, no ano de 2010, no envie a proposta oramentria para o ano de 2011, o Executivo deve considerar como proposta para o ano de 2011 os valores da LOA de 2010 (a LOA vigente). Alm disso, o Executivo far os ajustes necessrios para adequao desses valores LDO.

    ii. Se o MP encaminhar proposta oramentria em desacordo com os limites da LDO, o Executivo far os ajustes necessrios.

    iii. vedado ao MP realizar despesas ou assumir obrigaes que extrapolem os limites da LDO, exceto se previamente autorizadas, mediante crditos suplementares ou especiais.

    Voc se lembra da regra? Somente se pode gastar se o dispndioestava previsto no oramento. Dessa forma, a Constituio veda expressamente que o MP (ou qualquer outro poder) realize despesas ou assuma obrigaes que extrapolem os limites da LDO, salvo se previamente autorizadas, mediante a abertura de crditos suplementares ou especiais. Assim, no basta que o Projeto de Lei de crditos suplementares ou especiais esteja em tramitao no Congresso Nacional, havendo a necessidade de que o mesmo j tenha sido aprovado.

    Por fim, deve-se frisar que os recursos correspondentes s dotaes oramentrias, compreendidos os crditos suplementares e especiais, destinados ao Ministrio Pblico, sero entregues at o dia 20 de cada ms, em duodcimos, na forma de lei complementar.

    Esquematizando:

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    - Unidade - O Ministrio Pblico (MP) uno

    - Constitui um nico rgo, com todos os seus membros administrativamente chefiados por

    um nico Procurador-Geral

    - Deve ser entendido como aplicvel internamente, no mbito de cada um dos ramos do MP

    - No se fala em unidade, por ex., entre o MP Federal e o MP do Trabalho

    - Indivisibilidade - A atuao do MP do respectivo rgo, e no de seus membros- Os membros do MP no esto vinculados ao processo em que esto atuando e

    podem ser substitudos, na forma da lei

    - Tem aplicao restrita ao mbito de cada um dos ramos do MP

    - Independncia funcional - No se subordinam a ningum: a nenhum dos trs Poderes, nem ao respectivo Procurador-Geral

    - Subordinam-se, to somente, CF, e s leis

    - Subordinao entre os membros do MP e o Procurador-Geral

    meramente administrativa e no funcional

    - Promotor natural - Funes do MP somente podero ser desempenhadas pelos seus membros, investidos no exerccio do cargo com estreita observncia das regras

    constitucionais

    - No pode haver o "promotor de exceo"

    - No podero os membros do MP ser casuisticamente designados para atuarem

    em processos especficos, em desrespeito aos procedimentos previamente

    fixados na legislao de regncia

    - Autonomia - Adm - Criao e extino de seus cargos e servios auxiliares- Poltica remuneratria e os planos de carreira

    - Lembrando - Quem organiza - MP dos estados o prprio estado

    e mantm o - MPDFT a Unio

    - Lei de organizao - Estadual: apresentadas nas

    Assembleias legislativas estaduais

    - do DFT: apresentado no Congresso

    Nacional

    - Financeira - Elabora a prpria proposta oramentria - limites da LDO

    - O MP no envia a proposta oramentria diretamente ao Legislativo

    - O oramento do MP est dentro do oramento do Executivo

    i. Caso o MP no encaminhe a proposta oramentria dentro do prazo

    estabelecido na LDO, o Executivo considerar, para fins de

    consolidao, os valores da LOA vigente

    ii. Se MP encaminhar proposta oramentria em desacordo com os

    limites da LDO, o Executivo far os ajustes necessrios

    iii. vedado ao MP realizar despesas ou assumir obrigaes que

    extrapolem os limites da LDO, exceto se previamente autorizadas,

    mediante crditos suplementares ou especiais

    Pri

    nc

    pio

    s

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    6. CHEFIAS DO MINISTRIO PBLICO

    Procurador-Geral da Repblica

    Meu querido aluno e futuro Tcnico Judicirio do TJDF, como j visto, existe um MP da Unio e um MP de cada estado da federao. Estudaremos agora as disposies mais importantes para a sua prova quanto aos chefes de cada MP.

    O MPU tem como chefe o Procurador-Geral da Repblica (PGR). Ele nomeado pelo Presidente da Repblica, dentre os integrantes da carreira maiores de 35 anos. Observe que o Presidente da Repblica livre para escolher o PGR, no havendo lista trplice. Assim como os principais agentes polticos nomeados pelo Presidente da Repblica, o nome do PGR deve ser aprovado pela maioria absoluta do Senado Federal.

    O mandato do PGR de dois anos, sendo que ele poder ser sucessivamente reconduzido, no havendo limite do nmero de recondues. No entanto, a cada reconduo, o nome deve ser aprovado novamente pela maioria absoluta do Senado Federal.

    Observe que, como estudaremos adiante, os Procuradores-Gerais de Justia somente podem ser reconduzidos uma nica vez.

    A destituio do Procurador-Geral da Repblica antes do trmino de seu mandato, por iniciativa do Presidente da Repblica, deve ser autorizada pela maioria absoluta do Senado Federal em votao secreta (art. 52, XI).

    Alm disso, o PGR ouvido em TODAS as aes no STF, sendo quesomente ele pode atuar perante o Supremo, no estando nenhum outro membro do MP autorizado a faz-lo.

    Procurador-Geral de Justia

    O Procurador-Geral de Justia (PGJ), chefe do MP Estadual, nomeado pelo Governador do Estado dentre integrantes da carreira, a partir de lista trplice elaborada pelo prprio MP (no PGR no tem essa lista!). Alm disso, o mandato do PGJ de dois anos, permitida uma nica reconduo.

    Adicionalmente, a destituio do PGJ por iniciativa do Governador deve ser aprovada pela maioria absoluta da Assembleia Legislativa do respectivo estado.

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    Observe que existem trs importantes diferenas em relao nomeao do PGR:

    1) O Legislativo no participa da escolha do PGJ, somente de suadestituio. J o PGR deve ser aprovado pela maioria absoluta do Senado Federal.

    2) A escolha do PGJ feita a partir de lista trplice, enquanto no h essa previso para a nomeao do PGR;

    3) O PGJ somente pode ser reconduzido uma nica vez, enquanto no h limite para o nmero de recondues do PGR.

    Nunca demais recordar: como o MPDFT organizado e mantido pela Unio, o PGJ do DF nomeado pelo Presidente da Repblica e no pelo governador do DF, alm disso, sua destituio deve ser aprovada pela maioria absoluta do Senado Federal e no da Cmara Legislativa do DF.

    Ademais, aplicam-se ao PGJ do DF as mesmas regras dos estados: a escolha feita a partir de lista trplice elaborada pelo MPDFT, para um mandato de 2 anos, permitida uma nica reconduo.

    Esquematizando:

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    - Procurador-Geral da Repblica (PGR): Chefe do MPU

    - Nomeao - Pelo Presidente da Repblica

    - Dentre integrantes da carreira

    - Maiores de 35 anos

    - No tem lista trplice

    - Aps a aprovao da MA do Senado Federal

    - MP da Unio - Mandato - 2 anos

    (MPU) - Poder ser sucessivamente reconduzido

    - No h limite do nmero de recondues do PGR

    - A cada reconduo, o nome deve ser aprovado novamente

    pela MA do SF:

    1) Manifestao de interesse do PR

    2) Aprovao do Senado Federal, por MA

    - Obs.: Demais PGs (estaduais): uma nica reconduo

    - Destituio 1) Representao do Presidente da Repblica

    2) Deliberao da MA do Senado Federal (voto secreto)

    - O PGR ouvido em TODAS as aes no STF: somente ele pode atuar

    perante o STF, nenhum outro membro do MP pode fazer isso

    - Procurador-Geral de Justia (PGJ) - Chefe do MP Estadual

    - Nomeao - Pelo Governador

    - A partir de lista trplice elaborada pelo prprio MP

    - Dentre integrantes da carreira

    - O Leg. no participa da escolha, somente da destituio

    - MP dos Estados - Mandato - 2 anos

    - Permitida uma nica reconduo

    - Destituio - Iniciativa do Governador

    - Deliberao da MA da Assembleia Legislativa

    - MPDFT - PGJ do DF nomeado pelo Presidente da Repblica

    - MPDFT parte do MPU

    - A partir de lista trplice elaborada pelo MPDFT

    - Mandato de 2 anos

    - Permitida uma nica reconduo

    - Art. 21, XII - a CF determina expressamente que o MPDFT

    ser organizado e mantido pela Unio

    - Destituio pelo Senado Federal

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    efia

    do

    MP

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    7. INICIATIVA DE LEI DE ORGANIZAO DO MINISTRIO PBLICO

    Meus amigos, futuros Tcnicos Judicirios do TJDF e ganhadores de um salrio de R$ 4.635,02, vocs se lembram do princpio da autonomia administrativa estudado agora a pouco? Pois bem, uma questo bastante recorrente em provas de concurso acerca da iniciativa de lei de organizao do Ministrio Pblico, ou seja, quem pode propor ao legislativo as leis que organizam o MP?

    Vamos tratar a matria de forma bem esquematizada:

    x MPU Normas gerais: organizado por Lei Complementar de iniciativa concorrente entre o Presidente da Repblica e o PGR (art. 61, 1, II, d + art. 128, 5).

    Normas especficas: Lei de criao e extino de cargos e servios auxiliares do Ministrio Pblico, a poltica remuneratria e os planos de carreira: iniciativa privativa do PGR (CF, art. 127, 2).

    x MPE Normas gerais: Lei federal de normas gerais para a organizao do MP dos Estados: iniciativa privativa do Presidente da Repblica (CF, art. 61, 1, II, d).

    Normas especficas: Lei Complementar estadual de organizao do MP do Estado: iniciativa concorrente entre o Governador e o PGJ (art. 61, 1, II, d + 128, 5).

    Lei sobre a organizao do MPDFT: concorrente entre o Presidente da Repblica e o PGR. (O MPDFT integra o MPU e organizado e mantido pela Unio).x MPjTC: Lei de organizao do MP especial que atua junto Corte de

    Contas: iniciativa privativa do Tribunal de Contas.

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    8. FUNES DO MINISTRIO PBLICO

    A Constituio Federal traz algumas disposies acerca das funes do Ministrio Pblico. Tais papis somente podem ser exercidos por um membro do MP, integrante da carreira, e que resida na comarca, salvo autorizao do chefe da instituio.

    Conforme o artigo 129, so funes institucionais do Ministrio Pblico:

    I) Promover, privativamente, a ao penal pblica, na forma da lei.

    O MP o titular exclusivo dessa ao. Alm disso, no necessrio que haja investigao policial anterior propositura da ao penal pblica, ou seja, o MP pode propor a referida ao mesmo sem ter havido investigao policial, desde que tenha as provas de autoria e materialidade.

    Outra observao importante que, caso haja inrcia ou desdia do Ministrio Pblico, o particular pode propor a ao penal privada subsidiria da pblica (art. 5, LIX).

    II) Zelar pelo efetivo respeito dos poderes pblicos e dos servios de relevncia pblica aos direitos assegurados na Constituio, promovendo as medidas necessrias a sua garantia

    II) Promover o inqurito civil e a ao civil pblica (ACP), para a proteo do patrimnio pblico e social, do meio ambiente e de outros interesses difusos e coletivos.

    Organizao do MP

    MP Normas Gerais Normas Especficas

    UnioPR + PGR(61, 1, II, d + 128 5)

    PGR (127, 2)

    DFTPR + PGR(61, 1, II, d + 128 5)

    PGR (127, 2)

    Estados PR (61, 1, II, d)Gov + PGJ(61, 1, II, d + 128 5 + ADI 852)

    MPjTC TC TC

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    Importante ressaltar que a promoo da ACP no privativa do MP: inclui diversos outros legitimados (a Defensoria Pblica, os entes federados e suas entidades da administrao indireta, a associao constituda h pelo menos um ano desde que tenha entre suas finalidades as matrias protegidas pela ao civil pblica).

    IV) Promover a ao de inconstitucionalidade ou representao para fins de interveno da Unio e dos Estados, nos casos previstos na CF.

    V) Defender judicialmente os direitos e interesses das populaes indgenas.

    Segundo o art. 232 da Constituio, o MP deve intervir em todos os atos dos processos do quais os ndios sejam parte.

    VI) Expedir notificaes nos procedimentos administrativos de sua competncia, requisitando informaes e documentos para instru-los, na forma da lei complementar respectiva.

    VII) Exercer o controle externo da atividade policial, na forma da LC.

    VIII) Requisitar diligncias investigatrias e a instaurao de inqurito policial, indicados os fundamentos jurdicos de suas manifestaes processuais.

    IX) Exercer outras funes que lhe forem conferidas, desde que compatveis com sua finalidade, sendo-lhe vedada a representao judicial e a consultoria jurdica de entidades pblicas.

    Conforme este ltimo dispositivo, as competncias do MP no so exaustivas, podendo ser criadas novas competncias, desde que compatveis com a finalidade do MP.

    Alm disso, vedado ao MP representar judicialmente ou servir de rgo de consulta de entidades pblicas. Esse dispositivo assegura que o Ministrio Pblico sempre atue como fiscal da lei e da federao,no podendo servir de simples consultor jurdico ou advogado de entidades pblicas.

    Por fim, assim como no Judicirio, a distribuio dos processos ao MP ser imediata.

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    9. JULGAMENTO DOS MEMBROS DO MP

    Os membros do Ministrio Pblico possuem foro privilegiado, isso significa que eles no sero julgados pelos mesmos rgos julgadores das pessoas comuns. Ateno: o foro privilegiado somente utilizado para aes de natureza PENAL!

    Os membros do MPU so julgados da seguinte forma:

    a) O Procurador-Geral da Repblica julgado pelo STF nos crimes comuns e pelo Senado Federal nos crimes de responsabilidade.

    b) J os membros do MPU que oficiam perante os Tribunais, ou seja, os membros do MP de 2 instncia, so julgados pelo STJ.

    c) Os membros do MP que atuam perante os juzos de primeiro grau, ou seja, os membros que atuam na 1 instncia, so processados e julgados pelos TRFs nos crimes comuns e de responsabilidade, ressalvada a competncia da justia eleitoral.

    Os membros do Ministrio Pblico Estadual so julgados da seguinte forma:

    a) Os membros do MPE que atuam perante os tribunais, ou seja, na segunda instncia, so julgados pelo STJ tanto nos crimes comuns quanto nos de responsabilidade.

    b) J os membros do MPE que atuam perante os juzos de 1 grau, ou seja, na 1 instncia, so julgados pelo respectivo Tribunal de Justia Estadual.

    Por fim, os membros do Conselho Nacional do Ministrio Pblico so julgados da seguinte forma:

    a) Por crimes de responsabilidade: sero julgados pelo Senado Federal.

    b) Por crimes comuns: no possuem foro privilegiado. Assim, cada membro do CNMP responde perante o foro competente.

    Esquematizando:

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    a) Membros do MPU - PGR - Crimes comuns: STF

    (includo o MPDFT) - Crimes de responsabilidade: Senado Federal

    - Membros que atuam perante Tribunais: STJ

    - Membros que atuam perante juzos de 1 grau: TRF

    - Crimes comuns e de responsabilidade

    - Ressalvadas a competncia da Justia Eleitoral

    b) Membros do - Se atuarem perante - TJ: STJ (Crimes comuns e de resp.)

    MP estadual - Juiz de 1 instncia: TJ

    c) Membros do CNMP - Crimes Comuns - No possui foro privilegiado

    - Cada membro responde perante o foro

    competente de origem

    - Crimes de responsabilidade: Senado Federal

    10. O MINISTRIO PBLICO JUNTO AOS TRIBUNAIS DE CONTAS (MPjTC)

    Alm do Ministrio Pblico da Unio e do Ministrio Pblico Estadual, existe o Ministrio Pblico que atua junto aos tribunais de contas, tanto do Tribunal de Contas da Unio (TCU), quanto dos Tribunais de Contas Estaduais (TCEs).

    Todavia, os MPjTC no integram o MPU e nem o MPE. Eles fazem parte da respectiva Corte de Contas. Assim, sua organizao veiculada por meio de lei ordinria de iniciativa privativa da respectiva Corte de Contas e osmembros do MP comum no podem atuar como MPjTC.

    Ademais, so aplicados aos membros do MPjTC os mesmos direitos, vedaes e forma de investidura previstos para os demais membros do MP comum.

    Esquematizando:

    - Integram a respectiva Corte de Contas

    - No integram o MPU e nem o MPE

    - Existe MPjTCU e MPjTCE

    - Os MPjTCE no podem integrar os MPE

    - Os membros do MP comum no podem atuar como MPjTC

    - So aplicados os mesmos direitos, vedaes e forma de investidura previstos para os

    demais membros do MP

    - Sua organizao veiculada por meio de lei ordinria

    - A iniciativa de lei de sua organizao privativa da respectiva Corte de Contas

    Julg

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    III. CONSELHO NACIONAL DO MINISTRIO PBLICO (CNMP)

    1. FUNES DO CNMP

    Meus caros Tcnicos Judicirios do TJDF, o Conselho Nacional do Ministrio Pblico um rgo trazido pela Emenda Constitucional 45/2004 e possui afuno de controlar a atuao administrativa e financeira do MP e de fiscalizar o cumprimento dos deveres funcionais de seus membros.

    2. COMPOSIO DO CNMP

    O CNMP composto de 14 membros nomeados pelo Presidente da Repblica, depois de aprovada a escolha pela maioria absoluta do Senado Federal, para um mandato de dois anos, admitida uma nica reconduo. So eles:

    - PGR (presidente do CNMP);

    - 4 membros do MPU, assegurada a representao de cada uma de suas carreiras;

    - 3 membros do MP dos Estados;

    - 2 juzes, indicados um pelo STF e outro pelo STJ;

    - 2 advogados, indicados pelo Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil. O Presidente da OAB deve oficiar junto ao CNMP, dessa forma, no pode ser indicado a membro deste Conselho.

    - 2 cidados de notvel saber jurdico e reputao ilibada, indicados um pela Cmara dos Deputados e outro pelo Senado Federal.

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    3. COMPETNCIAS DO CNMP

    So competncias do Conselho Nacional do Ministrio Pblico:

    I zelar pela autonomia funcional e administrativa do Ministrio Pblico, podendo expedir atos regulamentares, no mbito de sua competncia, ou recomendar providncias;

    II zelar pela observncia do art. 37 e apreciar, de ofcio ou mediante provocao, a legalidade dos atos administrativos praticados por membros ou rgos do Ministrio Pblico da Unio e dos Estados, podendo desconstitu-los, rev-los ou fixar prazo para que se adotem as providncias necessrias ao exato cumprimento da lei, sem prejuzo da competncia dos Tribunais de Contas;

    III receber e conhecer das reclamaes contra membros ou rgos do Ministrio Pblico da Unio ou dos Estados, inclusive contra seus servios auxiliares, sem prejuzo da competncia disciplinar e correicional da instituio, podendo avocar processos disciplinares em curso, determinar a remoo, a disponibilidade ou a aposentadoria com subsdios ou proventos proporcionais ao tempo de servio e aplicar outras sanes administrativas, assegurada ampla defesa;

    Alm disso, leis da Unio e dos Estados criaro ouvidorias do MP, para receber reclamaes e denncias de qualquer interessado contra membros ou rgos do MP, inclusive contra seus servios auxiliares, representando diretamente ao CNMP.

    IV rever, de ofcio ou mediante provocao, os processos disciplinares de membros do Ministrio Pblico da Unio ou dos Estados julgados h menos de um ano;

    Observe que o CNMP somente pode rever os processos DISCIPLINARES,nunca podendo interferir na atuao institucional dos membros do Ministrio Pblico.

    V elaborar relatrio anual, propondo as providncias que julgar necessrias sobre a situao do Ministrio Pblico no Pas e as atividades do Conselho, o qual deve integrar a mensagem prevista no art. 84, XI.

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    4. AES CONTRA O CNMP

    A Constituio Federal estabelece que as aes contra o CNJ e contra o CNMP sero julgadas pelo STF. No entanto, essa regra aplicada somente smanifestaes do colegiado e no de seus membros individualmente.

    Assim, compete ao STF julgar as aes contra o CNJ ou o CNMP. No entanto, existe uma observao importante acerca desse dispositivo. Olhando o art. 102, I, r da CF, temos a impresso que o STF competente para julgar Ao Civil Pblica contra atos do CNJ. No entanto, o STF j decidiu que, nesse caso, o sujeito passivo a UNIO e no o CNJ, pois este um RGO do Poder Judicirio (ACO 1680/AL e Pet 3986 AgR/TO).

    Ainda segundo o STF: Por bvio, essa no a interpretao quando se cuide de mandado de segurana, mandado de injuno e habeas data contra atos do CNJ. Nessas hipteses, o plo passivo ocupado diretamente por aquele Conselho ou pelo seu presidente, como autoridade impetrada, ainda que a Unio figure como parte. Isso diante da chamada personalidade judiciria que conferida aos rgos das pessoas poltico-administrativas para defesa de seus atos e prerrogativas nessas aes constitucionais mandamentais.

    5. CORREGEDOR NACIONAL

    O Corregedor Nacional escolhido dentre os membros do MP que integram o CNMP e escolhido pelo prprio Conselho em eleio secreta.Alm disso, o mandato nico, sendo vedada a reconduo.

    As funes do corregedor Nacional so as seguintes:

    I receber reclamaes e denncias, de qualquer interessado, relativas aos membros do Ministrio Pblico e dos seus servios auxiliares;

    II exercer funes executivas do Conselho, de inspeo e correio geral;

    III requisitar e designar membros do Ministrio Pblico, delegando-lhes atribuies, e requisitar servidores de rgos do Ministrio Pblico.

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    Quadro-resumo

    Observe o quadro-resumo a seguir, com as principais informaes dos principais cargos do MP:

    Esquematizando:

    Cargo Nomeao Mandato Reconduo Aprovao/Destituio

    PGR Presidente da Repblica 2 anos Sem limite Senado Federal

    PGJ Governador 2 anos Uma nica reconduoAssembleia Legislativa

    (somente destituio)

    PGJ do DF Presidente da Repblica 2 anos Uma nica reconduo Senado Federal

    Membro do

    CNMPPresidente da Repblica 2 anos Uma nica reconduo No se aplica

    Corregedor

    Nacional

    Escolhido dentre os

    membros do CNMP em

    votao secreta

    2 anos Vedada No se aplica

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    a) Funes - Controlar a atuao administrativa e financeira do MP

    - Fiscalizar o cumprimento dos deveres funcionais de seus membros, por meio do

    desempenho das atribuies que lhe foram constitucionalmente outorgadas

    b) Composio - Nomeados pelo PR, depois de aprovada a escolha pela MA do SF- Mandato: 2 anos, admitida uma nica reconduo

    - 14 membros - PGR (presidente do CNMP)

    - 4 membros do MPU, assegurada a representao de cada uma de

    suas carreiras

    - 3 membros do MP dos Estados

    - 2 juzes, indicados um pelo STF e outro pelo STJ

    - 2 advogados, indicados pelo Conselho Federal da OAB

    - O Presidente da OAB deve oficiar junto ao CNMP, dessa

    forma, no pode ser indicado a membro deste conselho

    - 2 cidados de notvel saber jurdico e reputao ilibada,

    indicados um pela CD e outro pelo SF

    I zelar pela autonomia funcional e administrativa do MP, podendo expedir atos regulamentares,

    no mbito de sua competncia, ou recomendar providncias;

    II zelar pela observncia do art. 37 e apreciar a legalidade dos atos adm praticados por membros

    ou rgos do MPU e MPE, podendo desconstitu-los, rev-los ou fixar prazo para que se cumpra

    a lei, sem prejuzo da competncia dos TCs

    III receber e conhecer das reclamaes contra membros ou rgos do MPU ou MPE, inclusive

    contra seus servios auxiliares, sem prejuzo da competncia disciplinar e correicional da

    instituio, podendo avocar processos disciplinares em curso, determinar a remoo, a

    disponibilidade ou a aposentadoria com subsdios ou proventos proporcionais ao tempo de

    servio e aplicar outras sanes administrativas, assegurada ampla defesa;

    - Leis da Unio e dos Estados criaro ouvidorias do MP, para receber reclamaes e

    denncias de qualquer interessado contra membros ou rgos do MP, inclusive contra seus

    servios auxiliares, representando diretamente ao CNMP.

    IV rever os processos disciplinares de membros do MPU ou MPE julgados h menos de um ano;

    V elaborar relatrio anual, propondo as providncias que julgar necessrias sobre a situao do

    MP no Pas e as atividades do Conselho, que deve integrar a mensagem prevista no art. 84, XI.

    d) Aes contra o CNMP - Julgadas pelo STF- Somente das manifestaes do colegiado e no de seus membros

    individualmente

    d) Corregedor Nacional - Eleio secreta- Escolhido dentre os membros do MP que integram o CNMP

    - Vedada reconduo

    - Funes I receber reclamaes e denncias relativas aos membros

    do MP e dos seus servios auxiliares;

    II exercer funes executivas, de inspeo e correio;

    III requisitar e designar membros do MP, delegando-lhes

    atribuies, e requisitar servidores de rgos do MP

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    EXERCCIOS

    1. (CESPE - 2012 - TJ-RR - Tcnico Judicirio) Ao Ministrio Pblico (MP), rgo integrante do Poder Executivo, compete a defesa dos direitos individuais e coletivos.

    Ponto de graa! Desde quando o MP integra o poder executivo? Ele no integra nenhum dos poderes. Alm disso, ao MP incumbe a defesa dosinteresses sociais e individuais indisponveis, e no dos direitos individuais e coletivos.

    Gabarito: Errado.

    2. (CESPE - 2012 - TJ-RR - Tcnico Judicirio) O Conselho Nacional do Ministrio Pblico, presidido pelo procurador-geral da Repblica, o rgo mximo do Ministrio Pblico da Unio e atua junto ao Supremo Tribunal Federal.

    No existe essa histria do CNMP ser o rgo mximo do MPU. Ele o rgo de controle da atuao administrativa e financeira do Ministrio Pblico e do cumprimento dos deveres funcionais de seus membros,somente. Alm disso, ele no atua junto ao STF!

    Gabarito: Errado.

    3. (CESPE - 2012 - TJ-RR - Tcnico Judicirio) Os membros do MP gozam de vitaliciedade, aps dois anos de exerccio, e s perdero o cargo por sentena judicial transitada em julgado.

    Aps adquirida a vitaliciedade, os membros do MP, assim como os juzes, s perdero seus cargos por sentena judicial transitada em julgado. Essa uma das garantias conferidas aos membros do MP pelo art. 128, 5, I. Essas informaes so MUITO importantes!

    Gabarito: Certo.

    4. (CESPE - 2012 - MPE-PI - Analista Ministerial) Compete privativamente ao MP promover o inqurito civil e a ao civil pblica para a proteo do patrimnio pblico e social, do meio ambiente e de outros interesses difusos e coletivos.

    Essa competncia no privativa! A ao civil pblica, por exemplo, pode ser promovida por associao de defesa dos direitos do consumidor. A ao que privativa do MP a ao PENAL pblica!

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    Gabarito: Errado.

    5. (CESPE - 2012 - MPE-PI - Analista Ministerial) A Constituio Federal confere ao Ministrio Pblico autonomia para elaborar sua proposta oramentria anual, que dever consistir nos valores aprovados na lei oramentria em vigor, ajustados at os novos limites estabelecidos pela lei de diretrizes oramentrias

    O item est dizendo que o MP, ao elaborar sua proposta oramentria, simplesmente far adaptaes sucessivas, readequando os valores conforme a LDO. Isso no faz nenhum sentido. Respeitados os limites da LDO (art. 127, 2), o MP possui plena autonomia para elaborar sua proposta!

    O que o item tentou fazer foi confundir o candidato com o art. 127, 4: Se o Ministrio Pblico no encaminhar a respectiva proposta oramentria dentro do prazo estabelecido na lei de diretrizes oramentrias, o Poder Executivo considerar, para fins de consolidao da proposta oramentria anual, os valores aprovados na lei oramentria vigente, ajustados de acordo com os limites estipulados na forma do 3.

    Gabarito: Errado.

    6. (CESPE - 2011 - TRF - 1 REGIO - Juiz) Conforme a CF, o MPU compreende o MP Militar, o MP do Trabalho, o MP Federal e o MP Eleitoral, todos dotados de estrutura prpria.

    Vamos esquematizar como se organizam o MPU e os Ministrios Pblicos Estaduais:

    x Composio 1 - MPU - Ministrio Pblico Federal (MPF)do MP - Ministrio Pblico do Trabalho

    - Ministrio Pblico Militar

    - Ministrio Pblico do Distrito Federal e Territrios

    2 - MP Estadual

    O Ministrio Pblico eleitoral no dispe de estrutura prpria e ser integrado por membros do MP federal e membros do MP estadual.

    Gabarito: Errado.

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    7. (CESPE - 2011 - TRF - 1 REGIO - Juiz) Ao MP assegurada autonomia funcional e administrativa, mas no financeira, pois a elaborao de sua proposta oramentria realizada pelo Poder Executivo.

    Cabe ao prprio Ministrio Pblico a elaborao da sua proposta oramentria, que deve respeitar os limites estabelecidos na lei de diretrizes oramentrias (LDO). Veja o art. 127, 3.

    Gabarito: Errado

    8. (CESPE - 2012 - TJ-AL - Nvel Superior) Constituem princpios institucionais do Ministrio Pblico (MP) a unidade, a indivisibilidade, o promotor natural, mas no a independncia funcional, j que o rgo do MP sujeita-se s ordens emanadas do chefe da instituio.

    O princpio da independncia funcional um dos princpios que se aplicam ao MP. Ele nos diz que os membros do Ministrio Pblico no se subordinam a ningum: a nenhum dos trs Poderes e nem mesmo ao respectivo Procurador-Geral. Dessa feita, cada membro do MP se subordina apenas CF, s leis e a sua prpria conscincia. Asubordinao dos membros do MP s suas chefias meramente administrativa, e jamais funcional.

    Gabarito: Errado.

    9. (CESPE - 2012 - TJ-AL - Nvel Superior) Cabe Advocacia-Geral da Unio representar judicialmente a Unio, mas no extrajudicialmente.

    Essa estava fcil! Sabemos que a AGU representa a Unio judicial e extrajudicialmente. Veja isso com todas as letras no art. 131.

    Gabarito: Errado.

    10. (CESPE - 2012 - MPE-TO - Promotor de Justia) A DPU regulamentada por lei complementar, e as DPs estaduais, assegurada a autonomia funcional e administrativa, so regulamentadas por lei ordinria prpria de cada estado da Federao, cabendo ao Poder Executivo estadual elaborar a proposta oramentria da instituio.

    A Constituio clara ao dizer no art. 134, 1: Lei complementarorganizar a Defensoria Pblica da Unio e do Distrito Federal e dos Territrios e prescrever normas gerais para sua organizao nos

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    Estados (...). Alm disso, s Defensorias Pblicas Estaduais so asseguradas autonomia funcional e administrativa e a iniciativa de sua proposta oramentria dentro dos limites estabelecidos na lei de diretrizes oramentrias.

    Gabarito: Errado.

    11. (CESPE - 2012 - MPE-TO - Promotor de Justia) O advogado indispensvel administrao da justia, sendo absolutamente inviolvel por seus atos e manifestaes, inclusive em entrevistas aos meios de comunicao.

    A Constituio Federal bem clara neste aspecto: o advogado inviolvel por seus atos e manifestaes no exerccio da profisso, nos limites da lei (art. 133). Lembrem-se: no existem direitos absolutos.

    Gabarito: Errado.

    12. (CESPE - 2012 - MPE-TO - Promotor de Justia) Ao MP cabe a defesa da ordem jurdica, do regime democrtico e dos interesses sociais e coletivos; para isso, ele possui, por exemplo, legitimidade para ajuizar ACP em defesa do patrimnio pblico e do meio ambiente.

    Primeira parte da afirmativa: art. 127 (define o MP);

    Segunda parte da afirmativa: art. 129, III (uma das funes do MP propor a ao civil pblica).

    Gabarito: Certo.

    13. (CESPE - 2011 - TJ-ES - Analista Judicirio) O procurador-geral de justia de um estado federado poder ser destitudo por deliberao da maioria absoluta da respectiva assembleia legislativa, na forma da lei complementar pertinente.

    O Procurador-Geral de Justia de um dos estados da federao pode ser destitudo pelo voto da maioria absoluta do Poder Legislativo estadual. Vamos revisar o esquema:

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    - Procurador-Geral de Justia (PGJ) - Chefe do MP Estadual

    - Nomeao - Pelo Governador

    - A partir de lista trplice elaborada pelo prprio MP

    - Dentre integrantes da carreira

    - O Leg. no participa da escolha, somente da destituio

    - MP dos Estados - Mandato - 2 anos

    - Permitida uma nica reconduo

    - Destituio - Iniciativa do Governador

    - Deliberao da MA da Assemblia Legislativa

    - MPDFT - PGJ do DF nomeado pelo Presidente da Repblica

    - MPDFT parte do MPU

    - A partir de lista trplice elaborada pelo MPDFT

    - Mandato de 2 anos

    - Permitida uma nica reconduo

    - Art. 21, XII - a CF determina expressamente que o MPDFT

    ser organizado e mantido pela Unio

    - Destituio pelo Senado Federal

    Gabarito: Certo.

    14. (CESPE - 2010 - MPE-ES - Promotor de Justia) Constitui funo institucional do MP promover a ao de inconstitucionalidade ou representao para fins de interveno da Unio, nas hipteses constitucionalmente estabelecidas.

    Essa uma das funes do Ministrio Pblico previstas no art. 129. Confira as demais funes do MP:

    Art. 129. So funes institucionais do Ministrio Pblico:

    I - promover, privativamente, a ao penal pblica, na forma da lei;

    II - zelar pelo efetivo respeito dos Poderes Pblicos e dos servios de relevncia pblica aos direitos assegurados nesta Constituio, promovendo as medidas necessrias a sua garantia;

    III - promover o inqurito civil e a ao civil pblica, para a proteo do patrimnio pblico e social, do meio ambiente e de outros interesses difusos e coletivos;

    IV - promover a ao de inconstitucionalidade ou representao para fins de interveno da Unio e dos Estados, nos casos previstos nesta Constituio;

    V - defender judicialmente os direitos e interesses das populaes indgenas;

    VI - expedir notificaes nos procedimentos administrativos de sua competncia, requisitando informaes e documentos para instru-los, na forma da lei complementar respectiva;

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    VII - exercer o controle externo da atividade policial, na forma da lei complementarmencionada no artigo anterior;

    VIII - requisitar diligncias investigatrias e a instaurao de inqurito policial, indicados os fundamentos jurdicos de suas manifestaes processuais;

    IX - exercer outras funes que lhe forem conferidas, desde que compatveis com sua finalidade, sendo-lhe vedada a representao judicial e a consultoria jurdica de entidades pblicas.

    Gabarito: Certo.

    15. (CESPE - 2010 - MPE-ES - Promotor de Justia) Compete ao STF elaborar a proposta oramentria do MP em conformidade com os limites estabelecidos na lei de diretrizes oramentrias.

    O Ministrio Pblico dotado de autonomia financeira. Isso significa que ele elabora sua proposta oramentria e no sofre interferncias dos outros poderes.

    Gabarito: Errado.

    16. (CESPE - 2010 - MPE-ES - Promotor de Justia) O procurador geral da Repblica ser nomeado pelo presidente da Repblica para mandato de quatro anos, vedada a reconduo.

    O PGR realmente nomeado pelo Presidente da Repblica, no entanto, o seu mandato de dois anos e no de quatro, como afirma a questo. Lembre-se de que o nome do PGR tem que ser aprovado pela maioria absoluta do Senado Federal e so permitidas sucessivas recondues, desde que o nome seja aprovado pelo referido rgo do Legislativo a cada reconduo.

    Gabarito: Errado.

    17. (CESPE - 2010 - MPE-ES - Promotor de Justia) Constitui condio necessria para a destituio do procurador geral da Repblica, por iniciativa do presidente da Repblica, a autorizao de um tero dos membros do Senado Federal.

    A destituio do PGR tem que ser aprovada pela maioria absoluta do Senado Federal em voto secreto, conforme art. 52, XI.

    Gabarito: Errado.

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    18. (CESPE - 2010 - MPE-ES - Promotor de Justia) O procurador geral do DF e territrios poder ser destitudo por deliberao da maioria relativa dos membros da Cmara Legislativa do DF.

    Como o MPDFT um dos ramos do MPU, a destituio do PGJ do DF deve ser aprovada pela maioria ABSOLUTA do Senado Federal e no da Cmara Legislativa do DF.

    Gabarito: Errado.

    19. (CESPE - 2010 - MPE-SE - Promotor de Justia) O princpio do promotor natural, imanente ao sistema constitucional brasileiro, impede que, em situaes estritas e definidas na lei, seja afastado o promotor de justia do processo em que deveria atuar ou removido da promotoria de que seja titular.

    Segundo o princpio do promotor natural, no podero os membros do MP ser casuisticamente designados para atuarem em processos especficos, em desrespeito aos procedimentos previamente fixados na legislao de regncia. No entanto, em situaes estritas e definidas em lei, no h bice para que o promotor de justia seja substitudo, afastado ou removido.

    Gabarito: Errado.

    20. (CESPE - 2010 - MPE-SE - Promotor de Justia) Os atos de gesto administrativa do MP, incluindo convnios, contrataes, aquisies e alienaes de bens e servios, podem ser condicionados apreciao prvia do Poder Executivo, pois no gozam de eficcia plena e executoriedade imediata.

    Segundo a Constituio Federal, o Ministrio Pblico possui autonomia funcional, financeira e administrativa. Assim, o MP possui autonomia para se autoadministrar, sem interferncia dos outros poderes.

    Gabarito: Errado.

    21. (CESPE - 2010 - MPE-SE - Promotor de Justia) Inexiste, no Brasil, MP eleitoral como instituio; existem apenas funes eleitorais do MP.

    O MP eleitoral no dispe de estrutura prpria e ser integrado por membros do MP federal e membros do MP estadual. Observe que, inclusive, no existe um Ministrio Pblico Eleitoral da Unio. Vamos relembrar a composio do Ministrio Pblico:

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    x Composio 1 - MPU - Ministrio Pblico Federal (MPF)do MP - Ministrio Pblico do Trabalho

    - Ministrio Pblico Militar

    - Ministrio Pblico do Distrito Federal e Territrios

    2 - MP Estadual

    Gabarito: Certo.

    22. (CESPE/Advogado - BRB/2010) Determinado membro do Ministrio Pblico estadual que tenha se aposentado no final do ltimo ano est impedido de exercer a advocacia no juzo ou tribunal do qual se afastou antes de decorridos trs anos da referida aposentadoria.

    Essa vedao denominada quarentena e se aplica tanto aos membros do MP quanto aos magistrados. Segundo ela, o membro do MP aposentado ou exonerado no pode advogar no juzo ou tribunal do qual se afastou antes de decorridos trs anos de seu afastamento. Essa vedao tem o objetivo de evitar o trfico de influncias.

    Gabarito: Certo.

    23. (CESPE/Juiz Federal Substituto - TRF 1/2009) Conforme posicionamento do STF, ser constitucional norma estadual que atribuir o exerccio das funes dos membros do MP especial no tribunal de contas do estado aos membros do MP estadual.

    O Ministrio Pblico que atua junto ao Tribunal de Contas um rgo ligado estrutura do prprio TC. Assim, membros do MP comum no podem atuar nos MPjTC, pois pertencem a estruturas totalmente diferentes.

    Gabarito: Errado.

    24. (CESPE/Promotor-MPE-RN/2009) O Conselho Nacional do Ministrio Pblico no tem poderes para determinar a remoo de membro do MP.

    Em regra, os membros do MP realmente no podem ser removidos por causa da garantia da inamovibilidade. No entanto, existem duas excees a essa garantia:

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    1 - Remoo por interesse pblico, por deliberao da maioria absoluta do rgo colegiado competente do MP, assegurada ampla defesa.

    2 - Sano administrativa, aplicada pelo Conselho Nacional do Ministrio Pblico, assegurada ampla defesa.

    Gabarito: Errado.

    25. (CESPE/Promotor-MPE-RN/2009) Segundo a CF, o MP brasileiro compreende apenas o MP Federal e o MP dos estados e do DF.

    O Ministrio Pblico brasileiro compreende o Ministrio Pblico da Unio e o Ministrio Pblico Estadual. O MPU, por sua vez, se subdivide em MP Federal, MP do Trabalho, MP Militar e MP do Distrito Federal e Territrios. Lembre-se do esquema abaixo:

    x Composio 1 - MPU - Ministrio Pblico Federal (MPF)do MP - Ministrio Pblico do Trabalho

    - Ministrio Pblico Militar

    - Ministrio Pblico do Distrito Federal e Territrios

    2 - MP Estadual

    Gabarito: Errado.

    26. (CESPE - 2009 - PC-RN - Agente de Polcia) So princpios institucionais do MP a unidade, a indivisibilidade e a independncia funcional.

    Conforme art. 127, 1 So princpios institucionais do Ministrio Pblico a unidade, a indivisibilidade e a independncia funcional.

    Gabarito: Certo.

    27. (CESPE - 2009 - PC-RN - Agente de Polcia) Uma das garantias do MP a vitaliciedade, aps trs anos de exerccio, no podendo perder o cargo seno por sentena judicial transitada em julgado.

    As garantias concedidas aos membros do MP so as mesmas garantias dos magistrados: vitaliciedade, inamovibilidade e irredutibilidade de subsdios. No entanto, assim como o magistrado, o membro do MP adquire a vitaliciedade aps dois anos de efetivo exerccio e no trs, como afirma a questo.

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    Gabarito: Errado.

    28. (CESPE/Promotor-MPE-RN/2009) O MP, apesar de dotado de autonomia financeira, no obrigado a elaborar sua proposta oramentria dentro dos limites estabelecidos na lei de diretrizes oramentrias.

    O Ministrio Pblico dotado de autonomia financeira. Isso significa que ele elabora sua proposta oramentria e no sofre interferncias dos outros poderes. No entanto, o MP deve obedecer LDO e legislao, no podendo ultrapassar os limites previstos. Alm disso, caso o MP elabore a proposta em desacordo com a LDO, o Poder Executivo far os ajustes necessrios.

    Observe o art. 127, 3 e 5:

    3 - O Ministrio Pblico elaborar sua proposta oramentria dentro dos limites estabelecidos na lei de diretrizes oramentrias.

    5 Se a proposta oramentria de que trata este artigo for encaminhada em desacordo com os limites estipulados na forma do 3, o Poder Executivo proceder aos ajustes necessrios para fins de consolidao da proposta oramentria anual.

    Gabarito: Errado.

    29. (CESPE/Promotor-MPE-RN/2009) Entre as garantias concedidas aos membros do MP est a estabilidade aps trs anos de efetivo exerccio.

    As garantias concedidas aos membros do MP so as mesmas garantias dos magistrados: vitaliciedade, inamovibilidade e irredutibilidade de subsdios. Assim, o membro do MP no adquire a estabilidade, mas sim a vitaliciedade e isso ocorre aps dois anos de efetivo exerccio e no trs, como afirma a questo.

    Gabarito: Errado.

    30. (CESPE/Promotor-MPE-RN/2009) O Conselho Nacional do Ministrio Pblico deve ser presidido por seu conselheiro mais antigo.

    O CNMP presidido pelo Procurador-Geral da Repblica (CF, art. 130-A, I).

    Gabarito: Errado.

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    31. (CESPE/Promotor-MPE-RN/2009) Quando um membro do MP se aposenta, vedado a ele advogar no juzo ou tribunal em que atuava, antes que haja transcorrido trs anos da aposentadoria.

    Essa vedao chamada de quarentena e tambm aplicvel aos magistrados. Assim, nem o membro do MP e nem o magistrado pode atuar como advogado no tribunal ou juzo que atuava antes de decorridos trs anos de sua aposentadoria ou exonerao. Essa vedao serve para evitar o trfico de influncias.

    Gabarito: Certo.

    32. (CESPE/Promotor-MPE-RN/2009) O Conselho Nacional do Ministrio Pblico tem poderes para demitir membro do MP.

    O CNMP no pode demitir um membro do MP. Alis, este, depois de adquirida a vitaliciedade, somente pode perder o cargo em virtude de sentena judicial transitada em julgado.

    O Conselho Nacional do Ministrio Pblico pode aplicar algumas sanes, como a remoo, a disponibilidade ou a aposentadoria com subsdios ou proventos proporcionais ao tempo de servio e aplicar outras sanes administrativas, mas no pode determinar a sua demisso.

    Gabarito: Errado.

    33. (CESPE/Promotor-MPE-RN/2009) funo institucional do MP defender judicialmente os direitos e os interesses das populaes carentes.

    Dentre as funes do MP, no encontramos essa previso. Vamos revisar as funes do Ministrio Pblico, lembrando que elas no so exaustivas, podendo haver acrscimo dessas competncias, desde que compatvel com a funo do MP.

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    - As funes somente podem ser exercidas por um membro do MP, integrante da

    carreira, e que resida na comarca, salvo autorizao do chefe da instituio

    - A distribuio dos processos ao MP ser imediata

    I) Promover, privativamente, a ao penal pblica, na forma da lei

    - No precisa de investigao policial anterior: MP pode propor a ao penal

    pblica mesmo sem ter havido investigao policial, desde que tenha as provas

    de autoria e materialidade

    - Ressalvada a ao penal privada subsidiria da pblica, caso haja inrcia do

    MP (art. 5, LIX)

    - Poder de investigao

    - A promoo da ao penal pblica privativa do MP

    II) Zelar pelo efetivo respeito dos poderes pblicos e dos servios de relevncia pblica

    aos direitos assegurados na CF, promovendo as medidas necessrias a sua garantia

    III) Promover o inqurito civil e a ao civil pblica, para a proteo do patrimnio

    pblico e social, do meio ambiente e de outros interesses difusos e coletivos

    - No privativo

    - A promoo da ACP no privativa do MP: inclui diversos outros legitimados

    (a Defensoria Pblica, os entes federados e suas entidades da administrao

    indireta, a associao constituda h pelo menos um ano desde que tenha entre

    suas finalidades as matrias protegidas pela ao civil pblica).

    IV) Promover a ao de inconstitucionalidade ou representao para fins de interveno

    da Unio e dos Estados, nos casos previstos na CF

    V) Defender judicialmente os direitos e interesses das populaes indgenas

    - MP deve intervir em todos os atos dos processos nos quais os ndios sejam

    parte (art. 232)

    VI) Expedir notificaes nos procedimentos administrativos de sua competncia,

    requisitando informaes e documentos para instru-los, na forma da LC respectiva

    VII) Exercer o controle externo da atividade policial, na forma da LC

    VIII) Requisitar diligncias investigatrias e a instaurao de inqurito policial,

    indicados os fundamentos jurdicos de suas manifestaes processuais

    IX) Exercer outras funes que lhe forem conferidas, desde que compatveis com sua

    finalidade, sendo-lhe vedada a representao judicial e a consultoria jurdica de

    entidades pblicas (As competncias do MP no so exaustivas)

    - Podem ser criadas novas competncias, desde que compatveis com a

    finalidade do MP

    Gabarito: Errado.

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    34. (CESPE/Promotor-MPE-RN/2009) O Conselho Nacional do Ministrio Pblico pode avocar processos disciplinares em curso nos MPs.

    Essa uma das competncias do CNMP prevista no art. 130-A, 2. Vamos revisar as demais:

    I zelar pela autonomia funcional e administrativa do MP, podendo expedir atos

    regulamentares, no mbito de sua competncia, ou recomendar providncias;

    II zelar pela observncia do art. 37 e apreciar a legalidade dos atos adm praticados por

    membros ou rgos do MPU e MPE, podendo desconstitu-los, rev-los ou fixar prazo para

    que se cumpra a lei, sem prejuzo da competncia dos TCs

    III receber e conhecer das reclamaes contra membros ou rgos do MPU ou MPE, inclusive

    contra seus servios auxiliares, sem prejuzo da competncia disciplinar e correicional da

    instituio, podendo avocar processos disciplinares em curso, determinar a remoo, a

    disponibilidade ou a aposentadoria com subsdios ou proventos proporcionais ao tempo de

    servio e aplicar outras sanes administrativas, assegurada ampla defesa;

    - Leis da Unio e dos Estados criaro ouvidorias do MP, para receber reclamaes e

    denncias de qualquer interessado contra membros ou rgos do MP, inclusive

    contra seus servios auxiliares, representando diretamente ao CNMP.

    IV rever os processos disciplinares de membros do MPU ou MPE julgados h menos de um

    ano;

    V elaborar relatrio anual, propondo as providncias que julgar necessrias sobre a situao do

    MP no Pas e as atividades do Conselho, que deve integrar a mensagem prevista no art. 84, XI.

    Gabarito: Certo.

    35. (CESPE/AJAJ - TRT 5/2009) O Ministrio Pblico do Trabalho integra o Ministrio Pblico da Unio.

    O MPU se subdivide em quatro diferentes ramos: MP Federal, MP do Trabalho, MP Militar e MP do Distrito Federal e Territrios. Lembre-se do esquema abaixo:

    x Composio 1 - MPU - Ministrio Pblico Federal (MPF)do MP - Ministrio Pblico do Trabalho

    - Ministrio Pblico Militar

    - Ministrio Pblico do Distrito Federal e Territrios

    2 - MP Estadual

    Gabarito: Certo.

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    36. (CESPE/TRT-17/2009) No tocante organizao do Estado brasileiro, a CF estabeleceu que o Ministrio Pblico instituio permanente, essencial justia, qual compete representar a Unio, judicial e extrajudicialmente.

    A Constituio confiou essa atribuio AGU (CF, art. 131) e no ao Ministrio Pblico. Lembre-se do que a CF fala sobre o MP:

    Art. 127. O Ministrio Pblico instituio permanente, essencial funo jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa da ordem jurdica, do regime democrtico e dos interesses sociais e individuais indisponveis.

    Gabarito: Errado.

    37. (CESPE/Promotor-MPE-RN/2009) O Conselho Nacional do Ministrio Pblico composto de quatorze membros, entre os quais cinco membros dos MPs dos estados, cada um representando uma regio da Federao.

    Realmente, o CNMP composto de 14 membros, mas a questo erra na forma da composio. Veja a estrutura correta deste Conselho:

    - 14 membros - PGR (presidente do CNMP)

    - 4 membros do MPU, assegurada a representao de cada uma de

    suas carreiras

    - 3 membros do MP dos Estados

    - 2 juzes, indicados um pelo STF e outro pelo STJ

    - 2 advogados, indicados pelo Conselho Federal da OAB

    - O Presidente da OAB deve oficiar junto ao CNMP, dessa forma,

    no pode ser indicado a membro deste conselho

    - 2 cidados de notvel saber jurdico e reputao ilibada,

    indicados um pela CD e outro pelo SF

    Gabarito: Errado.

    38. (CESPE/Promotor-MPE-RN/2009) Ao MP compete promover privativamente a ao civil pblica para a defesa do meio ambiente.

    O MP no o legitimado exclusivo da ao civil pblica. A legitimidade dessa ao inclui diversos outros legitimados: a Defensoria Pblica, os entes federados e suas entidades da administrao indireta, a associao constituda h pelo menos um ano desde que tenha entre suas finalidades as matrias protegidas pela ao civil pblica.

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    Lembre-se, no entanto, que o MP o legitimado exclusivo para propor a ao PENAL pblica.

    Gabarito: Errado.

    39. (CESPE/Juiz Federal Substituto - TRF 1/2009) A CF enumera, em rol taxativo, as funes institucionais do MP.

    As funes institucionais do MP esto em um rol exemplificativo e no taxativo, como afirma a questo. Assim, podem ser criadas novas competncias, desde que compatveis com a finalidade do MP. Observe o art. 129, IX:

    IX) Exercer outras funes que lhe forem conferidas, desde que compatveis com sua finalidade, sendo-lhe vedada a representao judicial e a consultoria jurdica de entidades pblicas.

    Gabarito: Errado.

    40. (CESPE/Analista-TJ-RJ/2008) O Ministrio Pblico abrange o Ministrio Pblico da Unio e os ministrios pblicos estaduais e do DF e territrios.

    Conforme estudado, o Ministrio Pblico abrange o MP da Unio e o MP dos Estados. O MP da Unio, por sua vez se subdivide em MP Federal, MP do Trabalho, MP Militar e MP do Distrito Federal e Territrios. Lembre-se do esquema abaixo:

    x Composio 1 - MPU - Ministrio Pblico Federal (MPF)do MP - Ministrio Pblico do Trabalho

    - Ministrio Pblico Militar

    - Ministrio Pblico do Distrito Federal e Territrios

    2 - MP Estadual

    Gabarito: Errado.

    41. (CESPE/Analista-TJ-RJ/2008) Aos membros do Ministrio Pblico, ao contrrio do que ocorre com os membros da magistratura, no vedado o exerccio de atividade poltico-partidria.

    Assim como os membros da magistratura, os membros do Ministrio Pblico no podem exercer atividade poltico-partidria, sendo essa vedao absoluta. Assim, caso queiram dedicar-se a essa atividade, os

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    membros do MP devem ser afastados do cargo por aposentadoria ou exonerao.

    Gabarito: Errado.

    42. (CESPE/Analista-SERPRO/2008) Compete ao presidente da Repblica nomear o chefe do Ministrio Pblico da Unio.

    O Procurador-Geral da Repblica, chefe do MPU, nomeado pelo Presidente da Repblica, aps ter seu nome aprovado pela maioria absoluta do Senado Federal, dentre os integrantes da carreira com mais de 35 anos. Lembre-se que o mandato de dois anos, permitidas sucessivas recondues. No entanto, a cada reconduo, o nome do PGR deve ser novamente aprovado pela maioria absoluta do Senado Federal.

    Gabarito: Certo.

    43. (CESPE/Analista-TJ-RJ/2008) Ao Ministrio Pblico assegurada autonomia funcional e administrativa, podendo ele propor ao Poder Legislativo a criao e a extino de seus cargos e servios auxiliares, provendo-os por concurso pblico de provas ou de provas e ttulos.

    A Constituio assegura expressamente ao Ministrio Pblico a autonomia funcional e administrativa. Observe o art. 127:

    2 Ao Ministrio Pblico assegurada autonomia funcional e administrativa, podendo, observado o disposto no art. 169, propor ao Poder Legislativo a criao e extino de seus cargos e servios auxiliares, provendo-os por concurso pblico de provas ou de provas e ttulos, a poltica remuneratria e os planos de carreira; a lei dispor sobre sua organizao e funcionamento.

    Gabarito: Certo.

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    IV. DA DEFENSORIA PBLICA (DP)

    1. INFORMAES GERAIS

    Meu caro aluno e futuro Tcnico Judicirio do TJDF, a Defensoria Pblica, segundo a prpria CF88, uma instituio essencial funo jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a orientao jurdica e a defesa, em todos os graus, dos necessitados, na forma do art. 5, LXXIV. Em palavras bem simples: a DP o rgo que atua como advogado dos necessitados, uma instituio que fortalece o direito de acesso justia e deve atender aos NECESSITADOS.

    Observe o texto do artigo 5 LXXIV: o Estado prestar assistncia jurdica integral e gratuita aos que comprovarem INSUFICINCIA DE RECURSOS.

    Muito cuidado para no confundir essa expresso com a expresso reconhecidamente pobres do artigo 5, LXXVI:

    LXXVI - so gratuitos para os reconhecidamente pobres, na forma da lei:

    a) o registro civil de nascimento;

    b) a certido de bito;

    Outro ponto importante que a DP foi criada pela Constituio de 1988 e no pode prestar assistncia judicial a servidores pblicos, quando processados por ato praticado em razo do exerccio de suas funes (ADI 3.022/RS).

    2. ORGANIZAO E AUTONOMIA DA DEFENSORIA PBLICA

    A Constituio estabelece que lei complementar organize a Defensoria Pblica da Unio e do Distrito Federal e dos Territrios e prescreva normas gerais para sua organizao nos Estados, em cargos de carreira, providos, na classe inicial, mediante concurso pblico de provas e ttulos, assegurada a seus integrantes a garantia da inamovibilidade e vedado o exerccio da advocacia fora das atribuies institucionais. Assim como os Advogados da Unio, os defensores pblicos so remunerados por subsdio.

    A Constituio Federal assegura tambm, s Defensorias Pblicas ESTADUAISautonomia funcional e administrativa e a iniciativa de sua proposta oramentria, obviamente, dentro dos limites estabelecidos na lei de

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    diretrizes oramentrias. Observe que a CF no estendeu essas prerrogativas Defensoria Pblica da Unio.

    IMPORTANTE! A Emenda Constitucional 69/2012 transferiu a competncia de organizar e manter a Defensoria Pblica do DF da Unio para o DF! Dessa forma, aplicam-se Defensoria Pblica do Distrito Federal os mesmos princpios e regras que, nos termos da Constituio Federal, regem as Defensorias Pblicas dos Estados. J a DP dos Territrios continua a cargo da Unio. (confira aqui a EC 69/2012)

    Ainda quanto a esse tema, a Emenda Constitucional 69/2012 no alterou o seguinte dispositivo constitucional:

    Art. 133, 1 Lei complementar organizar a Defensoria Pblica da Unio e do Distrito Federal e dos Territrios e prescrever normas gerais para sua organizao nos Estados, em cargos de carreira, providos, na classe inicial, mediante concurso pblico de provas e ttulos, assegurada a seus integrantes a garantia da inamovibilidade e vedado o exerccio da advocacia fora das atribuies institucionais.

    Antes da Emenda, a Lei Complementar que organizava a DPU e a DPDFT era da Unio. No entanto, aps a referida Emenda, devemos entender que a Lei Complementar que ir organizar a DPDF uma LC do DF e no da Unio, ok?

    Por fim, conforme artigo 168 da CF, deve-se frisar que os recursos correspondentes s dotaes oramentrias, compreendidos os crditossuplementares e especiais, destinados Defensoria Pblica sero entregues at o dia 20 de cada ms, em duodcimos, na forma de lei complementar.

    Esquematizando:

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    x Criada pela CF88x A DP instituio essencial funo jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a orientao jurdica e a defesa, em todos os graus, dos necessitados, na forma do art.

    5, LXXIV

    o Fortalece o direito de acesso justia

    o A Defensoria Pblica deve atender aos necessitadosx Art. 5 LXXIV - o Estado prestar assistncia jurdica integral e gratuita aos que comprovarem INSUFICINCIA DE RECURSOS

    o No confundir com reconhecidamente pobres do art. 5 LXXVI: Art. 5 LXXVI: So gratuitos para os reconhecidamente pobres, na forma da lei a) o registro civil de nascimento;

    b) a certido de bito;x No pode prestar assistncia judicial a servidores pblicos, quando processados por ato praticado em razo do exerccio de suas funes (ADI 3.022/RS)x Organizao da DP - LC ir - Organizar a DPU e do DFT *(EC69/2012)

    - Normas gerais para organizao da DPE

    - Em cargos de carreira

    - Providos, na classe inicial, mediante concurso pblico de

    provas e ttulos

    - Possuem inamovibilidade

    - Vedado o exerccio da advocacia fora das atribuies

    institucionais

    - Remunerados por subsdio (assim como AGU)x Autonomia - Somente as DP ESTADUAIS- Possuem - autonomia funcional e administrativa e a

    - iniciativa de sua proposta oramentria dentro dos limites

    estabelecidos na LDO

    - DPU no tem autonomia

    - O DF organiza e mantm sua Defensoria Pblica! EC 69/2012- Aplicam-se DPDF os mesmos princpios e regras que, nos

    termos da CF, regem as DPs dos Estados

    DE

    FE

    NS

    OR

    IA P

    B

    LIC

    A (

    DP

    )

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    V. DA ADVOCACIA PBLICA

    1. CONCEITO E ATRIBUIES

    A Advocacia-Geral da Unio (AGU) foi criada pela Constituio de 1988. Antes da AGU, o Ministrio Pblico Federal quem exercia a funo de advogado da Unio.

    A AGU possui duas funes:

    1. Representar a Unio, judicial e extrajudicialmente, diretamente ou atravs de rgo vinculado.

    Observe que nessa funo, a AGU representa a Unio como um todo, englobando os seus rgos e todos os poderes. Essa representao pode ser feita tanto judicialmente, ou seja, perante o Poder Judicirio,quanto extrajudicialmente (perante rgos pbicos, por exemplo).

    No entanto, a prpria Constituio faz uma ressalva quanto representao da Unio em uma rea bastante especfica: na execuo da dvida ativa de natureza TRIBUTRIA, a representao da Unio cabe Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional.

    Entendendo melhor: a Dvida Ativa da Unio composta por todos os crditos desse ente (da Unio), sejam eles de natureza tributria ou no tributria, regularmente inscritos pela Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional, depois de esgotado o prazo fixado para pagamento, pela lei ou por deciso proferida em processo regular.

    Assim, a Constituio estabelece que a PGFN represente a Unio na divida ativa tributria.

    2. Exercer atividades de consultoria e assessoramento jurdico do Poder Executivo.

    Observe que, diferentemente da funo de representao, que geral, aAGU somente exerce a atividade de consultoria e assessoramento jurdico para o Poder Executivo (do Legislativo e do Judicirio no!).

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    2. ORGANIZAO E CHEFIA

    A organizao e funcionamento da Advocacia-Geral da Unio regulada por Lei Complementar e o ingresso na carreira feito por concurso pblico de provas e ttulos.

    Ademais, a AGU chefiada pelo Advogado-Geral da Unio (tambm chamado de AGU), cargo de livre nomeao e exonerao pelo Presidente da Repblica e que possui status de Ministro de Estado. So requisitos para que algum ocupe esse cargo:

    - ser cidado,

    - ser maior de 35 anos

    - possuir notvel saber jurdico e reputao ilibada

    Dessa forma, o Presidente da Repblica pode escolher qualquer um que preencha esses requisitos, no sendo necessrio que a referida autoridade seja escolhida dentre os membros da AdvocaciaGeral da Unio.

    Por fim, o Advogado-Geral da Unio julgado nos crimes comuns pelo Supremo Tribunal Federal e nos crimes de responsabilidade pelo Senado Federal.

    3. PROCURADORES DOS ESTADOS E DO DF

    A Constituio estabelece que os Procuradores dos Estados e do Distrito Federal sero organizados em carreira, na qual o ingresso depender de concurso pblico de provas e ttulos, com a participao da Ordem dos Advogados do Brasil em todas as sua