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  • Noes de Informtica TJ/PR Teoria e Questes comentadas Prof. Alexandre Lnin Aula 8

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    AULA 8: Segurana da Informao.

    SUMRIO PGINA

    1. Segurana da Informao 03

    2. Criptografia e Certificao Digital. 33

    3. Backup 43

    4. Questes comentadas 48

    5. Lista das questes comentadas na aula 76

    6. Gabaritos 87

    Prezados amigos,

    O tempo passa muito rpido, no ? Parece que foi ontem que

    comeamos este curso. Hoje, estamos chegando ao final do curso. No foi

    fcil, mas foi gratificante. Tantos bons comentrios, sugestes, perguntas

    e elogios fazem a diferena.

    Minha principal dica a tranquilidade. muito mais fcil fazer

    uma boa prova quando estamos serenos. , fcil falar, sabemos. Mas

    possvel obter a calma por meio da segurana no que se fez (cada um fez

    o melhor que pde) e utilizando-se de treinamento. Treine, faa provas

    simuladas em casa, na biblioteca, em outros concursos. Mas faa toda a

    simulao. Prepare-se para o dia, cuide da alimentao, faa uso do

    mesmo mecanismo de transporte. Antes da prova, v ao local onde far a

    prova, no horrio marcado para verificar o trajeto, o local e o trnsito.

    Deixe uma margem de tempo no horrio de chegada! Isso certamente

    ajuda, pois a agonia de ter de chegar no horrio com algum imprevisto

    ocorrendo pode atrapalhar e muito a concentrao.

    Aprenda a fazer escolhas na hora da prova. Primeiro, escolha a

    disciplina que acredita ter domnio. No gaste tempo lamentando ou

    tentando resolver questes que no sabe ou que est com dvidas.

    Marque a questo para depois e siga em frente. O bom de comear pelo

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    que se sabe mais ganhar confiana acertando muitas questes logo no

    incio. Certamente a ansiedade diminui.

    Pausas! importante fazer pausas. No gaste todo o tempo

    fazendo a prova. importante dar um tempo, ir ao banheiro, comer

    alguma coisa. Sem viajar demais, claro. Uma pequena pausa para

    recompor. Como professores, sabemos que a ateno em uma aula

    presencial dura at 50 minutos. Depois, h uma tendncia natural de

    disperso. O crebro cansa e procura distrao. Por que no assumimos

    isto e fazemos uma pausa a cada hora? Uma balinha, doce ou chocolate

    (podem ser alimentos saudveis tambm, claro) j ajuda a descansar a

    mente! O tempo gasto ser pequeno e os benefcios podem ser grandes.

    No se preocupe demais nem exagere com alguns minutos gastos com

    descanso. Podem ser valiosos para acertar mais algumas questes.

    No perca muito tempo nas questes que so difceis ou que

    tenha dvidas. Concentre-se em marcar aquelas que sabe primeiro.

    melhor garantir logo o que sabe e depois voltar para aumentar a

    pontuao. Ficar preso em uma parte da prova pode obrig-lo a deixar

    questes que acertaria facilmente.

    No mais, o de sempre: boa alimentao, cuidar do sono, cuidar

    da famlia e da sade. Preparar para uma prova requer mais do que

    estudo, requer uma organizao de vida.

    O principal vem agora: CONFIANA e DEDICAO. No

    desista, voc conseguir.

    Valeu, pessoal!

    Prof. Lnin

    (facebook.com/alexandre.lenin.carneiro)

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    1. Conceitos de Proteo e Segurana da Informao.

    O que significa SEGURANA?

    colocar tranca nas portas de sua casa? ter as suas informaes

    guardadas de forma suficientemente segura para que pessoas sem

    autorizao no tenham acesso a elas? Vamos nos preparar para que a

    prxima vtima no seja voc !!!

    A segurana uma palavra que est presente em nosso cotidiano e

    refere-se a um estado de proteo, em que estamos livres de perigos e

    incertezas.

    A Tecnologia da informao s se torna uma ferramenta capaz de

    alavancar verdadeiramente os negcios, quando seu uso est vinculado s

    medidas de proteo dos dados corporativos, para assegurar a

    sobrevivncia da empresa e a continuidade dos negcios da organizao.

    Segurana da informao o processo de proteger a informao

    de diversos tipos de ameaas externas e internas para garantir a

    continuidade dos negcios, minimizar os danos aos negcios e

    maximizar o retorno dos investimentos e as oportunidades de

    negcio.

    Solues pontuais isoladas no resolvem toda a problemtica associada

    segurana da informao. Segurana se faz em pedaos, porm todos eles

    integrados, como se fossem uma corrente.

    Isso reafirma o ditado popular, muito citado pelos especialistas em

    segurana, que diz que nenhuma corrente mais forte do que o seu elo

    mais fraco. De nada adianta uma corrente ser a mais resistente de todas

    se existe um elo que fraco. claro que a resistncia da corrente ser a

    resistncia do elo mais fraco e no dos demais. Se a corrente passar por

    um teste de esforo, certamente o elo que partir ser o mais fraco.

    Essa mesma ideia aplica-se ao contexto da informao. Quando

    precisamos garantir a segurana da informao, precisamos eliminar os

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    elos fracos do ambiente em que a informao est armazenada. J que

    eliminar, neste contexto sempre difcil, ento buscamos sempre reduzir

    ao mximo os riscos de que a segurana da informao seja violada.

    A segurana da informao no deve ser tratada como um fator isolado e

    tecnolgico apenas, mas sim como a gesto inteligente da informao

    em todos os ambientes, desde o ambiente tecnolgico passando

    pelas aplicaes, infraestrutura e as pessoas.

    Segurana se faz protegendo todos os elos da corrente, ou seja,

    todos os ativos (fsicos, tecnolgicos e humanos) que compem

    seu negcio. Afinal, o poder de proteo da corrente est

    diretamente associado ao elo mais fraco!

    Em uma corporao, a segurana est ligada a tudo o que manipula direta

    ou indiretamente a informao (inclui-se a tambm a prpria informao

    e os usurios!!!), e que merece proteo. Esses elementos so chamados

    de ativos, e podem ser divididos em:

    tangveis: informaes impressas, mveis, hardware

    (Ex.:impressoras, scanners);

    intangveis: marca de um produto, nome da empresa, confiabilidade

    de um rgo federal etc.;

    lgicos: informaes armazenadas em uma rede, sistema ERP

    (sistema de gesto integrada) etc.;

    fsicos: galpo, sistema de eletricidade, estao de trabalho etc.;

    humanos: funcionrios.

    Os ativos so os elementos que sustentam a operao do negcio

    e estes sempre traro consigo VULNERABILIDADES que, por sua

    vez, submetem os ativos a AMEAAS.

    Quanto maior for a organizao maior ser sua dependncia com relao

    informao, que pode estar armazenada de vrias formas: impressa em

    papel, em meios digitais (discos, fitas, DVDs, disquetes, etc.), na mente

    das pessoas, em imagens armazenadas em fotografias/filmes...

    Nesse sentido, propsito da segurana proteger os elementos que fazem

    parte da comunicao, so eles:

    as informaes;

    os equipamentos e sistemas que oferecem suporte a elas;

    as pessoas que as utilizam.

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    Elementos que a Segurana da Informao Busca Proteger

    Princpios de segurana da informao

    Ao estudarmos o tema, deparamo-nos com alguns princpios norteadores,

    segundo os padres internacionais. Dentre estes princpios, podemos

    destacar a trade CID Confidencialidade, Integridade e

    Disponibilidade. Estes trs atributos orientam a anlise, o planejamento

    e a implementao da segurana da informao nas organizaes.

    Segundo a norma ABNT-ISO-IEC 27001, adicionalmente outras

    propriedades, tais como autenticidade, responsabilidade, no

    repdio e confiabilidade, podem tambm estar envolvidas. Estudemos,

    primeiramente, as trs propriedades que fazem parte do conceito de

    segurana da informao.

    Confidencialidade: preocupa-se com quem acessa as informaes.

    Dizemos que existe confidencialidade quando somente as pessoas

    autorizadas possuem acesso informao. Quando contamos um segredo

    a algum - fazemos uma confidncia - estamos dando acesso

    informao. Mas no queremos que outras pessoas tenham acesso ao

    segredo, exceto pessoa a quem estamos contando. Em outras palavras,

    a confidencialidade protege as informaes de uma eventual revelao a

    algum no autorizado. Observe que esta proteo no se aplica apenas

    informao em sua forma digital; aplica-se a quaisquer mdias onde a

    informao esteja armazenada: CD, DVD, mdia impressa, entre outros.

    Alm disso, nem mesmo uma pequena parte da informao poder ser

    violada. A informao deve ser completamente protegida contra acessos

    indevidos. Se pensarmos, como exemplo, na Internet, onde os dados

    trafegam por vrios caminhos e passam por diversas redes de

    computadores at chegarem ao destino, a confidencialidade deve garantir

    que os dados no sero vistos nem copiados por agentes no autorizados

    durante todo o percurso que realizarem na grande rede mundial.

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    Integridade: a informao deve manter todas as caractersticas originais

    durante sua existncia. Estas caractersticas originais so as estabelecidas

    pelo proprietrio da informao quando da criao ou manuteno da

    informao (se a informao for alterada por quem possui tal direito, isso

    no invalida a integridade). Existem vrios exemplos de ataques feitos

    integridade da informao: alterao em mensagens que trafegam na

    rede; modificao de sites da Internet; substituio de textos impressos

    ou em mdia digital etc.

    Em resumo, a Integridade o princpio da proteo da informao contra

    a criao ou modificao no autorizada. A violao da integridade pode

    estar relacionada com erro humano, por atos dolosos ou no. Esta

    violao pode tornar a informao sem valor ou, at, perigosa,

    especialmente se a violao for uma alterao da informao, o que pode

    levar a decises equivocadas e causadoras de prejuzos.

    Disponibilidade: garante que a informao esteja sempre disponvel

    quando um usurio autorizado quiser acessar. A informao est l

    quando for necessrio recuper-la. Claro que no consiste em uma

    violao da disponibilidade as interrupes dos servios de acesso de

    forma autorizada ou programada, como nos casos de manuteno

    preventiva do sistema. A disponibilidade aplica-se informao e aos

    canais de acesso a ela.

    Veja o quadro abaixo. Resumimos os trs princpios bsicos em segurana

    da informao.

    Segurana da Informao

    Princpio bsico Conceito Objetivo

    Confidencialidade

    Propriedade de que a

    informao no esteja

    disponvel ou revelada a

    indivduos, entidades ou

    processos no

    autorizados

    Proteger contra o acesso no

    autorizado, mesmo para

    dados em trnsito.

    Integridade

    Propriedade de

    salvaguarda da exatido

    e completeza de ativos

    Proteger informao contra

    modificao sem permisso;

    garantir a fidedignidade das

    informaes.

    Disponibilidade

    Propriedade de estar

    acessvel e utilizvel sob

    demanda por uma

    entidade autorizada

    Proteger contra

    indisponibilidade dos servios

    (ou degradao);

    garantir aos usurios com

    autorizao, o acesso aos

    dados.

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    O que a segurana da informao pretende diminuir o risco de sofrer

    qualquer perda do valor da informao. A ideia evitar a

    ocorrncia de incidentes de segurana da informao que, segundo

    a ABNT, um simples ou uma srie de eventos de segurana da

    informao indesejados ou inesperados, que tenham uma grande

    probabilidade de comprometer as operaes do negcio e ameaar a

    segurana da informao.

    J um evento uma ocorrncia identificada de um estado de sistema,

    servio ou rede, indicando uma possvel violao da poltica de segurana

    da informao ou falha de controles, ou uma situao previamente

    desconhecida, que possa ser relevante para a segurana da informao.

    Para a norma ISO 27001, um risco para a segurana da informao uma

    combinao de fatores. De um modo geral, a combinao de uma

    ameaa (temos aqui um agente) e uma vulnerabilidade (temos aqui uma

    fraqueza). Da, combinando um agente com uma fraqueza, temos o risco.

    um conceito mais geral para a idia de risco.

    Cuidado para no pensar que as vulnerabilidades so apenas ligadas aos

    sistemas de informao em si. Lembre-se que existem os aspectos fsicos

    e os aspectos lgicos. Existem os acontecimentos naturais que podem

    resultar em incidentes de segurana: incndio, terremotos, inundaes

    etc. Sem esquecermos dos incidentes com causa humana: negligncia,

    impercia, imprudncia, vingana, terrorismo etc.; e, claro de fatos

    puramente tcnicos: equipamentos com defeito, rudos etc.

    Nesse sentido, uma ameaa qualquer coisa que possa afetar a operao,

    a disponibilidade, a integridade da informao. Uma ameaa busca

    explorar uma vulnerabilidade fraqueza por meio de um ataque

    (tcnica para explorar a vulnerabilidade).

    Do outro lado esto as contramedidas ou os mecanismos de defesa, que

    so as tcnicas para defesa contra os ataques ou para reduzir as

    vulnerabilidades.

    As principais origens das vulnerabilidades residem em falhas de projeto de

    hardware ou software, falhas na implantao (configurao errada, falta

    de treinamento), falhas de gerenciamento (problemas de monitoramento,

    procedimentos inadequados ou incorretos).

    Observe a figura a seguir. Ela mostra alguns tipos de ataques em

    ambientes computacionais.

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    Em outras palavras, uma ameaa tudo aquilo que pode

    comprometer a segurana de um sistema, podendo ser acidental

    (falha de hardware, erros de programao, desastres naturais, erros do

    usurio, bugs de software, uma ameaa secreta enviada a um endereo

    incorreto etc) ou deliberada (roubo, espionagem, fraude, sabotagem,

    invaso de hackers, entre outros).

    Ameaa pode ser uma pessoa, uma coisa, um evento ou uma ideia capaz

    de causar dano a um recurso, em termos de confidencialidade,

    integridade, disponibilidade etc.

    Basicamente existem dois tipos de ameaas: internas e externas.

    Ameaas externas: so aqui representadas por todas as tentativas

    de ataque e desvio de informaes vindas de fora da empresa.

    Normalmente essas tentativas so realizadas por pessoas com a

    inteno de prejudicar a empresa ou para utilizar seus recursos para

    invadir outras empresas.

    Ameaas internas: esto presentes, independentemente das

    empresas estarem ou no conectadas Internet. Podem causar desde

    incidentes leves at os mais graves, como a inatividade das operaes

    da empresa.

    Malware - Um tipo de ameaa que deve ser considerado!!

    Malware (combinao de malicious software programa malicioso) uma

    expresso usada para todo e quaisquer softwares maliciosos, ou seja,

    programados com o intuito de prejudicar os sistemas de informao,

    alterar o funcionamento de programas, roubar informaes, causar

    lentides de redes computacionais, dentre outros.

    Resumindo, malwares so programas que executam

    deliberadamente aes mal-intencionadas em um computador!!

    Os tipos mais comuns de malware: vrus, worms, bots, cavalos de

    troia, spyware, keylogger, screenlogger, esto descritos a seguir.

    Vrus: so pequenos cdigos de programao maliciosos que se

    agregam a arquivos e so transmitidos com eles. Quando o arquivo

    aberto na memria RAM, o vrus tambm , e, a partir da se propaga

    infectando, isto , inserindo cpias de si mesmo e se tornando parte de

    outros programas e arquivos de um computador.

    O vrus depende da execuo do programa ou arquivo hospedeiro para

    que possa se tornar ativo e dar continuidade ao processo de infeco.

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    Alguns vrus so inofensivos, outros, porm, podem danificar um

    sistema operacional e os programas de um computador.

    Dentre os tipos de vrus conhecidos, podemos citar:

    Vrus de boot: infectam o setor de boot dos discos rgidos.

    Vrus de macro: vrus de arquivos que infectam documentos que

    contm macros. Uma macro um conjunto de comandos que so

    armazenados em alguns aplicativos e utilizados para automatizar

    algumas tarefas repetitivas. Um exemplo seria, em um editor de

    textos, definir uma macro que contenha a sequncia de passos

    necessrios para imprimir um documento com a orientao de

    retrato e utilizando a escala de cores em tons de cinza. Um vrus de

    macro escrito de forma a explorar esta facilidade de

    automatizao e parte de um arquivo que normalmente

    manipulado por algum aplicativo que utiliza macros. Para que o

    vrus possa ser executado, o arquivo que o contm precisa ser

    aberto e, a partir da, o vrus pode executar uma srie de comandos

    automaticamente e infectar outros arquivos no computador. Existem

    alguns aplicativos que possuem arquivos base (modelos) que so

    abertos sempre que o aplicativo executado. Caso este arquivo

    base seja infectado pelo vrus de macro, toda vez que o aplicativo

    for executado, o vrus tambm ser. Arquivos nos formatos gerados

    por programas da Microsoft, como o Word, Excel, Powerpoint e

    Access, so os mais suscetveis a este tipo de vrus. Arquivos nos

    formatos RTF, PDF e PostScript so menos suscetveis, mas isso no

    significa que no possam conter vrus.

    Auto Spam: vrus de macro que enviam e-mails com arquivo

    infectado para endereos captados no programa de e-mail. Um vrus

    propagado por e-mail (e-mail borne virus) normalmente recebido

    como um arquivo anexado a uma mensagem de correio eletrnico.

    O contedo dessa mensagem procura induzir o usurio a clicar

    sobre o arquivo anexado, fazendo com que o vrus seja executado.

    Quando este tipo de vrus entra em ao, ele infecta arquivos e

    programas e envia cpias de si mesmo para os contatos

    encontrados nas listas de endereos de e-mail armazenadas no

    computador do usurio. importante ressaltar que este tipo

    especfico de vrus no capaz de se propagar automaticamente. O

    usurio precisa executar o arquivo anexado que contm o vrus, ou

    o programa leitor de e-mails precisa estar configurado para auto-

    executar arquivos anexados.

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    Vrus de programa: infectam arquivos de programa (de inmeras

    extenses, como .exe, .com,.vbs, .pif.

    Vrus stealth: programado para se esconder e enganar o antivrus

    durante uma varredura deste programa. Tem a capacidade de se

    remover da memria temporariamente para evitar que antivrus o

    detecte.

    Vrus polimrficos: alteram seu formato (mudam de forma)

    constantemente. A cada nova infeco, esses vrus geram uma nova

    seqncia de bytes em seu cdigo, para que o antivrus se confunda

    na hora de executar a varredura e no reconhea o invasor.

    Vrus de script: propagam-se por meio de scripts, nome que designa

    uma sequncia de comandos previamente estabelecidos e que so

    executados automaticamente em um sistema, sem necessidade de

    interveno do usurio. Dois tipos de scripts muito usados so os

    projetados com as linguagens Javascript (JS) e Visual Basic Script

    (VBS). Segundo Oliveira (2008) tanto um quanto o outro podem ser

    inseridos em pginas Web e interpretados por navegadores como

    Internet Explorer e outros. Os arquivos Javascript tornaram-se to

    comuns na Internet que difcil encontrar algum site atual que no

    os utilize. Assim como as macros, os scripts no so

    necessariamente malficos. Na maioria das vezes executam tarefas

    teis, que facilitam a vida dos usurios prova disso que se a

    execuo dos scripts for desativada nos navegadores, a maioria dos

    sites passar a ser apresentada de forma incompleta ou incorreta.

    Vrus de celular: propaga de telefone para telefone atravs da

    tecnologia bluetooth ou da tecnologia MMS (Multimedia Message

    Service). O servio MMS usado para enviar mensagens multimdia,

    isto , que contm no s texto, mas tambm sons e imagens,

    como vdeos, fotos e animaes.

    A infeco ocorre da seguinte forma: o usurio recebe uma

    mensagem que diz que seu telefone est prestes a receber um

    arquivo e permite que o arquivo infectado seja recebido, instalado e

    executado em seu aparelho; o vrus, ento, continua o processo de

    propagao para outros telefones, atravs de uma das tecnologias

    mencionadas anteriormente.

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    Os vrus de celular diferem-se dos vrus tradicionais, pois

    normalmente no inserem cpias de si mesmos em outros arquivos

    armazenados no telefone celular, mas podem ser especificamente

    projetados para sobrescrever arquivos de aplicativos ou do sistema

    operacional instalado no aparelho.

    Worms (vermes): so programas parecidos com vrus, mas que na

    verdade so capazes de se propagarem automaticamente atravs de

    redes, enviando cpias de si mesmo de computador para computador

    (observe que os worms apenas se copiam, no infectam outros

    arquivos, eles mesmos so os arquivos!!). Alm disso, geralmente

    utilizam as redes de comunicao para infectar outros computadores

    (via e-mails, Web, FTP, redes das empresas etc).

    Diferentemente do vrus, o worm no embute cpias de si mesmo em

    outros programas ou arquivos e no necessita ser explicitamente

    executado para se propagar. Sua propagao se d atravs da

    explorao de vulnerabilidades existentes ou falhas na configurao de

    softwares instalados em computadores.

    Worms so notadamente responsveis por consumir muitos recursos.

    Degradam sensivelmente o desempenho de redes e podem lotar o

    disco rgido de computadores, devido grande quantidade de cpias de

    si mesmo que costumam propagar. Alm disso, podem gerar grandes

    transtornos para aqueles que esto recebendo tais cpias.

    Difceis de serem detectados, muitas vezes os worms realizam uma

    srie de atividades, incluindo sua propagao, sem que o usurio tenha

    conhecimento. Embora alguns programas antivrus permitam detectar

    a presena de worms e at mesmo evitar que eles se propaguem, isto

    nem sempre possvel.

    Bots: de modo similar ao worm, um programa capaz de se propagar

    automaticamente, explorando vulnerabilidades existentes ou falhas na

    configurao de software instalado em um computador. Adicionalmente

    ao worm, dispe de mecanismos de comunicao com o invasor,

    permitindo que o bot seja controlado remotamente. Os bots esperam

    por comandos de um hacker, podendo manipular os sistemas

    infectados, sem o conhecimento do usurio.

    Nesse ponto, cabe destacar um termo que j foi cobrado vrias vezes

    em prova!! Trata-se do significado do termo botnet, juno da

    contrao das palavras robot (bot) e network (net). Uma rede infectada

    por bots denominada de botnet (tambm conhecida como rede

    zumbi), sendo composta geralmente por milhares desses elementos

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    maliciosos que ficam residentes nas mquinas, aguardando o comando

    de um invasor. Um invasor que tenha controle sobre uma botnet pode

    utiliz-la para aumentar a potncia de seus ataques, por exemplo, para

    enviar centenas de milhares de e-mails de phishing ou spam, desferir

    ataques de negao de servio etc (CERT.br, 2006).

    Trojan horse (Cavalo de troia): um programa aparentemente

    inofensivo que entra em seu computador na forma de carto virtual,

    lbum de fotos, protetor de tela, jogo etc, e que, quando executado

    (com a sua autorizao!), parece lhe divertir, mas, por trs abre portas

    de comunicao do seu computador para que ele possa ser invadido.

    Por definio, o cavalo de troia distingue-se de um vrus ou de um

    worm por no infectar outros arquivos, nem propagar cpias de si

    mesmo automaticamente.

    O trojans ficaram famosos na Internet pela facilidade de uso, e por

    permitirem a qualquer pessoa possuir o controle de um outro

    computador apenas com o envio de um arquivo.

    Os trojans atuais so divididos em duas partes, que so: o servidor e o

    cliente. Normalmente, o servidor encontra-se oculto em algum outro

    arquivo e, no momento em que o arquivo executado, o servidor se

    instala e se oculta no computador da vtima. Nesse momento, o

    computador j pode ser acessado pelo cliente, que enviar informaes

    para o servidor executar certas operaes no computador da vtima.

    O Cavalo de troia no um vrus, pois no se duplica e no se

    dissemina como os vrus. Na maioria das vezes, ele ir instalar

    programas para possibilitar que um invasor tenha controle total sobre

    um computador. Estes programas podem permitir:

    que o invasor veja e copie ou destrua todos os arquivos

    armazenados no computador;

    a instalao de keyloggers ou screenloggers (descubra todas as

    senhas digitadas pelo usurio);

    o furto de senhas e outras informaes sensveis, como nmeros

    de cartes de crdito;

    a incluso de backdoors, para permitir que um atacante tenha

    total controle sobre o computador;

    a formatao do disco rgido do computador, etc.

    Exemplos comuns de cavalos de troia so programas que voc recebe

    ou obtm de algum site e que parecem ser apenas cartes virtuais

    animados, lbuns de fotos de alguma celebridade, jogos, protetores de

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    tela, entre outros. Enquanto esto sendo executados, estes programas

    podem ao mesmo tempo enviar dados confidenciais para outro

    computador, instalar backdoors, alterar informaes, apagar arquivos

    ou formatar o disco rgido. Existem tambm cavalos de troia utilizados

    normalmente em esquemas fraudulentos, que, ao serem instalados

    com sucesso, apenas exibem uma mensagem de erro.

    Adware (advertising software): este tipo de programa geralmente

    no prejudica o computador. O adware apresenta anncios, cria cones

    ou modifica itens do sistema operacional com o intuito de exibir alguma

    propaganda. Nem sempre so maliciosos! Um adware malicioso pode

    abrir uma janela do navegador apontando para pginas de cassinos,

    vendas de remdios, pginas pornogrficas, etc. Um exemplo do uso

    legtimo de adwares pode ser observado no programa de troca

    instantnea de mensagens MSN Messenger.

    Spyware: trata-se de um programa espio (spy em ingls = espio).

    um programa que tem por finalidade monitorar as atividades de um

    sistema e enviar as informaes coletadas para terceiros.

    Keylogger: um tipo de malware que capaz de capturar e armazenar

    as teclas digitadas pelo usurio no teclado de um computador. Dentre

    as informaes capturadas podem estar o texto de um e-mail, dados

    digitados na declarao de Imposto de Renda e outras

    informaes sensveis, como senhas bancrias e nmeros de cartes de

    crdito. Em muitos casos, a ativao do keylogger condicionada a

    uma ao prvia do usurio, como por exemplo, aps o acesso a um

    site especfico de comrcio eletrnico ou Internet Banking.

    Normalmente, o keylogger contm mecanismos que permitem o envio

    automtico das informaes capturadas para terceiros (por exemplo,

    atravs de e-mails).

    As instituies financeiras desenvolveram os teclados virtuais para

    evitar que os keyloggers pudessem capturar informaes sensveis de

    usurios. Ento, foram desenvolvidas formas mais avanadas de

    keyloggers, tambm conhecidas como screenloggers, capazes de:

    armazenar a posio do cursor e a tela apresentada no monitor,

    nos momentos em que o mouse clicado, ou

    armazenar a regio que circunda a posio onde o mouse

    clicado.

    Normalmente, o keylogger vem como parte de um programa spyware

    ou cavalo de troia. Desta forma, necessrio que este programa seja

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    executado para que o keylogger se instale em um computador.

    Geralmente, tais programas vm anexados a e-mails ou esto

    disponveis em sites na Internet.

    Existem ainda programas leitores de e-mails que podem estar

    configurados para executar automaticamente arquivos anexados s

    mensagens. Neste caso, o simples fato de ler uma mensagem

    suficiente para que qualquer arquivo anexado seja executado.

    Screenlogger: forma avanada de keylogger, capaz de armazenar a

    posio do cursor e a tela apresentada no monitor, nos momentos em

    que o mouse clicado, ou armazenar a regio que circunda a posio

    onde o mouse clicado.

    Ransomwares: so softwares maliciosos que, ao infectarem um

    computador, criptografam todo ou parte do contedo do disco rgido.

    Os responsveis pelo software exigem da vtima, um pagamento pelo

    "resgate" dos dados.

    Backdoors

    Normalmente um atacante procura garantir uma forma de retornar a

    um computador comprometido, sem precisar recorrer aos mtodos

    utilizados na realizao da invaso. Na maioria dos casos, tambm

    inteno do atacante poder retornar ao computador comprometido sem

    ser notado. A esses programas que permitem o retorno de um invasor

    a um computador comprometido, utilizando servios criados ou

    modificados para este fim, d-se o nome de backdoor.

    A forma usual de incluso de um backdoor consiste na disponibilizao

    de um novo servio ou substituio de um determinado servio por

    uma verso alterada, normalmente possuindo recursos que permitam

    acesso remoto (atravs da Internet). Pode ser includo por um invasor

    ou atravs de um cavalo de troia.

    Rootkits

    Um invasor, ao realizar uma invaso, pode utilizar mecanismos para

    esconder e assegurar a sua presena no computador comprometido. O

    conjunto de programas que fornece estes mecanismos conhecido

    como rootkit. muito importante ficar claro que o nome rootkit no

    indica que as ferramentas que o compem so usadas para obter

    acesso privilegiado (root ou Administrator) em um computador, mas

    sim para mant-lo. Isto significa que o invasor, aps instalar o rootkit,

    ter acesso privilegiado ao computador previamente comprometido,

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    sem precisar recorrer novamente aos mtodos utilizados na realizao

    da invaso, e suas atividades sero escondidas do responsvel e/ou

    dos usurios do computador.

    Um rootkit pode fornecer programas com as mais diversas

    funcionalidades. Dentre eles, podem ser citados:

    programas para esconder atividades e informaes deixadas pelo

    invasor (normalmente presentes em todos os rootkits), tais como

    arquivos, diretrios, processos, conexes de rede, etc;

    backdoors, para assegurar o acesso futuro do invasor ao

    computador comprometido (presentes na maioria dos rootkits);

    programas para remoo de evidncias em arquivos de logs;

    sniffers, para capturar informaes na rede onde o computador

    est localizado, como por exemplo senhas que estejam

    trafegando em claro, ou seja, sem qualquer mtodo de

    criptografia;

    scanners, para mapear potenciais vulnerabilidades em outros

    computadores.

    Sniffers (farejadores): so programas que agem na rede farejando

    pacotes na tentativa de encontrar certas informaes, como senhas de

    acesso, nomes de usurios, informaes confidenciais, etc. Foram

    desenvolvidos como ferramentas auxiliares de diagnstico em redes e

    posteriormente alterados para fins ilcitos.

    Vulnerabilidades de Segurana

    Nesta aula estaremos dando continuidade ao tema segurana da

    informao, j abordado inicialmente na aula demonstrativa. Vamos l?

    Um conceito bastante comum para o termo vulnerabilidade:

    Trata-se de falha no projeto, implementao ou configurao de

    software ou sistema operacional que, quando explorada por um

    atacante, resulta na violao da segurana de um computador.

    Em outras palavras,

    vulnerabilidade uma fragilidade que poderia ser explorada por uma

    ameaa para concretizar um ataque.

    O conhecimento do maior nmero de vulnerabilidades possveis permite

    equipe de segurana tomar medidas para proteo, evitando assim

    ataques e conseqentemente perda de dados. No h uma receita ou lista

    padro de vulnerabilidades. Esta deve ser levantada junto a cada

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    organizao ou ambiente em questo. Sempre se deve ter em mente o

    que precisa ser protegido e de quem precisa ser protegido de acordo com

    as ameaas existentes.

    Podemos citar como exemplo inicial, uma anlise de ambiente em uma

    sala de servidores de conectividade e Internet com a seguinte descrio: a

    sala dos servidores no possui controle de acesso fsico!! Eis a

    vulnerabilidade detectada nesse ambiente.

    Outros exemplos de vulnerabilidades:

    uso de senhas no encriptadas, mal formuladas e mal utilizadas;

    ambientes com informaes sigilosas com acesso no controlado;

    software mal desenvolvido;

    hardware sem o devido acondicionamento e proteo;

    falta de atualizao de software e hardware;

    falta de mecanismos de monitoramento e controle (auditoria);

    ausncia de pessoal capacitado para a segurana;

    inexistncia de polticas de segurana.

    A seguir sero citadas as vulnerabilidades existentes em uma organizao,

    segundo classificao prpria da rea:

    Vulnerabilidades Fsicas

    So aquelas presentes em ambientes onde se armazenam as informaes,

    como:

    instalaes prediais fora do padro;

    ausncia de recursos para combate a incndios;

    CPDs mal planejados;

    disposio desorganizada de fios de energia e cabos de rede;

    ausncia de controle de acesso fsico, etc.

    Vulnerabilidades de Hardware

    Compreendem possveis defeitos de fabricao, erros de configurao ou

    falhas nos equipamentos. Como exemplos citam-se erros decorrentes da

    instalao, desgaste, obsolescncia ou m utilizao do equipamento etc.

    importante observar detalhes como o dimensionamento adequado do

    equipamento, ou seja, se sua capacidade de armazenamento,

    processamento e velocidade esto compatveis com as necessidades, de

    modo a no sub ou super dimension-lo.

    Vulnerabilidades de Software

    So possveis falhas de programao, erros de instalao e configurao,

    que podem, por exemplo, causar acesso indevido, vazamento de

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    informaes, perda de dados etc. Sistemas operacionais so altamente

    visados para ataque, pois atravs deles possvel ter acesso ao hardware

    do computador. Ataques como estes so de alta gravidade, e podem

    comprometer todo o sistema.

    Um grande nmero de empresas, ao identificarem alguma vulnerabilidade

    em seus softwares, lanam boletins informativos a fim de alertar os

    usurios, e normalmente disponibilizam pacotes de atualizao,

    denominados Service Packs, para correo desta vulnerabilidade.

    Vulnerabilidades de Armazenamento

    Relacionadas com a forma de utilizao das mdias (disquetes, CD-ROMs,

    fitas magnticas, discos rgidos dos servidores, etc.) em que esto

    armazenadas as informaes, como armazenamento de disquetes em

    local inadequado etc.

    Vulnerabilidades de Comunicao

    Relacionadas com o trfego de informaes, independente do meio de

    transmisso, podendo envolver ondas de rdio, satlite, fibra tica etc.

    Podem, por exemplo, permitir acesso no autorizado ou perda de dados

    durante a transmisso de uma informao.

    A escolha do meio de transmisso e das medidas de segurana de suma

    importncia, pois a informao poder ser interceptada antes de chegar

    ao destino. Uma opo de segurana nesse contexto envolveria por

    exemplo o uso de criptografia1.

    Vulnerabilidades Humanas

    Relacionadas aos danos que as pessoas podem causar s informaes e

    ao ambiente tecnolgico que as suporta, podendo ser intencionais ou no.

    Podem ocorrer devido a desconhecimentos das medidas de segurana,

    falta de capacitao para execuo da tarefa dentro dos princpios de

    segurana, erros e omisses.

    Risco

    Alguns conceitos necessitam ser expostos para o correto entendimento do

    que risco e suas implicaes.

    Risco a medida da exposio qual o sistema computacional est

    sujeito. Depende da probabilidade de uma ameaa atacar o sistema e do

    impacto resultante desse ataque.

    1 Criptografia o processo de converter dados em um formato que no possa ser lido por um outro usurio, a no ser o usurio que

    criptografou o arquivo.

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    Smola (2003, p. 50) diz que risco a probabilidade de ameaas

    explorarem vulnerabilidades, provocando perdas de

    confidencialidade, integridade e disponibilidade, causando,

    possivelmente, impactos nos negcios.

    Como exemplo de um risco pode-se imaginar um funcionrio insatisfeito e

    um martelo ao seu alcance; nesse caso o funcionrio poderia danificar

    algum ativo da informao. Assim pode-se entender como risco tudo

    aquilo que traz danos s informaes e com isso promove perdas para a

    organizao.

    Risco: medido pela probabilidade de uma ameaa acontecer e

    causar algum dano potencial empresa.

    Existem algumas maneiras de se classificar o grau de risco no mercado de

    segurana, mas de uma forma simples, poderamos tratar como alto,

    mdio e baixo risco. No caso do nosso exemplo da sala dos servidores,

    poderamos dizer que, baseado na vulnerabilidade encontrada, a ameaa

    associada de alto risco.

    Incidente

    Incidente de segurana da informao: indicado por um simples ou

    por uma srie de eventos de segurana da informao indesejados

    ou inesperados, que tenham uma grande probabilidade de

    comprometer as operaes do negcio e ameaar a segurana da

    informao. Exemplos de alguns incidentes de segurana da informao:

    invaso digital; violao de padres de segurana de informao.

    Figura. Impacto de incidentes de segurana nos negcios

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    Ataques

    Ataque uma alterao no fluxo normal de uma informao que afeta

    um dos servios oferecidos pela segurana da informao. Ele

    decorrente de uma vulnerabilidade que explorada por um atacante em

    potencial.

    A figura seguinte representa um fluxo de informaes e quatro ameaas

    possveis para a segurana de um sistema de informao:

    Interrupo: ataque na transmisso da mensagem, em que o fluxo

    de dados interrompido. Um exemplo pode ser a danificao de

    componentes de hardware ou a queda do sistema de comunicao por

    sabotagem.

    Interceptao: este um ataque sobre a confidencialidade. Ocorre

    quando uma pessoa no autorizada tem acesso s informaes

    confidenciais de outra. Um exemplo seria a captura de dados na rede

    ou a cpia ilegal de um arquivo.

    Modificao: este um ataque integridade da mensagem. Ocorre

    quando uma pessoa no autorizada, alm de interceptar as

    mensagens, altera o contedo da mensagem e envia o contedo

    alterado para o destinatrio.

    Fabricao: este um ataque sobre a autenticidade. Uma pessoa

    no autorizada insere mensagens no sistema assumindo o perfil de

    um usurio autorizado.

    Figura - Exemplos de ataques contra um sistema de informao

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    Os principais tipos de ataque so:

    Engenharia Social

    o mtodo de se obter dados importantes de pessoas atravs da velha

    lbia. No popular o tipo de vigarice mesmo pois assim que muitos

    habitantes do underground da internet operam para conseguir senhas

    de acesso, nmeros de telefones, nomes e outros dados que deveriam

    ser sigilosos.

    A engenharia social a tcnica que explora as fraquezas

    humanas e sociais, em vez de explorar a tecnologia. Guarde

    isso!!!

    A tecnologia avana e passos largos mas a condio humana continua

    na mesma em relao a critrios ticos e morais. Enganar os outros

    deve ter sua origem na pr-histria portanto o que mudou foram

    apenas os meios para isso.

    Em redes corporativas que so alvos mais apetitosos para invasores, o

    perigo ainda maior e pode estar at sentado ao seu lado. Um colega

    poderia tentar obter sua senha de acesso mesmo tendo uma prpria,

    pois uma sabotagem feita com sua senha parece bem mais

    interessante do que com a senha do prprio autor.

    Phishing (tambm conhecido como Phishing scam, ou apenas scam)

    Phishing um tipo de fraude eletrnica projetada para roubar

    informaes particulares que sejam valiosas para cometer um roubo ou

    fraude posteriormente.

    O golpe de phishing realizado por uma pessoa mal-intencionada

    atravs da criao de um website falso e/ou do envio de uma

    mensagem eletrnica falsa, geralmente um e-mail ou recado atravs

    de scrapbooks como no stio Orkut, entre outros exemplos.

    Utilizando de pretextos falsos, tenta enganar o receptor da mensagem

    e induzi-lo a fornecer informaes sensveis (nmeros de cartes de

    crdito, senhas, dados de contas bancrias, entre outras). Uma

    variante mais atual o Pharming. Nele, o usurio induzido a baixar

    e executar arquivos que permitam o roubo futuro de informaes ou o

    acesso no autorizado ao sistema da vtima, podendo at mesmo

    redirecionar a pgina da instituio (financeira ou no) para os sites

    falsificados.

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    As duas figuras seguintes apresentam iscas (e-mails) utilizadas em

    golpes de phishing, uma envolvendo o Banco de Brasil e a outra o

    Serasa.

    Figura. Isca de Phishing Relacionada ao Banco do Brasil

    Figura. Isca de Phishing Relacionada ao SERASA

    A palavra phishing (de fishing) vem de uma analogia criada pelos

    fraudadores, em que iscas (e-mails) so usadas para pescar

    informaes sensveis (senhas e dados financeiros, por exemplo) de

    usurios da Internet.

    Atualmente, este termo vem sendo utilizado tambm para se referir aos

    seguintes casos:

    mensagem que procura induzir o usurio instalao de

    cdigos maliciosos, projetados para furtar dados pessoais e

    financeiros;

    mensagem que, no prprio contedo, apresenta formulrios

    para o preenchimento e envio de dados pessoais e financeiros

    de usurios.

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    Ataques a servidores Web

    O crescimento do uso do phishing pode ser uma decorrncia do aumento

    do nmero de ataques aos servidores Web, que cresceu 41% em relao

    ao trimestre anterior e 77% em relao ao mesmo perodo de 2009.

    De acordo com o Cert.br, houve crescimento deste tipo de ataque durante

    todo o ano de 2010. Os atacantes exploram vulnerabilidades em

    aplicaes Web para, ento, hospedar nesses sites pginas falsas de

    instituies financeiras, cavalos de Troia, ferramentas utilizadas em

    ataques a outros servidores Web e scripts para envio de spam ou scam.

    Pharming

    O Pharming uma tcnica que utiliza o sequestro ou a "contaminao"

    do DNS (Domain Name Server) para levar os usurios a um site falso,

    alterando o DNS do site de destino. O sistema tambm pode

    redirecionar os usurios para sites autnticos atravs de proxies

    controlados pelos phishers, que podem ser usados para monitorar e

    interceptar a digitao.

    Os sites falsificados coletam nmeros de cartes de crdito, nomes de

    contas, senhas e nmeros de documentos. Isso feito atravs da

    exibio de um pop-up para roubar a informao antes de levar o

    usurio ao site real. O programa mal-intencionado usa um certificado

    auto-assinado para fingir a autenticao e induzir o usurio a acreditar

    nele o bastante para inserir seus dados pessoais no site falsificado.

    Outra forma de enganar o usurio sobrepor a barra de endereo e

    status de navegador para induzi-lo a pensar que est no site legtimo e

    inserir suas informaes.

    Os phishers utilizam truques para instalar programas criminosos nos

    PCs dos consumidores e roubar diretamente as informaes. Na

    maioria dos casos, o usurio no sabe que est infectado, percebendo

    apenas uma ligeira reduo na velocidade do computador ou falhas de

    funcionamento atribudas a vulnerabilidades normais de software. Um

    software de segurana uma ferramenta necessria para evitar a

    instalao de programas criminosos se o usurio for atingido por um

    ataque.

    Ataques de senhas

    A utilizao de senhas seguras um dos pontos fundamentais para

    uma estratgia efetiva de segurana. As senhas garantem que somente

    as pessoas autorizadas tero acesso a um sistema ou rede.

    Infelizmente isso nem sempre realidade. As senhas geralmente so

    criadas e implementadas pelos prprios usurios que utilizam os

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    sistemas ou a rede. Palavras, smbolos ou datas fazem com que as

    senhas tenham algum significado para os usurios, permitindo que eles

    possam facilmente lembr-las. Neste ponto que existe o problema,

    pois muitos usurios priorizam a convenincia ao invs da segurana.

    Como resultado, eles escolhem senhas que so relativamente simples.

    Enquanto isso permite que possam lembrar facilmente das senhas,

    tambm facilita o trabalho de quebra dessas senhas por hackers. Em

    virtude disso, invasores em potencial esto sempre testando as redes e

    sistemas em busca de falhas para entrar. O modo mais notrio e fcil a

    ser explorado a utilizao de senhas inseguras.

    A primeira linha de defesa, a utilizao de senhas, pode se tornar um

    dos pontos mais falhos. Parte da responsabilidade dos administradores

    de sistemas garantir que os usurios estejam cientes da necessidade

    de utilizar senhas seguras.

    Isto leva a dois objetivos a serem alcanados: primeiro, educar os

    usurios sobre a importncia do uso de senhas seguras; e segundo,

    implementar medidas que garantam que as senhas escolhidas pelos

    usurios so efetivamente adequadas.

    Para alcanar o primeiro objetivo, a educao do usurio o ponto

    chave. J para alcanar o segundo objetivo, necessrio que o

    administrador de sistemas esteja um passo frente, descobrindo

    senhas inseguras antes dos atacantes. Para fazer isso necessria a

    utilizao das mesmas ferramentas utilizadas pelos atacantes.

    As duas principais tcnicas de ataque a senhas so:

    Ataque de Dicionrio: nesse tipo de ataque so utilizadas

    combinaes de palavras, frases, letras, nmeros, smbolos, ou

    qualquer outro tipo de combinao geralmente que possa ser

    utilizada na criao das senhas pelos usurios. Os programas

    responsveis por realizar essa tarefa trabalham com diversas

    permutaes e combinaes sobre essas palavras. Quando

    alguma dessas combinaes se referir senha, ela considerada

    como quebrada (Cracked).

    Geralmente as senhas esto armazenadas criptografadas

    utilizando um sistema de criptografia HASH. Dessa maneira os

    programas utilizam o mesmo algoritmo de criptografia para

    comparar as combinaes com as senhas armazenadas. Em

    outras palavras, eles adotam a mesma configurao de

    criptografia das senhas, e ento criptografam as palavras do

    dicionrio e comparam com senha.

    Fora-Bruta: enquanto as listas de palavras, ou dicionrios, do

    nfase a velocidade, o segundo mtodo de quebra de senhas se

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    baseia simplesmente na repetio. Fora-Bruta uma forma de

    se descobrir senhas que compara cada combinao e permutao

    possvel de caracteres at achar a senha. Este um mtodo

    muito poderoso para descoberta de senhas, no entanto

    extremamente lento porque cada combinao consecutiva de

    caracteres comparada. Ex: aaa, aab, aac ..... aaA, aaB, aaC...

    aa0, aa1, aa2, aa3... aba, aca, ada...

    Sniffing

    o processo de captura das informaes da rede por meio de um

    software de escuta de rede (sniffer), que capaz de interpretar as

    informaes transmitidas no meio fsico. Para isso, a pilha TCP/IP

    configurada para atuar em modo promscuo, ou seja, desta forma ir

    repassar todos os pacotes para as camadas de aplicao, mesmo que

    no sejam endereados para a mquina. Esse um ataque

    confidencialidade dos dados, e costuma ser bastante nocivo, uma vez

    que boa parte dos protocolos mais utilizados em uma rede (FTP, POP3,

    SMTP, IMAP, Telnet) transmitem o login e a senha em aberto pela

    rede.

    Importante

    Sniffers Farejadores: Por padro, os computadores (pertencentes

    mesma rede) escutam e respondem somente pacotes endereados a

    eles. Entretanto, possvel utilizar um software que coloca a interface

    num estado chamado de modo promscuo. Nessa condio o

    computador pode monitorar e capturar os dados trafegados atravs da

    rede, no importando o seu destino legtimo.

    Os programas responsveis por capturar os pacotes de rede so

    chamados Sniffers, Farejadores ou ainda Capturadores de Pacote. Eles

    exploram o fato do trfego dos pacotes das aplicaes TCP/IP no

    utilizar nenhum tipo de cifragem nos dados. Dessa maneira um sniffer

    pode obter nomes de usurios, senhas ou qualquer outra informao

    transmitida que no esteja criptografada.

    A dificuldade no uso de um sniffer que o atacante precisa instalar o

    programa em algum ponto estratgico da rede, como entre duas

    mquinas, (com o trfego entre elas passando pela mquina com o

    farejador) ou em uma rede local com a interface de rede em modo

    promscuo.

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    Spoofing Falsificao de Endereo

    Spoofing a modificao de campos de identificao de pacotes de

    forma que o atacante possa atuar se passando por outro host.

    Pode ser considerado como sendo uma tcnica utilizada por invasores

    para conseguirem se autenticar a servios, ou outras mquinas,

    falsificando o seu endereo de origem. Ou seja, uma tcnica de

    ataque contra a autenticidade, uma forma de personificao que

    consiste em um usurio externo assumir a identidade de um usurio ou

    computador interno, atuando no seu lugar legtimo.

    A tcnica de spoofing pode ser utilizada para acessar servios que so

    controlados apenas pelo endereo de rede de origem da entidade que

    ir acessar o recurso especfico, como tambm para evitar que o

    endereo real de um atacante seja reconhecido durante uma tentativa

    da invaso.

    Essa tcnica utilizada constantemente pelos Hackers, sendo que

    existem vrias ferramentas que facilitam o processo de gerao de

    pacotes de rede com endereos falsos.

    IP Spoofing (Falsificao de endereo IP)

    A falsificao de endereo IP no exatamente um ataque, ela na

    verdade utilizada juntamente com outros ataques para esconder a

    identidade do atacante. Consiste na manipulao direta dos campos do

    cabealho de um pacote para falsificar o nmero IP da mquina que

    dispara a conexo.

    Quando um host A quer se conectar ao B, a identificao feita atravs

    do nmero IP que vai no cabealho, por isto, se o IP do cabealho

    enviado pelo host A for falso (IP de um host C), o host B, por falta de

    outra forma de identificao, acredita estar se comunicando com o host

    A.

    Atravs desta tcnica, o hacker consegue atingir os seguintes

    objetivos: obter acesso a mquinas que confiam no IP que foi

    falsificado, capturar conexes j existentes e burlar os filtros de

    pacotes dos firewalls que bloqueiam o trfego baseado nos endereos

    de origem e destino.

    Denial of Service (DoS)

    Os ataques de negao de servio (denial of service - DoS) consistem

    em impedir o funcionamento de uma mquina ou de um servio

    especfico. No caso de ataques a redes, geralmente ocorre que os

    usurios legtimos de uma rede no consigam mais acessar seus

    recursos.

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    O DoS acontece quando um atacante envia vrios pacotes ou

    requisies de servio de uma vez, com objetivo de sobrecarregar um

    servidor e, como conseqncia, impedir o fornecimento de um servio

    para os demais usurios, causando prejuzos.

    No DoS o atacante utiliza um computador para tirar de operao

    um servio ou computador(es) conectado(s) Internet!!

    Como exemplo deste tipo de ataque tem-se o seguinte contexto: gerar

    uma sobrecarga no processamento de um computador, de modo que o

    usurio no consiga utiliz-lo; gerar um grande trfego de dados para

    uma rede, ocasionando a indisponibilidade dela; indisponibilizar

    servios importantes de um provedor, impossibilitando o acesso de

    seus usurios.

    Cabe ressaltar que se uma rede ou computador sofrer um DoS, isto

    no significa que houve uma invaso, pois o objetivo de tais ataques

    indisponibilizar o uso de um ou mais computadores, e no invadi-los.

    Distributed Denial of Service (DDoS) -> So os ataques

    coordenados!

    Em dispositivos com grande capacidade de processamento,

    normalmente, necessria uma enorme quantidade de requisies

    para que o ataque seja eficaz. Para isso, o atacante faz o uso de uma

    botnet (rede de computadores zumbis sob comando do atacante) para

    bombardear o servidor com requisies, fazendo com que o ataque

    seja feito de forma distribuda (Distributed Denial of Service DDoS).

    No DDoS ataque de negao de servio distribudo - , um

    conjunto de computadores utilizado para tirar de operao um

    ou mais servios ou computadores conectados Internet.

    SYN Flood

    O SYN Flood um dos mais populares ataques de negao de servio.

    O ataque consiste basicamente em se enviar um grande nmero de

    pacotes de abertura de conexo, com um endereo de origem forjado

    (IP Spoofing), para um determinado servidor.

    O servidor ao receber estes pacotes, coloca uma entrada na fila de

    conexes em andamento, envia um pacote de resposta e fica

    aguardando uma confirmao da mquina cliente. Como o endereo de

    origem dos pacotes falso, esta confirmao nunca chega ao servidor.

    O que acontece que em um determinado momento, a fila de

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    conexes em andamento do servidor fica lotada, a partir da, todos os

    pedidos de abertura de conexo so descartados e o servio inutilizado.

    Esta inutilizao persiste durante alguns segundos, pois o servidor ao

    descobrir que a confirmao est demorando demais, remove a

    conexo em andamento da lista. Entretanto se o atacante persistir em

    mandar pacotes seguidamente, o servio ficar inutilizado enquanto ele

    assim o fizer.

    Ataques de Loop

    Dentro desta categoria de ataque o mais conhecido o Land. Ele

    consiste em mandar para um host um pacote IP com endereo de

    origem e destino iguais, o que ocasiona um loop na tabela de conexes

    de uma mquina atacada. Para executar um ataque como este, basta

    que o hacker tenha um software que permita a manipulao dos

    campos dos pacotes IP.

    Ataques via ICMP

    O protocolo ICMP (Internet Control Message Protocol) utilizado no

    transporte de mensagens de erro e de controle. Essencialmente um

    protocolo de transferncia de mensagens entre gateways e estaes.

    Como todos os protocolos do conjunto TCP/IP, o ICMP no tem como

    ter garantia se a informao recebida verdadeira, e por este motivo,

    um atacante pode utilizar o ICMP para interromper conexes j

    estabelecidas, como por exemplo enviando uma mensagem ICMP de

    host inacessvel para uma das mquinas.

    Ping of Death

    Ele consiste em enviar um pacote IP com tamanho maior que o

    mximo permitido (65.535 bytes) para a mquina atacada. O pacote

    enviado na forma de fragmentos (porque nenhuma rede permite o

    trfego de pacotes deste tamanho), e quando a mquina destino tenta

    montar estes fragmentos, inmeras situaes podem ocorrer: a

    maioria trava, algumas reinicializam, outras exibem mensagens no

    console, etc.

    Dumpster diving ou trashing

    a atividade na qual o lixo verificado em busca de informaes sobre

    a organizao ou a rede da vtima, como nomes de contas e senhas,

    informaes pessoais e confidenciais. Muitos dados sigilosos podem ser

    obtidos dessa maneira.

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    Antivrus

    O programa Antivrus verifica se existem vrus conhecidos ou

    desconhecidos no seu computador. O vrus conhecido aquele que pode

    ser detectado e identificado pelo nome. O vrus desconhecido o que

    ainda no foi definido pelo programa Antivrus. O programa Antivrus

    monitora continuamente o seu computador a fim de proteg-lo contra

    ambos os tipos de vrus. Para isso, ele usa:

    definies de vrus (que detectam os vrus conhecidos): o

    servio de definio de vrus consiste em arquivos que o programa

    Antivrus usa para reconhecer os vrus e interromper suas

    atividades;

    tecnologia Bloodhound: detecta vrus analisando a estrutura, o

    comportamento e outros atributos dos arquivos, como a lgica de

    programao, as instrues de computador e todos os dados nele

    contidos. Ela tambm define ambientes simulados nos quais carrega

    documentos e testa a existncia de vrus de macro;

    bloqueios de scripts: o script um programa gravado em

    linguagem de script (como, por exemplo, Visual Basic Script ou

    JavaScript) que pode ser executado sem interao com o usurio.

    Como podem ser abertos com editores ou processadores de texto,

    os scripts so muito fceis de alterar. Eles podem ser usados

    quando voc se conecta Internet ou verifica seu e-mail.

    A reinicializao do computador tambm requer o uso de scripts que lhe

    informem que programas deve carregar e executar. Os scripts tambm

    podem ser criados para executar atividades maliciosas quando iniciados.

    Voc pode receber um script malicioso sem perceber, abrindo documentos

    ou anexos de e-mail infectados, visualizando mensagens de e-mail em

    HTML infectadas ou visitando sites da Internet infectados. O bloqueio de

    scripts detecta vrus de Visual Basic e JavaScript, sem a necessidade de

    definies de vrus especficas. Ele monitora os scripts em busca de

    atividades tpicas de vrus, emitindo alertas caso sejam detectadas.

    Os recursos representados pelas definies de vrus, tecnologia

    Bloodhound, bloqueio de scripts e verificao de e-mail e mensageiros

    instantneos so todos empregados nas verificaes agendadas e

    manuais, alm de serem usados pelo Auto-Protect para monitorar

    constantemente um computador.

    O Auto-Protect do programa Antivrus carregado na memria durante a

    inicializao do Sistema Operacional, fornecendo proteo constante

    enquanto se trabalha. Usando o Auto-Protect, o programa Antivrus

    automaticamente:

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    elimina quaisquer worms, Cavalos de troia e vrus, inclusive os de

    macro, e repara arquivos danificados;

    verifica a existncia de vrus cada vez que se utiliza programas,

    discos flexveis ou outras mdias removveis em um computador ou

    utiliza documentos criados ou recebidos;

    monitora o computador em busca de sintomas atpicos que possam

    indicar a existncia de um vrus em ao;

    protege o computador contra vrus provenientes da Internet.

    Preveno de Intruso e Firewall

    Em um sistema em segurana de redes de computadores, a intruso

    qualquer conjunto de aes que tendem a comprometer a integridade,

    confidencialidade ou disponibilidade dos dados ou sistemas.

    Os intrusos em uma rede podem ser de dois tipos: internos (que tentam

    acessar informaes no autorizadas para ele); externos (tentam acessar

    informaes via Internet).

    IDS (Intrusion Detection Systems) so sistemas de deteco de

    intrusos, que tm por finalidade detectar atividades incorretas, maliciosas

    ou anmalas, em tempo real, permitindo que algumas aes sejam

    tomadas.

    Geram logs para casos de tentativas de ataques e para casos em

    que um ataque teve sucesso.

    Mesmo sistemas com Firewall devem ter formas para deteco de

    intrusos.

    Assim como os firewalls, os IDSs tambm podem gerar falsos

    positivos (Uma situao em que o firewall ou IDS aponta uma

    atividade como sendo um ataque, quando na verdade no ).

    As informaes podem ser coletadas em redes, de vrias formas:

    Sistemas de deteco de intruso baseados em rede (NIDS)

    Neste tipo de sistema, as informaes so coletadas na rede,

    normalmente por dispositivos dedicados que funcionam de forma

    similar a sniffers de pacotes.

    Vantagens: diversas mquinas podem ser monitoradas utilizando-se

    apenas um agente (componente que coleta os dados).

    Desvantagens: o IDS enxerga apenas os pacotes trafegando, sem ter

    viso do que ocorre na mquina atacada.

    Sistemas de deteco de intruso baseados em host (HIDS)

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    Coletam informaes dentro das mquinas monitoradas, o que

    normalmente feito atravs de um software instalado dentro delas.

    Hybrid IDS

    Combina as 2 solues anteriores!!

    Cabe ressaltar que o IDS (Intrusion Detection Systems) procura por

    ataques j catalogados e registrados, podendo, em alguns casos, fazer

    anlise comportamental.

    O firewall no tem a funo de procurar por ataques. Ele realiza a

    filtragem dos pacotes e, ento, bloqueia as transmisses no

    permitidas. O firewall atua entre a rede externa e interna, controlando o

    trfego de informaes que existem entre elas, procurando certificar-se de

    que este trfego confivel, em conformidade com a poltica de

    segurana do site acessado. Tambm pode ser utilizado para atuar entre

    redes com necessidades de segurana distintas.

    O IPS (Sistema de Preveno de Intruso) que faz a deteco de

    ataques e intruses, e no o firewall!! Um IPS um sistema que detecta e

    obstrui automaticamente ataques computacionais a recursos protegidos.

    Diferente dos IDS tradicionais, que localizam e notificam os

    administradores sobre anomalias, um IPS defende o alvo sem uma

    participao direta humana.

    Basicamente, o firewall um sistema para controlar o acesso s

    redes de computadores, desenvolvido para evitar acessos no

    autorizados em uma rede local ou rede privada de uma

    corporao. Pode ser desde um software sendo executado no

    ponto de conexo entre as redes de computadores ou um conjunto

    complexo de equipamentos e softwares.

    A RFC 2828 (Request for Coments n 2828) define o termo firewall como

    sendo uma ligao entre redes de computadores que restringem o trfego

    de comunicao de dados entre a parte da rede que est dentro ou

    antes do firewall, protegendo-a assim das ameaas da rede de

    computadores que est fora ou depois do firewall. Esse mecanismo de

    proteo geralmente utilizado para proteger uma rede menor (como os

    computadores de uma empresa) de uma rede maior (como a Internet).

    Um firewall deve ser instalado no ponto de conexo entre as redes, onde,

    atravs de regras de segurana, controla o trfego que flui para dentro e

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    para fora da rede protegida. Pode ser desde um nico computador, um

    software sendo executado no ponto de conexo entre as redes de

    computadores ou um conjunto complexo de equipamentos e softwares.

    Deve-se observar que isso o torna um potencial gargalo para o trfego de

    dados e, caso no seja dimensionado corretamente, poder causar atrasos

    e diminuir a performance da rede.

    Os firewalls so implementados, em regra, em dispositivos que fazem a

    separao da rede interna e externa, chamados de estaes guardis

    (bastion hosts).

    As principais funcionalidades oferecidas pelos firewalls so:

    regular o trfego de dados entre uma rede local e a rede externa

    no confivel, por meio da introduo de filtros para pacotes ou

    aplicaes;

    impedir a transmisso e/ou recepo de acessos nocivos ou no

    autorizados dentro de uma rede local;

    mecanismo de defesa que restringe o fluxo de dados entre redes,

    podendo criar um log do trfego de entrada e sada da rede;

    proteo de sistemas vulnerveis ou crticos, ocultando informaes

    de rede como nome de sistemas, topologia da rede, identificaes

    dos usurios etc.

    Fique ligado!

    Existem ameaas das quais o firewall NO PODE proteger:

    uso malicioso dos servios que ele autorizado a liberar;

    usurios que no passam por ele, ou seja, o firewall no verifica o fluxo intrarredes;

    falhas de seu prprio hardware e sistema operacional; ataques de Engenharia Social uma tcnica em que o atacante (se

    fazendo passar por outra pessoa) utiliza-se de meios, como uma ligao telefnica ou e-mail, para persuadir o usurio a fornecer

    informaes ou realizar determinadas aes. Exemplo: algum desconhecido liga para a sua casa e diz ser do suporte tcnico do seu

    provedor de acesso. Nessa ligao, ele informa que sua conexo com a Internet est apresentando algum problema e, ento, solicita sua

    senha para corrigi-lo. Caso a senha seja fornecida por voc, esse suposto tcnico poder realizar uma infinidade de atividades maliciosas com a sua conta de acesso Internet, relacionando, dessa maneira, tais atividades ao seu nome.

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    2. Criptografia e Certificao Digital

    A palavra criptografia composta dos termos gregos KRIPTOS (secreto,

    oculto, ininteligvel) e GRAPHO (escrita, escrever). Trata-se de um

    conjunto de conceitos e tcnicas que visa codificar uma informao de

    forma que somente o emissor e o receptor possam acess-la. A

    criptografia , provavelmente, to antiga quanto a prpria escrita, sendo

    alvo constante de extenso estudo de suas tcnicas. Na informtica, as

    tcnicas mais conhecidas envolvem o conceito de chaves, as chamadas

    "chaves criptogrficas". Trata-se de um conjunto de bits (unidade de

    medida de armazenamento) baseado em um determinado algoritmo capaz

    de codificar e de decodificar informaes. Se o receptor da mensagem

    usar uma chave incompatvel com a chave do emissor, no conseguir

    extrair a informao.

    Os primeiros mtodos criptogrficos existentes usavam apenas um

    algoritmo de codificao. Assim, bastava que o receptor da informao

    conhecesse esse algoritmo para poder extra-la. No entanto, se um intruso

    tiver posse desse algoritmo, tambm poder decifr-la, caso capture os

    dados criptografados. H ainda outro problema: imagine que a pessoa A

    tenha que enviar uma informao criptografada pessoa B. Esta ltima

    ter que conhecer o algoritmo usado. Imagine agora que uma pessoa C

    tambm precisa receber uma informao da pessoa A, porm a pessoa C

    no pode descobrir qual a informao que a pessoa B recebeu. Se a

    pessoa C capturar a informao envida pessoa B, tambm conseguir

    decifr-la, pois quando a pessoa A enviou sua informao, a pessoa C

    tambm teve que conhecer o algoritmo usado. Para a pessoa A evitar esse

    problema, a nica soluo usar um algoritmo diferente para cada

    receptor.

    Detalhe: Na rea de segurana comum utilizar os nome Alice (A) e Bob

    (B) para representar as pessoas que querem se comunicar de forma

    secreta.

    Terminologia bsica sobre Criptografia:

    Mensagem ou texto a informao de se deseja proteger. Esse

    texto quando em sua forma original, ou seja, a ser transmitido,

    chamado de texto puro ou texto claro.

    Remetente ou emissor refere-se pessoa que envia a mensagem.

    Destinatrio ou receptor refere-se pessoa que receber a

    mensagem.

    Encriptao o processo em que um texto puro passa,

    transformando-se em texto cifrado.

    Desencriptao o processo de recuperao de um texto puro a

    partir de um texto cifrado.

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    Criptografar o ato de encriptar um texto puro, assim como,

    descriptografar o ato de desencriptar um texto cifrado.

    Sistemas Criptogrficos

    Chave a informao que o remetente e o destinatrio possuem, e que

    ser usada para criptografar e descriptografar um texto ou mensagem.

    Chaves criptogrficas

    Na criptografia, para proteger os dados necessrio um algoritmo

    (mtodo/processo), que para encriptar (criptografar) os dados, necessita

    de uma chave (nmero ou frase secreta).

    Hoje, podemos afirmar que a criptografia computadorizada opera por meio

    da utilizao de chaves secretas, ao invs de algoritmos secretos. Se

    protegermos os dados com uma chave, precisamos proteger somente a

    chave. Se utilizarmos chaves para proteger segredos, podemos utilizar

    diversas chaves para proteger diferentes segredos. Em outras palavras, se

    uma chave for quebrada, os outros segredos ainda estaro seguros. Por

    outro lado, se um algoritmo secreto for quebrado por um invasor, este

    ter acesso a todos os outros segredos.

    Com o uso de chaves, um emissor pode usar o mesmo algoritmo (o

    mesmo mtodo) para vrios receptores. Basta que cada um receba uma

    chave diferente. Alm disso, caso um receptor perca ou exponha

    determinada chave, possvel troc-la, mantendo-se o mesmo algoritmo.

    Voc j deve ter ouvido falar de chave de 64 bits, chave de 128 bits e

    assim por diante. Esses valores expressam o tamanho de uma

    determinada chave. Quanto mais bits forem utilizados, maior ser a chave

    e mais difcil de descobrir o segredo por meio da fora bruta (tentativa e

    erro) ou tcnicas automatizadas de quebra da chave. Assim, sendo maior

    a chave, mais segura ser a criptografia.

    Explico: caso um algoritmo use chaves de 8 bits, apenas 256 chaves

    podero ser usadas na decodificao, pois 2 elevado a 8 256. Isso deixa

    claro que 8 bits inseguro, pois at uma pessoa capaz de gerar as 256

    combinaes (embora demore), imagine ento um computador. Porm, se

    forem usados 128 ou mais bits para chaves (faa 2 elevado a 128 para

    ver o que acontece), teremos uma quantidade extremamente grande de

    combinaes, deixando a informao criptografada bem mais segura.

    Primeiro, tenha em mente que o bit (Binary Digit) ou dgito binrio a

    menor unidade de armazenamento na memria do computador. Ele pode

    representar dois valores apenas. No caso da computao, ou armazena o

    zero ou armazena o um (0-1).

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    Para formar mensagens, preciso agrupar os bits. O padro atual o

    byte (Binary Term) ou termo binrio, que composto por 8 bits. Isto no

    ao acaso. Oito bits que podem valer 0 ou 1 cada, permitem 256

    combinaes diferentes. Ento, para representar os smbolos, basta existir

    uma tabela com 256 posies e, em casa posio da tabela, um smbolo.

    Assim, internamente ao computador temos uma sequencia de 8 dgitos

    (zeros ou uns), que, associados a uma tabela, representam um smbolo.

    J ouviu falar da tabela ASCII (American Code for Interchange

    Information)? Ela o padro para as tabelas de codificao de smbolos.

    Nela temos desde as letras e dgitos, aos caracteres especiais e outras

    teclas especiais. Por exemplo, a letra A ocupa a casa de nmero 65

    nesta tabela (convertendo 65 para o sistema de numerao binrio

    zeros e uns temos 1000001). Bom, o interessante que voc pode

    armazenar smbolos na memria por meio deste sistema de numerao e

    da tabela ASCII. Veja a mensagem abaixo (texto = PASSEI!

    Texto (smbolos) P A S S E I !

    Tabela ASCII 80 65 83 83 69 73 33

    Binrio 1010000 1000001 1010011 1010011 1000101 1001001 100001

    essa a ideia. Cada smbolo do texto PASSEI! possui um nmero na

    tabela ASCII. Este nmero armazenado na memria do computador (em

    binrio). Ento, falando em criptografia, estamos falando em fazer contas

    com estes nmeros para encontrar novos nmeros que, quando

    associados tabela, ficam estranhos. Por exemplo, somemos 30 a cada

    nmero da tabela ASCII que representa um smbolo do texto claro.

    Temos: 90, 75, 83, 83, 69, 73 e 43.

    Usando a tabela, teramos:

    Texto (smbolos) P A S S E I !

    Tabela ASCII 80 65 83 83 69 73 33

    Binrio 1010000 1000001 1010011 1010011 1000101 1001001 100001

    Algoritmo = Ascii+10 90 75 93 93 79 83 43

    Texto Cifrado Z K ] ] O S +

    Na tabela acima, temos o texto cifrado como resultado da aplicao do

    algoritmo: some 10 ao cdigo ASCII de cada smbolo do texto claro. O

    resultado : ZK]]OS+. Assim, quem conseguir obter a mensagem no

    conseguir entend-la, exceto se conhecer o algoritmo que cifrou a

    mensagem.

    Agora, imagine que o algoritmo fosse tal que ao invs de usar um valor

    constante para calcular o novo caractere, usasse um valor fornecido pelo

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    usurio. Esta chave informada, resultaria em textos diferentes, para

    chaves diferentes. Neste caso, a chave deve ser conhecida pelos

    participantes do processo, tanto o emissor quanto o receptor, alm do

    algoritmo, claro. Alm deste esquema, existe um que possui no uma,

    mas duas chaves. Uma para cifrar e outra para decifrar.

    Vamos estudar estes casos separadamente. Existem dois tipos de chaves:

    simtricas e assimtricas.

    Chave simtrica

    Esse um tipo de chave mais simples, onde o emissor e o receptor fazem

    uso da mesma chave, isto , uma nica chave usada na codificao e na

    decodificao da informao.

    Nas figuras acima, podemos observar o funcionamento da criptografia

    simtrica. Uma informao encriptada atravs de um polinmio

    utilizando-se de uma chave (Chave A) que tambm serve para decriptar a

    informao.

    As principais vantagens dos algoritmos simtricos so:

    Rapidez: Um polinmio simtrico encripta um texto longo em

    milsimos de segundos

    Chaves pequenas: uma chave de criptografia de 128bits torna um

    algoritmo simtrico praticamente impossvel de ser quebrado.

    A maior desvantagem da criptografia simtrica que a chave utilizada

    para encriptar igual chave que decripta. Quando um grande nmero

    de pessoas tem conhecimento da chave, a informao deixa de ser um

    segredo.

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    O uso de chaves simtricas tem algumas desvantagens, fazendo com que

    sua utilizao no seja adequada em situaes onde a informao muito

    valiosa. Para comear, necessrio usar uma grande quantidade de

    chaves caso muitas pessoas estejam envolvidas.

    Ainda, h o fato de que tanto o emissor quanto o receptor precisa

    conhecer a chave usada. A transmisso dessa chave de um para o outro

    pode no ser to segura e cair em "mos erradas".

    Existem vrios algoritmos que usam chaves simtricas, como o DES, o

    IDEA, e o RC:

    DES (Data Encryption Standard): criado pela IBM em 1977, faz

    uso de chaves de 56 bits. Isso corresponde a 72 quadrilhes de

    combinaes (256 = 72.057.594.037.927.936). um valor

    absurdamente alto, mas no para um computador potente. Em

    1997, ele foi quebrado por tcnicas de "fora bruta" (tentativa e

    erro) em um desafio promovido na internet;

    IDEA (International Data Encryption Algorithm): criado em

    1991 por James Massey e Xuejia Lai, o IDEA um algoritmo que faz

    uso de chaves de 128 bits e que tem uma estrutura semelhante ao

    DES. Sua implementao em software mais fcil do que a

    implementao deste ltimo;

    RC (Ron's Code ou Rivest Cipher): criado por Ron Rivest na

    empresa RSA Data Security, esse algoritmo muito utilizado em e-

    mails e faz uso de chaves que vo de 8 a 1024 bits. Possui vrias

    verses: RC2, RC4, RC5 e RC6. Essencialmente, cada verso difere

    da outra por trabalhar com chaves maiores.

    H ainda outros algoritmos conhecidos, como o AES (Advanced Encryption

    Standard) - que baseado no DES, o 3DES, o Twofish e sua variante

    Blowfish, por exemplo.

    Chave assimtrica

    Tambm conhecida como "chave pblica", a tcnica de criptografia por

    chave assimtrica trabalha com duas chaves: uma denominada privada e

    outra denominada pblica. Nesse mtodo, uma pessoa deve criar uma

    chave de codificao e envi-la a quem for mandar informaes a ela.

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    Essa a chave pblica. Outra chave deve ser criada para a decodificao.

    Esta a chave privada secreta.

    Para entender melhor, imagine o seguinte: O USURIO-A criou uma chave

    pblica e a enviou a vrios outros sites. Quando qualquer desses sites

    quiser enviar uma informao criptografada ao USURIO-A dever utilizar

    a chave pblica deste. Quando o USURIO-A receber a informao,

    apenas ser possvel extra-la com o uso da chave privada, que s o

    USURIO-A tem. Caso o USURIO-A queira enviar uma informao

    criptografada a outro site, dever conhecer sua chave pblica.

    Entre os algoritmos que usam chaves assimtricas, tm-se o RSA (o mais

    conhecido) e o Diffie-Hellman:

    RSA (Rivest, Shamir and Adleman): criado em 1977 por Ron

    Rivest, Adi Shamir e Len Adleman nos laboratrios do MIT

    (Massachusetts Institute of Technology), um dos algoritmos de

    chave assimtrica mais usados. Nesse algoritmo, nmeros primos

    (nmero primo aquele que s pode ser dividido por 1 e por ele

    mesmo) so utilizados da seguinte forma: dois nmeros primos so

    multiplicados para se obter um terceiro valor. Porm, descobrir os

    dois primeiros nmeros a partir do terceiro (ou seja, fazer uma

    fatorao) muito trabalhoso.

    Se dois nmeros primos grandes (realmente grandes) forem usados

    na multiplicao, ser necessrio usar muito processamento para

    descobri-los, tornando essa tarefa quase sempre invivel.

    Basicamente, a chave privada no RSA so os nmeros multiplicados

    e a chave pblica o valor obtido;

    ElGamal: criado por Taher ElGamal, esse algoritmo faz uso de um

    problema matemtico conhecido por "logaritmo discreto" para se

    tornar seguro. Sua utilizao frequente em assinaturas digitais.

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    Existem ainda outros algoritmos, como o DSA (Digital Signature

    Algorithm), o Schnorr (praticamente usado apenas em assinaturas

    digitais) e Diffie-Hellman.

    Exemplo:

    Quando Alice quer mandar uma mensagem para Bob, ela procura a chave

    pblica dele em um diretrio e usa esta chave para encriptar a

    mensagem. Bob, ao receber a mensagem de Alice, usa a sua chave

    privada para decriptar a mensagem e l-la. Este sistema tambm

    permite a autenticao digital de mensagens, ou seja, possvel garantir

    ao receptor a identidade do transmissor e a integridade da mensagem.

    Quando uma mensagem encriptada com uma chave privada, ao invs da

    chave pblica, o resultado uma assinatura digital: uma mensagem que

    s uma pessoa poderia produzir, mas que todos possam verificar.

    Normalmente autenticao se refere ao uso de assinaturas digitais: a

    assinatura um conjunto inforjvel de dados assegurando o nome do

    autor ou funcionando como uma assinatura de documentos. Isto indica

    que a pessoa concorda com o que est escrito. Alm do que, evita que a

    pessoa que assinou a mensagem depois possa se livrar de

    responsabilidades, alegando que a mensagem foi forjada (garantia do

    no-repdio).

    Sistemas de uma chave so bem mais rpidos, e sistemas de duas chaves

    so bem mais seguros. Uma possvel soluo combinar as duas,

    fornecendo assim um misto de velocidade e segurana. Simplesmente

    usa-se a encriptao de uma chave para encriptar a mensagem, e a chave

    secreta transmitida usando a chave pblica do destinatrio. NO

    confunda a chave privada com chave secreta. A primeira mantida

    em segredo, enquanto que a segunda enviada para as pessoas que

    efetivaro a comunicao.

    PGP Pretty Good Privacy

    Trata-se de um software de criptografia, de uso livre, criado por Philip

    Zimmermman em 1991. A inteno de Zimmermman foi a de ajudar na

    defesa da liberdade individual nos Estados Unidos e no mundo inteiro,

    uma vez que ele percebeu que o uso do computador seria algo cada vez

    maior e que o direito privacidade deveria ser mantido nesse meio. Por

    ser disponibilizado de forma gratuita, o PGP acabou se tornando uns dos

    meios de criptografia mais conhecidos, principalmente na troca de e-

    mails.

    No PGP, chaves assimtricas so usadas. Alm disso, para reforar a

    segurana, o software pode realizar um segundo tipo de criptografia

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    atravs de um mtodo conhecido como "chave de sesso" que, na

    verdade, um tipo de chave simtrica.

    Certificado Digital

    O Certificado Digital, tambm conhecido como Certificado de Identidade

    Digital, associa a identidade de um titular a um par de chaves eletrnicas

    (uma pblica e outra privada) que, usadas em conjunto, fornecem a

    comprovao da identidade.

    So elementos comuns dos certificados digitais:

    Informao de atributo: a informao sobre o objeto que

    certificado. No caso de uma pessoa, isto pode incluir seu nome,

    nacionalidade e endereo e-mail, sua organizao e o departamento

    da organizao onde trabalha.

    Chave de informao pblica: a chave pblica da entidade

    certificada. O certificado atua para associar a chave pblica

    informao de atributo, descrita acima. A chave pblica