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DIREITO ADMINISTRATIVO – SENADO FEDERAL CONSULTOR LEGISLATIVO PROFESSOR ARMANDO MERCADANTE Prof. Armando Mercadante www.pontodosconcursos.com.br 414 AULA 7 (28/02/2012) Prezado(a) aluno(a), Nessa sétima aula serão abordadas as seguintes matérias: Lei 8.112/99 – 3ª parte: Concessões (arts. 97 a 99); Tempo de serviço (arts. 100 a 103); Direito de petição (arts. 104 a 115); Deveres e proibições (arts. 116 e 117); Acumulação (arts. 118 a 120); Responsabilidades (arts. 121 a 126); Penalidades (arts. 127 a 142); Qualquer dúvida utilize-se do fórum disponibilizado pelo Ponto dos Concursos. Grande abraço e ótima aula, Armando Mercadante [email protected]

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Direito Administrativo para Senado Federal

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AAUULLAA 77 ((2288//0022//22001122))

Prezado(a) aluno(a), Nessa sétima aula serão abordadas as seguintes matérias: • Lei 8.112/99 – 3ª parte: � Concessões (arts. 97 a 99); � Tempo de serviço (arts. 100 a 103); � Direito de petição (arts. 104 a 115); � Deveres e proibições (arts. 116 e 117); � Acumulação (arts. 118 a 120); � Responsabilidades (arts. 121 a 126); � Penalidades (arts. 127 a 142);

Qualquer dúvida utilize-se do fórum disponibilizado pelo Ponto dos Concursos. Grande abraço e ótima aula, Armando Mercadante [email protected]

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LLEEII 88..111122//9900 ((33ªª ppaarrttee))

CCoonncceessssõõeess ((aarrtt.. 9977 aa 9999))

Em seu art. 97, a Lei 8.112/90 indica situações em que o servidor poderá ausentar-se do serviço, sem qualquer prejuízo, conforme quadro abaixo:

Dias Motivo da ausência 1 Doação de sangue 2 Alistamento como eleitor 8 Casamento;

Falecimento do cônjuge, companheiro, pais, madrasta ou padrasto, filhos, enteados, menor sob guarda ou tutela e irmãos;

No artigo seguinte (art. 98), a lei trata do horário especial para determinados servidores: - Servidor estudante: quando comprovada a incompatibilidade entre o horário escolar e o da repartição, sem prejuízo do exercício do cargo, sendo exigida a compensação de horário no órgão ou entidade que tiver exercício, respeitada a duração semanal do trabalho; - Servidor portador de deficiência: quando comprovada a necessidade por junta médica oficial, independentemente de compensação de horário; - Servidor que tenha filho ou dependente portador de deficiência física: quando comprovada a necessidade por junta médica oficial, exigindo, porém, compensação de horário; - Servidor que desempenhe atividade prevista nos incisos I e II do caput do art. 76-A: vinculado à compensação de horário a ser efetivada no prazo de até 1 (um) ano. As pegadinhas de provas vão girar em torno da necessidade de compensação de horários. Guarde que o único que não precisa compensar horários é servidor deficiente.

Já o art. 99 prescreve que ao servidor estudante que mudar de sede no interesse da administração é assegurada, na localidade da nova residência ou na mais próxima, matrícula em instituição de ensino congênere, em qualquer época, independentemente de vaga.

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Essa regra aplica-se ao cônjuge ou companheiro, aos filhos, ou enteados do servidor que vivam na sua companhia, bem como aos menores sob sua guarda, com autorização judicial. O entendimento do STF é que a congeneridade deve ser observada, ou seja, se de natureza pública na origem, para pública ou, se privada na origem, para privada.

TTeemmppoo ddee sseerrvviiççoo ((aarrtt.. 110000 aa 110033))

AUSÊNCIAS CONSIDERADAS COMO DE EFETIVO EXERCÍCIO

• doação de sangue; • alistamento como eleitor; • casamento; • falecimento do cônjuge, companheiro, pais, madrasta ou padrasto, filhos, enteados,

menor sob guarda ou tutela e irmãos; • férias; • exercício de cargo em comissão ou equivalente, em órgão ou entidade dos Poderes da

União, dos Estados, Municípios e Distrito Federal; • exercício de cargo ou função de governo ou administração, em qualquer parte do

território nacional, por nomeação do Presidente da República; • participação em programa de treinamento regularmente instituído ou em programa de

pós-graduação stricto sensu no País, conforme dispuser o regulamento; • desempenho de mandato eletivo federal, estadual, municipal ou do Distrito Federal,

exceto para promoção por merecimento; • júri e outros serviços obrigatórios por lei; • missão ou estudo no exterior, quando autorizado o afastamento, conforme dispuser o

regulamento; • licença:

a) à gestante, à adotante e à paternidade; b) para tratamento da própria saúde, até o limite de vinte e quatro meses, cumulativo

ao longo do tempo de serviço público prestado à União, em cargo de provimento efetivo;

c) para o desempenho de mandato classista ou participação de gerência ou administração em sociedade cooperativa constituída por servidores para prestar serviços a seus membros, exceto para efeito de promoção por merecimento;

d) por motivo de acidente em serviço ou doença profissional; e) para capacitação, conforme dispuser o regulamento; f) por convocação para o serviço militar;

• deslocamento para a nova sede de que trata o art. 18; • participação em competição desportiva nacional ou convocação para integrar

representação desportiva nacional, no País ou no exterior, conforme disposto em lei específica;

• afastamento para servir em organismo internacional de que o Brasil participe ou com o qual coopere.

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TEMPO CONTADO APENAS PARA EFEITO DE APOSENTADORIA E DISPONIBILIDADE

• o tempo de serviço público prestado aos Estados, Municípios e Distrito Federal;

• a licença para tratamento de saúde de pessoal da família do servidor, com

remuneração, que exceder a trinta dias em período de doze meses.

• a licença para atividade política, no caso do art. 86, § 2o;

• o tempo correspondente ao desempenho de mandato eletivo federal, estadual, municipal ou distrital, anterior ao ingresso no serviço público federal;

• o tempo de serviço em atividade privada, vinculada à Previdência Social;

• o tempo de serviço relativo a tiro de guerra;

• o tempo de licença para tratamento da própria saúde que exceder o prazo a que se refere a alínea "b" do inciso VIII do art. 102.

Para fechar, duas regrinhas: • É vedada a contagem cumulativa de tempo de serviço prestado concomitantemente em mais de um cargo ou função de órgão ou entidades dos Poderes da União, Estado, Distrito Federal e Município, autarquia, fundação pública, sociedade de economia mista e empresa pública.

• O tempo de serviço público federal, inclusive o prestado às Forças Armadas, é contado para todos os efeitos.

DDiirreeiittoo ddee ppeettiiççããoo ((aarrtt.. 110044 aa 111155))

O servidor tem direito de apresentar requerimento aos Poderes Públicos para defesa de direito ou de interesse. A petição será dirigida à autoridade competente para decidi-la e encaminhada por intermédio daquela a que estiver imediatamente subordinado o requerente. Uma vez apresentado, o requerimento deve ser despachado em 5 dias e decidido dentro de 30 dias.

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Prescrição do direito de petição:

5 anos 120 dias

demissão cassação de aposentadoria cassação de disponibilidade interesse patrimonial afetado

créditos resultantes das relações de trabalho.

demais casos, salvo quando outro prazo for fixado em lei

Informações importantes sobre a prescrição: • O prazo de prescrição será contado da data da publicação do ato impugnado ou da data da ciência pelo interessado, quando o ato não for publicado;

• O pedido de reconsideração e o recurso, quando cabíveis, interrompem a prescrição; (atenção com a pegadinha que substitui a expressão “interrompem” por “suspendem”!!!).

• A prescrição é de ordem pública, não podendo ser relevada pela administração.

Pedido de reconsideração É cabível pedido de reconsideração à autoridade que houver expedido o ato ou proferido a primeira decisão, não podendo ser renovado. O prazo para sua interposição é de 30 (trinta) dias, a contar da publicação ou da ciência da decisão recorrida. O pedido de reconsideração deve ser despachado em 5 dias e decidido dentro de 30 dias. Em caso de provimento pedido de reconsideração, os efeitos da decisão retroagirão à data do ato impugnado.

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Recurso É cabível recurso no prazo de 30 dias a contar da publicação ou da ciência da decisão recorrida: - do indeferimento do pedido de reconsideração; - das decisões sobre os recursos sucessivamente interpostos. O recurso deve ser dirigido à autoridade imediatamente superior à que tiver expedido o ato ou proferido a decisão, e, sucessivamente, em escala ascendente, às demais autoridades. Será encaminhado por intermédio da autoridade a que estiver imediatamente subordinado o requerente. O recurso poderá ser recebido com efeito suspensivo, a juízo da autoridade competente. Em caso de provimento do recurso, os efeitos da decisão retroagirão à data do ato impugnado.

DDeevveerreess ee pprrooiibbiiççõõeess ((aarrtt.. 111166 aa 111177))

Questões envolvendo deveres e proibições são bem fáceis, valendo aqui o bom senso do candidato, principalmente quanto aos deveres. A banca tentará complicar sua vida em apenas algumas proibições, quando usará daquelas pegadinhas de trocar palavras. Abaixo reproduzirei tais proibições destacando os trechos explorados pelas bancas: • ausentar-se do serviço durante o expediente, sem prévia autorização do chefe imediato;

• retirar, sem prévia anuência da autoridade competente, qualquer documento ou objeto da repartição

• opor resistência injustificada ao andamento de documento e processo ou execução de serviço

• promover manifestação de apreço ou desapreço no recinto da repartição;

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• cometer a pessoa estranha à repartição, fora dos casos previstos em lei, o desempenho de atribuição que seja de sua responsabilidade ou de seu subordinado;

• participar de gerência ou administração de sociedade privada, personificada ou não personificada, exercer o comércio, exceto na qualidade de acionista, cotista ou comanditário;

Importante: essa proibição não se aplica às seguintes hipóteses:

• participação nos conselhos de administração e fiscal de empresas ou entidades em que a União detenha, direta ou indiretamente, participação no capital social;

• participação em sociedade cooperativa constituída para prestar serviços a seus membros; e

• gozo de licença para o trato de interesses particulares; • atuar, como procurador ou intermediário, junto a repartições públicas, salvo quando se tratar de benefícios previdenciários ou assistenciais de parentes até o segundo grau, e de cônjuge ou companheiro (é a chamada advocacia administrativa);

• manter sob sua chefia imediata, em cargo ou função de confiança, cônjuge, companheiro ou parente até o segundo grau civil;

Segue quadro com os deveres e proibições listados na Lei 8.112/90:

DEVERES

PROIBIÇÕES

• exercer com zelo e dedicação as

atribuições do cargo; • ser leal às instituições a que servir; • observar as normas legais e

regulamentares; • cumprir as ordens superiores, exceto

quando manifestamente ilegais; • atender com presteza:

a) ao público em geral, prestando as informações requeridas, ressalvadas as protegidas por sigilo;

b) à expedição de certidões requeridas para defesa de direito ou esclarecimento de situações de interesse pessoal;

• ausentar-se do serviço durante o

expediente, sem prévia autorização do chefe imediato;

• retirar, sem prévia anuência da autoridade competente, qualquer documento ou objeto da repartição;

• recusar fé a documentos públicos; • opor resistência injustificada ao

andamento de documento e processo ou execução de serviço;

• promover manifestação de apreço ou desapreço no recinto da repartição;

• cometer a pessoa estranha à repartição, fora dos casos previstos em lei, o desempenho de atribuição

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c) às requisições para a defesa da Fazenda Pública.

• levar ao conhecimento da autoridade superior as irregularidades de que tiver ciência em razão do cargo;

• zelar pela economia do material e a conservação do patrimônio público;

• guardar sigilo sobre assunto da repartição;

• manter conduta compatível com a moralidade administrativa;

• ser assíduo e pontual ao serviço; • tratar com urbanidade as pessoas; • representar contra ilegalidade, omissão

ou abuso de poder.

que seja de sua responsabilidade ou de seu subordinado;

• coagir ou aliciar subordinados no sentido de filiarem-se a associação profissional ou sindical, ou a partido político;

• manter sob sua chefia imediata, em cargo ou função de confiança, cônjuge, companheiro ou parente até o segundo grau civil;

• valer-se do cargo para lograr proveito pessoal ou de outrem, em detrimento da dignidade da função pública;

• participar de gerência ou administração de sociedade privada, personificada ou não personificada, exercer o comércio, exceto na qualidade de acionista, cotista ou comanditário;

• atuar, como procurador ou intermediário, junto a repartições públicas, salvo quando se tratar de benefícios previdenciários ou assistenciais de parentes até o segundo grau, e de cônjuge ou companheiro;

• receber propina, comissão, presente ou vantagem de qualquer espécie, em razão de suas atribuições;

• aceitar comissão, emprego ou pensão de estado estrangeiro;

• praticar usura sob qualquer de suas formas;

• proceder de forma desidiosa; • utilizar pessoal ou recursos materiais

da repartição em serviços ou atividades particulares;

• cometer a outro servidor atribuições estranhas ao cargo que ocupa, exceto em situações de emergência e transitórias;

• exercer quaisquer atividades que sejam incompatíveis com o exercício do cargo ou função e com o horário de trabalho;

• recusar-se a atualizar seus dados cadastrais quando solicitado.

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AAccuummuullaaççããoo ((aarrtt.. 111188 aa 112200))

De acordo com o art. 118 da Lei 8.112/90, ressalvados os casos previstos na Constituição, é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos. As hipóteses previstas no art. 37, XVI da CF são as seguintes: • dois cargos de professor; • um cargo de professor com outro técnico ou científico; • dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com

profissões regulamentadas; A proibição de acumular, nos termos do inciso XVII do referido art. 37, estende-se a empregos e funções e abrange autarquias, fundações, empresas públicas, sociedades de economia mista, suas subsidiárias, e sociedades controladas, direta ou indiretamente, pelo poder público. A acumulação de cargos, ainda que lícita, fica condicionada à comprovação da compatibilidade de horários. O conteúdo do art. 119 veda que o servidor exerça mais de um cargo em comissão, exceto no caso de interino (art. 9°). O servidor também não pode ser remunerado pela participação em órgão de deliberação coletiva, exceto, no caso de remuneração devida pela participação em conselhos de administração e fiscal das empresas públicas e sociedades de economia mista, suas subsidiárias e controladas, bem como quaisquer empresas ou entidades em que a União, direta ou indiretamente, detenha participação no capital social. Por fim, a Lei 8.112/90 trata da hipótese do servidor que acumula licitamente dois cargos efetivos e é investido em cargo em comissão, indicando duas soluções: • ficará afastado de ambos os cargos efetivos para exercer o cargo em comissão;

• acumulará o cargo em comissão com um dos cargos efetivos, se houver compatibilidade de horário e local declarada pelas autoridades máximas dos órgãos ou entidades envolvidos.

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RReessppoonnssaabbiilliiddaaddeess ((aarrtt.. 112211 aa 112266))

Pelo exercício irregular de suas atribuições, o servidor responde civil, penal e administrativamente:

Responsabilidade civil Prejuízo ao erário ou a terceiros

Responsabilidade penal Abrange crimes e contravenções

Responsabilidade administrativa Infração disciplinar Nos termos do art. 122, a responsabilidade civil decorre de ato omissivo (omissão) ou comissivo (ação), doloso ou culposo, que resulte em prejuízo ao erário ou a terceiros. Tratando-se de dano causado a terceiros, o servidor responderá perante a Fazenda Pública em ação regressiva. A obrigação de reparar o dano estende-se aos sucessores e contra eles será executada, até o limite do valor da herança recebida. Já a responsabilidade penal abrange os crimes e contravenções imputadas ao servidor, nessa qualidade. A responsabilidade administrativa resulta de ato omissivo ou comissivo praticado no desempenho do cargo ou função que caracterize infração disciplinar. Agora, as duas questões desse tema mais cobradas em prova: - As sanções civis, penais e administrativas poderão cumular-se, sendo independentes entre si. - A responsabilidade administrativa do servidor será afastada no caso de absolvição criminal que negue a existência do fato ou sua autoria. Fique atento(a) quanto a esse último ponto, pois a absolvição no crime por insuficiência ou ausência de provas não interfere necessariamente no resultado na esfera administrativa.

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PPeennaalliiddaaddeess ((aarrtt.. 112277 aa 114422))

São penalidades disciplinares: • advertência; • suspensão; • demissão; • cassação de aposentadoria ou disponibilidade; • destituição de cargo em comissão; • destituição de função comissionada. Muita atenção, pois exoneração não é punição disciplinar. As bancas exploram demais essa questão! Na aplicação das penalidades serão consideradas a natureza e a gravidade da infração cometida, os danos que dela provierem para o serviço público, as circunstâncias agravantes ou atenuantes e os antecedentes funcionais.

A seguir elaborei tabela com as punições disciplinares e respectivas hipóteses de aplicação:

Advertência

- ausentar-se do serviço durante o expediente, sem prévia autorização do chefe imediato;

- retirar, sem prévia anuência da autoridade competente, qualquer documento ou objeto da repartição;

- recusar fé a documentos públicos; - opor resistência injustificada ao andamento de documento e processo ou execução de serviço;

- promover manifestação de apreço ou desapreço na repartição; - cometer a pessoa estranha à repartição, fora dos casos previstos em lei, o desempenho de atribuição que seja de sua responsabilidade ou de seu subordinado;

- coagir ou aliciar subordinados no sentido de filiarem-se a associação profissional ou sindical, ou a partido político;

- manter sob sua chefia imediata, em cargo ou função de confiança, cônjuge, companheiro ou parente até o segundo grau civil;

- recusar-se a atualizar seus dados cadastrais quando solicitado; - Infração que não justifique punição mais grave

Suspensão

(prazo máximo de 90 dias, salvo no caso de recusa injustificada à

inspeção médica, cujo prazo máximo

é de 15 dias)

- reincidência das faltas punidas com advertência; - cometer a outro servidor atribuições estranhas ao cargo que ocupa, exceto em situações de emergência e transitórias;

- exercer quaisquer atividades que sejam incompatíveis com o exercício do cargo ou função e com o horário de trabalho;

- recusar-se à inspeção médica; Havendo conveniência, a suspensão poderá ser convertida em

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multa de 50% por dia de vencimento ou remuneração, ficando o servidor obrigado a permanecer em serviço.

Demissão

- crime contra a administração pública; - abandono de cargo; - inassiduidade habitual; - improbidade administrativa; - incontinência pública e conduta escandalosa, na repartição; - insubordinação grave em serviço; - ofensa física, em serviço, a servidor ou a particular, salvo em legítima defesa própria ou de outrem;

- aplicação irregular de dinheiros públicos; - revelação de segredo do qual se apropriou em razão do cargo; - lesão aos cofres públicos e dilapidação do patrimônio nacional; - corrupção; - acumulação ilegal de cargos, empregos ou funções públicas; - valer-se do cargo para lograr proveito pessoal ou de outrem, em detrimento da dignidade da função pública;

- participar de gerência ou administração de sociedade privada, personificada ou não personificada, exercer o comércio, exceto na qualidade de acionista, cotista ou comanditário;

- atuar, como procurador ou intermediário, junto a repartições públicas, salvo quando se tratar de benefícios previdenciários ou assistenciais de parentes até o segundo grau, e de cônjuge ou companheiro;

- receber propina, comissão, presente ou vantagem de qualquer espécie, em razão de suas atribuições;

- aceitar comissão, emprego ou pensão de estado estrangeiro; - praticar usura sob qualquer de suas formas; - proceder de forma desidiosa; - utilizar pessoal ou recursos materiais da repartição em serviços ou atividades particulares;

As demais punições são: - Cassação de aposentadoria ou de disponibilidade: aplicadas quando o inativo houver praticado, na atividade, falta punível com a demissão. - Destituição de cargo em comissão exercido por não ocupante de cargo efetivo: será aplicada nos casos de infração sujeita às penalidades de suspensão e de demissão. A demissão ou a destituição de cargo em comissão, nas hipóteses a seguir listadas, implica a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário, sem prejuízo da ação penal cabível:

• improbidade administrativa; • aplicação irregular de dinheiros públicos; • lesão aos cofres públicos e dilapidação do patrimônio nacional; • corrupção.

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A demissão ou a destituição de cargo em comissão, nos dois casos abaixo indicados, incompatibiliza o ex-servidor para nova investidura em cargo público federal, pelo prazo de 5 (cinco) anos.

• valer-se do cargo para lograr proveito pessoal ou de outrem, em detrimento da dignidade da função pública;

• atuar, como procurador ou intermediário, junto a repartições públicas, salvo quando se tratar de benefícios previdenciários ou assistenciais de parentes até o segundo grau, e de cônjuge ou companheiro;

Nos termos do art. 137, parágrafo único, não poderá retornar ao serviço público federal o servidor que for demitido ou destituído do cargo em comissão por ter cometi as seguintes infrações:

• crime contra a administração pública; • improbidade administrativa; • aplicação irregular de dinheiros públicos; • lesão aos cofres públicos e dilapidação do patrimônio nacional; • corrupção.

Esse dispositivo é de constitucionalidade questionável, pois a CF em seu art. 5°, XLIV, “b”, veda as penas de caráter perpétuo. Inclusive, tramita no STF a ADI 2975, pendente de julgamento, por meio da qual o Procurador Geral da República pretende obter a declaração de inconstitucionalidade do referido parágrafo único do art. 137. Cancelamento das punições As penalidades de advertência e de suspensão terão seus registros cancelados se o servidor, nos períodos abaixo indicados, não houver praticado nova infração disciplinar.

Advertência 3 anos Suspensão 5 anos

O cancelamento da penalidade não surtirá efeitos retroativos. Aplicação das penalidades As penalidades disciplinares serão aplicadas:

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Autoridade Punição disciplinar

Presidente da República, Presidentes das Casas do Poder Legislativo e dos Tribunais Federais e Procurador-Geral da República

Demissão e cassação de aposentadoria ou disponibilidade

Autoridades administrativas de hierarquia imediatamente inferior às acima indicadas

Suspensão superior a 30 (trinta) dias

Chefe da repartição e outras autoridades na forma dos respectivos regimentos ou regulamentos

Advertência ou de suspensão de até 30 (trinta) dias

Autoridade que houver feito a nomeação

Destituição de cargo em comissão

Prescrição

PRAZO PUNIÇÃO

5 anos

demissão

cassação de aposentadoria cassação de disponibilidade

destituição de cargo em comissão

2 anos

suspensão

180 dias

advertência.

Quanto ao prazo prescricional disciplinar, guarde as principais regras para a prova: • O prazo de prescrição começa a correr da data em que o fato se tornou conhecido.

• Os prazos de prescrição previstos na lei penal aplicam-se às infrações disciplinares capituladas também como crime.

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• A abertura de sindicância ou a instauração de processo disciplinar interrompe a prescrição, até a decisão final proferida por autoridade competente.

• Interrompido o curso da prescrição, o prazo começará a correr a partir do dia em que cessar a interrupção.

Acumulação ilegal de cargos, empregos ou funções públicas Detectada a qualquer tempo a acumulação ilegal de cargos, empregos ou funções públicas, a autoridade que tiver ciência da irregularidade notificará o servidor, por intermédio de sua chefia imediata, para apresentar opção no prazo improrrogável de dez dias, contados da data da ciência. Uma vez notificado, no caso de omissão do servidor, dar-se-á início à apuração e regularização imediata por meio de procedimento sumário, cujo processo administrativo disciplinar se desenvolverá nas seguintes fases:

Instauração

- publicação do ato que constituir a comissão, a ser composta por 2 servidores estáveis; - indicação da autoria e da materialidade do ilícito objeto da apuração.

Instrução sumária

compreende indiciação, defesa e relatório.

Julgamento

no prazo de 5 dias do recebimento do processo, a autoridade julgadora proferirá a sua decisão

A comissão lavrará, até três dias após a publicação do ato que a constituiu, termo de indiciação, bem como promoverá a citação pessoal do servidor indiciado, ou por intermédio de sua chefia imediata, para, no prazo de cinco dias, apresentar defesa escrita. Apresentada a defesa, a comissão elaborará relatório conclusivo quanto à inocência ou à responsabilidade do servidor e remeterá o processo à autoridade instauradora, para julgamento.

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No prazo de cinco dias, contados do recebimento do processo, a autoridade julgadora proferirá a sua decisão. A opção pelo servidor até o último dia de prazo para defesa configurará sua boa-fé, hipótese em que se converterá automaticamente em pedido de exoneração do outro cargo. Caracterizada a acumulação ilegal e provada a má-fé, aplicar-se-á a pena de demissão, destituição ou cassação de aposentadoria ou disponibilidade em relação aos cargos, empregos ou funções públicas em regime de acumulação ilegal. O prazo para a conclusão do processo administrativo disciplinar submetido ao rito sumário não excederá trinta dias, contados da data de publicação do ato que constituir a comissão, admitida a sua prorrogação por até quinze dias, quando as circunstâncias o exigirem. Abandono de cargo e Inassiduidade habitual

Abandono de cargo

ausência intencional do servidor ao serviço por mais de trinta dias consecutivos

Inassiduidade habitual

é a falta ao serviço, sem causa justificada, por sessenta dias, interpoladamente, durante o período de doze meses.

Na apuração de abandono de cargo ou inassiduidade habitual será adotado o procedimento sumário, o mesmo utilizado na apuração de acumulação ilegal de cargos. A indicação da materialidade dar-se-á:

• na hipótese de abandono de cargo, pela indicação precisa do período de ausência intencional do servidor ao serviço superior a trinta dias;

• no caso de inassiduidade habitual, pela indicação dos dias de falta ao serviço sem causa justificada, por período igual ou superior a sessenta dias interpoladamente, durante o período de doze meses;

Após a apresentação da defesa a comissão elaborará relatório conclusivo quanto à inocência ou à responsabilidade do servidor e remeterá o processo à autoridade instauradora para julgamento.

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Em que pese a lei 8.112/90 atribuir o dolo (intenção) apenas ao abandono de cargo, a posição predominante no STJ exige esse elemento subjetivo tanto no abandono como na assiduidade.

EEXXEERRCCÍÍCCIIOOSS DDEE FFIIXXAAÇÇÃÃOO

Nas questões abaixo, julgue os itens: 1) Sem qualquer prejuízo, poderá o servidor ausentar-se do serviço: I - por 1 (um) dia, para se alistar como eleitor; II - por 2 (dois) dias, para doação de sangue; III - por 8 (oito) dias consecutivos em razão de : a) casamento; b) falecimento do cônjuge, companheiro, pais, madrasta ou padrasto, filhos, enteados, menor sob guarda ou tutela e irmãos.

2) Será concedido horário especial ao servidor estudante, quando comprovada a incompatibilidade entre o horário escolar e o da repartição, sem prejuízo do exercício do cargo, independente de compensação de horário. 3) Também será concedido horário especial ao servidor portador de deficiência, quando comprovada a necessidade por junta médica oficial, independentemente de compensação de horário. 4) Ao servidor que tenha cônjuge, filho ou dependente portador de deficiência física também será concedido horário especial, independente de compensação de horário.

5) Ao servidor estudante que mudar de sede no interesse da administração é assegurada, na localidade da nova residência ou na mais próxima, matrícula em instituição de ensino congênere, em qualquer época, independentemente de vaga. 6) É assegurado ao servidor o direito de requerer aos Poderes Públicos, em defesa de direito ou interesse legítimo. 7) Cabe pedido de reconsideração à autoridade que houver expedido o ato ou proferido a primeira decisão, podendo ser renovado uma vez. 8) Caberá recurso: I - do indeferimento do pedido de reconsideração; II - das decisões sobre os recursos sucessivamente interpostos. 9) O prazo para interposição de pedido de reconsideração ou de recurso é de 15 (quinze) dias, a contar da publicação ou da ciência, pelo interessado, da decisão recorrida.

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10) Em nenhuma hipótese, o recurso poderá ser recebido com efeito suspensivo. 11) O direito de requerer prescreve: I - em 5 (cinco) anos, quanto aos atos de demissão e de cassação de aposentadoria ou disponibilidade, ou que afetem interesse patrimonial e créditos resultantes das relações de trabalho; II - em 120 (cento e vinte) dias, nos demais casos, salvo quando outro prazo for fixado em lei. 12) O prazo de prescrição será contado da data da ocorrência do fato. 13) O pedido de reconsideração e o recurso, quando cabíveis, suspendem a prescrição. 14) Se houver interesse público, é possível relevar a prescrição. 15) A administração deverá rever seus atos, a qualquer tempo, quando eivados de ilegalidade. 16) É dever do servidor exercer com zelo e dedicação as atribuições do cargo. 17) É dever do servidor ser leal às instituições a que servir. 18) É dever do servidor observar as normas legais e regulamentares. 19) É dever do servidor cumprir quaisquer ordens superiores. 20) É dever do servidor levar ao conhecimento da autoridade superior as irregularidades de que tiver ciência em razão do cargo. 21) É dever do servidor zelar pela economia do material e a conservação do patrimônio público. 22) É dever do servidor representar contra legalidades. 23) Ao servidor é proibido ausentar-se do serviço durante o expediente. 24) Ao servidor é proibido retirar qualquer documento ou objeto da repartição. 25) Ao servidor é proibido recusar fé a documentos públicos. 26) Ao servidor é proibido opor qualquer resistência ao andamento de documento e processo ou execução de serviço.

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27) Ao servidor é proibido promover manifestação de apreço ou desapreço no recinto da repartição. 28) Ao servidor é proibido cometer a pessoa estranha à repartição, fora dos casos previstos em lei, o desempenho de atribuição que seja de sua responsabilidade ou de seu subordinado. 29) Ao servidor é proibido coagir ou aliciar subordinados no sentido de filiarem-se a associação profissional ou sindical, ou a partido político. 30) Ao servidor, conforme redação da Lei 8.112/90, é proibido manter sob sua chefia imediata, em cargo ou função de confiança, cônjuge, companheiro ou parente até o terceiro grau civil. 31) Ao servidor é proibido valer-se do cargo para lograr proveito pessoal ou de outrem, em detrimento da dignidade da função pública. 32) Ao servidor é proibido, em qualquer caso, ser sócio ou acionista de sociedade privada, personificada ou não personificada. 33) Ao servidor é proibido atuar, como procurador ou intermediário, junto a repartições públicas, salvo quando se tratar de benefícios previdenciários ou assistenciais de parentes até o terceiro grau, e de cônjuge ou companheiro. 34) Ao servidor é proibido cometer a outro servidor atribuições estranhas ao cargo que ocupa, exceto em situações de emergência e transitórias. 35) Ao servidor é proibido recusar-se a atualizar seus dados cadastrais quando solicitado. 36) Ressalvados os casos previstos na Constituição, é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos. 37) A proibição de acumular estende-se a cargos, empregos e funções em autarquias, fundações públicas, empresas públicas, sociedades de economia mista da União, do Distrito Federal, dos Estados, dos Territórios e dos Municípios. 38) A acumulação de cargos, ainda que lícita, fica condicionada à comprovação da compatibilidade de horários. 39) O servidor não poderá, em qualquer hipótese, exercer mais de um cargo em comissão.

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40) O servidor vinculado ao regime da Lei 8.112/90, que acumular licitamente dois cargos efetivos, quando investido em cargo de provimento em comissão, ficará afastado de ambos os cargos efetivos, salvo na hipótese em que houver compatibilidade de horário e local com o exercício de um deles, declarada pelas autoridades máximas dos órgãos ou entidades envolvidos. 41) O servidor responde civil, penal e administrativamente pelo exercício irregular de suas atribuições. 42) A responsabilidade civil decorre de ato omissivo ou comissivo, doloso ou culposo, que resulte em prejuízo ao erário ou a terceiros. 43) Em caso de falecimento do servidor, a obrigação de reparar o dano não se estende os sucessores. 44) A responsabilidade penal abrange os crimes, estando afastadas as contravenções. 45) As sanções civis, penais e administrativas poderão cumular-se, sendo independentes entre si. 46) A responsabilidade administrativa do servidor será afastada no caso de absolvição criminal que negue a existência do fato ou sua autoria, bem como a decorrente de insuficiência de provas. 47) São penalidades disciplinares: I - advertência; II - suspensão; III - demissão; IV - cassação de aposentadoria ou disponibilidade; V - destituição de cargo em comissão; VI - destituição de função comissionada; VII – multa; VIII - exoneração. 48) A suspensão será aplicada em caso de reincidência das faltas punidas com advertência e de violação das demais proibições que não tipifiquem infração sujeita a penalidade de demissão, não podendo exceder de 60 (sessenta) dias. 49) Será punido com suspensão de até 30 (trinta) dias o servidor que, injustificadamente, recusar-se a ser submetido a inspeção médica determinada pela autoridade competente, cessando os efeitos da penalidade uma vez cumprida a determinação. 50) Quando houver conveniência para o serviço, a penalidade de suspensão poderá ser convertida em multa, na base de 50% (cinqüenta por cento) por dia de vencimento ou remuneração, ficando o servidor obrigado a permanecer em serviço.

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51) As penalidades de suspensão e advertência terão seus registros cancelados, após o decurso de 3 (três) e 5 (cinco) anos de efetivo exercício, respectivamente, se o servidor não houver, nesse período, praticado nova infração disciplinar. 52) O cancelamento da penalidade prevista acima não surtirá efeitos retroativos. 53) Detectada a qualquer tempo a acumulação ilegal de cargos, empregos ou funções públicas, o servidor será notificado, por intermédio de sua chefia imediata, para apresentar opção no prazo improrrogável de dez dias, contados da data da ciência e, na hipótese de omissão, adotar-se-á procedimento ordinário para a sua apuração e regularização imediata. 54) No procedimento para apuração de acumulação ilegal de cargos, empregos ou funções públicas o prazo para apresentação de defesa escrita é de 10 (dez) dias. 55) A opção pelo servidor até o último dia de prazo para defesa configurará sua boa-fé, hipótese em que se converterá automaticamente em pedido de exoneração do outro cargo. 56) O prazo para a conclusão do processo administrativo disciplinar para apuração de acumulação ilegal de cargos, empregos ou funções públicas não excederá trinta dias, contados da data de publicação do ato que constituir a comissão, admitida a sua prorrogação por até quinze dias, quando as circunstâncias o exigirem. 57) Será cassada a aposentadoria ou a disponibilidade do inativo que houver praticado, na atividade, falta punível com a demissão. 58) A destituição de cargo em comissão exercido por não ocupante de cargo efetivo será aplicada nos casos de infração sujeita às penalidades de advertência, suspensão e de demissão. 59) Configura abandono de cargo a ausência intencional do servidor ao serviço por trinta dias consecutivos. 60) Entende-se por inassiduidade habitual a falta ao serviço, sem causa justificada, por sessenta dias consecutivos, durante o período de doze meses. 61) Na apuração de abandono de cargo ou inassiduidade habitual será adotado o procedimento sumário.

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62) A ação disciplinar prescreverá: I - em 5 (cinco) anos, quanto às infrações puníveis com demissão, cassação de aposentadoria ou disponibilidade e destituição de cargo em comissão; II - em 2 (dois) anos, quanto à suspensão; III - em 180 (cento e oitenta) dias, quanto á advertência. 63) O prazo de prescrição começa a correr da data de ocorrência do fato. 64) A abertura de sindicância ou a instauração de processo disciplinar interrompe a prescrição, até a decisão final proferida por autoridade competente. GABARITO: 1) F, 2) F, 3) V, 4) F, 5) V, 6) V, 7) F, 8) V, 9) F, 10) F, 11) V, 12) F, 13) F, 14) F, 15) V, 16) V, 17) V, 18) V, 19) F, 20) V, 21) V, 22) F, 23) F, 24) F, 25) V, 26) F, 27) V, 28) V, 29) V, 30) F, 31) V, 32) F, 33) F, 34) V, 35) V, 36) V, 37) V, 38) V, 39) F, 40) V, 41) V, 42) V, 43) F, 44) F, 45) V, 46) F, 47) F, 48) F, 49) F, 50) V, 51) F, 52) V, 53) F, 54) F, 55) V, 56) V, 57) V, 58) F, 59) F, 60) F, 61) V, 62) V, 63) F, 64) V.

Gabarito comentado: 1) Sem qualquer prejuízo, poderá o servidor ausentar-se do serviço: I - por 1 (um) dia, para se alistar como eleitor; II - por 2 (dois) dias, para doação de sangue; III - por 8 (oito) dias consecutivos em razão de : a) casamento; b) falecimento do cônjuge, companheiro, pais, madrasta ou padrasto, filhos, enteados, menor sob guarda ou tutela e irmãos. (Conforme art. 97, para alistamento como eleitor são 2 dias e para doação de sangue 1 dia)

2) Será concedido horário especial ao servidor estudante, quando comprovada a incompatibilidade entre o horário escolar e o da repartição, sem prejuízo do exercício do cargo, independente de compensação de horário. (Será exigida a compensação de horário, conforme art. 98, §1º) 3) Também será concedido horário especial ao servidor portador de deficiência, quando comprovada a necessidade por junta médica oficial, independentemente de compensação de horário. (Ver art. 98, § 2º) 4) Ao servidor que tenha cônjuge, filho ou dependente portador de deficiência física também será concedido horário especial, independente de compensação de horário. (Será exigida a compensação de horário, conforme art. 98, §3º)

5) Ao servidor estudante que mudar de sede no interesse da administração é assegurada, na localidade da nova residência ou na mais próxima, matrícula em instituição de ensino congênere, em qualquer época, independentemente de vaga. (Ver art. 99) 6) É assegurado ao servidor o direito de requerer aos Poderes Públicos, em defesa de direito ou interesse legítimo. (Ver art. 104). 7) Cabe pedido de reconsideração à autoridade que houver expedido o ato ou proferido a primeira decisão, podendo ser renovado uma vez. (Conforme art. 106, caput, não é possível a renovação).

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8) Caberá recurso: I - do indeferimento do pedido de reconsideração; II - das decisões sobre os recursos sucessivamente interpostos. (Ver art. 107). 9) O prazo para interposição de pedido de reconsideração ou de recurso é de 15 (quinze) dias, a contar da publicação ou da ciência, pelo interessado, da decisão recorrida. (Prazo é de 30 dias, conforme art. 108). 10) Em nenhuma hipótese, o recurso poderá ser recebido com efeito suspensivo. (De acordo com o art. 109, poderá ser atribuído efeito suspensivo a critério da autoridade competente). 11) O direito de requerer prescreve: I - em 5 (cinco) anos, quanto aos atos de demissão e de cassação de aposentadoria ou disponibilidade, ou que afetem interesse patrimonial e créditos resultantes das relações de trabalho; II - em 120 (cento e vinte) dias, nos demais casos, salvo quando outro prazo for fixado em lei. (Ver art. 110). 12) O prazo de prescrição será contado da data da ocorrência do fato. (De acordo com o parágrafo único do art. 110, será contado da data da publicação do ato impugnado ou da data da ciência pelo interessado, quando o ato não for publicado). 13) O pedido de reconsideração e o recurso, quando cabíveis, suspendem a prescrição. (Conforme art. 111, interrompem (zeram) a prescrição). 14) Se houver interesse público, é possível relevar a prescrição. (O art. 112 proíbe essa conduta, não sendo possível relevá-la) 15) A administração deverá rever seus atos, a qualquer tempo, quando eivados de ilegalidade. (Ver art. 114) 16) É dever do servidor exercer com zelo e dedicação as atribuições do cargo. (Ver art. 116, I) 17) É dever do servidor ser leal às instituições a que servir. (Ver art. 116, II) 18) É dever do servidor observar as normas legais e regulamentares. (Ver art. 116, III) 19) É dever do servidor cumprir quaisquer ordens superiores. (Conforme art. 116, IV, cumprir ordens superiores, exceto quando manifestamente ilegais) 20) É dever do servidor levar ao conhecimento da autoridade superior as irregularidades de que tiver ciência em razão do cargo. (Ver art. 116, VI) 21) É dever do servidor zelar pela economia do material e a conservação do patrimônio público. (Ver art, 116, VII) 22) É dever do servidor representar contra legalidades. (Ver art. 116, XII) 23) Ao servidor é proibido ausentar-se do serviço durante o expediente. (Conforme art. 117, I, ausentar-se do serviço sem prévia autorização do chefe imediato) 24) Ao servidor é proibido retirar qualquer documento ou objeto da repartição. (De acordo com o art. 117, II, retirar, sem prévia anuência da autoridade competente...) 25) Ao servidor é proibido recusar fé a documentos públicos. (Ver art. 117, III)

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26) Ao servidor é proibido opor qualquer resistência ao andamento de documento e processo ou execução de serviço. (Conforme art. 117, IV, opor resistência injustificada) 27) Ao servidor é proibido promover manifestação de apreço ou desapreço no recinto da repartição. (Ver art. 117, V) 28) Ao servidor é proibido cometer a pessoa estranha à repartição, fora dos casos previstos em lei, o desempenho de atribuição que seja de sua responsabilidade ou de seu subordinado. (Ver art. 117, VI) 29) Ao servidor é proibido coagir ou aliciar subordinados no sentido de filiarem-se a associação profissional ou sindical, ou a partido político. (Ver art. 117, VII) 30) Ao servidor é proibido manter sob sua chefia imediata, em cargo ou função de confiança, cônjuge, companheiro ou parente até o terceiro grau civil. (Conforme art. 117, VIII, até o segundo grau. Lembrando que a súmula vinculante nº 13 considera nepotismo a nomeação até o 3º grau. Contudo, o enunciado afirmou de acordo com a Lei 8.112) 31) Ao servidor é proibido valer-se do cargo para lograr proveito pessoal ou de outrem, em detrimento da dignidade da função pública. (Ver art. 117, IX) 32) Ao servidor é proibido, em qualquer caso, ser sócio ou acionista de sociedade privada, personificada ou não personificada. (De acordo com o art. 117, X, o servidor não pode exercer a gerência ou a administração) 33) Ao servidor é proibido atuar, como procurador ou intermediário, junto a repartições públicas, salvo quando se tratar de benefícios previdenciários ou assistenciais de parentes até o terceiro grau, e de cônjuge ou companheiro. (Conforme art. 117, XI, parentes até o segundo grau) 34) Ao servidor é proibido cometer a outro servidor atribuições estranhas ao cargo que ocupa, exceto em situações de emergência e transitórias. (Ver art. 117, XVII) 35) Ao servidor é proibido recusar-se a atualizar seus dados cadastrais quando solicitado. (Ver art. 117, XVIII) 36) Ressalvados os casos previstos na Constituição, é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos. (Ver art. 118) 37) A proibição de acumular estende-se a cargos, empregos e funções em autarquias, fundações públicas, empresas públicas, sociedades de economia mista da União, do Distrito Federal, dos Estados, dos Territórios e dos Municípios. (Ver art. 118, §1º) 38) A acumulação de cargos, ainda que lícita, fica condicionada à comprovação da compatibilidade de horários. (Ver art. 118, §2º) 39) O servidor não poderá, em qualquer hipótese, exercer mais de um cargo em comissão. (Conforme art. 119, salvo na condição de interino) 40) O servidor vinculado ao regime da Lei 8.112/90, que acumular licitamente dois cargos efetivos, quando investido em cargo de provimento em comissão, ficará afastado de ambos os cargos efetivos, salvo na hipótese em que houver compatibilidade de horário e local com o exercício de um deles, declarada pelas autoridades máximas dos órgãos ou entidades

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envolvidos. (Ver art. 120) 41) O servidor responde civil, penal e administrativamente pelo exercício irregular de suas atribuições. (Ver art. 121) 42) A responsabilidade civil decorre de ato omissivo ou comissivo, doloso ou culposo, que resulte em prejuízo ao erário ou a terceiros. (Ver art. 122, caput) 43) Em caso de falecimento do servidor, a obrigação de reparar o dano não se estende os sucessores. (De acordo com o art. 122, §3º, estende-se até o limite do valor da herança recebida) 44) A responsabilidade penal abrange os crimes, estando afastadas as contravenções. (Abrange crimes e contravenções, conforme art. 123) 45) As sanções civis, penais e administrativas poderão cumular-se, sendo independentes entre si. (Ver art. 125) 46) A responsabilidade administrativa do servidor será afastada no caso de absolvição criminal que negue a existência do fato ou sua autoria, bem como a decorrente de insuficiência de provas. (No caso de insuficiência de provas não necessariamente haverá influência da esfera administrativa) 47) São penalidades disciplinares: I - advertência; II - suspensão; III - demissão; IV - cassação de aposentadoria ou disponibilidade; V - destituição de cargo em comissão; VI - destituição de função comissionada; VII – multa; VIII - exoneração. (Exoneração não é punição disciplinar) 48) A suspensão será aplicada em caso de reincidência das faltas punidas com advertência e de violação das demais proibições que não tipifiquem infração sujeita a penalidade de demissão, não podendo exceder de 60 (sessenta) dias. (Conforme art. 130, caput, o prazo limite é de 90 dias) 49) Será punido com suspensão de até 30 (trinta) dias o servidor que, injustificadamente, recusar-se a ser submetido a inspeção médica determinada pela autoridade competente, cessando os efeitos da penalidade uma vez cumprida a determinação. (De acordo com o art. 130, §1, o prazo é de 15 dias) 50) Quando houver conveniência para o serviço, a penalidade de suspensão poderá ser convertida em multa, na base de 50% (cinqüenta por cento) por dia de vencimento ou remuneração, ficando o servidor obrigado a permanecer em serviço. (Ver art. 130, §2º) 51) As penalidades de suspensão e advertência terão seus registros cancelados, após o decurso de 3 (três) e 5 (cinco) anos de efetivo exercício, respectivamente, se o servidor não houver, nesse período, praticado nova infração disciplinar. (Ver art. 131) 52) O cancelamento da penalidade prevista acima não surtirá efeitos retroativos. (Ver art. 131, parágrafo único) 53) Detectada a qualquer tempo a acumulação ilegal de cargos, empregos ou funções públicas, o servidor será notificado, por intermédio de sua chefia imediata, para apresentar opção no prazo improrrogável de dez dias, contados da data da ciência e, na hipótese de omissão, adotar-se-á procedimento ordinário para a sua apuração e regularização imediata. (Conforme art. 133, o procedimento sumário será adota, o mesmo utilizado na apuração de

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abandono de cargo e de inassiduidade habitual) 54) No procedimento para apuração de acumulação ilegal de cargos, empregos ou funções públicas o prazo para apresentação de defesa escrita é de 10 (dez) dias. (O prazo é de 5 dias, conforme art. 133, §2º) 55) A opção pelo servidor até o último dia de prazo para defesa configurará sua boa-fé, hipótese em que se converterá automaticamente em pedido de exoneração do outro cargo. (Ver art. 133, §5º) 56) O prazo para a conclusão do processo administrativo disciplinar para apuração de acumulação ilegal de cargos, empregos ou funções públicas não excederá trinta dias, contados da data de publicação do ato que constituir a comissão, admitida a sua prorrogação por até quinze dias, quando as circunstâncias o exigirem. (Ver art. 133, § 7º) 57) Será cassada a aposentadoria ou a disponibilidade do inativo que houver praticado, na atividade, falta punível com a demissão. (Ver art. 134) 58) A destituição de cargo em comissão exercido por não ocupante de cargo efetivo será aplicada nos casos de infração sujeita às penalidades de advertência, suspensão e de demissão. (Conforme art. 135, apenas nos casos de suspensão e de demissão) 59) Configura abandono de cargo a ausência intencional do servidor ao serviço por trinta dias consecutivos. (De acordo com o art. 138, por mais de 30 dias consecutivos) 60) Entende-se por inassiduidade habitual a falta ao serviço, sem causa justificada, por sessenta dias consecutivos, durante o período de doze meses. (Conforme art. 139, por 60 dias, interpoladamente) 61) Na apuração de abandono de cargo ou inassiduidade habitual será adotado o procedimento sumário. (Ver art. 140) 62) A ação disciplinar prescreverá: I - em 5 (cinco) anos, quanto às infrações puníveis com demissão, cassação de aposentadoria ou disponibilidade e destituição de cargo em comissão; II - em 2 (dois) anos, quanto à suspensão; III - em 180 (cento e oitenta) dias, quanto á advertência. (Ver art. 142) 63) O prazo de prescrição começa a correr da data de ocorrência do fato. (Conforme art. 142, §1º, da data em que o fato se tornou conhecido) 64) A abertura de sindicância ou a instauração de processo disciplinar interrompe a prescrição, até a decisão final proferida por autoridade competente. (Ver art. 142, § 3º) Data Nº questões Acertos % acerto Data Nº questões Acertos % acerto

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QUESTÕES DE CONCURSOS 01) (FGV - 2010 - OAB - Exame de Ordem Unificado - 3 - Primeira Fase) Determinado servidor público foi acusado de ter recebido vantagens indevidas valendo-se de seu cargo público, sendo denunciado à justiça criminal e instaurado, no âmbito administrativo, processo administrativo disciplinar por ter infringindo seu estatuto funcional pela mesma conduta. Ocorre que o servidor foi absolvido pelo Poder Judiciário em razão de ter ficado provada a inexistência do ato ilícito que lhe fora atribuído. Nessa situação, é correto afirmar que a) a decisão absolutória não influirá na decisão administrativa do processo administrativo disciplinar, por serem independentes. b) haverá repercussão no âmbito do processo administrativo disciplinar, não podendo a administração pública punir o servidor pelo fato decidido na esfera penal. c) em nenhuma hipótese a decisão penal surtirá efeito na esfera administrativa, mesmo que a conduta praticada pelo servidor seja prevista como ilícito penal e ilícito administrativo. d) a punição na instância administrativa nunca poderá ser anulada, caso tenha sido aplicada.

COMENTÁRIOS A) a decisão absolutória não influirá na decisão administrativa do processo administrativo disciplinar, por serem independentes. B) haverá repercussão no âmbito do processo administrativo disciplinar, não podendo a administração pública punir o servidor pelo fato decidido na esfera penal. C) em nenhuma hipótese a decisão penal surtirá efeito na esfera administrativa, mesmo que a conduta praticada pelo servidor seja prevista como ilícito penal e ilícito administrativo. D) a punição na instância administrativa nunca poderá ser anulada, caso tenha sido aplicada. GABARITO: letra B 02) (FGV - 2011 - TRE-PA - Analista Judiciário) O servidor público federal é sujeito à disciplina legal diferenciada dos trabalhadores da iniciativa privada. O regime disciplinar do servidor público federal determina que

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a) a advertência será aplicada por escrito no caso de o servidor aceitar comissão, emprego ou pensão de Estado estrangeiro. b) a demissão será aplicada nos casos de falta injustificada por mais de trinta dias interpolados, acumulação ilegal de cargos, empregos ou funções públicas, corrupção e improbidade administrativa, entre outros. c) a demissão ou a destituição de cargo em comissão em virtude de corrupção implica a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário. d) a punição para o servidor que injustificadamente se recusar a ser submetido à inspeção médica determinada por autoridade competente é a suspensão por trinta dias, que pode ser convertida em multa. e) a responsabilidade administrativa do servidor não será afastada no caso de absolvição criminal.

COMENTÁRIOS A) Assertiva errada. Conforme art. 129 da Lei 8.112/90, constituem motivos para aplicação da pena de advertência: - ausentar-se do serviço durante o expediente, sem prévia autorização do chefe imediato;

- retirar, sem prévia anuência da autoridade competente, qualquer documento ou objeto da repartição;

- recusar fé a documentos públicos; - opor resistência injustificada ao andamento de documento e processo ou execução de serviço;

- promover manifestação de apreço ou desapreço na repartição; - cometer a pessoa estranha à repartição, fora dos casos previstos em lei, o desempenho de atribuição que seja de sua responsabilidade ou de seu subordinado;

- coagir ou aliciar subordinados no sentido de filiarem-se a associação profissional ou sindical, ou a partido político;

- manter sob sua chefia imediata, em cargo ou função de confiança, cônjuge, companheiro ou parente até o segundo grau civil;

- recusar-se a atualizar seus dados cadastrais quando solicitado; - Infração que não justifique punição mais grave Não consta da relação acima a infração “aceitar comissão, emprego ou pensão de Estado estrangeiro” pois constitui hipótese de demissão. B) Assertiva errada. As infrações “acumulação ilegal de cargos, empregos ou funções públicas”, “corrupção” e “improbidade administrativa” são passíveis de demissão, porém o mesmo não ocorre relativamente à falta injustificada por mais de trinta dias interpolados. Implicaria em demissão a falta intencional por mais de trinta dias consecutivos.

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C) Assertiva correta. De acordo com o art. 136, a demissão ou a destituição de cargo em comissão implicam na indisponibilidade dos bens e no ressarcimento ao erário, sem prejuízo da ação penal cabível, nas seguintes hipóteses: improbidade administrativa; aplicação irregular de dinheiro público, lesão aos cofres públicos e dilapidação do patrimônio nacional e corrupção. D) Assertiva errada. No caso apresentado, o prazo limite é de 15 dias, nos termos do art. 130, §1º, da Lei 8.112/90. E) Assertiva errada. Considerando-se que as sanções civis, penais e administrativas são independentes entre sim, não se pode afirmar a responsabilidade administrativa do servidor não será afastada no caso de absolvição criminal. GABARITO: letra C 03) (FGV - 2009 - MEC - Analista de Sistemas – Especialista) Assinale a opção que apresenta com exatidão as penalidades disciplinares previstas na Lei 8.112/90 a que está sujeito o servidor: a) advertência; suspensão; demissão; cassação de aposentadoria ou disponibilidade; destituição de cargo em comissão; destituição de função comissionada; prisão domiciliar. b) advertência; suspensão; demissão; cassação de aposentadoria ou disponibilidade; destituição de cargo em comissão; destituição de função comissionada. c) advertência; suspensão; demissão; destituição de cargo em comissão; destituição de função comissionada. d) advertência; admoestação verbal pública perante os funcionários da repartição; suspensão; demissão; cassação de aposentadoria ou disponibilidade; destituição de cargo em comissão; destituição de função comissionada. e) advertência; suspensão; demissão; cassação de aposentadoria ou disponibilidade; destituição de cargo em comissão; destituição de função comissionada; diminuição dos vencimentos básicos.

COMENTÁRIOS Questão de fácil resolução, bastando o candidato conhecer a relação de sanções prevista no art. 127 da Lei 8.112/90:

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• advertência; • suspensão; • demissão; • cassação de aposentadoria ou disponibilidade; • destituição de cargo em comissão; • destituição de função comissionada. GABARITO: letra B 4) (FGV - 2009 - MEC - Analista de Sistemas – Especialista) Não será aplicada a pena de demissão do servidor público, de acordo com as previsões da Lei 8.112/90, na seguinte hipótese: a) crime contra a administração pública. b) abandono de cargo. c) inassiduidade habitual. d) insubordinação grave em serviço. e) não atingimento das metas estabelecidas pelo superior hierárquico

COMENTÁRIOS A demissão será aplicada nas seguintes hipóteses, conforme art. 132 da Lei 8.112/90: - crime contra a administração pública; - abandono de cargo; - inassiduidade habitual; - improbidade administrativa; - incontinência pública e conduta escandalosa, na repartição; - insubordinação grave em serviço; - ofensa física, em serviço, a servidor ou a particular, salvo em legítima defesa própria ou de outrem;

- aplicação irregular de dinheiros públicos; - revelação de segredo do qual se apropriou em razão do cargo; - lesão aos cofres públicos e dilapidação do patrimônio nacional; - corrupção; - acumulação ilegal de cargos, empregos ou funções públicas; - valer-se do cargo para lograr proveito pessoal ou de outrem, em detrimento da dignidade da função pública;

- participar de gerência ou administração de sociedade privada, personificada ou não personificada, exercer o comércio, exceto na qualidade de acionista, cotista ou comanditário;

- atuar, como procurador ou intermediário, junto a repartições públicas, salvo quando se tratar de benefícios previdenciários ou assistenciais de parentes até o segundo grau, e de cônjuge ou companheiro;

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- receber propina, comissão, presente ou vantagem de qualquer espécie, em razão de suas atribuições;

- aceitar comissão, emprego ou pensão de estado estrangeiro; - praticar usura sob qualquer de suas formas; - proceder de forma desidiosa; - utilizar pessoal ou recursos materiais da repartição em serviços ou atividades particulares; Portanto, a opção E contém a resposta da questão, uma vez que o não atingimento de metas não constitui motivo para aplicação da pena de demissão. Na realidade, tal hipótese sequer constitui infração disciplinar. GABARITO: letra E 05) (FCC - 2011 - TRT - 14ª Região (RO e AC) - Técnico Judiciário - Área Administrativa) De acordo com a Lei no 8.112/90, que dispõe sobre o Regimento Jurídico dos servidores públicos civis da União, das autarquias e das Fundações Públicas Federais, a ausência intencional do servidor ao serviço por mais de trinta dias consecutivos acarretará a penalidade de a) suspensão de até 30 dias. b) demissão. c) advertência. d) censura. e) repreensão.

COMENTÁRIOS Conforme art. 132, a demissão será aplicada nos seguintes casos: I - crime contra a administração pública; II - abandono de cargo; III - inassiduidade habitual; IV - improbidade administrativa; V - incontinência pública e conduta escandalosa, na repartição; VI - insubordinação grave em serviço; VII - ofensa física, em serviço, a servidor ou a particular, salvo em legítima defesa própria ou de outrem; VIII - aplicação irregular de dinheiros públicos; IX - revelação de segredo do qual se apropriou em razão do cargo; X - lesão aos cofres públicos e dilapidação do patrimônio nacional; XI - corrupção; XII - acumulação ilegal de cargos, empregos ou funções públicas; XIII - transgressão dos incisos IX a XVI do art. 117.

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O art. 138 traz a definição de abandono de cargo: “configura abandono de cargo a ausência intencional do servidor ao serviço por mais de trinta dias consecutivos”. GABARITO: letra B 06) (FCC - 2011 - TRF - 1ª REGIÃO - Analista Judiciário - Área Judiciária) José, servidor público federal, responde a processo administrativo por ter faltado ao serviço, sem causa justificada, por sessenta dias, interpoladamente, durante o período de doze meses. Conforme preceitua a Lei nº 8.112/1990, estará sujeito à pena de a) demissão. b) suspensão pelo prazo máximo de noventa dias. c) advertência. d) disponibilidade. e) multa.

COMENTÁRIOS De acordo com o art. 132, a inassiduidade habitual é motivo para demissão (inciso III). Sua definição é encontrada no art. 139: “entende-se por inassiduidade habitual a falta ao serviço, sem causa justificada, por sessenta dias, interpoladamente, durante o período de doze meses”. GABARITO: Letra A 07) (FCC - 2011 - TRT - 4ª REGIÃO (RS) - Técnico Judiciário - Tecnologia da Informação) Paulo, ao exercer o direito de petição deve saber que, a) o prazo da prescrição será sempre contado da data do fato ou do ato impugnado, independentemente de publicação, por ser de ordem pública. b) para o exercício desse direito é assegurada vista do processo em qualquer local, desde que ao servidor pessoalmente. c) o pedido de reconsideração e o recurso, em qualquer situação, por terem efeito suspensivo não interrompem a prescrição. d) o recurso, salvo a revisão, será cabível nas hipóteses de indeferimento ou deferimento do pedido de reconsideração. e) caberá recurso das decisões sobre os recursos sucessivamente interpostos.

COMENTÁRIOS

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- Assertiva a: o prazo da prescrição será sempre contado da data do fato ou do ato impugnado, independentemente de publicação, por ser de ordem pública. Nos termos do art. 110, parágrafo único: “o prazo de prescrição será contado da data da publicação do ato impugnado ou da data da ciência pelo interessado, quando o ato não for publicado”. - Assertiva b: para o exercício desse direito é assegurada vista do processo em qualquer local, desde que ao servidor pessoalmente. De acordo com o art. 113, “para o exercício do direito de petição, é assegurada vista do processo ou documento, na repartição, ao servidor ou a procurador por ele constituído”. - Assertiva c: o pedido de reconsideração e o recurso, em qualquer situação, por terem efeito suspensivo não interrompem a prescrição. Conforme art. 111, “o pedido de reconsideração e o recurso, quando cabíveis, interrompem a prescrição”. - Assertiva d: o recurso, salvo a revisão, será cabível nas hipóteses de indeferimento ou deferimento do pedido de reconsideração. Nos termos do art. 107, caberá recurso: I - do indeferimento do pedido de reconsideração; II - das decisões sobre os recursos sucessivamente interpostos. - Assertiva e: caberá recurso das decisões sobre os recursos sucessivamente interpostos. Correta, conforme art. 107, II, acima reproduzido. GABARITO: letra E 08) (FCC - 2011 - TRT - 1ª REGIÃO (RJ) - Analista Judiciário – Psicologia) João, servidor público federal, aliciou seus subordinados no sentido de se filiarem a determinado partido político. Cumpre salientar que tal conduta foi praticada uma única vez. O fato narrado

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a) está previsto como proibição ao servidor público federal, e, uma vez praticada, sujeita-o à penalidade de demissão. b) não está previsto em lei como uma das proibições dirigidas aos servidores públicos civis da União, das autarquias e das fundações públicas federais. c) ensejará a aplicação da penalidade de advertência. d) ensejará penalidade disciplinar, a qual terá seu registro cancelado, após o decurso de dois anos de efetivo exercício, se João não houver, nesse período, praticado nova infração disciplinar. e) ensejará a aplicação da penalidade de suspensão, que poderá ser convertida em multa, na base de cinquenta por cento por dia de vencimento ou remuneração, ficando o servidor obrigado a permanecer em serviço.

COMENTÁRIOS - Assertiva a: está previsto como proibição ao servidor público federal, e, uma vez praticada, sujeita-o à penalidade de demissão. De acordo com o art. 117, ao servidor é proibido: (...) VII - coagir ou aliciar subordinados no sentido de filiarem-se a associação profissional ou sindical, ou a partido político. Já o art. 129 pprevê os motivos para aplicação de advertência: “a advertência será aplicada por escrito, nos casos de violação de proibição constante do art. 117, incisos I a VIII e XIX, e de inobservância de dever funcional previsto em lei, regulamentação ou norma interna, que não justifique imposição de penalidade mais grave”. - Assertiva b: não está previsto em lei como uma das proibições dirigidas aos servidores públicos civis da União, das autarquias e das fundações públicas federais. O art. 17 acima reproduzido dá conta de demonstrar que a assertiva está incorreta. - Assertiva c: ensejará a aplicação da penalidade de advertência. Correta, conforme art. 129 reproduzido na assertiva A. - Assertiva d: ensejará penalidade disciplinar, a qual terá seu registro cancelado, após o decurso de dois anos de efetivo exercício, se João não houver, nesse período, praticado nova infração disciplinar.

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Conforme art. 131, “as penalidades de advertência e de suspensão terão seus registros cancelados, após o decurso de 3 (três) e 5 (cinco) anos de efetivo exercício, respectivamente, se o servidor não houver, nesse período, praticado nova infração disciplinar”. - Assertiva e: ensejará a aplicação da penalidade de suspensão, que poderá ser convertida em multa, na base de cinquenta por cento por dia de vencimento ou remuneração, ficando o servidor obrigado a permanecer em serviço. De fato a pena de suspensão pode ser convertida em multa, nos termos do enunciado. Porém, o fato praticado por João dá ensejo à sanção advertência. GABARITO: Letra C 09) (FCC - 2011 - TRT - 14ª Região (RO e AC) - Analista Judiciário - Execução de Mandados) De acordo com a Lei no 8.112/90, que dispõe sobre o regime jurídico dos servidores públicos civis da União, das autarquias e das fundações públicas federais, sobre a prescrição quanto ao direito de petição, é correto afirmar: a) Por ser de ordem pública, a prescrição não pode ser relevada pela Administração. b) O pedido de reconsideração e o recurso, mesmo quando cabíveis, não interrompem a prescrição. c) O direito de requerer prescreve em dez anos quanto ao ato de cassação de aposentadoria. d) O direito de requerer prescreve em dois anos quanto aos atos que afetem interesse patrimonial e créditos resultantes das relações de trabalho. e) O prazo de prescrição será contado da data da ciência pelo interessado, ainda que o ato tenha sido devidamente publicado.

COMENTÁRIOS - Assertiva a: Por ser de ordem pública, a prescrição não pode ser relevada pela Administração. Assertiva correta, de acordo com o art. 112: “a prescrição é de ordem pública, não podendo ser relevada pela administração”. - Assertiva b: O pedido de reconsideração e o recurso, mesmo quando cabíveis, não interrompem a prescrição.

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De acordo com o art. 111, “o pedido de reconsideração e o recurso, quando cabíveis, interrompem a prescrição”. - Assertiva c: O direito de requerer prescreve em dez anos quanto ao ato de cassação de aposentadoria. De acordo com o art. 110, o direito de requerer prescreve: I - em 5 (cinco) anos, quanto aos atos de demissão e de cassação de aposentadoria ou disponibilidade, ou que afetem interesse patrimonial e créditos resultantes das relações de trabalho; - Assertiva d: O direito de requerer prescreve em dois anos quanto aos atos que afetem interesse patrimonial e créditos resultantes das relações de trabalho. Conforme art. 110, I, acima reproduzido, o prazo é de 5 anos. - Assertiva e: O prazo de prescrição será contado da data da ciência pelo interessado, ainda que o ato tenha sido devidamente publicado. Conforme art. 110, parágrafo único: “o prazo de prescrição será contado da data da publicação do ato impugnado ou da data da ciência pelo interessado, quando o ato não for publicado”. GABARITO: Letra A 10) (FCC - 2011 - TRE-RN - Analista Judiciário - Área Administrativa) No que concerne às penas disciplinares, é correto afirmar: a) As penalidades de advertência e de suspensão terão seus registros cancelados após o decurso de três e cinco anos de efetivo exercício, respectivamente, se o servidor não houver, nesse período, praticado nova infração disciplinar. b) Será aplicada a sanção de advertência ao servidor que utilizar pessoal ou recursos materiais da repartição em serviços ou atividades particulares. c) A suspensão será aplicada em caso de reincidência das faltas punidas com advertência e de violação das demais proibições que não tipifiquem infração sujeita à penalidade de demissão, não podendo exceder sessenta dias. d) Será punido com suspensão de até vinte dias o servidor que, injustificadamente, recusar-se a ser submetido a inspeção médica determinada pela autoridade competente, cessando os efeitos da penalidade uma vez cumprida a determinação.

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e) A destituição de cargo em comissão exercido por não ocupante de cargo efetivo será aplicada nos casos de infrações sujeitas apenas à penalidade de demissão.

COMENTÁRIOS - Assertiva a: As penalidades de advertência e de suspensão terão seus registros cancelados após o decurso de três e cinco anos de efetivo exercício, respectivamente, se o servidor não houver, nesse período, praticado nova infração disciplinar. Conforme art. 131, “as penalidades de advertência e de suspensão terão seus registros cancelados, após o decurso de 3 (três) e 5 (cinco) anos de efetivo exercício, respectivamente, se o servidor não houver, nesse período, praticado nova infração disciplinar”. - Assertiva b: Será aplicada a sanção de advertência ao servidor que utilizar pessoal ou recursos materiais da repartição em serviços ou atividades particulares. De acordo com o art. 117, ao servidor é proibido: (...) XVI - utilizar pessoal ou recursos materiais da repartição em serviços ou atividades particulares. Já o art. 132 prevê a pena de demissão nos seguintes casos: (...)XIII - transgressão dos incisos IX a XVI do art. 117. - Assertiva c: A suspensão será aplicada em caso de reincidência das faltas punidas com advertência e de violação das demais proibições que não tipifiquem infração sujeita à penalidade de demissão, não podendo exceder sessenta dias. Veja o que diz o art. 130: “a suspensão será aplicada em caso de reincidência das faltas punidas com advertência e de violação das demais proibições que não tipifiquem infração sujeita a penalidade de demissão, não podendo exceder de 90 (noventa) dias”. - Assertiva d: Será punido com suspensão de até vinte dias o servidor que, injustificadamente, recusar-se a ser submetido a inspeção médica determinada pela autoridade competente, cessando os efeitos da penalidade uma vez cumprida a determinação.

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Conforme art. 130, §1º, “será punido com suspensão de até 15 (quinze) dias o servidor que, injustificadamente, recusar-se a ser submetido a inspeção médica determinada pela autoridade competente, cessando os efeitos da penalidade uma vez cumprida a determinação”. - Assertiva e: A destituição de cargo em comissão exercido por não ocupante de cargo efetivo será aplicada nos casos de infrações sujeitas apenas à penalidade de demissão. GABARITO: Letra A

11) (FCC - 2011 - TRT - 1ª REGIÃO (RJ) - Técnico Judiciário – Segurança) José, ex-técnico judiciário do TRT, foi demitido do serviço público por ter praticado corrupção. Já Maria, também ex- técnica judiciária do TRT, foi demitida por ter atuado, como intermediária, junto a repartições públicas, fora das hipóteses permitidas em lei. De acordo com a Lei no 8.112/1990, a) José não poderá retornar ao serviço público federal e Maria fica incompatibilizada para nova investidura em cargo público federal pelo prazo de cinco anos. b) José e Maria jamais poderão retornar ao serviço público federal. c) José e Maria ficam incompatibilizados para nova investidura em cargos públicos federais pelos prazos, respectivamente, de dez e cinco anos. d) as demissões, pelos motivos narrados, não incompatibilizam José e Maria para nova investidura em cargos públicos federais, podendo retornar ao serviço público imediatamente. e) Maria não poderá retornar ao serviço público fede-ral e José fica incompatibilizado para nova investidura em cargo público federal, pelo prazo de dois anos.

COMENTÁRIOS Conforme art. 137: “a demissão ou a destituição de cargo em comissão, por infringência do art. 117, incisos IX e XI, incompatibiliza o ex-servidor para nova investidura em cargo público federal, pelo prazo de 5 (cinco) anos”. Por sua vez, o art. 117, inciso IX prevê como proibição “valer-se do cargo para lograr proveito pessoal ou de outrem, em detrimento da dignidade da função pública” e o inciso XI “atuar, como procurador ou intermediário, junto a repartições públicas, salvo quando se tratar de benefícios previdenciários ou assistenciais de parentes até o segundo grau, e de cônjuge ou companheiro”.

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Maria enquadra-se nessa última situação, o que a incompatibiliza para cargo público durante 5 anos. Já o parágrafo único do art. 137 prevê: “não poderá retornar ao serviço público federal o servidor que for demitido ou destituído do cargo em comissão por infringência do art. 132, incisos I, IV, VIII, X e XI”. Referidos incisos prevêem as seguintes infrações: I - crime contra a administração pública; IV - improbidade administrativa; VIII - aplicação irregular de dinheiros públicos; X - lesão aos cofres públicos e dilapidação do patrimônio nacional; e XI – corrupção. José, por ter praticado corrupção, enquadra-se na hipótese prevista no art. 137, caput. GABARITO: LETRA A 12) (FCC - 2011 - TRE-AP – Analista Judiciário - Área Judiciária) De acordo com a Lei no 8.112/90, em regra, João, servidor público civil efetivo, que nunca praticou qualquer infração administrativa, terá a penalidade de advertência escrita aplicada se a) praticar usura sob qualquer de suas formas. b) utilizar pessoal ou recursos materiais da repartição em serviços ou atividades particulares. c) manter sob sua chefia imediata, em cargo ou função de confiança, cônjuge, companheiro ou parente até o segundo grau civil. d) receber propina, comissão, presente ou vantagem de qualquer espécie, em razão de suas atribuições. e) proceder de forma desidiosa.

COMENTÁRIOS A) praticar usura sob qualquer de suas formas. (demissão) B) utilizar pessoal ou recursos materiais da repartição em serviços ou atividades particulares. (demissão) C) manter sob sua chefia imediata, em cargo ou função de confiança, cônjuge, companheiro ou parente até o segundo grau civil. (advertência) D) receber propina, comissão, presente ou vantagem de qualquer espécie, em razão de suas atribuições. (demissão) E) proceder de forma desidiosa. (demissão)

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GABARITO: letra C 13) (FCC - 2011 - TRE-RN - Técnico Judiciário - Área Administrativa) A responsabilidade do servidor público civil a) resulta de ato apenas comissivo, praticado no desempenho de cargo ou função. b) somente será afastada no caso de absolvição criminal que negue a existência do fato. c) de reparar o dano não se estende aos sucessores do servidor público. d) decorre de ato omissivo ou comissivo, doloso ou culposo, que resulte em prejuízo ao erário ou a terceiros. e) implicará na aplicação de sanção administrativa, que não poderá cumular-se com demais sanções de natureza penal ou civil, sob pena de caracterizar bis in idem.

COMENTÁRIOS - Assertiva a: resulta de ato apenas comissivo, praticado no desempenho de cargo ou função. Conforme art. 122, “a responsabilidade civil decorre de ato omissivo ou comissivo, doloso ou culposo, que resulte em prejuízo ao erário ou a terceiros”. - Assertiva b: somente será afastada no caso de absolvição criminal que negue a existência do fato. De acordo com o art. 126, “a responsabilidade administrativa do servidor será afastada no caso de absolvição criminal que negue a existência do fato ou sua autoria”. - Assertiva c: de reparar o dano não se estende aos sucessores do servidor público. Art. 122, §3º: “a obrigação de reparar o dano estende-se aos sucessores e contra eles será executada, até o limite do valor da herança recebida”. - Assertiva d: decorre de ato omissivo ou comissivo, doloso ou culposo, que resulte em prejuízo ao erário ou a terceiros.

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Conforme art. 122, “a responsabilidade civil decorre de ato omissivo ou comissivo, doloso ou culposo, que resulte em prejuízo ao erário ou a terceiros”. - Assertiva e: implicará na aplicação de sanção administrativa, que não poderá cumular-se com demais sanções de natureza penal ou civil, sob pena de caracterizar bis in idem. De acordo com o art. 125, “as sanções civis, penais e administrativas poderão cumular-se, sendo independentes entre si”. GABARITO: Letra D 14) (FCC - 2011 - TRT - 19ª Região (AL) - Analista Judiciário - Tecnologia da Informação) Analise as seguintes assertivas concernentes às responsabilidades dos servidores públicos: I. A responsabilidade administrativa do servidor será obrigatoriamente afastada no caso de absolvição criminal que entenda pela inexistência de prova suficiente para a condenação. II. Tratando-se de dano causado a terceiros, responderá o servidor perante a Fazenda Pública, em ação regressiva. III. A responsabilidade civil decorre de ato apenas comissivo e doloso, do qual resulte em prejuízo. Está correto o que consta em a) I, II e III. b) I e II, apenas. c) II, apenas. d) III, apenas. e) I e III, apenas.

COMENTÁRIOS I. A responsabilidade administrativa do servidor será obrigatoriamente afastada no caso de absolvição criminal que entenda pela inexistência de prova suficiente para a condenação. De acordo com o art. 126, “a responsabilidade administrativa do servidor será afastada no caso de absolvição criminal que negue a existência do fato ou sua autoria”. II. Tratando-se de dano causado a terceiros, responderá o servidor perante a Fazenda Pública, em ação regressiva.

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De acordo com o art. 121, §2º, “tratando-se de dano causado a terceiros, responderá o servidor perante a Fazenda Pública, em ação regressiva”. III. A responsabilidade civil decorre de ato apenas comissivo e doloso, do qual resulte em prejuízo. Conforme art. 122, “a responsabilidade civil decorre de ato omissivo ou comissivo, doloso ou culposo, que resulte em prejuízo ao erário ou a terceiros”. GABARITO: Letra C (apenas II correta) 15) (FCC - 2011 - TRT - 20ª REGIÃO (SE) - Técnico Judiciário - Área Administrativa) Detectada a qualquer tempo a acumulação ilegal de cargos, empregos ou funções públicas, a autoridade notificará o servidor para apresentar opção, e, na hipótese de omissão, adotará procedimento sumário para a sua apuração e regularização imediata, cujo processo administrativo disciplinar se desenvolverá de acordo com a Lei no 8.112/1990 que dispõe sobre o Regime Jurídico dos Servidores Públicos Civis da União, das autarquias e das fundações públicas federais. Desta forma, podemos afirmar que a) o prazo para a conclusão do processo administrativo disciplinar submetido ao rito sumário não excederá trinta dias, admitida sua prorrogação por igual período, quando as circunstâncias o exigirem. b) a primeira fase do processo administrativo disciplinar corresponde à instauração, com a publicação do ato que constituir a comissão, a ser composta por cinco servidores estáveis. c) o prazo para o servidor apresentar a opção é improrrogável. d) o prazo para o servidor apresentar a opção é de quinze dias. e) a opção pelo servidor até o último dia de prazo para defesa configurará sua boa-fé, hipótese em que se converterá automaticamente em demissão do outro cargo.

COMENTÁRIOS - Assertiva a: o prazo para a conclusão do processo administrativo disciplinar submetido ao rito sumário não excederá trinta dias, admitida sua prorrogação por igual período, quando as circunstâncias o exigirem. Conforme art. 133, §7º, “o prazo para a conclusão do processo administrativo disciplinar submetido ao rito sumário não excederá trinta dias, contados da data de publicação do ato que constituir a comissão, admitida a sua prorrogação por até quinze dias, quando as circunstâncias o exigirem”.

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- Assertiva b: a primeira fase do processo administrativo disciplinar corresponde à instauração, com a publicação do ato que constituir a comissão, a ser composta por cinco servidores estáveis. De acordo com o art. 133, I: “instauração, com a publicação do ato que constituir a comissão, a ser composta por dois servidores estáveis, e simultaneamente indicar a autoria e a materialidade da transgressão objeto da apuração”. - Assertiva c: o prazo para o servidor apresentar a opção é improrrogável. Conforme art. 133: “detectada a qualquer tempo a acumulação ilegal de cargos, empregos ou funções públicas, a autoridade a que se refere o art. 143 notificará o servidor, por intermédio de sua chefia imediata, para apresentar opção no prazo improrrogável de dez dias, contados da data da ciência e, na hipótese de omissão, adotará procedimento sumário para a sua apuração e regularização imediata, cujo processo administrativo disciplinar se desenvolverá nas seguintes fases (...)”. - Assertiva d: o prazo para o servidor apresentar a opção é de quinze dias. De acordo com o art. 133 acima reproduzido, o prazo é de 10 dias. - Assertiva e: a opção pelo servidor até o último dia de prazo para defesa configurará sua boa-fé, hipótese em que se converterá automaticamente em demissão do outro cargo. Nos termos do art. 133, §5º: “a opção pelo servidor até o último dia de prazo para defesa configurará sua boa-fé, hipótese em que se converterá automaticamente em pedido de exoneração do outro cargo”. GABARITO: Letra C - Assertiva e: quando o relatório da Comissão contrariar as provas dos autos, a autoridade julgadora poderá, motivadamente, abrandar a penalidade proposta ou isentar o servidor de responsabilidade, não podendo, todavia, agravar a pena.

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Conforme art. 168, “o julgamento acatará o relatório da comissão, salvo quando contrário às provas dos autos. Parágrafo único. Quando o relatório da comissão contrariar as provas dos autos, a autoridade julgadora poderá, motivadamente, agravar a penalidade proposta, abrandá-la ou isentar o servidor de responsabilidade”. GABARITO: letra B

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OUTRAS QUESTÕES DE CONCURSOS

01. (TRE-MG/TÉCNICO JUDICIÁRIO/CESPE/2009) Acerca das concessões a que os servidores públicos fazem jus, assinale a opção correta. a) Servidor público não pode ausentar-se do serviço em razão de falecimento da própria madrasta. b) O servidor pode ausentar-se do serviço, sem qualquer prejuízo, por até dois dias consecutivos em razão de casamento. c) O servidor pode ausentar-se do serviço, sem qualquer prejuízo, por, no máximo, um dia para se alistar como eleitor. d) Deve ser concedido horário especial ao servidor estudante, quando comprovada a incompatibilidade entre o horário escolar e o da repartição em que trabalha, sem prejuízo do exercício de seu cargo. e) O servidor pode ausentar-se do serviço, sem qualquer prejuízo, por, no máximo, dois dias consecutivos em razão de falecimento de irmãos. 02. (TST/ANALISTA/2008/CESPE) Considere que Carlos seja servidor público ocupante de cargo comissionado em um tribunal regional do trabalho (TRT). Carlos não pode acumular remuneradamente esse cargo público com outro cargo comissionado na administração pública federal. 03. (CESPE - 2010 - ABIN - OFICIAL TÉCNICO DE INTELIGÊNCIA - ÁREA DE DIREITO) Afasta-se a responsabilidade penal do servidor público que pratique fato previsto, na legislação, como contravenção penal, dada a baixa lesividade da conduta, subsistindo a responsabilidade civil e administrativa. 04. (BACEN/PROCURADOR/2009/CESPE) O funcionário que, demitido administrativamente do serviço público por ter praticado infração também capitulada como crime, seja absolvido do crime por insuficiência de provas, deverá ser reintegrado no cargo efetivo. 05. (AUGEM/AUDITOR/2008/CESPE) Se o servidor cometer infração que é, ao mesmo tempo, definida em lei como ilícito penal e ilícito administrativo, e o juiz absolver o servidor por insuficiência de provas, então ele não poderá ser punido na esfera administrativa. 06. (TJSE/MAGISTRATURA/2008/CESPE) A absolvição criminal só afastará a persecução no âmbito da administração no caso de a) ficar provada na ação penal a inexistência do fato ou a negativa de autoria. b) insuficiência de provas para demonstração da participação do servidor no ilícito. c) ocorrer prescrição da pretensão punitiva.

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d) ocorrer prescrição da pretensão executória. e) o Ministério Público propor a suspensão do processo no rito do juizado especial criminal. 07. (CESPE/2011/TRE-ES/TÉCNICO JUDICIÁRIO) Se determinado servidor, por ato cometido no exercício da função, for absolvido criminalmente por falta de provas, ele não poderá ser responsabilizado administrativamente pelo mesmo fato. 08. (BACEN/PROCURADOR/2009/CESPE) Na aplicação das penalidades, serão consideradas a natureza e a gravidade da infração cometida, os danos que dela provierem para o serviço público, as circunstâncias agravantes ou atenuantes e os antecedentes funcionais, sendo que as penalidades de advertência e de suspensão terão seus registros cancelados, após o decurso de três e cinco anos de efetivo exercício, respectivamente, se o servidor não houver, nesse período, praticado nova infração disciplinar. 09. (CESPE - 2011 - MMA - Analista Ambiental – I) Os deveres dos servidores públicos civis federais incluem a observância das normas legais e regulamentares, o cumprimento incondicional das ordens superiores e o exercício, com zelo e dedicação, das atribuições do cargo. 10. (CESPE/2011/IFB/PROFESSOR/DIREITO) A obrigação de reparar dano causado por servidor público ao erário estende-se aos sucessores, e contra eles será executada, até o limite do valor da herança recebida. 11. (CESPE/2011/TRF - 5ª REGIÃO/JUIZ) Jorge, servidor público federal, acusou sua colega de trabalho, Lúcia, também servidora pública federal, de ter-lhe atirado, enfurecida, durante o expediente de serviço e dentro do local de trabalho, o telefone celular a ele pertencente, o que lhe teria provocado lesão grave e a destruição do aparelho. Em sua defesa, Lúcia alegou que, no dia da mencionada agressão, não comparecera ao local de trabalho. Com base nessa situação hipotética e na Lei n. o 8.112/1990, que dispõe sobre os deveres e obrigações do servidor público, assinale a opção correta com relação à responsabilização administrativa, civil e criminal da referida servidora. a) A responsabilidade civil-administrativa não resulta de ato omissivo praticado por servidor no desempenho do cargo ou função. b) A existência de sanção penal contra Lúcia inibe a aplicação de sanção administrativa, e vice-versa. c) O prejuízo decorrente da destruição do aparelho de telefone celular de Jorge enseja a responsabilização administrativa de Lúcia. d) Caso ocorra a absolvição criminal de Lúcia, em razão de ela comprovar que não compareceu ao trabalho no dia em que Jorge sofreu a agressão, não caberá aplicação de sanção administrativa contra a servidora.

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e) A responsabilidade penal em geral não abrange as contravenções imputadas ao servidor, nessa qualidade. 12. (CESPE/2011/FUB - ANALISTA DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO) A conversão da penalidade de suspensão em multa, na base de 50% por dia de vencimento ou remuneração, poderá ocorrer na hipótese de o servidor permanecer obrigatoriamente na repartição e quando houver conveniência para a prestação do serviço. 13. (CESPE/2011/STM/TÉCNICO JUDICIÁRIO/SEGURANÇA) Aplica-se suspensão em caso de reincidência de falta punida com advertência e de violação de proibição que não tipifique infração sujeita à penalidade de demissão, não podendo a suspensão exceder a noventa dias. 14. (CESPE/2011/FUB/CARGOS DE NÍVEL MÉDIO) Na hipótese de o servidor público praticar nepotismo sob sua chefia imediata, a penalidade atribuída pelo regime jurídico dos servidores federais, via de regra, é a suspensão pelo prazo de trinta dias. 15. (CESPE/2010/TRE-BA/Técnico Judiciário/Programação de Sistemas) O servidor público é proibido de ausentar-se do serviço sem prévia autorização do chefe imediato. 16. (BACEN/PROCURADOR/2009/CESPE) Como medida cautelar e a fim de que o servidor acusado não venha a influir na apuração da irregularidade, a autoridade instauradora do PAD poderá determinar o seu afastamento do exercício do cargo, pelo prazo de até sessenta dias, com prejuízo da remuneração. 17. (TCU/AUDITOR/2007/CESPE) Nos termos da lei federal que dispõe sobre o regime jurídico dos servidores públicos civis da União, a apuração da responsabilidade do servidor pela infração praticada no exercício de suas atribuições deve ser feita por meio de processo disciplinar em que sejam garantidos ao servidor o contraditório e a ampla defesa. O processo deve ser conduzido por uma comissão composta de três servidores estáveis designados pela autoridade competente, entre eles, o presidente da comissão, que deverá ser ocupante de cargo efetivo superior ou de mesmo nível, ou ter nível de escolaridade igual ou superior ao do indiciado. O prazo para conclusão do processo não deve exceder sessenta dias, admitida a sua prorrogação por igual prazo. 18. (TRE/MT/Analista/2010/CESPE) Instaurado o processo administrativo disciplinar, o servidor acusado pode ser afastado preventivamente por determinação da autoridade instauradora, por até quarenta dias após o término do processo e sem remuneração.

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19. (TRE/BA/Analista/2010/CESPE) O rito sumário do processo administrativo disciplinar aplica-se apenas à apuração das irregularidades de acumulação ilícita de cargos públicos, abandono de cargo e inassiduidade habitual. Gabarito: 01) D, 02) correta, 03) errada, 04) errada, 05) errada, 06) A, 07) errada, 08) correta, 09) errada, 10) correta, 11) D, 12) correta, 13) correta, 14) errada, 15) correta, 16) errada, 17) correta, 18) errada, 19) correta, Gabarito comentado: 01. Letra D a) Servidor público não pode ausentar-se do serviço em razão de falecimento da própria madrasta. (art. 97, III, b: falecimento do cônjuge, companheiro, pais, madrasta, padrasto, filhos, enteados, menor sob guarda ou tutela e irmãos) b) O servidor pode ausentar-se do serviço, sem qualquer prejuízo, por até dois dias consecutivos em razão de casamento. (por 8 dias consecutivos, conforme art. 97, III, a) c) O servidor pode ausentar-se do serviço, sem qualquer prejuízo, por, no máximo, um dia para se alistar como eleitor. (por dois dias para alistamento como eleitor, conforme art. 97, II) d) Deve ser concedido horário especial ao servidor estudante, quando comprovada a incompatibilidade entre o horário escolar e o da repartição em que trabalha, sem prejuízo do exercício de seu cargo. (art. 98, caput) e) O servidor pode ausentar-se do serviço, sem qualquer prejuízo, por, no máximo, dois dias consecutivos em razão de falecimento de irmãos. (por oito dias consecutivos – art. 97, III, b) 02. Correta Nos termos do art. 119, o servidor não poderá exercer mais de um cargo em comissão, exceto no caso previsto no parágrafo único do art. 9º (interino). 03. Errada A responsabilidade penal do servidor público abrange crimes e contravenções. 04. Errada O funcionário que, demitido administrativamente do serviço público por ter praticado infração também capitulada como crime, seja absolvido do crime por insuficiência de provas, deverá ser reintegrado no cargo efetivo. (a absolvição criminal por insuficiência de provas não necessariamente influenciará na esfera administrativa, motivo pelo qual não se pode afirmar que o servidor será reintegrado no cargo efetivo) 05. Errada Se o servidor cometer infração que é, ao mesmo tempo, definida em lei como ilícito penal e ilícito administrativo, e o juiz absolver o servidor por insuficiência de provas, então ele não poderá ser punido na esfera administrativa. (idem questão anterior) 06. Letra a: ficar provada na ação penal a inexistência do fato ou a negativa de autoria. Lembrando que absolvição por insuficência de provas, conforme visto nas duas questões anteriores, não necessariamente interferirá na esfera administrativa.

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07. Errada Se determinado servidor, por ato cometido no exercício da função, for absolvido criminalmente por falta de provas, ele não poderá ser responsabilizado administrativamente pelo mesmo fato. (mais uma vez o CESPE insista na insuficiência de provas na esfera penal) 08. Correta Combinação dos arts. 128 e 131 da Lei 8.112/90. 09. Errada Os deveres dos servidores públicos civis federais incluem a observância das normas legais e regulamentares, o cumprimento incondicional das ordens superiores e o exercício, com zelo e dedicação, das atribuições do cargo. (o servidor deve cumprir as ordens manifestamente legais, ou seja, em contrapartida, tem o dever de não cumprir as ordens ilegais) 10. Correta A assertiva reproduz o conteúdo do art. 122, §3º. 11. Letra D a) A responsabilidade civil-administrativa não resulta de ato omissivo praticado por servidor no desempenho do cargo ou função. (resulta tanto de ato comissivo ou de omissivo, doloso ou culposo, conforme art. 122) b) A existência de sanção penal contra Lúcia inibe a aplicação de sanção administrativa, e vice-versa. (de acordo com o art. 125, as sanções civis, penais e administrativas poderão cumular-se, sendo independentes entre si) c) O prejuízo decorrente da destruição do aparelho de telefone celular de Jorge enseja a responsabilização administrativa de Lúcia. (responsabilidade civil, que decorre de atos omissivos ou omissivos, dolosos ou culposos, que resultes me prejuízo ao erário ou a terceiros) d) Caso ocorra a absolvição criminal de Lúcia, em razão de ela comprovar que não compareceu ao trabalho no dia em que Jorge sofreu a agressão, não caberá aplicação de sanção administrativa contra a servidora. (a responsabilidade administrativa do servidor será afastada no caso de absolvição criminal que negue a existência do fato ou sua autoria – art. 126) e) A responsabilidade penal em geral não abrange as contravenções imputadas ao servidor, nessa qualidade. (abrange os crimes e contravenções – art. 123) 12. Correta A conversão da penalidade de suspensão em multa, na base de 50% por dia de vencimento ou remuneração, poderá ocorrer na hipótese de o servidor permanecer obrigatoriamente na repartição e quando houver conveniência para a prestação do serviço. (a assertiva é praticamente a redação do art. 130, §2º) 13. Correta Aplica-se suspensão em caso de reincidência de falta punida com advertência e de violação de proibição que não tipifique infração sujeita à penalidade de demissão, não podendo a suspensão exceder a noventa dias. (é o que dispõe o art. 130, caput) 14. Errada Na hipótese de o servidor público praticar nepotismo sob sua chefia imediata, a penalidade atribuída pelo regime jurídico dos servidores federais, via de regra, é a suspensão pelo prazo de trinta dias. (o nepotismo está proibido no art. 117, VIII - manter sob sua chefia imediata, em cargo ou função de confiança, cônjuge, companheiro ou parente até o segundo grau civil. Não podemos esquecer que a súmula vinculante do STF nº 13 refere-se a parente até o 3º

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grau. Conforme art. 129, referida prática dará ensejo à pena de advertência), 15. Correta O servidor público é proibido de ausentar-se do serviço sem prévia autorização do chefe imediato. (conforme art, 117, I – ausentar-se do serviço durante o expediente sem prévia autorização do chefe imediato) 16. Errada, Como medida cautelar e a fim de que o servidor acusado não venha a influir na apuração da irregularidade, a autoridade instauradora do PAD poderá determinar o seu afastamento do exercício do cargo, pelo prazo de até sessenta dias, com prejuízo da remuneração. (art. 147) 17. Correta, de acordo com art. 143 c/c 149 e 152. 18. Errada, pois são 60 dias, prorrogáveis por igual período, com remuneração (art. 147) 19. Correta, conforme art. 133, II, c/c art. 140. Data Nº questões Acertos % acerto Data Nº questões Acertos % acerto

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QUESTÕES COMENTADAS NESSA AULA 01) (FGV - 2010 - OAB - Exame de Ordem Unificado - 3 - Primeira Fase) Determinado servidor público foi acusado de ter recebido vantagens indevidas valendo-se de seu cargo público, sendo denunciado à justiça criminal e instaurado, no âmbito administrativo, processo administrativo disciplinar por ter infringindo seu estatuto funcional pela mesma conduta. Ocorre que o servidor foi absolvido pelo Poder Judiciário em razão de ter ficado provada a inexistência do ato ilícito que lhe fora atribuído. Nessa situação, é correto afirmar que a) a decisão absolutória não influirá na decisão administrativa do processo administrativo disciplinar, por serem independentes. b) haverá repercussão no âmbito do processo administrativo disciplinar, não podendo a administração pública punir o servidor pelo fato decidido na esfera penal. c) em nenhuma hipótese a decisão penal surtirá efeito na esfera administrativa, mesmo que a conduta praticada pelo servidor seja prevista como ilícito penal e ilícito administrativo. d) a punição na instância administrativa nunca poderá ser anulada, caso tenha sido aplicada. 02) (FGV - 2011 - TRE-PA - Analista Judiciário) O servidor público federal é sujeito à disciplina legal diferenciada dos trabalhadores da iniciativa privada. O regime disciplinar do servidor público federal determina que a) a advertência será aplicada por escrito no caso de o servidor aceitar comissão, emprego ou pensão de Estado estrangeiro. b) a demissão será aplicada nos casos de falta injustificada por mais de trinta dias interpolados, acumulação ilegal de cargos, empregos ou funções públicas, corrupção e improbidade administrativa, entre outros. c) a demissão ou a destituição de cargo em comissão em virtude de corrupção implica a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário. d) a punição para o servidor que injustificadamente se recusar a ser submetido à inspeção médica determinada por autoridade competente é a suspensão por trinta dias, que pode ser convertida em multa. e) a responsabilidade administrativa do servidor não será afastada no caso de absolvição criminal. 03) (FGV - 2009 - MEC - Analista de Sistemas – Especialista) Assinale a opção que apresenta com exatidão as penalidades disciplinares previstas na Lei 8.112/90 a que está sujeito o servidor: a) advertência; suspensão; demissão; cassação de aposentadoria ou disponibilidade; destituição de cargo em comissão; destituição de função comissionada; prisão domiciliar.

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b) advertência; suspensão; demissão; cassação de aposentadoria ou disponibilidade; destituição de cargo em comissão; destituição de função comissionada. c) advertência; suspensão; demissão; destituição de cargo em comissão; destituição de função comissionada. d) advertência; admoestação verbal pública perante os funcionários da repartição; suspensão; demissão; cassação de aposentadoria ou disponibilidade; destituição de cargo em comissão; destituição de função comissionada. e) advertência; suspensão; demissão; cassação de aposentadoria ou disponibilidade; destituição de cargo em comissão; destituição de função comissionada; diminuição dos vencimentos básicos. 04) (FGV - 2009 - MEC - Analista de Sistemas – Especialista) Não será aplicada a pena de demissão do servidor público, de acordo com as previsões da Lei 8.112/90, na seguinte hipótese: a) crime contra a administração pública. b) abandono de cargo. c) inassiduidade habitual. d) insubordinação grave em serviço. e) não atingimento das metas estabelecidas pelo superior hierárquico 05) (FCC - 2011 - TRT - 14ª Região (RO e AC) - Técnico Judiciário - Área Administrativa) De acordo com a Lei no 8.112/90, que dispõe sobre o Regimento Jurídico dos servidores públicos civis da União, das autarquias e das Fundações Públicas Federais, a ausência intencional do servidor ao serviço por mais de trinta dias consecutivos acarretará a penalidade de a) suspensão de até 30 dias. b) demissão. c) advertência. d) censura. e) repreensão. 06) (FCC - 2011 - TRF - 1ª REGIÃO - Analista Judiciário - Área Judiciária) José, servidor público federal, responde a processo administrativo por ter faltado ao serviço, sem causa justificada, por sessenta dias, interpoladamente, durante o período de doze meses. Conforme preceitua a Lei nº 8.112/1990, estará sujeito à pena de a) demissão. b) suspensão pelo prazo máximo de noventa dias. c) advertência. d) disponibilidade. e) multa.

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07) (FCC - 2011 - TRT - 4ª REGIÃO (RS) - Técnico Judiciário - Tecnologia da Informação) Paulo, ao exercer o direito de petição deve saber que, a) o prazo da prescrição será sempre contado da data do fato ou do ato impugnado, independentemente de publicação, por ser de ordem pública. b) para o exercício desse direito é assegurada vista do processo em qualquer local, desde que ao servidor pessoalmente. c) o pedido de reconsideração e o recurso, em qualquer situação, por terem efeito suspensivo não interrompem a prescrição. d) o recurso, salvo a revisão, será cabível nas hipóteses de indeferimento ou deferimento do pedido de reconsideração. e) caberá recurso das decisões sobre os recursos sucessivamente interpostos. 08) (FCC - 2011 - TRT - 1ª REGIÃO (RJ) - Analista Judiciário – Psicologia) João, servidor público federal, aliciou seus subordinados no sentido de se filiarem a determinado partido político. Cumpre salientar que tal conduta foi praticada uma única vez. O fato narrado a) está previsto como proibição ao servidor público federal, e, uma vez praticada, sujeita-o à penalidade de demissão. b) não está previsto em lei como uma das proibições dirigidas aos servidores públicos civis da União, das autarquias e das fundações públicas federais. c) ensejará a aplicação da penalidade de advertência. d) ensejará penalidade disciplinar, a qual terá seu registro cancelado, após o decurso de dois anos de efetivo exercício, se João não houver, nesse período, praticado nova infração disciplinar. e) ensejará a aplicação da penalidade de suspensão, que poderá ser convertida em multa, na base de cinquenta por cento por dia de vencimento ou remuneração, ficando o servidor obrigado a permanecer em serviço. 09) (FCC - 2011 - TRT - 14ª Região (RO e AC) - Analista Judiciário - Execução de Mandados) De acordo com a Lei no 8.112/90, que dispõe sobre o regime jurídico dos servidores públicos civis da União, das autarquias e das fundações públicas federais, sobre a prescrição quanto ao direito de petição, é correto afirmar: a) Por ser de ordem pública, a prescrição não pode ser relevada pela Administração. b) O pedido de reconsideração e o recurso, mesmo quando cabíveis, não interrompem a prescrição. c) O direito de requerer prescreve em dez anos quanto ao ato de cassação de aposentadoria. d) O direito de requerer prescreve em dois anos quanto aos atos que afetem interesse patrimonial e créditos resultantes das relações de trabalho. e) O prazo de prescrição será contado da data da ciência pelo interessado, ainda que o ato tenha sido devidamente publicado.

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10) (FCC - 2011 - TRE-RN - Analista Judiciário - Área Administrativa) No que concerne às penas disciplinares, é correto afirmar: a) As penalidades de advertência e de suspensão terão seus registros cancelados após o decurso de três e cinco anos de efetivo exercício, respectivamente, se o servidor não houver, nesse período, praticado nova infração disciplinar. b) Será aplicada a sanção de advertência ao servidor que utilizar pessoal ou recursos materiais da repartição em serviços ou atividades particulares. c) A suspensão será aplicada em caso de reincidência das faltas punidas com advertência e de violação das demais proibições que não tipifiquem infração sujeita à penalidade de demissão, não podendo exceder sessenta dias. d) Será punido com suspensão de até vinte dias o servidor que, injustificadamente, recusar-se a ser submetido a inspeção médica determinada pela autoridade competente, cessando os efeitos da penalidade uma vez cumprida a determinação. e) A destituição de cargo em comissão exercido por não ocupante de cargo efetivo será aplicada nos casos de infrações sujeitas apenas à penalidade de demissão. 11) (FCC - 2011 - TRT - 1ª REGIÃO (RJ) - Técnico Judiciário – Segurança) José, ex-técnico judiciário do TRT, foi demitido do serviço público por ter praticado corrupção. Já Maria, também ex- técnica judiciária do TRT, foi demitida por ter atuado, como intermediária, junto a repartições públicas, fora das hipóteses permitidas em lei. De acordo com a Lei no 8.112/1990, a) José não poderá retornar ao serviço público federal e Maria fica incompatibilizada para nova investidura em cargo público federal pelo prazo de cinco anos. b) José e Maria jamais poderão retornar ao serviço público federal. c) José e Maria ficam incompatibilizados para nova investidura em cargos públicos federais pelos prazos, respectivamente, de dez e cinco anos. d) as demissões, pelos motivos narrados, não incompatibilizam José e Maria para nova investidura em cargos públicos federais, podendo retornar ao serviço público imediatamente. e) Maria não poderá retornar ao serviço público fede-ral e José fica incompatibilizado para nova investidura em cargo público federal, pelo prazo de dois anos. 12) (FCC - 2011 - TRE-AP – Analista Judiciário - Área Judiciária) De acordo com a Lei no 8.112/90, em regra, João, servidor público civil efetivo, que nunca praticou qualquer infração administrativa, terá a penalidade de advertência escrita aplicada se a) praticar usura sob qualquer de suas formas. b) utilizar pessoal ou recursos materiais da repartição em serviços ou atividades particulares.

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c) manter sob sua chefia imediata, em cargo ou função de confiança, cônjuge, companheiro ou parente até o segundo grau civil. d) receber propina, comissão, presente ou vantagem de qualquer espécie, em razão de suas atribuições. e) proceder de forma desidiosa. 13) (FCC - 2011 - TRE-RN - Técnico Judiciário - Área Administrativa) A responsabilidade do servidor público civil a) resulta de ato apenas comissivo, praticado no desempenho de cargo ou função. b) somente será afastada no caso de absolvição criminal que negue a existência do fato. c) de reparar o dano não se estende aos sucessores do servidor público. d) decorre de ato omissivo ou comissivo, doloso ou culposo, que resulte em prejuízo ao erário ou a terceiros. e) implicará na aplicação de sanção administrativa, que não poderá cumular-se com demais sanções de natureza penal ou civil, sob pena de caracterizar bis in idem. 14) (FCC - 2011 - TRT - 19ª Região (AL) - Analista Judiciário - Tecnologia da Informação) Analise as seguintes assertivas concernentes às responsabilidades dos servidores públicos: I. A responsabilidade administrativa do servidor será obrigatoriamente afastada no caso de absolvição criminal que entenda pela inexistência de prova suficiente para a condenação. II. Tratando-se de dano causado a terceiros, responderá o servidor perante a Fazenda Pública, em ação regressiva. III. A responsabilidade civil decorre de ato apenas comissivo e doloso, do qual resulte em prejuízo. Está correto o que consta em a) I, II e III. b) I e II, apenas. c) II, apenas. d) III, apenas. e) I e III, apenas. 15) (FCC - 2011 - TRT - 20ª REGIÃO (SE) - Técnico Judiciário - Área Administrativa) Detectada a qualquer tempo a acumulação ilegal de cargos, empregos ou funções públicas, a autoridade notificará o servidor para apresentar opção, e, na hipótese de omissão, adotará procedimento sumário para a sua apuração e regularização imediata, cujo processo administrativo disciplinar se desenvolverá de acordo com a Lei no 8.112/1990 que dispõe sobre o Regime Jurídico dos Servidores Públicos Civis da União, das autarquias e das fundações públicas federais. Desta forma, podemos afirmar que

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a) o prazo para a conclusão do processo administrativo disciplinar submetido ao rito sumário não excederá trinta dias, admitida sua prorrogação por igual período, quando as circunstâncias o exigirem. b) a primeira fase do processo administrativo disciplinar corresponde à instauração, com a publicação do ato que constituir a comissão, a ser composta por cinco servidores estáveis. c) o prazo para o servidor apresentar a opção é improrrogável. d) o prazo para o servidor apresentar a opção é de quinze dias. e) a opção pelo servidor até o último dia de prazo para defesa configurará sua boa-fé, hipótese em que se converterá automaticamente em demissão do outro cargo. Gabarito: 01) B, 02) C, 03) B, 04) E, 01) B, 02) A, 03) E, 04) C, 05) A, 06) A, 07) A, 08) C, 09) D, 10) C, 11) C.

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